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aquarela por Letícia Coelho. Seu desenvolvimento é resultado da Bolsa de Incentivo à Criação Literária
Infantil e/ou Juvenil do ProAC-SP.
O livro faz uma homenagem ao poeta Manoel de Barros, e conta a história de um menino – também
chamado Manoel – que vive com os pais em um sítio no interior do Brasil. Como o poeta, Manoel tem o
hábito de dar nomes únicos para objetos do seu cotidiano. Certo dia, um tio vem visitá-los e lhe dá um
presente. Manoel agradece e embarca em uma jornada na tentativa de descobrir o que é e para que
serve o brinquedo — procura alguns de seus amigos do sítio (uma pedra, uma caixa d’água, um boi,
um pássaro) mas as explicações que eles lhe dão não o satisfazem. A cada passo, Manoel encontra um
brinquedo que estava perdido havia muito tempo, e vai carregando todos até concluir que o presente
que ganhou é, na verdade, um “desperdedor”.
TRECHO DO LIVRO
Menino ou menina que ele chamasse de amigo não tinha. Mas a solidão nem era o de se
importar, que sozinho mesmo ele não ficava; na verdade-verdadeira, amigos no sítio ele tinha de
punhado. Só de lembrar assim, de pensa-rápido...
Não sei se já deu pra perceber, mas o Manoel gostava mesmo de dar palavras pras coisas e
coisas pras palavras. Pra tudo ele inventava um nome. E gostava também de fazer qualquer
coisa virar coisa de brincar. (...)
SOBRE OS AUTORES
PAULO FEHLAUER é jornalista, escritor, fotógrafo e realizador audiovisual formado pela Escola de
Comunicações e Artes da USP. É um dos fundadores do Coletivo Garapa, com o qual desenvolve, desde
2008, uma reconhecida produção no campo do documentário e das artes visuais. Possui pós-
graduação lato sensu em Formação de Escritores pelo Instituto Vera Cruz (SP) e atualmente cursa
mestrado em literatura na Universidade Federal de São Paulo.
LETÍCIA COELHO é ilustradora e designer, formada em design gráfico pela PUC – Goiás, com mestrado
profissional em Edição e Criação Digital e mestrado acadêmico em Cultura Digital, ambos pela
Université Paris 8, na França. Tem experiência em agência de publicidade e trabalhou no site infantil
francês Amuseworld. No mercado editorial, ilustrou quatro livros infantis, diagramou um livro de
crônicas e também produziu livros de artistas e catálogos de exposições.
PÚBLICO-ALVO
DESPERDEDOR é um livro para ser lido em voz alta, sendo adequado tanto para leitores iniciantes,
preferencialmente dramatizado por pais e professores, quanto para crianças com domínio intermediário
da leitura, que podem se interessar pelos jogos linguísticos presentes no livro, que estimulam a
formação de vocabulário.