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INTERDISCIPLINAR 2017.

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CURSO DE ESTÉTICA E COSMÉTICA

TERAPIAS FACIAIS: PEELING

Instituto Brasileiro de Saúde (IBS)


Curso de Estética e Cosmética – Interdisciplinar
Recife, PE

Introdução

Homens e mulheres buscam cada vez mais aperfeiçoar sua aparência


buscando bem estar físico e mental. Nessa conjuntura, a dimensão estética
torna-se um valor fundamental, consolidando-se a importância que a
imagem e a aparência passam a desempenhar, a qual, para ser alcançada,
demanda investimentos de tempo e dinheiro. (MOREIRA; NOGUEIRA, 2008)

Nos dias atuais, ter saúde não se restringe a evitar as doenças, a


"preservar-se", a "não correr riscos", ter saúde passa a ser igualmente cuidar
da forma, do peso, da aparência (da pele, das rugas, dos cabelos brancos),
da alimentação (dietas e cuidado com as calorias), da manutenção da
beleza e da juventude. (FERREIRA, 2010)

Com o passar dos anos torna-se perceptível o envelhecimento da


pele que mesmo tratando-se de um processo natural preocupa a muitos, que
por essa razão buscam ajuda especializada de profissionais da área médica
e estética para minimizar os sinais do tempo. Um dos tratamentos mais
utilizados visando o rejuvenescimento da pele é o peeling que pode ser de
diferentes tipos, com protocolos de aplicação e indicações variados a fim de
promover uma esfoliação cutânea e consequentemente um processo de
renovação celular fazendo com que manchas, marcas e rugas, por exemplo,
sejam atenuadas e minimizadas garantindo bons resultados e satisfação do
paciente. (VELASCO et al, 2004)

Objetivos

Esta pesquisa científica tem como principal objetivo descrever o que


são os peelings e quais as formas de tratamentos e protocolos que os
dermatologistas juntamente com esteticistas podem utilizar para minimizar
os sinais de envelhecimento cutâneo.

Materiais e Métodos

A pesquisa foi de caráter qualitativo na qual foi utilizada uma revisão


de literatura realizada entre agosto e setembro de 2017 baseada nos
seguintes sites: scielo, lilacs, sci-hub. Utilizando-se os seguintes descritores:
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peeling, esfoliação, rejuvenescimento, os quais se enquadraram no tema


proposto.

Resultados e Discussão

O envelhecimento cutâneo da pele é um processo gradual e inevitável


ocasionado por fatores intrínsecos e extrínsecos. Procedimentos como o
peeling são capazes de promover a renovação celular e regeneração natural
dos tecidos estimulando a produção de colágeno, através de um processo
de esfoliação com efeito na redução de rugas, sequelas de acne e
clareamento, por exemplo, proporcionando uma textura fina e saudável à
pele (CAMPOS; CALEGARI; SILVA, 2017).

Os peelings podem apresentar diferentes respostas de acordo com o


nível de atuação de cada um. Podem ser superficial, médio e profundo. O
superficial atinge apenas a epiderme, provocando eritema. O médio atinge a
epiderme e parte da derme, provocando uma hiperemia e edema. O
profundo atinge todas as camadas da derme, provocando sangramento
associado a outros sinais (GUIRRO; GUIRRO, 2002).

Os mais procurados devido a um resultado mais duradouro e


perceptível são os químicos e mecânicos. No peeling mecânico, conhecido
também como microdermoabrasão, uma esfoliação é feita utilizando para
isso um aparelho que possui um vácuo eletrônico potente. Os equipamentos
de microdermoabrasão consistem em motores internos, mangueira, filtros e
caneta aplicadora. Pode ser empregado para suavizar danos causados pelo
sol, pigmentação, comedões abertos e fechados, linhas de expressão e
rugas, poros dilatados e pele espessa (STANDARD, 2011).

Os peelings químicos são classificados como superficiais (epiderme),


médios (derme papilar) e profundos (derme reticular). Em que os superficiais
são realizados utilizando-se ácido salicílico, ácido tricloroacético (TCA),
ácido azeláico, dióxido de carbono, tretinoína, dentre outros, para casos de
acne, fotoenvelhecimento, rugas finas e melasma, por exemplo. Para os
peelings médios utilizam-se os mesmos ácidos combinados em maior
porcentagem. E no peeling profundo são utilizados o TCA e o fenol, em
porcentagens maiores que no peeling médio para, por exemplo,
clareamento, rugas moderadas e cicatrizes (VELASCO et al, 2004).

O peeling químico profundo requer maior atenção por ser um


procedimento mais invasivo que os demais, sendo este somente realizado
por profissional da medicina capacitado, visto que será necessária
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anestesia, sedação e monitoramento do paciente como em uma cirurgia, por


ser muito doloroso. A formulação para peeling mais conhecida que utiliza o
fenol é a de Baker-Gordon (1962), com o fenol diluido à concentração que
varia de 45 a 55%. Quando aplicado à pele, o fenol produz uma queimadura
química, que irá resultar no rejuvenescimento da pele com a formação de
uma nova camada de colágeno estratificado. A regeneração epidérmica
inicia-se 48 horas após a aplicação da formulação e se completa no intervalo
de sete a 10 dias (VELASCO et al, 2004).

As contraindicações dos peelings são pele com lesões e processos


inflamatórios, intervenção cirúrgica recente no local de tratamento, herpes
ativa facial ou labial, peles sensíveis e gestantes, a depender do tipo de
peeling optado (CAMPOS; CALEGARI; SILVA, 2017).

É preciso ter em mente que antes de qualquer procedimento é


necessário que se faça o preenchimento da ficha de anamnese para saber
se o cliente se encaixa em alguma das contraindicações. Para dar início é
imprescindível que haja por parte do profissional, cuidados no que diz
respeito à biossegurança do espaço e procedimento envolvidos. Antissepsia
das mãos, assepsia dos objetos de trabalho, maca e ergonomia da mesma,
assim como, a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI’s) são
indispensáveis a fim de minimizar os riscos de infecções por
microorganismos patogênicos ou não, assim como, prevenir acidentes e
ameaças à saúde pública (GARBACCIO; OLIVEIRA, 2012).

Referências

AVRAM; M. R. Atlas colorido de dermatologia estética. Rio de Janeiro:


Mcgraw-hill Interamericana, 2008.

CAMPOS, J. O; CALEGARI, A; SILVA, V. G. Os efeitos da


microdermoabrasão com peeling de diamante associado à vitamina C
tópica no envelhecimento facial. Revista Inspirar – Movimento e Saúde.
42ª Ed. Vol. 13, 2017.

FERREIRA, F. R. Algumas considerações acerca da medicina estética.


Ciência & Saúde Coletiva. Manguinhos, Rio de Janeiro RJ, 2010.

GARBACCIO, J. L.; OLIVEIRA, A. C. Biossegurança e risco ocupacional


entre os profissionais do segmento de beleza e estética. Revista
eletrônica de enfermagem, 2012. Disponível em: projetos.extra.ufg.br.
Acesso em 29 de setembro de 2017.
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GUIRRO, E.C.O. GUIRRO. R.R.J. Fisioterapia em estética; fundamentos,


recursos e patologias. Ed. São Paulo: Manole, 2002.

MOREIRA, V; NOGUEIRA, F. Do indesejável ao inevitável: a experiência


vivida do estigma de envelhecer na contemporaneidade. Psicologia USP,
São Paulo, n 19, p.59 – 79 Jan./Mar. 2008. Disponível em:
http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S167851772008000100009.Acesso em: 30 de
setembro de 2017.

SANTOS, B. M. V. A cura pela argila: os benefícios da lama no corpo


físico. 3 ed. [S.L]: Terra Viva, 2004.

STANDARD, M. Fundamentos de Estética. 4. São Paulo: CENGAGE,


2011.

VELASCO et al. Rejuvenescimento da pele por peeling químico:


enfoque no peeling de fenol. An bras Dermatol, Rio de Janeiro, 79(1): 91-
99, jan./fev. 2004.

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