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Para Estudar

História da África
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Ficha Catalográfica

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professores do Sistema básico de Ensino/ Coordenação
Coordenação Geral/ Projeto Abá: Léo Carrer Nogueira). Anápolis: Núcleo
de Seleção-UEG
Seleção-UEG,, 2008.

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Material Cartográfico:
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Ficha Técnica

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS Coordenadores Regionais


Reitoria  Adão Donizete Borges
Luiz Antônio Arantes  Alcione F. Mortoza
 Araly Cristina de Oliveira
Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Elizângela Vilela de Almeida Souza
Estudantis Eurípedes Donizete
Marcos Antônio cunha Torres Fátima R. P. Menestrino
Genilder Gonçalves da Silva
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Izabel Alves Cordeiro Pereira
Secretária Madalena D. Silva
Milca Severino Pereira Marco Aurélio Bernardes
Nely Borges de S. dos Reis
Superintendência de Ensino Médio Sônia Nogueira Leandra
Marcos Elias Moreira Ubiratan Paulo Galli Vieira
PROJETO POR UM MUNDO POSSÍVEL Professores Formadores
 Allysson Fernandes Garcia
Coordenação Geral  Ângela Esteu Café
Eliesse dos Santos Teixeira Scaramal  Aparecida Macedo Larindo
Clarice Alves de Araújo
PROJETO ABÁ Cláudia Helena Leite
Coordenação Geral Cristiane de Assis Portela
Léo Carrer Nogueira Davi Lopes Pereira
Dernival Venâncio Ramos Júnior
Coordenação Executiva Elizângela Vilela de Almeida Souza
 Viviane Bueno Velozo PRE Fabíola Guimarães Vieira
Márcia Cristina Mota SUEM Felipe Jorge Kopanakis Pacheco
Equipe de Elaboração do Material Didático Ieda Leal
  José Fernando de Oliveira Moreira
. Concepção Kênia Gonçalves Costa
Eliesse Scaramal Lucinete Jardelina de Oliveira
. Organização Madalena Dias S. Freitas
Clarissa Adjuto Ulhoa Marco Aurélio Bernardes
Eliesse Scaramal Marcos Antônio Ferreira dos Santos
Léo Carrer Nogueira Maria de Fátima Vieira
Natália do Carmo Louzada Neilson Silva Mendes
Noeci Carvalho Mecias
. Redação e Pesquisa de Texto Roseane Ramos Silva dos Santos
Clarissa Adjuto Ulhoa Sônia Cleide Ferreira da Silva
Eliesse Scaramal  Vilcilene Gonçalves Sobrinho
Francisco N'Gunzutala  Wellington Cardoso de Oliveira
Léo Carrer Nogueira
Marcos Paulo de Melo Ramos Bolsistas de Extensão
 Adélia Moura Rodrigues
Marcos Torres  Agatha Lorrana de Oliveira Cardoso
Natália do Carmo Louzada  Alessandra Justino de Souza
. Colaboradores de Pesquisa Cristian Paula Cordeiro Borges
Elmo Rocha Daiane Matias dos Santos
Marcos Dávila Deusalina Cardoso Martins
Gilson Souza Andrade
. Material Cartográfico Márcio José Santos
Felipe Jorge Kopanakis Pacheco Marcos Paulo de Melo Ramos
Paulo Henrique Pereira Resplandares
. Designer Gráfico Paulo Jean Pereira Alves
Pedro Otto Sandra Louzada Borges
 Weber Caetano  Vanderley Teixeira Mota
Sumário

 Apresentação ............................................................ 05 4. África Austral .............................................. 49


4.1. O Grande Zimbábue e o Reino
MÓDULO I .............................................................. 07 do Monomotapa ....................................... 49
Educação para a Diversidade Étnico-Racial 08 4.2. Tradições Religiosas......................... 50
 A lei 10.639/2003 e o Papel do Movimento Sugestões de Atividades e Recursos Didáticos 51
Negro na sua Implementação ........................... 09 Referências Bibliográfica....................................... 54
Preconceito, racismo e discriminação em
sala de aula ................................................... 10
MÓDULO III
Implementando a Educação para a Religiões de Matriz Africana e Afro-
Diversidade Étnico-Racial .......................... 10 Brasileiras .................................................................... 55
Papel do professor e da escola no
combate às ações preconceituosas, racistas Introdução............................................................... 56
e discriminatórias .......................................... 11 O que são as Religiões de Matriz Africana?........ 56
Conceitos Fundamentais..................................... 13 O que são as Religiões Afro-Brasileiras?............. 56
Sugestões de Atividades e Recursos Didáticos 19  As Nações Diaspóricas ........................................ 57
Referências Bibliográficas................................... 22 1. Sudaneses .................................................... 57
1.1. A Nação Ioruba ................................ 57
1.2. A Nação Jeje...................................... 58
MÓDULO II
Cartografia Histórica da África .......................... 23 2. Bantos ......................................................... 58
2.1. A Nação Banto................................. 58
 Apresentação......................................................... 24 História das Religiões de Matriz Africana e
Por queC artografia Histórica? ......................... 26  Afro-brasileiras....................................................... 60
História da África - Uma Possível Introdução 28 Surgimento do Candomblé .......................... 60
 As origens da Umbanda............................... 60
 África Pré-Colonial ............................................. 37 Sincretismo ou transculturação ?................. 61
1. África Setentrional e Oriental ................. 37 Elementos que caracterizam as Religiões de
1.1. Egito, Núbia (Kush, Méroe, Matriz Africana....................................................... 61
Napata) e Abissínia (Ashum)................ 38
1.2. Egito tempo e espaço ................... 39 Candomblé de kêtu (Nagô).......................... 62
O Tambor de Mina no Maranhão .............. 63
2. África Ocidental ...................................... 40 Os candomblés de angola ........................... 63
2.1. Populações do Delta do Níger
(Os Yorubás) .......................................... 41 Elementos que caracterizam as Religiões
2.2. Origens dos Yorubás...................... 42  Afro-Brasileiras ..................................................... 64
2.3. A criação do Mundo - Mito  A Umbanda ................................................... 64
Fundador de Ilê-Ifé................................ 42 Catimbó e Pajelança ...................................... 65
2.4. As fontes e o tráfico....................... 43
2.5. Confederação yorubana ................. 44 Sugestões de Atividades e Recursos Didáticos 66
2.6. Organização Sócio-política- Referências Bibliográficas ................................... 67
religiosa ................................................... 45
Bibliografia ................................................................. 68
3. África Central ........................................... 46
Os Povos Bantos ................................... 46  ANEXOS ..................................................................... 69
Mapas ........................................................................... 69
Apresentação

Caro (a)professor (a),

Para estudar história da África é preciso romper silêncios, além de desconstruir conceitos e preconceitos, passo
fundamental para a destituição de valores que levam à injustiça, à intolerância e, por conseguinte, à violência. Para isso só há um
caminho possível: o conhecimento. Esse percurso, entretanto, é tortuoso e romper silêncios não é tarefa fácil. Por isso, caro
professor, queremos conhece-lo, compartilhar da realidade que você, seus alunos e familiares vivenciam em sua região. Conhecer
suas expectativas do que um estudo de culturas africanas e afro-americanas pode trazer para seu município, conhecer como sãos as
 vivências raciais, sociais e religiosas em sua escola, em sua comunidade e como essas temáticas são tratadas nos livros didáticos
adotadosem suasaladeaula.
De nossa parte, nos apresentamos como um grupo de professores, pesquisadores e alunos do CieAA, Centro
interdisciplinar de Estudos África-Américas, da Universidade Estadual de Goiás, cuja preocupação fundamental é contribuir para
a implementação da Lei 10.639/2003 a partir das Diretrizes Curriculares Nacionaisparaa Educação das RelaçõesÉtnico-Raciaise
para o Ensino de História e Cultura afro-brasileiras e africanas. O CieAA está próximo a você, seja por meio de um dos doze
núcleos distribuídos por todo o Estado de Goiás, seja por um portal na internet, o qual abriga grupos de discussão, artigos
científicos, divulgação de eventose outros.
Para contribuir na implementação da Lei 10.639/2003, o CieAA contou com a aprovação do MEC de um
Programa de Estudos denominado ABÁ - Estudos africanos e afro-americanos - qualificação e capacitação docente para a
formação de multiplicadores. O Projeto ABÁ fortaleceu-se com o apoio da Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos
Estudantis da UEG e, sobretudo, da Secretaria Estadual de Educação de Goiás especialmente da Superintendência de Ensino
Médio da Secretaria Estadual de Educação de Goiás(SEE-GO)e do Conselho Estadual de Educação. Hojeo Projeto ABÁé parte
integrante de um conjunto de açõesda Pró-reitoria de Extensão, Cultura e AssuntosEstudantis da UEG denominadoPorummundo
   possível... cujo objetivo principal é levar cursos de extensão para a comunidade goianiense, por meio da qualificação ecapacitação de
professoresdaSuperintendênciado Ensino Médio daSecretariadeEducação do Estado deGoiás.
Nosso primeiro contato pessoal se inicia hoje por meio dessa oficina de qualificação, a qual tem por primeira
atividade um questionário. Por favor, preencha-o e o devolva ao aluno-tutor. De nossa parte, garantimos que sua privacidade e
anonimato serão preservados, portanto você tem toda a liberdade de expressar suas dúvidas, emoções ou certezas. Os resultados
advindos de suas respostas são importantes para que possamos buscar diretrizes para a implementação de políticas públicas
educacionaisem suaregião e Porum mundoPossível ....             Bons
      estudos.

 ___________________________________   ___________________________________ 

Prof. Marcos Torres Profa. Eliesse Scaramal


Pró-Reitoria de Extensão Cultura e Pró-Reitoria de Extensão - UEG
 Assuntos Estudantis - UEG CieAA UEG
Segundo a cosmogonia yorubá,
o universo é constituído de três forças elementares:

Iwá principio de existência;


Axé principio de realização e
Abá principio que induz, que permite que as coisas
tenham orientação, direção ou objetivo num sentido preciso.

Axé e Abá para todos os envolvidos na construção de Um Mundo Possível!


Módulo I

EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL


Organização, pesquisa e texto:
Elisse Scaramal
Clarissa Adjuto Ulhoa
Natália do Carmo Louzada
Módulo I

Educação para a Diversidade Étnico-Racial

 A empresa colonialista do século XVI trouxe para o Brasil um enorme contingente de africanos
escravizados que sofreram incontáveis tipos de violência, dentre os quais estão, além da submissão ao trabalho forçado
nas casasgrandes, minase lavouras brasileiras, o processo de encobrimento, em que foram obrigados a re-definir vários
elementos de sua cultura de origem, incorporando elementos da cultura cristã-ocidental. A violência física tratou de
ensinar rapidamentequalacondutaeo lugar socialdestinadosaosafricanoseseusdescendentesno Brasilenadiáspora
americana. Assim sendo, tais povos, a fim de garantir sua sobrevivência, foram obrigados a se adequarem a condições
devidasub-humanas.
Por meio da oralidade, e apesar da violência sofrida, os africanos e seus descendentes mantiveram vivos
diversos aspectos de sua cultura, o que foi possível através da negociação de vários elementos culturais e religiosos,
uma hibridização, realizada entre povos e etnias africanas diversas, a postura cristã-ocidental e, em muitos casos, a
cultura ameríndia.
Mesmo com o fim da escravidão no Brasil, os indivíduos negros foram marginalizados e socialmente
tratados como inferiores, tendo sua mentalidade desvalorizada frente à racionalidade ocidental e sua religiosidade
demonizada pelas religiões cristãs. A luta por condições igualitárias de vida intensificou-se, de maneira que a
comunidade afro-descendente se uniu em torno de umaidentidade negra e de ações afirmativas promovidas no sentido
de reparar este segmento social dos danos historicamente sofridos. Atualmente, o movimento negro encontra-se
fortemente estruturado, sendo amplamente apoiado por intelectuais de diferentes etnias e por diversos grupos
político-sociais.
 As questões da plena inserção social, do combate ao preconceito e à discriminação e a construção de um
olhar positivo sobre a história e cultura africanas, são tratadas como urgentes demandas sociais, a respeito das quais o
Estado brasileiro vem empreendendo políticas como o programa de cotas para negros nas universidades e a
implementação da lei 10.639/2003 na RedeBásica e Superior de ensino. Por meio de ações como estas que constituem
conquistas tanto do movimento negro brasileiro quanto de diversos grupos e indivíduos que debatem a referida
problemática, é que se pretende formar uma nova sociedade, atenta à diversidade cultural e étnica do povo que a
compõe.

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