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Demarcar dife-
ren�as n�o significa desconhecer ou desmere-
cer a import�ncia dos investimentos realizados
para enfrentar situa��es ou analisar quest�es
espec�ficas da rela��o trabalho-sa�de. Clarifi-
car, por�m, a dimens�o processual da constru-
��o do campo pode �interfertilizar� toda essa
�zona de empatia�.(pg.1)
Um percurso
pr�prio dos movimentos sociais, marcado por
resist�ncia, conquistas e limita��es nas lutas
coletivas por melhores condi��es de vida e de
trabalho; pelo respeito/desrespeito das empre-
sas � question�vel legisla��o existente e pela
omiss�o do Estado na defini��o e implementa-
��o de pol�ticas nesse campo, bem como sua
prec�ria interven��o no espa�o laboral.(pg.4)
N�o se trata
apenas de obter adicional de insalubridade ou
periculosidade (�monetarizar riscos�), de ins-
talar equipamentos de prote��o, de diagnosti-
car nexos causais entre o trabalho e a sa�de
com vistas a obter benef�cios da previd�ncia
social, embora tais procedimentos possam re-
presentar etapas de uma luta maior que � che-
gar �s ra�zes causadoras dos agravos, � mudan-
�a tecnol�gica ou organizativa que preside os
processos de trabalho instaurados.(pg.6)
A in-
corpora��o de conhecimentos da Medicina do
Trabalho e da Sa�de Ocupacional, a aplica��o
das normas limitadas da Higiene e Seguran�a
do Trabalho fazem parte desse trajeto, numa
perspectiva permanente de defini��o de mar-
cos conceituais e pr�ticas que exprimam uma
vis�o totalizante do ser humano em sua rela-
��o com o trabalho.(pg.6)
Em conse-
q��ncia, � poss�vel interpretar suas implica-
��es no novo tipo de trabalhador que � forjado
� qualificado, polivalente, terceirizado em n�-
veis diversos, com v�nculos prec�rios � e no
crescimento do mercado informal, bem como
no contingente de exclu�dos social e economi-
camente.(pg.7)
Esse enten-
dimento tem por premissa a substitui��o do
�princ�pio da hierarquia� entre as ci�ncias/sa-
beres pelo �princ�pio da coopera��o�. Trata-se,
portanto, de construir uma cultura que, sob o
imperativo do di�logo, da intera��o, do ques-
tionamento rec�proco, permita, numa aproxi-
ma��o � filosofia do agir comunicativo (Haber-
mas, 1988), a fluidez entre as diferentes lingua-
gens.(pg.8)