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Diálogos de Profissão Repórter, de Antonioni:

“Somos nós que nunca mudamos. Traduzimos situações e experiências da mesma


maneira. Nós nos condicionamos”.
- Somos escravos da rotina, é isso?”
- Algo do gênero. Por mais que você tente, é difícil deixar hábitos de lado.

“Vi muitas crianças crescerem. As pessoas, quando olham para elas, veem um
mundo novo. Eu só vejo a tragédia se repetir.”

- “Do que está fugindo?”


- “Fugi de tudo. De minha mulher; da casa; de um filho adotivo; de um bom
emprego. De tudo, exceto alguns maus hábitos.”
- “Há três anos não vou a Londres”
- “ Não seria melhor esquecermos de onde estivemos, nos esquecermos de tudo,
jogarmos tudo fora, todos os dias?”
- “Infelizmente, o mundo não funciona assim.”
- “Também não funciona do outro jeito.”
- “Esse é o problema. O que há do outro lado da janela? As pessoas acreditarão no
que eu escrever. E por quê? Porque corresponde às expectativas delas. E à minha
também, o que é pior.
-

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