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O que é o DAP?
raw

A O que podemos avaliar


através do DAP?

P erson
Quem o Aplica?
Sistema de Pontuação Quantitativa

Jack A. Naglieri

Antes...: Objectivos do DAP


o desenho da figura humana
investigado desde os finais de
1800
Estudos da época - o Desenho do  Oferecer uma medida não verbal de competências em tempo
corpo humano relativamente curto
 evidencia o progresso ou ---> Baterias de testes
“atraso” do desenvolvimento ---> Dispositivo de Despistagem
 tem correlações estatísticas
Agora...: com a inteligência (e.g., teste  Oferecer um sistema de cotação que reduz as influências da moda
do desenho do homem de (cabelo, roupa, entre outros).
DAP – elaborado e padronizado de Goodenough, 1962)
acordo com as regras estatísticas mais  1963: Goodenough adiciona o
 Aumentar precisão de acordo com as normas e a uma amostra
actuais e modernas: desenho da mulher e do
próprio representativa
 diminuição das influências da moda
 sistema de cotação objectivo: mesmos
critérios e categorias para os 3  MENOR subjectividade, MAIOR confiabilidade (3 desenhos)
desenhos)
 menos influenciado por variáveis  Resultados padronizados do conjunto dos desenhos: homem
linguísticas mulher e eu
 pode ser aplicado individual ou em
grupo
 aplicado para vários tipos de decisão

 utilizado como uma medida não


verbal para efeitos de despistagem
Amostra total: 4468 indivíduos Curiosidades...
Idades: 5 – 17 anos
 redução das influências
primárias: linguagem, habilidades Amostra para cada idade = 200 indivíduos (considerou-se
verbais e outros factores como o idade, género, região, etnia, estatuto sócio-económico...)
tempo estão reduzidos
Qualidades Psicométricas/Estatísticas;
especial evidência ao nível da
Def. Auditiva e da DID Fiabilidade:

 sem conteúdos académicos  Consistência interna

 Erro padrão de medida


 fácil administração
 Fidelidade Teste-reteste
 créditos para a introdução,
elaboração e proporcionalidade  Fiabilidade entre avaliadores
dos segmentos corporais sem ligar  Nível de coerência intra e inter-item
tanto à precisão, realismo ou
estética do desenho Validade: construto, critério...

DAP e Populações Especiais: Estudo comparativo

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Condições de Administração...
 DAP: 3 desenhos (homem, mulher e do próprio) em 3 folhas separadas
Critérios Avaliados
Ao longo do teste são avaliados 14 parâmetros
procedimentos gerais de aplicação:
 boas condições de luminosidade, conforto (mesa, cadeira...), sem elementos
Estes parâmetros encontram-se divididos em 4 categorias:
distrácteis
 dar toda a informação útil e precisa para a realização das tarefas  Presença: Forma mais básica de ganhar crédito; Requer apenas um
 tarefa realizada com lápis e borracha
 explicar as tarefas respeitando, nível rude de representação. Sempre que a parte do corpo a que se
rigorosamente, o protocolo de aplicação refere for identificada/reconhecível, deve ser atribuído um ponto.
 5 minutos para casa desenho
 Detalhe: São avaliados detalhes específicos de cada parte do corpo
procedimentos para aplicação individual
ou peça de roupa. Vai para além da simples representação, sendo
 colocar a folha para desenhar à frente do avaliado
 demonstrar quando necessário creditados pormenores mais elaborados.
 colocar uma página de cada vez (e.g., 1º o desenho do homem e só depois
de completo, passar para o desenho da mulher...)  Proporção: a intenção é avaliar a representação realista do corpo
 dar informações verbais: humano (e.g., tronco maior e mais largo que os braços...)
“gostaria que fizesses alguns desenho para mim. Primeiro, gostava que desenhasses um homem. Faz o
melhor que conseguires. Leva o tempo que quiseres e trabalha com cuidado. Eu digo-te quando for para
 Bónus: se o desenho tiver sido cotado para presença, detalhe e
parar. Não te esqueças – desenha o homem todo. Podes começar!”
 Após os 5 minutos dizer: “agora a mulher. Desta vez, quero que desenhes uma mulher. Faz o proporção atribui-se um ponto bónus
melhor que conseguires...”
 Anotar o que se achar necessário ou relevante

Objectivos do DAP 3. Roupas


a) Presença – Qualquer representação
1. Braços
b) Detalhe 1 – Roupas sem transparência;
a) Presença – Qualquer representação;
c) Detalhe 2 – Quaisquer dois artigos de roupa excepto óculos;
b)Detalhe 1 – Braços desenhados a duas dimensões;
d) Detalhe 3 – Três artigos de qualquer tipo (sapatos, relógio,...)
c) Detalhe 2 – Os dois braços a apontar para baixo, ou em acção;

d) Proporção – Comprimento superior à largura;

e) Bónus - Se forem validadas todas as alíneas anteriores

2. Ligações
a) Ligação 1 – Cabeça ligada ao pescoço ou tronco;
4. Orelhas
b) Ligação 2 – 2 braços ligados ao tronco em qualquer ponto; a) Presença – Qualquer representação;

c) Ligação 3 – 2 braços e 2 pernas ligados ao tronco em qualquer ponto b) Detalhe 1 – As duas orelhas representadas;

d) Ligação 4 – Pernas e braços ligados ao tronco no sitio correcto: C) Detalhe 2 – Qualquer detalhe numa orelha (ex: brinco, lóbulo...);

d) Proporção – Dimensão vertical superior à horizontal nas duas orelhas;

5. Olhos 7. Dedos
a) Presença – Qualquer representação; a) Presença – Qualquer representação;

b) Detalhe 1 – Dois olhos desenhados a duas dimensões; b) Detalhe 1 – Cinco dedos numa mão, sem qualquer regra;

c) Detalhe 2 – Qualquer detalhe como sobrancelhas, pupila, etc; c) Detalhe 2 – Cinco dedos nas duas mãos;

d) Proporção – Horizontal superior à vertical em ambos os olhos; d) Detalhe 3 – Polegar claramente presente nas duas mãos. Pode ser indicado
como oposição aos outros dedos;

e) Proporção 1 – Todos os dedos a duas dimensões, não uma linha;

f) Porporção 2 – Comprimento superior à largura em mais de metade dos


6. Pés dedos;
a) Presença – Qualquer representação;

b) Detalhe 1 - ´Pés desenhados a duas dimensões;

c) Detalhe 2 – Qualquer detalhe nos dois pés (dedos, saltos, etc...);

d) Proporção – Comprimento superior à largura pelo menos num pé;

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8. Cabelo 10. Pernas
a) Presença – Qualquer representação; a) Presença – Qualquer representação;

b) Detalhe 1 – Cabelo numa região mais abrangente que o topo; b) Detalhe 1 – Representação do joelho (ou algo que o represente) ou pernas

c) Detalhe 2 – Cabelo com um estilo distinto ou detalhe como penteado, flectidas;

adereço, etc.;

c) Proporção – Comprimento superior à largura em ambas as pernas;

9. Cabeça
a) Presença – Qualquer representação;
11. Boca
b)Proporção – Vertical maior do que a horizontal; a) Presença – Qualquer representação;

b) Detalhe 1 – Qualquer detalhe (lábios, dentes...). Duas dimensões;

c) Proporção – Horizontal superior à vertical em ambos os olhos;

12. Pescoço 14. Tronco


a) Presença – Qualquer representação; a) Presença – Qualquer representação;

b) Detalhe 1 – Pescoço a duas dimensões, não uma linha; b) Detalhe - Qualquer detalhe (ombros, peito, cinto...) representado de

c) Detalhe 2 – Pescoço e cabeça ou pescoço e tronco desenhados qualquer forma;

continuamente. Quando o pescoço aparece tapado mas a sua


representação é visível, este deve ser valorizado;

c) Proporção – Comprimento superior à largura


13. Nariz
a) Presença – qualquer representação;

b) Detalhe – Narina ou outro detalhe presente;


Nota: A cotação máxima atribuída a cada desenho é de 64 pontos
c) Proporção – dimensão vertical superior à horizontal;

Orientação do Psicomotricista Desenho do Homem


“Gostaria que me desenhasses algumas figuras. Primeiro,
gostaria que me desenhasses uma figura de um homem. Faz o
melhor desenho que conseguires. Demora o teu tempo e
trabalha com muito cuidado, e eu dir-te-ei quando deves parar.
Lembra-te, tenta desenhar o homem todo. Por favor, começa.”

Quais devem ser os cuidados do


Psicomotricista?

 Focar a importância de desenhar o homem todo;

 Não condicionar o desenho da criança;

 Evitar controlar o tempo de uma forma em que


criança se sinta pressionada;

 Procurar por meio de uma sugestão conseguir o


maior empenho na tarefa.

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Desenho de uma Mulher Desenho do Próprio

Atribuição de Cotação 1. Somar os resultados de cada critério e colocar no devido lugar a


nota final de cada teste;
Os resultados obtidos em cada teste passam por uma série de cálculos
2. Recorrer ao anexo A e B para converter os valores calculados
estatísticos até ser determinado a classificação total do teste. para os valores padronizados;
Os resultados são apontados e transformados no seguinte quadro:
3. Recorrer ao anexo C para converter os valores normativos em
percentagens;

4. Determinar o nível de confiança que se quer usar;

5. Utilizar o anexo E para calcular os intervalos de valores da


norma de acordo com o intervalo de confiança;
6. Somar e subtrair ao valor normalizado o valor anterior para
conseguir os limites superiores e inferiores do intervalo;

7. Utilizar o anexo C para converter os limites superiores e


inferiores em intervalos de percentagem;

8. Determinar a total classificação do teste recorrendo ao anexo D

Conclusões Outros aspectos a considerar


Este teste avalia o esquema corporal da criança (conhecimento do
 As cores utilizadas;
próprio corpo, das suas partes, dos movimentos, das posturas e
das atitudes);  O tempo – reflecte empenho e impulsividade
A evolução dos desenhos tende a acompanhar a evolução do
A forma de preensão do lápis;
esquema corporal;
Aos 5 anos o desenho da figura humana deve ja possuir um A lateralidade;
esquema corporal completo, apesar de desproporcional ou
A noção espacial – como a folha é utilizada
incorrecto;
Inicialmente a figura do homem e associada ao figura paterna e a  Tónus, expressão corporal e coordenação;
da mulher a materna;
Progressivo distanciamento do Eu e do Outro (reflectido nas
diferenças nos desenhos e seus pormenores)

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Adaptação do teste a Populações Especiais Estudo de Caso com a turma
Este teste foi desenvolvido tentando
eliminar ao máximo o número de
variáveis que pudessem usurpar os
resultados:
Sendo o teste não verbal, não há
necessidade de domínio verbal da
língua.
Não há um intervalo pequeno de tempo,
diminuindo a pressão a que a criança
está submetida.
Não tem “carga” cultural, como é
encontrada em outro tipo de testes
(e.g., currículo académico)

Resolução Bibliografia
Fonseca, V. (1992). Manual de Observação
Psicomotora: Significação Psiconeurológica dos
Factores Psicomotores. Colecção Pedagogia.
Editorial Notícias
Loureiro, M. B. (2005). Le dessin du bonhomme et sa
contribution au bilan psychomoteur. Évolutions
Psychomotrices. Vol 17. nº70. p. 174-178
Naglieri, J. (1988). DAP – Draw a Person: a
quantitative scoring system manual. The
Psychological corporation. Harcourt Brace
Jovanovich. Inc. USA
Pozo, M. & Barberena, L. (2004). La observación de la
imagen del cuerpo en las sesiones de
Psicomotricidad. Revista IberoAmericana de
Psicomotricidad y Técnicas corporales. Mayo.
N.14. p. 71-84
Rigal, R. (). Educación Motriz y educación psicomotriz
en Preescolar y Primaria. INDE Publicaciones

Está no ir?

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