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LETRICIDADE

BÁSICA

PROF. MARIO LUIZ FALKENBERG LAMAS


PROF. JOSÉ LUIZ LOPES ITTURRIET
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE
COORDENADORIA DO CURSO DE ELETRÔNICA

Elaboração:
Prof. José Luiz Lopes Itturriet
Prof. Mario Luiz Falkenberg Lamas

Editoração Eletrônica:
Maria Cecília Carvalho Amaral

Correção de Português:
Profª Suzana Grala Tust

Capa:
Fickel, Garcez e Tejada

Impressão:
Gráfica do IF SUL

O ANALFABETO POLÍTICO
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala,,
não participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de
vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do
remédio depende das decisões políticas. O analfabeto é tão burro que se
orgulha e estufa o peito, dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil
que, de sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado,
o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”
Bertold Brecht
Resistência Elétrica 71

6.6. RESISTORES
Resistor é um componente físico que possui a propriedade denominada de resistência
elétrica e que se destina especificamente a introduzir uma quantidade desejada dessa propriedade
num circuito elétrico.
Considera-se um componente
como resistor (simbologia ao lado)
quando ele transforma a energia elétrica
consumida, integralmente, em calor.
a) Especificações dos resistores
Os resistores têm três importantes especificações: resistência ( ), tolerância (porcentagem)
e potência (watts - W). Pelo simples exame visual do resistor é possível descobrir estas
especificações.
Resistência: nos resistores de fio os valores estão normalmente inscritos no corpo do
componente; nos de carvão, o valor é identificado por um código de cores.
Tolerância: A resistência raramente é um valor exato indicado no resistor. Seria
extremamente difícil e caro fabricar resistores praticamente com o valor marcado. Por essa
razão, os resistores possuem uma especificação de tolerância. Por exemplo, um resistor de l00
pode ter uma tolerância de l0%. Dez por cento de l00 é l0. Portanto, o valor real do resistor pode
ser qualquer um entre 90 (l00 – 10) e 110 (100 + l0). Tolerâncias de 5% l0% e 20% são
comums para resistores de carvão. Resistores de precisão têm tolerância de 2%, 1% ou ainda
menor. Geralmente, quanto menor a tolerância, maior o custo do resistor.
- Potência: A especificação de potência se refere ao 1/8W
valor máximo de potência (medida em watt) ou calor que o
resistor pode dissipar sem queimar-se ou alterar seu valor. 1/4W
Quanto maior o tamanho físico do resistor, maior potência ele
1/2W
pode dissipar. Os resistores de carvão, em geral, possuem baixas
especificações de potência; são comuns especificações de 2,5W,
1W
2W, 1W, l/2W, l/4W e l/8W.
Os resistores de fio podem suportar potências muito
2,5W
maiores, como por exemplo, 5W, 7W, 10W, 25W, 50W, etc.
Resistor de carvão
b) Código de cores para resistores de carvão
No corpo dos resistores de carvão são pintados anéis coloridos que obedecem a uma
codificação (tabela a seguir). O código de cores é
constituído, normalmente, de quatro anéis coloridos,
sendo que os três primeiros indicam o valor da
resistência do resistor, enquanto que o quarto anel
indica a tolerância do resistor. 1º anel
(1º algarismo) 4º anel
A ordem dos anéis, tem como referência o 2º anel (tolerância)
anel 1, o mais próximo de um dos terminais do (2º algarismo) 3º anel
resistor, sendo este anel o primeiro, conforme
(multiplicador)
ilustração acima. Cada cor tem um valor que
depende do anel em que está, segundo a tabela a
seguir. Na ausência do quarto anel, a tolerância será de 20%.

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72 Resistência Elétrica

COR 1ª faixa 2ª faixa 3ª faixa 4ª faixa


PRETO -- 0 x1 --
1
MARROM 1 1 x10 1%
VERMELHO 2 2 x102 2%
LARANJA 3 3 x103 --
AMARELO 4 4 x104 --
VERDE 5 5 x105 --
AZUL 6 6 x106 --
VIOLETA 7 7 x107 --
CINZA 8 8 -- --
BRANCO 9 9 --- --
PRATA -- -- x10-2 10%
-1
OURO -- -- x10 5%
Como usar esse código? Vamos supor que temos um resistor cujas cores, na ordem sejam
amarelo, violeta, vermelho e ouro. Os dois primeiros anéis fornecem os dois primeiros algarismos
que formam a resistência do componente.
No nosso caso, temos:
AMARELO = 4 ; VIOLETA = 7 FORMANDO = 47
O terceiro anel nos dá o fator de multiplicação ou numero de zeros.
No caso, o vermelho indica que devemos acrescentar dois zeros (00) ou multiplicar por
100 .
Juntando, temos : 4700 = 4700 ou 4K7 que é o valor do resistor.
Como o quarto anel é o ouro, a tolerância do resistor será de 5%.
Isto significa que o resistor pode ter um valor entre 4465 (4700 – 235 ) e 4935 (4700+235),
pois 5% de 4700 é igual a 235.
Existem resistores com cinco anéis coloridos, sendo
que a única diferença do código citado anteriormente é que, o
terceiro anel representa o 3º algarismo. O quarto e o último
representam, respectivamente, o multiplicador e a tolerância. 1º anel 5º anel
(1º algarismo) (tolerância)
Estes resistores são de maior precisão (2% e 1 %). 2º anel 4º anel
(2º algarismo) (multiplicador)
Supondo que temos um resistor cujas cores, na 3º anel
ordem sejam laranja, amarelo, cinza, preto e marrom, (3º algarismo)
teríamos, então, um resistor de 348 (1%).
Série comercial de resistores
Os resistores são fabricados de acordo com a porcentagem de tolerância, de tal modo que
seus valores cubram todos os valores previstos pela porcentagem, sem necessidade de se fazerem
valores individuais. Como exemplo, citamos a tabela abaixo, onde mostramos os valores existentes
na série E24.

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Resistência Elétrica 73

SÉRIE E24 - 5% - UNIDADE EM OHMS


1.0 10 100 1.0K 10K 100K 1.0M 10M
1.1 11 110 1.1K 11K 110K 1.1M 11M
1.2 12 120 1.2K 12K 120K 1.2M 12M
1.3 13 130 1.3K 13K 130K 1.3M 13M
1.5 15 150 1.5K 15K 150K 1.5M 15M
1.6 16 160 1.6K 16K 160K 1.6M 16M
1.8 18 180 1.8K 18K 180K 1.8M 18M
2.0 20 200 2.0K 20K 200K 2.0M 20M
2.2 22 220 2.2K 22K 220K 2.2M 22M
2.4 24 240 2.4K 24K 240K 2.4M
2.7 27 270 2.7K 27K 270K 2.7M
3.0 30 300 3.0K 30K 300K 3.0M
3.3 33 330 3.3K 33K 330K 3.3M
3.6 36 360 3.6K 36K 360K 3.6M
3.9 39 390 3.9K 39K 390K 3.9M
4.3 43 430 4.3K 43K 430K 4.3M
4.7 47 470 4.7K 47K 470K 4.7M
5.1 51 510 5.1K 51K 510K 5.1M
5.6 56 560 5.6K 56K 560K 5.6M
6.2 62 620 6.2K 62K 620K 6.2M
6.8 68 680 6.8K 68K 680K 6.8M
7.5 75 750 7.5K 75K 750K 7.5M
8.2 82 820 8.2K 82K 820K 8.2M
9.1 91 910 9.1K 91K 910K 9.1M

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74 Resistência Elétrica

c) Alguns tipos de resistores


Camada protetora
c.l. Quanto ao material isolante

1º) carvão
Os resistores de carvão, carbono ou grafite como também
são conhecidos, são facilmente identificados, pois em seu corpo Carbono
são pintadas faixas coloridas que obedecem a um código de cores.
Num tubo de porcelana é depositada uma fina camada de grafite Terminais
cuja espessura e largura (ela forma um espiral) determina a
resistência que o resistor terá.
A grafite apresenta uma resistividade considerável, de modo que podemos obter com certa
facilidade resistências numa faixa muito grande de valores. Podemos encontrar resistores com
valores que podem variar de l0 , ou menos, a mais de 20M . Sobre a capa de grafite existe uma
tinta protetora que impede que elementos externos possam influir na resistência.
2º) fio
Como sabemos o cobre apresenta uma resistividade
(como qualquer outro material). Se enrolarmos uma pedaço de
fio de cobre num corpo não condutor (figura ao lado) teremos
um componente com uma resistência determinada. O processo
utilizado para produzir os resistores de fio é um pouco mais
sofisticado, mas a idéia básica é a mesma.
O fio geralmente usado é uma liga de níquel e cromo chamada nicromo, que tem a
resistividade muito maior do que a do cobre. O corpo que serve de suporte é normalmente um tubo
de cerâmica. Depois, são acrescentados terminais condutores e todo resistor é coberto com uma
camada protetora. A faixa de valores de resistência pode variar de menos de l a vários milhares de
ohms. A técnica de fio é também utilizada para produzir resistores de valor preciso. Tais resistores
de precisão são muito requisitados em circuitos medidores.

c.2. Quanto ao funcionamento


1º) fixos
Como o próprio nome está dizendo, são resistores que apresentam um valor fixo de
resistência.
2º) ajustáveis
São resistores cuja resistência elétrica pode ser cursor
ajustada dentro da faixa nominal do mesmo. Uma vez
ajustado, sua resistência deverá permanecer fixa.
- De fio: Esse resistor possui um contato cuja
posição pode ser alterada, pois é fixado com um parafuso
permitindo o ajuste do valor da resistência desejada.
A dependência da resistência de um fio com seu
comprimento resulta numa aplicação importante em um resistor de resistência ajustável,
denominado reostato. Com o reostato é possível variar a resistência de um circuito e, assim, torna-
se possível aumentar ou diminuir a corrente neste circuito.

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Resistência Elétrica 75

Observe, agora, o circuito ao lado, onde + -


apresentamos um tipo muito comum de reostato, constituído
por um comprido fio AC, de resistência apreciável e um I
cursor B, que pode ser deslocado ao longo deste fio, I
estabelecendo contato em qualquer ponto entre A e C.
B
Observe que a corrente que sai de um dos pólos da bateria
A C
percorre o trecho AB do reostato, prosseguindo através do
cursor até o outro pólo da bateria. Não há corrente passando no trecho BC, pois estando o circuito
interrompido em C, a corrente não poderá prosseguir através deste trecho.

PROBLEMA RESOLVIDO
A bateria do circuito anterior estabelece entre os pontos A e B uma tensão constante de
l2V. Suponha que o resistor AC do reostato seja constituído por um fio uniforme, cuja resistência
total é RAC = 100 . Determine a corrente no circuito para as seguintes posições do cursor:
a) no ponto médio do fio AC;
No ponto médio, teremos RAC/2, então R = l00 /2 = 50 .
VAB 12V
Como se sabe I = ; então I = I 0,24A
R 50
b) na extremidade C do resistor.
Neste caso R = RAC = l00
VAB 12V
Como I = , então, I = I 0, 12A
R 100

Uma outra aplicação do reostato é a sua utilização como


um divisor de tensão. Ao lado, podemos controlar qualquer fração
da tensão total da bateria até zero, movimentando o contato Ap

deslizante para baixo, ou seja, dessa forma podemos alterar o


funcionamento do aparelho representado no desenho.

- De carvão (trim-pot): São resistores que possuem um


cursor, e este pode ser movido por meio de um botão plástico, ou
ainda por meio de uma chave de fenda introduzida numa abertura
que tem a finalidade de ajustar a resistência desejada. Nos trim-pot o
terminal central corresponde ao cursor. Esse cursor se movimenta
sobre uma trilha de grafite. Conforme a posição dele podemos ter
uma resistência diferente entre ele e um dos extremos.
A trilha de grafite apresenta uma certa resistência fixa de ponta a ponta,
que da o valor nominal do trim-pot e que também possui as suas séries comerciais.
São resistores cuja resistência pode ser ajustada dentro da faixa nominal do mesmo.
Geralmente, uma vez ajustado, sua resistência deverá permanecer fixa.
símbolo

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76 Resistência Elétrica

3º) variáveis (potenciômetros)


São resistores com três terminais, cuja resistência depende 1
3
da ação externa. Na figura ao lado vemos o aspecto de um
2
potenciômetro comum e seu símbolo. Tem-se um elemento de grafite
(ou enrolamento de fio) que, apresenta certa resistência Terminal do cursor
de extremo a extremo, e que dá o valor do componente, Terminais
sobre o qual corre um cursor acionado por um eixo. extremos
Girando este cursor, podemos variar a resistência entre
zero e um valor máximo. Os potenciômetros são usados Película resistiva ou
Cursor enrolamento de fio
quando precisamos alterar o valor da resistência
móvel Eixo
oferecida a passagem da corrente num circuito. No caso
de desejarmos alterar a resistência à qualquer momento,
de uma maneira acessível, usamos um potenciômetro. No caso da alteração da resistência, mas algo
eventual, um possível ajuste num multímetro por exemplo, é mais recomendável um trimpot.
Existem potenciômetros miniatura, que são usados em aparelhos de pequeno porte (rádios
transistorizados, gravadores, etc.) e também potenciômetros de fio que em lugar da trilha de grafite
possuem uma trilha de nicromo enrolado em espiral, permitindo assim trabalhar com correntes
maiores (potenciômetros maiores).
Potenciômetros lineares e logarítmicos
Suponhamos que um potenciômetro tenha uma trilha que R
permita um movimento de 270 graus. A cada grau do movimento Máx

corresponderá uma parcela da resistência total do componente. Se


colocarmos esta variação num gráfico podemos obter dois tipos de POT.
LIN
curvas diferentes, mostradas a seguir. No primeiro caso, a variação da
resistência se faz numa proporção direta ao giro, ou seja, temos uma Ângulo

variação “linear” da resistência. Este é um potenciômetro linear ou Máx

abreviadamente lin. Estes potenciômetros são muito empregados em


circuitos de controle de brilho, de contraste e de cor em TV. R
Máx
No segundo caso, temos um potenciômetro em que no inicio
do movimento, ou seja, no começo da trilha a variação da resistência POT.
é mais suave do que no meio. Este potenciômetro segue uma curva LOG
logarítmica (log) e tem aplicação principalmente nos controles de Ângulo
volume. Isso ocorre porque a sensibilidade do ouvido é maior nos Máx
sons mais fracos, exigindo, assim uma variação mais suave.
d) Resistores não lineares
d.1. LUMISTOR: LDR (light dependent resistors) - Resistor que depende da luz
Os resistores LDR (também chamados de
fotoresistores) possuem um comportamento condicionado
pela luz incidente sobre eles. Apresentam uma resistência
elevada no escuro e, quando expostos à luz, tem sua
condutividade aumentada, isto é, oferecem baixa
resistência elétrica sob iluminação. Ao lado, temos o
símbolo e o aspecto fisico de um LDR. Neste componente
identificamos uma superfície sensível formada por dois elementos condutores separados por uma
substância foto-sensível. Os elementos condutores são conectados a dois terminais por meio dos
quais se faz a ligação do componente a um circuito externo.

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Resistência Elétrica 77

O material básico na fabricação do LDR é o sulfato de cádmio. Convenientemente tratado,


esse material possui poucos elétrons livres, se submetidos à completa escuridão. Mas, se permitido
que ele absorva luz, há liberação de alguns elétrons, o que faz aumentar sua condutividade. Isso
acontece apenas no limite de tempo em que há incidência de luz; se esta deixa de existir, os elétrons
são recapturados e o material volta a apresentar a alta resistência que tem originalmente, próxima a
de um isolante.
Alguns LDR encontrados no mercado têm resistência elétrica da ordem de 1M no escuro,
que pode cair a algumas centenas de ohms ou menos, sob a luz. Os LDR podem ser utilizados em
diversos dispositivos práticos como fotômetros, alarmes, controle automático de brilho em TV, etc.
No circuito dado, temos um pequeno resistor cuja função é
comandar os contatos da chave ch, os quais ficam abertos somente
R Ch
quando o resistor aquece consideravelmente, ou seja o calor
proveniente do resistor provoca uma dilatação num dos terminais, 220 V
deslocando-o e abrindo o circuito da lâmpada. Enquanto houver
incidência de luz (durante o dia) o LDR possui uma resistência
baixa.
Assim, circula pelo resistor uma corrente de valor tal que
origine no resistor uma certa dissipação de potência. Este calor no resistor é o suficiente para dilatar
um dos contatos da chave, de modo que o circuito da lâmpada fique aberto. Quando diminuir a luz
(entrada da noite) o LDR terá sua resistência aumentada e, consequentemente, teremos uma
corrente de menor intensidade, a qual não terá condições de produzir no resistor a dissipação de
potência suficiente para abrir os contatos da chave. Assim sendo, o circuito lâmpada ficará fechado,
ocasionando o acendimento da referida lâmpada.
d.2. TERMISTOR
Os termistores são resistores não lineares, cujas propriedades elétricas são tais que a
temperatura ambiente influi no seu comportamento, ou seja, sua resistência varia com a variarão da
temperatura. Em muitos circuitos eletrônicos de funcionamento crítico é exigido um controle
apurado de parâmetros como a temperatura. Para isso, é necessário detectar as variações térmicas e
compensá-las, ou proteger o circuito de alguma forma. Os termistores constituem a solução para
muitos desses casos.
Esses resistores são classificados conforme o comportamento que apresentam, como
termistores NTC (Negative Temperature Coefficient) ou PTC (Positive Temperature Coefficient).
* NTC - Os termistores NTC são resistores de coeficiente térmico
altamente negativo, o que significa que sua resistência diminui quando
aumenta a temperatura . São feitos a partir de óxidos metálicos de elementos
-tº
como o ferro, cromo, manganês, cobalto e níquel.
De alta resistividade no estado puro, essas substâncias são transformadas em
semicondutores pela mistura de impurezas que possuem valência diferente da valência do material
básico. Dessa maneira, ficam apenas fracamente ligadas e podem libertar íons com facilidade, se a
temperatura for elevada, aumentando a condutividade (eqüivale a diminuir a resistividade) do
material
Dentre as aplicações práticas dos NTC citamos sua utilização como elemento básico dos
termômetros eletrônicos; na estabilização do funcionamento de determinados circuitos sensíveis a
temperatura, etc.

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78 Resistência Elétrica

No desenho dado, temos um NTC que está ligado em


série com um motor de ventilador. Admita que o NTC esteja
posicionado bem próximo de um dissipador de calor, o qual
está fora da corrente de ar direta do ventilador. Este sistema de
refrigeração de circuitos eletrônicos através da circulação
-tº M

forçada de uma corrente de ar pode ser efetivamente controlada


e regulada através da inserção de um NTC em série (no mesmo
percurso elétrico) com o ventilador. O alto valor ôhmico destes
componentes a baixas temperaturas limita a corrente através do conjunto e, consequentemente, a
velocidade do ventilador.
Qualquer elevação de temperatura resultará numa redução no valor da resistência,
aumentando o valor da intensidade da corrente elétrica, que por sua vez provocará um aumento na
velocidade do ventilador, ocasionando um maior efeito na refrigeração. Sendo assim, podemos
considerar o sistema como auto-regulável.
* PTC - São termistores que possuem um coeficiente térmico de Símbolo
resistência altamente positivo, o que significa que sua resistência aumenta
quando aumenta a temperatura. Eles diferem dos NTC em dois aspectos
fundamentais: o coeficiente de temperatura de um PTC é positivo apenas
dentro de certas faixa de temperatura, fora dessa limitação o coeficiente é +tº
negativo ou nulo e o valor absoluto do coeficiente térmico dos PTC normalmente é bem maior que
o dos NTC.
É notável, ainda que dentro de sua faixa de operação térmica eles podem apresentar
variação na resistência ao nível de varias potências de dez. Essa acentuada mudança resulta de sua
construção característica, que se vale da semicondutividade e da ferroeletricidade do titanato
cerâmico.
Na fabricação dos PTC são utilizadas soluções sólidas desse material, dopadas com outros
óxidos de titânio, estrôncio e outros materiais cuja composição produz as características elétricas
desejadas.
Os PTC são empregados como limitadores de corrente, sensores de temperatura e
protetores contra sobreaquecimento em equipamentos tais como motores elétricos. Também
encontram aplicação como termostatos, desmagnetização de tubos de TV em cores, etc..
No circuito ao lado, temos um termistor com coeficiente de
temperatura positivo (PTC) ligado em série com uma fonte de CA e
uma bobina. Esta bobina tem a função de desmagnetizar um
0
determinado circuito de uma televisão, circuito este que em função de +t
uma magnetização sofrida, provocou a alteração das cores da TV. Esta
magnetização pode ocorrer se, por exemplo, colocarmos ímãs
poderosos de alto-falantes nas proximidades do televisor. Consegue-se
compensar esta interferência magnética com a aplicação de uma corrente alternada decrescente na
bobina, decrescimento este que deve ocorrer num certo tempo específico (120ms). Quando o
aparelho é ligado, o PTC está frio e, portanto, com baixa resistência, provocando uma corrente de
elevada intensidade através da bobina desmagnetizadora. À medida que a temperatura e, portanto, a
resistência do termistor aumentam, a corrente e o campo magnético diminuem. A temperatura do
PTC estabiliza-se após alguns minutos, deixando fluir apenas uma pequena corrente através da
bobina.

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82 Lei de Ohm

7. LEI DE OHM
7.1. ENUNCIADO
Considere que, no condutor ao lado, está sendo
aplicada uma tensão (Vab), estabelecendo no mesmo uma
corrente elétrica (I ). Variando o valor da tensão aplicada ao
condutor, verificamos que a corrente que passa por ele também
se modifica. Por exemplo:
- uma tensão VABl provoca uma corrente I1;
- uma tensão VAB2 provoca uma corrente I2;
- uma tensão VAB3 provoca uma corrente I3, etc.
O cientista alemão Georg Simon Ohm, no século passado, realizou várias experiências,
medindo estas tensões e as correntes correspondentes em diversos condutores feitos de substâncias
diferentes. Verificou então que, para muitos materiais, principalmente os metais, a relação entre a
tensão e a corrente mantinha-se constante.
VAB1 VAB 2 VAB 3 VAB
constante
I1 I2 I3 I
Como VAB/I representa o valor da resistência R do condutor, Ohm concluiu que, naqueles
condutores, tinha-se R = constante.
Daí podemos dizer que:
R = VAB/I VAB = I . R I = VAB/R
A “Lei de Ohm” pode ser sistematizada da seguinte maneira:
“PARA UM GRANDE NÚMERO DE CONDUTORES, MANTIDOS A UMA MESMA
TEMPERATURA, O VALOR DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA PERMANECE
CONSTANTE, NÃO DEPENDENDO DO VALOR DA TENSÃO APLICADA.”

7.2. CONDUTORES ÔHMICOS (RESISTÊNCIA LINEAR)


São os condutores que obedecem à Lei de Ohm, ou seja, o valor de suas resistências serão
sempre os mesmos, independentemente do valor de tensão aplicado.
Uma resistência linear (resistência ôhmica) é aquela que
V
apresenta uma característica volt/ampère representada por uma linha
reta, como exemplificado pelas linhas a e b da figura ao lado. Em a
uma resistência linear, cada unidade de variação de tensão provoca
uma unidade de variação de corrente. Isto significa que dobrando a b
tensão dobraríamos, por exemplo, a corrente; triplicando a tensão
triplicaríamos a corrente; dividindo a tensão por dois dividiríamos a
corrente por dois. Por definição, sabemos que a razão entre a tensão e 0 I
a corrente é igual a resistência e que essa é constante para toda faixa
de valores, suficiente para as aplicações práticas, de maneira que podemos considerá-los como
sendo lineares.

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Lei de Ohm 83

Exemplo:
Um fio condutor foi submetido a diversas V (V)
AB 5 10 15 20
tensões. Medindo-se os valores destas tensões e das
correntes estabelecidas no condutor, obteve-se a I(A) 0,2 0,4 0,6 0,8
tabela ao lado. Utilizando os dados desta tabela, obtemos o gráfico mostrado abaixo, onde se
percebe que o condutor possui uma resistência constante de 25 (R=VAB/I).

7.3. CONDUTORES NÃO ÔHMICOS (RESISTÊNCIA NÃO-LINEAR)


São aqueles que não obedecem à Lei de Ohm, ou seja, o valor de
suas resistências varia conforme a tensão aplicada. Apresentamos, ao lado,
um gráfico que nos mostra duas formas possíveis de condutores não
ôhmicos.
Uma resistência não linear (resistência não-ôhmica) é aquela que
apresenta uma característica volt/ampère curvada, como mostrado pelas
curvas 1 e 2 na figura dada. Em uma resistência não linear uma mesma
variação na tensão produz diferentes variações na corrente. Em outras
palavras, a razão tensão/corrente não é constante, ou seja, essa resistência pode ter vários valores
diferentes.
Os resistores não lineares, então, são dispositivos que apresentam uma mudança notável
em sua característica de resistência elétrica, quando submetidos à ação de variáveis como a luz,
temperatura ou tensão. Esse comportamento pode ocorrer de maneira brusca e a resposta oferecida
pode acontecer em sentido inverso ao da variável aplicada para mudar as características do resistor.
Exemplo:
Para um determinaado resistor, obtivemos o gráfico
(VAB x I) mostrado ao lado. O gráfico representa o
comportamento de um condutor não ôhmico, pois se obtém
uma linha curva. A expressão R=V AB/I é válida também para
este tipo de condutor, porém, para cada valor de tensão,
teremos um novo valor para R. Podemos comprovar o descrito
acima, através do cálculo de R, para os valores de tensão igual
a 10V e l5V.
VAB1 l0V
R R 100
I1 0,1A
VAB 2 l5V
R R 75
I2 0,2A

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84 Lei de Ohm

VARISTOR (Resistor dependente da tensão)


O varistor é um resistor não ôhmico, pois a sua resistência elétrica varia em função da
variação da tensão sobre ele. Esse resistor é também conhecido como VDR, abreviatura do termo
Voltage Dependent Resistors. Quanto a construção, são feitos de materiais tais como carboneto de
silício, óxido de zinco ou óxido de titânio.
A necessidade de proteção de equipamentos e
dispositivos contra variações de tensão determina um grande
campo de aplicação para os varistores. Esses resistores têm
como principal característica a “redução no valor de sua
resistência elétrica, quando submetidos a uma tensão elétrica
crescente”, conforme gráfico ao lado.

Tal comportamento é interessante principalmente como recurso para proteger circuitos


com elementos semicondutores, que são muito sensíveis a sobrecargas de
tensão. Como a tendência dos aparelhos eletroeletrônicos é para a Símbolo

miniaturização e uso cada vez maior desses componentes (hoje praticamente


qualquer equipamento contém semicondutores) a demanda de varistores amplia-
se cada vez mais.
A especificação de potência máxima do VDR é muito importante. A tensão aplicada ao
VDR não pode ultrapassar um determinado valor, a fim de que não ultrapasse o valor máximo de
potência. A implicação disso é ainda maior porque, como o varistor tem coeficiente térmico
negativo, com maior dissipação (se a temperatura for elevada) a resistência irá diminuir e a potência
dissipada aumentará ainda mais. Podemos citar como exemplo de dispositivos que podem ser
protegidos pelos VDR as pontes retificadoras, impressoras, termostatos, microcomputadores,
motores e projetores.

No circuito ao lado, temos uma fonte de CC de 200V e 1K


resistência interna de 1k que fornece uma tensão V1 a uma V1
carga consumidora. A tensão nos terminais da carga é calculada 200 V

fazendo-se V1=200-1k.I . Agora, se ocorrer uma variação de


tensão de 800V, o resultado seria uma tensão nominal de 1000V.
Uma carga de alta resistência colocada na saída registrará quase que totalmente o aumento
de 800V, o que pode danificar o dispositivo ligado. Se, entretanto, um varistor fosse conectado para
proteger o circuito, a variação de tensão seria bem menor. Quando ocorrer essa sobrecarga, a
resistência do VDR irá diminuir, ocasionando um aumento substancial da corrente no circuito.
Conseqüentemente, também teremos um aumento substancial da queda de tensão sobre a resistência
interna da fonte.
Portanto, a sobrecarga sofre o desconto dessa queda, reduzindo-se a tensão que aparece nos
terminais de saída. Como o VDR é conectado em série (no mesmo caminho elétrico), a relação do
divisor de tensão que se forma com a resistência interna da fonte muda com a variação da tensão de
entrada. Utilizando-se um VDR podemos, por exemplo, reter a tensão de saída em torno de 300V.

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Lei de Ohm 85

QUESTÕES PROPOSTAS
1- Se um resistor ôhmico for substituído por outro resistor, também ôhmico, de resistência três
vezes maior, e que esteja submetido a mesma diferença de potencial, obteremos, em
correspondência uma corrente elétrica de intensidade:
a) três vezes maior.
b) seis vezes menor.
c) três vezes menor.
d) nove vezes menor.

2- De acordo com os esquemas abaixo, identifique os instrumentos 1, 2 e 3.

R
3
1
R

3- Enuncie, com suas palavras, a Lei de Ohm.

4- A relação VAB = I . R pode ser usada para um material que não obedece à Lei de Ohm?
Justifique.

5- O valor da resistência elétrica de um condutor ôhmico não varia se mudamos somente:


a) o material de que ele é feito.
b) a área de sua seção transversal.
c) a tensão a que ele é submetido.
d) o seu diâmetro.
e) o seu comprimento.

6- Para um certo condutor, mantido a temperatura constante, obtivemos o gráfico abaixo (V AB x I).
Considere, agora, as três afirmativas abaixo, cada uma das quais pode estar certa ou errada.
Leia-as com atenção e assinale a alternativa correta:
I) A resistência desse condutor é constante e independente da tensão.
II) A resistência desse condutor aumenta com o aumento da tensão.
III) A resistência desse condutor diminui com o aumento da tensão.

a) só a afirmativa I está correta.


b) só a afirmativa II está correta.
c) as afirmativas I e II estão corretas.
d) só a afirmativa III está correta.
e) nenhuma das afirmativas está correta.

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86 Lei de Ohm

7- De acordo com o gráfico de Rl e R2 ao lado, diga qual o VAB


resistor que tem maior resistência? Justifique.
R1
R2

0 I

8- No gráfico ao lado, temos a representação do VAB(V)


comportamento de dois condutores. Eles são 1
ôhmicos ou não-ôhmicos? Existe alguma diferença 2
entre eles? Justifique. (forneça valores arbitrários
para a tensão e corrente de modo a realizar a referida
análise)
0 I(A)

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Lei de Ohm 87

PROBLEMAS PROPOSTOS
1- Quando um dado resistor ôhmico é ligado a uma bateria que lhe aplique uma tensão de 6V,
verifica-se que ele é percorrido por uma corrente de 2A.
a) Qual a resistência elétrica deste resistor?
b) Se este resistor for ligado a uma pilha, que lhe aplica uma tensão de 1,5V, qual será a
corrente que o percorre?
c) Quando este resistor é ligado a uma certa bateria, uma corrente de 1,5A passa por ele. Qual
é a tensão que esta bateria aplica sobre o resistor?

2- Entre os pontos A e B da tomada mostrada no esquema ao lado A B

é mantida uma tensão de 120V. Calcule a corrente que passa na


lâmpada para as seguintes posições do cursor do reostato: I

a) cursor em C.
b) cursor no meio de CD.
c) cursor em D. 200
C 200 D

3- O gráfico ao lado, mostra como varia a corrente


elétrica que passa por um resistor, em função da
tensão aplicada a ele. Determine o valor da
resistência elétrica desse resistor.

4- Observando a tabela abaixo, determine quais são os resistores ôhmicos e quais são os não
ôhmicos e construa os gráficos (VAB x I) para cada resistor.

Resistor l Resistor 2 Resistor 3


VAB (V) I (A) VAB (V) I (A) VAB (V) I (A)
0 0 0 0 0 0
10 2 3 5 30 10
20 4 6 10 70 20
30 6 9 l5 120 30
40 8 l2 20 200 40

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Circuitos Elétricos 103

9. CIRCUITOS ELÉTRICOS DE CC
9.1. CIRCUITO ELÉTRICO SIMPLES
Um circuito elétrico é formado de, no mínimo, 3 componentes, ou seja, um componente
que cria e mantém uma tensão (fonte); um outro que irá consumir a energia fornecida pela fonte
(resistor ou lâmpada) e um componente que irá interligar a fonte e a lâmpada (condutores).

Condutor

Lâmpada
G
E +
R
A - V L
D
O I I
R

No circuito acima, verificamos que a lâmpada irá permanecer sempre acesa, consumindo
energia elétrica permanentemente. Para evitarmos que ocorra o referido consumo, podemos
introduzir no circuito (desenho abaixo) um elemento que serve para abrir ou fechar (chave
interruptora) o mesmo.

-
V L
+
taNt aNt aNt aN

Ch
circuito aberto
chave aberta

Podemos acrescentar ainda um outro elemento ao circuito, que terá


como objetivo, efetuar a proteção contra aumentos indesejáveis de corrente. -
Este elemento é o “fusível” (F), que deve ser ligado em série com o + L
I
circuito. Dessa forma, o nosso circuito já se apresenta em condições muito
boas, pois temos uma fonte, uma chave, um fusível, uma lâmpada e fios
condutores. F

Curto-circuito

Ao lado, percebemos que a corrente sai por um dos


terminais da fonte, percorre o fio condutor de resistência elétrica
desprezível e penetra pelo outro terminal. Ela percorre o circuito sem ~
R=0
passar por nenhum aparelho ou instrumento que tenha alguma
resistência considerável. Quando isto ocorre, dizemos que há um
curto-circuito. O mesmo acontece, por exemplo, quando os pólos de Icc
uma bateria são unidos por uma chave de fenda, ou quando dois fios
desencapados se tocam, conforme desenhos a seguir.

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104 Circuitos Elétricos

Quando ocorre um curto-circuito, a resistência elétrica do trecho percorrido pela corrente é


muito pequena (lembre-se de que a resistência elétrica dos fios de ligação é, praticamente,
desprezível). Assim, pela relação I=V/R, se V é constante (ddp da pilha ou bateria) e R tende a zero,
então, necessariamente, I assume valores relativamente elevados e é chamada de corrente de curto-
circuito.
Em resumo: curto-circuito

V=I.R

tende a zero
valores elevados
constante

Com o aumento da intensidade da corrente, ocorre também o aumento da temperatura


(efeito Joule). Assim, o circuito em “curto” pode-se aquecer exageradamente e dar início a um
incêndio. Para evitar que isto aconteça, os fusíveis do circuito devem estar em boas condições para
que, tão logo a temperatura do trecho “em curto” se eleve, o fusível se funda e interrompa a
passagem da corrente.
Na primeira montagem ao lado, a lâmpada tem um
determinado brilho. Mas, ao conectarmos com o resistor um fio
de resistência desprezível, como se verifica no segundo
desenho, a corrente elétrica se desvia por ele. Nesse caso, o
resistor está em curto-circuito (c/c) e, consequentemente, a
resistência do circuito diminui e a corrente atinge valores
elevados, fazendo com que o brilho da lâmpada seja exagerado.

Nas últimas décadas, as dimensões de alguns circuitos e


componentes, chegaram a reduzir-se um milhão de vezes. O pequeno chip
abaixo, contém mais de dois milhões de componentes (resistores, diodos,
capacitores, etc.), os quais são construídos simultaneamente num único
processo, sobre uma fina camada de silício. A placa passa por um tratamento
químico onde é eliminada de sua superfície as áreas que não fazem parte do
circuito. O primeiro computador, feito em 1946, ocupava 100m3 e absorvia
mais de 100kW de potência. Hoje, além de caber numa mesa pequena, absorve
quase a mesma potência que uma lâmpada comum (100W).

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Circuitos Elétricos 105

9.2. CIRCUITO ELÉTRICO SÉRIE


Numa associação série, os resistores ficam posicionados um após o outro, sendo
percorridos pela mesma corrente, conforme exemplos a seguir.

A C A C A C D
R1 R1 R1 R2
I I I

VAB VAB R2
VAB
R2

D R3
R3 R3
B D B B

Um circuito série de resistores apresenta as seguintes características:


lª) No circuito série, os componentes são dependentes
C D B
entre si, ou seja, para que o circuito funcione A
perfeitamente, todos os elementos devem estar em L1 L2 L3
boas condições de funcionamento. No caso de
lâmpadas, se uma queima (o filamento rompe) as
outras irão apagar, pois o circuito ficará aberto.
I
220V

2ª) Num circuito série, a resistência total (Rt) é determinada através da soma das resistências do
circuito. No circuito abaixo, temos:
Rt = Rl + R2 Rt = 4 + 5 Rt 9
3ª) Quando tivermos um ponto onde se encontram três ou mais condutores, chamaremos este
ponto de nó elétrico, sendo que neste ponto haverá divisão de corrente. Como no circuito série
não existem nós elétricos, podemos concluir que a intensidade da corrente é a mesma em todos
os pontos do circuito. Nota-se que no circuito série existe uma única trajetória elétrica, ou seja,
um único caminho eletricamente fechado. Este caminho é denominado de malha elétrica.
Conclui-se que, no circuito série existe apenas 1 (uma) malha. Pela relação que define
resistência elétrica, verificamos que o valor da intensidade da corrente que percorre o circuito
dependerá da tensão aplicada ao mesmo e da resistência total que o circuito oferece.
VAB 9V
I 1A A
Rt 9
4ª) No circuito série, a tensão aplicada ao circuito divide-se,
proporcionalmente, sobre os resistores associados, em função de suas
resistências, ou seja, o resistor de maior resistência fica submetido à R1
uma maior tensão. Como vimos, os dois resistores do circuito são 9V
percorridos pela mesma corrente. Como os resistores têm resistências I C
diferentes, aparecerão sobre eles tensões diferentes. R2

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106 Circuitos Elétricos

Isto pode ser comprovado através da equação V = I . R.

VAC = I x Rl = 1A x 4 VAC 4V

VCB = I x R2 = 1A x 5 VCB 5V

VAB= VAC + VCB= 4V + 5V VAB 9V

Assim sendo, a tensão aplicada ao circuito divide-se sobre os resistores associados, ficando a
maior tensão sobre o resistor de maior valor.

5ª) Como a intensidade da corrente é a mesma em todos


os resistores e, sabendo-se que P= R x. I2, nota-se
que a dissipação de potência será maior no resistor
de maior resistência. Isto é facilmente observado
através da fórmula citada, pois a corrente é a mesma
nos resistores, bastando então, observar os valores
das resistências para se concluir sobre a dissipação
de potência. Nota-se também que, somando-se as
potências individuais de cada resistor, obtém-se o
valor da potência total dissipada pela associação.

Pl = Rl x I2 = 4 x 12 P1 4W
P2 = R2 x I2 = 5 x 12 P2 5W
Pt = Pl + P2 = 4 + 5 = 9W

Pt = VAB x I=9x1 Pt 9W
PROBLEMA RESOLVIDO
Dois resistores são ligados em série. Sabendo-se
que Rl = 47 , R2 = 33 e que a associação é alimentada
por uma fonte de 8V, determine as quedas de tensão (ddp)
sobre os resistores e a potência dissipada em cada um.
Como conhecemos os valores dos resistores do
circuito, podemos calcular a resistência total (Rt).
Rt = Rl + R2 = 47 + 33 Rt = 80Ω
Pela relação I = V/R calculamos a corrente do circuito.
I = VAB/Rt I=8V/80 I =0,1A I=100mA
De posse da corrente, podemos calcular as quedas de tensão.

V=IxR VAC = I x Rl = 0,1A x 47 VAC 4,7 V

VCB = I x R2 = 0,1A x 33 VCB 3,3 V

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Circuitos Elétricos 107

Sabendo-se as tensões e as correntes, podemos calcular o valor da potência dissipada em


cada resistor.
P=V.I Pl = VAC x I = 4,7V x 0,1A P1 0,47 W

P2 = VCB x I = 3,3V x 0,1A P2 0,33 W


Resumo das características do circuito série
Um componente depende do outro para que funcione o circuito.
A resistência total do circuito é obtida através da soma das resistências do circuito.
Os componentes são percorridos pela mesma corrente.
A tensão aplicada ao circuito divide-se proporcionalmente sobre os resistores associados.
A potência total dissipada pelo circuito é igual a soma das potências dissipadas em cada resistor.
Comprovação Prática
FONTE
Materiais utilizados: LABO
- Fonte LABO (0-20V);
- Multiteste;
47
- Resistores (47 ; 33 ).
R1 R2
Montagem
Executa-se a montagem conforme figura acima e aplica-
se, através da fonte, uma tensão de 8V. Comprovaremos
primeiro o valor da corrente através do circuito que é a mesma
ao longo do mesmo.
Para medirmos a corrente, utilizaremos o multiteste
como miliamperímetro, selecionando na escala de 250mA. Em
qualquer ponto que se introduza o medidor de corrente (em
série), o mesmo deverá indicar o valor de 100mA calculado,
No interior de um amperímetro existem fios condutores que devem ser percorridos pela
corrente elétrica, para que o aparelho indique o valor desta corrente. Estes fios apresentam uma
certa resistência elétrica, que é denominada resistência interna do amperímetro. Assim, ao
introduzirmos um amperímetro em um circuito (figura ao lado), sua resistência interna será
acrescentada à resistência do circuito. Para que a perturbação causada por esta introdução seja
desprezível, o amperímetro deve ser construído de tal modo que sua resistência interna seja a menor
possível. Portanto, um amperímetro ideal teria resistência interna nula.
Logo após, verificaremos os valores das quedas de
V1 V2
tensão, utilizando o multiteste como voltímetro (em
paralelo), na escala de 10V. O voltímetro V1 deverá indicar
4,7V e o V2 indicar 3,3V. Observe a polaridade correta dos A R1 R2 B
instrumentos. Compare a medição de V1 com V2 e justifique.

0,1A

8V

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108 Circuitos Elétricos

GALVANÔMETRO - VOLTÍMETRO
O instrumento básico, medidor de corrente, é denominado de galvanômetro. Ele é
constituído de um ímã permanente e de uma bobina (fios enrolados) acoplada a um ponteiro.
Quando circula corrente pela bobina, surge um campo magnético (efeito magnético da corrente
elétrica) que interage com o campo do ímã e, consequentemente, a bobina se movimenta,
deslocando pois, o ponteiro do medidor. Esta bobina é extremamente sensível, ou seja, o fio que a
constitui suporta apenas corrente e tensão, extremamente, baixas.
Vamos admitir, por exemplo, que a resistência interna de um galvanômetro seja de 2 e
que a corrente máxima que sua bobina suporta seja de 500 A. Conseqüentemente, deduz-se que a
tensão máxima que pode ser aplicada no instrumento vale 1mV (2 x500 A=1000 V=0,001V).
Este instrumento, de ponteiras A e B, pode ser utilizado para medir tensões (voltímetro escala
graduada em microvolts) de até 1000 V (1mV).

Vamos supor que desejássemos transformar o nosso galvanômetro num voltímetro de 5V


(5000 mV), ou seja, seu fundo de escala, em vez de 1mV (1000 V), seria de 5V. Isto seria possível
através da introdução de um resistor conectado em série (circuito divisor de tensão). Esse resistor
teria que originar uma queda de tensão de 4999mV, pois a bobina do instrumento admite, no
máximo 1mV. Assim, teríamos na bobina uma corrente de 0,5mA (mesma corrente no resistor em
série). Logo, podemos determinar o valor da resistência que deverá ter este resistor:
R = 4999mV / 0,5mA
R = 9998
Se for acrescentado, então, um resistor de 9998 em série com a bobina do galvanômetro,
cada vez que o ponteiro do medidor se deslocar até o fundo da escala (limite máximo), significa que
estamos efetuando a medição de uma tensão de 5V.

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Circuitos Elétricos 109

QUESTÕES PROPOSTAS
1- Um circuito é constituído de 3 resistores e os mesmos estão ligados em série. O que deverá
ocorrer com a corrente e a resistência total do circuito, se provocarmos um curto-circuito sobre
um dos resistores?

2- Um conjunto de oito lâmpadas ligadas em série ilumina uma


árvore de Natal. O que ocorrerá com o circuito se alguma das
lâmpadas queimar? Explique uma maneira simples de se
identificar qual é a lâmpada queimada.

3- Duas lâmpadas de resistências iguais, fabricadas para funcionar em 110V, poderão ser ligadas
em série, formando um circuito alimentado por 220V? Justifique.

4- Duas lâmpadas foram fabricadas para funcionarem, individualmente, numa rede de 220V, sendo
que a primeira teria uma potência maior do que a segunda. Considerando que elas foram ligadas
em série e que existe uma tensão de 220V entre as extremidades da associação, explique o que
irá ocorrer com cada uma das lâmpadas.

5- Um resistor de resistência R l que está conectado a uma fonte de tensão constante dissipa uma
potência Pl. Associando em série um outro resistor de resistência R2, o que acontecerá com o
valor da:
a) resistência total do circuito?
b) corrente que circula no circuito?
c) potência dissipada por Rl ?

6- Um circuito série é formado por uma fonte de tensão constante (12V) e duas lâmpadas iguais
(L1=L2).
a) considerando que em L1 passa 40mA, qual o valor da corrente em L2 ?
b) qual o valor da tensão em cada uma das lâmpadas?
c) considerando que uma terceira lâmpada L3 foi acrescentada em série com as demais, a
corrente em L1 será igual, maior ou menor do que 40mA?

7- Analise as afirmativas a seguir e coloque “V” se verdadeiras ou “F” se falsas.


a) ( ) Para diminuirmos a corrente que percorre um circuito podemos ligar em série com ele
um resistor.
b) ( ) Num chuveiro com a chave no inverno, poderíamos considerar como se fossem dois
resistores ligados em série e no verão seria apenas um único resistor percorrido por corrente.
c) ( ) Sempre ligamos o fusível em série com o circuito, de modo que, se ele queimar, o
circuito ficará aberto.
d) ( ) No circuito série, o resistor de maior resistência aquece mais.

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110 Circuitos Elétricos

PROBLEMAS PROPOSTOS
1- Um resistor de 4 e um de 2,5 são associados em série e, à associação, aplica-se uma tensão
de 19,5V. Qual é o valor da:
a) resistência total da associação ?
b) corrente que percorre o circuito ?
c) queda de tensão existente sobre cada resistor ?
d) potência dissipada em cada resistor ?

2- Um circuito série é constituído de 3 resistores Rl, R2 e R3, que valem, respectivamente, 2 , 4


e 6 . Sabe-se que a queda de tensão sobre R2 vale 10V. Determine a corrente que percorre o
circuito, as quedas de tensão sobre os resistores e as potências em cada resistor.

3- Ligam-se em série, três resistores com resistências elétricas, respectivamente, de 200 , 500 e
300 . Sendo a corrente no circuito 100mA, calcule a tensão aplicada à associação e a potência
total dissipada pela associação.

4- Três resistores são associados em série e o circuito é alimentado por 30V. Sabendo-se que a
potência total dissipada pelo circuito é 60W, e que Rl= 5 e R2 = 7 , determine as tensões nos
resistores o valor de R3.

5- No circuito elétrico ilustrado ao lado, a tensão da fonte vale C


25V, enquanto que as resistências elétricas valem Rl=7 , A R1 R2 D

R2=8 e R3= 5 . Determine: I


R3
a) a corrente que atravessa o circuito e a potência dissipada
em Rl;
b) a corrente que circula no circuito, se for provocado um B
curto-circuito sobre R3 e a nova potência em Rl.

6- No circuito ao lado, os voltímetros V1 e V2, medem, V1


V2
respectivamente, 5V e 3V. Determine:
a) a corrente no circuito ; A R1 R2 R3 B
C D
b) o valor da resistência Rl.

7- São associados três resistores em série. Sendo R1=10 R2=15 e R3= 5 e a potência dissipada
em R2 igual a 33,75W, determine a:
a) corrente do circuito;
b) queda de tensão sobre cada resistor;
c) tensão aplicada ao circuito.
d) potência total do circuito.

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Circuitos Elétricos 111

8- Temos um circuito série formado por dois resistores R 1=22 e R2=68 , sendo que na associação
é aplicada uma tensão de 9V. Sabendo-se que as potências máximas que podem ser dissipadas
pelos resistores são, respectivamente, 1/8W e 1W, determine se os resistores irão queimar ou
não, justificando sua resposta com cálculos.

9- Uma fonte de alimentação de 10V / 2W deve alimentar 5 lâmpadas pequenas e coloridas de 1V /


200mW para enfeitar uma árvore de Natal. Sabendo que as lâmpadas queimam, caso a tensão
sobre elas seja maior do que a especificada, resolver este problema usando um resistor em série
com o conjunto de lâmpadas. Qual o valor do resistor e de sua potência dissipada?

10- Para uma fileira de lâmpadas de Natal foram escolhidas lâmpadas de 20 . Tal fileira está
dimensionada para uma intensidade de corrente igual a 300mA. Quantas lâmpadas deste tipo
devem ser ligadas em série para que seja possível fazer a conexão à uma rede de 220V?

11- Um jovem comprou um aparelho elétrico com os seguintes valores nominais: 55W - 220V.
Como a rede elétrica em sua casa era 380V, pensou em utilizar um resistor em série com o
aparelho para limitar a corrente e provocar uma queda dc tensão. Calcule o valor da resistência
que deverá ter o resistor e da potência que ele dissipará de modo que o aparelho funcione
corretamente.

12- A resistência de um galvanômetro é de 1Ω e a


corrente máxima que ele pode medir é 1mA. Em
que condições ele poderia ser utilizado como
voltímetro num circuito submetido a uma tensão
de 500V?

13- Admita que um galvanômetro tem resistência


elétrica 10 e a intensidade da corrente de fundo de escala vale 20mA. Que modificação deve
ser introduzida no galvanômetro para que possa medir uma tensão de até 60V, ou seja, que ele
se transforme num voltímetro de fundo de escala 60V? (Obs.: para transformar o galvanômetro
num voltímetro, teremos que associá-lo em série a um resistor)

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112 Circuitos Elétricos

9.3. CIRCUITO ELÉTRICO PARALELO


Temos uma associação em paralelo de resistores quando todos os resistores associados
ficam ligados aos mesmos pontos, portanto, submetidos a uma mesma tensão elétrica, conforme
exemplos a seguir.

Um circuito paralelo apresenta as seguintes características:


1ª) No circuito paralelo, os componentes não dependem uns dos outros para funcionar, ou seja,
queimando a lâmpada L3 no circuito abaixo, apenas ela se apaga, sendo que L1 e L2
permanecem acesas, pois estão em bom estado de funcionamento e continuam recebendo a
tensão da rede (220V). O exemplo desse tipo de ligação é verificado em nossa instalação
elétrica residencial. Em casa verificamos que, se uma lâmpada queima, as outras permanecem
acesas e também os eletrodomésticos ficam funcionando normalmente.

2V (re étrica)

Lâmpada
Interruptor It
Rádio
220V
It I2
I1 I3
Aquecedor
elétrico

Fuvs

Numa casa, os aparelhos eletrodomésticos


e as lâmpadas são associações em paralelo.

2ª) No circuito paralelo, como os resistores estão ligados nos


mesmos pontos, recebem a mesma tensão. Pela relação V = I
x R, podemos calcular V AB no circuito dado de 4 maneiras, ou
seja:
VAB = Il x Rl VAB = I2 x R2
VAB = I3 x R3 VAB = It x Rt

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Circuitos Elétricos 113

3ª) Porque o circuito paralelo apresenta nó elétrico, a corrente total do circuito se divide
proporcionalmente através dos resistores, em função de suas resistências, pois os mesmos
recebem a mesma tensão.
Pela relação I=V/R, comprovamos que, se a tensão é a
mesma, a corrente será inversamente proporcional à
resistência, portanto a resistência de maior valor será
atravessada por menor valor de corrente, e vice-versa.
Como R1 < R2 , temos I1 > I2.
No circuito paralelo, a corrente total do circuito é igual a
soma das correntes que percorrem os
resistores, portanto, no exemplo acima, It = I1 + I2.
I t = 3A + 2A ==> It = 5A
4ª) Vamos agora obter as relações que nos dão condições de calcularmos o valor da resistência
total de um circuito paralelo.
I1 = VAB /R 1 VAB 1 1
VAB VAB VAB VAB .
I 2 = VAB /R 2 Rt R1 R2
Rt R1 R2
It = VAB /Rt

It = I1 + I 2
.....
Rt R1 R2 R3 Rn

No caso de apenas dois resistores, teremos o seguinte:


R 1 .R 2 2x3 6
Rt = Rt = Rt 1,2
R1 + R 2 2+3 5

R R : resistência de um dos resistores


Rt = (resistores iguais )
n n : número de resistores
5ª) Como no circuito paralelo a tensão é a mesma sobre todos os 18W
resistores e, sabendo-se que P = V2/R, podemos concluir que o
2
resistor de maior resistência irá dissipar menor potência. Isto é R1
A B
facilmente observado na fórmula citada, pois sendo a tensão a
mesma nos resistores, basta observarmos qual o resistor de maior R2

resistência, para concluirmos onde ocorrerá menor dissipação de


potência. 12W

6V
Como P = V2/R, sendo: R1 < R2, portanto, P1 > P2.

VAB2 62 VAB2 62
P2 P1 P2=12W
R2 2 P1=18W R1 3

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114 Circuitos Elétricos

PROBLEMA RESOLVIDO
Um circuito paralelo é constituído de dois A A
resistores, sendo Rl=150 , R2=100 e é alimentado por It
12V. Determine o valor de cada corrente existente e da R1 R2
12V I1 I2
potência dissipada em cada resistor.
A A
Como conhecemos os valores dos resistores,
B
podemos calcular Rt.
R 1 .R 2 150.100 15000
Rt = Rt = Rt 60
R1 + R 2 150 + 100 250
Pela relação I = V/R, determinamos as correntes.
VAB 12
It = It = It 0,2A 200 mA
Rt 60
VAB 12V
I1 = I1 = I1 0,08 A 80 mA
R1 150
VAB 12V
I2 = I2 = I2 0,12 A 120 mA
R2 100
No circuito paralelo It se divide, então:
It = I1 + I2 It = 0,08 + 0,12A It 0,2A

Para se obter as potências, faz-se o seguinte:


2 2 2
V 12 2 V 12 2 V 12 2
P1 = AB P2 = AB Pt = AB
R1 150 R2 100 Rt 60

P1 0,96 W P2 1,44 W Pt 2,4 W

Podemos comprovar a potência total através da soma das potências em cada um dos
resistores
Pt = P1 + P2 = 0,96 + 1,44 Pt 2,4 W

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Circuitos Elétricos 115

Resumo das Características do Circuito Paralelo


Os componentes são eletricamente independentes entre si.
A tensão é a mesma sobre todos os resistores, pois os mesmos estão ligados nos extremos da
fonte.
A corrente divide-se na razão inversa das resistências.
A resistência total do circuito é menor do que a menor resistência associada.
A potência total dissipada pelo circuito é igual a soma das potências dissipadas em cada resistor.

Comprovação Prática
FONTE
Materiais Utilizados: LABO

- Fonte LABO (0 - 20V)


- Multiteste 150

- Resistores (150 ; 100 ) 100

Montagem
Executa-se a montagem conforme figura
dada e aplica-se, através da fonte, uma tensão de
12V. Comprovaremos primeiro o valor da ddp
sobre o circuito que, como sabemos, tem o mesmo
valor sobre os resistores.
Para medirmos a ddp, utilizaremos o
multiteste como voltímetro (em paralelo),
selecionado para a escala de 50V. Sobre qualquer
resistor que se coloque o instrumento, conforme esquema ao lado, o mesmo sempre indicará os 12V
da fonte.
O voltímetro também possui um resistência interna. Essa deve ser a maior possível, pois
desta forma a corrente que desvia para o voltímetro será desprezível, não acusando perturbação no
circuito. Como sabemos, a corrente será tanto menor quanto maior for a resistência interna do
voltímetro. Um voltímetro ideal teria resistência interna infinita.
Ao lado, verificaremos os valores das
correntes que percorrem o circuito (It, I1 e I2)
utilizando o multiteste como amperímetro (em
série), na escala de 250mA. O medidor 1 deve
indicar 200mA, que é a corrente total do
circuito. Os medidores 2 e 3 indicarão 80mA e
120mA que correspondem a I1 e I2,
respectivamente.
Compare a medição de I1 com I 2 e diga porque I1 < I2

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116 Circuitos Elétricos

GALVANÔMETRO - AMPERÍMETRO
No galvanômetro analisado no circuito série, tínhamos admitido que sua resistência interna
fosse de 2 , que a corrente máxima que sua bobina suportava era de 500 A e que a tensão máxima
que podia ser aplicada no instrumento valia 1mV . Este instrumento, de ponteiras A e B, pode ser
utilizado para medir correntes (amperímetro escala graduada em microampéres) de até 500 A, ou
seja, o seu fundo de escala (valor máximo) é de 500 A (0,5mA).

Vamos supor que desejássemos transformar o nosso galvanômetro num amperímetro de


10mA, ou seja, seu fundo de escala, em vez de 500 A, seria de 10mA. Isto seria possível através
da introdução de um resistor (resistor shunt Rs) conectado em paralelo (circuito divisor de
corrente). Este resistor teria que possibilitar o desvio de uma corrente de 9,5mA, pois a bobina do
instrumento admite, no máximo, 0,5mA. Se a tensão máxima na bobina é de 1mV (mesma tensão
no resistor em paralelo), podemos determinar o valor da resistência que deverá ter este resistor
(Rs=1mV/9,5mA=0,105 ). Se for acrescentado, então, um resistor de 0,105 em paralelo com a
bobina do galvanômetro, cada vez que o ponteiro do medidor se deslocar até o fundo da escala
(limite máximo), significa que está circulando pelo circuito externo uma corrente de 10mA.

amperímetro

Rs

G
mA

A B

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Circuitos Elétricos 117

QUESTÕES PROPOSTAS
1- Duas lâmpadas e uma estufa estão todas ligadas em paralelo e recebem uma tensão de 220V.
Considerando que a primeira lâmpada queimou, diga o que ocorrerá com a segunda lâmpada? E
com a estufa? Justifique.
2- Um circuito paralelo é composto de um ferro elétrico, A A1
um forno elétrico e uma lâmpada. Para medirmos as
correntes It, I1, I2 e I3, introduzimos amperímetros no It L
circuito, conforme figura dada. Fe IFe Fo IFo
IL
Se queimar a lâmpada L, o que deverá acontecer:
com a medição do amperímetro 1? A3 A4
A2
com a medição dos amperímetros 2 e 3?
com a medição do amperímetro 4? B
com a resistência total do circuito?
3- Dispõe-se de duas lâmpadas Ll e L2 sendo Ll: 100W - 220V e L2: 40W - 220V. Desejando-se o
máximo de potência e dispondo-se também de uma fonte de 220V, devemos montar um circuito
série, paralelo ou o resultado é o mesmo nos dois circuitos ? Justifique.
4- Assinale verdadeiro (V) ou falso (F).
a) ( ) No circuito paralelo, teremos uma maior dissipação de potência no resistor de menor
resistência.
b) ( ) Num circuito com dois resistores, sempre teremos uma maior dissipação de potência
no resistor de maior resistência, independentemente, se o circuito é série ou paralelo.
c) ( ) Os circuitos série e paralelo, constituem-se, respectivamente, em circuito divisor de
tensão e circuito divisor de corrente.
d) ( ) No circuito paralelo a resistência total é sempre menor do que o menor valor de
resistência associada.
e) ( ) Num circuito paralelo de resistores iguais, basta dividirmos o valor da resistência de
um deles pelo nº de resistores, para obtermos o valor de Rt .
3 L1
5- Dispondo-se dos cinco terminais existentes no bloco ao lado,
faça as ligações necessárias de modo que as lâmpadas 1
+ 4
funcionem corretamente. Considere que as lâmpadas são - 5
iguais, cujos valores nominais são 12V - 5W e que a tensão 2
entre o positivo e o negativo da fonte vale: L2
a)24V b)12V

6- Tendo somente dois resistores, usando-os um por vez, ou em série, ou em paralelo, podemos
obter resistências de 3, 4, 12 e 16 . As resistências dos resistores são:
a)3 e 4 b)4 e 8 c)12 e 3 d)12 e 4 e)8 e 16
7- Analise as afirmativas a seguir e coloque “V” se verdadeiras ou “F” se falsas.
a) ( ) Conforme aumentamos o número de aparelhos ligados numa residência, aumenta o valor
da potência elétrica total instalada no circuito.
b) ( ) Nós são pontos de um circuito onde se unem 3 ou mais condutores havendo neles uma
divisão de corrente.
c) ( ) Sempre ligamos o fusível em paralelo com o circuito, de modo que, se ele queimar, o
circuito ficará aberto.
d) ( ) Um circuito paralelo formado por um resistor de 55 e uma lâmpada de 440W - 220V,
poderia ser protegido por um fusível de 5A quando a associação receber uma tensão de 220V.

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118 Circuitos Elétricos

8- O ohmímetro do circuito ao lado indica 9 e R1 vale 12 .


Logo, podemos afirmar que o valor de R2.é:
a) 3 b) 21 c) 36 d) 5 e)NDR Ω R1 R2

9- Ao lado, temos uma rede


elétrica de 220V que alimenta
8 lâmpadas em paralelo.
Assim sendo, responda as
perguntas a seguir:
a) O que irá ocorrer com o
valor da intensidade da corrente total se forem acrescentadas mais lâmpadas em paralelo?
Justifique, através de fórmulas.
b) Responda novamente a pergunta acima admitindo que em vez de acrescentarmos lâmpadas,
algumas delas foram retiradas.
c) Qual seria a consequência de se efetuar um curto-circuito (c/c) numa das lâmpadas?

10- No circuito paralelo ao lado,


temos alguns aparelhos
elétricos projetados para
tensão nominal de 120V,
cujas potências nominais
estão indicadas no desenho.
Considerando que o fusível
suporta uma corrente
máxima de 20A, analise as
proposições a seguir e responda o que se pede..
1a: a quantidade de potência que ainda pode ser acrescentada em paralelo com o circuito de
modo que o fusível não queime é de 1580W;
2a: a quantidade de potência total que o circuito suporta é de 2400W;
3a: se ligarmos (em paralelo) um ferro de passar roupa de 2000W – 120V o fusível irá queimar;
4a: funcionando apenas os aparelhos indicados no desenho a corrente solicitada é de 6,83A.
As afirmativas corretas são apenas as:
a) 1a e 2a b) 1a, 2a e 4a c) 1a, 2a e 3a d) 3a e 4a e) todas

11- Um aquecedor elétrico é formado por dois resistores de resistências


iguais a R, conforme desenho ao lado.. Nesse aparelho, é possível
escolher entre operar em redes de 110V (chaves B fechadas e chave
A aberta) ou redes de 220V (chave A fechada e chaves B abertas).
Chamando as potências dissipadas por esse aquecedor de P220 e
P110, quando operando, respectivamente, em 220V e 110V,
verifica-se que as potências dissipadas, são tais que
a) P220 = 1/2 P110 b) P220 = P110 c) P220 = 3/2 P110
d) P220 = 2 P110 e) P220 = 4 P110

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Circuitos Elétricos 119

PROBLEMAS PROPOSTOS
1- Um circuito paralelo é constituído de Rl =12 e R2=8 sendo alimentado por uma tensão de
24V. Calcule a corrente total do circuito, as correntes que circulam através de R l e R2 e a
potência em cada resistor.
2- Três resistores (Rl= 9 , R2= 6 , R3 =18 são associados em paralelo, sendo que, através de
R2, circula uma corrente de l,5A. Determine a tensão da fonte, as correntes através de R l e R3 e
as potências dissipadas nos resistores.
3- Três resistores de resistências elétricas iguais a R l=10 , R2=15 e R3=30 , estão associados em
paralelo e ligados a uma fonte que fornece uma corrente total de 900mA. Determine o valor da:
a) corrente que percorre cada um dos resistores;
b) potência dissipada em cada resistor;
c) potência total dissipada pelo circuito;
d) potência total dissipada pelo circuito, se Rl queimar (abrir).
4- Três aparelhos iguais, com resistência de 480 cada um, estão ligados em paralelo numa rede de
110V. Determine:
1º) a corrente total do circuito;
2º) o valor de It, se introduzirmos em paralelo com os aparelhos duas lâmpadas iguais, com
resistência de 220 cada uma.
5- Três aparelhos com resistência de 18 , 100 e 32 estão ligados em paralelo a uma rede de
220V.
a) Para o funcionamento deste circuito, é mais indicado utilizar-se um fusível de 5A, 15A ou
30A? Justifique.
b) Se, no lugar da resistência de 18 , introduzirmos uma lâmpada de 100 , deveremos utilizar
no circuito um fusível de 10A, 15A ou 30A? Justifique.
6- Numa indústria onde a rede é 220V, é utilizado um fusível de 50A para controlar a entrada de
corrente. Nesta indústria existem 100 máquinas, todas ligadas em paralelo. Se a resistência
elétrica de cada máquina é de 330 , qual é o número máximo de máquinas que podem
funcionar simultaneamente?
7- Temos um circuito paralelo formado por dois resistores R 1=1k e R2=330 , onde se aplica 15V.
Sabendo-se que as potências máximas que podem ser dissipadas pelos resistores são,
respectivamente, 1/2W e 1/4W, determine se os resistores irão queimar ou não, justificando sua
resposta com cálculos.
8- Em uma residência (circuito paralelo) são usados eventualmente diversos aparelhos elétricos,
nos quais encontra-se especificada a potência nominal de cada um. São eles: televisor (220W),
lâmpadas (100W cada uma), aquecedor (lkW), liqüidificador (300W) e chuveiro (5.000W). A
ddp nominal de todos os aparelhos é 220V e a ddp da rede elétrica da casa é 220V, sendo que
existe um fusível geral de 25A. Diga e justifique com cálculos se o fusível queimará ou não
quando forem ligados simultaneamente:
a) o televisor, o aquecedor, o liqüidificador e vinte lâmpadas;
b) o chuveiro e o aquecedor;
c) o chuveiro, cinco lâmpadas e o aquecedor.

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120 Circuitos Elétricos

A
9- No circuito dado, considerando que It
It=250mA, determine as correntes R1 100 R2 150 R3
que indicam os amperímetros 1, 2 e 10V
3, e o valor de R3. It I1 I2 I3
A A A
1 2 3
B A
It = 0,25A

10- No circuito abaixo determine Rt e It, nas A


seguintes condições: It I1 I2 I3
a)Ch1, Ch2 e Ch3 fechadas.
b)Chl e Ch2 fechadas; Ch3 aberta. 110V 100 220 55
c)Chl e Ch3 fechadas; Ch2 aberta.
d)Ch2 e Ch3 fechadas; Chl aberta. Ch 1 Ch 2 Ch 3
It
B

11- A resistência de um galvanômetro


é de 1 e a corrente máxima que
ele pode medir é 1mA. Em que
condições ele poderia ser
utilizado como amperímetro num
circuito em que passe uma
corrente de 11mA?

12- Admita que um galvanômetro tem resistência elétrica l0 e a intensidade da corrente de fundo
de escala vale 20mA. Que modificação deve ser introduzida no galvanômetro para que possa
medir uma intensidade de corrente elétrica de até 1020mA, ou seja, para que ele se transforme
num amperímetro de fundo de escala 1020mA?

R1
13- Ao lado, temos um circuito paralelo, sendo
R1=150 , R2=100 e R4=120 . Sabendo-se x R2
também que a intensidade da corrente total
R3
vale 1,5A e que a corrente no ponto X vale
500 mA, determine o valor da: R4
a) tensão da fonte; It
a) resistência R3. VAB
b) potência total dissipada pela associação

3,5mA
14- Analise o circuito ao lado e identifique se
A
o circuito está funcionando normalmente.
Em caso negativo, qual seria o possível
6V 6k R1 4k R3 6V
motivo da leitura incorreta do 3k R2 V
amperímetro?

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Circuitos Elétricos 121

9.4. CIRCUITO ELÉTRICO MISTO


Circuitos compostos de três ou mais resistores podem ser ligados num arranjo complexo,
com partes em série e partes em paralelo. Tal arranjo é denominado de circuito misto ou circuito
série-paralelo.
Nenhuma fórmula nova é necessária para determinar a resistência total de uma associação
mista de resistores. Você divide o circuito complexo em partes compostas de elementos em série e
em paralelo. Os dois tipos básicos de circuitos mistos estão indicados abaixo.
Nesse tipo de associação se verificam características do circuito série (corrente é a mesma)
e do paralelo (tensão é a mesma).
Exemplos:

R2 R1
A I2 B A I1 B
R1 C
It I23
I3 R2 R3
R3 C It

VAB VAB

PROBLEMAS RESOLVIDOS
1º) Nos circuito a seguir, calcule o valor da resistência total (Rt).
a) Primeiramente iremos determinar a resistência
equivalente do paralelo de R l e R2, que poderemos R1
chamar de R4, pois não existe R4 no circuito.
A B
R1 . R 2 6 .3 R3
R4 = R4 2
R1 + R 2 6 3
R2
Ficamos com o circuito equivalente desenhado ao
lado.
A 2 4 B
Basta agora somar R4 com R3, e encontrar
R4 R3
Rt, pois temos agora um circuito série.
Rt = R4 + R3 Rt = 2 +4 Rt=6Ω
8Ω
b) Neste circuito, vamos primeiro resolver o série de R 2 com R1
R3, que podemos chamar de R4.
A B
R4 = R2 + R3 = 8 +4
R4=12 R2 R3
8Ω 4Ω

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122 Circuitos Elétricos

Ficamos com um circuito equivalente 8


ao desenhado ao lado. Para finalizar, R1
utilizamos a fórmula para calcular Rt, A B
quando temos resistores em paralelo.
R1 . R 4 8 .12 R4
Rt = Rt =
R1 + R 4 8 12 12
Rt 4,8

2º) No circuito dado, calcule It, I2, I3 e VAC. 150


R2
Como conhecemos todas as resistências do circuito, 10
podemos calcular Rt. Antes, porém, calculamos R4 . A C I2 B
R1
It I3
R .R 150 .100 R3
R4 = 2 3 R4 = 100
R2 R3 150 .100
7V
R4 60

Assim: Rt = R1 + R4 Rt = 10 + 60 Rt 70
Pela relação I = V/R, podemos calcular as incógnitas.
V VAB 7V
I= It = It 0,1 100mA
R Rt 70

V=I.R VAC = It . R1 = 0,1A .10 VAC 1V


Para calcularmos I2 e I3, primeiro devemos determinar VCB, pois é a tensão existente sobre
R2 e R3.
VAB = VAC + VCB VCB = VAB – VAC = 7V-1V ou

VAB = It . R4 = 0,1A . 60 VCB 6V

Sabendo que I=V/R, teremos então, para I2 e I3, os seguintes valores:


VCB 6V
I2 0,04A 40mA
R2 150
VCB 6V
I3 0,06A 60mA
R3 100

Observamos, então, que a soma de I2 com I3 deu exatamente o valor de It. Isso prova que a
corrente elétrica, ao chegar a um nó, divide-se pelos resistores associados em paralelo.

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Circuitos Elétricos 123

Comprovação Prática
Materais Utilizados:
Fonte LABO (0 - 20V)
- Multiteste
- Resistores (10 ; 100 ;
150 )

Primeiramente, vamos
esquematizar o circuito,
introduzindo o multiteste utilizado
como miliamperímetro (em série),
para comprovarmos a corrente total
do circuito.

Comprovaremos agora, as correntes I2


e I3, introduzindo o multiteste, utilizado como
miliamperímetro (em série), na escala de
250mA.

Comprovaremos a seguir, as
quedas de tensão e, para tal, utilizaremos o
multiteste como voltímetro (em paralelo),
na escala de 10V.

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124 Circuitos Elétricos

QUESTÕES PROPOSTAS L1 L2
1- De acordo com o circuito ao lado, onde temos três
lâmpadas iguais, diga: L3
a) qual das lâmpadas tem o brilho maior.
b) o que acontecerá com o brilho de cada uma das
lâmpadas se queimar L3.

2- No circuito ao lado, quando se fecha a chave Ch, provoca-se:


a) aumento da corrente em R2 Ch
b) diminuição do valor de R3
c) aumento da corrente em R3 R1 R2 R3
d) aumento de tensão em R2
e) aumento da resistência total do circuito

3- No circuito dado, existem três lâmpadas iguais, três chaves, um fusível e uma fonte. Sabendo-se
que existem vários tipos de circuitos (simples, série, paralelo e misto), responda as seguintes
perguntas: L2
a) Com as três chaves abertas, qual o tipo de ch1 ch2
circuito obtido? ______________________.
b) Fechando-se apenas ch2, o circuito se ch3
transforma? _______________. Em caso L1
afirmativo, qual o novo circuito?
_______________________. L3
c) Se apenas ch1 e ch2 estiverem fechadas, qual o F
circuito obtido? __________________.
d) Quais as chaves que devem ser fechadas de
modo que o fusível queime? _______________.

R
4- Cada resistor da figura ao lado possui uma resistência R. O resistor B

equivalente entre os pontos A e B é igual a:


R R
a) R/4 b) R/2 c) R d) 4R e) 2R
A R

5- A figura mostra um trecho de circuito com três


lâmpadas funcionando de acordo com as
características especificadas. Os pontos A e B estão
ligados numa rede elétrica. A potência dissipada por
L3 é: a)75W b)50W c)150W d)300W e)200W

6- No circuito desenhado, tem-se duas pilhas de 1,5V


cada, de resistências internas despreziveis, ligadas em
série, fornecendo corrente para três resistores com os
valores indicados. Ao circuito estão ligados ainda um
voltímetro e um amperímetro de resistências internas,
respectivamente, muito alta e muito baixa. As leituras
desses instrumentos são, respectivamente:
a) 1,5V e 0,75A. b) 1,5V e 1,5A. c) 3V e 0A. d) 2,4V e 1,2A. e) NDR

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Circuitos Elétricos 125

7- De que maneira três lâmpadas idênticas,


R, podem ser ligadas entre os pontos a e
b de uma linha de 220V, para fornecer
uma melhor iluminação?

8- Observe o circuito ao lado, em que A, B, C e D


representam lâmpadas idênticas. Se retirarmos a
lâmpada C, sem nada colocarmos em seu lugar, é
correto afirmar:
a) o brilho da lâmpada A diminui.
b) a queda de tensão na lâmpada D aumenta.
c) a lâmpada B continuará com o mesmo brilho.
d) a potência dissipada na lâmpada B diminuirá.
e) a resistência do circuito diminui.

9- Analise o circuito deste exercício, onde o voltímetro


do desenho está indicando 27V e identifique se o
V
circuito está funcionando normalmente. Em caso 12k
negativo, qual seria o possível motivo da leitura R3
incorreta do voltímetro? 6k
R1
R4
45V 36k R2 6k

10- No circuito ao lado temos três resistores de


resistências R, R e 4R. Analise as afirmativas abaixo C
sobre o circuito dado: R R
A B
I: a tensão será a mesma sobre cada um dos
resistores;
II: a corrente em cada um dos resistores terá o 4R
mesmo valor;
III: a potência dissipada em cada um dos resistores é
a mesma;
IV: a resistência total do circuito valerá 4R/3.
V
As afirmativas corretas são apenas a (as):
a)III b)I e II c)II e III d)III e IV e)IV

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126 Circuitos Elétricos

PROBLEMAS PROPOSTOS
1- Determine a resistência total ou equivalente das associações seguintes.

2- Determine o valor da intensidade da corrente total fornecida a cada um dos circuitos abaixo por
uma fonte de 32V que está conectada aos pontos A e B de cada circuito.

10) 6 6 20)
R1 R2
A B 10 R1 R2 20
30 D 5
R7 3 R3 4 R4 1 R4 R6
A C B
4 3 15 R3 60 R5 R7
R6 R5
30

3- O fio A de um circuito telefônico se rompeu


ESTAÇÃO 2
e caiu sobre um outro fio B, fazendo contato
com ele, conforme figura ao lado. Os dois
fios A e B são iguais e cada um tem uma
resistência de 340 . Sabe-se também que a
resistência do fio A, desde a estação 1 até o
ponto x vale 260 e que a resistência do fio
B desde a mesma estação até o mesmo ponto X
ESTAÇÃO 1
tem, praticamente, o mesmo valor.
Admitindo-se que os fios estão em contato A
entre si na estação 1, determine o valor da
resistência total entre as estações 1 e 2. B

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Circuitos Elétricos 127

4- Sabendo que VAB=45V, determine: 5- Calcule o que se pede.


Pl =? I1 = ?
I2 = ? P2 = ?
I3 = ? It = ?
VAC= ? VCB = ?
P4=?

20Ω
R2 R1
A 3Ω C 8Ω
I2 D B I1
R1 R4 C
I3 A R2 R4 B
It R3 I2 It
5Ω It R3 I3

VAB
10V

6- Determine: 7- Calcule:
I34 = ?
VAB = ?
VCD = ?
Pt = ?
P1 = ?
Ix = ?
R4 = ?
R3 = ?
P4=?

5Ω
R1 R2
I1=0,6A I2= 0,4A
A C A R1 10
C B
R2 R3 B
Ix I34
I4 R3 R
R4 D
It=1A It
60V

VAB

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128 Circuitos Elétricos

8- Calcule: 9- Determine:
I1 = ? Iy = ?
P1 = ? Ix = ?
R3 = ? R1 = ?
P4 = ? P4 = ?
Pt = ? VCB= ?

R2
I2 C
R1 R2
3 C
R1 C Ix
A B
I1 I3
A R3 B Iy
A
R3 R4
I4 D
R4 It=1A

It= 0,5A
24V

3V

10- Calcule It e Pt, se: L2 L3


1º) todas as lâmpadas estiverem em bom L1
estado; C I23
I4
2º) queimar apenas L2; A I1 B
3º) queimar apenas L5. I5 L4
Dados:
It L5
RLl =8 ; RL2=2 RL3=4
12V
RL4=3 RL5=15

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Circuitos Elétricos 129

11- No circuito abaixo, dispõe-se dos seguintes elementos: dois resistores idênticos (100 cada
um), uma fonte de tensão (28V), um amperímetro, uma lâmpada (3V – 1,5W) e fios de ligação.
Pretende-se montar um circuito em que a lâmpada funcione de acordo com as suas
especificações, e o amperímetro acuse a corrente que passa por ela.
Qual é a corrente que o amperímetro indicará?
Monte o circuito, incluindo os elementos necessários.

R1

R2

A
- +

12- Para o circuito misto dado, temos:V=34V, R1


R1=4 , R2=4 , R3=3,2 , R4=2 , R5=6 e
R6=2 . Determine o valor da queda de R2
tensão indicada pelo voltímetro V4. R4 V4
V R6
R5

R3

13- Na figura ao lado, temos um potenciômetro linear de 20k , 3 1


um resistor de 10k e uma fonte de CC. Quando o cursor do
potenciômetro está bem no meio, a fonte fornece uma corrente 2
de 2mA. Determine o valor da:
a)tensão da fonte. 10kΩ
b)corrente fornecida quando o cursor for deslocado para a
posição 3. VAB
c)corrente fornecida quando o cursor for deslocado para a
posição 1.

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130 Circuitos Elétricos

14- Determine o valor da tensão, corrente e potência em cada resistor dos circuitos a seguir.

a) 1,5k b) 1,5k 1k
R1 1K R2 R3
R1
10K
R4
R2 15k R3 10k
6V

6V

2
15- O circuito ilustra uma associação mista de resistores
alimentada por uma bateria de 9V. Determine a leitura 4
no amperímetro A e no voltímetro V.
A 4
V 2

9V

16- Sabendo-se que R1=2 , R2=1 , R3=3 e


R3
R4=6 , determine qual é o valor da tensâo sobre o
resistor de 6 . R1 R2
R4
10V

17- No circuito ao lado, determine o valor A


da tensão entre os pontos A e B. 1

2 2 2 2
4,8V

18- Calcule o valor da tensão em R7 e das correntes em R5 e IT da fonte no circuito abaixo.

4k 12k
R2 R6

8k R1 R3 24k R7 9k R9 3k
72V

R4 R5 R8
12k 12k 6k

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Circuitos Elétricos 131

19- Determine a leitura do ohmímetro para as configurações abaixo.

R1 R2 R3
R1 R2

R3

20- Determine o valor da potência dissipada


pelo resistor de 10Ω do circuito desenhado ao 7 2 2
lado. R1 R2 R3

4 R4 24 R5
24V
10 R 8
R6 R7
12 12

21- Calcule o valor das correntes em R3, 5 6


R8, R9 e a corrente total fornecida R2 R6
pela fonte.
8 R3
6
10 R1 R7 R9 4
80V
4 R4 R5 8 2 R8

22- No circuito ao lado, determine o


valor da tensão e da corrente no 5 4 1
resistor de 2Ω e também o valor
R1 R3 R5
da corrente total fornecida pela
fonte.
6 R2 6 R4 2 R6
240V

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Respostas dos problemas

RESPOSTAS DOS PROBLEMAS


CARGA ELÉTRICA

1) (+) q = 48 x 10-19C 2) (-) q = 960C


3) (-) q = 11,2 x 10-19C 4) (+) q = 19,2 x l0 -19C
5) n = 400 elétrons 6) Perdeu elétrons (n = 562,5 x 1013)
7) (+)q=18μC ; n=20 x 1013 elétrons 8) perdeu 1,875 x 1010 elétrons

LEI DE COULOMB

1) F=9N 2) d=94,87mm 3) d=0,232m


4) q=9,86 C 5) F=0,86N 6) F=12 N; F=15 N
7) F=9kN (atração)

CAMPO ELÉTRICO

1) E = 0,4x106N/C 2) E = 2,5 x 105N/C;


-2
3) Fl = 7,5 x 10 N = 0,075N sentido: da esquerda para a direita (mesmo sentido do campo)
4) a) Negativa; q = 4 C 5) (-)q=16 C

DIFERENÇA DE POTENCIAL ELÉTRICO

1) Vab = 80V 2) a)Vab = 220V; b)q = 5C 3) a) Para a; b)q=3C


4) Vab = 90V 5) a)a para b; b)d para c; c)Wab=180 J 6)VAB=1250V

CORRENTE ELÉTRICA

1) I = 4mA 2) I = 2,5mA 3) Não, porque I < I do fusível.


4) I = 2A. Queima, porque I > I do fusível 5) Vab = 100V
6) q=32C ; I=3,2A 7) q=24C ; n=15 x 1019

RESISTÊNCIA ELÉTRICA

1) I = 13,75A 2) R=5 3) ℓ = 150m


4) A = 51 x 10-8 m2 5) R = 0,5 6) R = 1,6
7) I = 4A 8) = 1 x 10-6 m 9) I=4000A

LEI DE OHM

1) a) R = 3 b) I= 0,5A; c)Vab = 4,5V 2) a)I = 0,6A; b) I = 0,4A; c)I = 0,3A


3) R = 400 4) Ôhmicos: 1 e 2; Não ôhmico: 3
VAB(V) VAB(V) VAB(V)

40 12
200
30 9
120
20 6
70
10 3
30

0 2 4 6 8 I(A) 0 5 10 15 20 I (A) 0 10 20 30 40 I(A)

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Respostas dos problemas

POTÊNCIA ELÉTRICA

1) P = 220W 2)a) R = 201,67 b) I = 0,545A


3) I=20A 4) n=66 lâmpadas
5) a) R = 484 P = 100W; I = 0,455A; b) R = 484 ; P= 82,64W; I = 0,413A
6) E=48J 7) a) E = 2kWh; 7,2MJ; b) E = 1,06kWh; 3,808MJ
8) Custo = R$13,20 9) Custo = R$0,33
10) P = 6kW 11) Vmáx = 7,07V; Imáx = 0,707A
12) Não, do contrário ele dissiparia uma potência de 0,53W. Assim sendo, ele queimaria, pois a
potência máxima que ele suporta é 0,25W (l/4W)
13) a) custo = R$ 8,80 (inverno); b) custo = R$ 4,40 (verão) 14) a) R=13,75Ω; b) R=144Ω

CIRCUITO SÉRIE

1) a) Rt = 6,5 b) I = 3A; c) VAC = 12V; VCB = 7,5V; d) Pl =36W; P2 = 22,5W


2) a)I=2,5A; b)VAC=5V; VCD=10V; VDB = l5V; c)Pl= l2,5W; P2=25W; P3=37,5W
3) VAB = 100V; Pt = 10W 4) a) VAC = l0V; VCD = l4V; VDB = 6V; b)R3=3
5) a) I = 1,25A; P=10,93W;b) I = 1,67A; P=19,52W
6) a) I = 0,5A; b) Rl = 3,5
7) a) I=1,5A; b) VAC=15V; VCD=22,5V; VDB=7,5V; c) VAB=45V;d) Pt=67,5W
8) P1=0,22W (queima); P2=0,68W (não queima); 9) R=25 ; P=1W
10) n=37 lâmpadas 11) R=640 ; P=40W
12) R=499.999 em série com o galvanômetro
13) R=2990 em série com o galvanômetro

CIRCUITO PARALELO

1) a) It = 5A; b) I1 = 2A; I2= 3A; c) Pl = 48W; P2 = 72W


2) a) VAB = 9V; b) I1 = lA; I3 = 0,5A; c) Pl = 9W; P2 = 13,5W; P3 = 4,5W
3) a) I1 = 0,45A; I2 = 0,3A; I3 = 0,15A; b) Pl = 2,025W; P2 = 1,35W; P3 = 0,675W
c) Pt = 4,05W; d) Pt = 2,025W
4) 1º) I = 0,6875A; 2º) I = 1,6875A
5) a) Fus ==> 30A, pois a corrente que circula vale, aproximadamente, 21,3A .
b) Fus ==> 15A, pois a corrente que circula vale, aproximadamente, 11,3 A .
6) n=75 máquinas 7) P1=0,225W (não queima); P2=0,682W (queima);
8) a) Não; I = 16A;b) Sim; I = 27A; c) Sim; I = 29,5A
9) I1 = 0,1A; I2 = 0,067A; I3 = 0,083A; R3 = 120
10) lº) Rt = 30,56 It = 3,6A; 2º) Rt = 68,75 It = 1,6A
3º) Rt = 35,48 It = 3,1A; 4º) Rt = 44 It = 2,5A
11) R=0,1 em paralelo com o galvanômetro 12) R=0,2 em paralelo com o galvanômetro
13) VAB=30V; R3=40Ω; PT=45W 14) o resistor de 6 está aberto

CIRCUITO MISTO

1) a) Rt = 2,4 b) Rt = 17 c) Rt = 9 d) Rt = 15 IT1=6,4A; IT2=2A

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Respostas dos problemas

3) Rt=210 4) Pl = 27W; I2 = 0,6A; I3 = 2,4A; VAC= 9V; P4 = 72W


5) I1 = 0,12A; P2 = 0,384W; It = 0,4A; VCB= 5,2V
6) VAB= 3V; Pt = 3W; Ix = 0,25A; R3 = 5
7) Ix = 1,6A; VCD = 32V; Pl = 40W; R4 = 5 P4 = 12,8W
8) I1 = 0,2A; Pl = 0,12W; R3 = 20 P4 = 0,9W; Pt = 1,5W
9) Iy = 0,6A; Ix = 0,4A; Rl = 35 ; P4 = 5,4W; VCB= 10V
10) 1º) It = 2A; Pt = 24W 2º) It = 1,89A; Pt = 22,68W 3º) It = 1,2A; Pt = 14,4W
11) I=0,5A
R1

R2

A
- +

12) V4=2V 13) VAB=30V; IT3=1,5mA; IT1=4,5mA


14) a) V1=1,2V; I1=0,8mA; P1=0,96mW - V2=4,8V; I2=0,32mA; P2=1,536mW - V3=4,8V
I3=0,48mA; P3=2,304mW b) V1=2V; I1=2mA; P1=4mW - V2=2,4V; I2=1,6mA;
P2=3,84mW - V3=1,6V I3=1,6mA; P3=2,56mW - V4=4V I4=0,4mA; P4=1,6mW
15) I=0,75A; V=6V 16) V4=4V 17) VAB=2,4V
18) I5=3mA; IS=7,35mA; V7=19,6V 19) RT1=4Ω; RT2=6Ω
20) P=4,44W 21) I3=4A; I8=1A, I9=4A It=16A 22)IS=30A, I6=10A; V6=20V

GERADORES ELÉTRICOS

1) a)I=5A; b)Vr=25V; c)VAB=175V; d)ICC=40A; e)VAB=200V


2) r=3 3) =4,5V; r=0,2 4) r=0,25 ; VAB=110V
5)VAB=1,5V
6) a)I=1A;VAB=11V; b)ICC=12A; c) VAB=11,7V; d)R1=3 ; VAB=9V
7) a) =6V; b)r=0,5 ; c)I=2A; d)R=1 ; e)VAB=3V
8) a) =12V; b)r=0,5 ; c)I=24A; d)I=3A; e) R=1,1
9) 1: =50V; r=2,5 ; ICC=20A 2: =20V; r=2 ; ICC=10A
10) a)R=4 ; b) =30V; r=2 ; c)I=5A; VAB=20V

CAPACITORES (1ª PARTE)

1) C=5 F 2) q=800 C; C=5 F 3) C=200 F


4) A=113km2 5) a)C=11,8pF; b)q=141,6pC; c)C=27,14pF; q=325,48pC
6) C=4,425pF;C=22pf 7) a)q=500 C; b) q=500 C; V=23,81V; C=21 F
8) V=300V; q=1,2mC 9) q=300C 10) C=12,5 F; q=4x10-4C; V=32V; E=8kV/m
11) C=10/3 F 12) I=0; q=16μC 13) ε=6,3V 14) I=2A; q=40μC
15) a)It=2mA, VC=2V; IC=0; b)It=0, VAC=0, VDB=10V; c)It=4mA, VAC=13,2V, VCD=0; VDB=4,8V;
d)It=0, VAC=0, VCB=22V; VDB=22V

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BIBLIOGRAFIA

MARTIGNONI, Alfonso - Eletrotécnica. Porto Alegre: Globo, 1971.

VAN VALKENBURG, Nooger & Neville - Eletricidade Básica. Rio de Janeiro: Editora ao Livro
Técnico, 1982.

RESNICK, Robert e HALLIDAY David- Física 3. Rio de Janeiro: LTC, 1985.

CAVALCANTI, P. J. Mendes - Fundamentos de Eletrotécnica para Técnicos em Eletrônica (15ª


edicão). Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1984.

CIPELLI, Marco e MARKUS Otávio- Circuitos em Corrente Contínua. São Paulo: Érica, 1999.

MÁXIMO, Antônio e ALVARENGA Beatriz - Curso de Física 3. São Paulo: Scipione, 1997.

GONÇALVES, Aurélio Filho e TOSCANO, Carlos - Física e Realidade (volume 3). São Paulo:
Scipione, 1997.

CHAVES, Roberto - Manual de Instalações Elétricas. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1981.

GUERRINI, Délio Pereira - Eletrotécnica. São Paulo: Érica, 1990.

GUERRINI, Délio Pereira - Instalações Elétricas Prediais. São Paulo: Érica, 1990.

GOZZI, Giusepe Giovanni Massimo - Circuitos Magnéticos. São Paulo: Érica, 1996.

ARCIPRETI, Nicolangelo Dell‟ e GRANADO, Nelson Vilhena - Física 3. São Paulo: Ática, 1981.

CENAFOR, Programa de Educação Técnica - Ensino Industrial - Habilitação de Eletrotécnica. São


Paulo: Cenafor, 1985.

ALBUQUERQUE, Rômulo Oliveira – Circuitos em Corrente Alternada. São Paulo: Érica, 1997.

BOYLESTAD, Robert L.- Introdução á Análise de Circuitos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2004.
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