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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
ANÁLISE DE SISTEMAS DE ENERGIA 2018.1

DANIEL SILVA LIMA


PALOMA DE MEDEIROS COSTA
RUAN TAVARES CRUZ

TRABALHO AVALIATIVO I

Mossoró – RN
2018
DANIEL SILVA LIMA
PALOMA DE MEDEIROS COSTA
RUAN TAVARES CRUZ

TRABALHO AVALIATIVO I

Trabalho destinado à Universidade


Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA,
Centro de Engenharias como requisito
para a obtenção da 1° nota avaliativa de
Análise de Sistemas de Energia.

Orientador: Prof. Dr. Adriano Aron


Freitas de Moura – UFERSA

Mossoró -RN

2018
HISTÓRICO DO FLUXO DE CARGA

1. Faça uma descrição do histórico do fluxo de carga

Os cálculos de fluxo de carga eram feitos de forma manual até o ano de 1929. A
maneira realizada impossibilitava que grandes sistemas fossem estudados, devido o
calculo ao qual demandava muito tempo. Logo após passaram a ser utilizados
analisadores de redes, entretanto, embora o cálculo tenha sido automatizado o tempo
gasto ainda era elevado.

Entre os anos de 1929 e 1956 surgirão os primeiros programas computacionais


para execução de tal tarefa, o que gerou grande repercussão. Incialmento os primeiros
analisadores computacionais denominados TNA (Transiente net wortk analyzer), mas no
entanto o primeiro programa baseado na matriz admitância surgiu em 1956. O algoritmo
fundamentado no método de Newton modificado e desenvolvido por J. B. Ward e H. W.
Hale, através da formulação nodal o método solucionava as equações não lineares.

Em 1957 Glimm e Stagg criaram o método de Gauss-Seidel para realizar a


resolução destes sistemas. Este metodo possuia o intuito de diminuir os custos
computacionais. Entretanto, o método necessitava de muito tempo para executar as
iterações necessárias. Logo após em 1959 Van Ness utilizou o método de Newton com a
resolução de derivadas parciais.

Em meados 1960 a empresa BPA (Bonneville Power Administration) passou a


utilizar o método de Newton-Raphson e com isso implementou o Big PowerMod. Logo
então em 1961, com o aprimoramento dos sistemas de potência e, consequentemente,
aumento de sua complexidade, os matemáticos Van Ness e Griffin averiguaram o método
de Newton Raphson e propiciaram mudanças no calculo do jacobiano e sua inversa,
aplicando técnicas de esparsidade. Esta tecnica assegurava uma ótima velocidade e
economia de memória.

Carpentier atualizou e melhorou ainda mais os cálculos ao utilizar o método de


Newton Desacoplado, onde [N] = 0 e [M] = 0. Tal método foi aprimorado quando Olgun
Alçac e Brian Stott sugeriram o método desacoplado rápido.
Até os dias atuais muitas outras maneiras de realizar a análise de fluxo de carga
foram surgindo, as mesmas são baseadas na matriz Z, matriz Y e modelagem monofásica
e trifásica.

2. Comente: Porque na época em que foi feito o PowerMod, o método de


Newton-Raphson possuía um tempo de execução computacional maior do
que o método de Gauss-Seidel? Como os matemáticos Tinney e Walker
resolveram o problema de velocidade do método de Newton-Raphson?

Quando comparado o método de Newton-Raphson ao de Gauss-Seidel o de


Newton-Raphson possuia um tempo de execução bem maior, devido a montagem de
Ybus, o cálculo do Jacobiano e o cálculo da matriz inversa que tal método precisava,
tornando assim a operação dependiosa.

O método de Gauss não calculava a inversa. Diante disso, em 1960, os


matemáticos Tinney e Walker analisaram o BIGPOWERMOOD elaborando pela
empresa BPA, afim de verificar a lentidão do método de Newton, logo através de técnicas
de armazenamento compacto e ordenado da fatoração os mesmos fizeram com que tal
processo tornasse mais rápido, isto utilizando pouco espaço de memória e apresentando
ótima convergência.

REPRESENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM DIAGRAMAS UNIFILARES

3. Pesquise e desenhe a simbologia dos seguintes equipamentos elétricos


 Gerador elétrico

 Carga elétrica

 Transformador de dois enrolamentos


 Transformador de três enrolamentos

 Linha de transmissão

 Linha de distribuição

 Regulador de tensão
MONTAGEM DA MATRIZ DE ADMITÂNCIAS

4. Um sistema de potência é parcialmente mostrado na figura abaixo. As


admitâncias físicas são dadas na figura. A linha 1-3 não possui efeito
capacitivo. Calcule os elementos da matriz de admitância:
a) Y11
b) Y12
c) Y13

Resolução:

1 1 1 1
𝑎) 𝑌11 = + + 𝑏0 = + + 𝑗 = 𝑗0,1 + 0,05 + 𝑗
𝑍12 𝑍13 −𝑗10 −𝑗20

−1 −1
b) 𝑦12 = −𝑦12 = = = −𝑗0,1
𝑍12 −𝑗10

c) 𝑌13= − 𝑌 −1 −1
13 = 𝑍 = −𝑗20= −𝑗0,05
13

FORMULAÇÃO MATEMÁTICA DO PROBLEMA DO FLUXO DE CARGA –


EQUAÇÕES E INCÓGNITAS

5. Suponha um sistema elétrico de n barras:

a) Quantas equações descrevem esse sistema? Quais são essas equações?

Cada barra possui duas equações, dessa maneira forma obtemos:

2𝑛 = 2 ( número de esqueções de cada barra do sistema)


𝑁

𝑃𝑖 = 𝑉𝑖 ∑ 𝑉𝑘 (𝐺𝑖𝑘 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑖𝑘 + 𝐵𝑖𝑘 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑖𝑘)


𝑘=1

𝑄𝑖 = 𝑉𝑖 ∑𝑁
𝑘=1 𝑉𝑘 (𝐺𝑖𝑘 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑖𝑘 + 𝐵𝑖𝑘 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑖𝑘)

𝜃𝑖𝑘= (𝜃𝑖 − 𝜃𝑘 )
b) Quantas variáveis estão associadas a uma barra ou nó elétrico do sistema?

Cada barra possui 6 variáveis, dessa maneira com N barras obtemos 6N


variáveis, onde é N é o número de barras. Tais variáveis são:

• Potência ativa gerada (PG);


• Potência reativa gerada (QG);
• Potência ativa consumida (Pc);
• Potência reativa consumida (Qc);
• Módulo de tensão (V);
• Ângulo de fase da tensão (θ);
c) Discuta como surgiram os vários tipos de barra: swing, PV e PQ. Pode haver
geração nas barras PQs? Pode haver consumo nas barras PVs?

Como mencionado anteriormente, cada barra é definida através de duas equações e 6


incógnitas, com isso, faz-se necessário fixar algumas icógnitas tais equações possam ser
solucionadas. Este fato evidencia a necessidade da caracterização de cada barra.

No entanto caso os módulos e ângulos de tensão permanecerem como incógnitas


e as potências ativa e reativa geradas forem definidas, ao encontrar V e θ, alguns valores
de potência transmitida serão encontrados, de maneira que não seram satisfeita às leis de
Kirchhof no sistema de potência, uma vez que potência ativa e reativa foram escolhidas
aleatoriamente.

Diante disso como os valores de tensões não podem ser todas fixadas, determina
especificar uma barra em módulo (V) e ângulo de tensão (θ), logo a essa barra dá-se o
nome de barra de referência ou barra swing. Neste caso as incógnitas serão P e Q.

Visto que o módulo e ângulo da tensão foram fixados para uma barra, é importante
definir as outras barras a partir de outras incógnitas. Para as barras de geração é faz-se
necessário garantir a potência ativa (P) que deve ser gerada, bem como o módulo da
tensão de geração (V). Através das equações das barras será encontrada a potência reativa
(Q) onde a mesma é capaz de assegurar a tensão de geração e o ângulo da tensão (θ) como
também assegurar valor escolhido para potência transmitida. Ou seja, as barras de
geração são especificadas em Potência ativa (P) e módulo da tensão (V), por isso são
conhecidas como barras PV’s.
O terceiro tipo de barra, é denominada barra de carga, a mesmas é importante para
assegurar a potência reativa (Q) e a potência ativa (P) transmitida transmitida à carga
alimentada.

É valido ressaltar que as equações da barra serão usadas para encontrar o módulo
de tensão (V) ao qual proporciona o valor de energia reativa fixada, bem como o ângulo
da tensão (θ) que será capaz de permitir o valor de potência ativa transmitida especificado.
Por esse motivo as barras de carga são conhecidas como barras PQ”s.

A barra PQ é denominada barra de carga, e nada impede que nela haja uma
geração de potência. Existindo essa condição, é necessário que as potências ativa e reativa
na carga, bem como a própria carga, sejam conhecidas.

Embora a barra PV seja conhecida como barra de geração, nada impede que na
mesma haja consumo de potências. Diante disso, são especificados módulo de tensão (V)
e a potência ativa gerada (P) da barra. Logo assim, são calculados o ângulo de tensão (θ)
e a potência reativa gerada (Q), necessárias para manter o nível de tensão na barra PV.

HISTÓRICO DO FLUXO DE CARGA


6. Quais os principais cientistas responsáveis pelo desenvolvimento dos vários
métodos de fluxo de carga? Quais métodos eles desenvolveram?
Os principais cientistas foram Isaac Newton, Joseph Raphson, Gauss, Jacobi. Os
métodos criados foram: Método de Newton, Método de Newton – Raphson, Método de
Gauss, Método de Gauss – Jacobi e Método de Gauss – Seidel.

7. Cite o que aconteceu depois da década de 1970 com os


desenvolvimentos dos vários métodos de fluxo de carga.

A partir da década de 70 métodos desacoplados (Stott e Alsa¸c, 1974) baseados no


método de Newton foram propostos, apresentando-se ainda mais rápidos, mantendo-se
precisão e convergência. Somente em 1990 foi apresentado um estudo teórico
aprofundado das características dos métodos desacoplados. Foram propostos ainda:
variações dos métodos desacoplados básicos, métodos para redes mal condicionadas,
métodos para redes de distribuição (média e baixa tensões), fluxo de carga da
continuação, fluxo de carga ótimo, etc.
REPRESENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM DIAGRAMAS UNIFILARES

8. Pesquise e desenhe a simbologia dos seguintes equipamentos elétricos


 Transformador OLTC (On Load Tap Changer)

 Usina eólica

 Usina solar fotovoltaica

 Banco de capacitores

 Banco de reatores
 Tipos de conexões de transformadores

Conexão Y-Δ

Conexão Δ-Y

Conexão Δ-Δ

Conexão Y-Y
 STATCOM

Diagrama unifilar do STATCOM

Uma análise para o controle da potência reativa pode ser feita através de diagramas
fasoriais. Considerando o equivalente Thévenin do sistema elétrico ao qual o
compensador está ligado e o equivalente Thévenin do compensador paralelo ideal (sem
harmônicos e semperdas), tem-se o esquema mostrado na Figura abaixo. Neste esquema,
foi considerado que as resistências são desprezíveis e que o ângulo de defasagem entre as
tensões VST e VPCC é δ.

Desenvolvendo as equações de potência entre duas fontes para a situação


mostrada na Figura acima, temos.
𝑉𝑃𝐶𝐶 ∗ 𝑉𝑆𝑇 𝑉²𝑃𝐶𝐶 − 𝑉𝑃𝐶𝐶 𝑉𝑠𝑡
𝑃𝑃𝐶𝐶 = ∗ sin 𝛿 𝑄𝑃𝐶𝐶 = ∗ cos 𝛿
𝑋𝑆𝑇 𝑋𝑆𝑇
MONTAGEM DA MATRIZ DE ADMITÂNCIAS

9. Descreva as equações de como incluir um transformador com tape em fase


(p) e quadratura (q) na matriz de admitâncias.

Transformador com tape complexo

𝑉𝐿
𝑝 + 𝑗𝑞 =
𝑉𝐾

𝑉𝐿 = (𝑝 + 𝑗𝑞) ∗ 𝑉𝐾

𝑉𝐿 ∗ 𝐼𝐾∗ = 𝑉𝐿 𝐼𝐿∗

𝑉𝐿 𝐼𝑘∗ 𝐼𝑘∗ 𝐼𝑘∗


= ∗ → ∗ = 𝑝 + 𝑗𝑞 → = −( 𝑝 + 𝑗𝑞)∗
𝑉𝐾 𝐼𝐿 𝐼𝐿 𝐼𝑙

𝐼𝐾
= −( 𝑝 + 𝑗𝑞)∗
𝐼𝑙

Da figura pode-se escrever que:

𝐼𝑙
𝑉𝑙 = 𝑉 𝐿 +
𝑦

𝑉𝐿 = (𝑝 + 𝑗𝑞) 𝑉𝐾

𝐼𝑙
𝑉𝐼 = 𝑉𝐿 +
𝑦

𝐼𝐼 = 𝑦 [ 𝑉𝐼 − (𝑝 + 𝑗𝑞)𝑉𝐾

𝐼𝐾
= −( 𝑝 + 𝑗𝑞)∗
𝐼𝑙
𝐼𝐾 = −( 𝑝 + 𝑗𝑞)∗ 𝑉𝐼 − ( 𝑝 + 𝑗𝑞)𝑉𝐾

𝐼𝐼 = 𝑦 𝑉𝐼 − 𝑦 (𝑝 + 𝑗𝑞)𝑉𝐾

𝐼𝐾 = −( 𝑝 + 𝑗𝑞)𝑦 𝑉𝐼 + ( 𝑝² + 𝑞²)𝑦𝑉𝐾

Na forma matricial:

𝐼𝐼 𝑦 − ( 𝑝 + 𝑗𝑞) 𝑉𝐼
= *
𝐼𝐾 − ( 𝑝 + 𝑗𝑞) 𝑦 ( 𝑝² + 𝑞²)𝑦 𝑉𝐾

Se o transformador tiver apenas tape em fase, a equação pode ser escrita como :

𝐼𝐼 𝑦 − ( 𝑝 + 𝑗𝑞) 𝑉𝐼
= *
𝐼𝐾 − 𝑝𝑦 𝑝²𝑦 𝑉𝐾

O tape em quadratura q, quebra a simetria da matriz y, diferentemente do tape em


fase p que mantem a simetria da matriz Y, como pode ser visto na equação matricial
anterior.

MÉTODO DE GAUSS-JACOBI/GAUSS-SEIDEL

10. Sobre fluxo de carga e os métodos de Gauss-Jacobi/Gauss-Seidel responda:


a) Quais os tipos básicos de barras no fluxo de carga?

Dependendo de quais variáveis entram como dados e quais serão consideradas


incógnitas, os tipos de barra no fluxo de carga são classificadas como:

Barra PV;
Barra PQ;
Barra swing

b) Calcule a primeira iteração de Gauss para o sistema abaixo. Use como


estimativas iniciais 0 e 0.

2x1 + x1x2=1 (eq. 1) 2x2 - x1x2 =-1 (eq. 2)

1 − 𝑥1 𝑥2
𝑥1 =
2

𝑥1 𝑥2 − 1
𝑥2 =
2
k Erro
0 0 0 -
1 0 ,5 - 0 ,5 0 ,5
2 0,625 0,625
- 0,125
Método de Gauss

c) No que o método de Gauss difere em relação ao método de Gauss-Seidel?


Calcule a segunda iteração do sistema anterior com base no método de Gauss e com
base no método de Gauss-Seidel.

O método de Gauss é denominado um método de redução, que consiste na


eliminação de uma incógnita nos sistemas de duas equações com duas incógnitas, ou seja,
é um procedimento iterativo para a resolução de sistemas lineares, o mesmo é considerado
um método simples pelo fato de implementação dos computadores, estando menos sujeito
ao acumulo de erros de arredondamento, porém, seu defeito é não funcionar em todos os
casos. Já o meto de Gauss-Seidel é de concepção simples, porém, sua aplicação é bastante
trabalhosa, pois a convergência do processo é lenta, onde os seus valores possuem
soluções atualizadas, por utilizarem valores atuais. Os dois métodos são considerados
iterativos, sendo que o método de Gauss realiza todos os valores na iteração anterior para
que seja realizado o calculo o valor da variável diagonal, já no Gauss-Seidel irá fazer uso
dos valores calculados na iteração, porém, permite uma convergência mais rápida.

2𝑥1 + 𝑥1 𝑥2 = 1

2𝑥1 + 𝑥1 𝑥2 = − 1

1 − 𝑥1 𝑥2
𝑥1 =
2

𝑥1 𝑥2 −1
𝑥2
2
HISTÓRICO DO FLUXO DE CARGA

11. O que eram os TNAs? Por que eles eram úteis:

O processo de análise de sistemas elétricos de potência mudou consideravelmente ao


longo dos últimos cinquenta anos. No início, entre 1929 e 1956, uma ferramenta que foi
bastante utilizada foi o TNA que consistia em réplicas miniaturizadas de componentes do
sistema de potência como linhas de transmissão, cargas elétricas, etc. Os TNA permitiam
aos engenheiros simular sistemas de potência de médias dimensões em laboratórios que
ocupavam as dimensões de várias salas. Com o surgimento dos computadores digitais
durante a década de 50, os analisadores de rede foram sendo substituídos por programas
capazes de realizar simulações que representassem numericamente o comportamento dos
sistemas elétricos.
12. Pesquise na internet e descreva algumas formulações de fluxo de carga
trifásico da literatura. (Não precisa colocar todas as equações dos métodos,
só o nome e a que tipo de sistemas se aplica o método)

FLUXO DE POTÊNCIA TRIFÁSICO POLAR

A formulação do fluxo de potência trifásico polar utiliza as equações de potência


injetada nas barras, expressas em termos das coordenadas polares da tensão. As equações
de potência ativa e reativa injetada numa barra genérica k, referente à fase a, são dadas
por (1) e (2), respectivamente.

FLUXO DE POTÊNCIA TRIFÁSICO RETANGULAR


Neste caso, as equações de potência ativa e reativa expressas em termos das
coordenadas retangulares da tensão, para uma barra genérica k, fase a, são dadas por:

A
aplicação do processo iterativo de Newton-Raphson na solução das equações não lineares
(6) e (7), referentes a todas as barras e a cada uma das fases, resulta num outro conjunto
de equações semelhantes a (3), mas que cuja solução representa as correções das
componentes real e imaginária das tensões. Assim sendo, a matriz Jacobiana difere da
anterior, sendo calculada tomando-se as derivadas parciais das equações de potência ativa
e reativa em relação a estas novas variáveis de estado.

FLUXO DE POTÊNCIA TRIFÁSICO VIA INJEÇÃO DE CORRENTE

Enquanto as metodologias apresentadas nas seções 2 e 3 utilizam expressões


referentes às potências ativa e reativa injetadas em cada barra, o método via injeção de
corrente utiliza, como a própria nomenclatura indica, expressões relativas a correntes.
Esta formulação foi inicialmente proposta em Da Costa et alii, 1999 para sistemas
monofásicos, sendo estendida para sistemas trifásicos em Garcia et alii, 2000.

As equações de corrente a serem resolvidas no problema de fluxo de potência


referentes a uma barra genérica k, fase s, separadas em termos de suas componentes real

e imaginária, denotadas por e respectivamente, são dadas por Garcia et alii,


2000:

REPRESENTAÇÃO DE MODELOS EM DIAGRAMAS UNIFILARES

13. Pesquise e diga qual a modelagem dos seguintes equipamentos elétricos


(coloque o símbolo usado no diagrama unifilar e descreva as equações
representativas).
 Gerador elétrico
 Carga elétrica

 Transformador de dois enrolamentos

𝑉𝑃
=𝑎
𝐸𝑘

Como 𝛉𝐾 = 𝛉𝑝 tem-se:

𝐸𝑝 𝑉 −𝑗𝜃𝑝
= 𝑃∗𝑒 −𝑗𝜃𝑝
𝐸𝐾 𝑉𝑘∗ 𝑒
O fato de o transformador ser ideal implica que as potências complexas na entrada
e na saída são iguais, ou seja, não há dissipação de potência ativa ou reativa entre os nós
k e p, assim:
∗ ∗
𝐸𝑘 𝐼𝑘𝑚 + 𝐸𝑝 𝐼𝑘𝑚 =0

 Linha de transmissão

𝑍𝑘𝑚 = 𝑟𝑘𝑚 + 𝑗𝑥𝑘𝑚


A admitância série é dada por:

− 𝑗
−1
𝑦𝑘𝑚 = 𝑔𝑘𝑚 + 𝑗𝑏𝑘𝑚 = 𝑍𝑘𝑚 = 𝑟² 𝑟+𝑥
𝑘𝑚
2 ²
𝑥𝑘𝑚
2
𝑟𝑘𝑚 +𝑥𝑘𝑚
𝑘𝑚 𝑘𝑚

A corrente Ikm é formada por uma componente série e um componente shunt,


calculada a partir das tensões terminais Ek e Em e dos parâmetros do modelo π
equivalente:
𝑠ℎ
𝐼𝑘𝑚 = 𝑦𝑘𝑚 (𝐸𝑘 − 𝐸𝑚 ) + 𝑗𝑏𝑘𝑚 𝐸𝑘
Onde:

𝐸𝑘 = 𝑉𝑘 ∗ 𝑒 −𝑗𝜃𝑘

𝐸𝑚 = 𝑉𝑚 ∗ 𝑒 −𝑗𝜃𝑚

Analogamente, a corrente Ikm é dada por:


𝑠ℎ
𝐼𝑘𝑚 = 𝑦𝑘𝑚 (𝐸𝑘 − 𝐸𝑚 ) + 𝑗𝑏𝑘𝑚 𝐸𝑘

MONTAGEM DA MATRIZ DE ADMITÂNCIAS

14. Descreva em que consistem os elementos da diagonal e fora da diagonal da


matriz de admitâncias (matriz Y).

A matriz de admitâncias se apresenta sempre como uma matriz quadrada, de


ordem equivalente ao número de barras do qual o sistema elétrico de potência analisado
em questão é composto. A diagonal principal dessa matriz é composta por todos os termos
de admitâncias que fazem alusão às suas respectivas barras, não se relacionando ou
compartilhando dados com as demais barras que compõem o sistema. e
encontram fora da matriz principal, acabam que interagindo entre as barras, normalmente
aos pares, de forma que estes termos estão relacionados às admitâncias existentes entre
duas barras do sistema, onde existe a relação de compartilhamento de características e
valores de funcionamento.
MÉTODO DE GAUSS-SEIDEL APLICADO AO PROBLEMA DO FLUXO DE
CARGA
a) Em que difere o cálculo das tensões das barras PVs das barras PQs no
método de Gauss?
Para calcular a tensão em barras PV’s usa-se a seguinte equação:

𝑒𝑠𝑝
1 𝑃𝑖 −𝑗𝑄𝑖𝑐𝑎𝑙𝑐
𝑉𝑖 = ( − ∑𝑁
𝐾=1≠𝑖 𝑌𝑖𝑘 𝑉𝑘 )
𝑌𝑖𝑖 𝑉𝑖∗

O uso dessa equação se deve à necessidade de racionalizar a tensão.

Já o cálculo da tensão nas barras PQ’s é dado por:

1 𝑃𝑖 −𝑗𝑄𝑖
𝑉𝑖 = ( − ∑𝑁
𝐾=1≠𝑖 𝑌𝑖𝑘 𝑉𝑘 )
𝑌𝑖𝑖 𝑉𝑖∗

b) Em que consiste o processo de racionalização da tensão para o cálculo das tensões


em barras PVs?

Como já citado, as barras PV’s são especificadas apenas em potência ativa e


módulo de tensão, ou seja, Q e (θ) são incógnitas. Portanto, a racionalização da tensão
consiste no cálculo do ângulo necessário para suprir o valor de potência transmitida.

Numa aplicação do método de Gaus-Seidel, por exemplo, em todas as iterações


será usado o módulo de tensão especificado, ou seja, o módulo da tensão calculado será
descartado, sendo usado apenas o ângulo da mesma, que é o responsável pela potência
transmitida.

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