You are on page 1of 37

COSTUREIRO INDUSTRIAL DO VESTUÁRIO

TURMA: APB-OPE-016
PROF.ª LARISSA ALVES

PROPRIEDADES DAS
1
FIBRAS TÊXTEIS

NATAL/RN
2
FibrasTêxteis

FIBRAS TÊXTEIS = SIMBOLOGIA

PROFª. LARISSA ALVES


FIBRA ABNT DIN FIBRA ABNT DIN
Acetato CA CA Acrílico PAC PAC
3
Alginato AL AL Algodão CO CO
Amianto A As Angorá WA Ak
Borracha LA LA Cabra WP Hz
Cashemira WK Kz Cânhamo CH -
Carbono CAR - Caroá CN -
Caseína K Ka Côco CK Ko
Coelho WE Kn Cupro CC CC
Elastano PUE PUE Elastodieno PB PB
Juta CJ Ju Lã WO WO
Lã de escórias SL - Lã de rocha ST ST
Linho CL CL Metálica MT MT
Modacrílica PAM PAM Mohair WM Mo
Multipolímero PUM PVM Poliamida PA PA
Policlorotrifluoretileno PCF PCF Poliéster PES PES
Poliestireno PST - Polietileno PE PE
Polipropileno PP PP Poliuretano PUE PUE
Ramí CR Ra Seda S Ts
Sisal CS Si Triacetato CT CT
Vidro GL GL Vinal PVA PVA
Vinilal PVA+ PVA+ Viscose
PROFª. LARISSA ALVES CV CV
4 FIBRA TÊXTIL
O que confere a cada fibra têxtil uma qualidade diferenciada e
única é a sua composição química.
Portanto, as fibras têxteis são classificadas de acordo com sua
composição química e de sua estrutura molecular.
A forma com que estes elementos se ligam, formando as cadeias de
polímeros, afetam as características e propriedades de
alongamento, elasticidade, resistência, absorção entre outras.

PROFª. LARISSA ALVES


5 FIBRA TÊXTIL
As maiorias das fibras possuem estruturas cristalinas, mas elas
também possuem áreas amorfas.
Estas áreas amorfas se comparadas com as estruturas cristalinas
das fibras possuem baixa resistência à tração.
Se as redes cristalinas forem orientadas, a resistência da fibra é
aumentada ainda mais.

PROFª. LARISSA ALVES


6 CARACTERÍSTICAS DAS FIBRAS TÊXTEIS

• As propriedades geométricas, físicas e químicas das fibras têxteis são fatores


muito importantes para o seu processamento em qualquer fibra têxtil.
• Por exemplo: em termos de comprimento de fibra, a fibra têxtil deve ser um
filamento longo, que apresente uma forma adequada de corte seccional.
Os comprimentos aproximados de algumas fibras naturais são:
• Para o algodão de 25 a 35 mm;
• Para a lã de 30 a 300 mm;
• Para o linho de 300 a 600 mm;

PROFª. LARISSA ALVES


7 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS
MORFOLOGIA
• Caracteriza a forma da fibra representada pela vista longitudinal e o corte
transversal da fibra.

Formatos da secção transversal de fibras

PROFª. LARISSA ALVES


8 MORFOLOGIA DAS FIBRAS

 Exemplos de seções transversais e da vista longitudinal


(a) “Feijão” ou “Rim”
(b) Trilobal
(c) Entalhado
(d) Regular (circular)

PROFª. LARISSA ALVES


9 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS
LUSTRO
• É a propriedade que a fibra tem de possuir um brilho natural da fibra.
• A forma da fibra também influencia no brilho.
• Quanto mais lisa e circular, maior brilho a fibra apresenta.
• Obs: As fibras químicas podem ser opacas, semi-opacas e brilhantes.
Brilho x Morfologia (a forma da fibra influencia seu brilho)

Filamento Filamento Filamento


PROFª. LARISSA ALVES
comum Trilobal Hexagonal
10 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS

FINURA (DIÂMETRO OU MICRONAIRE):


• É simplesmente a medida do diâmetro da fibra.
• Tem relação indireta com o toque.
• Diâmetro de fibras naturais (µm = 10-6 m)

Linho: 15 - 18 µm
Lã: 8 - 70 µm
Algodão: 16 – 20 µm
Seda: 9 - 11 µm 10-12 µm
Comparativo de finura de fibras e microfibras
Fonte: FiberSource, 2009
PROFª. LARISSA ALVES
11 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS
COMPRIMENTO
• Dimensão da fibra em seu estado natural.
• Parâmetro que determina a viabilidade de transformação em fio

Comprimento de fibras naturais (mm)

PROFª. LARISSA ALVES


12 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS
● NATUREZA
Refere-se à sua classificação como matéria-prima. Exs.: algodão,l ã, seda,
poliéster, etc.

● COR
Refere-se a coloração da fibra. A cor é inerente à natureza da fibra.
No caso das fibras naturais, a variação da cor depende de complexos
processos agronômicos ou pecuários.
No caso das fibras químicas, está se tornando comum a produção de fibras
coloidais.

PROFª. LARISSA ALVES


13 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS
● ALONGAMENTO (E %)
É a deformação longitudinal máxima que a fibra suporta antes de romper-se
e permite verificar a elasticidade à tração do material.

● ELASTICIDADE OU RECUPERAÇÃO ELÁSTICA (RE%)


Capacidade que a fibra tem de recuperar, total ou parcialmente, o seu estado
inicial após a cessação da força que provocava a deformação.

PROFª. LARISSA ALVES


14

PROFª. LARISSA ALVES


15 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS
Alongamento e elasticidade de diversas fibras
AR % RE%
FibrasTêxteis

Algodão: 3 – 10 75%
Poliéster: 18 – 75 85-97%
Viscose: 19 95%
Acrílico: 24 97%
Poliamida: 30 100%
Elastano: 500 – 700 100%
PROFª. LARISSA ALVES
16 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS

POROSIDADE

● É a propriedade das fibras de absorverem água ou corante .

● Também pode definir os espaços vazios, através dos quais gases ou líquídos

podem fluir, afetando a capacidade do material de “respirar”.

● Quanto mais porosa, mais higroscópica é a fibra, ou seja, mais capacidade

ela apresenta de absorver umidade ou corante.

PROFª. LARISSA ALVES


17 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS
REGAIN

• É o percentual de água (em equilíbrio com o ambiente) que o material


possui em relação ao seu peso seco.

Obs: % de “regain” é sempre


maior do que o % de
umidade.

PROFª. LARISSA ALVES


18

PROFª. LARISSA ALVES


19 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS

FLAMABILIDADE
• É a propriedade que a fibra possui de queimar ou não.
• Algumas queimam com mais rapidez e tornam-se por isso
perigosas (caso do algodão e viscose).
• Outras fibras formam resíduos incandescentes que podem
causar lesões graves na pele, como a poliamida e poliéster.
• Para materiais ou vestuários que sofram intensa exposição ao
calor, usam-se fibras de asbesto misturadas ao algodão ou fibra de
vidro, formando assim o tecido que chamamos de amianto.

PROFª. LARISSA ALVES


20 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS
CONDUTIVIDADE TÉRMICA
• Caracteriza o quanto a fibra conduz a temperatura.
• Relaciona-se a uma tendência de aquecer ou não o corpo, mas cuidado,
outros fatores interferem (espessura do tecido, cor).
Algodão: Moder. Alta
Acrilico: Baixa
Seda: Baixa
Poliamida: Baixa
Poliéster: Baixa
Viscose: Alta
Polipropileno: Baixa
Elastano:
PROFª. LARISSA ALVES Baixissima
21

PROFª. LARISSA ALVES


22 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS
ESTABILIDADE DIMENSIONAL
• A fibra não sofre de alteração dimensional.
• É um problema que deve ser tratado para que se tenha um padrão
com qualidade de medidas
• Algodão: Estável
• Lã: Encolhimento progressivo
• Seda: Estável
• Viscose: Encolhimento progressivo
Fibras Sintéticas: com termofixação: estáveis /
sem termofixação: encolhimento.
PROFª. LARISSA ALVES
23 PROPRIEDADES FÍSICAS DAS FIBRAS
TENACIDADE
• Termo usado para a resistência de fibras individuais. A energia mecânica
necessária para levar um material à ruptura.
• Resistência à tensão expressa como a força por densidade linear unitária de
uma amostra [gf/denier].
• Para fios usa-se o termo resistência à tração.

PROFª. LARISSA ALVES


24 Tenacidade das fibras
Padrão A úmido
 Algodão: 3,0-5,0 3,3-6,4
 Acrílico: 2,3-3,8 1,8-3,0
 Poliamida: 2,5-9,5 2,0-8,0
 Poliéster: 2,5-9,5 2,5-9,4
 Viscose: 0,7-6,0 0,7-4,6
 Elastano: 0,5 – 1,0 0,5 – 0,9

PROFª. LARISSA ALVES


25 PROPRIEDADES QUÍMICAS DAS FIBRAS
• Com relação às propriedades químicas, pode-se dizer que todas elas se
referem ao comportamento das fibras quando submetidas à ação de
ácidos, álcalis, oxidantes ou a de quaisquer outros tratamentos
químicos.
Sob esse ponto de vista podemos considerar:
• Os diferentes comportamentos apresentados pelas fibras em relação aos
produtos químicos (propriedades químicas), associados às propriedades
físicas, são de grande valia para a identificação de fibras.

PROFª. LARISSA ALVES


26 PROPRIEDADES QUÍMICAS DAS FIBRAS
EFEITO DOS ÁCIDOS
• As fibras têxteis estão comumente sujeitas a soluções ácidas.
• Dependendo da concentração, temperatura, tempo, etc, o comportamento
das diferentes fibras varia.
• Geralmente, as fibras celulósicas não resistem aos ácidos, especialmente os de
origem mineral, como é o caso do ácido sulfúrico.

PROFª. LARISSA ALVES


27 PROPRIEDADES QUÍMICAS DAS FIBRAS

EFEITO DOS ÁLCALIS

•Desde os tempos mais remotos, os agentes alcalinos têm sido usados para a
lavagem e o branqueamento de produtos têxteis.
•O sabão, em si, forma uma solução alcalina na água.
•De uma maneira geral e levando-se em conta a concentração, as fibras
celulósicas resistem melhor aos álcalis, do que aos ácidos.

PROFª. LARISSA ALVES


28 PROPRIEDADES QUÍMICAS DAS FIBRAS

EFEITO DOS SOLVENTES ORGÂNICOS


• A introdução recente da lavagem a seco, tornou importante a resistência das
fibras aos solventes orgânicos.
• Solventes como o tetracloreto de carbono e o tricloroetileno são frequentemente
usados para a limpeza dos tecidos e os efeitos destes sobre a fibra é obviamente
importante.

PROFª. LARISSA ALVES


29 PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DAS FIBRAS

RESISTÊNCIA AOS INSETOS


• A celulose das fibras vegetais e a proteína das fibras animais podem servir
de alimento para certos insetos como, por exemplo, traças, cupins, etc.
• Muitas fibras, em particular as sintéticas, não são atacadas desta forma.

PROFª. LARISSA ALVES


30 PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DAS FIBRAS
RESISTÊNCIA AOS MICROORGANISMOS
• A celulose é atacada por certos fungos e bactérias, que a decompõem e fazem uso
dos produtos deteriorado como alimentação.
• Quando os materiais têxteis são estocados em ambiente úmido, são
frequentemente atacados pelos fungos do mofo.

PROFª. LARISSA ALVES


31 PROPRIEDADES BIOLÓGICAS DAS FIBRAS

• Os microorganismos também podem ser prejudiciais na fabricação de


fibras químicas, tendo em vista que, quando da aplicação da encimagem,
que é a aplicação de um óleo (“finish”) para lubrificar as fibras.
• A fim de facilitar as operações subseqüentes, esses microorganismos
podem se desenvolver na bateia de óleo.

PROFª. LARISSA ALVES


32 RECONHECIMENTO DE FIBRAS TÊXTEIS

• Existe dificuldade de identifica visualmente, devido a grande


quantidade de fibras existentes.
• É necessário recorrer a processos especiais de identificação.
• O material a ser identificado pode apresentar-se da seguinte
forma: - em fibras
• em fios
• em tecidos
• em misturas
PROFª. LARISSA ALVES
33 RECONHECIMENTO DE FIBRAS TÊXTEIS
 No caso das misturas, a identificação se faz necessário em termos quantitativos
e qualitativos.
 Para tanto, é preciso pesar as amostras antes e durante o processo de
identificação. Lembramos, por oportuno, que quase sempre é necessário
utilizar mais de um processo para chegar ao resultado final.
 Vejamos, a seguir, alguns processos de identificação:

a) Processo de Combustão – Analisar a combustão, seu tipo


de chama, cinza e odor.

PROFª. LARISSA ALVES


34 TESTE DE COMBUSTÃO

PROFª. LARISSA ALVES


35
RECONHECIMENTO DE FIBRAS TÊXTEIS

b) Processo Químico
• Reação com ácidos orgânicos e solventes.
Exemplo: ácido fórmico, ácido acético, acetona, etc.
• Reação com ácidos inorgânicos e álcalis.
Exemplo: ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nítrico, soda caustica, etc.
• Reagentes especiais que colorem as fibras.
Exemplo: Reagente de Millon, Reagente ou Dreaper, etc.

PROFª. LARISSA ALVES


36
RECONHECIMENTO DE FIBRAS TÊXTEIS
c) Microscopia ótica
• Analisa a vista longitudinal e a seção transversal.
• Após a realização dos testes, os resultados devem ser
comparados com quadros de identificação.
• Para a Microscopia Ótica existem álbuns de fotografias das
vistas das fibras.
• Observação: somente as fibras naturais são identificáveis ao
microscópio ótico comum. As fibras químicas somente
poderão ser identificadas por meio do microscópio ótico de
luz polarizada, através de suas propriedades óticas
(birrefringência).
PROFª. LARISSA ALVES
37
Pensamento

PROFª. LARISSA ALVES

You might also like