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AJALÁ

Ajalá é o oleiro primordial. A parte de Oxalá responsável pela criação física dos homens, por
seu corpo, sua cabeça (onde vive Ori). Ele representa o aspecto mais orgânico do ser
humano; o tipo de barro, de maior ou menor qualidade, mais ou menos cozido (o que
implica maior ou menor número de problemas), mais claro ou escuro. Ajalá mistura ao
barro folhas, frutas, minérios, sangues e uma série de materiais que determinam como
será aquela pessoa, como Ori poderá agir nela. Estes ingredientes, com o tempo perdem o
axé (energia) e precisam ser, de vez em quando, repostos, o que é feito nos rituais de
candomblé, entre eles a iniciação.

Diz um dos mitos que Ajalá foi incumbido de moldar as cabeças dos homens com a lama do
fundo dos rios e outros elementos da natureza. Ele moldava as cabeças e as punha para
assar em seu forno. Ajalá tinha, contudo, o hábito de embriagar-se enquanto cozia o barro
e criou muitas cabeças defeituosas, queimando algumas e deixando outras com o barro
cru. A causa dos problemas que muitas pessoas apresentam antes de serem iniciadas viria
exatamente de um ori cru, ou queimado, ou mal proporcionado feito durante alguma
bebedeira de Ajalá. Como os orixás não gostam de cabeças ruins, a pessoa ficaria
desprotegida, sem a energia do orixá. Depois que Ajalá terminava de fazer os oris (cabeças)
Obatalá soprava nelas e lhes dava eni, a vida.

Obatala

Na religião do povo iorubá, Obàtálá é o criador de corpos humanos, que supostamente foram
trazidos à vida pela respiração de Olorun. Obàtálá é também o dono de todos os ori ou cabeças.
Qualquer orisha pode reivindicar um indivíduo, mas até que esse indivíduo seja iniciado no
sacerdócio desse orixá, Obàtálá ainda possui essa cabeça. Isso decorre da crença de que a alma
reside na cabeça. Obatala (rei do Pano Branco) é dito ser o segundo filho do Olorun, por outros ser
apenas um dos Orisha favorito de Olorun. Ele é aquele autorizado por Olorun a criar uma terra
sobre a água sob o céu, e é ele quem funda a primeira cidade iorubá, Ife. Obatala é o representante
de Olorun na Terra e o formador dos seres humanos. Ele é conhecido por alguns Yoruba como
Orisha-Nla ou Olufon.
IROKO A ORIGEM DE TODOS OS ORIXÁS NA
TERRA
Depois da primeira geração de ORIXÁS que vieram à
Terra, ODUDUWÁ necessitava estabelecer seus
domínios por mandados de OLÓFIN e então trouxe o
menor de seus filhos IROKO.

O que significa IROKO: IRO – príncipe mensageiro, KO


de OCO da terra, príncipe que vem com uma missão ou
encargo à Terra. A missão era levar ou trazer à Terra uma
enorme ou frondosa árvore que seria o ILÉ (casa) de
todos os ORIXÁS.

IROKO, jovem e bonito, se dispôs a cumprir a missão


(pois, não sabia que seria por toda a vida). Começou então o jovem a arrastar a árvore chamada ARAGBATA
que é o significado de três palavras, ARA – é o que une os caminhos. ABA – sagrado e ATA – albergue (lugar
sagrado de repouso para onde vão todos os caminhos).

Cinco homens unidos com seus braços estendidos não eram suficientes para rodear a árvores e sua altura
chegava ao céu, mas IROKO continuou sua missão de empurrar a árvore por mandado de OLÓFIN, mas sua
força na Terra já não era a mesma.

O tempo havia passado e ele havia começado a envelhecer, mas não chegou a desfalecer de cansaço. Assim
se passaram os anos e continuava envelhecendo, já sem forças se encontrou com OGUE, quem o levou a
casa de ORIXÁ-OKO e este lhe cedeu os bois, que o ajudaram até chegar perto do lugar onde se plantaria a
primeira CEIBA, e os 16 (dezesseis) ORIXÁS terminaram empurrando e semeando a árvore em união de todos
os ORIXÁS. IROKO, tão jovem a princípio, havia chegado muito ancião, sem forças nem para andar. Ali ao pé
de ARAGBÁ fizeram algumas oferendas e sacrifícios (por isso sua terra é sagrada).

ODUDUWÁ o coroou OBÁ (rei) e o deixou vivendo em sua casa com a função de controlar o que entra e sai de
ARAGBA, recebe todas as oferendas e sacrifícios que se façam. Classifica as almas dos EGUNS (espíritos)
ajudado por uma dezena de deidades.

TEOGRAFIA:

ORIXÁ de sexo masculino, andrógeno para uns e feminino para outros que assim o consideram esposa de
ODUDUWÁ. Muitos o associam com a filha da mulher que devia a CEIBA e um dia em que a menina dançava
diante dela e se abriu a terra e a levou. Também confundida com AYAÓ (irmã mais nova de OYÁ), quem é
guardiã de todos os segredos.

Para outros é um caminho de OBATALÁ e para outros é um ODUDUWÁ. Há quem pense que seja um EGUN
divinizado.

Em CUBA, seu segredo se preservou em lugares remotos, como o campo, por exemplo, cidades pequenas e
vilarejos afastados das grandes cidades.
Trabalha com ODUDUWÁ e está associado aos ORIXÁS BOROMU (BROMU), BORONSIA (BRONSIÁ),
HONDO e AGOMAN, não trabalha se não houver ODUDUWÁ.

Recebe todas as oferendas e sacrifícios que se oferecem a ODUDUWÁ.

Recebe-se com 4, 6 ou 8 OTÁS (depende da família que o esteja consagrando), vai em uma sopeira funfun
(branca).

Maferefun IROKO todos os dias!

Ifá Ni L’Órun

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