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AMOR PRÓPRIO

O ANTÍDOTO CONTRA O CAOS INTERIOR!

PARTE 1

Cara(o) leitora(r),

Gostaria de conversar com você sobre um assunto que tem tomado muito do meu

tempo ultimamente. Um assunto que muitos conhecem, muitos falam, mas poucos

realmente entendem e dominam. Um assunto que muitos certamente precisam

adotar no seu cotidiano e que, com toda a certeza e com toda a convicção,  fará a

diferença no seu dia a dia, se você seguir esses passos. Fará diferença na forma

que você encara o mundo, tirando qualquer risco e motivo que tenha para não ser

feliz e amar por completo, e garanto que você irá  notar a diferença em familiares,

amigos, conjunge, filhos, sócios e possíveis pessoas que possam lhe cercar

diariamente. Você passará a iluminar a vida de tantas outras pessoas que contam e

precisam de você.

 Após ler esse livro espero que você possa lidar com problemas do seu cotiano,

como estresse, ansiedade, depressão, falta de sentido, angústias,

descontentamentos, entre outros problemas, com muito mais facilidade e

entendimento.

 Mas já quero lhe avisar, a jornada não será fácil, porém  será extremamente valiosa

e gratificante se você seguir todos os passos desse livro. Eu selecionei todo o

conteúdo dele de acordo com minhas experiências próprias, seja em minha vida

particular, em atendimentos que realizei em meu consultório, em palestras e retiros

que preguei ou até mesmo em conversas que tive com amigos.

Aproveite essa oportunidade para refletir e mudar sua vida;

Boa leitura.

 www.luizcarlosvantroba.com.br -  Brusque - SC
1
AMOR
PRÓPRIO

Tenha coragem de não agradar

Cuide-se e ame-se

Liberte-se de relações tóxicas

Ouse ser VOCÊ MESMO(a)

Reconstrua sua individualidade

2
Talvez você tenha ouvido, dito ou pensado frases como:

“Desanimei! Isso não tem mais sentido! Cansei de tudo! Nada mais vale a pena! Sou
maltratada! Ninguém me ama!”...

E quem sabe ainda, se você for bem sincero(a), perceberá que tem coisas que lhe ofendem
facilmente... que basta um olhar, um tom de voz diferente, uma atitude de outra pessoa que
pareça uma afronta e você perde a paz interior, revidando com grosserias, brigas, mau humor e,
quem sabe, até uma tristeza profunda, seguida de choro, falta de sentido e desânimo...

Ei amigo(a).... calma!

VAMOS OUSAR MUDAR DE VIDA?

Certamente você já ouviu muito falar em amor próprio, autoestima... Mas vive num mundo cheio de
turbulências, de concorrências e, sobretudo, num mundo que nos ensinam que, para ser amado, é
preciso antes de tudo amar desmedidamente o outro.

Vamos voltar ao princípio de que, para amar, preciso primeiro ME AMAR.

Muitas pessoas já me confessaram que esta é a maior dificuldade da vida delas. De fato, viver sem
se preocupar com o que estão pensando a seu respeito, se estão aceitando sua visão de mundo e
sua conversa, e se estão gostando de sua presença, é uma tarefa muito difícil para muitas pessoas.
Há quem busca o tempo todo ser agradável... que abre mão de si mesmo em troca de um resto de
afeto de alguém... Há pessoas que tem um desequilíbrio no afeto, no apoio e tornam-se bajuladoras
em excesso. Há quem tem um “excesso de empatia”, e por isso sofre demais pelos outros, e
infelizmente, raramente pensa em si mesmo...

Chegou o momento de mudar de vida.

Algumas perspectivas são de extrema importância que você conheça já de início, pois sem elas o
projeto de AMOR PRÓPRIO não é eficaz.

A eficácia do AMOR-PRÓPRIO passa por ATITUDES, COMPORTAMENTOS, JEITO DE SER,


PENSAMENTOS E SENTIMENTOS.

Sem trabalhar esses ingredientes é muito mais difícil conquistar e desenvolver o Amor Próprio!

Mas preste atenção: a mudança precisa ser uma ESCOLHA e não uma REAÇÃO.

Muitas pessoas reagem! Reagem frente a um forte impacto emocional, gerando comportamentos e
atitudes ora positivos, ora negativos. O problema deste tipo de mudança é que nem sempre você
está no comando. São reações interiores que, inclusive, podem mudar facilmente.

3
"As mudanças que são feitas
por escolha, são belas,
resistentes e bem fundadas.
São frutos de um processo, de
um projeto e de um empenho...
e justamente por isso são as
mais realizadoras. São
metamorfoses planejadas!"
Antes de lhe apresentar o método que eu desenvolvi para qualquer pessoa comum ter
amor próprio, e consequentemente inúmeros benefícios, como o reconhecimento diante
os outros, a paz de espirito, a falta de ansiedade em determinados momentos, a calma,
a graditão diária e outros benefícios que você notará consigo mesmo, gostaria de me
apresentar e explicar por que resolvi dividir esse livo em 3 partes.

Eu me chamo Luiz Carlos Vantroba, e acho que não existe história melhor para explicar
quem sou e o que faço do que essa.

Há anos atrás, eu atendi um jovem que me procurou com uma carta na mão. Ele não
tinha coragem de contar o conteúdo dela pois acreditava que ninguém iria conseguir
ajuda-lo. Ele me entregou o envelope e disse que eu deveria ler ali, naquele instante, na
frente dele. Ali estavam descritos, com detalhes, os dramas, as feridas e todas as dores
geradas ao longo de sua vida. Havia um problema muito grave. Na época eu era um
jovem seminarista que não tinha muita experiencia com o mundo sentimental, eu apenas
conhecia alguns filósofos e o meu próprio jeito de interpretar o mundo e os meus
sentimentos. E enquanto eu lia a carta, ele chorava do meu lado. Aquele problema era
tão grave que enquanto eu lia parecia que meu chão sumia. E quando finamente
terminei de ler, a única certeza que eu tinha era que eu precisava dar um abraço
naquele jovem heroico, que tinha passado por tantas dificuldades. Porém, o meu
desespero foi gigante: eu, de fato, não sabia como ajudar! Não haviam palavras que
pudessem fazer sentido diante de tamanho sofrimento. Ele havia buscado ajuda antes e
ninguém havia ajudado. A partir daquele momento eu tomei uma forte decisão em minha
vida, eu decidi que não podia mais ver alguém sofrendo por problemas emocionais e
causados pelas próprias crenças e interpretações da vida. Na época eu não entendia,
mas depois que entendi, ao longo dos meus estudos, depois daquela forte decisão que
tomei, não conseguia mais acreditar que muitos jovens e adultos sofriam por motivos
semelhantes, por crenças parecidas, por não se amarem e não terem coragem de ser
eles mesmos, por acharem que os outros que devem tomar rédias de suas vidas.. Eu
estava de fato de saco cheio com tudo isso e mapeei a mente humana e criei um método
onde todos poderiam entendelá
fique comigo até o final desse livro e faça todos os exercícios, e eu lhe prometo uma
mudança de vida.
5
"Enfrentamos momentos
difíceis ao longo da vida!
Às vezes perdemos o
controle de nossa
existência e parece que
os fatos e as
circunstâncias têm mais
poder sobre nós que nós
mesmos."

O motivo pelo qual decidi dividir esse livro em 3 partes é bem simples.

Eu acredito fielmente no passado, presente e futuro, e sei que se estamos


falando em mudar de vida, cada um desses aspecto é importante.

O passado, pois é o resultado de tudo que somos hoje, o presente porque é


oque estamos vivendo hoje e o futuro porque é a projeção do que viveremos
daqui em diante.

Então divide cada parte desse livro nesses 3 tempos, pois assim posso falar
abertamente de cada um delas fazendo com que você não leia tudo de uma
vez e consequentemente resolva cada um deles de acordo com os exercícios
propostos no livro.

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RECONCILIE-SE E DIGA ADEUS AO SEU
PASSADO

a) Minha história, em fatos – e não juízos.


b) Entendendo as origens do amor ou não amor em
mim
c) Conflitos não resolvidos (pais, parentes, amigos,
paixões)
d) Lidando com as mágoas, ódios e ressentimentos 
e) Tenha coragem de ir embora (luta contra
dependências, vazios, medos de solidão)
f) As vitaminas da SOLIDÃO.
g) O poder do FRACASSO (adversidades, controle e
comando, superação, recomeçar).

AP 202, centro, Brusque-SC

(47) 9 9912-5033

suporte@impacto.com.br

www.luizcarlosvantroba.com

7
N

"Você não consegue ligar os pontos olhando pra frente; você só


consegue ligá-los olhando pra trás. Então você tem que confiar que os
pontos se ligarão algum dia no futuro. Você tem que confiar em algo –
seu instinto, destino, vida, carma, o que for. Esta abordagem nunca me
desapontou, e fez toda diferença na minha vida."
                             - Steve Jobs

8
Ele é, sem dúvidas, um baú de sabedorias. Muitas
coisas importantes só podem acontecer no agora
graças aos aprendizados trazidos do passado.

Portanto, não nos cabe condenar essa dimensão da


vida, mas sim, olhar com equilíbrio e produzir uma
cura em casos mais extremos.

Todos os pontos deste capítulo I serão uma tentativa


de motivar você a olhar com compaixão,
misericórdia, amor e paciência para o seu passado.
Olhe para lá para extrair algo bom. Mas em breve,
te convido a deixar o seu passado, seguindo
vigorosamente seus passos no presente em direção
ao futuro.

É preciso se reconciliar com o passado. Aceitar


certos fatos, entender outros e abandonar aquilo que
não tem mais jeito. Porém, um passo fundamental
será dizer adeus ao seu passado para não viver nele.
Aprender com o passado, olhar para futuro e viver
no presente é a graça das graças.

9
A
MINHA HISTÓRIA EM FATOS.- E
NÃO EM JUIZOS

A pessoa reconciliada com o passado precisa ser madura em alguns aspectos.

O primeiro deles é a capacidade de não estar interessada em achar culpados


para os fatos de sua história e nem mesmo de culpar-se por algo.

É preciso, em primeiro lugar, que encontre a própria verdade dos fatos. Que
os encare realisticamente como fatos, ou seja, acontecimentos. Não interessa
neste instante, quem foi culpado ou o porquê das coisas.

Não interessam as desculpas que nos contaram ou que nós mesmos contamos
sobre o porquê de nossa dor, de nosso sofrimento, de nossas atitudes.

Aqui, apenas interessa tomar nas mãos os fatos da história para,


mais tarde, saber o que fazer com os fatos da história.
Uma historinha poderá nos ajudar a entender este assunto. Vejamos:

“Um carneirinho está bebendo a água clara e cristalina de um riacho da montanha.


Um grande leão chega e, naturalmente, fica interessado no carneiro – é a hora do
desjejum, mas ele tem de encontrar uma desculpa. Então, diz ao carneiro:

“você está sujando o riacho. Não sabe que sou o rei da selva?”.

O pobre carneiro diz: “Eu sei, mas, Alteza, o riacho não está indo na sua direção. Eu
estou abaixo do senhor e, mesmo que fique sujo pelo fato de eu beber da sua água,
a água está descendo, não está indo na sua direção. O senhor a está sujando e eu
estou bebendo essa água suja. Então sua lógica não está certa.”

O leão percebeu a mensagem e ficou muito zangado. Ele disse:

“Você não tem respeito pelos mais velhos. É muito descarado por estar discutindo
comigo.”

O pobre carneiro disse: “Eu não discuti. Simplesmente descrevi o fato. O senhor
pode ver que o riacho está correndo na minha direção.”

O leão ficou em silêncio por um momento e depois disse:

“Agora eu me lembro. Você pertence a uma família muito inculta, muito ignorante.
Seu pai me insultou ontem”.

O pobre carneiro disse: “Deve ter sido outra pessoa, porque meu pai está morto a
três meses – e o senhor deve saber que ele está dentro de sua barriga. Ele não está
mais vivo. O senhor fez dele o seu almoço. Como ele pôde ser desrespeitoso com o
senhor? Ele está morto!”

Aquilo foi demais. O leão deu um salto e agarrou o carneiro dizendo:

“Você não conhece boas maneiras. Não conhece etiqueta, não sabe como se
comportar”.

O carneiro disse: “O fato simples é que está na hora do desjejum. O senhor


simplesmente me coma; não precisa encontrar nenhuma desculpa”. (Osho, 2018. P.
09)

Note com esta parábola que o Leão buscou o tempo todo encontrar motivos para
chatear-se, para irritar-se. Enquanto que o carneiro via os fatos tais quais se
apresentavam. Não imaginava nada, nem criava cenários. Apenas dizia o que
percebia.
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Muitas pessoas têm dificuldade em encontrar o AMOR PRÓPRIO pelo simples fato
de quererem justificar todos os acontecimentos usando a imaginação para,
fantasiosamente, culpar-se ou achar culpados pela história pessoal ter acontecido
como aconteceu.

Quero te propor um exercício que fará grande bem. Talvez seja doloroso fazê-lo,
mas será libertador.

Tome um pequeno caderno e escreva sua história seguindo o roteiro que irei
propor. Gaste tempo com isso. Mesmo que demore uma semana ou um mês. Veja
o que de fato te incomoda profundamente. Se a dor for muito grande, busque
ajuda de um terapeuta, psicanalista ou psicólogo.

Depois de escrita e refletida, encontre um dia significativo em sua semana


(ou faça deste dia um dia significativo) e prepare uma cerimônia
de “cremação de seu passado” doloroso.

Ou seja... depois de entrar em contato com esses fatos, sejam bons ou dolorosos,
assuma que isso é sua história. Agradeça porque esses fatos fizeram você ser quem
você é, mesmo que tristes, sofridos, vergonhosos ou ruins... E depois se despeça,
diga adeus àquilo que, porventura, ainda te aprisionava. Diga, enquanto os vê
queimando:

“Você me fez ser quem sou. Sofri, chorei, lamentei. Perdi, ganhei.
Sorri, amei, desejei. Sonhei, me frustrei... Me perdi e me desesperei. Agora me
encontro. Agora me liberto e me devolvo o direito de recomeçar e acertar.”

“Você me fez ser quem sou. Sofri, chorei, lamentei. Perdi, ganhei.
Sorri, amei, desejei. Sonhei, me frustrei... Me perdi e me desesperei. Agora me
encontro. Agora me liberto e me devolvo o direito de recomeçar e acertar.”

COM UMA FOLHA EM MÃOS


SIGA
O SEGUINTE ROTEIRO:
12
PARTE 1
HISTÓRIA FAMILIAR 

-Fale de seu pai: Idade, como ele é,


características boas e não boas, disciplina
dele, vícios e manias. Como ele te tratou. Tem
alguma mágoa dele? Já tentou perdoar? Será F
possível se libertar das sombras negativas
dele? Tens algo a agradecer a ele?
A
M
- Fale de sua mãe: Idade, como ela é,
características boas e não boas, disciplina Í
dela, vícios e manias. Como ela te tratou. Tem
alguma mágoa dela? Já tentou perdoar? Será L
possível se libertar das sombras negativas
dela? Tens algo a agradecer a ela?
I
Repita as indagações dando respostas
A
adequadas caso ainda conviva com irmãos,
avós ou outras pessoas. Também é valido
escrever caso haja alguém já falecido, mas
que impactou sua vida.

- Fale dos relacionamentos em sua casa:


existem discussões, acusações, brigas?
Existem momentos de afeto e carinho? Que
nota você dá ao amor existente até então em
seu lar?
D
PARTE 2
E HISTÓRIA PESSOAL  

S
- Fale de você: Descrever em que contexto se deu
C sua concepção e nascimento, ou seja, como era a

O
situação de seus pais, se eram casados, se foi
casual, se você foi planejado... (não esqueça:

B mesmo que doa, é importante descrever os fatos


e já ir lidando com a dor, tirando dela
E aprendizados, valores, decisões. E se precisar,
busque ajuda de um terapeuta, psicanalista ou
R psicólogo).

T Descreva como foi sua infância, fatos marcantes

A – como acidentes, traumas, escolhas, cenas


fortes... – bem como marcas positivas –

S nascimentos, festas, surpresas...

Descreva como foi sua adolescência usando os


mesmos pontos positivos e negativos para fazer
um apanhado geral. Fale de suas descobertas da
adolescência, do desenvolvimento de sua

sexualidade (se você acredita ter sido saudável,


se teve apoio dos pais, se houve algum
desiquilíbrio ou marca negativa). Descreva sobre
suas amizades, romances e parcerias desta
época. Fale de seus sonhos e como você
imaginava seu futuro.
Descreva sua juventude! O que realizou, que
rumos tomou.
PARTE 3 P
E
PERSONALIDADE

R
S
Descreva aqui como você avalia a sua O
personalidade.
N
O que, em seu caráter, em suas ações, forma
de pensar e agir, você acredita ser positivo e
A
o que acredita ser negativo. L
Fale se há algum vício, se há algum I
desequilíbrio que você mesmo ou alguém
percebe em você.
D
Descreva o que gosta em si mesmo(a) e o que
A
não gosta em si mesmo(a). O que você mudaria D
E
se pudesse? Fale se seus fracassos e suas
alegrias.
re-se
Lemb
depois de entrar em contato com esses fatos, sejam
bons ou dolorosos, assuma que isso é sua história.

Agradeça porque esses fatos fizeram você ser quem


você é, mesmo que tristes, sofridos, vergonhosos ou
ruins... E depois se despeça, diga adeus àquilo que,
porventura, ainda te aprisionava. Diga,
enquanto os vê queimando:

“Você me fez ser quem sou. Sofri, chorei, lamentei. Perdi, ganhei.
Sorri, amei, desejei. Sonhei, me frustrei... Me perdi e me
desesperei. Agora me encontro. Agora me liberto e me devolvo
o direito de recomeçar e acertar.”

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B
ENTENDENDO AS ORIGENS DO AMOR OU NÃO AMOR EM MIM 

Em cada pessoa existe uma dimensão denominada como INSCONSCIENTE.

  Ali estão registradas todas as situações da existência da pessoa. Ali estão

arquivadas as necessidades, os traumas, as concepções acerca da religião, da

cultura, dos costumes.

  Para explicar profundamente este assunto, gastar-se- ia um tempo enorme, além de

inúmeras páginas. Por motivos assim, nos ateremos no aspecto essencial da vida sobre

reconectar-se com o amor-próprio.

 Para isso, é importante desmistificar algumas situações, expurgando ou, ao menos,

atenuando algumas feridas vindas do amor distorcido pelos que nos educaram. Nossos

pais quase nunca agem por maldade. São, possivelmente, assim como nós, vítimas de

outras vítimas. Se tomaram atitudes (os pais ou qualquer outro educador) que não

foram positivas, posso libertá-los e iniciar o processo de cura interior para ser, enfim,

restaurado por completo e autor da minha história.

 Muitas crianças após nascerem começam a ter sua própria forma de ser no mundo e

de interagir com o mundo. Com o tempo ainda, adquirem sua maneira de ver e

interpretar esse mundo. São os famosos “tipos de personalidade”. São maneiras

diferentes de vibrar com o mundo; são impulsos íntimos diferentes que dinamizam,

avivam, dão cor à existência. São conjuntos de recursos interiores que cada

personalidade desenvolve para “lidar melhor” com o mundo, deixando ao mundo um

pouco de amor e colhendo o máximo de amor que se possa.

  Porém... juntamente com as coisas boas e as respostas positivas, vem os     

comportamentos negativos, as posturas equivocadas e o jeito de ser desintegrado que

não gera amor, mas gera insegurança, medo, bloqueios, iras, agressividades, etc.

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 Aqui é importante então perceber que tipo de atitude, comportamento e

sentimento você tem e que é responsável por tentar lhe fornecer amor.

 De onde pode vir o amor que lhe preenche profundamente ou qual a ferida aberta

que não lhe permite-se sentir-se amado(a).

Que atitudes estão sendo um grito desesperado de sua alma em troca de apoio, de

carinho, de aceitação... E que atitudes estão sendo apenas para dizer ao mundo: 

                       

                          “EI... ALGUÉM AÍ PODE ME AMAR???”

 Será possível então, com algumas respostas em mente, mensurar

intimamente as origens do amor ou da falta dele em nossa vida.

Algumas perguntas, na sequência, precisarão ser respondidas com muita

sinceridade.

 Observe que sua resposta sincera te faz perceber se há algum tipo de

amor próprio em seu agir ou se ainda desejas recebê-lo do meio externo.

De uma nota de 0 a 10 sobre a questão perguntada.

1 Olhando para mim mesmo(a), percebo satisfação para com minha

própria pessoa?

1 10

2 Tenho buscado ou esperado elogios, aceitação e amor de outras

pessoas?

1 10

3 Sinto necessidade de ser amado(a) por alguém?

1 10

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4 Tenho caído na armadilha de achar que alguém trará todo amor que

necessito paraser feliz?

1 10

5 Percebo que sou amado pelos outros (mesmo se eu mesmo não me

amo)?

1 10

6 Tenho tentado comprar o amor de alguém com gentilezas, favores,

bondade e elogios?

1 10

7 Recebi amor de meus pais na infância?

1 10

8 Recebi amor de meus pais na adolescência?

9
Tendo recebido amor na infância e adolescência: será que aquele amor

bastou para me fazer sentir amor por mim mesmo(a)? Escreva por

extenso... 

10 Tenho a sensação de que, ao amar alguém, esta pessoa fica me devendo

algo? Escreva por extenso...

19
SÍNDROME DE “TOMA LÁ, DÁ CÁ”

 São pessoas que alimentam a ideia de que só é valido o amor que realmente é devolvido. E nada tem

em comum com o amor recíproco verdadeiro, que eleva o espírito e a sensibilidade humana.

 O Toma lá, dá cá é um desequilíbrio de conduta que poderá tornar a relação muito embaraçosa,

“aprisionante” e sem sentido. É a ideia de quem pensa: “se eu lhe amei, ajudei, servi, elogiei, beneficiei, 

então você ficou me devendo”.

 Curar esse tipo de necessidade traz liberdade e ajuda a fortalecer as raízes do amor próprio que, em

princípio, não necessita desta “troca interesseira”.

Mas como saber se sou vítima desta síndrome?

 Observe se seus sentimentos se ofuscam diante de pessoas que você ajudou ou amou em algum

momento da sua vida e que agora, elas não lhe retribuem, não o estimam, não o reconhecem, não o

privilegiam...

Aliás, se houver magoa, ressentimento, tristeza, decepção, e isso tira sua paz interior, é porque ainda

você não aprendeu a amar verdadeiramente a si mesmo(a). Está esperando a recompensa vir de fora.

Acalme-se. Sua parte foi feita. Você também é amor quando ama. Se você assim o fez, sua parte está

feita!

Seja Livre ao amar!

20
CONFLITOS NÃO RESOLVIDOS
C
(PAIS, PARENTES, AMIGOS, PAIXÕES)

  É difícil não se prender ao passado, sobretudo se ele envolve fortemente seus pais,

parentes, amigos e paixões. Mas, para que o resgate da sua subjetividade aconteça,

é importantíssimo que sejam relações curadas. Independentemente do que fizeram

com você, é muito necessário se libertar das emoções daquela época e que podem

estar, verdadeiramente, prendendo você e o(a) deixando vulnerável.

   

   É preciso encontrar e confortar a criança interior para que os medos e fantasmas

daqueles momentos não sejam mais (ainda que inconscientemente) os motivos de seu

insucesso e infelicidade.

   

   O seu passado, por mais que tenha sido rude com você, por mais que você não

tenha merecido o que ocorreu, não poderá permanecer como culpado de

suas infelicidades, como culpado de seu insucesso, pois isso você é hoje, de

alguma forma, foi esculpido por ele, porém cabe a você usar tudo para a maestria da

vida,

para transformar o choro em dança, as lágrimas em festa.

  É como se toda tempestade vivida por você represente a limpeza interior... muitas

coisas passaram por você, mas agora, com calmaria, você pode re-orquestrar sua

vida. Deixar que o tempo germine as boas sementes que você colheu ao longo da sua

existência.

   O seu passado, por mais que tenha sido rude com você, por mais que você

não tenha merecido o que ocorreu, não poderá permanecer como culpado de suas

infelicidades, como culpado de seu insucesso, pois isso você é hoje, de alguma

forma, foi esculpido por ele, porém cabe a você usar tudo para a maestria da vida,

para transformar o choro em dança, as lágrimas em festa. É como se toda

tempestade vivida por você represente a limpeza interior... muitas coisas passaram

por você, mas agora, com calmaria, você pode re-orquestrar sua vida. Deixar que o

tempo germine as boas sementes que você colheu ao longo da sua existência.

21
Reconheça sim que sofreu dores, decepções, tristezas e perdas. Ao

mesmo tempo, compreenda que ninguém desejava outra coisa

senão fazer-se feliz... vítimas, portanto, da cegueira que os fazia

acreditar que ser feliz era agir como agiram. 

P A I S :

   Geralmente os maiores desastres emocionais estão ligados à relacionamentos com

pais. Como já falei em outros momentos, esse assunto também daria um grande

discurso - quiçá inúmeros livros - para, somente assim, esgotar toda importância de

influencias e significâncias que pai e mãe (ou quem faz tal papel) exercem sobre

uma criança. Porém, é uma coisa muito difícil de ser feita. Então decidi ajudar por

meio de pequenas considerações que te ajudem a pensar, entender, perdoar, dizer

adeus e seguir em frente em sua existência.

   O primeiro ponto é entender a separação entre você e seus pais, separação essa

que deve ser um processo natural, saudável e de extrema importância para a

maturidade do(a) filho(a).  Com tal separação, alguns limites são instalados na vida

de cada qual, e a responsabilidade da vida também passa a ser notada pelo(a)

filho(a). Isso significa sair dos papeis preestabelecidos pelos pais para o(a) filho(a).

Com este aparente distanciamento, surgem ocasiões para que de desenvolver o

senso de responsabilidade, o equilíbrio da liberdade (que requer maturidade para

assumir os próprios erros) e sobretudo, a estabilidade de vida emocional (bem como

social, profissional, financeira, etc...)

   Alguns filhos não conseguem viver equilibrados por não terem tido essa saudável

separação dos pais. Geralmente pais super-protetores, inseguros, mal resolvidos em

sua própria existência, tendem a aprisionar os filhos aos seus arredores, tentando

obriga-los a serem a realização de seus próprios anseios e sonhos. Chega a hora de

dar adeus e olhar para si mesmo. Olhar para seus próprios sonhos, desejos, anseios.

Não me refiro a separações violentas, fruto de desentendimentos, de mentalidades

pequenas, de egoísmos de ambas as partes. Veja: a separação natural é a mais

benéfica para se atingir esses pontos acima citados. 

22
O QUE ISSO TEM A VER COM AMOR-
PRÓPRIO?

   Ela ajuda a desenvolver uma autoestima saudável, autovalorização, senso de auto

pertencimento. Você não é mais da mamãe, nem do papai! Você pertence a você

mesmo! Precisará arcar com as consequências e, em caso de erros, tentar de novo

até acertar! E sim... você está dotado de possibilidades de acertar! A única jogada

que você está de fato, destinado a errar na vida, é aquela que não faz. Ouvi Michael

Jordan falando isso: “Você erra 100% das jogadas que não faz”. Fiquem imaginando

que isso se aplica também à vida! Por isso, desligue-se da principal influência da

sua história: seus pais. Espero que entenda claramente que não se trada de muda

afetos, de deixar de ama-los, respeitá-los, etc... Apenas, única e grandemente,

aprenda a assumir o comando de sua existência!

   Outro ponto que fere muita gente é a predileção paterna e materna, sobretudo

quando o predileto não é você!

Como diz Beresford (2014):

“ENTENDER QUE NOSSOS PAIS SÃO TÃO CHEIOS DE DEFEITOS QUANTO NÓS É

ALGO DIFÍCIL, POIS PASSAMOS MUITO TEMPO DE NOSSA INFÂNCIA ACREDITANDO

QUE ELES SÃO PERFEITOS, SÁBIOS, CAPAZES E RESPONSÁVEIS.”

   A mesma autora diz que tal predileção é preconceituosa e destrutiva. Veja bem:

desde pequenas, as crianças percebem qualquer favoritismo. É tão natural que,

muitos pais, até nas compras sempre lembram que se levam uma bala à um, devem

levar (da mesma) ao outro... “senão dá briga”... Porém, nas coisas mais simples da

vida, nas conversas e nos momentos de tensão, muitas vezes são disparadas

comparações injustas, que diminuem o outro, deixando um vazio muito doloroso:

nem meus pais me aceitam! E assim, passam a desenvolver uma vida que busca

essa recompensa perdida em casa, muitas vezes na droga, na alimentação errada,

no excesso de festa, no excesso de rebeldia. Porém, o lado oposto em excesso

também é prejudicial para a saúde mental. Ser o preferido, o reizinho, a criança de

ouro... pode dar desconforto, culpa, orgulho ou ansiedade diante da vida. 

23
Vale ressalvar que não se trata de certas diferenciações que serão oportunas por

ocasião da vida, como certas atividades que um gosta e outro não, como certas

permissões que um mais velho adquire enquanto o menos ainda não, etc... Contudo,

neste momento, a intenção é fazer você pensar se se sentiu tratado(a) com

diferenças, causando dores ou desequilíbrios internos.

    Se assim você se sente, está na hora de assumir seu próprio comando. Creio que

você agora está apto a escolher-se. Não precisa mais encantar mamãe ou papai

para ser ou por ser melhor e mais amado(a). Agora você age simplesmente por

você. Valorize a si mesmo(a), pois quem está ao seu lado nem sempre (ou quase

nunca) consegue perceber o ouro que se esconde em você. Há um tesouro interior

que somente você desvenda e conhece. Mesmo que conte à alguém tudo de si,

ainda assim somente você vê o brilho dos valores, dos sentimentos que compõe a

sua essência. Você é precioso(a), Não chore se ainda não foi valorizado(a) como

merece. Por isso decida valorizar-se. Dedique-se a você mesmo(a), aos seus gostos,

hobbies, sonhos, desejos... curta-se! 

PAIS CONTROLADORES:

   outra instancia que causa dor e sofrimento. Se você ainda vive com eles, ou se não

tem idade suficiente para viver só, há um caminho a ser vivenciado por você: o

respeito! Busque dar satisfações acerca de alguns aspectos da sua vida (como por

onde anda, se vai viajar, se vai precisar se ausentar...). Isso porque é natural que se

preocupem – e não gostamos de nos preocupar – sobretudo em mundos tão violentos

como atualmente.

   Contudo, aqui vale entender que, em um certo momento da vida, é inaceitável que

eles interfiram tão fortemente na vida de um(a) filho(a) como alguns fazem, até

mesmo na hora de escolher um parceiro ou uma parceira, um trabalho, uma

profissão, um estado de vida! É difícil romper com esses condicionamentos,

geralmente apelando para costumes familiares, culturas e religiosos. É bem

verdade que você deverá estar sempre avaliando seus valores, e não se distanciar

destes valores apenas por rebeldia nefasta e cega. Desenvolva uma postura

assertiva e faça valer as suas escolhas também! 

24
PARENTES, AMIGOS E PAIXÕES

   Se viver ao lado de pai e mãe já não é uma tarefa fácil, imagina como será

difícil ter uma vida saudável com parentes, amigos e com aqueles que nos

apaixonamos ao longo da vida (ou a pessoa que você escolheu para ser sua

eterna paixão).

   Certamente pensam diferente, vivem diferente, possuem uma história

diferente... Então não é simples convier com essas pessoas! É chegada a

hora de libertar-se também da culpabilização. Aceitar que eles podem ter te

ferido, falo coisas sem saberem do impacto de dor que lhe causaria. Porém,

por mais forte que sejam as palavras de alguém, jamais deverão ter o poder

de paralisar seu amor-próprio e nem as convicções que você tem por você

mesmo(a). Se ousaram lhe apontar defeitos, se lhe falaram em demasia,

agora acabe a você fazer dois simples exercícios: aceitar as partes

verdadeiras como oportunidade de crescimento e depois, jogar fora tudo que

for mentira ou que não são verdadeiras. Esse exercício requer humildade,

paciência e coragem. Nem sempre você se aceita como os outros te

enxergam, mas muitas vezes eles são indicadores valiosos para que você

cresça, se desenvolva, se cure. Nunca rejeite tudo que ouve de alguém sem

antes refletir imensamente sobre o que essa pessoa falou.

   Na sequência, erga a cabeça, estufe o peito e creia que você é mais do que

tudo que fizeram com você. Você é maior que toda e qualquer acusação.

Mesmo que tenham lhe abandonado, caluniado, falado coisas dolorosas,

você é a única pessoa que sabe o tesouro que está em seu coração –               

                                               A SUA ESSENCIA.

25
D
LIDANDO COM AS MÁGOAS, ÓDIOS E

RESSENTIMENTOS!

PERDOAR!
   Este assunto requer muito cuidado e carinho! Atenção: MÁGOA, ÓDIOS, RESSENTIMENTOS

E RANCORES FAZEM MAL A SAÚDE.

Muitos são os motivos para que uma mágoa se gere: humilhação, rejeição, desvalorização,

exclusão, abandono, inferiorização, indiferença, controle, poder, traição, dominação, culpa,

incompreensão...  

   Não pretendo ignorar o passado e dizer que ele não existe! Ele te feriu, magoou. E você

dificilmente esquecerá aquilo que foi muito impactante em sua vida. Porém, o que

aconteceu já passou e agora temos apenas o momento presente em mãos. As mágoas não

curadas são percebidas no corpo de quem as carrega... na pele, nos músculos, no coração...

e sobretudo nos olhos! Pele e músculos tem memórias próprias. Chama-se memória corporal.

Por isso o mal-estar que muitas pessoas sentem ao serem tocadas (mesmo que com amor e

respeito).

Portanto, olhar com clareza para os sofrimentos, rejeições, humilhações vividas em sua

história é, verdadeiramente, doloroso, mas extremamente necessário para que você


resgate o seu AMOR-PRÓPRIO.

   Todos os dias pessoas se encontram com pessoas. 

26
   As pessoas que nós encontramos na rua, na cidade, na praça, no trabalho, são pessoas

movidas por uma essência afetiva muito forte e, às vezes, sem nos darmos conta, às

magoamos, deixando-as frustradas, rancorosas conosco e com a vida. Porém, essas mágoas

e rancores também podem nos habitar e fazerem um enorme mal para a nossa saúde física,

psicológica e espiritual.

   O mal que encontra-se no dia a dia é sempre algo que pode nos desestabilizar. Quando

não se está bem e alguma coisa foge do controle emocional, pelas palavras ou pelas ações,

a pessoa acaba se ferindo de uma maneira muito intensa, gerando uma mágoa.

De forma alguma, as mágoas fazem bem para o ser humano. Ao contrário, elas fazem com

que dentro da pessoa haja uma espécie de peso e, muitas vezes, essas mágoas vem à tona

novamente em forma de palavras e de comportamentos negativos.

   O dia a dia começa a se transformar em algo “ruim”, pesado e de mal humor, geralmente

pelo acúmulo de negatividade. Isso se dá por ficar-se preso a uma palavra maldita, a uma

sensação ruim ou até mesmo a um acontecimento inesperado com carga negativa. Acaba se

gerando uma falta de ânimo e insegurança vivencial. Quantas vezes as pessoas vão para a

escola, para o trabalho, para alguma atividade qualquer, sem ânimo, pensando naquela

mágoa do passado e, assim, tendo uma vida sem graça, pois não ri, não chora e não

consegue ser positiva! Fica estagnada, como se fosse vegetando! Isso não irá ajudar em

nada, uma vez que é o coração quem não está bem.

   A grande pergunta é: o que gera toda essa mágoa? Ela é gerada, na maioria das vezes,

quando você coloca expectativas acerca do outro, e ele não supri as suas expectativas,
pois ele não é como você quer. Se não houver a capacidade de tolerância e uma resiliência,

que são frutos da inteligência emocional, a mágoa se instala com maior facilidade e força.

   Portanto, podemos colocar como gerador de mágoa o fato de esperar demais do outro,

pois achamos que ele tem a obrigação de

ser como eu, de fazer as coisas como eu.

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   Uma dica: deixe a pessoa ser ela mesma... deixe-a ser livre! Pois quando você liberta o outro

você acaba sendo libertado, pois se você traçar um caminho para ele, e ele se desviar na

metade do caminho, você certamente ficará com uma mágoa, você vai ficar ressentido, e isso

acaba com seu dia, com seu humor, com seus sonhos e acaba com você! Se libertando disso,

você alcançará seus sonhos, seus desejos e começa a cuidar de você, da sua vida, dos seus

projetos e sonhos de maneira leve e livre. Do contrário, se tornará um completo frustrado.

   E a outra coisa que podemos destacar é a ilusão que nós colocamos sobre as pessoas. E

essa ilusão, às vezes, é fruto de nossas faltas! Por exemplo: você cria em sua cabeça a

imagem de uma pessoa te abraçando e quando essa pessoa se aproxima de você, você

estende o braço na maior alegria esperando um abraço que não é recebido, ou não na

intensidade de afeto que você esperava e você vai ficar magoado, sobretudo se não se

conhecer profundamente e entender que você é muito maior que um abraço negado ou sem

afeto!

A causa de tanto sofrimento para quem tem mágoa se encontra, sobretudo,  na
   

decisão de ficar preso ao passado! O passado prende, faz lamentar o “por que não fiz
aquilo”, “por que nasci nessa família”, por que fizeram isso comigo”, “por que ninguém me

salvou” ou até mesmo, “por que ninguém me amou”. Assim, vive culpando os outros ou sofrendo

pelo o que os outros não fizeram, e para parar com isso deve-se trocar o passado pelo

presente, pois é o presente quem te dá asas para um futuro melhor, enquanto que o passado

nos gera âncoras, pesos, insucessos, que acabam ainda gerando o estresse, humor negativo,

menos condições físicas de resistência, com sistema imunológico baixo, etc... E para parar

com isso basta ter determinação.

                        Sim! Há erros na vida que demoram para serem digeridos... Alguns erros           

                      alheios que nos machucaram e até mesmo os próprios erros nos machucam! 

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PERDOAR-SE!

   E aqui está uma das coisas mais difíceis de serem vivenciadas... perceber que muitas vezes

somos nós os nossos próprios algozes. Somos nós quem não nos perdoamos. Temos certeza

que as pessoas nos perdoaram, que Deus nos perdoou, mas... nós mesmos não nos perdoamos.

São recordações que surgem em nosso interior, de coisas que fizemos, de coisas que dissemos

ou até mesmo, da ausência de ação no passado! Sentimos um nó na garganta quando nos

recordamos de pessoas que nós magoamos, que nós afastamos, que nós praticamos injustiças

contra. Isso gera remorso, que é uma das piores sensações que alguém sente. Provoca

angústia suprema e atinge a autoestima, levando você a se rebaixar, se desprezar, se sentir

indigno(a) de viver... E, tantas vezes, apesar de seu sistema racional saber que você não teve

culpa, que você não tinha consciência... ou até mesmo depois de pedir perdão, ainda algo em

você lhe segura! Isso porque inconscientemente você ainda não se perdoou!  É como se já não

fosse possível aceitar a si mesmo.

Todas essas coisas são venenos interiores e que podem matar sua alegria, seu
entusiasmo e sobretudo, seu AMOR PRÓPRIO. 
O auto perdão é essencial para uma vida mais feliz e para poder se amar novamente. O seu

amor próprio merece a chance de ser germinado. Para isso, é importante tomar consciência

que os erros fazem parte da vida. E que é possível sempre aprender algo de bom em qualquer

erro. E sinceramente, o desejo de recomeçar é um nobre desejo! Sobretudo se for

acompanhado de ações que o confirmam! 

29
CAMINHOS PARA O
PERDÃO

    Não sou perfeito! E por isso, falho, erro, não tenho visão correta sobre tudo o que faço.

Portanto, você não possui bola de cristal, nem é um deus. Você é humano... e humanos erram,

falham.

   Fui influenciado! Ter consciência disso é libertador. Cada um é cercado de influências o

tempo todo. E a principal delas é o desejo de ser feliz. Contudo, muitas vezes, ações, atitudes

ou decisões tomadas por causa disso ou de outra influência qualquer, fez você rever sua vida.

E então você se arrependeu de ter tomado aquela atitude. Lembre-se: você também é

influenciável o tempo todo!  

   Humildade! É uma das ferramentas mais importantes do processo! Ousar erguer a cabeça e

acreditar que você é uma nova pessoa! Ninguém permanece igual! Tal qual o rio, mencionado

por Heráclito na Filosofia, cujas aguas não são adentráveis duas vezes, assim é você, cuja vida

lhe deixa sempre em transformação.

O “você” de hoje já não é o “você” de ontem, nem tampouco é o “você” de amanhã.


Acredite, portanto, que sendo assim, é possível que o “você” de agora, na humildade,
recomece seus passos reconciliado com seu passado!  

E RESPIRE... O SEU EU ATUAL É INOCENTE!  

30
E
TENHA CORAGEM
DE IR EMBORA

luta contra dependências,

vazios, medo de solidão..

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Esse tópico é fundamental para reestabelecer o amor próprio!  Muitas pessoas têm

relacionamentos que são exigentes, persuasivos, competidores e que, até mesmo, exigem mais do

que elas estão dispostas a oferecer.

Algumas relações, ao invés de fazer brotar o seu melhor, na verdade faz vir à tona o seu pior. E

então, são relações que devem ser questionadas e trabalhadas!

Certamente, é muito fácil neste instante colocar a culpa na outra pessoa, tornando-a responsável

por sua infelicidade e dependência. Agora, é importante que se observe a si mesmo(a) para

entender se não há algum tipo de medo de desaprovação, de exclusão ou solidão que o(a) faz

manter-se próximo de quem faz mal. Muitas vezes, as pessoas sofrem dores interiores e desafetos,

desaforos, por medo de serem desaprovadas, de serem isoladas ou esquecidas. Percebe-se

claramente que algumas pessoas estão sofrendo de dependência psicoafetiva. Tem medo de

ficarem sozinhas e, por isso, se apegam a alguém que lhe dá a impressão de segurança. Contudo...

se esse alguém não é maduro e não deseja amadurecer, é importante rever essas decisões e optar

por amadurecer. Isso implica questionar-se verdadeiramente, viver uma vida diferente, por opção,

decisão...

A psicoafetividade é responsável por gerar uma energia

emocional muito grande. Essa energia motiva e inspira. Ela é

responsável por inúmeras atitudes positivas que uma pessoa toma.

Contudo, se afetada por dependências ou medos, ela perde sua

intensidade. Cabe a cada pessoa, neste instante, observar e

avaliar sua própria trajetória existencial.

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SERÁ QUE SOU MOVIDO(A) À MEDO
DE DESAPROVAÇÃO?

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MINHAS RELAÇÕES ME INSPIRAM
OU ME DESESTIMULAM?

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F
AS VITAMINAS
DA SOLIDÃO

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   A solidão é um precioso ingrediente da vida para amadurecer e aperfeiçoar a sensibilidade humana.

Solidão rima com autodisciplina, com auto comando, autoconhecimento.

   A solidão faz a pessoa sobreviver em meio aos próprios sentimentos, as próprias sensações e

pensamentos.

Grande parte das pessoas detesta solidão por dois motivos: preguiça e covardia.

   A preguiça surge pelo fato de que nem sempre se abre tempo para evoluir por conta própria. É bem mais

cômodo pegar o elevador do que ir pelas escadas. A vida emocional é semelhante: há quem ama ouvir

músicas, ver filmes, vídeos, postagens... tudo feito pelos outros. Afinal, gastar tempo consigo mesmo é difícil.

   Então copiam para sua mente as frases e conceitos que lhe fazer sentido (ou aparentemente fazem), mas

não se exercitam para adquirir seus próprios recursos emocionais. Outra característica é que a preguiça

protege a pessoa do risco de fazer errado. Como não se aceita por si mesma, a pessoa tem medo de

iniciativas como a solidão madura, afinal, pode errar e ficar “abatida, triste, pra baixo”. Escolhe,

erroneamente, se entupir de barulhos esternos para não ouvir os internos.

   Quanto à covardia, é bem visível que dá muito medo mexer em feridas do passado, em coisas que

aparentemente não estão mais doendo, porém que seguem latejando dentro da alma. Há quem prefere

permanecer lambendo suas próprias feridas ao invés de buscar ajuda! 

   Ambos, preguiça e covardia, constituem um perigo contra a evolução humana. E esse perigo se extirpa

quando você conseguir ser amigo da solidão!

   Viver a solidão é ser capaz de entregar-se, dar-se, confiar-se completamente aos caminhos da auto

imaginação que conduz a pessoa às suas lembranças. Essas lembranças serão usadas nas ressignificações

posteriores da emoção.

   Viver a solidão é abastecer-se, encontrar vitaminas pessoais para combater os desajustes da alma. É

aprender a pertencer-se inteiramente... é aprender a ter comando total de suas emoções, sentimentos e

aspirações.

   O solitário maduro é aquele que tomou uma forte decisão de autoconhecer-se. Tão forte que as

provações não o abalam, mas o fazem voltar sempre aos inícios de si mesmo. 

36
G

O PODER DO FRACASSO 
O PODER DO FRACASSO

   O que desejo esclarecer aqui já de início, é que não se trata

de olhar os momentos de fracasso da vida com passividade. Mas

de saber ver o potencial que se esconde na persistência,

perseverança e no recomeço.

   Sem essa capacidade, é bem fácil ficar preso ao amargor do

fracasso.

   Muitas pessoas se sentem inferiorizadas, descapacitadas,

despreparadas, incapazes de algo bom justamente porque se

prepararam tanto e ainda assim fracassaram!

   Muitas descobertas, invenções, empreendimentos humanos

hipercriativos e de extrema importância, nasceram de

correções, de reajustes, de recomeços. De bilionários à

ganhadores do prêmio Nobel,  a tentativa foi a marca de muitos

deles, após fracassos.

   A “quase vitória” abre caminho para se ensaiar a nova

performance, até que, de maneira ajustada, se consiga o êxito.

Vale a pena recordar alguns feitos históricos. Irei falar de

apenas dois, um tanto conhecidos, para que se perceba com

mais clareza a importância da perseverança. 

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O Primeiro deles é sobre

ABRAHAM
LINCOLN.

Lincoln foi um dos maiores


presidentes dos Estados
Unidos,
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PORÉM SUA HISTÓRIA ATÉ O
SUCESSO É CHEIA DE
FRACASSO:

Em 1819 a família foi despejada da casa onde morava e ele teve

que trabalhar para sustenta-la, 

Em 1831 fracassou nos negócios, 

Em 1832 concorreu a câmera dos deputados de sua cidade e

perdeu, no mesmo ano tentou estudara direito mas a faculdade

rejeito a inscrição, 

Em 1833 pedi-o dinheiro emprestado para seu negócio a um

amigo foi a falência e ficou 17 anos pagando a dívida, 

Em 1839 concorreu câmera estadual e perdeu, 

Em 1835 ele ficou noivo, porem sua noiva morreu o deixando

desabado, 

1836 sofreu um colapso nervoso e ficou na cama por 6 meses, 

1838 concorreu a presidência da câmara e perdeu, 

1840 tentou vaga no colégio eleitoral e perdeu, em 

1843 concorreu ao progresso e perdeu, 

Em 1846 concorreu ao congresso e ganhou, 

Porém em 1848 tentou a reeleição e perdeu, 

1854 concorreu ao senado dos estados unidos e perdeu, 

Em 1860 concorreu à presidência dos estados unidos e venceu,

se tornou um dos maiores presidentes americanos da história

dos Estados Unidos, ou seja sua resiliência foi botada a prova

e depois de tanto fracasso veio a vitória.

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SEGUNDO EXEMPLO DE FRACASSOS
CONVERTIDOS EM SUCESSO É DE J. K.
ROWLING, A ESCRITORA DA SAGA HARRY
POTTER.

   Quando seu primeiro manuscrito estava pronto, enviará a

diversas editoras que o recusaram. Posteriormente, com

ajuda de um assessor, reenviou e seu material foi recusado

por 12 vezes.    Somente a 13 ª editora fez uma proposta. E na

sequência veio todo o sucesso conhecido no mundo inteiro. 

    Podemos encontrar exemplos das mais variadas áreas,

como esporte, ciência, empreendedorismo e finanças, em que

o fracasso foi a estrada percorrida por muitos antes do

sucesso. 

   Quando se fala em sucesso, muitas pessoas acreditam que

se trata de fama ou fortuna. Na realidade, será importante

perceber outras áreas do sucesso: aprendizado, vida mais

prática, menos sofrimento por saber fazer melhor, etc. 

  

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FALHAR PODE SER UM
PRESENTE

    Porém é um mistério ara muitas pessoas ao ponto de

tirarem a vontade de viver, de recomeçar, de existir.

  Como diz Samuel Beckett: “Já tentou. Já fracassou. Pouco

importa. Tente de novo. Fracasse de novo. Fracasse melhor!”

  Diz Thomas Edison: “Não fracassei milhares de vezes,

consegui fazer milhares de tentativas que não deram certo.”

  Ou ainda a sabedoria de Nelson Mandela: “Eu nunca perco.

Ou ganho ou aprendo”.

  Quando falhamos na vida, é importante criar um processo

que permita que se  aprenda a vida inteira mesmo que

partindo de erros...

  Isso distingue uma pessoa com determinação daqueles que

não tem determinação. 

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