You are on page 1of 7

Engels & Marx:

guerra e revolução
*
JOÃO ROBERTO MARTINS FILHO

Cento e dez anos após a morte de dadores do marxismo. O texto básico


Engels, a produção dos fundadores do lido hoje pelos militares brasileiros –
marxismo sobre a temática da guerra Introdução à estratégia, de André Beaufre
ainda espera mais atenção. A fortuna (Rio, Bibliex, 1998) -, reflete também
crítica reunida por Bob Jessop e Charlie o interesse pelo maoísmo, típico da pro-
Malcolm-Brown, em Karl Marx’s social dução francesa do início dos anos 60,
and political thought. Critical assesses- quando foi pela primeira vez publica-
ments (London/New York, Routledge, do. Sua atualidade em terras brasileiras
1990, quatro volumes), não tem um parece estar ligada à importância que os
único artigo dedicado especificamente estrategistas da força terrestre dão atu-
ao tema, nos seus 134 textos. Em por- almente às táticas de guerrilha em suas
tuguês, a coletânea mais completa da hipóteses de defesa no cenário da Ama-
produção engelsiana é o já antigo Te- zônia.
mas militares (Lisboa, Editorial Estam- Nesse quadro, para o leitor inte-
pa, 1976), com cerca de 400 páginas. A ressado em análises sobre a contribui-
importante obra de Raymond Aron, ção de Marx e Engels para o estudo da
Pensar a guerra: Clausewitz (Brasília, guerra, um dos caminhos mais acessí-
UNB, 1986, 2 vols), preocupada em veis é a produção em inglês vinda à luz
refletir sobre o fenômeno da guerra no nas últimas décadas, nos EUA e na In-
âmbito de uma teoria da ação, centra- glaterra, na sua maior parte durante a
se na linhagem Maquiavel-Clausewitz- guerra fria. Vale lembrar que a mais
Lenin-Mao, deixando de lado os fun- completa coleção dos escritos militares

*
Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos.

154 • ENGELS & MARX: GUERRA E REVOLUÇÃO

crítica22.p65 154 09-11-2010, 16:36


de Engels foi publicada na Alemanha tica. Essa tradição de valorização da obra
Oriental, com cerca de duas mil pági- engelsiana tem continuidade em um
nas. Mas, voltando ao inglês, esse idio- artigo publicado na revista Military
ma pode se constituir numa porta de Affairs, em outubro de 1977, de auto-
entrada interessante à obra dos clássi- ria do especialista em história alemã ,
cos do marxismo sobre o tema. Em nos- Martin Kitchen, com o título “Friedrich
sa perspectiva, a literatura nessa língua Engels’ theory of war”. O texto contra-
pode ser dividida em três vertentes. põe o realismo de Engels ao romantis-
A primeira delas foi inaugurada mo dos partidários de Guevara e tam-
por Sigmund Neumann, cujo artigo bém elogia a capacidade de previsão do
“Engels and Marx: military concepts of colega de Marx: “No curso de suas dis-
the social revolutionaries” apareceu pela cussões da questão belga, Engels foi ca-
primeira vez na edição de 1943 da cole- paz de predizer o plano Schlieffen com
tânea organizada por Edward Mead extraordinária precisão” (p.123). Pou-
Earle, Makers of modern strategy. Military co tempo depois, no capítulo “Marx and
thought from Machiavelli to Hitler Engels, on revolution and war”, parte
(Princeton University Press). Na nova integrante da obra Philosophers of peace
edição dessa coletânea, Makers of modern and war. Kant, Clausewitz, Marx, Engels
strategy. Military thought from and Tolstoy (Cambridge University Press,
Machiavelli to the nuclear age, organiza- 1978; há edição brasileira), W.B.Gallie,
da por Peter Paret, em 1986 (Princeton consideraria Engels “o mais perspicaz
University Press; editada no Brasil re- crítico militar do século XIX” (p.68).
centemente pela Bibliex), o texto foi um Já no clima do pós-guerra fria, o
dos poucos sobreviventes, o que não estudo de Azar Gat, A history of military
deixa de ser surpreendente, tratando-se thought. From the Enlightnment to the
de uma coletânea que incluiu dessa vez Cold War (Oxford University Press,
um texto da conservadora Condolezza 2001) - extensa obra inicialmente pu-
Rice sobre a estratégia soviética e supri- blicada em três volumes e que eleva o
miu o artigo que, na obra original, tra- pensamento sobre a guerra a um capí-
tava de Lênin, Trotski e Stalin, de auto- tulo importante da história intelectual
ria do próprio Mead Earle. do ocidente - trata da produção de Marx
Neumann inaugura, assim, a cor- e Engels em “Marxism, Clausewitz and
rente de autores não-marxistas que pas- military theory: 1848 to the nuclear
saria a situar Engels como um dos mai- age”, onde defende a tese de que não há
ores autores militares do século XIX e uma leitura marxista de Clausewitz, mas
termina seu texto exaltando a presciên- um campo comum historicista que
cia do companheiro de Marx no enten- aproxima as duas vertentes do pensa-
dimento do caráter dos exércitos mo- mento estratégico. De um modo ou de
dernos e da relação entre guerra e polí- outro, Gat dá aos fundadores do mar-

CRÍTICA MARXISTA • 155

crítica22.p65 155 09-11-2010, 16:36


xismo, com destaque para Engels, um A contribuição de Draper e
lugar indiscutível na história do pensa- Haberkern
mento militar do século XIX. É nessa linhagem que, finalmen-
te, situamos o último volume da obra
Marxismo, guerra e guerra fria Karl Marx’s theory of revolution, escrita
Uma segunda corrente da produ- por Hal Draper e completada, após sua
ção anglo-saxã expressa-se na visão de morte, em 1990, por E. Haberkern, a
que o estudo do pensamento militar partir das anotações deixadas pelo pri-
marxista funcionaria como chave para meiro. O volume em questão traz o sub-
entender as intenções da URSS, no con- título War & Revolution (New York,
texto da guerra fria. Talvez a obra inau- Monthly Review Press, 2005). Analisa
gural dessa vertente seja o obscuro The em detalhe os escritos dos dois autores
operational code of the Politburo, de N. sobre guerras como a da Criméia (1854-
Leites, provavelmente um pseudônimo 56), de Independência da Itália (1848-
(New York, Rand Corporation, 1951), 70), Civil Americana (1861-65),
que procura na psicologia social os con- Austro-Prussiana (1866) e Franco-
ceitos capazes de decifrar o ethos comu- Prussiana (1870-71), entre outras. De-
nista. Com mais sofisticação, Marxism bruça-se, também sobre a visão de
and the science of war (Oxford Universi- Engels quanto à catástrofe que se avizi-
ty Press, 1981), organizado por Bernard nhava no final do século XIX. Discute
Semmel, continua essa tendência, ao com minúcia as esperanças colocadas
propor o entendimento das relações por Engels no exército de voluntários,
entre pensamento estratégico e ideolo- como arma à disposição da revolução.
gia, num livro que, ao mesmo tempo, War & Revolution oferece sobretu-
constitui útil coletânea de textos de vá- do uma abrangente e aprofundada re-
rios autores marxistas, de Marx e Engels construção das reflexões de Marx e Engels
a Byely. não sobre a guerra em geral, mas sobre a
Por fim, há uma vertente cujos relação entre guerra e revolução. Com
autores analisam a importância do pen- base em análise da literatura publicada
samento de Marx e Engels sobre a guer- em inglês, francês, russo e alemão, o li-
ra a partir do próprio campo marxista, vro nos dá talvez a mais sofisticada inter-
ou pelo menos bem próximos a ele. In- pretação recente sobre o tema. Para tan-
sere-se aí o indispensável Engels, armies to, parte de uma indagação central: há
& revolution, de Martin Berger fundamento na alegação dos socialistas
(Hamden, Archor Books, 1977), exem- que aderiram à guerra em 1914 de que
plo da ascensão do marxismo, no mun- eles davam continuidade a uma tradição
do anglo-saxão, no período posterior a supostamente inaugurada por Marx e
guerra do Vietnã. Voltaremos a este tex- Engels, fundada na idéia da legitimida-
to mais adiante. de da guerra defensiva, como argumento

156 • ENGELS & MARX: GUERRA E REVOLUÇÃO

crítica22.p65 156 09-11-2010, 16:36


para apoiar os governos burgueses em seu as organizações internacionais dos tra-
esforço de guerra? balhadores a posicionar-se de forma a
A partir daí, e da análise metódi- não prejudicar a unidade operária, em
ca da avaliação que Marx e Engels fize- meio aos conflitos europeus, principal-
ram de cada um dos acontecimentos mente os que opunham Alemanha e
bélicos da segunda metade do século França. Nesse contexto, Lassale, Bebel,
XIX, propõe a tese de que há uma rup- Liebknecht e outros líderes aparecem
tura fundamental na perspectiva dos como interlocutores freqüentes – às ve-
fundadores do marxismo sobre as rela- zes como fontes de preocupação - de
ções entre guerra e revolução. Até a guer- Marx e Engels. Mesmo nesse quadro,
ra franco-prussiana, Marx e Engels ana- no entanto, não é possível encontrar
lisam as guerras de sua época – marcadas nada que justifique a colaboração com
pelo choque entre a Europa dinástica e os governos nacionais e suspensão de
a Europa burguesa – como uma oportu- toda atividade independente da classe
nidade para o desencadeamento da re- operária durante a duração do conflito,
volução. Depois de 1870-71, a partir adotadas como política por parte do
da constatação de uma mudança crucial movimento socialista em 1914.
no caráter da guerra – que passam a ser Mas o livro apresenta contribui-
“guerras de povos, em que a própria ções bem maiores que essa breve sínte-
nação estava ameaçada, ou se via amea- se. Dedica um capítulo ao escorregão
çada” (p.155) – os pais do marxismo hegeliano de Engels, na caracterização
vêem cada vez mais as guerras na Euro- das minorias eslavas austríacas como
pa como uma ameaça à unidade do cam- “povos não-históricos”, mas nega que
po revolucionário. Em outras palavras, Marx ou Engels tenham com isso justi-
Marx e Engels percebem que o perigo ficado a supressão de uma minoria em
no horizonte revolucionário é a ascen- revolta. Analisa a posição dos dois au-
são do chauvinismo: “Depois de 1870, tores diante das cinco potências envol-
Marx e Engels não desejam uma guerra vidas na guerra da Criméia, para lem-
contra a Rússia. Eles a temem. E eram brar o apoio deles à “sexta potência”: o
inflexíveis em que não apoiariam nenhum proletariado. Acompanha a extrema
dos governos em tal guerra” (p.169). complexidade das mudanças de posição
Engels, por sua vez, em seus últimos anos, de Engels e Marx no curso da guerra
“desenvolveu a sólida posição política franco-prussiana e a profunda intuição
antiguerra que foi a fonte das resoluções de Engels de que a anexação da Alsácia-
da Segunda Internacional” (p.17). Lorena pela Prússia provocaria uma sede
Nesse sentido, uma das facetas de vingança capaz de transformar o
mais interessantes do livro é o destaque chauvinismo daí em diante num traço
que dá à genialidade tática de Marx e permanente da política francesa. Explo-
Engels, na dificílima tarefa de conduzir ra as discordâncias pontuais de Marx e

CRÍTICA MARXISTA • 157

crítica22.p65 157 09-11-2010, 16:36


Engels. Dá grande importância à refu- Revolution: o livro de Martin Berger,
tação da idéia do russofobismo e do Engels, Marx & revolution. Apenas numa
filoprussianismo de Marx e talvez dê curta nota, aparece uma menção a ela,
elementos para pensar, por exemplo, a para afirmar, bastante equivocadamen-
questão do puro antiamericanismo te, que esta “critica as tentativas de al-
como guia para as posições da esquerda guns de exagerar a influência de Engels
neste começo do século XXI. E, final- no pensamento militar” (p.279). Na
mente, explora a expectativa de Engels, verdade, a tese de Berger é mais com-
nos últimos anos de sua vida, de que, plexa: o que ele diz é que Engels “não
na era do sufrágio e do recrutamento marcou o curso do pensamento militar
universais, a chave da revolução seria um do século XIX” e completa: “durante a
motim militar. vida de Engels, a ciência militar teve
mais impacto no marxismo que o mar-
Alguns problemas xismo na ciência militar”(p.13).
Da leitura da obra, ressalta, no Ora, a afirmação não parece fora
entanto uma constatação: o pouco cré- de propósito. Não seria realmente de
dito que dá a textos que o precederam esperar que os estabelecimentos milita-
no tratamento do mesmo tema, princi- res do século XIX adotassem as suges-
palmente o já citado capítulo de W. B. tões de um dirigente comunista conhe-
Gallie e o livro de Martin Berger. No cido internacionalmente. Além disso, há
caso do primeiro, parece inegável que que reconhecer o lugar paradigmático
já aparecia aí uma discussão inspirada de Clausewitz na filosofia da guerra,
da questão do gênio tático de Marx e ontem e hoje, aceita inclusive por todos
Engels e da importância da temática das os autores marxistas. Contudo, mais
relações entre guerra e revolução. Pare- adiante, Berger destaca que Engels fez
ce difícil que Hal Draper não tivesse grande sucesso com seus textos milita-
conhecimento do capítulo de Gallie, res: “A carreira de Engels como jorna-
principalmente se pensamos na ênfase lista militar foi notável; ele foi respeita-
que dá ao caráter excepcional do único do em círculos militares burgueses e aris-
período em que Engels entrou na com- tocráticos. Com efeito, chegou em 1854
plicada questão da guerra defensiva, prin- a considerar a possibilidade de se tor-
cipalmente numa malfadada carta a nar um autor militar em tempo inte-
Bebel. Gallie toma a carta como expres- gral” (p.51).
são de uma mudança importante na Feitas as contas, talvez a falta de
posição de Engels; Draper e Haberkern referências a Berger no livro de Draper
a consideram um acidente de percurso. e Haberkern se deva justamente à se-
Mais intrigante é a falta de men- melhança de suas perspectivas. Afinal,
ção significativa à obra que mais se apro- a principal tese de War & revolution apa-
xima, já no próprio título, de War & rece com todas as letras em Engels,

158 • ENGELS & MARX: GUERRA E REVOLUÇÃO

crítica22.p65 158 09-11-2010, 16:36


armies & revolution:: “A tendência da ou a tomar detalhes militares como meio
Social-Democracia alemã a pressupor para chegar a assuntos realmente cruciais
que as guerras defensivas eram justas e (p.108). Por outro lado, tanto Martin
as guerras agressivas eram injustas não é Berger quanto Draper e Haberkern des-
um legado de Marx e Engels” (p.69). O tacam a grande repercussão dos artigos
mesmo vale para a relação entre guerra de Engels sobre a guerra franco-
e revolução: “O interesse de Engels e prussiana, publicados na Pall Mall
Marx pela guerra e pela política externa Gazette, bem como de seus artigos “O
era um produto de seu interesse pela Pó e o Reno” e “Pode a Europa se de-
transformação revolucionária da Euro- sarmar?”. Finalmente, Berger lembra
pa e do mundo” (p.73). Ou para a ques- que “até sua morte, em 1895, (Engels)
tão do russofobismo: “O ódio (de foi o principal conselheiro militar do
Engels) e Marx pela Rússia era baseado movimento revolucionário” (p.56).
em sua avaliação do papel contra-revo- Diante de tudo isso, o título geral
lucionário” desse país “e diminuiu um da obra parece particularmente injusto
pouco, à medida que a Rússia passou a com Engels neste volume (na introdu-
aparecer menos inequivocamente com- ção, Haberkern diz que “este é o quinto
prometida com a reação” (p.72). volume de uma série projetada de seis
sobre as visões políticas de Marx e
A importância de Engels Engels” - grifo meu). A mais breve leitu-
Finalmente, o livro de Draper e ra basta para revelar a proeminência de
Haberkern poderia ter encontrado em Engels no debate em questão, de resto,
Berger um precursor na constatação de amplamente admitida por Marx, que
que o estudo da guerra era a província chamava o amigo de “ministro da guer-
de Engels. Nesse sentido, Berger afirma ra de Manchester”. Estatisticamente, o
que “Marx tinha pouco interesse pela índice final da obra o comprova: aí apa-
guerra” (p.50) e que “em geral, Marx recem 104 menções a Engels e apenas
abordava os temas militares num espí- 37 a Marx. Não por acaso, a filha de
rito de relutância e apreensão”, o que Marx, Jenny, gostava de provocar o “tio”,
War & revolution confirma amplamen- que não chegara sequer a cabo ao servir
te. Ao comentar os artigos que Marx o Exército, com o apelido de “General”.
assinou no New York Daily Tribune, o De resto, o brilhantismo de Engels
texto diz: “Engels era geralmente encar- continua a ser descoberto em tempos
regado de escrever material sobre assun- recentes. Em sua análise iconoclasta so-
tos militares (...). Era seu campo” (p.53). bre a Primeira Guerra Mundial, The pity
Mais à frente, refere-se à tendência de of war (New York, Basic Books, 1999),
Marx a considerar “fora de seu departa- o historiador Niall Ferguson, estrela atu-
mento” (palavras de Marx) as questões al do meio acadêmico anglo-saxão, re-
mais especificamente militares (p.88), conhece que pouquíssimos contempo-

CRÍTICA MARXISTA • 159

crítica22.p65 159 09-11-2010, 16:36


râneos tiveram a capacidade de antever cias para vitória final da classe
a hecatombe que se anunciava na guer- operária (Ferguson, p.8).
ra de 1914. Citando apenas três exce-
ções, admite que “um foi o colaborador Trágica clarividência, que pode
de Marx”. Com efeito, Engels, em tex- servir como um convite a mais para vi-
to de 1887, quatro anos depois da morte sitarmos, cento e dez anos depois da
de Marx e vinte e sete anos antes da morte de Engels, os escritos sobre a te-
eclosão da Grande Guerra, visualizou: mática militar de um dos fundadores do
marxismo.
uma guerra mundial de extensão
e intensidade jamais vista, se o
sistema de superação mútua em
armamentos, levado ao extremo,
produzir seus frutos naturais. (...)
Oito a dez milhões de soldados
se exterminarão mutuamente e
deixarão a Europa arrasada,
como nenhuma nuvem de gafa-
nhotos seria capaz. As devasta-
ções da Guerra dos Trinta Anos,
condensadas em três ou quatro
anos, e espalhadas por todo o
continente; fome, epidemia,
barbárie geral de exércitos e de
massas, provocadas por puro de-
sespero; caos completo em nos-
sos negócios, comércio e indús-
tria, terminando em bancarrota
geral; colapso dos velhos estados
e de sua sabedoria tradicional, de
tal forma que coroas rolarão nas
valetas às dúzias e não haverá nin-
guém disponível para recolhê-las;
absoluta impossibilidade de
antever onde tudo isso termina-
rá e quem serão os vitoriosos nes-
sa luta; apenas um resultado é
absolutamente certo: exaustão
geral e a criação das circunstân-

160 • ENGELS & MARX: GUERRA E REVOLUÇÃO

crítica22.p65 160 09-11-2010, 16:36

You might also like