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Trabalho de Alfabetização III

Profa: Maria Cristina Corais


Nome: Joyce dos Santos Alves – 7° período/manhã.

Trabalho individual.

I - Leia a reportagem abaixo e produza um texto que contemple o solicitado:

Educação de Jovens e Adultos: avanços e


desafios
Por Andreia Prestes e Eliane Ribeiro Andrade
11 de agosto de 2017
Créditos: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Segundo o mais recente Relatório Global sobre Aprendizagem de Adultos,


publicado esse ano pela UNESCO, existem no mundo mais de 700 milhões de adultos
analfabetos. Desse total, 115 milhões são jovens, ou seja, têm entre 15 e 24 anos de
idade.
Além disso, o mesmo documento revela que a falta de educação de qualidade para
jovens e adultos afeta mais as mulheres (que representam 63% dos adultos com baixas
habilidades de alfabetização) do que os homens, sendo também mais alta a taxa de
meninas fora da escola.
No Brasil, especificamente, os dados também são alarmantes. Quase metade da
população maior de 15 anos (40%) possui baixa escolaridade e não completou a
Educação Básica.
Ao se analisar a trajetória da Educação de Jovens e Adultos (EJA), é possível identificar
avanços importantes na direção de seu reconhecimento como direito para um conjunto
expressivo de sujeitos que, por motivos diversos, não tiveram acesso – ou possibilidade
de permanência – a um dos bens públicos mais valorizados em nossa sociedade, a
educação.
Nas últimas duas décadas, a EJA foi incluída nas pautas e agendas governamentais, na
legislação (como uma modalidade da Educação Básica, na LDB 9.394/96) e no
financiamento público, Fundeb. Pode-se verificar uma expressiva ampliação da oferta
nas redes locais de ensino, aproximando governos municipais, estaduais e federal, além
das organizações não governamentais e dos movimentos sociais, que acumulam longa
trajetória de práticas na área.
Contudo, apesar de respeitáveis conquistas, é possível observar que a EJA continua
transitando nas margens da educação, ocupando, na tradicional hierarquia que conduz
o sistema educacional brasileiro, um lugar de pouco valor que, sem dúvida, guarda
estreita relação com o lugar social dos sujeitos aos quais se destina.
Nela, transitam grupos e pessoas que carregam diferenças e especificidades, como
negros, indígenas, pescadores, ribeirinhos, população do campo, mulheres, jovens,
idosos, pessoas em privação de liberdade, com necessidades educacionais especiais,
povos tradicionais, populações de periferia urbana, trabalhadores com inserção
precária no mercado etc.
Designados de forma genérica, são frequentemente pensados de forma idealizada pelos
projetos educacionais e por seus agentes. Por isso, é importante conhecer e reconhecer
as diferenças para pensar em políticas públicas e abordagens pedagógicas que “caibam
na vida desses sujeitos”.
Andreia Prestes, especialista em Educação da Fundação Vale e
Eliane Ribeiro Andrade, professora doutora da Faculdade de Educação da UNIRIO.

Fonte: http://www.cartaeducacao.com.br/especiais/vale/educacao-de-jovens-e-adultos-avancos-e-
desafios/

Dados:
O Brasil ainda tem 12,9 milhões de analfabetos, de acordo com a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). A taxa de analfabetos vem caindo na última década, mas o recuo é lento.
Em 2005, 11,1% das pessoas com mais de 15 anos não sabiam ler e escrever. Dez anos depois,
essa proporção caiu para 8%.
A Região Nordeste continuou a apresentar a maior taxa de analfabetismo (16,2%), embora com
proporção menor que a observada em 2014 (16,6%). No Norte, a taxa de analfabetismo cresceu
de 9% para 9,1%, a única região em que houve avanço. As menores taxas também continuaram
sendo registradas no Sul (4,1%) e Sudeste (4,3%). No Centro-Oeste houve queda de 6,5% para
5,7%
Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/4787959/brasil-tem-129-milhoes-de-analfabetos-aponta-pnad

II – Considerando:
 os aspectos levantados nesta reportagem sobre analfabetismo
no Brasil;
 as reflexões filosóficas envolvidas no Método de Alfabetização de
Paulo Freire;
 e os estudos do letramento quando afirmam que a alfabetização
de Jovens e Adultos deve considerar que este é um público que
já pratica socialmente atividades de leitura em seu cotidiano,
ainda que não estejam alfabetizados,

Produza/m uma dissertação abordando o tema do analfabetismo no


país e como podemos enfrentar os desafios colocados por essa
realidade, usando as contribuições dos textos estudados em sala:
Alfabetização e conscientização de Paulo FREIRE e Letramento e
alfabetização: as muitas facetas de Magda SOARES.

Como apresentou o Relatório Global sobre aprendizagem dos alunos da


EJA, publicado pela UNESCO, pode-se observar que o Brasil conta com um
número alarmante de analfabetos.
Os desafios na EJA são muito grandes, pois estamos falando de jovens
que no tiveram acesso à escola na infância, adultos e idosos (terceira idade) que
tem pouca leitura ou são analfabetos. Não podemos esquecer-nos dos
trabalhadores, estudantes do campo, indígenas e quilombola, entre outros. O
grande desafio é que as políticas públicas acerca da EJA generalizam todos,
então se pensa em um programa que atenda todas essas diferenças, o que na
verdade seria impossível, é preciso pensar em diversas possibilidades de ensino,
atendendo cada um em suas especificidades, para assim poder minimizar a
evasão que é tão grande nessa modalidade de ensino (EJA), sobretudo porque na
maioria das vezes os alunos vêm cansados de seus trabalhos e desestimulados
devido à idade avançada.
No texto “Alfabetização e conscientização”, Paulo Freire destaca que é
necessário que o aluno da EJA assuma uma conscientização utópica, é
necessário tirar a culpa de si próprio por não ter sido alfabetizado na “idade
certa”. A utopia para Freire é importante para fazer o homem caminhar. “O
mundo não é, o mundo está sendo” a partir dessa conscientização de realidade é
que poderá ser traçado um novo futuro. A alfabetização de adultos em Freire
partia de uma discussão das experiências de vida de seus alunos, através das
palavras presentes em seu dia a dia seria adotado um método para que eles
pudessem decodificar essas palavras e as compreendê-la (leitura de mundo).
Magda Soares em “Letramento e alfabetização: as muitas facetas”
destaca a relação da alfabetização e letramento no processo de leitura e escrita.
Com a mudança de paradigma behaviorista para um paradigma sociocultural,
muitas dificuldades foram e estão sendo presenciados na área da educação,
sobretudo na escola pública. A ideia de abandonar a prática de ensino por meio
de silabas seria a “solução” para alfabetizar, mas observamos na página 8 do
texto que em 1991 o censo demostrou que 18% dos entrevistados eram
analfabetos e que o número de analfabetos funcionais era muito maior. “A
alfabetização precisa se desenvolver num contexto de letramento”, nesse
processo de ensino-aprendizagem será possível que um aluno da EJA ou de
qualquer outra modalidade de ensino seja capaz de ir além de uma leitura de um
bilhete; mas que seja capaz de ler, interpretar e realizar uma análise crítica de
que foi lido.

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