You are on page 1of 9

Anotações interessantes para a aula:

→ Aqui Latour procura frisar que o trabalho da ciência não pode ser feito sem inscrições, ou
melhor, sem que o mundo (natureza?) seja convertido/traduzido em inscrições bidimensionais,
referências, sobre as quais o pesquisador se debruça. Observar atentamente o que Foucault fala a
respeito das assinalações em “As Palavras e as Coisas”.
Mas não haveria uma diferença de escala, entre o trabalho da ciência de estabelecer um plano de
referência que tende ao infinito, e o simples trabalho do dono do restaurante, de assinalar, de
traçar um plano de referência da disposição das mesas?
Uma pergunta: qual a diferença entre assinar um território e assinalar similitudes que compõem
um sistema, um plano de referência? É o que está em questão aqui; não é apenas o alcance
epistemológico da ciência que está em jogo, é política que se faz. Chamarei por enquanto de uma
política da nomeação, por falta de um melhor. Organizar (estratificar) e distribuir, qual a
diferença?

→ A afinação do mundo

(p. 23) “A paisagem sonora é qualquer campo de estudo acústico. Podemos referir-nos a uma
composição musical, a um programa de rádio ou mesmo a um ambiente acústico como paisagens
sonoras. Podemos isolar um ambiente acústico como um campo de estudo, do mesmo modo que
podemos estudar as características de uma determinada paisagem. Todavia, formular uma impressão
exata de uma paisagem sonora é mais difícil do que a de uma paisagem visual.” [SCHAFER]

(p. 24) “Uma paisagem sonora consiste em eventos ouvidos e não em objetos vistos.”

(p. 27) “O termo marca sonora deriva de marco e se refere a um som da comunidade que seja único
ou que possua determinadas qualidades que o tornem especialmente significativo ou notado pelo
povo daquele lugar. Uma vez identificada a marca sonora, é necessário protegê-la porque as marcas
sonoras tornam única a vida acústica da comunidade.”

(p. 30) “ Chegou a hora de tirar o som do laboratório e colocá-lo no campo do


ambiente vivo. Os estudos da paisagem sonora fazem isso.”

→ Confrontar essa ideia com a de Latour, para o qual o laboratório é o mundo!

Transição da música pelos outros sons: (p. 20) “ Hoje, todos os sons fazem parte de um campo
contínuo de possibilidades, que pertence ao domínio compreensivo da música. Eis a nova orquestra:
o universo sonoro!
E os músicos: qualquer um e qualquer coisa que soe!

“Um sistema hi-fi é aquele que possui uma razão sinal/ruído favorável. A paisagem sonora hi-fi é
aquela em que os sons separados podem ser claramente ouvidos em razão do baixo nível de ruído
ambiental. Em geral, o campo é mais hi-fi que a cidade, a noite mais que o dia, os tempos antigos
mais que os modernos.” (SCHAFER, 1997, p.71, grifo do autor)

“Em uma paisagem sonora lo-fi, os sinais acústicos individuais são obscurecidos em uma população
de sons superdensa. O som translúcido – passos na neve, um sino de igreja cruzando o vale ou a
fuga precipitada de um animal no cerrado – é mascarado pela ampla faixa de ruído. Na esquina de
uma rua, no centro de uma cidade moderna, não há distância, há somente presença.” (SCHAFER,
1997, p.71, 72, grifo do autor)

“Hoje, o mundo sofre de uma superpopulação de sons. Há tanta informação acústica que pouco
dela pode emergir com clareza. Na atual paisagem sonora lo-fi, a razão sinal/ruído é de um por um,
e já não é possível saber o que deve ser ouvido.” (SCHAFER, 1997, p.107, grifo do autor)

“O homem ocidental deixa seus cartões em todo o mundo na forma de maquinaria feita ou
inspirada no Ocidente.” (SCHAFER, 1997, p.114)

“Assim como não há perspectiva na paisagem sonora lo-fi (tudo está presente ao mesmo
tempo), também não existe senso de duração na linha contínua.” (SCHAFER, 1997, p.116,
grifo do autor)

→ Silence

“ Until I die there will be sounds. And they will continue fol- lowing my death. One need not
fear about the future of music.” [Circulação sanguínea grave e sistema nervoso agudo.]

“This psycho- logical turning leads to the world of na- ture, where, gradually or suddenly, one sees
that humanity and nature, not separate, are in this world together; that nothing was lost when
everything was given away. In fact, everything is gained. In musical terms, any sounds may occur in
any combination and in any continuity.”

“Here we are concerned with the coexis- tence of dissimilars, and the central points where fusion
occurs are many: the ears of the listeners wherever they are.” [!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!]
-> O que é a filosofia?

“E ela não é dependente do espectador ou do auditor atuais, que se limitam a experimentá-la, num
segundo momento, se tem força suficiente. E o criador, então? Ela é independente do criador, pela
auto-posição do criado, que se conserva em si. O que se conserva, a coisa ou a obra de arte, é um
bloco de sensações, isto é, um composto de perceptos e afectos.”

“As sensações, perceptos e afectos, são seres que valem por si mesmos e excedem qualquer vivido.
Existem na ausência do homem, tal como ele é fixado na pedra, sobre a tela ou ao longo das
palavras, é ele próprio um composto de perceptos e afectos. A obra de arte é um ser de sensação,
e nada mais ela existe em si.”

AS TRÊS ECOLOGIAS – Félix Guattari

(p. 17) “Ao invés de sujeito, talvez fosse melhor falar em componentes de subjetivação trabalhando,
cada um, mais ou menos por conta própria. Isso conduziria necessariamente a reexaminar a relação
entre o indivíduo e a subjetividade e, antes de mais nada, a separar nitidamente esse conceitos.”
[Esse tipo de citação é muito boa para fundamentar as intenções da pesquisa; essa e a seguinte]

(p. 18) “O que quer que seja, parece-me urgente desfazer-se de todas as referências e metáforas
cientistas para forjar novos paradigmas que serão, de preferência, de inspiração ético-estéticas.”

(p. 19) “Quanto a mim, hoje considero que a apreensão de um fato psíquico é inseparável do
Agenciamento de enunciação que lhe faz tomar corpo, como fato e com processo expressivo. Uma
espécie de relação de incerteza se estabelece entre a apreensão do objeto e a apreensão do sujeito, a
qual, para articulá-los, impõe que não se possa prescindir de um desvio pseudonarrativo, por
intermédio de mitos de referências, de rituais de toda natureza, de descrições com pretensão
científica, que terão como finalidade circunscrever ema encenação dis-posicional, um dar a existir,
autorizando em “segundo” lugar uma inteligibilidade discursiva.”
[O termo grifado acima, “incerteza”, coloca um novo tipo de relação, um outro movimento “entre-
dois”(Ritornelo, vol. 4), que será utilizado por Cage (procurar citação!) para descrever uma outro
modo de perceber a música.]

“Esses dois modos de apreensão - -seja pelo conceito, seja pelo afeto e pelo percepto – são, com
efeito, absolutamente complementares.”

(p. 22) “A condição prévia a todo novo impulso da análise – por exemplo, a esquizoanálise -
consiste em admitir que, em geral, e por pouco que nos apliquemos a trabalhá-los, os
Agenciamentos subjetivos individuais e coletivos são potencialmente capazes de se desenvolver
e proliferar longe de seus equilíbrios ordinários. Suas cartografias analíticas transbordam,
pois, por essência, os Territórios existenciais aos quais são ligadas. Com tais cartografias
deveria suceder como na pintura ou na literatura, domínios no seio dos quais cada
desempenho concreto tem a vocação de evoluir, inovar, inaugurar aberturas prospectivas, sem
que seus autores possam se fazer valer de fundamentos teóricos assegurados pela autoridade
de um grupo, de uma escola, de um conservatório ou de uma academia… Work in progress!”
[grifo meu, em itálico]

É aí que se encontra o coração de todas práxis ecológicas: as rupturas a-significantes, os


catalisadores existenciais estão ao alcance das mãos, mas, na ausência de um Agenciamento de
enunciação que lhes dê um suporte expressivo, eles permanecem passivos e correm o risco de
perder sua consistência (…)” [Os conceitos que estão sendo selecionados aqui, ajudarão a traçar
uma nova conexão com a “ecologia acústica” de Schafer, evitando os essencialismos e
subjetivismos deste. Por outra, a expressão “suporte expressivo” é uma boa maneira de colocar o
Agenciamento.]

(p. 29) “O que convém sublinhar aqui é que o trabalho de demarcação dos ritornelos existenciais
não concerne apenas à literatura e às artes. Também encontramos essa eco-lógica operando na vida
cotidiana, nos diversos patamares da vida social e, de forma mais geral, a cada vez que está em
questão a constituição de um Território existencial.”
[Está colocada aqui, a problemática do projeto]

(p. 34) “Longe de buscar um consenso cretinizante e infantilizante, a


questão será, no futuro, a de cultivar o dissenso e a produção
singular de existência.”

(p. 35) “Nessa mesma perspectiva, dever-se-á considerar os sintomas e incidentes


fora das normas como índices de um trabalho potencial de subjetivação.
(…)
Poder-se-ia objetar que as lutas em grande escala não estão necessariamente em
sincronia com as práxis ecológicas e as micropolíticas do desejo. Mas aí está toda a
questão: os diversos níveis de prática não só não têm de ser homogeneizados,
ajustados uns aos outros sob uma tutela transcendente, mas, ao contrário, convém
engajá-los em processos de heterogênese.” [Heterogênese!Nova abordagem do
problema (que é problema de fato, para Schafer) do ruído!!!!!!!!!]

Assim sendo, esclareçamos que não se trata para nós de erigir regras universais a título de guia de
tais práxis, mas, ao contrário, de liberar as antinomias de princípio entre os três níveis ecosóficos
ou, se preferirmos, entre as três visões ecológicas, as três lentes discriminantes aqui em questão.
(…)
Lógica que poderíamos dizer do "terceiro incluso", onde o branco e o negro são indistintos,
onde o belo coexiste com o feio, o dentro com o fora, o "bom objeto" com o mau...”
(p. 52 – 53) “Poderíamos perfeitamente requalificar a ecologia ambiental de ecologia maquínica já
que, tanto do lado do cosmos quanto das práxis humanas, a questão é sempre a de máquinas — e
eu ousaria até dizer de máquinas de guerra.”
[Grifo meu. Esta marcação é importante, pois ao falar das ecologias, fala-se também de
agenciamentos maquínicos, entre as três caóides. Ver “O Anti-Édipo”.]

-> -> - > (p. 55) “Fazer emergir outros mundos diferentes daquele da pura informação
abstrata; engendrar Universos de referência e Territórios existenciais, onde a singularidade e
a finitude sejam levadas em conta pela lógica multivalente das ecologias mentais e pelo
princípio de Eros de grupo da ecologia social e afrontar o face -a -face vertiginoso com o
Cosmos para submetê-lo a uma vida possível — tais são as vias embaralhadas da tripla visão
ecológica.” [Grifo meu. Auto-explicativo.]

ACERCA DO RITORNELO

(p. 132) “Num sentido geral, chamamos de ritornelo todo conjunto de matérias de expressão que traça um
território, e que se desenvolve em motivos territoriais, em paisagens territoriais (há ritornelos motores,
gestuais, ópticos, etc). Num sentido restrito, falamos de ritornelo quando o agenciamento é sonoro ou
"dominado" pelo som (…)”

(p. 130 – 131) “O essencial está na defasagem que se constata entre o código e o território. O território surge
numa margem de liberdade do código, não indeterminada, mas determinada de outro modo. Se é verdade que
cada meio tem seu código, e que há incessantemente transcodificação entre os meios, parece que o território,
ao contrário, se forma no nível de certa descodificação.”

“A distância crítica não é uma medida, é um ritmo. Mas, justamente, o ritmo é tomado num devir que leva
consigo as distâncias entre personagens, para fazer delas personagens rítmicos, eles próprios mais ou menos
distantes, mais ou menos combináveis (intervalos).”

-> IDIORRITMIA!!!!

“Há personagem rítmico quando não nos encontramos mais na situação simples de um ritmo que estaria
associado a um personagem, a um sujeito ou a um impulso: agora, é o próprio ritmo que é todo o
personagem
(…)

(p. 125 – 126) Da mesma forma, a paisagem melódica não é mais uma melodia associada a uma paisagem, é
a própria melodia que faz a paisagem sonora, tomando em contraponto todas as relações com uma paisagem
virtual.”
[Grifo meu]
(p. 126) “As qualidades expressivas entram em relações variáveis ou constantes umas com as outras (é o que
fazem as matérias de expressão), para constituir não mais placas que marcam um território, mas motivos e
contrapontos que exprimem a relação do território com impulsos interiores ou circunstâncias exteriores,
mesmo que estes não estejam dados. Não mais assinaturas, mas um estilo.”
[Grifo meu. Saímos do infra-agenciamento, isto é, das forças que compõem um território, para o intra-
agenciamento. Os componentes tornam-se dimensionais.]

(p. 121) “Precisamente, há território a partir do momento em que componentes de meios param de ser
direcionais para se tornarem dimensionais, quando eles param de ser funcionais para se tornarem
expressivos. Há território a partir do momento em que há expressividade do ritmo. É a emergência de
matérias de expressão (qualidades) que vai definir o território.”

(p. 120) “É que um meio existe efetivamente através de uma repetição periódica, mas esta não tem outro
efeito senão produzir uma diferença pela qual ele passa para um outro meio.”

“O caos não é o contrário do ritmo, é antes o meio de todos os meios. Há ritmo desde que haja passagem
transcodificada de um para outro meio, comunicação de meios, coordenação de espaços-tempos
heterogêneos.” [Grifo meu.]

“O ritmo nunca tem o mesmo plano que o ritmado. É que a ação se faz num meio, enquanto que o ritmo se
coloca entre dois meios, ou entre dois entre-meios, como entre duas águas, entre duas hor, entre lobo e cão,
twilight ou zwielicht, Hecceidade. Mudar de meio, reproduzindo com energia, é o ritmo.”

PSYCHOACOUSTICAL PHENOMENA IN COMPOSITION


-> Para Amacher, o som se produz:
(a) na sala (espaço)
(b) no ouvido interno
(c) no cérebro

(p.12) "Music creates an existence for (b) and (c) in time."

(p. 12) "They 'sound' as though they are occurring in (a) space, in ambiguous room
space, 'in air', not localized."

(p. 12 – 13) "Ear tones created within (b) space in my experience, not only seem to
contribute a special depth to the experience of sound in (a) space, but also allow one
to make certain exceptionally distinct combinations of tone, close to each other in
frequency, which if produced in (a) space only, i.e., in the same perceptual dimension,
would mask each other, or become one timbre, rather than be experienced as
completely distinct parts."

(p. 13) "[...] one can compose very subtle adjacent relations without interference [...]'
(p. 14) "It is a matter of composing – preparing for their existence in time and space,
perceptually. The composer ghost writes the scenario."
"and most important ths music can be developed only through direct auditory
experience."

(p. 15) "[...] simple tones now bring attention to what goes on without us."
"It feels itself."

(p. 16) "Right now our subltleties barely exist for us – they go on without us – like
the 'additional tones' adjuncts of our actions in the environment. We do listen to them.
They belong to the 'machine' we dare not acknowledge."

"The riddle remains. One of human potential. 'What is responding every moment for
us, but we are not allowed to respond to it?' Image in stone? Man in control?

"[...] von Bekesy compared the basilar membrane to a piece of skin with an
ENORMOUSLY MAGNIFIED 'TOUCH' SENSITIVITY."
PÁGINAS DE CADERNO

→ A questão não está no “eu posso” que a tecnologia me permite, seja no emprego de
técnicas de edição/manipulação ao vivo de sons, design de placas de circuito impresso no
computador, ou até mesmo do tão-natural rádio a pilha, já tão integrado no cotidiano brasileiro.
São as naturezas-culturas já produzidas nesses agenciamentos coletivos (que em
determinado ponto poderiam ser reduzidas à ordem do capital) que estão num plano de referência,
do qual dispomos de duas atitudes metodológicas:
1. Subir até o seu acontecimento
2. Descer até suas redes de longo alcance [o que aqui poderia ser pensado não mais como descer,
mas traçar as dimensões de um determinado plano de referência].

→ Não uma ficção, um rearranjo das coisas do real, dos estados de coisas, um refluir da cultura:
lixo.
A paisagem sonora é lixo (linha contínua); a paisagem sonora não mais apenas urbana, mas
capitalística.
O trabalho com a Mazela me mostrou um uso diferente para música, para a técnica, para a
imagem-mundo em movimento (que não sai apenas de mim): o inaudito, o invisível, o lixo///,,
O refluir do lixo, as técnicas-lixo, estéticas-lixo; não é a tentativa de chamar a atenção do
demasiado sobrecarregado serviço social; não é roubar a comida que o morador de rua encontrou na
calçada.
É fabricar lixo, com um novo tipo de eficiência [alegria] e não reciclá-lo, e não torná-lo
simplesmente agradável → é contar a sua história, a sua genealogia, é dizer o impensável do lixo: o
seu incorporal
ou melhor, o corpo-sem-órgãos do lixo não é o que o remete apenas à sua etiqueta [classificatória ou
ética?], mas a seu processo de produção.

→ Não mais como um excremento ou resíduo qualquer (o rastro de um sujeito), mas ao


indiferenciado que o faz diferir de qualquer produção do capital [é outro tipo de antiprodução!], no
momento em que o próprio capital esgota o seu processo de produção nas coisas [quando as
abandona].

→ Uma nova ecologia acústica requereria, antes de mais, uma nova seleção do lixo (e não apenas
qualquer tipo de tratamento – a acústica aí incluída). Uma nova cartografia esquizofônica não pode
ser uma ética prescritiva dos sons dos corpos dos hábitos [talvez nunca tenha podido], porque ela é
um ritornelo, que falha e quebra e explode.

→ É um ritornelo ela mesma, no conceito e na ação sonora, opera e é operada, mediada por uma
tradução [transliteração?]
1. dos valores energéticos-eletromagnéticos
2. da métrica do som e do ritmo que as palavras outrora capturaram [ver “O Pensamento Musical
de Nietzsche”].

*O som não requer repetição


e quando não
nada espera de si
[tampouco de nós]
O som em si é uma relação,
e nisso não há contradição
E entende mal quem não percebe o nomos entreaberto, interterritorial, coletivo.

→ Mas a invisibilidade está muito mais no gregário do que no díspare, não? Como aquela frase
que diz que a revolução terá sido realizada quando tornar-se o cotidiano… Ou ainda, valer-se no
elemento que se repete, o ritornelo que traça o território, para daí traçar uma linha de fuga, ou
uma reterritorialização…é no gregário, eu quis dizer, e não no triunfal, que salta uma linha de fuga
dos aparelhos de monitoramento, de controle. O que pode ser um perigo para os estratos, quando
constroem para si um CsO paranóico, e incluem o seu nada, o seu ruído de fundo que os protege de
uma abertura ainda maior para o Caos, que os projeta numa aceleração rumo ao fascismo ou
mundialização do capitalismo como única alternativa. Vacúolos não apenas de silêncio, mas de
ruído; interferência como ecologia acústica (cancelamento de fase, descentralização dos regimes
paranoicos de signos: fractalização das palavras de ordem, das produções desejantes que
fractalizam o mundo para dar sentido ao seu regime, à sua centralidade).

You might also like