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GUIA PRÁTICO DE POLICIAMENTO

AMBIENTAL

Cáceres-MT

2013
HIERARQUIA DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO

Governado do Estado de Mato Grosso

Silval da Cunha Barbosa,

Secretário de Estado e Justiça e Segurança Pública

Alexandre Bustamante dos Santos,

Comandante Geral da PMMT

Cel. PM Nerci Adriano Denardi,

Comandante do Comando de Policiamento Especializado

Ten Cel. PM Otomar Pereira de Pereira,

Comandante do Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental

Ten. Cel. PM Rhaygino Sarly Rodrigues Setubal,

Comandante da 4ª Cia de Polícia Militar de Proteção Ambiental de Cáceres-MT

Cap. PM Douglas Pelissari Catanante.

2
Idealização
Cel. PM Jorge Antonio de Oliveira Paredes,

Ten. Cel. PM Helder Sempio Taborelli,

Cap. PM Welin gton Rodrigues Mendonça.

Criação de Texto
Cap. PM Welington Rodrigues Mendonça.

1º Sgt. PM Mauro Benedito de Almeida,

Cb. PM Valmir Juliano Seonaca.

Revisão/ Ilustração, Diagramação e Capa

Esp. Direito Ambiental - Nelci Eliete Longhi.

Revisão Jurídica e Metodológica


Cap. PM Rodrigo Eduardo Costa – Esp. em Gestão de Educação e Tecnologia Educacional e
Docência no Ensino Policial Militar,

3º SGT PM Sidney Rangel Xavier – Bacharel em Ciências Jurídicas.

Edição
1ª Edição do Guia Prático para as Ações de Policiamento Ambiental-201
Catalogação na Fonte
Polícia Militar de Proteção Ambiental de Mato Grosso
____________________________________________
Guia Prático para Ações de Policiamento Militar Ambiental

Ilustração de: Nelci Eliete Longhi

65 p.: il. color; 21x26cm.

1. Guia Prático,
2. Legislação ambiental,
3. Policiamento Ambiental Operacional Padrão.

3
Janeiro -2012
PREFÁCIO

O Estado de Mato Grosso tem a feliz extensão de englobar em seu seio os mais
diversos Biomas, assim protegê-los é uma missão.

Para desenvolver essa incumbência, surge a Polícia Militar Ambiental, que com
disposição, garra, determinação e dificuldades, desenvolvem ações que visam à manutenção
dessa diversidade biológica.

A extensão territorial do Estado de Mato Grosso, já é uma mostra da dimensão do


trabalho executado por esses homens, e dos obstáculos para laborarem na proteção do
ambiente.

O contingente policial é ínfimo, porém a vontade de manter o equilíbrio


ambiental na região centro oeste é magna. A formação recebida por pelos policiais auxilia na
sua atuação, entretanto é importante esse guia, pois vai criar um comum direcionamento,
possibilitando que nos quatro cantos onde houver necessidade de orientação para o
desenvolvimento de ações de notificação, autuação ou apreensão, elas serão aplicadas
unanimemente.

O Guia Prático irá subsidiar as ações do policiamento militar ambiental,


possibilitando que o Modus Operandis seja equivalente nas ações semelhantes, isso
corroborará com a eficácia nas ações, amainando discussões posteriores. O desenvolvimento
das ações de maneira unificada, para ações análogas promoverá crédito nos procedimentos
administrativos e judiciais.

Acredito na obstinação da Polícia Militar Ambiental, em combater aqueles que


ainda insistem em destruir o ambiente onde o homem nasce, cresce, procria e vive.

Os direitos fundamentais, apesar de legalmente protegidos pela lei maior nossa


Carta Magna, ainda se encontram expostos as mazelas daqueles que não vêem a terra como a
mãe, que acolhe os filhos, e que às vezes se rebela, mostrando sua força nas intempéries
climáticas provocadas pelo próprio homem.

Nelci Eliete Longhi

Presidente do Conselho de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA

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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO HISTÓRICA ............................................................................................. 8

ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL ....................... 10

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 12

CAPÍTULO I ........................................................................................................................... 14

2. FLORA ................................................................................................................................ 14

2.1 Desmatamento ............................................................................................................... 14

2.1.1 Situações que caracterizam infrações ...................................................................... 15

2.2 Queimada Controlada ........................................................................................................

2.4 Transporte de produto e subproduto florestal ................................................................ 17

2.4.1 Situações que caracterizam infração ....................................................................... 18

2.5 Indústria Madeireira ...........................................................................................................

2.6 Fábricas em Geral .......................................................................................................... 20

2.6.1 Situações que caracterizam infrações ...................................................................... 20

2.7 Consumidor de Produtos e Subprodutos Florestais ....................................................... 21

2.7.1 Situações que caracterizam infrações ...................................................................... 21

2.8 Comerciante de produtos e subprodutos florestais ........................................................ 22

2.8.1 Situações que caracterizam infrações ...................................................................... 23

CAPÍTULO II .......................................................................................................................... 24

3 TÉCNICAS DE MEDIÇÃO ................................................................................................. 24

3.1 Cubagem de Madeiras.................................................................................................... 24

3.1.1 Cubagem da Madeira in natura (toras) ................................................................... 24

3.1.2 Cubagem de Madeira Serrada empilha ou em Caminhão ....................................... 26

3.1.3 Cubagem de Lenha em Caminhão .......................................................................... 28

3.2 Carvão Vegetal............................................................................................................... 29

5
3.3 Cubagem de em Madeira em Lascas (Aroeira) e outros tipos de Madeiras .................. 30

3.4 Medidas de Pescados ......................................................................................................... 31

3.4.1 Bacia do Paraguai ....................................................................................................... 31

3.4.2 Nas Bacias Amazônica, Araguaia/Tocantins .............................................................. 31

CAPÍTULO III ........................................................................................................................ 32

4. COMBINAÇÕES DE LEIS AMBIENTAIS ....................................................................... 32

4.1 Dos Crimes Contra a Flora ............................................................................................ 32

4.2 Dos Crimes Contra a Fauna ........................................................................................... 38

4.2.1 Crimes de Pesca ...................................................................................................... 40

4.3 Fiscalização em Pesca e Pague e Aqüicultura ............................................................... 42

4.3.1 Situação que Caracterizam Infrações ...................................................................... 43

4.4 Poluição de qualquer natureza ....................................................................................... 43

4.5 Infrações Administrativas .............................................................................................. 45

CAPÍTULO IV ....................................................................................................................... .47

5.1 Conforme a (ABNT), NBR Nº 10.151/00. Norma Nacional ......................................... 47

5.2 Perturbação do Sossego Alheio ..................................................................................... 48

CAPÍTULO V.......................................................................................................................... 49

6 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO EM POLICIAMENTO AMBIENTAL 49

6.1 Policiamento Ambiental................................................................................................. 49

6.2 Policiamento Ostensivo Ambiental................................................................................ 49

6.3 Posicionamentos da Tripulação Policial Militar em Embarcação até 07(Sete) Metros...52

6.3.1 Função da Tripulação: ............................................................................................. 52

6.4 Partes das Embarcações: ................................................................................................ 52

6.5 Abordagens Policiais: .............................................................. .....................................55

6.6.1 Aborgagem a Embarcações: .................................................................................... 53

7 NOÇÕES DE LOCALIZAÇÃO UTILIZANDO-SE APARELHOS GPS .......................... 58


6
7.1 Selecionando uma Página .............................................................................................. 60

7.2 Marcar ponto (Waypoint) .............................................................................................. 61

7.2.1 Para alterar o símbolo de waypoint: ........................................................................ 61

7.3 Inserir pontos ................................................................................................................. 62

7.4 Traçar Rotas e Paginas de Rotas .................................................................................... 63

7.6 Realizar Cálculo em Unidade de Medida ...................................................................... 64

CAPÍTULO VI.........................................................................................................................65

8 PREENCHIMENTO DOS AUTOS REFERENTE À CRIME AMBIENTAL. .................. 65

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 66

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APRESENTAÇÃO HISTÓRICA

No início da década de 80, a Polícia Militar Do Estado De Mato Grosso, não


possuía em seu quadro organizacional, uma Unidade Policial Militar destinada ao combate a
Crimes Ambientais. A Polícia Ambiental, porém, sensível ao vasto ecossistema de estado, o
qual englobava o pantanal, cerrado e parte da floresta Amazônica, o Governo Federal e
Estadual determinaram a execução de operações conjuntas das quais participaram o exercito
e os Órgãos de segurança do estado adotando medidas que reprimissem a atuação de
caçadores clandestinos, a pesca predatória e contrabando de animais, bem como o
desmatamento de nossas florestas.

Desta forma surgiram as primeiras operações policiais militares em conjunto com


as forças armadas na repressão aos atos abusivos e criminosos contra o meio ambiente.
Diante da necessidade e realidade da época, criou-se através do decreto Lei Nº 275 de 20 de
Outubro de 1983, a Companhia Independente de Polícia Florestal, tendo como missão a
proteção exclusiva do pantanal Mato-grossense.

Através do Decreto Estadual nº 2.124 de 11 de Dezembro de 1989, a Companhia


Independente de Polícia Florestal, foi transformada em Batalhão de Polícia Militar Florestal,
com atuação em todo o Estado de Mato Grosso. Os avanços ocorridos na política nacional do
meio ambiente levaram-nos a refletir sobre a necessidade urgente de promover mudanças,
implementar inovações no conceito do nosso Batalhão de Polícia Militar Florestal com
intuito de melhorar a nossa prestação de serviço junto à proteção do meio ambiente. Através
do decreto Nº 4337 de 16 de Maio de 2002 o Governo do Estado promoveu mudanças na
denominação do Batalhão de Polícia Militar Florestal passando a denominar-se Batalhão de
Polícia Militar De Proteção Ambiental.

No ano de 2007 extinguiu-se o Batalhão Ambiental como se encontrava isso em


decorrência da descentralização Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, onde se criou o
Comando Regional de Policiamento Especializado, sob o qual ficou subordinado ao VI
Comando Regional Oeste. No ano de 2010, reestruturou-se novamente o Batalhão de Polícia
Militar de Proteção Ambiental, subordinado ao COMANDO DE POLICIAMENTO
ESPECIALIZADO, o qual empregara seu efetivo especialmente, nas atividades de
policiamento e fiscalização ambiental objetivando a proteção da fauna, flora, dos recursos

8
hídricos, pesqueiros e minerais e das extensões e dos mananciais, evitando-se a poluição, a
caça e a pesca ilegal, as queimadas e os desmatamentos não autorizados, bem como o uso
indevido do subsolo.

Em suma, para executar as atividades de policiamento Ambiental encontramo-nos


reestruturado em Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental, com Sede em Várzea
Grande-MT, onde se criou a 1ª, 2ª e 4ª Companhias, sendo estas localizadas: uma Cia na sede
o Batalhão, uma Cia na cidade de Rondonópolis-MT e outra no município de Cáceres-MT, e
um Núcleo Ambiental sediado no município de Barra dos Bugres, sendo este também
subordinado ao Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental, sediado em Várzea
Grande-MT.

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ORAGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Quem Somos:

Somos uma Unidade Policial Militar de Proteção Ambiental, tendo como objetivo
geral o contido do art. 144 da Constituição Federal de 1988, na preservação da ordem pública
com o policiamento preventivo e ostensivo, e como objetivo específico capacitamo-nos para
combater os crimes e ilícitos ambientais em meios naturais, a fim de garantir a preservação
dos recursos naturais às presentes e futuras gerações.

Para tanto, nossas Unidades estão distribuídas da seguinte forma dentro de nosso
Estado:

- Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental, com sede no município de Várzea


Grande, e com um efetivo de 98 (noventa e oito) Policiais Militares ambientais, sendo que a
1ª Companhia de Polícia Militar de Proteção Ambiental, está sediada no próprio
Batalhão.

- 2ª Companhia de Polícia Militar de Proteção Ambiental, que é composta de 24 (vinte e


quatro) Policiais Militares, com sede na cidade de Rondonópolis-MT.

- 4ª Companhia de Polícia Militar de Proteção Ambiental, com um efetivo de 30 (trinta)


Policiais Militares ambientais, sua base está localizada centro operacional de Cáceres-MT.

- Núcleo de Polícia Militar de Proteção Ambiental, com 14 (quatorze) Policiais Militares,


sediado na cidade de Barra dos Bugres-MT.

Nossa Missão:

Desenvolver atividades de Policiamento e fiscalização ambiental, objetivando a


proteção da fauna, flora, dos recursos hídricos e florestais, das extensões de água e de
mananciais, combatendo-se a poluição de qualquer natureza, a caça e a pesca ilegal, as
queimadas e os desmatamentos não autorizados, além do policiamento ostensivo geral, com o
intuito de coibir os impactos ambientais, consolidando o direito ambiental de um ambiente
ecologicamente equilibrado para o presente e futuras gerações.

A 4ª Companhia de Polícia Militar de Proteção Ambiental realiza policiamento


de fiscalização ambiental, em 02 (duas) modalidades:
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Patrulhamento Fluvial: que é desenvolvido em duas Bacias: Bacia do Prata:
Composto pelo Rio Paraguai e seus afluentes a partir dos rios Sepotuba, Cabaçal, Jauru até a
Reserva Ecológica Taiamã e a Bacia do Amazonas: Composto pelo Rio Guaporé, Rio Verde
até o Rio Cabixi que faz divisa com o País Boliviano e com o Estado de Rondônia;

Patrulhamento Terrestre: na qual faz parte na nossa área de abrangência 23


municípios da região oeste mato-grossense entre elas Cáceres, Curvelândia, Caramujo, Rio
Branco, Salto do Céu, Mirassol D’Oeste, São José dos IV Marcos, Araputanga, Jauru, Glória
D’Oeste, Figueirópolis D’Oeste, Lambari D’Oeste, Indiavaí, Porto Esperidião, Pontes e
Lacerda, Nova Lacerda, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste, Comodoro, Campos de Julio,
Vila Bela da SS. Trindade e Rondolândia, numa área de extensão de aproximadamente
124.745 km2.

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1. INTRODUÇÃO

O policiamento ambiental é um tipo específico de policiamento ostensivo na


forma preventiva e repressiva, que visa à preservação da fauna, da flora com seus recursos
florestais, as extensões de água e seus mananciais, contra ações indiscriminadas de caça e
pesca ilegal, a derrubada indevida da vegetação, a poluição de qualquer natureza, a
mineração, e a proteção aos elementos que compõem o meio ambiente como um todo, sendo
estes protegidos pela legislação ambiental.

Segundo dispositivo contido na legislação ambiental, qualquer pessoa,


constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades competentes para
lavrarem autos de infração ambiental. Já o Policial Militar que tiver conhecimento de
infração ambiental é obrigado a promover a sua apuração imediata, confeccionando o
Boletim de Ocorrência Policial e/ou encaminhando a Unidade Policial Ambiental mais
próxima para o devido processamento administrativo, próprio sob pena de co-
responsabilidade.

Ressalta-se que esse tipo de policiamento pode ser realizado por ato próprio ou
em cooperação com órgãos Federais ou Estaduais, mediante convênio ou em apoio às
atividades conjuntas.

Para tanto, os Policiais Militares Ambientais, quando tiverem conhecimento de


infração ambiental deverão:

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CAPÍTULO I

2. FLORA
Flora é o conjunto de espécies vegetais (plantas, árvores, etc.) de uma
determinada região ou ecossistema específico.

2.1 Desmatamento
Entende-se por desmatamento a supressão da cobertura florestal nativa, em uma
determinada área, para fins agropastoris/florestais ou empreendimentos gerais.

- DECRETO FEDERAL Nº 6.514/08: em seus Arts. 43, 48, 49, 50, 51, 51-A, 52 e 53 que
estabelece Multa que variam de R$ 1.000,00 a R$ 5.000,00 por hectare ou fração, conforme o
caso concreto - combinado com;

- LEI FEDERAL Nº 9.605/98: em seus arts. 38, 38-A, 40, 40-A, 48, 50, 50-A, que estabelece
penas que variam de detenção de 01 ano a 03 anos e/ou reclusão de 02 a 04 anos, conforme o
caso concreto tipificado nos dispositivos acima.

ATENÇÃO: CONSTADO ATIVIDADE DE DESMATAMENTO O POLICIAL


AMBIENTAL DEVERÁ:

- Dirigir-se a propriedade e solicitar a presença do proprietário ou da pessoa que o representa


(gerente, capataz, sócio, empregado, esposa ou filho);

- solicitar a Licença Ambiental Única (LAU) correspondente a sua atividade;

- solicitar a autorização de desmatamento;

- orientar o proprietário, caso tenha autorização, que para se comercializar o produto do


desmatamento deva ter o cadastro no CC-SEMA para emissão da Guia Florestal (GF)
documento obrigatório para o transporte de produto florestal;

- verificar se houve queima na área, caso positivo, solicitar a autorização para queima
controlada;

- verificar licença de porte e uso de motosserra.

OBSERVAÇÃO: Se não for apresentada a autorização de desmatamento no ato da


fiscalização e o proprietário alegar que a possui, o policial ambiental deva notificar e
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determinar o prazo de apresentação da autorização, paralisando imediatamente a atividade até
a apresentação da documentação, caso não apresente deverá ser autuado conforme prescreve
a legislação.

2.1.1 Situações que caracterizam infrações


- Desmatamento sem autorização;

- Desmatamento superior ao autorizado;

- Desmatamento em local diferente do autorizado;

- Desmatamento sem autorização de desmate (licença ambiental);

- Autorização de desmatamento vencida, desde que em exploração, rasurada (especificar o


número do campo), falsificada ou utilizada em desacordo;

- Desmatamento em área de reserva legal ou de preservação permanente, sem autorização e


de espécies que devam ser preservadas (aroeira, pequizeiro, castanheira, seringueira, etc.);

- Queimada de área sem autorização.

2.2 Queimadas Controladas


Entende-se por queima controlada a utilização do fogo para limpeza de área com
fins agropastoris e florestais.
- LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 233/05: em seu Art. 10, estabelece Multa de R$
1.500,00 por hectare ou fração.

ATENÇÃO: DEPOIS DE CONSTATADA A ATIVIDADE DE QUEIMA, O POLICIAL


AMBIENTAL DEVERÁ:

- Dirigir-se a propriedade e solicitar a presença do proprietário ou representante (gerente,


capataz, sócio, empregado, esposa ou filho);

- Solicitar a licença ambiental (LAU) correspondente a sua atividade;

- Solicitar a autorização de queima controlada, verificando a validade e o objetivo e se a área


queimada corresponde com a autorizada;

- Verificar se houve desmatamento autorizado;

- Verificar se a área é de preservação permanente ou reserva legal;


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- Proceder à medição da área atingida em hectares/fração;

- Verificar se o desmatamento atingiu espécies que devam ser preservadas (aroeira,


pequizeiro, castanheira, seringueira, etc.,).

2.2.1 Situação que caracterizam infrações


-Queimada sem licença ambiental única (LAU)

-Queimada sem autorização ou em desacordo cm a mesma;

-Queimada superior ao autorizado;

-Queimada em local diferente do autorizado;

-Autorização de queima vencida, desde que esteja havendo a queima, rasurada (especificar o
campo), falsificada ou utilizada em desacordo.

2.3 Manejos Florestais


Entende-se por manejo florestal a administração da floresta para a obtenção de
benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do
ecossistema.

- DECRETO FEDERAL Nº 6.514/08: em seu art. 51-A, estabelece multa de R$ 1.000,00 por
hectare ou fração.

ATENÇÃO: CONSTATADO ATIVIDADE DE MANEJO FLORESTAL O POLICIAL


DEVERÁ:

- Na propriedade, solicitar a presença do proprietário ou representante (gerente, capataz,


sócio, empregado, esposa, filho,);

- Solicitar a apresentação de cadastro de consumidor florestal (CC-SEMA);

- Verificar quais as empresas que estão explorando a respectiva área;

- Verificar se o talhão e as espécies exploradas são as constantes da autorização de


exploração;

- Verificar se os documentos de transporte (guias florestais-GFs), em poder das empresas


estão sendo utilizadas corretamente;

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- Verificar a licença de porte e uso de motosserras.

2.3.1 Situação que caracterizam infrações


- Manejo sem autorização de exploração;

- Exploração de espécies não autorizadas (aroeira, pequizeiro, castanheira, seringueira, etc.);

- Volume explorado superior ao autorizado;

- Exploração em área não autorizada;

- Autorização vencida, desde que esteja havendo a exploração, rasurada (especificar o


número do campo) falsificada ou utilizada em desacordo;

- Utilização de motosserra sem licença de porte e uso ou com licença vencida, falsificada ou
adulterada;

- Se o desmate, a queima e o manejo atingiu a área de preservação permanente ou especial


preservação.

2.4 Transportes de produto e subproduto florestal


Entende-se por produto florestal aquele que se encontra no seu estado bruto, ou
seja, em estado in natura.

Subproduto florestal aquele que sofreu algum processo de alteração no seu estado
original (madeira serrada em forma de: tábuas, pranchões, vigas/vigotas, caibros, caixilhos,
venezianas, ripas, etc.);

- DECRETO FEDERAL Nº 6.514/08: no seu art. 47, §1º, estabelece multa de R$ 300,00 por
unidade, estério, quilo, mdc, ou metro cúbico aferido pelo método geométrico.

OBSERVAÇÃO: No caso de fiscalização de subproduto florestal, o policial ambiental deve


seguir os mesmos procedimentos de abordagem adotados para o transporte de produto
florestal e ainda:

- Solicitar ao condutor do veiculo a documentação legal para verificação do produto que esta
sendo transportado (guia florestal e nota fiscal);

- Verificar a autenticidade da guia florestal no SIMLAM e se a mesma se encontra


preenchida corretamente. Todos os campos da GF devem ser preenchidos;

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- Verificar se a especificação do produto florestal (espécie, quantidade, unidade de medida,
valor, número da nota fiscal) confere com o carregamento, bem como proceder à devida
cubagem;

- Confrontar os dados da nota fiscal (nome da espécie, especificação, quantidade, unidade de


medida e valor) com os da guia florestal, bem como os dados do carregamento.

- Solicitar a apresentação de nota fiscal e verificar se a guia florestal está aposta em todas as
vias da mesma;

- Verificar se os campos da guia florestal estão devidamente preenchidos.

2.4.1 Situações que caracterizam infração


- Guia florestal sem o número da nota fiscal;

- Guia florestal vencida, rasurada, falsificada ou utilizada em desacordo (volume superior,


espécie ou percurso diferente do constante na nota fiscal, bem como espécies protegidas).

Observação importante: São isentos da emissão de guia florestal: madeira serrada,


beneficiada ou industrializada para consumidor final, com volume de até 02 metros cúbicos,
que deverão estar acompanhadas de nota fiscal, identificação da mercadoria, constando o
nome popular, científico e sua volumetria.

OBSERVAÇÃO: A Lei Complementar n° 233 de 21 de Dezembro de 2005, que dispõe sobre


a Política Florestal do Estado de Mato Grosso e dá outras providências:

Art. 27 - Ficam isentas de inscrição nos CC – SEMA as pessoas físicas e jurídicas:

I - que utilizem matéria-prima de origem florestal para uso doméstico e/ou benfeitorias em
sua propriedade;

II - que desenvolvam em regime individual ou na célula familiar atividades artesanais com


utilização de matéria-prima florestal, previstas no regulamento.

(Obs.: Ver Lei Complementar nº 312/08)

Art. 41 A Guia Florestal será fornecida pelo SEMA aos detentores de autorização de
desmate, de planos aprovados de exploração e de manejo, bem como ao comprador e/ou
consumidor identificado no contrato de compra e venda de matéria-prima, produto in natura,
beneficiado ou semi-elaborado, carvão, lenha e demais produtos e subprodutos florestais.
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§ 3º Ficam dispensadas do uso da Guia Florestal as remessas de lenha para uso próprio e
doméstico em quantidade inferior a 1 (um) metro estéreo e todo material lenhoso proveniente
de erradicação de culturas, pomares ou de poda de arborização urbana.

2.5 Indústrias Madeireiras


Entende-se por indústria madeireira, a pessoa jurídica que se dedica á operação
industrial de desdobra, serragem, laminado, fogueado e preparação de dormentes e
beneficiamento de madeira.

- DECRETO FEDERAL Nº 6.514/08: no seu art. 47 estabelece multa de R$ 300,00, por


unidade, estéreo, quilo, mdc, ou metro cúbico aferido pelo método geométrico.

ATENÇÃO: NA ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO EM INDÚSTRIA MADEIREIRA, O


POLICIAL AMBIENTAL DEVERÁ:

- Na propriedade, solicitar a presença do proprietário ou representante (gerente, capataz,


sócio, empregado, esposa, filho);

- Solicitar a apresentação de LP (Licença prévia), LI (Licença Instalação) e LO (Licença de


Operação), bem com inscrição no cadastro de consumidor de produtos florestais (CC-SEMA)
técnico federal e relatório de atividade anual, verificando a categoria da atividade
desenvolvida;

OBSERVAÇÃO: Solicitar a LP (Licença prévia) e LI(licença instalação) somente no período


em que a referida indústria estiver sendo instalada e a LO (Licença de operação), após o
término da instalação, quando esta já deu início às atividades industrial.

- Solicitar a apresentação da licença ambiental correspondente á sua atividade;

- solicitar a apresentação das guias florestais que se encontram em poder da indústria, as


fichas de controle mensal e as notas fiscais/selos florestais do período definido para a
inspeção (entrada e saída);

- Realizar o levantamento das quantidades e espécies comercializadas de


produtos/subprodutos, com base nos documentos citados acima;

- Realizar a medição (cubagem) observando as unidades de medidas padronizadas no estoque


se houver;

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2.5.1 Situação que caracterizam infrações
- Falta de inscrição no CC-SEMA;

- Falta de licença ambiental;

- Recebimento de produto sem guia florestal;

- Recebimento de produtos sem guia florestal e nota fiscal;

- Guia Florestal rasurada, falsificadas, vencidas, adulteradas ou utilizadas em desacordo.

2.6 Fábricas em Geral


Entende-se por fábrica, a pessoa jurídica que se dedica á atividade de fabricação
de artefatos originados de produtos/subprodutos florestais (móveis em geral, placas,
compensados, mdf, aglomerados, etc.);

DECRETO FEDERAL Nº 6.514/08, em seu art. 47 estabelece multa de R$ 300,00 por


unidade, esteio, quilo, mdc, ou metro cúbico aferido pelo método geométrico.

ATENÇÃO: NAS ATIVIDADES DE FISCALIZAÇÃO EM FÁBRICA, O POLICIAL


AMBIENTAL DEVE:

- Na propriedade, solicitar a presença do proprietário ou representante (gerente, capataz,


sócio, empregado, esposa, filho);

- Solicitar a apresentação de inscrição no CC-SEMA;

- Solicitar a apresentação da licença ambiental correspondente á sua atividade;

- Solicitar a apresentação das guias florestais (GF) que se encontra em poder do


empreendimento, no período definido para a inspeção (entrada);

- Realizar a medição (cubagem) observando as unidades de medidas padronizadas no estoque


se houver.

2.6.1 Situações que caracterizam infrações


- Falta de inscrição no cadastro do CC-SEMA;

- Falta de licença ambiental; recebimento de produtos e guia florestal (GF);

- Recebimento de subproduto sem guia florestal (GF);

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- Atraso na entrega da guia florestal (GF);

- Guia Florestal rasurada, falsificada, vencida ou utilizada em desacordo.

2.7 Consumidores de Produtos e Subprodutos Florestais


Entende-se por consumidor a pessoa jurídica que se dedica á atividade industrial,
utilizando, como fonte de energia, produtos/subprodutos florestais.

DECRETO Nº 6.514, NO SEU ART. 47, estabelece Multa de R$ 300,00 por unidade,
estéreo, quilo, mdc, ou metro cúbico aferido pelo método geométrico.

Ficam dispensadas do uso da GF as remessas de lenhas para uso próprio e


doméstico em quantidade inferior a 01 (um) esterio, de todo materiais lenhosos provenientes
de erradicação de cultura, pomares ou depósito de arborização urbana. (Lei complementar nº
233, Art. 43 Parágrafo 3º)

ATENÇÃO: NA ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO DE CONSUMIDOR DE PRODUTO


FLORESTAL, O POLICIAL AMBIENTAL DEVE:

- Na propriedade, solicitar a presença do proprietário ou representante (gerente, capataz,


sócio, empregado, esposa, filho);

- Solicitar a apresentação de inscrição no CC-SEMA, verificando as atividades


desenvolvidas;

- Solicitar a apresentação da licença ambiental (LAU), correspondente á sua atividade;

- Solicitar a apresentação das guias florestais (GF) que se encontre em poder da indústria, as
fichas de controle mensal, bem como as notas fiscais do período definido para a inspeção
(entrada);

- Realizar a medição (cubagem) observando as unidades de medidas padronizadas se houver


subproduto no estoque.

2.7.1 Situações que caracterizam infrações


- Falta de inscrição no CC-SEMA;

- Falta de licença ambiental;

- Recebimento de produto sem guia florestal (GF);

21
- Atraso na entrega da GF;

- Guia Florestal (GF) rasurada, falsificadas, vencidas ou utilizadas em desacordo.

2.8 Comerciantes de produtos e subprodutos florestais


Entende-se por comerciante, a pessoa física e jurídica que se dedica ao comércio
de produtos/subprodutos florestais.

- DECRETO FEDERAL Nº 6.514, no seu art. 47, estabelece: Multa de R$ 300,00 por
unidade, esteio, quilo, mdc, ou metro cúbico aferido pelo método geométrico.

- Ficam dispensadas da emissão de GF as empresas cadastradas CC-SEMA para o transporte


de madeira serrada, beneficiada ou industrializada para o consumidor final, com volume de
até 2m³ (dois metros cúbico) que deverá acompanhado de nota fiscal com a identificação da
mercadoria. (Decreto nº 8.189, de outubro de 2006, Art.16).

- Fica dispensado do cadastro no CC-SEMA, os seguintes empreendimentos:

Supermercados, mercados, mercearias, lojas de conveniências, loja de matérias de


construção, indústrias de móveis e marcenarias e empresas de construção civil, que revendam
até 20 (vinte) metros cúbicos de produtos mensais. (Portaria Traz alterações para cadastro no
CC-SEMA de 12-04-2007, Art. 6º).

ATENÇÃO: NA ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO DE COMÉRCIO DE


PRODUTOS/SUBPRODUTOS FLORESTAIS O POLICIAL AMBIENTAL DEVERÁ:

- Na propriedade, solicitar a presença do proprietário ou do representante (gerente);

- Solicitar a apresentação de inscrição no CC-SEMA, verificando a categoria da atividade


desenvolvida;

- Solicitar a apresentação da licença ambiental;

- Solicitar a apresentação das guias florestais (GF) que se encontra em poder do comerciante,
bem como as notas fiscais do período definido para a inspeção dos produtos (entrada e saída).

22
2.8.1 Situações que caracterizam infrações

- Falta de inscrição no CC-SEMA;

- Recebimento de subproduto sem guia florestal (GF);

- Guia Florestal (GF) vencida, rasurada, falsificada ou utilizada em desacordo.

23
CAPÍTULO II

3. TÉCNICAS DE MEDIÇÃO

3.1 Cubagens de Madeiras


É o método para se obter o volume do produto ou subproduto florestal,
utilizando-se fórmulas específicas.

Método oficial utilizado pelo IBAMA para se obter o volume real da madeira em
toras.

3.1.1 Cubagem da Madeira in natura (toras)

(Fonte: 4ª Cia de Polícia Ambiental)

UTILIZA-SE: Somando os diâmetros das duas extremidades da tora, (D1+D2+D3+D4 / 4 =


Resultado x próprio Resultado); multiplicadas pelo comprimento da tora e multiplicada pela
fórmula padrão - 0, 7854 – daí se tem o resultado em metros cúbicos, pelo método
geométrico adotados pelos IBAMA e SEMA.

EXEMPLOS:

1º Passo: D1+D2+D3+D4 / 4 = Resultado

2º Passo: Resultado x Resultado =

3º Passo: Resultado x Comprimento x 0, 7854 = Total em metros cúbicos

24
Obs.: Imagem ilustrativa

Ou seja:

d1 = 60 cm

d2 = 40 cm

d3 = 40 cm

d4 = 30 cm

C = 5,00 m

dm = 60+40+40+30 = 170 = 42,5 cm = 0, 425 m

4 4

V = 0, 7854 x (0, 425)² x 5,00

V = 0, 7854 x (0, 425 x 0, 425) x 5,00

V = 0, 7854 x 0, 180625 m2 x 5,00

V = 0, 709 m3

Logo, o volume da tora é de 0, 709 m3 (metros cúbicos)

25
3.1.2 Cubagem de Madeira Serrada empilha ou em Caminhão

(Fonte: 4ª Cia de Polícia Ambiental)

UTILIZA-SE: Altura x largura x comprimento (carroceria): podendo ser adotado o desconta


de 10 a 30%, conforme os espaçamentos no empilhamento da madeira, que é o desconto do
espaçamento vazio entre uma peça e outra.

Observação:

C: comprimento da carroceria

L: largura da carroceria

H: altura da lenha

Cf: coeficiente da fórmula

26
Obs.: Imagem ilustrativa

EXEMPLO:

C = 6.00 m

LC = 2.20 m

H = 1.50 m

Coeficiente de desconto = 70% (que é o valor real, após o desconto de 30% entre as peças).

Sendo que o desconto varia de 10% a 30%, conforme os


espaçamentos.

Aplicando a fórmula: (Vr) = c x lc x h x cf = temos:

V = 6,00 x 2,20 x 1,50 x 0,70

V = 13,86

Logo, o volume da madeira cubada no caminhão é de 13,86 m³ (metros cúbicos)

27
3.1.3 Cubagem de Lenha em Caminhão

(Fonte: 4ª Cia de Polícia Ambiental)

O volume de lenha em um veículo é encontrado utilizando-se a seguinte fórmula:


V = c x cl x h = Resultado encontrado

Onde:

C: comprimento da carroceria

L: largura da carroceria

h: altura da lenha

Ou seja:

C = 6,00 m

lc = 2,30 m

h = 2,50 m

Aplicando a fórmula, temos:

V: 6.00 x 2.30 x 2.50

V: 34,5 st (estéreo)
28
Logo: o volume de lenha é de 34,50 st (estéreo).

OBSERVAÇÃO: Considerando que o volume de lenha encontrado não é exatamente em


metro cúbico e sim igual a 1,00 estéreo (st), devido aos espaços vazios entre os toretes. Deve-
se usar subtrair um percentual de 30% (trinta por cento) para estabelecer uma medida de
estéreo “st” para metro cúbico, ou seja, 1,00 st = 0,70 m³.

Assim: V: 34,5 st x 0,70% = 24,15 m³ (metros cúbicos)

3.2 Carvões Vegetais

(Fonte: 4ª Cia de Polícia Ambiental)

Para se determinar o volume de carvão vegetal nativo, utilizam-se as seguintes


constantes:

1 mdc = 255 kg: ou seja, para a aplicação da multa no que tange às apreensões de carvão
vegetal deve-se no momento da apreensão quantificar em peso, pois as multas são aplicadas
por unidade de medida, ora denominada de mdc.

Obs.: Para aplicação da multa cada 1(um) mdc ou fração é de R$ 300,00, sendo que a fração
corresponde a qualquer quantidade de carvão que não atinja 1 (um) mdc.

29
3.3 Cubagens de em Madeira em Lascas (Aroeira) e outros tipos de Madeiras

(Fonte: 4ª Cia de Polícia Ambiental)

OBSERVAÇÃO: Em situações nas quais não for possível o empilhamento de achas, lascas e
estacas roliças, a cubagem deve considerar 48 unidades como sendo 1 m³ (cúbico).

30
3.4 Medidas de Pescados

3.4.1 Bacia do Paraguai


Barbado – 60 cm Piavuçú– 38 cm.

Cachara – 80 cm Pintado – 85 cm.

Ximboré – 25 cm. Piraputanga – 30 cm.

Curimbatá – 38 cm. Jaú – 95 cm.

Jurupensen – 35 cm Piau – 25 cm.

Jurupoca – 40 cm. Pacu – 45 cm.

Pacupeva – 20 cm.

3.4.2 Nas Bacias: Amazônica, Araguaia/Tocantins


Bicuda – 60 cm Cachorra – 60 cm.

Caparari – 85 cm Pacu Caranha – 45 cm.

Pacu Prata – 30 cm. Curimbatá – 30 cm.

Dourada – 80 cm. Matrinchã – 35 cm.

Pintado – 80 cm Trairão – 60 cm.

Pirapitinga – 45 cm. Pirarara – 90 cm.

31
CAPÍTULO III

4. COMBINAÇÕES DE LEIS AMBIENTAIS

Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente,


mesmo que em formação, ou utilizá-los com infringência das normas de
4.1 Dos Crimes
proteção:
Contra a Flora

Quando utilizar: nas circunstâncias em que existir desmatamento em área de


preservação permanente, ainda que as espécies sejam exóticas.

Providências:

ATENÇÃO: * Lembrar que nos espaços em que se encontram as áreas de


preservação permanente, APP, a área é o objeto principal de proteção, além
da vegetação; * Quando for encontrado material lenhoso, objeto de corte não
autorizado, deve-se apreender a lenha e lavrar Termo de Depósito, nomeando
a Policia Ambiental como fiel depositário, quando houver a possibilidade de
transportar o material.

Não havendo condições de transporte, o autuado deve ser nomeado como fiel
depositário;

*De acordo com a legislação tratando-se de produtos perecíveis e madeira, os


mesmos devem ser avaliados e doados a instituições científicas
(preferencialmente públicas), hospitalares e outras com fim beneficente.

(Art. 25, §2º da Lei 9.605/98)

32
Destruir ou Danificar Área de Proteção Permanente (APP): Art. 38 e 60 da Lei
9.605/98
Multa de R$ 5.000,00 a 50.000,00 por hectare ou fração.
Art. 43 e 66 do
Dec. Fed. 6.514/08

Desviar curso d’água Art. 66 da Lei


9.605/98.

Art. 59 da Lei
complementar nº
038.

Multa de R$ 500.00 (quinhentos reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de Art. 66 do Dec.


reais). Fed. 6.514/088.

È proibido o corte e a exploração de aroeira. Portaria nº 83-N, de


26 de Setembro/91.

Lei complementar
Ao proprietário do imóvel rural legalizado é permitida a utilização nos limites
nº 233 de 21-12-
do mesmo imóvel da madeira da espécie Aroeira dele retirada dos termos do
2005, Art.69.
regulamento, vedado a comercialização.

33
Art. 39 da Lei
9.605/98
Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem
permissão da autoridade competente: Art. 44 Dec. Fed.
6.514/08
Quando utilizar: nas circunstâncias em que existir supressão de vegetação.
Providências:

ATENÇÃO: * Lembrar que nos espaços em que se encontram as áreas de


preservação permanente, APPs, a área é o objeto principal de proteção, além
da vegetação; * Quando for encontrado material lenhoso, objeto de corte não
autorizado, deve-se apreender a lenha e lavrar Termo de Depósito, nomeando
a Policia Ambiental como fiel depositário, se houver a possibilidade de
transportar o material. Não havendo condições de transporte, o autuado é que
deve ser nomeado como fiel depositário.

*Tratando-se de produtos perecíveis e madeira, os mesmos devem ser


avaliados e doados a instituições científicas (preferencialmente públicas),
hospitalares e outras com fim beneficente. (Art. 25, §2º da Lei 9.605/98)

Multa de R$ 5.000,00 a 20.000,00 por hectare ou fração, ou R$ 500,00 por


árvore, metro cúbico ou fração.

Causar Dano Direto ou Indireto nas Unidades de Conservação: Art. 40 da Lei


9.605/98
Multa de R$ 200,00 a 100.000,00 por hectare ou fração.
Art. 91 do Dec.
Fed. 6.514/08

Extração de Mineral em Floresta de APP ou de domínio Público: Art. 44 da Lei


9.605/98
Multa de R$ 5.000,00 a 50.000,00 por hectare ou fração.
Art. 45 Dec. Fed.
6.514/08

Transformar em Carvão Madeira de Florestas Publicas: Art. 45 da Lei


9.605/98

34
Multa de R$ 500,00, por metro cúbico de carvão. Art. 46 do Dec.
Fed.6.514/08

Receber, Comercializar, Transportar Madeira Sem GF: Art. 46, da Lei


9.605/98
Multa de R$ 300,00 por unidade, estério, quilo, mdc ou metro cúbico aferido
pelo método geométrico. Art. 47 do Dec.
6.514/08

Impedir ou Dificultar Regeneração natural de Florestas Reserva e APP. Art. 48 da Lei


9.605/98

Multa de R$ 5.000,00, por hectare ou fração.


Art. 48 do Dec.
Fed. 6.514/08

Destruir ou Danificar Florestas Nativas ou fixadoras de Dunas ou Mangues Art. 50 da Lei


sem Licença Ambiental: 9.605/98

Multa de R$ 5.000,00, por hectare ou fração.

Art. 50 do Dec.
6.514/08

Desmatar, explorar economicamente o degradar floresta, plantada ou nativa, Art. 50-A da Lei
em terra de domínio público ou de voluta sem autorização do órgão 9.605/98
competente:

Multa de R$ 5.000,00, por hectare ou fração.


Art. 51 Dec.
6.514/08

Destruir, Desmatar, Danificar ou explorar Área de Reserva Legal: Art. 40-A da Lei
9.605/98

Art. 51 do Dec.
Multa de R$ 5.000,00 por hectare ou fração.
Fed. 6.514/08

35
Art. 48 da Lei
9.605/98
Desmatar a corte raso Florestas e demais forma de vegetação, fora da área de
reserva legal, sem autorização da autoridade competente:

Art. 52 do Dec.
Fed. 6.514/08
Multa de R$ 1.000,00 por hectare ou fração.

Explorar Matas e Florestas, em área de manejo sem Licença Ambiental: Art. 14 da Lei
Compl. 233/05

Art. 53 do Dec.
Multa de R$ 300,00 por hectare ou fração ou por unidade, estério, quilo, mdc
Fed. 6.514/08
ou metro cúbico.

Adquirir, Transportar Produtos Florestais Embargados: Art. 70 e72 da Lei


9.605/98

Art. 54 do Dec.
Multa de R$ 500,00 por quilo grama ou unidade.
Fed. 6.514/08

Destruir ou Danificar Plantas Ornamentais: Art. 49 da Lei


9.605/98

Art. 56 do Dec.
Multa de R$ 100,00 a 1.000,00 por unidade ou metro quadrado.
Fed. 6.514/08

Comercializar, Portar ou Utilizar Moto-Serra sem Licença: Art. 51 da Lei


9.605/98

Multa de R$ 1.000,00 por unidade.


Art. 57 do Dec.
Fed. 6.514/08

Fazer Uso de Fogo nas florestas e demais formas de vegetação e/ou em Art. 10 da Lei
atividades agropastoril, sem Licença Ambiental: Comp. 233/05

Art. 41 da Lei

36
Multa de R$ 1.500,00 por hectare ou fração. 9.605/98

Art. 58 do Dec.
Fed. 6.514/08

Fabricar, vender, transportar ou soltar Balões que possam provocar incêndios Art. 42 da Lei
nas florestas e demais formas de vegetação: 9.605/98

Multa de R$ 1.000,00 a 10.000,00 por unidade. Art. 59 do Dec.


Fed. 6.514/08

Penetrar em unidades de conservação conduzindo substâncias ou Art. 52 da Lei


instrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou 9.605/98
subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente:

Multa de R$ 1.000,00 à R$10.000,00. Art. 92 do Dec.


Fed. 6.514/08

37
4.2 Dos Crimes Contra a Fauna

Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, Art. 29 da Lei
nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou 9.605/98
autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida.

IMPORTANTE: em todas as circunstâncias quando a fauna estiver


sofrendo lesão ou ameaça de lesão, inclusive nos episódios de
comercialização sem prévia autorização da autoridade competente.

Providências:

38
ATENÇÃO: * Só proceder com a soltura se tiver a certeza de que o animal
apresenta condições de retornar à natureza e de que foi capturado nas
imediações de onde foi encontrado;

* Não realizar a soltura em unidades de conservação da natureza de


proteção integral;

* Na dúvida da soltura, entregar os animais aos órgãos competentes locais;

* Identificar as espécies (pelo menos o nome vulgar) e a quantidade de


animais na lavratura dos termos;

* Verificar as espécies ameaçadas de extinção (o que constitui uma


circunstância que agrava a penalidade a ser imposta no Auto de Infração).

Multa de R$ 500,00 por indivíduo de espécie não constante na lista de


extinção, e R$ 5.000,00 por espécie se constar na lista de extinção.
Art. 24 do Dec. Fed.
OBS: Na impossibilidade de aplicação do critério de unidade por espécime, 6.514/08;
aplicar-se-á o valor de R$ 500,00 por quilograma ou fração.
Art. 24, §2º do Dec.
Bem como se a autoridade julgadora, considerando a natureza dos animais, Fed. 6.514/08;
em razão de seu pequeno porte, poderá aplicar a multa de R$ 500,00 a R$
Art. 24, §9º do Dec.
100.000,00 quando não houver possibilidade de realizar contagem
Fed. 6.514/08
individual.

Introduzir Animais Exóticos: Art. 31 da Lei


9.605/98

Art.25 do Dec. Fed.


Multa de R$ 2.000,00 com acréscimo por exemplar de R$ 200,00 por
6.514/08
espécie não constante na lista de extinção, e 5.000,00 por espécie se constar
na lista de extinção.

Exportar Pelo e Couro: Art. 30 da Lei


9.605/98

Art.26 do Dec. Fed.


Multa de R$ 2.000,00 com acréscimo de R$ 200,00 por unidade se não

39
constante na lista de extinção, e 5.000,00 por unidade se constar na lista de 6.514/08
extinção.

Praticar Caça Profissional: Art. 29, §5º da Lei


9.605/98

Art.27 do Dec. Fed.


Multa de R$ 5.000,00 com acréscimo de R$ 500,00 por espécie, não
6.514/08
constante na lista de extinção; e R$ 10.000,00 por espécie se constar na
lista de extinção.

Comércio de Animais: Art. 29, § 1º, inciso


III, da Lei 9.605/98
Multa de R$ 500,00 por indivíduo de espécie não constante na lista de
extinção, e R$ 5.000,00 por espécie se constar na lista de extinção. Art. 24, §3º, inciso
III do Dec. Fed.
6.514/08

Praticar ato de Abuso e Maus-Tratos aos Animais silvestres e domésticos Art. 32 da Lei
ou domesticados, nativos ou exóticos: 9.605/98

Art.29 do Dec. Fed.


6.514/08
Multa de R$ 500,00 com acréscimo de R$ 3.000,00 por espécie.

Causar degradação a viveiros, açudes ou estação de aqüicultura de domínio: Art. 33, § único,
inciso I da Lei
9.605/98
Multa de R$ 5.000,00 a R$ 500.000,00.
Art.34 do Dec. Fed.
6.514/08

4.2.1 Crimes de Pesca


Para os efeitos desta lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, Art. 36 da Lei
extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos 9.605/2008
peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de
aproveitamento econômico:

40
Art.35 do Dec. Fed.
6.514/2008
Multa de R$ 700,00 a 100.000,00 com acréscimo de R$ 20,00 por quilos do
produto da pescaria, ou por espécime quando de tratar de produto de pesca
para uso ornamental.

Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugar interditado por Art. 34, incisos I, II
órgão competente; e III do §único da
Lei 9605/2008
Pescar quantidades superiores a permitidas ou mediante a utilização de
aparelhos petrechos, técnicas e métodos não permitidos; Art. 35, inciso I, II,
III, IV, V, e VI do
Transportar, comercializar, beneficia ou industrializa espécimes
Dec. Fed. 6.514/08.
provenientes da coleta, apanha e pescas proibidas.
Art.25, inciso IX da
Multa de R$ 700,00 a 100.000,00 com acréscimo de R$ 20,00 por quilos
Lei Estadual
dos produtos da pescaria, ou por espécime quando de tratar de produto de
9.096/09.
pesca para uso ornamental.

Pescar com Explosivos ou Substância Tóxicas que são proibidas pelas Art. 35, inciso I e II
autoridades competentes. da Lei 9605/98

Multa de R$ 700,00 à R$ 100.000,00 com acréscimo de R$ 20,00 por quilo Art.36 do Dec. Fed.
ou fração. 6.514/08

È proibido ceva fixa. Art. 26 inciso I, da


Lei Estadual
9.096/09.
Multa de R$ 700,00 à R$ 100.000,00 com acréscimo de R$ 20,00 por quilo
Art.36 do Dec. Fed.
ou fração.
6.514/08

Pesca sem licença, autorização ou permissão do Órgão Ambiental Art. 16 A


competente: autorização de pesca
amadora-lei 9.096.

Art.37 do Dec. Fed.


Multa de R$ 300,00 à R$ 10.000,00 com acréscimo de R$ 20,00 por quilo.
6.514/08

41
È proibido a captura do Dourado e Paraíba em todo Estado de Mato Grosso. Lei nº 9.794/12.

Art. 35, § único


inciso I do Dec. Fed.
Multa de R$ 700,00 à R$ 100.000,00 com acréscimo de R$ 20,00 por
do Dec. Fed.
quilos do produto da pescaria.
6.514/08

Cota de captura e transporte em cinco quilos e um exemplar- Cáceres: Art. 1º Res. Mun. Do
CONDEMA nº
001/2009
Multa de R$ 700,00 à R$ 100.000,00 com acréscimo de R$ 20,00 por
Art. 35, § único
quilos do produto da pescaria, ou por espécime quando de tratar de produto
inciso II do Dec.
de pesca para uso ornamental.
Fed. do Dec. Fed.
6.514/08

OBSERVAÇÃO: A Cota de captura e transporte de pescado para o pescador amador é de 05


(cinco) quilos e um exemplar.

A Cota de Captura e Transporte e Transporte de Pescado para Pescado Profissional é de 125 (cento
e vinte e cinco quilogramas) semanalmente. (Lei 9.794/12)

4.3 Fiscalizações em Pesque e Pague e Aquicultura

ATENÇÃO: NA ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO DE PESQUE E PAGUE E


AQÜICULTURA O POLICIAL AMBIENTAL DEVE;

- Na propriedade, solicitar a presença do proprietário ou representante (gerente, capataz, sócio,


empregado, esposa, filho);

- Verificar se os tanques estão licenciados (LP, LI e LO) juntos o SEMA;

- Comparar as instalações “in loco” se corresponde os constantes do projeto e Licenciamento;

- Se a espécie do criatório corresponde com a autorizada pelo projeto aprovado.

42
4.3.1 Situação que Caracterizam Infrações

- Falta de Licenciamento Ambiental;

- Quando o local não corresponder com os constantes do projeto aprovado pelo Órgão Ambiental;

- Utilização e criação de espécies não permitidas.

4.4 Poluições de qualquer natureza

Conceito: É a degradação da qualidade ambiental resultantes de atividades que ou indiretamente:

- prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população;

- criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

- afetem desfavoravelmente a biota*; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

- lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

OBS: Conceito extraído da Lei 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente)

*Biota: são as diversas espécies que vivem na mesma região.

Causar poluição de qualquer natureza que resulte em danos a saúde humana Art. 54, §§ 2º e 3º da
e a biodiversidade: Lei 9.605/98

Art. 61 e 62 do Dec.
Fed. 6.514/08

Multa de R$ 5.000,00 à R$ 50.000.000,00

43
Executar pesquisa lavra ou extração de recursos minerais sem a competente Art. 55 da Lei
autorização, permissão, concessão ou licença ambiental: 9.605/98

Multa de R$ 1. 500,00 à R$ 3.000,00 por hectare ou fração. Art. 63 do Dec. Fed.


6.514/08

Produzir, Processar, Embalar, Transportar, Comercializar ou usar produtos Art. 56 da Lei


e Substância Tóxica em desacordo com as exigências estabelecidas em lei 9.605/98
ou regulamento:

Art. 64 do Dec. Fed.


Multa de R$ 500,00 à R$ 2.000.000, 00 6.514/08

Construir, Reformar, Ampliar, Obra Potencialmente Poluidor sem Licença Art. 60 da Lei
Ambiental: 9.605/98

Art. 18 da Lei
Compl. 232/05

Art. 66, § único,


Multa de R$ 500,00 à R$ 10.000.000,00
incisos I e II do Dec.
Fed. 6.514/08

Disseminar doenças ou pragas ou espécies que possam causar dano à Art. 61 da Lei
agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas: 9.605/98

Art. 67 do Dec. Fed.


6.514/08
Multa de R$ 5.000,00 à R$ 5.000.000,00

Conduzir ou autorizar condução de veículos em desacordo com as Lei 8.723/93-


exigências ambientais: CONAMA

Art. 68 do Dec. Fed.


Multa de R$ 1.000,00 à R$ 10.000,00. 6.514/08

44
Destruir, inutilizar, ou deteriorar patrimônio público: Art. 62 lei 9605/98

Art. 72 do Dec. Fed.


6.514/08
Multa de R$ 10.000,00 à R$ 500.000,00

Pichar, grafitar ou por outros meios conspurcar edificação ou monumento Art. 65 da Lei
urbano: 9.605/98

Art. 75 do Dec. Fed.


6.514/08
Multa de R$ 1.000,00 à R$50.000,00.

4.5 Infrações Administrativas

Obstar ou dificultar fiscalização no exercício de atividade de fiscalização ambiental: Art. 69 da


Lei
9.605/98
Multa de R$ 500,00 à R$ 100.000,00.
Art. 77 do
Dec. Fed.
6.514/08.

Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal, estudos, laudo ou Art. 69-A


relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão: da Lei
9.605/98
Multa de R$ 1.500,00 à R$ 1.000.000,00
Art. 82 do
Dec. Fed.
6.514/08

45
Descumprir Embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas: Art. 70 da
Lei
9.605/98
Multa de R$ 10.000,00 à R$ 1.000.000,00
Art.79 do
Dec. Fed.
6.514/08

Deixar de atender a exigências legais ou regulamentares quando devidamente Art. 70 da


notificado pela autoridade competente no prazo concedido, visando à adoção de Lei
medidas de controle para cessar a degradação ambiental: 9.605/98

Art. 80 do
Dec. Fed.
Multa de R$ 1.000,00 à R$ 1.000.000,00
6.514/08

Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro Art. 69-A


procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou da Lei
parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão: 9.605/2008

Multa de R$ 1.500,00 à R$ 1.000.000,00 Art.82 do


Dec. Fed.
6.514/08.

46
CAPÍTULO IV

5- POLUIÇÕES SONORAS

O ouvido humano distingue os sons de acordo com três atributos: a altura, a


intensidade e o timbre. Além destes três atributos é, por vezes, importante ter em conta a
duração do som. Nesse sentido entende-se por duração de um som o intervalo de tempo
durante o qual esse som é audível para o homem.

De acordo com a intensidade que percepcionamos, dizemos que certo som é


"forte" ou "fraco". A intensidade do som captada pelo ouvido corresponde à sensação do que
se denomina popularmente, de volume do som. Quando o som tem uma determinada
intensidade mínima, o ouvido humano não capta o som. Essa intensidade mínima é
denominada nível mínimo de audição, esse mínimo difere segundo a freqüência dos sons.

Para tanto a legislação federal e municipal se manifestou no sentido de


criminalizar atos lesivos conforme o contido nas normas que regulamentam a Poluição
Sonora em nível que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana.

Conforme a (ABNT), NBR Nº 10.151/00. Norma Nacional

EM ZONAS RESIDÊNCIAS: 55 (cinquenta e cinco) decibéis no horário compreendido entre


7 (sete) e 19 (dezenove) horas, medidos na curva “a” e 50 (cinquenta) das 19 (dezenove) às 7
(sete) horas, medidos na curva “a”.

EM ZONAS COMERCIAS: 60 (sessenta) decibéis no horário compreendido entre 7 (sete) e


19 (dezenove) horas, medidos na curva “a” e 55 (cinquenta e cinco) decibéis das 19
(dezenove) às 7 (sete) horas, medidos na curva “a”.

EM ZONAS INDUSTRIAIS: 70 (setenta) decibéis no horário compreendido entre 7 (sete) e


19 (dezenove) horas, medidos na curva “a” e 60 (sessenta) decibéis das 19 (dezenove) às 7
(sete) horas, medidos na curva “a”.

47
5.1- LEI Nº 2.269 DE 22 DE FEVEREIRO DE 2011 - Lei Municipal - Cáceres MT.

Os Municípios têm autonomia para criar a sua legislação através da Câmara


Municipal, onde são ajustada e colocada em vigor, Como é o caso do Município de Cáceres-
MT, que elaborou a sua própria Lei de Poluição Sonora.
É proibido perturbar o bem-estar público ou particular com sons ou ruídos, uma
vez que as referidas leis estabelecem a intensidade permitida:
EM ZONAS RESIDÊNCIAS: 60 (sessenta) decibéis no horário compreendido entre 7 (sete)
e 19 (dezenove) horas, medidos na curva “a” e 45 (quarenta e cinco) das 19 (dezenove) às 7
(sete) horas, medidos na curva “a”.
EM ZONAS COMERCIAS: 75 (setenta e cinco) decibéis no horário compreendido entre 7
(sete) e 19 (dezenove) horas, medidos na curva “a” e 60 (sessenta) decibéis das 19
(dezenove) às 7 (sete) horas, medidos na curva “a”.

EM ZONAS INDUSTRIAIS: 80 (oitenta) decibéis no horário compreendido entre 7 (sete) e


19 (dezenove) horas, medidos na curva “a” e 70 (setenta) decibéis das 19 (dezenove) às 7
(sete) horas, medidos na curva “a”.

É PROÍBIDO EXECUTAR: qualquer trabalho ou serviço que produza ruído


antes das 7 (sete) horas e depois das 19 (dezenove) horas e a uma distância a 200 (duzentos)
metros de escolas noturnas, hospitais, asilos e casas de repouso. Aferir o som a 15 (quinze)
metros do limite do terreno de onde emite o som ou 1,50 metros (um e meio) para dentro
do terreno do reclamante, quando o reclamante estiver dentro do perímetro de 15 metros.

5.2 Perturbação do Sossego Alheio


- LEI DE CONTRAVENÇÃO PENAL Nº 3.688/41: estabelece no art. 42, que a perturbação
do sossego alheio constitui contravenção contra a paz pública.

Entende-se que o policial deverá identificar o reclamante, sendo que, após a


aferição se a reclamado estiver dentro dos volumes permitidos, ou seja, os decibéis dentro da
lei, o policial deverá qualificar as partes e registrar o boletim de ocorrência para que possam
resolver dentro do processo legal. Sendo que perturbação do sossego alheio é uma ação
pública condicionada à representação.

48
CAPÍTULO V

6 PROCEDIMENTOS OPERACIONAL PADRÃO EM POLICIAMENTO


AMBIENTAL

Tipo específico de policiamento ambiental ostensivo na forma preventiva e/ou


repressiva, que visa a preservar a fauna, a flora com seus recursos florestais, as extensões de
água e seus mananciais, contra ações indiscriminadas de caça a pesca ilegais, a derrubada
indevida da vegetação, a poluição de qualquer natureza, a mineração, e a proteção aos
elementos que compõem o meio ambiente protegido pela legislação ambiental. Ressalta-se
que esse tipo de policiamento pode ser realizado por ato próprio ou em cooperação com
órgãos Federais ou Estaduais, mediante convênio ou em apoio às atividades conjuntas.

6.1 Policiamentos Ambientais


É uma modalidade especifica de policiamento que visa à proteção do meio
ambiente, tendo como missão proteger a fauna, a flora, os as recursos hídricos e florestais, as
áreas de preservação permanente e as unidades de conservação, combater a pesca predatória,
fiscalizar e repreender o desmatamento, e queimadas não autorizadas, apoiar, e viabilizar e as
ações ambientais em conjunto com o SEMA, IBAMA, JUVAM, DEMA e MP e cumprir
requisições dos órgãos oficiais de defesa ambiental. Operam também em programas na área
de educação ambiental, possuindo legalidade estabelecida por meio de varias legislações e
princípios administrativos, em que o Policial Militar agindo em nome do Estado, salvaguarda
o interesse comum que é o Meio Ambiente, bem de todos, preservando a Ordem Publica,
missão constitucional da Policia Ambiental (Arts. 144 e 225 CF).

6.2 Policiamentos Ostensivos Ambiental


Materiais necessários ao Policiamento Ambiental

1. Colete balístico camuflado;


2. Colete salva-vidas camuflado;
3. Pasta contendo: Guia Prático de Policiamento Ambiental, Notificação, auto de
inspeção, auto de infração, termo de apreensão, termo de depósito, recibo de doação,
termo de embargo e interdição e legislação ambiental atualizado;
4. G.P. S;

49
5. Binóculo;
6. Maquina fotográfica;
7. Estojo básico de primeiros socorros;
8. Trena de 50 metros;
9. Facão;
10. Cambão para captura de animais;
11. Remo;
12. Kit de manutenção de primeiro escalão para motor de poupa;
13. Garrafa térmica ou cantil;
14. CNH, Arrais e carteira de identificação funcional;
15. Cordão fiel;
16. Cones refletivos;
17. Prancheta;
18. Farol auxiliar portátil (cilibrim);
19. Fita zebrada.

1) PATRULHA TERRESTRE: ocorre nas modalidades a pé e motorizado:

a) A PÉ: podendo ser patrulha Básica, composta por dois policiais, executa fiscalização de
fauna e flora em zona urbana ou rural, em situações em que não haja necessidade de
superioridade de forças, EX: fontes consumidoras ou destinadoras de produtos oriundos da
fauna, flora e ictiofauna.

b) PATRULHA REFORÇADA: compostas por quatro ou mais homens, executa


fiscalização de fauna e flora, utilizada em zona rural ou urbana em que haja necessidade da
superioridade de força, como incursão em matas á procura de grupos de caçadores, locais
onde possam ocorrer aglomerações de pessoas.

CONDUTA DE PATRULHA

A missão influi na organização geral e particular da patrulha, para os deslocamentos,


há necessidade de se determinar as formações, (linha, coluna e losango são os mais
utilizados), bem como as posições de seus integrantes. Os principais fatores que influenciam
na organização de uma patrulha para o movimento são os seguintes: Sigilo das ações,
Disciplinas de luzes e som, Segurança da patrulha, O controle dos homens, Velocidade

50
de deslocamento, Resposta a eventuais contatos, Manutenção da integridade tática e a
ação no objetivo.

EM LINHA: Empregada por uma guarnição policial em ambientes rurais que permitam uma
visualização entre os homens. Possui um grande poder de fogo à frente, porém com
deficiência nos flancos e à retaguarda. É mais utilizada na tomada do dispositivo, na ação no
objetivo ou para ação imediata em encontros violentos. Não deve ser utilizada para
deslocamentos longos.

EM COLUNA: Empregado quando se faz necessário uma maior segurança lateral ou a


visibilidade for reduzida.

EM LOSANGO: Apresenta maiores vantagens quanto à segurança e rapidez no movimento.


Possui proteção em todas as direções e facilita o controle dos homens por parte de seus
comandantes. Adapta-se facilmente às patrulhas de maior gesto entre seus comandantes e
patrulheiros. Esta formação é feita colocando-se todos os policiais voltados de frente para
todas as direções, independentes do sentido de deslocamento. Esta formação visa segurança
em 360º em locais que permitam tal formação, sendo utilizada para a execução de autos.

Obs.: Princípio básico de segurança, nos deslocamento os policiais Militares Ambientais


que estiverem em posse de arma longa deverão manter o dedo fora do gatilho e nunca varrer
o seu corpo ou o corpo dos demais componentes de patrulha, manterem o cano apontado para
os locais seguros.

c) MOTORIZADO: podendo ser Patrulha Básica - composta por dois homens onde além
das missões prevista na patrulha básica a pé, executa fiscalização ostensiva, apreendendo
materiais, conduzido pessoas e adotando providencias de caráter legal que o apoio da Vtr
permite.

d) PATRULHA REFORÇADA: composta por três ou mais homens, é empregada como a


patrulha básica motorizada, porem em situações onde haja necessidade de efetivos
reforçados, e uso de superioridade forças.

e) PATRULHA EXTRAORDINARIA: composta por mais de uma patrulha reforçada para


a execução de missões especificas em que a necessidade de um maior número de força, EX:
reintegração de posse em área de interesse ambiental, Cumprimento de Busca e Apreensão
em Garimpos Clandestinos, checar denúncia de crimes ambientais e área de conflito agrário.
51
2) FLUVIAL: embarcações de médio porte.

Obs.: É vedada a inclusão em escala de serviço no patrulhamento embarcado de policiais que


não saibam nadar ou que possuam dificuldade em executar nado e flutuação no meio líquido,
além de qualquer impossibilidade expressa pelo policial, tal como algum impedimento de
caráter psicológico.

Dentre os materiais obrigatórios é imprescindível o uso de colete salva vidas para todos os
embarcados.

a) PATRULHA BÁSICA: composta por três homens ou mais (o que a embarcação suporta)
executando o patrulhamento fluvial, fiscalizando a pesca, apreendendo petrechos, e outros
materiais ilegais, fiscalizando as matas ciliares e barrancos dos rios e córregos que possam
ser navegáveis, bem como detendo as pessoas que estejam na prática de crime.

b) PATRULHA REFORÇADA: composta por duas ou mais patrulhas básicas, onde haja a
necessidade do emprego da superioridade de força para o cumprimento de ações especificas,
como: cumprimentos de mandados em locais de grandes riscos a margens de rios.

6.3 Posicionamentos da Tripulação Policial Militar em Embarcação até 07(Sete)


Metros:

Obs.: Para questão de equilíbrio na progressão da embarcação o piloteiro deve orientar a


posição dos outros tripulantes.

6.3.1 Função da Tripulação:


1: Navegador, 2: Segurança, 3: Piloto.

POSIÇÃO: 1: Primeiro homem (Centro), 2: Segundo homem (Proa), 3: Terceiro homem


(Popa)

RESPONSABILIDADE: 1: Comandante da patrulha, Verbalização e abordagem; 2:


Segurança durante o patrulhamento e nas abordagens; 3: Primar pelas regras e conhecimentos
técnicos de segurança da navegação, segurança 2: deve estar atento para o perímetro durante
as abordagens, realizando a segurança pessoal da g.u.

6.4 Partes das Embarcações:


CASCO: Corpo principal da embarcação que tem o contato direto com a água.

52
PROA: Parte da frente da embarcação.

POPA: Parte de traz de embarcação.

BORESTE (BE): É o bordo direito da embarcação

BOMBORDE (BB): É o Bordo esquerdo da embarcação.

MOTOR DE POLPA: Parte que dá sentido, direção e velocidade à embarcação.

6.5 Abordagens Policiais:

6.6.1 Abordagem a Embarcações:


Deve ser efetuada com muita cautela, tendo em vista que o controle de quaisquer
veículos aquático é muito mais dificultoso que veiculo do meio terrestre, e além do
conhecimento técnico o piloto deve considerar outros fatores como o vento, correnteza, altura
da borda de embarcação a ser abordada e outros fatores de segurança. A abordagem deve ser
sempre lateralmente, de preferência com o barco da fiscalização contra a correnteza ou o
vento, o que facilita a manobra do piloteiro, sempre em velocidade mais baixa possível,
evitando colisões entre as embarcações. A abordagem lateral pode ser efetuada no mesmo
sentido em que navega a embarcação a ser fiscalizada ou no sentido inverso. Em ambas as
situações, o policial que esta na PROA da embarcação deve sinalizar ao piloteiro do barco
fiscalizado, a fim de que o mesmo pare, só procedendo à abordagem após essa parada. Os
tipos de sinalizações deverão ser visuais, e sonoros com o uso do apito, megafone e própria
voz do policial. As abordagens variam de acordo com o sentido de direção de navegação da
embarcação, conforme ilustrações a seguir:

Obs.: Ao abordar uma embarcação a g.u. poderá utilizar-se de um gancho de ficção, que
serve para fixar uma embarcação na outra, evitando que a embarcação abordada tente evadir-
se.

Obs.: ARMAMENTO: Deverá ser verificado o estado das bandoleiras, e as armas curtas
devem estar peiadas (amarradas) ou em fieis retráteis deverão ser verificado os velcros,
engates e botões de pressão de coldres e outros acessórios, o fiel na embarcação é
obrigatório, para amarrar as armas longas e materiais em geral.

53
a) ABORDAGEM DE EMBARCAÇÃO NAVEGANDO NO MESMO SENTIDO DE
DIREÇÃO.

Fig.1 fig.2

Figura 1 - O policial que esta na PROA (2° homem) da embarcação, deve sinalizar o
piloteiro do barco, fiscalizando, mantendo a mão forte na arma e o (1° homem)
"verbalizando: POLICIA! PARE A EMBARCAÇÃO, COLOQUE ÀS MÃOS PARA
CIMA". Em seguida, procedendo à abordagem.

Figura 2 - A abordagem deve ser sempre lateralmente, de preferência com o barco da


fiscalização contra a correnteza ou o vento, o que facilita a manobra do piloteiro, sempre em
velocidade mais baixa possível, evitando a colisão entre as embarcações.

54
b) ABORDAGEM DE EMBARCAÇÃO NAVEGANDO EM SENTIDO OPOSTO DE
DIREÇÃO.

Fig. 3

OBSERVAÇÃO: Não realizar abordagem pela frente da embarcação sob fundada suspeita.

c) ABORDAGEM DE EMBARCAÇÃO NAVEGANDO EM SENTIDO OPOSTO DE


DIREÇÃO.

Fig. 4 Fig. 5
55
Fig.4- Mantenha uma distância segura, conforme a embarcação a ser abordada e aproxime
pela retaguarda.

Fig.5- Sinalize antes da abordagem, agindo conforme fig.1 e 2.

d) CONDUÇÃO DE PESSOAS DETIDAS EM EMBARCAÇÕES DE ATÉ 07 (SETE)


METROS:

• Ao embarcar pessoas sob fundadas suspeitas e/ou infratores da lei, estes deverão ser
submetidos à busca pessoal;

• A condução de pessoas detidas nunca deve ultrapassar o limite de capacidade da


embarcação.

• A GUPM deve manter no interior da embarcação sempre o número de coletes


aquáticos (salva vidas) conforme a capacidade de pessoas permitidas, assim os coletes
sobressalentes deverão ser utilizados pelos infratores da lei que por ventura forem
conduzidos no interior da embarcação.

• A condução de infratores da lei no interior das embarcações deve ser no mais curto
espaço de tempo e distância, devendo assim que possível ser transferido de imediato
para uma Vtr de apoio;

• Os infratores da lei ao desembarcarem, se houver necessidade deverão ser algemados


conforme regulamentação da súmula vinculante 11 STF.

• Manter o preso sob severa vigilância.

• Muitos delinquentes perigosos, ou mesmo foragidos da justiça, são presos por


infrações simples ou meras contravenções; no desespero, podem cometer desatinos
pensando terem sido descobertos por culpa maior.

• Durante a espera, o policial poderá realizar busca mais rigorosa. Muitos patrulheiros
já foram mortos ou ficaram inválidos por descuidos ou descaso pela condução do
preso, julgando-o velho, pequeno, fraco, embriagado.

56
Fig. 6 e fig.7

Os infratores da lei devem ser conduzidos no interior da embarcação, da seguinte forma:

1- Devem permanecer sentados no estrato do casco da embarcação, entre a proa e o meio da


embarcação:

2- Permanecer entre o segundo e o terceiro homem;

3- Ficar de costas para a proa;

4- O segundo homem deve permanecer de frente para a proa e para os conduzidos. Caso a
dimensão da embarcação não permita, o mesmo pode permanecer lateralmente. Deve-se
ressaltar que em ambas as posições o policial deve estar com a mão forte sobre o armamento,
e essa deve estar fora do alcance do infrator da lei.

57
7. NOÇÕES DE LOCALIZAÇÃO UTILIZANDO-SE APARELHOS GPS

O Garmim eTrex é um receptor de GPS portátil de mão que possui uma antena
interna de GPS capaz de receber sinais de localização via satélite.
Aparelho de fácil uso permitindo que este seja operado com uma das mãos, não
obstruindo assim, a visão do display. O aparelho pode funcionar durante 22 horas com duas
pilhas AA no modo econômico (battery save ode).
Além de determinar a sua posição, o eTrex pode criar, nomear e salvar uma
posição (como um waypoint eletrônico) na memória, permitindo, assim, que você possa
navegar novamente de volta a este ponto quando desejar.
Quando você começar a se movimentar, o GPS fornecerá outros dados como:
velocidade, direção de deslocamento, tempo e distância ao destino e muito mais.
A partir destas funções básicas, o GPS da GARMIN pode fornecer outro
benefício crucial: paz mental. Porque o GPS irá saber onde você está, onde esteve e para
onde você está indo.

58
Características do aparelho em referência:

- Waypoints: 500 com nome e símbolos gráficos;


- Trilhas: Registro automático de trilhas: 10 trilhas memorizadas, que permitem refazer o
caminho em ambas as direções;
- Rotas: A Rota permite percorrer até 50 waypoints em seqüência;
- Computador de viagem: Velocidade atual, velocidade média, velocidade máxima, direção
de movimento, elevação, hora do nascer/pôr do sol, relógio de viagem e odômetro.

Descrição de funcionalidade do Aparelho GPS:

O GPS opera com informações colhidas de satélites. A fim de coletar estas


informações, leve o Aparelho para o exterior e encontre uma área aberta e ampla que possua
uma clara vista do céu (um campo aberto é o suficiente).
Mantenha pressionado o botão de Power para ligar o aparelho.
A página de boas-vindas será exibida por alguns segundos enquanto o GPS
executa um auto teste, seguido pela página de satélite.
Para tanto o GPS necessita de no mínimo três fortes sinais de satélite para
encontrar a sua posição. A página do satélite exibe graficamente o rastreamento de satélites
feito pelo Aparelho, a potência dos sinais e o status de rastreamento de satélites, etc.

NOTA: Quando o GPS (eTrex) é usado pela primeira vez, irá levar até cinco minutos para
encontrar a sua posição. Após o primeiro uso, o eTrex só levará de 15 a 45 segundos para
encontrar a sua posição.

Quando a mensagem "READY TO NAVIGATE" for vista na página de satélite,


significa que o aparelho GPS encontrou sua posição e está pronto para iniciar.

Luz de fundo e contraste:

Se as condições de luz dificultar a visualização da tela, o contraste pode ser


ajustado ou a luz de fundo pode ser ativada.

59
Pressione e solte o botão POWER em qualquer tela, a fim de ativar a luz de
fundo. A luz de fundo é programada para permanecer ativada por 30 segundos, para
economizar energia. Para ajustar o contraste da tela, pressione o botão PAGE até que a
página de satélite possa ser vista. Pressione o botão UP para tornar a tela mais escura, o botão
DOWN torna a tela mais clara.

7.1 Selecionando uma Página

Todas as informações necessárias para operar o GPS, GARMI “eTrex” podem ser
encontradas nas quatro "páginas" principais (ou telas do mostrador). Essas telas são Satélite,
Mapa, Indicador (Pointer) e Menu.
Simplesmente pressione o botão PAGE para alternar entre as telas.

60
7.2 Marcar ponto (Waypoint)

No que se refere a marcar ponto, ou Waypoint, o primeiro passo é marcar a sua


localização como um ponto para poder voltar e ela mais tarde.
NOTA: O eTrex tem de estar "READY TO NAVIGATE" (PRONTO PARA NAVEGAR)
antes que você marque um waypoint. Para Marcar um Waypoint:

1. Aperte PAGE e passe para a Tela MENU.


2. Aperte UP ou DOWN e destaque o campo MARK.
3. Aperte ENTER. A Tela MARK WAYPOINT mostra um "OK?" destacado. Antes de
marcarmos de fato o waypoint vamos mudar o símbolo para uma casa e o nome "001" para
algo um pouco mais significativo, como CASA.

7.2.1 Para alterar o símbolo de waypoint:

1. Na tela MARK WAYPOINT, aperte UP ou DOWN para destacar o pequeno símbolo de


bandeira, e aperte ENTER. Com os botões UP ou DOWN, vá passando os símbolos e
destaque o símbolo de casa. Aperte ENTER.

61
7.3 Inserir pontos

Você pode inserir um waypoint antes de outro existente na lista, ou no final da


lista de waypoints. Para inserir um waypoint em uma rota:

1. Pressione o botão PAGE e vá para o MENU.


2. Pressione UP ou DOWN e selecione ROUTE.
3. Pressione ENTER para visualizar a página ROUTE.
4. Pressione ENTER novamente e aparece a página ‘ADD WAYPOINT TO ROUTE’.
5. Pressione UP ou DOWN para selecionar o waypoint de sua escolha e pressione ENTER. O
waypoint escolhido é colocado no primeiro campo da página ‘ROUTE’. Repita esse processo
até que todos os waypoints que desejar estejam inseridos na lista da rota. Pressione PAGE
para voltar à página de sua escolha.

62
7.4 Traçar Rotas e Páginas de Rotas

Para desempenhar as Rotas e a Página de Rotas o eTrex permite que você


navegue usando três métodos:

• GOTO
• Rota (Route)
• TracBack

O método GOTO de navegação foi rapidamente discutido anteriormente. Esta


seção descreve o método de rota (route). O terceiro método, TRAc, é apresentado
osteriormente. No eTrex, uma rota consiste em, no mínimo, dois waypoints, que descrevem o
caminho que você vai percorrer. A função de rota é muito conveniente porque permite que o
eTrex guie você desde o primeiro waypoint da rota até cada waypoint sucessivo, até que você
alcance o destino final. As funções Rota e GOTO são
comparáveis no aspecto de que ambas conduzem a waypoints de destino. Entretanto, a
função Rota é mais poderosa porque é mais automática. Quando você chega a um waypoint,
o eTrex automaticamente passa a guiá-lo para o próximo waypoint da rota sem a necessidade
de tocar nenhum botão. Quando você usa a função GOTO, deve parar e selecionar o próximo
waypoint antes de começar a mover-se. Quando planejar uma viagem, você pode selecionar
waypoints de uma lista e colocá-los na memória do eTrex. Pelo menos 2 waypoints (até um
63
limite de 50) são ligados entre si para formar uma rota. Quando você inicia sua jornada, ativa
a função de rota e o receptor aponta o caminho a percorrer do primeiro para o segundo
waypoint. Você pode, então, usar a página do indicador para orientar-se.

Há dois modos de se criar uma rota:

1. Use os waypoints existentes na memória do e Trex. Escolha ‘ROUTE’ na Página do Menu,


e acrescente um waypoint à rota, escolhido da lista de waypoints disponíveis.

2. Planeje uma ‘ROUTE’ em MapSource, em um PC, e carregue a rota no eTrex. Procure seu
representante GARMIN para maiores informações sobre o uso do MapSource, que é um
acessório opcional, não incluído no eTrex.

7.6 Realizar Cálculo em Unidade de Medida

O eTrex realiza unidade de medida permitindo a seleção de milhas terrestres,


milhas náuticas e unidades métricas de medida para todas as leituras de velocidade e
distância.
Você pode selecionar as unidades de medida: milhas terrestres (statute), milhas
náuticas (nautical) ou unidades métricas (metric) a partir da página UNITS

64
CAPÍTULO VI

8 PREENCHIMENTOS DOS AUTOS REFERENTES À CRIME AMBIENTAL.

A confecção dos autos administrativos (Notificação, Auto de Inspeção, Auto


Infração, Termo de Apreensão, Termo de Depósito, Recibo de Doação, Termo de Embargo e
Interdição.) de crimes ambientais é de competência do SEMA – Secretaria Estadual do Meio
Ambiental - e através do convênio firmado passou a ser também do BPMPA. Dessa forma, o
Policial Militar que atender ocorrência de crime ambiental deverá solicitar o apoio de uma
Guarnição de Policiamento Ambiental no local ou encaminhar cópia do Boletim de
Ocorrência, à Unidade ou Subunidade Ambientais mais próximas para que estes preencham
os referidos Autos Administrativos e possa encaminhar ao autuado via AR pelo correio.

Ressalta-se que o Policial Militar condutor da ocorrência ambiental ao qualificar


o suspeito é imprescindível que prescreva o número do CPF (Cadastro de Pessoa Física) e/ou
CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), endereço completo e telefone, fins, imputar a
responsabilidade administrativa ao transgressor do meio ambiente, bem como o
correspondente endereço para o encaminhamento dos autos em tela.

4ª Companhia de Polícia Militar de Proteção Ambiental Cáceres.

Telefone para contato (65) 3223-3542

65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ART, Henry W. et al. Dicionário de ecologia e ciências ambientais. São Paulo:


Melhoramentos, 1998.

CONSTANTINO, Carlos Hernani. Delitos Ecológicos: a lei ambiental comentada 2 º ed. São
Paulo: Atlas 2002.

FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 4. ed. São Paulo:
Saraiva, 2007.

MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. 13. ed. São Paulo:
Malheiros, 2009.

MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência e glossário. 4. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2008.

RIO DE JANEIRO. Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente. Vocabulário


básico de meio ambiente: conceitos básicos de meio ambiente. Rio de Janeiro: Petrobrás,
1990.

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COMPLEMENTAR, Lei nº 343 de 24 de dezembro de. Cria o Programa Mato-grossense de


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