You are on page 1of 3

Antimicrobianos, Antifúngicos, Anti-helmínticos, Antirretrovirais e

Agentes Ceratolíticos

As sulfas (categoria D no final da gravidez). Faz competição com a


bilirrubina podendo ocasionar Kernicterus. As associações de sulfa com a
pirimetamina, usada no tratamento da toxoplasmose, ou sulfatrimetoprim são
antagonistas do ácido fólico e quando indicadas (sempre após as 20 semanas).
A vancomicina (categoria C) nefrotoxicidade e ototoxicidade em adultos
e teoricamente poderia causar essas alterações no feto.
As quinolonas (ciprofloxacino, gatifloxacino, levofloxacino, norfloxacino,
ofloxacino) não são recomendadas habitualmente (categoria C).
O esquema tuberculostático da gestante pode incluir as seguintes drogas:
rifampicina, isoniazida, pirazinamida, etambutol e etionamida.
Estreptomicina (surdez congênita) e sua utilização deve se basear na
avaliação risco/benefício (categoria D).
Entre os antifúngicos, Anfotericina B, anfotericina B lipossomal,
miconazol e nistatina podem ser utilizados com segurança. Cetoconazol,
griseofulvina, metronidazol, secnidazol e tinidazol podem ser utilizados, porém
apenas a partir do 2o trimestre.
Os derivados triazólicos (fluconazol, isoconazol) não devem ser
utilizados por via oral durante a gestação (categoria C).
Os anti-helmínticos prescritos somente após o 2o trimestre. O
mebendazol (categoria C), o albendazol (categoria C), a piperazina (categoria B)
e o tiabendazol (categoria C) não apresentam efeitos teratogênicos. O
praziquantel (classe B), e o oxamniquine permanece contraindicado no
tratamento da esquistossomose (categoria C).
A experiência com o uso dos antirretrovirais são drogas com
contraindicação absoluta de uso na gestação: efavirenz, fosamprenavir solução
oral e a associação Didanosina/Estavudina (ddI/d4T).

Medicações Cardiovasculares, Anticoagulantes e Antiagregantes


plaquetários
Os inibidores da enzima conversora da angiotensina são teratogênicos
(categoria D a partir do 2o trimestre) e não devem ser prescritos durante a
gravidez.
Os betabloqueadores, como o atenolol (categoria D) e o propranolol
(categoria C e D), podem causar crescimento intrauterino restrito, baixo peso,
bradicardia, depressão respiratória, hipoglicemia neonatal e policitemia. O
pindolol é considerado seguro (categoria B).
Os diuréticos podem levar a malformações quando prescritos no 1o
trimestre, assim como hipoglicemia, hiponatremia, oligoâmnio e hipocalcemia,
quando utilizados próximo ao termo.
Entre os bloqueadores dos canais de cálcio (diltiazem, felodipina,
nimodipina, nifedipina, isradipina e verapamil) é classificada como categoria C.
Se existir indicação de anticoagulação na grávida no período embrionário
ou próximo ao termo, deve-se dar preferência ao uso da heparina de baixo peso
molecular ou não fracionada, a qual não atravessa a barreira placentária.
Outros antiagregantes plaquetários já vêm sendo utilizados com
segurança, como o dipiridamol (classe C), ticlopidina (classe B) e tirofiban
(classe B). O ácido acetilsalicílico em baixas doses pode ser empregado com
segurança.

Drogas para o Tratamento da Asma Brônquica


A grande maioria dos medicamentos usados no tratamento da asma pode
ser prescrita com segurança durante a gravidez, incluindo a adrenalina e os
glicocorticoides.

Anticonvulsivantes
Mulheres com epilepsia, Preconiza-se, então, o uso preferencial de
drogas anticonvulsivantes em monoterapia e em doses fracionadas.
Os anticonvulsivantes têm sido associados a padrões específicos de
anomalias congênitas:
Hidantoína (classe D): restrição do crescimento, hipoplasia de falanges
distais e das unhas, retardo mental, cardiopatia e anomalias craniofaciais
(microcefalia, hipertelorismo, microftalmia,
fendas labial e palatinas).
Carbamazepina (classe C): defeitos do tubo neural (cerca de 1%) e
anomalias semelhantes às observadas com a hidantoína.
Ácido valproico (classe D): defeitos do tubo neural (até 3%), retardo
mental, microcefalia, cardiopatias, anomalias faciais e risco aumentado de
complicações perinatais.
Fenobarbital (classe D): não se conhece uma síndrome específica,
porém seu uso tem sido associado a aumento do risco de comprometimento
intelectual (diminuição do QI), além de anomalias cardíacas, faciais e
esqueléticas e risco de hemorragias neonatais.
Topiramato: experiência limitada na gestação. Classificada como
categoria C na gestação.

Benzodiazepínicos, Antidepressivos e Antipsicóticos


O diazepam está sua associação com fenda labial e palatina, restrição
do crescimento intrauterino e malformações dos membros.
Algumas malformações,que afetam os membros, estão associadas ao
uso de antidepressivos tricíclicos durante o 1o trimestre de gestação. O lítio foi
associado a alterações cardíacas (anomalia de Ebstein).
Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, como a fluoxetina
e a sertralina, são mais seguros e devem ser os antidepressivos de escolha na
gravidez (categoria C).
Entre os antipsicóticos, estudos com haloperidol e clorpromazina
(categoria C).
Anti-inflamatórios não Esteroidais (AINE), Opioides e Anestésicos
Os AINES em geral não são teratogênicos. No entanto, quando
administrados durante o 3o trimestre, podem levar à gravidez prolongada,
disfunção renal, oligoâmnio, oclusão precoce do ducto arterioso levando à
hipertensão pulmonar primária do recém-nascido.
Os inibidores seletivos da Cox–2 (celecoxib e rofecoxib) também não
devem ser utilizados após a 32a semana de gestação.

Drogas Antineoplásicas e Imunossupressoras


A ciclofosfamida (classe D) e o metotrexato (classe X) São drogas
contraindicadas na gravidez.
A azatioprina pode causar pancitopenia fatal no concepto e é teratogênica
em animais, portanto deve ser evitada (categoria D). A ciclosporina parece ser
segura para uso na gestação,porém esta não é uma informação de consenso.

Vitaminas e Hormônios
O uso excessivo de vitamina A durante a gravidez pode aumentar o risco
de malformações fetais. A dose máxima a ser administrada diariamente
não deve ultrapassar 8.000 UI.
Os hormônios com atividade androgênica, como a testosterona e o
danazol (usado no tratamento da endometriose), estão associados à virilização
de fetos femininos (categoria X). O dietilestilbestrol, um estrogênio sintético, está
relacionado ao desenvolvimento de adenocarcinoma de células claras da vulva
e vagina nas filhas de mulheres tratadas durante a gravidez.
A espironolactona, por seu efeito antiandrogênico pode levar à
feminilização de fetos masculinos (categoria D).

Talidomida (sedativo, anti-inflamatório e hipnótico)


É um teratógeno humano (categoria X). Causa malformações nos
membros (focomelia, amelia e hipoplasia, anomalias renais, cardíacas, torácicas
e face (olhos e ouvidos), quando usada no início da gravidez. A gravidez deve
ser proibida por um período de 2 anos após autilização da droga.

You might also like