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OS DIÁCONOS

CHARLES J. CARTER
INDICE

Pág.
Capítulo 1 – Prefácio Histórico: A origem da palavra
Diácono ......................................................... 1
Capítulo 2 – O Cargo ........................................................ 3
Capítulo 3 – Os Deveres do Cargo ................................... 5
Capítulo 4 – A Sessão de Instalação ................................ 7
Capítulo 5 – A Cerimônia de Iniciação .............................. 9
Capítulo 6 – O Segundo Grau ........................................... 19
Capítulo 7 – O Terceiro Grau ............................................ 23
Capítulo 8 – Preparação Antes da sua Nomeação ........... 27
Capítulo 9 – As Tábuas de Delinear ................................. 31
Capítulo 10 – Cooperação entre os Diáconos .................. 35
Capítulo 11 – O Primeiro Diácono: A cerimônia de
iniciação ...................................................... 37
Capítulo 12 – O Segundo Grau ........................................ 41
Capítulo 13 – O Terceiro Grau ......................................... 47
Capítulo 14 – Falando em Público ................................... 55
Capítulo 15 – Votações .................................................... 61
Capítulo 16 – Cortejos ..................................................... 65
APRESENTAÇÃO

O trabalho que se apresenta é a continuação da tradução do livro O


Guarda Interno e os Diáconos, da autoria de Charles J. Carter, que
desdobramos em dois. Os comentários se baseiam no sistema Emulação mas
não, necessariamente, em seus procedimentos. O trabalho ou prática
Emulação, que ficou conhecido entre nós como Rito de York, sofreu na
Inglaterra muitas interferências dos ‘copistas’ e, atualmente, existem muitos
ritos ingleses que nada mais são que variações da prática original.
Eventualmente, alguns procedimentos citados no livro pertencem a uma dessas
versões; onde isto ocorre, tomou-se o cuidado de se fazer destaques de pé de
página.
Este rito não é praticado entre nós, senão por poucas lojas, sendo, por
isso mesmo, pouco conhecido e com escassa literatura no país. Precisamente
por essa razão, dedicamo-nos a traduzir o trabalho de Carter, tornando-o
acessível ao leitor brasileiro. A parte relativa ao Guarda Interno ficou pronta em
1995 e agora estamos concluindo a dos Diáconos.
O texto é repetitivo como é o original. Prevaleceu a concepção de um
guia ou manual de orientação, didático por excelência, claro e objetivo, sem
dubiedade de sentido - daí as muitas repetições -, em detrimento da beleza de
estilo. Até porque não parece ter sido intenção do autor produzir obra literária
e, sim, uma ferramenta que pudesse ser de utilidade ao irmão interessado na
apreensão e domínio desses importantes cargos, responsáveis pelo bom
desempenho da maioria das cerimônias maçônicas.
Embora o autor tenha visado o maçom da Grande Loja Unida da
Inglaterra, nem por isso o trabalho deixa de ser interessante para o maçom de
outros lugares: ante os indícios apresentados, há que se fazer apenas
determinadas adequações nas e para as condições locais. De quebra, ainda
que de modo superficial, dá-nos algumas informações sobre o ‘modus faciendi’
da prática inglesa.
Por fim, o palavreado empregado é simples e direto como convém a um
guia que pretende instruir e incentivar o irmão que ocupa ou vai ocupar um
desses cargos, tão importantes na carreira do maçom, especialmente por
serem cargos progressivos a serem, obrigatoriamente, exercidos por todo
aquele que aspira a cadeira do Mestre da loja. Este é o sistema do simbolismo
inglês, complementado pela Suprema Ordem do Santo Real Arco, onde novos
cargos progressivos existem para serem ocupados até que se possa alcançar
a cadeira de Primeiro Principal.
Imaginamos que o trabalho será de grande valia e ajuda para os amantes do
sistema Emulação (Rito de York).
Jacyntho F. Dutra
Goiânia, 04 11 97
Capítulo 1
Prefácio Histórico:

A Origem da Palavra ‘Diácono’

A palavra é derivada do grego ‘diakonos’ e do latim


‘diaconus’, significando servidor, criado, ajudante ou
mensageiro. O termo inglês ‘deacon’ estava em uso nos dias de
James I mas o termo maçônico nos vem, não através da tradição
inglesa, mas da escocesa.
Antigamente, na Igreja, o diácono era um oficial leigo
(como ainda ocorre em algumas denominações) e seus deveres
eram mais os de um esmoler1.
A palavra é encontrada em muitas línguas continentais2,
tendo derivado de uma antiga palavra grega significando ‘servo’3
e trazendo com ela a sugestão de ‘corrida’ e ‘carreira’, donde a
idéia de ‘mensageiro’.
Nas lojas operativas escocesas, o Diácono veio a ser em muitos
casos o principal oficial, sendo seus deveres bem diferentes dos
de um Diácono de uma loja especulativa atual.
Sua jóia sugere claramente que seu dever era o de um
mensageiro.
No século dezoito, a jóia ou emblema do Diácono era
frequentemente uma figura de Mercúrio com pés e capacete
alados, o pé esquerdo sobre um globo e a mão esquerda
segurando um caduceu. Era o bastão do ‘antigo’ arauto,
especialmente o que Hermes carregava, o mensageiro dos
deuses, o condutor dos mortos ao mundo inferior e o patrono
dos viajantes, oradores, e (para dizer toda a verdade) dos
ladrões!
Desde a fundação da Grande Loja Unida da Inglaterra, a
jóia do Diácono em suas lojas tem sido uma pomba com um
ramo de oliveira, para simbolizar o mensageiro enviado da Arca
por Noé.
Para uma completa e abrangente descrição da história do
bastão do Diácono, recomendamos ao leitor que consulte o
1
Encarregado da distribuição de esmolas
2
Referência à Europa, já que o autor é inglês e a Inglaterra uns pais numa ilha.
3
Servo no sentido de servidor, aquele que serve, não é escravo.
1
relevante capítulo em The Freemasons Guide and Compendium
de Bernard Jones.
A mais antiga referência ao Diácono numa loja inglesa se
deu em 1733 embora, obviamente, seus deveres fossem
executados antes disso por algum membro da loja designado
para esse propósito.
A primeira vez que foram mencionados como Grandes
Diáconos foi em 1814.

2
Capítulo 2

O Cargo

Poucos hão de negar que qualquer reunião de uma loja


sem a presença e a ativa participação dos Diáconos não seja
incompleta.
Tão necessários se tornaram aos nossos procedimentos que o
falecido Irm. Sinclair Bruce, PJGD4, resolveu fazer deles o tema
de sua Prestonian Lecture5 no ano de 1985, intitulada “… não
somente Antigos mas úteis e necessários Oficiais … os
DIÁCONOS.”
Com o objetivo de auxiliar tanto o Segundo quanto o
Primeiro Diácono em seus papéis altamente diferentes, cuidei de
seus deveres separadamente, dando desse modo a cada um o
tratamento individual que estes dois cargos tão justamente
merecem.
A função do Diácono coloca o detentor deste cargo em
contato com todo oficial na loja e frequentemente se tem dito que
um bom diácono normalmente produz um bom Mestre.
Algumas palavras de recomendação a todo aspirante a
diácono - mova-se com dignidade e elegância, segure o bastão
verticalmente a cerca de 12 polegadas do seu corpo, procure
aparentar tranquilidade e organização, conduza o Candidato
com cuidado e consideração, não se apresse durante toda a
cerimônia, não fique perturbado, e nunca, jamais, se precipite
em qualquer parte de suas obrigações.

4
Past Junior Grand Deacon, Ex-Segundo Grande Diácono
5
Preleção Prestoriana
3
4
Capítulo 3
Os Deveres do Cargo

Usualmente se concorda que os Diáconos são oficiais


muito importantes em uma loja.
Certamente é verdadeiro que o trabalho do piso6 realizado
por eles forma uma parte muito grande de cada uma das
cerimônias conduzidas na maçonaria do ofício7 de hoje.
Um Diácono que realiza bem seu trabalho pode deixar uma
impressão permanentemente favorável no Candidato que
conduz, ao passo que um Diácono que executa pobremente seu
dever deixará o Candidato com um sentimento de incômodo e
apreensão.
Uma obrigação muito boa de se ver, quando corretamente
realizada, é a troca das Tábuas de Delinear. Mal ou
desajeitadamente manuseadas torna-se nada menos que um
estorvo e compromete a boa imagem da loja.
Seria pouco limitar-nos à instrução dada sobre esta singela mas
importante parte da sessão e, portanto, este assunto, devido a
sua importância, é tratado em capítulo inteiramente separado.
Quando desempenhando o trabalho do piso em qualquer
grau, é da máxima importância que os dois Diáconos
demonstrem capacidade e trabalhem juntos de uma maneira
bem planejada e coesa.
Requer considerável prática obter este grau de perfeição e
os aspirantes a Diáconos devem despender algum tempo com
seu parceiro, garantindo que trabalhem como um conjunto e não
como dois indivíduos separados, não importando como
executam sua própria parte.

6
Expressão peculiar à Prática Emulação que se desenrola sobre o tapete
quadriculado que cobre todo o assoalho da loja.
7
Na maçonaria simbólica de hoje.
5
6
Capítulo 4
A Sessão de Instalação

Começarei a instrução relativa ao Segundo Diácono a partir


do momento em que o colar e a jóia do cargo são colocados em
volta de seu pescoço na sessão de Instalação e ele é conduzido
ao seu lugar pelo Diretor de Cerimônias.
Ao ser colocado na frente de sua cadeira, fará uma
reverência ao Diretor de Cerimônias, se sentará, e então
colocará seu bastão no suporte adjacente à cadeira, não de
outro modo.
Você é agora o Segundo Diácono e deve estar preparado
para qualquer necessidade a ser realizada na nova função.
Qual será então sua primeira obrigação? Muito
provavelmente, ajudar no encerramento da loja virando a Tábua
de Delinear do Primeiro Grau de frente para o pedestal do
Segundo Vigilante.
Ocorre, às vezes, que o fechamento do VLS envolve os
Diáconos e se este for o caso na sua loja, é costume que os
bastões sejam cruzados antes que o PMI deixe seu lugar para
realizar essa parte da cerimônia.
A próxima função a executar é a de participar do cortejo de saída
e muito provavelmente você será incluído no cortejo como o
primeiro oficial a ser “recolhido” pelo Diretor de Cerimônias e
pelo Diretor de Cerimônias Adjunto durante a primeira
perambulação em volta da loja.
Assim que passar pelo canto nordeste, seu companheiro
diácono se juntará a você, deixando-o entrar na sua frente. Isto
deve ser combinado com ele de antemão, de modo a ser feito
com dignidade.
Avançando juntos, continuarão para o sul, indo um pouco
além do pedestal do Segundo Vigilante onde pararão, enquanto
o Diretor de Cerimônias acompanha o Segundo Vigilante de seu
lugar para uma posição no cortejo imediatamente atrás de você
como Segundo Diácono.
O cortejo avançará de novo e continuará até um pouco depois
do pedestal do Primeiro Vigilante, onde pararão outra vez
enquanto o Diretor de Cerimônias conduz o Primeiro Vigilante
de seu lugar e o coloca atrás do Primeiro Diácono.
7
Uma vez mais o cortejo se movimentará. O Primeiro e
Segundo Vigilantes pararão na parte nordeste da loja enquanto
o restante do cortejo continuará até uma posição entre os
pedestais do Segundo e Primeiro Vigilantes onde se deterá ao
comando do Diretor de Cerimônias.
O Venerável Mestre será acompanhado pelo Diretor de
Cerimônias para uma posição atrás e entre o Primeiro e
Segundo Diáconos, e os Vigilantes serão instruídos a se
formarem atrás do Mestre. Grandes Oficiais, Ex-Grandes
Provedores, Grandes Oficiais Provinciais ou Distritais e
Ocupantes do Senior London e do London Grand Rank e Grand
Rank Estrangeiro serão então convidados a se juntarem ao
cortejo de saída8.
Então, o Diretor de Cerimônias dirá “Avante irmãos” e o
cortejo avançará na direção da porta da loja onde o Diretor de
Cerimônias, o Diretor de Cerimônias Adjunto e os dois Diáconos
pararão e virarão para o interior de modo a permitir que a
comitiva passe entre eles. Neste momento os dois Diáconos
erguem seus bastões e permanecem nesta posição até que
todos os participantes do cortejo tenham deixado o recinto da
loja.
Sua primeira sessão como Segundo Diácono da loja
terminou.

8
A formação do cortejo poderá sofrer pequenas variações. A palavra “rank” talvez
possa ser bem traduzida como “escalão”.
8
Capítulo 5
A Cerimônia de Iniciação

Seguramente pode não haver maior sentimento de


satisfação do que o experimentado pelo Segundo Diácono por
ocasião da recepção e condução do Candidato à iniciação por
toda a cerimônia.
Começarei do ponto em que o Venerável Mestre diz:
“Então admiti-o na devida forma. Irmãos Diáconos.”
Dependendo do ritual usado, o Primeiro Diácono se dirigirá
diretamente ao noroeste ou esquadrará a loja, juntando-se a
você, e então prosseguirão até à porta da loja, que será aberta
pelo Guarda Interno.
Lá, diante de você, estará o Candidato, pronto para entrar
na loja, o seu primeiro encargo, confiado aos seus cuidados e
consideração durante toda a cerimônia.
Tendo o Guarda Interno aplicado a ponta do p., o segurará
no alto para mostrar que a entrada do Candidato foi
corretamente tratada de acordo com o ritual, e você gentilmente
colocará seu braço esquerdo por baixo do braço direito do
Candidato e, lentamente, o guiará ao ponto de anúncio no
noroeste, sussurrando-lhe discretamente que pare quando
estiver na posição correta.
O Venerável Mestre dirá agora: “Sr. ..., como ninguém
……… vinte e um anos?”
O Candidato, estimulado por você, responderá: “Sim”.
O Venerável Mestre falará de novo: “Assim sendo, peço-
vos que ajoelheis ………… sobre os nossos trabalhos.”
Agora, em voz baixa, você deve dizer ao Candidato que
existe um banco de ajoelhar bem na frente dele e que você o
colocará numa posição pela qual ele poderá facilmente ajoelhar-
se.
Os Diáconos, segurando os bastões na mão esquerda,
cruzam-nos sobre a cabeça do Candidato e fazem o sinal de
R…… Não há necessidade de que o Candidato faça o sinal de
R…… pois não haverá sentido para ele neste momento.
O Venerável Mestre então profere a P… e continua: “Em
todos os casos de ……… depositais vossa confiança? O

9
Candidato, ensinado por você, responde: “Em ….” O Venerável
Mestre instrui então o Candidato a levantar-se e seguir, etc., etc..
Neste ponto, você deve ajudá-lo a levantar-se e mais uma
vez colocar o seu braço esquerdo sob o braço direito dele,
segurando-o pelo pulso ou pela mão numa pegada firme mas
não muito apertada.
O Venerável Mestre continua com um preâmbulo antes de
terminar com as palavras: “…… pessoa digna e apta para ser
feita Maçom”.
Agora você deve, baixinho, dizer ao Candidato para
avançar com o pé esquerdo, levando-o gentilmente ao redor da
loja, esquadrando-a no nordeste e sudeste, e finalmente
chegando no sul. Instrua o Candidato a dirigir-se para a
esquerda.
Um aperto suave mas firme em seu pulso indicará que ele
deve parar agora.
A cerimônia da conversação com o Segundo Vigilante pode
ter lugar agora. Gentilmente, você pegará a mão do Candidato
e, de leve, baterá três vezes no ombro direito do Segundo
Vigilante.
Ele começará lhe dizendo: “Quem tendes aí convosco?” ao
que você responderá: “O sr. ……, um pobre Candidato em ……
etc. …… Franco-maçonaria”. O Segundo Vigilante continua:
“Como espera ele obter esses privilégios?” Você responde:
“Com a proteção …… boa reputação”. O Segundo Vigilante diz:
“Entrai, livre e de boa reputação”.
Você então se move para a direita, assegurando-se de que
o Candidato está bem afastado das tábuas de delinear, antes de
instruí-lo (baixinho) a começar com o pé esquerdo. Daí você
continua até o Primeiro Vigilante onde a mesma investigação é
precisamente repetida.
Após o Primeiro Vigilante haver completado sua parte na
conversação, mais uma vez você instruirá o Candidato a mover-
se para a direita.
Quando ele estiver afastado do banco de ajoelhar, instrua-
o outra vez a avançar com o pé esquerdo e leve-o à esquerda
do Primeiro Vigilante que, tendo permanecido de pé, se dirigirá

10
ao Venerável Mestre dizendo: “VM, apresento-vos o sr. …… um
Candidato convenientemente preparado para ser feito Maçom”.9
O Venerável Mestre responde ao Primeiro Vigilante
terminando com as palavras “……, responderá com
sinceridade”.
Neste ponto, o Primeiro Vigilante lhe restitui a mão direita do
Candidato e, mais uma vez, você colocará o braço sob o braço
direito dele e segurará firmemente seu pulso mas não de modo
apertado.
Dirija-se para a beira do tapete e pare, dizendo-lhe ao
mesmo tempo, em voz baixa, para não falar nada até que seja
instruído por você.
O Venerável Mestre prosseguirá fazendo as habituais perguntas
ao Candidato, e você o ensinará a responder as três questões
com as palavras apropriadas10.
Quando esta parte tiver sido completada, o Venerável
Mestre se dirigirá ao Primeiro Vigilante que, por sua vez, lhe
ordenará então: “……ensinai ao Cand. A avançar para o ped…..
na devida forma.”
Neste ponto você instruirá o Candidato, numa voz audível,
a mover-se vagarosamente começando com o pé esquerdo.
Você deve detê-lo numa posição apropriada quanto ao
espaço necessário para realizar a parte seguinte da cerimônia.
Usualmente, isto pode ser estimado entre cinco a seis pés11 do
pedestal do Mestre.
NOTA: Ocorre habitualmente que o Candidato dará um
passo muito menor do que você acredita. Será,
portanto, precavido o Segundo Diácono que
adequadamente levar isto em conta.

Agora você deve mover-se na frente do Candidato e tomar


a mão esquerda dele na sua mão direita enquanto retém a mão
direita dele na sua mão esquerda.

9
Esqueceu-se o autor de dizer que, nesta parte, o SD coloca a mão direita do Cand.
Na mão esquera do PV, vira o Cand. De frente para o Oriente e se coloca, ele mesmo,
à esquerda do Cand, também de frente para o Oriente (Emulação).
10
Em inglês a resposta é única: “I do”, um recurso do idioma para não se repetir o
principal verbo da pergunta. Em português as respostas respectivas são: Eu o declaro,
Eu o garanto, Eu o prometo.
11
Aproximadamente 1,20 m do pedestal.
11
Lenta mas deliberadamente puxe-o para você, dizendo-
lhe, em voz baixa, para avançar com o pé esquerdo.
Quando tiver alcançado uma posição na qual o Cand. fique
diretamente na frente do Venerável Mestre e em linha com ele,
diga-lhe para colocar os pés juntos.
Assim que ele o fizer, diga-lhe para virar o pé direito de
modo a formar um esquadro. Alguns Candidatos encontram
dificuldade em fazer isso, de modo que você deve estar
preparado para ajustar imediatamente a posição do seu pé
direito, se necessário.
Instrua-o, então, a dar um curto passo com o pé esquerdo,
movendo ao mesmo tempo sua mão direita, que está segurando
a mão esquerda dele para, aproximadamente, a posição que
você deseja que ele complete este passo.
Você deve averiguar que ele faça precisamente assim.
Em seguida, instrua-o a completar o passo trazendo o pé
direito depois.
Complete esta parte da cerimônia tratando dos outros dois
passos de modo similar, empenhando-se por chegar ao pedestal
exatamente no ponto em que se completa o terceiro passo.
O Cand. deve estar, agora, quase tocando o banco de
ajoelhar, que estará distante o bastante do pedestal de forma a
permitir-lhe ajoelhar com conforto sem que tenha de inclinar-se
para trás.
Agora o Venerável Mestre se dirigirá ao Cand. que
precisará do seu auxílio, no momento apropriado, a fim de ser
capaz de responder à pergunta do Ven. Mestre, cuja resposta
correta é “Estou”.
O Venerável Mestre ordenará então ao Cand. para que se
ajoelhe no seu j. esq. com o pé dir. formado em esquadro, e aí o
instruirá a lhe dar a mão direita que ele colocará sobre o VLS
aberto.
Ao Cand. é então entregue um Compasso, do qual uma
ponta é apresentada ao seu p. e. n. Você deve estar preparado
para levantar e guiar as mãos do Candidato às posições
adequadas. Certifique-se de que o braço livre do Compasso
aponte para baixo.
Neste ponto, você deve assegurar-se bem de que o Cand.
esteja bem posicionado, não sofrendo qualquer desconforto,
tendo em mente que ele está usando uma venda.
12
Segurando o bastão na mão esquerda, você o erguerá
agora na frente do bastão do Primeiro Diácono, de modo que
fiquem cruzados acima da cabeça do Candidato.
Em seguida, você deve pôr-se à ordem com o passo e sinal
do Primeiro Grau.
O Venerável Mestre dá início então ao Compr…… com o
preâmbulo “Repeti vosso nome por extenso e dizei após mim…”
O restante desta parte da cerimônia continuará como mostrado
no livro do ritual usado em sua loja.
Às palavras “… meu G. e S.C. de um Ap. F.M.”, tendo sido
repetidas pelo Cand., tanto você quanto o Primeiro Diácono
baixarão os bastões à direita.
O Venerável Mestre retirará o Comp. da mão esquerda do
Cand. e o Primeiro Diácono deve baixá-la. A mão direita do
Cand. permanece sobre o VLS até que seja erguida pelo
Venerável Mestre.
O Venerável Mestre continua então: “O que tendes repetido
etc. ……… no VLS”.
Geralmente, o Cand. faz desse modo sem ajuda, mas se
este não for o caso, então você deve indicar, por suave pressão
sobre a nuca, que você deseja inclinar a cabeça dele levemente
para a frente.
Quando isto tiver sido completado, o Venerável Mestre
dirá: “Tendo sido mantido ……, etc., o desejo que predomina em
vosso cora…?”
Ensinado por você, o Cand. responderá: “L-z”. O Venerável
Mestre o instruirá então a executar esta ação enquanto ele
adequa suas ações para a ocasião.
Tendo sido removida a venda, a cabeça do Cand. será
gentilmente dirigida de modo a colocar o VLS bem à frente da
sua vista.
Aí o Venerável Mestre explica as três grandes luzes na
Franco-maçonaria e termina erguendo o Cand. pela mão direita.
Logo que esteja de pé, você colocará seu braço esquerdo
por baixo do braço direito dele e o guiará para o lado direito do
Venerável Mestre.
O Venerável Mestre fará agora a explanação das três luzes
menores, seguida da apresentação e explanação do p., e a
explicação do seu significado e uso na cerimônia de Iniciação.

13
A explanação da corda é dada então, seguida do
significado e propósito do Compromisso.
O Cand. é então instruído pelo Venerável Mestre a dar o
primeiro passo regular na Franco-maçonaria.
Discretamente, você dirá, baixinho, ao Cand. para que faça
exatamente
conforme você fizer e, então, continuará mostrando-lhe a
maneira correta de colocar o pé esq., com o pé dir. na sua
concavidade.
O Venerável Mestre prosseguirá, a seguir, explicando o
significado desta parte da cerimônia, que levará
automaticamente à explanação do sinal do grau.
Apesar do Venerável Mestre falar ao Cand. para imitá-lo,
você deve estar pronto para auxiliar o Cand. a executar,
corretamente, esta parte da cerimônia.
O diálogo entre o Venerável Mestre e o Cand. (ensinado
por você) terá então lugar, incluindo a comunicação da pal.…
Esta parte da cerimônia concluirá com o Venerável Mestre
dizendo: “Passai …”
A seguir, o Venerável Mestre lhe passará a mão direita do
Cand. e, mais uma vez, você colocará seu braço esquerdo
debaixo do braço direito dele.
Não se mexa até que o Venerável Mestre esteja sentado,
instante em que você fica liberado para mover-se na frente do
pedestal, instruindo o Cand. a avançar com o pé esq., dirigindo-
se para o canto sudeste da loja, onde ele será orientado a
esquadrar a loja e então seguir para o sul.
Você deve parar do lado esquerdo do ped. do Segundo
Vigilante, instruindo o Cand. para mover-se para a esquerda de
modo a chegar pela direita do Segundo Vigilante.
Aí você saudará o Segundo Vigilante com o passo e sin..
do grau e dirá: “Ir. SV, apresento-vos o Ir. …… na sua iniciação”.
O Segundo Vigilante responderá: “Rogo ao Ir. …… que se
aproxime de mim como Maçom”.
O Cand., ensinado por você, dará o passo e mostrará o
12
sn. ao Segundo Vigilante, que dirá então: “Tendes alguma
coisa a comunicar?”
O Cand. deve ser ensinado a responder: “Tenho”.

12
Na verdade, deve cortar o sinal. Não apenas mostra-lo
14
Ao comunicar o T., o Segundo Vigilante dirá: “Que é isto?”
ao que o Cand., ensinado por você, responderá: “O T. ou S. de
um Ap. FM”.
O Segundo Vigilante perguntará então: “Que exige ele?” O
Cand. responderá: “Uma pal.…” depois do que o Segundo
Vigilante dirá: “Dai-me essa pal.…” e o Cand., ensinado por
você, responderá: “Na minha iniciação …… etc. …… convosco”.
É imperativo que o Cand. seja impedido de dizer a palavra.
O Segundo Vigilante dirá: “Como quiserdes, e começai”.
Quando esta comunicação for completada, o Segundo Vigilante
dirá: “Passai …” Uma versão similar mas ligeiramente mais
extensa desta parte da comunicação do grau é realizada no
pedestal do Primeiro Vigilante.
Em cada parte da comunicação você guiará o Cand. na
parte dele, ensinando-lhe as palavras a serem empregadas e
certificando-se de que ele nada fale enquanto você não lhe tenha
informado as corretas palavras a serem ditas.
O método de chegar do lado direito do Primeiro Vigilante é
idêntico ao que foi usado com o Segundo Vigilante, assim como
o método de iniciar o diálogo com o Primeiro Vigilante.
Quando o Primeiro Vigilante tiver pronunciado as palavras
“Passai …”, você levará o Cand. para o lado esquerdo do
pedestal do Primeiro Vigilante.
Coloque a mão direita do Candidato na mão esquerda do
Primeiro Vigilante que, então, de frente para o Venerável Mestre,
com o p.… e s.… do grau, dirá: “VM, apresento-vos o Ir. …… na
sua iniciação, para receber algum sinal de vossa estima.”
O Venerável Mestre responderá: “Ir. PV, delego-vos ………
de Maçom”.
O Primeiro Vigilante obedece à instrução, em cuja
conclusão conserva seguro o canto direito do Av..…13 na sua
mão esq., dizendo então ao Cand.: “Ir. ……, por ordem do Ven.
Mestre, ………ela nunca vos desonrará”.
Aí o Primeiro Vigilante devolverá o Cand. aos seus
cuidados, como Segundo Diácono e, em seguida, retomará seu
assento, momento em que você colocará o Cand.
alguns passos à frente e à esquerda do ped. do Primeiro
Vigilante, de frente para o oriente.
13
O ritual menciona insígnia em vez de avental e ilustra que deve ser segura pelo
canto inferior direito.
15
O Venerável Mestre se dirigirá, então, ao Cand.: “Deixai-
me acrescentar às observações do ……… com a vossa
presença”.
Aí o Venerável Mestre se dirigirá a você, enquanto
Segundo Diácono: “Irmão Segundo Diácono, colocai nosso
……… da Loja”.
Você deve então orientar o Cand. a avançar com o pé esq.,
prosseguir levando-o, lentamente, pela parte norte da loja,
parando a cerca de quatro ou seis pés do canto nordeste14.
Você diz então ao Cand.: “Pé esq. transversal à loja, pé dir.
longitudinal à loja.
Prestai atenção ao VM”15. Você pode agora soltar-lhe a
mão. Certifique-se de que a bolsa de ofertas16 tenha sido
colocada onde você pode facilmente ir buscá-la quando
requerido.
O Venerável Mestre segue então dando a Instrução que
principia assim: “É costume, no levantamento de todos os
edifícios imponentes ………… (e conclui) … será recebido com
gratidão e fielmente aplicado”.
Neste ponto você deve colocar-se numa posição aproximada de
três a quatro pés na frente do Cand. e oferecer-lhe a bolsa de
ofertas enquanto diz: “Tendes alguma coisa a dar à causa da
Caridade?” Se o Cand. não responder, você passará
rapidamente para a segunda pergunta: “Fostes despojado de
todo v.… antes de entrardes na Loja?”
O Cand. deve responder a esta pergunta por sua própria
vontade, e você diz então: “Se não tivésseis sido assim
despojado, daríeis livremente?”
Ao receber sua resposta afirmativa, você então se voltará para
o Venerável Mestre, dá pas.. e sin.., e diz: “VM, nosso novo
Irmão afirma ter sido desp..… de todo val.. antes de entrar na
Loja, ou teria contribuído de boa vontade”.
O Venerável Mestre dirige-se de novo ao Cand.
começando com as palavras: “Congratulo-me convosco por tão
honrosos sentimentos ………… a oportunidade de praticar essa
virtude que tanto professais admirar”.
14
Cerca de 1,20 m ou 1,80 m respectivamente.
15
O ritual diz que isto é feito de frente para o Sul (o autor esqueceu-se de o
mencionar).
16
No original, Alms Dish, bandeja de esmolas. No ritual Emulação sugere-se que seja
entregue ao Segundo Diácono.
16
Quando esta passagem tiver sido completada pelo
Venerável Mestre, mais uma vez você tomará o Cand. colocando
seu braço esquerdo embaixo do braço direito dele e o conduzirá,
em um arco, à frente do ped. do Venerável Mestre, ocasião em
que este fará uma completa explanação dos instr....… de trab.…
do primeiro grau.
Imediatamente após isto, o Ven. Mestre prosseguirá com a
explanação da Carta Constitutiva da loja, que ele exibirá e,
finalmente, apresentará ao Cand. uma cópia do Livro da
Constituição e Regimentos da loja.
O Cand. é então informado que ele pode se retirar para
recompor seu conforto pessoal, e depois que o Venerável Mestre
(ou quem quer que tenha conduzido a cerimônia) o tiver
cumprimentado, você está livre para conduzi-lo ao canto
noroeste da loja, onde ele será instruído a saudar o Venerável
Mestre com o pas.. e sin.. do grau.
Quando isto estiver completado, ele deve ser levado à
porta da loja, que será aberta pelo Guarda Interno, sendo
entregue então aos cuidados do Ir. Telhador17.
Após um breve intervalo, as batidas do grau serão dadas
na porta e, naturalmente, estas serão respondidas pelo Guarda
Interno18. O Venerável Mestre lhe dará então instruções para
admissão do Cand.19, depois do que, automaticamente, você
deve levantar-se e dirigir-se para a porta, que não será aberta
pelo Guarda Interno até que você esteja em posição e pronto
para receber o Cand. mais uma vez.
Tendo-o recepcionado e, mais uma vez, tendo-o tomado
pela mão direita, você se dirigirá para o ponto de anúncio, no
noroeste, e o instruirá a executar o pas.. e sin.. de um Ap. FM.
Os rituais variam muito quando expõem a posição do Cand.
ao ser proferida a preleção. Em alguns, ele permanece onde
está colocado no noroeste20, ao passo que em outros o Ven.
Mestre dirá: “Ir. Segundo Diácono, colocai nosso Ir. no centro da
loja”.
Se a segunda fórmula for a usada na sua loja, então, após
colocá-lo nessa posição, você deve retirar-se para o seu lugar,

17
Ou Guarda Externo
18
O ritual Emulação não fala dessas batidas do Guarda Interno.
19
A instrução de admissão, no ritual Emulação, é dirigida ao Guarda Interno.
20
É o caso do ritual Emulação
17
deixando o Cand. sozinho no centro da loja enquanto a Preleção
após a Iniciação é ministrada.
Quando as palavras “Da muito louvável atenção……”
forem atingidas, lentamente você deve mover-se para a frente
até ficar a um passo atrás do Candidato.
Ao término da Preleção, mais uma vez você o tomará pelo
braço direito e o conduzirá diretamente à cadeira à direita do
Primeiro Diácono, onde, com uma reverência, você o deixará
para sentar-se21. Você agora retorna ao seu próprio assento na
loja.

NOTA: Se houver dois Candidatos à iniciação, o Primeiro


Diácono será o responsável pelo segundo
candidato. Em tais casos, o Diretor de Cerimônias
orientará o procedimento de acordo com a prática da
loja.

21
O autor não menciona, mas o Cand deve ser orientado a somente sentar-se após
autorização do VM
18
Capítulo 6
O Segundo Grau
Iniciarei o trabalho do Segundo Diácono no Segundo Grau
no ponto em que o VM observa que o próximo item da agenda é
a Cerimônia de Passagem.
O Venerável Mestre irá dizer então: “Irmãos, o Ir. ....... é,
nesta noite, um Candidato a ser passado ao Segundo Grau …….
Portanto, passarei a fazer-lhe as perguntas necessárias”.
Como Segundo Diácono você deixará seu lugar indo juntar-
se ao Cand. Para levá-lo ao ponto de anúncio no noroeste da
loja.22
O Venerável Mestre passa então a fazer-lhe as perguntas
que conduzem do Primeiro ao Segundo Grau.
As respostas estarão disponíveis para o Cand., sem
necessidade de qualquer ajuda23, mas se ele se mostrar nervoso
ou estiver dominado pela ocasião, você bem pode ter que supri-
lo com uma assistência.
Portanto, se preciso, você deve estar preparado para oferecer
essa assistência, mas faça o favor de dá-la em voz baixa.
Presumamos agora que esta parte da cerimônia tenha se
passado sem qualquer problema.
Ao terminar, quando o Venerável Mestre diz: “Estas são as
perguntas usuais: etc., etc., etc., …… assim o desejar”, você
deve avançar com o Cand. ao longo da parte norte da loja para
o lado norte do pedestal do Venerável Mestre. Você deve
posicionálo, e a si próprio, distante cerca de um passo do
Venerável Mestre mas de frente para o s.. .
O Venerável Mestre lhe fará então duas perguntas, cujas
respostas serão “Sim”, que você ensinará o Cand. a responder24.
A ele então serão confiados, pelo Venerável Mestre, o t. de
p. e a pal. de p. que conduzem do Primeiro ao Segundo Grau.

22
No ritual Emulação o SD já fez isto um pouco antes: logo que o VM anunciou o
próximo assunto.
23
Melhor mesmo é que o Cand conheça as respostas, através de instruções recebidas
em loja.
24
Em nossa tradução, as respostas são, respectivamente, “Comprometo-me” e “Sim”.
19
Você deve estar preparado para ajudá-lo, dizendo-lhe para
repetir a pal. de p. dada pelo Venerável Mestre, que concluirá
esta parte da cerimônia com as palavras “Passai, ……”
Você deve agora levar o Cand. ao canto noroeste da loja,
onde ele será instruído a saudar o Venerável Mestre como Ap.
FM.25 Em seguida, o Cand. será levado à porta da loja, onde o
Guarda Interno o deixará sair para a preparação para a
Cerimônia de Passagem pelo Telhador. A loja é então aberta no
Segundo Grau.
O Telhador dá as batidas de Ap. na porta e o Guarda
Interno anuncia apropriadamente ao Segundo Vigilante, após o
que o Ven. Mestre instrui que o Cand. seja admitido e emenda:
“Irmãos Diáconos”.
O controle do Cand. neste grau fica, naturalmente, aos
cuidados do Primeiro Diácono, mas existem alguns pontos
importantes para o Segundo Diácono observar, visto que sua
participação no sucesso deste grau, ou o contrário, depende
muito da habilidade dos dois diáconos em trabalharem juntos
como uma unidade coesa.
À entrada do Cand. na loja, o Primeiro Diácono assume o
encargo dele e o leva ao ponto de anúncio no noroeste.
O Cand. é instruído a saudar o Venerável Mestre como Ap.
FM. O Segundo Diácono ocupará posição à esquerda do Cand.
enquanto isto estiver acontecendo.
Quando o Ven. Mestre der a instrução para que o Cand. se
ajoelhe, os Diáconos seguram os bastões na mão esquerda e os
cruzam acima da cabeça do Cand. mostrando o S.… de R………
com a mão direita.
Quando a p.... tiver terminado, os Diáconos baixarão o s.…
e retornarão os bastões aos seus lados.
É dever do Segundo Diácono, neste ponto, remover o
banco de ajoelhar, movendo-o para a esquerda.
Quando o Primeiro Diácono e o Cand. começarem a
perambular, o Segundo Diácono colocará de volta o banco de
ajoelhar na frente do pedestal do Primeiro Vigilante e então
retoma seu lugar.
Sua próxima participação na cerimônia de Pas..... é no
ponto em que o Cand. É instruído pelo Primeiro Diácono quanto
à maneira pela qual os passos do grau devem ser dados.
25
Não se passa pelo sul. O Cand é trazido e levado de volta pelo N da loja.
20
Você deve calcular sua chegada no pedestal do Venerável
Mestre de modo a alcançar a parte nordeste da loja justamente
quando o Primeiro Diácono e o Cand. completam os passos do
grau, de forma que os três fiquem em linha reta, o Segundo
Diácono à esquerda, o Cand. no meio, e o Primeiro Diácono à
direita.
O Venerável Mestre informa então ao Cand. a respeito de
um outro Compr...... e lhe perguntará se está disposto a prestá-
lo.
O Cand. responde ensinado pelo Primeiro Diácono.
O Venerável Mestre instrui o Cand. quanto à maneira de
ajoelhar, e você, como Segundo Diácono, será solicitado a
segurar o Esq..… colocando-o no cotovelo esquerdo do
Candidato.
Quando o Cand. estiver confortável e na posição correta, o
Venerável Mestre baterá com o malhete e os Diáconos erguerão
seus bastões acima da cabeça do Cand., o do Primeiro Diácono
na frente. Apenas o Primeiro Diácono será capaz de executar o
Sn. de F.
A cerimônia prossegue até o ponto em que o Venerável
Mestre indicar que ele quer que o Esq..… seja retirado e
estenderá a mão para recebê-lo26. Neste ponto você deve baixar
a mão esquerda do Cand. ao lado do corpo. À instrução do
Venerável Mestre: “Levantai-vos, recém juram…… Comp. FM”,
o Primeiro Diácono fará o Cand. girar no sentido dos ponteiros
do relógio levando-o para a direita do Venerável Mestre. Isto
permitirá a você retornar ao seu lugar indo pelo lado sul da loja27.
Seu trabalho neste grau está agora no fim.
Se a explanação da tábua de delinear do segundo grau
tiver de ser dada, é possível que o Venerável Mestre solicite o
uso de seu bastão para indicar os vários aspectos da tábua para
o Cand., caso em que você deve estar pronto tanto para
oferecer-lhe o bastão quanto para recebê-lo de volta ao término
da instrução.

26
Este procedimento não condiz com a prática Emulação, onde o SD retira o esquadro
logo que os bastões são baixados, passando-o ao PD que, por sua vez, o devolverá
ao PMI.
27
Em procedimento diferente do Emulação, em que o Cand é virado para a esquerda,
e não para a direita (sentido dos ponteiros do relógio). Na prática Emulação o SD
retorna ao seu lugar logo que o VM devolve o Cand ao PD, logo após havê-lo erguido
com a frase: “Levantai, recém-juramentado Comp. FM
21
NOTA: Se houver dois Candidatos à passagem, será você
o responsável pelo segundo candidato. Em tais
casos, o Diretor de Cerimônias orientará o
procedimento de acordo com a prática da loja.

22
Capítulo 7
O Terceiro Grau

Começarei do ponto em que o Segundo Diácono


primeiramente se envolve na cerimônia de Elevação. Isto
acontece imediatamente após a loja ter sido aberta no Terceiro
Grau.
O Telhador dá as batidas de Comp. na porta e o Guarda
Interno anuncia apropriadamente ao Segundo Vigilante, depois
do que o Ven. Mestre instrui que o Cand. seja admitido,
acrescentando “Irmãos Diáconos”.
O controle do Cand. neste grau fica, naturalmente, aos
cuidados do Primeiro Diácono. Existem, contudo, alguns pontos
importantes para o Segundo Diácono observar, visto que o
sucesso deste grau, ou o contrário, depende muito da habilidade
dos dois diáconos em trabalharem bem juntos.
À entrada do Cand. na loja, o Primeiro Diácono assume o
encargo dele e o leva ao ponto de anúncio, na parte noroeste da
loja.
O Cand. é instruído a saudar o Venerável Mestre como um
Comp. [do Ofício], primeiramente como Ap. .
Neste ponto, o Segundo Diácono deve ocupar posição à
esquerda do Candidato.
Quando o Ven. Mestre der a instrução para que ele se
ajoelhe, os Diáconos cruzam os bastões acima da cabeça do
Cand. e mostram então o S.… de R……… com a mão direita.
Quando a pr… tiver terminado, os Diáconos baixam o s.…
e devolvem os bastões aos seus lados.
Neste ponto, é dever do Segundo Diácono retirar o banco
de ajoelhar movendo-o para a esquerda.28
Quando o Primeiro Diácono e o Cand. tiverem começado a
perambular, o Segundo Diácono colocará de volta o banco de
ajoelhar na frente do pedestal do Primeiro Vigilante e então
retoma seu lugar.

NOTA: Deve-se notar aqui que na prática Emulação o


Segundo Diácono segue logo atrás do Primeiro

28
Banco que ele próprio colocou no lugar um pouco antes.
23
Diácono e do Cand. e que o ato de repor o banco é
executado pelo G.I.

Quando o Cand. for entregue pelo Primeiro Diácono ao


Primeiro Vigilante, para a apresentação ao Venerável Mestre, o
Primeiro Diácono ocupará posição à esquerda do Cand., e o
Segundo Diácono deve colocar-se à esquerda dele.
Sua próxima participação na cerimônia de Elev.… é no
ponto em que o Cand. É instruído pelo Primeiro Diácono quanto
à maneira pela qual os passos do grau devem ser dados.
Você deve calcular sua chegada no pedestal do Venerável
Mestre de modo a alcançá-lo precisamente quando o Primeiro
Diácono e o Cand. completam os passos do grau, de forma que
os três fiquem em linha reta, o Segundo Diácono à esquerda, o
Cand. no meio, e o Primeiro Diácono à direita.
O Venerável Mestre informa então ao Cand. acerca de um
outro Comprom.… e pergunta se ele está disposto a prestá-lo.
O Cand. responde, ensinado pelo Primeiro Diácono, e o
Ven. Mestre o instrui como deve ajoelhar.
Quando ele estiver confortável e na posição correta, o
Venerável Mestre dará um golpe de malhete e os Diáconos
erguerão seus bastões acima da cabeça do Cand., o do Primeiro
Diácono na frente, dando o Pas.. e Sn. Pen.. de M.M.
A cerimônia continua até o ponto em que o Venerável
Mestre explica a posição do Esq..… e Comp.…
À ordem dada pelo Venerável Mestre: “Levantai-vos,
recém-jur........ M.M.”, o Primeiro Diácono desejará sua ajuda
para recuar o Cand. alguns passos até à beira da sep......
O retrospecto é então dado pelo VM que finalmente diz:
“Irmãos Vigilantes”.
Os Vigilantes deixam então seus respectivos postos, vão
para as novas posições, e assumem o controle e o cuidado do
Cand. no lugar do Primeiro Diácono e no seu.
Neste ponto, ou você se retira para o ocidente ou retorna
ao seu assento. Isto dependerá inteiramente da prática usada
pela sua loja.29

29
Em Emulação os Diáconos são sinalizados pelos Vigilantes, dão um passo para
fora, viram-se e retornam aos seus lugares.
24
O Primeiro Diácono tomará o encargo do Cand. quando o
Venerável Mestre tiver concluído a explanação dos Sns. e Pals.
do grau.
O Cand. será instruído a saudar o Venerável Mestre nos
três graus e então se retirará da loja.
Seu trabalho neste grau está agora no fim.

NOTA: Se houver dois Candidatos à elevação, você será o


responsável pelo segundo Candidato. Em tais casos
o Diretor de Cerimônias orientará o procedimento de
acordo com a prática da loja.

25
26
Capítulo 8
Preparação antes da sua Nomeação

Qualquer reunião de uma loja é uma oportunidade para


aprender ou praticar os deveres de um oficial e isto se aplica
tanto ao cargo de Segundo Diácono quanto a qualquer outro.
O oficial sensato e que olha para a frente estará sempre se
valendo da oportunidade para estudar e observar o trabalho dos
outros oficiais da loja.
O trabalho dos Diáconos, sereno e livre de preocupação,
somente será possível se os movimentos do piso forem
ensaiados e reensaiados até que possam ser realizados sem
qualquer auxílio de outros.
Muito já se escreveu sobre a maneira pela qual o braço e
a mão direita do candidato devem ser seguros ao colocar seu
braço debaixo do dele. Quando se experimentar pela primeira
vez, será imediatamente valorizada, por demonstrar quão eficaz
pode ser esta simples ação.
Se a mão do candidato for segura de tal maneira que a sua
mão e braço fiquem por cima dos dele, você terá pouco domínio
e o candidato não poderá ser dirigido precisamente à posição
que você deseja que ele vá.
É prudente o Diácono que experimenta ambos os métodos,
se pelo menos estabelecer a vantagem de um sobre o outro.
Sua audibilidade é uma coisa que precisa ser examinada.
Pergunte a um amigo na loja para lhe dizer se você pode ser
ouvido ou não, quando você fala suas várias partes nas
cerimônias.
Para algumas pessoas, não acostumadas a falar em
público, a habilidade de falar claramente e projetar a voz é uma
arte que tem de ser aprendida. Isto requer a ajuda de um
instrutor e bastante prática antes que um desempenho de nível
aceitável possa ser alcançado.
Nunca tenha como garantido que sua voz é ouvida por toda
a loja; quanto maior a assistência tanto mais alto você tem de
falar.
É uma característica da fala de algumas pessoas a
tendência de deixar cair a voz no fim de uma sentença, e as

27
palavras assim pronunciadas ficam, por isso, perdidas para os
irmãos.
Tais características podem ser ensaiadas na Loja de
Instrução, onde você receberá um conselho confiável, mais
treinamento e correção quanto a sua própria projeção e atuação.
É sempre uma boa idéia apresentar-se adiantadamente na
reunião (quarenta e cinco minutos antes do início é uma boa
pedida) a fim de que você possa medir exatamente onde você
deseja que o candidato comece e pare nos vários graus. Não há
substituto para o ensaio e a prática.
Tal pré-planejamento e cuidado, certamente será uma
vantagem, pois esta saudável e preventiva atitude é que
melhorará sua própria atuação e sua confiança crescerá.
As várias partes da cerimônia devem vir juntas não
somente para satisfazê-lo ou ao Venerável Mestre que o
nomeou, mas aos Ex-Mestres e aos outros membros presentes,
incluindo os irmãos visitantes.
No primeiro grau, assegure-se sempre de que alguém
tenha sido designado para passar-lhe a caixa ou bolsa de ofertas
no momento apropriado da cerimônia. Nada será jamais deixado
ao acaso, pois você não vai querer passar por um ‘momento
desagradável’ enquanto os irmãos se viram para corrigir
situações que deveriam ter sido cuidadas antes do início da
reunião.
O sucesso de qualquer reunião, ou o contrário, depende
em larga escala da atenção e planejamento que tiverem entrado
no acontecimento, bem antes que comece e, certamente, bem
antes do dia marcado. Pense e planeje antecipadamente; isto
sempre paga dividendos.
Uma das alegrias em ocupar o cargo de Diácono é que seu
trabalho, nessa função, necessariamente, o coloca em contato,
num sentido operativo, com todos os outros oficiais envolvidos
na condução das cerimônias, do Guarda Interno ao Mestre.
Tão íntimo contato terá, naturalmente, suas consideráveis
vantagens na medida em que, enquanto você aprende sua
própria parte nas cerimônias, a se realizarem, automaticamente
você estará aprendendo uma crescente proporção das partes
realizadas por outros oficiais.
Este é um ponto marcante do trabalho do piso que todo
antigo Diácono comprovará.

28
Use seus dois anos como Diácono, sabiamente, pois eles
o capacitarão a crescer não somente em habilidade, mas
também em estatura dentro da loja, e você há de se tornar muito
proficiente no trabalho global da loja.
Do mesmo jeito que ocorre com a maioria das coisas na
vida, você rapidamente descobre que quanto mais você
aprende, mais há para aprender.

29
30
Capítulo 9
As Tábuas de Delinear

O título deste capítulo pode parecer à primeira vista um


tanto supérfluo, pois que possível dificuldade pode haver no virar
as tábuas de delinear de modo que a tábua correta seja
mostrada. Todavia, podem haver problemas.
Para proveito daqueles que nunca enfrentaram esta parte
do dever do Segundo Diácono, examinemos, em detalhe, esta
ação aparentemente simples, de maneira que uma vez
apreendida, jamais seja esquecida.
Os rituais, assim como as lojas, diferem bastante, de modo
que em algumas a troca das tábuas de delinear é obrigação do
Segundo Diácono enquanto que em outras o mesmo papel é
confiado ao Primeiro Diácono.
Além disso, em algumas lojas, porque os bastões dos
Diáconos são itens cerimoniais, considera-se que eles serão
conduzidos somente nos atos cerimoniais e não quando
realizando deveres de rotina como, por exemplo, a troca das
tábuas de delinear. Você estará sempre atento para agir de
acordo com a prática de sua loja.
Os fatos seguintes se aplicam igualmente a qualquer um
que seja investido no cargo.
As tábuas de delinear devem ser conferidas antes do início
da reunião, assegurando-se que estejam em ordem, com a
tábua do Terceiro Grau junto ao pedestal do Segundo Vigilante,
seguida pela tábua do Segundo Grau e, depois, a do Primeiro,
todas com a frente voltada para o sul.
Quando chega o momento apropriado da cerimônia, em
que a tábua de delinear precisa ser virada para mostrar sua
frente, você deve girá-la no sentido horário, repondo-a na sua
posição original. Esta é uma tarefa simples, contínua e fácil de
cumprir.
Quando a tábua de delinear do Segundo Grau tiver que ser
exibida, deve-se segurar ambas as tábuas - do Primeiro e do
Segundo Graus - pela parte de cima e virar as duas no mesmo
sentido de antes, recolocando-as nas suas primitivas posições.

31
Passando para o Terceiro Grau, segura-se as três tábuas
pela parte de cima, pelo meio, e gira-se as três ao mesmo tempo,
devolvendo-as às suas originais posições.
Quando o Mestre desejar reverter a loja para o Segundo
Grau, uma vez mais você tomará as três tábuas, girando-as no
sentido horário e as repondo como antes.
Tendo chegado no ponto dos procedimentos em que a loja
ou é encerrada no Segundo Grau ou revertida para o Primeiro,
você deve pegar as duas primeiras tábuas e virá-las mais uma
vez no mesmo sentido.
Quando, finalmente, a loja é encerrada e tiver chegado o
fim da sessão, você deve virar apenas uma tábua de delinear, o
que garantirá que todas as três tábuas estão de frente para o
pedestal do Segundo Vigilante.
A mistura das tábuas, com uma delas sendo colocada por
trás e entre as outras, arranjo tão frequentemente visto nas lojas,
não só é desnecessária mas também revela desleixo, devendo,
pois, ser evitada.
Experimente praticar estes movimentos pois eles são
realmente muito mais fáceis de serem executados do que a
princípio se possa imaginar. Eles trarão uma nova dimensão à
tarefa da troca das tábuas de delinear e uma novidade na
execução.
O autor calcula existirem casos onde algumas tábuas de
delinear muito velhas estejam em uso e que são de um tamanho
e peso que não permitem que as ações sejam realizadas
conforme indicadas.
Todavia, são poucos estes casos e na maioria deles a troca
das tábuas pode ser feita com o uso de apenas uma das mãos
do irmão.
Se a prática de sua loja for aquela em que o Diácono leva
consigo o bastão na mudança da tábua de delinear, então você
deve manter o bastão na sua mão direita e trocar as tábuas com
a mão esquerda. Se, provavelmente, isto se mostrar difícil, pode
ser melhor permitir que alguém lhe segure o bastão enquanto
procede a troca. Deve-se lembrar que, tanto quanto em outras
partes dos procedimentos, neste exato momento a dignidade é
essencial.
Uma palavra final sobre o assunto das tábuas. Há muitas
lojas nas quais as tábuas de delinear são colocadas,

32
respectivamente, na frente dos pedestais do Segundo Vigilante,
do Primeiro Vigilante e do Venerável Mestre e, uma vez
expostas, são elas deixadas desse modo até que a loja seja
revertida no grau mais baixo, quando são novamente viradas de
frente para o pedestal. Em tais casos, o Primeiro Diácono é
comumente o responsável pela tábua de delinear na frente do
pedestal do Ven. Mestre e o Segundo Diácono pelas outras
duas.
Alguns Diretores de Cerimônia são inflexíveis em que a
tábua de delinear de um grau inferior não deve estar à mostra
uma vez que a loja tenha passado para um grau mais elevado;
tal, contudo, definitivamente não é mais o caso.
Isto se baseia na incorreta suposição de que quando uma
loja tenha sido aberta, por exemplo, no segundo grau, está
encerrada no primeiro. Não é assim. Ela está aberta em ambos
os graus.
Naturalmente, a informação dada neste capítulo é dirigida
somente àquelas lojas em que as tábuas de delinear são
colocadas na frente do pedestal do Segundo Vigilante.
Existem muitas lojas em que uma caixa ou mesa central é
utilizada, e existem algumas onde as tábuas são montadas
sobre uma das paredes.
Certamente, onde tal particularidade existe será impróprio trocá-
las.

33
34
Capítulo 10
Cooperação entre os Diáconos

Cooperação é uma palavra muito fácil de dizer, mas uma


atitude difícil de tomar a menos que se tenha ingressado em
equipes interessadas e completamente compromissadas.
Elas devem garantir que o trabalho conjunto em que
estejam envolvidas seja ensaiado e reensaiado até que
automaticamente desempenhem seus vários papéis com um
refinamento e eficiência que resulte na admiração de todos os
que tenham o privilégio de assisti-los.
Tal cooperação e o consequente efeito sobre a maneira
pela qual as cerimônias são realizadas provarão que não importa
como um oficial, individualmente, aprenda bem sua parte; seu
entrosamento com os outros membros da equipe é tão
importante, se não mais importante, que uma destacada atuação
apenas pessoal.
Como em qualquer esforço de equipe o resultado final é
que conta, é como uma equipe que uma loja se edifica para o
futuro. Os oficiais que compõem o quadro de uma loja têm,
consigo mesmos e com o Venerável Mestre que os nomeou, o
dever de cumprir seus afazeres de modo eficiente e tão
perfeitamente quanto sejam capazes.
Saber sua parte na cerimônia e sabê-la bem é inútil a não
ser que você conheça as partes que os outros oficiais têm de
representar.
Como você progride para a cadeira do Rei Salomão, você
vai se tornando cada vez mais capaz de identificar os papéis dos
vários oficiais e os lugares em que eles se interligam com o seu.
Aprender as cerimônias na Franco-maçonaria do seu
próprio ponto de vista e desse ponto de vista somente, é mostrar
falta de consideração para com toda a equipe à qual você
pertence.
Portanto, ao considerar a palavra ‘cooperação’, lembre-se
que na verdade ela é uma palavra fácil de dizer mas que exige
um compromisso genuíno e dedicado da sua parte se for para
ser transmitida em ação.

35
36
Capítulo 11
O Primeiro Diácono:
A Cerimônia de Iniciação

Começarei do ponto em que o Venerável Mestre diz:


“Então admiti-o na devida forma. Irmãos Diáconos.”
Dependendo do ritual empregado, o Primeiro Diácono se
dirigirá ou ao noroeste ou esquadrará a loja, juntando-se ao
Segundo Diácono. Aí, então, irá até à porta da loja que será
aberta pelo Guarda Interno.
Tendo o Guarda Interno aplicado a ponta do p., o segurará
no alto para mostrar que a entrada do Candidato foi
corretamente executada de acordo com o ritual.
O Segundo Diácono se encarregará do Cand. e o colocará
na posição apropriada.
O Venerável Mestre dirá agora: “Sr. ..., como ninguém
……… vinte e um anos?”
O Candidato, ensinado por você, responderá: “Sim”.30 Dirá,
então, o Venerável Mestre: “Assim sendo, peço-vos que
ajoelheis …………
sobre os nossos trabalhos.”
Seu dever neste instante é ocupar uma posição à esquerda
do Cand. e, no momento correto, levantar o bastão acima da
cabeça dele.
O Venerável Mestre profere, então, a P.… e continua: “Em
todos os casos de ……… depositais vossa confiança? O
Candidato, ensinado por você, responde: “Em ….”31
O Venerável Mestre instrui então o Candidato a levantar-
se e seguir, etc., etc., etc.
O Venerável Mestre continua com um preâmbulo antes de
findar com as palavras: “…… pessoa digna e apta para ser feita
Maçom”.
Você agora chegará o banco de ajoelhar para a esquerda
e quando o Segundo Diácono tiver começado a perambulação,
você o recolocará na posição própria, na frente do pedestal do
Primeiro Vigilante.

30
Quem, na verdade, ensina é o SD. O PD pode ajudar, claro
31
Quem, na verdade, ensina é o SD. O PD pode ajudar, claro.
37
Quando isto tiver sido completado, você retornará ao seu
lugar.

NOTA: No ritual Emulação o Primeiro Diácono leva o p..…


ao pedestal do Mestre neste ponto.

Quando esta parte tiver sido completada, o Venerável


Mestre se dirigirá ao Primeiro Vigilante que, por sua vez, lhe dirá:
“……ensinai ao Cand. a avançar para o ped….. na devida
forma.”32
Quando o Segundo Diácono tiver realizado o cerimonial
requerido para chegar no pedestal do Venerável Mestre, você
ocupará sua posição à esquerda do Candidato.
O Venerável Mestre o instruirá, então, a ajoelhar-se no seu
j. esq. com o pé dir. formado em esquadro e, em seguida,
instruindo o Cand. a dar-lhe sua mão direita, o Venerável Mestre
a colocará sobre o VLS aberto.
Ao Cand. é então entregue um Comp.…, com uma das
pontas apresentada ao seu p. e. n., enquanto a outra ponta fica
voltada para baixo.
Você levantará agora o seu bastão e o colocará por trás do
bastão do Segundo Diácono, de modo que fiquem cruzados
acima da cabeça do Cand. .
Agora você deve colocar-se à ordem com o passo e o sinal
do Primeiro Grau (alguns rituais dizem o S.… de F………).
O Venerável Mestre começa então o Compr…… com o
preâmbulo “Repeti vosso nome por extenso e dizei após mim…”,
e o restante desta parte da cerimônia continua como mostrado
no livro do ritual usado em sua loja.
Quando as palavras “… meu G. e S.C. de um Ap. F.M.”,
tiverem sido repetidas pelo Cand., tanto você quanto o Segundo
Diácono baixarão os bastões às respectivas direitas.
O Venerável Mestre retirará o Comp.… da mão esquerda
do Cand. e você a baixará no lado próprio.
Depois que o Ven. Mestre tiver explicado as três grandes
luzes na Francomaçonaria, e terminado de levantar o Cand. pela
mão direita, você deve virar-se e reassumir sua cadeira.
Após as perambulações ao redor da loja terem sido
completadas pelo Segundo Diácono, o Cand. chegará ao
32
O VM se dirige, na verdade, ao SD.
38
pedestal do Primeiro Vigilante, onde será apresentado ao
Venerável Mestre e subsequentemente será investido com o seu
avental e instruído a dirigir-se ao sudeste da loja33. O Segundo
Diácono lhe indicará a posição em que deve ficar.

NOTA: Em algumas práticas é costume o Primeiro Vigilante


ocupar uma posição à esquerda do Cand., neste
ponto. Em outras, o Primeiro Diácono ocupa esta
posição um pouco antes do oferecimento da bolsa
de ofertas. Na prática Emulação o Primeiro Diácono
permanece na sua cadeira.

Sua parte na cerimônia de Iniciação chegou ao fim.

NOTA: Se houver dois Candidatos à iniciação, você será o


responsável pelo segundo Candidato. Em tais casos
o Diretor de Cerimônias orientará o procedimento de
acordo com a prática da loja.

33
Houve um lapso no original. Nesta cerimônia o Cand é dirigido ao nordeste da loja.
39
40
Capítulo 12

O Segundo Grau

Iniciarei o trabalho do Primeiro Diácono no ponto em que o


Venerável Mestre observa que o próximo item da agenda é a
Cerimônia de Passagem.
Ele irá dizer então: “Irmãos, o Ir. ....... é, nesta noite, um
Candidato a ser passado ao Segundo Grau ……. Portanto,
passarei a fazer-lhe as perguntas necessárias”.
O Venerável Mestre fará então desse modo, após o que
confiará ao Cand. o t. de p. e a pal. de p. que conduzem do
Primeiro ao Segundo Grau.
Esta parte da cerimônia será concluída com as palavras “Passai,
……” O Cand. é levado agora para fora da loja, passando aos
cuidados do Ir. Telhador.
A loja é então aberta no Segundo Grau.
O Telhador dá as batidas de Ap. na porta e o Guarda
Interno anuncia apropriadamente ao Segundo Vigilante, após o
que o Ven. Mestre instrui que o Cand. seja admitido e emenda:
“Irmãos Diáconos”.
À entrada do Cand. na loja, o Primeiro Diácono assume o
encargo dele e o conduz ao ponto de anúncio no noroeste da
loja, onde ele é instruído a saudar o Venerável Mestre como um
Ap. FM.
Quando o Ven. Mestre der a instrução para que o Cand. se
ajoelhe, os Diáconos cruzam os bastões acima da cabeça do
Cand. e fazem o S.… de R……… com a mão direita.
Quando a p.... tiver terminado, os Diáconos baixarão o s.…
e retornarão os bastões aos seus lados. É dever do Segundo
Diácono, neste ponto, remover o banco de ajoelhar, chegando-
o para a esquerda.
Você agora deve ajudar o Cand. a levantar-se, e tomando-
o pela maneira de costume, começa a perambular pela loja,
saudando o Venerável Mestre à passagem.
Ao atingir o Segundo Vigilante, o Cand. será instruído a
avançar como um Ap. FM, mostrando o Sn. e comunicando o T.
e Pal. Dirá o Segundo Vigilante: “Tendes alguma coisa a

41
comunicar?” O Cand. Será ensinado por você a responder:
“Tenho”.
O método de comunicação será dado então pelo Cand.,
mas com a sua supervisão para garantir que seja feito
corretamente. O Segundo Vigilante dirá então: “Que é isto?”
Você instruirá o Cand. a responder: “O T. ou S. de um Ap. FM”.
Dirá o Segundo Vigilante: “Que exige ele?”
O Cand., ensinado por você, deve responder: “Uma p……”
O Segundo Vigilante responderá com: “Dai-me essa p……
livremente e por extenso”.
Ensinado por você, o Cand. agirá de acordo.
O Segundo Vigilante dirá: “Passai, ……”
Você instruirá agora o Cand. a mover-se para a direita por
uma série de passos laterais até que fique afastado tanto do
pedestal do Segundo Vigilante quanto das tábuas de delinear,
em cujo ponto você o instruirá a avançar com o pé esquerdo até
que alcance o pedestal do Primeiro Vigilante34.
Ao passar pelo Primeiro Vigilante você deve orientar o
Cand. a saudá-lo como um Ap. FM.
Tendo chegado no ponto de anúncio, no noroeste da loja,
você deve parar.
Neste ponto, o Venerável Mestre se dirigirá aos Irmãos, e
quando isto estiver concluído, mais uma vez você fará a
perambulação pela loja, saudando ao passar, o Venerável
Mestre e o Segundo Vigilante como um Ap. FM.
Chegando no ocidente, você instruirá o Cand. a avançar
para o Primeiro Vigilante mostrando o Sn. e comunicando o t. de
p. e a pal. de p. que ele recebeu do
Venerável Mestre antes de deixar a loja.
Depois que isto tiver sido feito, o Primeiro Vigilante dirá:
“Tendes alguma coisa a comunicar?” ao que você instruirá o
Cand. a responder: “Tenho”.
O Primeiro Vigilante responderá: “O que é isto?”
Você ensinará o Cand. a responder: “O t. de p. que conduz
do Primeiro ao Segundo Grau”.
O Primeiro Vigilante diz: “O que este t. de p. exige?”
O Cand. responde: “Uma pal. de p.”
O Primeiro Vigilante diz: “Dai-me essa pal. de p.”

34
O procedimento descrito dependera do espaço físico de que se dispõe
42
Ensinado por você, o Cand. faz de acordo com a
solicitação.
O Primeiro Vigilante diz: “O que significa ……?
Uma vez mais o Cand. responde.
O Primeiro Vigilante diz então: “Como ela é usualmente
representada em nossas Lojas?”

( NOTA: alguns rituais dizem ‘em uma loja de


Companheiro’ )

O Cand. deve responder: “Por uma esp. de tr-g- próxima a


uma q. d’ág.”
O Primeiro Vigilante então dirá: “Passai, ……” e recolocará
a mão direita do Cand. na sua mão esquerda. Aí você deve
conduzir o Cand. ao norte do pedestal do Primeiro Vigilante e
colocar a mão direita dele na mão esquerda do Primeiro
Vigilante, que o apresentará ao Venerável Mestre, depois do que
lhe será dito para ensinar o Cand. a avançar para o Or. na devida
forma.
O Venerável Mestre informa então ao Cand. acerca de um
outro Compr…… e pergunta-lhe se ele está disposto a prestá-lo.
O Cand. responde ensinado por você.
O Venerável Mestre instrui o Cand. o modo de ajoelhar e
você deve pegar um Esq. (normalmente do PMI) e entregá-lo por
trás do Cand. ao Segundo Diácono.
Quando o Cand. estiver confortável e na posição correta, o
Venerável Mestre baterá com o malhete e os Diáconos erguerão
os bastões acima da cabeça do Cand., o do Primeiro Diácono
na frente. Apenas você poderá fazer o Sn. de F.35
A cerimônia continua até o ponto em que o Venerável
Mestre indicar que ele quer que o esq..… seja retirado, e
estenderá a mão para recebê-lo do Segundo Diácono36.
O Venerável Mestre explicará então a posição do Esq..…
e Comp.… no Segundo Grau, depois do que dirá: “Levantai-vos,
recém-juram…… Comp. FM”

35
Porque o SD se ocupa em segurar o esquadro com a m. d. junto ao cotovelo
esquerdo do Cand
36
Na prática Emulação o SD toma a iniciativa de retirar o esquadro.
43
Você então girará o Cand., num giro no sentido dos
ponteiros do relógio37, em direção ao lado direito do Venerável
Mestre.
Em seguida, o Venerável Mestre continuará a confiar ao
Cand. os segredos do Grau.
Tendo sido assim confiado pelo Venerável Mestre, ele
convidará então o Cand. a repetir a pal.… Isto deve ser atendido
pelo Cand. depois de ser instruído por você.
Logo que isto esteja completado, o Venerável Mestre dirá:
“Passai…”
O Cand. deve ser levado agora à direita do Segundo
Vigilante onde, após dar o pas.. e sin.. do grau, você começará
o diálogo dizendo ao Segundo Vigilante: “Ir. SV, apresento-vos
o Ir. …… em sua passagem para o Segundo Grau”.
O Segundo Vigilante responderá: “Rogo ao Ir. …… que se
aproxime de mim como um Comp.” O Cand. deve fazê-lo sob
sua orientação, mostrando o pas.. e sin.. do grau.
Dirá então o Segundo Vigilante: “Tendes alguma coisa a
comunicar?” ao que o Cand. replicará (seguindo sua orientação):
“Tenho”.
O T. do grau será dado então pelo Cand., mas é sua
obrigação verificar que ele o comunica corretamente.
O Segundo Vigilante dirá em seguida: “O que é isto?” e
você ensinará o Cand. a responder: “O T. ou S. de um Comp.
FM”.
Isto será seguido pelo Segundo Vigilante que diz: “O que exige
ele?” ao que o Cand. deve dizer: “Uma palavra”.
O Segundo Vigilante responde: “Dai-me essa palavra”. O
Cand. Responde apropriadamente e então diz: “Eu a sol.…… ou
a div...… convosco”. O Segundo Vigilante responde: “Como
quiserdes, e começai”.
Quando a comunicação tiver sido completada, o Segundo
Vigilante diz: “Passai, ……”
Um diálogo semelhante é levado a efeito no pedestal no
Primeiro Vigilante, culminando com as palavras do Primeiro
Vigilante: “Passai,……”
Agora o Cand. deve ser conduzido de volta à esquerda do
Primeiro Vigilante que tomará sua mão direita, a erguerá, olha
para o Venerável Mestre e diz: “VM, apresento-vos o Ir. …… em
37
Este giro é à esquerda no Emulação
44
sua passagem ao Segundo Grau para que receba alguma
indicação a mais de sua benevolência”.
O Venerável Mestre responde com: “Ir. PV, delego-vos
poderes para investi-lo com a insígnia distintiva de Comp. FM”.
O Primeiro Vigilante retira então o avental do Cand. e o
substitui pelo de Comp. FM.
O Primeiro Diácono pode e deve auxiliar o Primeiro
Vigilante neste ato.
É essencial que isto seja feito de uma maneira digna,
preferivelmente com o Primeiro Vigilante tirando o avental de Ap.
e pondo-o de lado um instantinho antes do Cand. ser investido
com o avental de Comp. O procedimento exato a ser seguido
deve ser combinado antes com o Primeiro Vigilante.
O Primeiro Vigilante então diz: “Ir. ……, por ordem do VM,
… etc. etc.” concluindo com as palavras: “…… na ciência”.
O Cand. será entregue de volta a você pelo Primeiro Vigilante e
você o colocará no ponto de anúncio.
O Venerável Mestre se dirigirá ao Cand. terminando com
as palavras: “……maravilhosas obras do Onipotente”.
Ele então diz: “Ir. PD, colocai nosso Irmão na parte SE da
Loja”. Agora você prossegue com o Cand. ao longo do lado norte
da loja e esquadra o canto nordeste, atravessando e
esquadrando o canto sudeste e parando em seguida, enquanto
o Cand. é colocado corretamente em posição, cerca de quatro a
seis pés do canto sudeste da loja38.
Você dirá então ao Cand.: “P. d. transversal à loja, p.e.
longitudinal à Loja; prestai atenção ao VM”.
O VM continua então a explicar que a Maçonaria é uma
ciência progressiva e prossegue até às palavras “…… mistérios
ocultos da Natureza e da Ciência”.
Você tomará então o Cand. pela mão direita e, em um arco
no sentido horário, o levará ao Pedestal do Venerável Mestre,
onde este dará seqüência explicando os instrs. de trab. de um
Comp. FM.
Quando esta explanação tiver sido concluída, você levará
o Cand. ao ponto de anúncio39 e o instruirá a saudar o Ven.
Mestre como um Comp., primeiramente como um Ap., antes de
deixar a loja.
38
Entre 1,20 e 1,80 m aproximadamente
39
Diretamente, sem esquadromento
45
Logo que isto tenha sido completado, o Cand. será
conduzido à porta da loja e entregue aos cuidados do Telhador
a fim de recompor seu conforto pessoal.
Quando as batidas do grau forem dadas, o Guarda Interno
tomará a atitude apropriada para anunciar ao Segundo Vigilante,
que o instruirá a admitir o Cand..Sem qualquer instrução, você
se dirigirá à porta da loja para fazer entrar o Cand..
Quando ele estiver mais uma vez do lado de dentro, ele
deve ser instruído a saudar o Venerável Mestre como um Comp.,
primeiro como um Ap..
Se a preleção sobre a Tábua de Delinear do Segundo Grau
estiver programada, você, como Primeiro Diácono,
provavelmente será orientado a colocar o Cand. No centro da
loja, ao pé da Tábua de Delinear do grau. O irmão que for proferir
a preleção pode querer emprestado seu bastão enquanto a
estiver explanando, mas isto é algo que deve ser decidido antes
da reunião40.
Se este for o caso na sua loja, você permanecerá com ele
durante esta parte da cerimônia, em cuja conclusão você
recuperará o bastão, e o acompanhará à cadeira imediatamente
à direita da sua41, faz-lhe uma reverência e senta-se.
Se a Tábua de Delinear do Segundo Grau não for
explanada, você levará o Cand. imediatamente à cadeira a ele
destinada logo que tenha saudado o Venerável Mestre.
Sua participação no Segundo Grau chegou ao fim.

NOTA: Se houver dois Candidatos à passagem, o Segundo


Diácono será o responsável pelo segundo
Candidato. Em tais casos, o Diretor de Cerimônias
orientará o procedimento de acordo com a prática de
sua loja.

40
Em Emulação a explanação da Tábua do grau é sempre feita e envolve ainda o SD e
os demais irmãos O procedimento acima descrito deve referir-se a uma outra prática. A
prática Emulação é a seguinte: PD leva o Cand. diretamente ao lado Oc. da T. de Del.
e de frente para ela. Solta-lhe a mão. SD dirige-se para a esq. do Cand. de modo a
ficarem os três, em linha, de frente para o Or.. VM deixa seu ped. pelo lado esquerdo, e
se coloca no lado L. da T. de Del.. SD passa o bastão ao VM. TODOS se levantam e se
reúnem ao redor da T. de Del. (exceto os VVig. e o G.I.).
41
Na prática Emulação, esta recomendação se refere à Iniciação. Na passagem, o
Cand. é simplesmente conduzido a uma cadeira situada na parte SE da loja.
46
Capítulo 13
O Terceiro Grau

Começarei o trabalho do Primeiro Diácono no Terceiro


Grau no primeiro ponto em que ele se envolve na cerimônia de
Elevação. Isto ocorre após a loja ter sido aberta no Segundo
Grau e quando o Venerável Mestre tiver anunciado que haverá
uma cerimônia de Elevação.
Você deixará sua cadeira e se juntará ao Cand. colocando-
o no ponto de anúncio no noroeste da loja.
Geralmente, o Venerável Mestre anuncia a entrada do
Cand. na cerimônia com as palavras: “Irmãos, o Ir. …… é, nesta
noite, um Cand. a ser elevado ao Terceiro Grau mas,
primeiramente, é essencial que ele dê provas de proficiência no
Segundo”.
As perguntas do Segundo para o Terceiro Grau serão feitas
então e respondidas com a sua pronta ajuda (se necessário).
Quando isto tiver terminado, você conduzirá o Cand. à
direita do pedestal do Venerável Mestre onde lhe serão
confiados o t. de p. e a pal. de p. que conduz do Segundo ao
Terceiro Grau.
Você deve repetir as palavras imediatamente após o
Venerável Mestre tê-las pronunciado e então verificará que o
Cand. faz o mesmo.
Ao término desta ‘confiabilidade’42 o Cand. será levado ao
ponto de anúncio, onde ele será instruído a saudar o Ven. Mestre
antes de deixar a loja, primeiro como Ap. e, em seguida, como
Comp..
Logo que isto tenha sido completado, o Guarda Interno
abrirá a porta e o Cand. pode ser entregue aos cuidados do
Telhador para ser preparado para a cerimônia de Elevação.
O Telhador dá as batidas do Seg. Grau na porta e o Guarda
Interno anuncia apropriadamente ao Segundo Vigilante que, por
sua vez, anuncia ao Venerável Mestre.
O Venerável Mestre ordenará então ao Guarda Interno
para que admita o Cand. na devida forma e adirá: “Irmãos
Diáconos”.
42
O ato de confiar segredos ao Cand. é chamado “entrustment” em inglês. Não temos
no nosso idioma uma palavra muito adequada para a tradução do termo.
47
O controle do Cand. neste grau fica inteiramente por conta
do Primeiro Diácono deste ponto em diante.
Na entrada do Cand. na loja, o Primeiro Diácono assume o
encargo dele e o Guarda Interno usa ambas as pontas do
Comp.… na maneira estabelecida, levantando-o depois para
mostrar ao Venerável Mestre que esta parte do cerimonial foi
corretamente cumprida.
O Cand. é levado por você ao ponto de anúncio na parte
noroeste da loja, quando ele é instruído a saudar o Ven. Mestre
como um Comp., primeiro como Ap.
O Segundo Diácono ocupará posição à esquerda do Cand.,
enquanto isto estiver acontecendo.
Quando da instrução do Venerável Mestre para que o
Cand. se ajoelhe, os Diáconos cruzam os bastões acima da
cabeça do Cand. orientando-o a mostrar o Sn. De R.
Ambos os Diáconos mostram então o Sn. de R. com a mão
direita.
Quando a pr… tiver terminado, os Diáconos baixarão o Sn.
e devolverão os astões aos seus lados.
É tarefa do Segundo Diácono retirar o banco de ajoelhar
neste ponto, movendo-o à esquerda.
Quando o Primeiro Diácono e o Cand. tiverem começado a
perambular, o Segundo Diácono recolocará o banco de aj. na
frente do pedestal do Primeiro Vigilante e então retomará seu
lugar.

NOTA: Deve-se observar aqui que na prática Emulação o


Segundo Diácono segue logo atrás do Primeiro
Diácono e do Cand. e que a ação de recolocar o
banco é executada pelo Guarda Interno.

Você deve agora prosseguir com o Cand., em tempo e


modo dignos, ao longo do norte da loja, esquadrando o canto
nordeste.
O Cand. deve ser instruído a saudar o Venerável Mestre como
um Ap. à passagem.
Continua para o canto sudeste, que será esquadrado, e
então avança pelo lado sul da loja até atingir a direita do
Segundo Vigilante.

48
Você instruirá o Cand. a parar neste ponto e então lhe pedirá
para mover-se à esquerda, em movimento de passos laterais,
até alcançar o lado direito do Segundo Vigilante.
Você agora diz ao Cand.: “Aproximai-vos do SV como tal,
mostrando o Sn. E comunicando o T. e a Pal.”.
O Segundo Vigilante dirá: “Tendes alguma coisa a
comunicar?” Você deve ensinar agora o Cand. a dizer: “Tenho”.
O Segundo Vigilante dirá então: “Que é isto?”
Você instruirá o Cand. o Cand. a responder: “O T. ou S. de
um Ap. FM”.
Dirá o Segundo Vigilante: “O que exige ele?”
A resposta deve ser: “Uma pal.…”
Segundo Vigilante: “Dai-me essa pal.… livremente e por
extenso”.
Você instruirá o Cand. a dizer a pal.… .
O Segundo Vigilante então dirá: “Passai, ……”
Você dirá ao Cand. para dar aproximadamente três ou
quatro passos à direita.
Quando você estiver seguro de que ele se acha longe do
pedestal e das tábuas de delinear, você o instruirá a avançar na
maneira usual.
Após esquadrar a loja no sudoeste, você passará pelo Primeiro
Vigilante e ao fazê-lo dirá ao Cand. para saudar o Primeiro
Vigilante como Maçom ao passar.
Você chegará de volta ao ponto de anúncio.
Sem esperar por qualquer sugestão que seja, você se moverá
mais uma vez ao longo do lado norte da loja esquadrando-a no
nordeste, como antes.
Você orientará agora o Cand.: “saudai o Venerável Mestre
como um Comp.”, isto ao passar diante dele.
Quando isto tiver sido feito, você chegará à parte sudeste
da loja que, naturalmente, será esquadrada, prosseguindo então
ao longo do lado sul da loja.
Quando tiver passando pelo Segundo Vigilante, você
orientará o Cand. a saudá-lo como um Comp.
No sudoeste, uma vez mais, você deve esquadrar a loja.
Chegando à direita do Primeiro Vigilante, você instruirá o
Cand. a mover-se para o lado, à esquerda, com três ou quatro
passos curtos.

49
Quando estiver na posição você dirá: “Aproximai-vos do PV
como tal, mostrando o Sn. e comunicando o T. e a Pal. desse
Grau”.
O Cand. deve então dar o Pas.. e mostrar o Sin.. do
Segundo Grau e cortá-lo.
O Primeiro Vigilante deve dizer então: “Tendes alguma
coisa a comunicar?” e o Cand. (ensinado por você) responderá:
“Tenho”.
O Primeiro Vigilante examinará então o Cand. e dirá: “Que
é isto?” recebendo a resposta do Cand. (novamente ensinado
por você) “O T. ou S. de um Comp. FM”.
Continuando, o Primeiro Vigilante deve dizer: “Que exige
ele?” cuja resposta do Cand. será: “Uma p……”.
O Primeiro Vigilante dirá em seguida: “Dai-me essa p……,
livremente e por extenso”.
Logo que isto tenha sido feito, o Primeiro Vigilante dirá:
“Passai, ……”
Você deve agora, cuidadosamente, tomar o Cand. pela
mão direita e instruí-lo a dar três ou quatro passos de lado, à
direita, verificando que fique afastado do banco de ajoelhar na
frente do pedestal do Primeiro Vigilante, e então continua até o
ponto de anúncio, na parte noroeste da loja, onde você deve
parar.
O Venerável Mestre se dirigirá agora aos irmãos da loja
terminando com as palavras: “…… devidamente preparado para
ser elevado ao sublime Grau de MM”.
Este é o sinal para, uma vez mais, recomeçar a
perambulação, avançando ao longo do norte da loja até alcançar
o nordeste, onde, outra vez, você esquadrará a loja.
Ao passar pelo pedestal do Venerável Mestre, você
instruirá o Cand. a saudá-lo mais uma vez como um Comp. .
Após esquadrar o canto sudeste, você deve instruir o Cand.
a saudar o Segundo Vigilante, outra vez, da mesma maneira, e
ao chegar ao canto sudoeste, esquadrará a loja como
anteriormente.
Vá para a mesma posição à direita do Primeiro Vigilante
como já feito na perambulação anterior, e instrua o Cand. a
mover-se de lado, como antes, até chegar à direita do PV.

50
Você deve dizer agora ao Cand.: “Aproximai-vos do PV
como tal, mostrando o Sn. e comunicando o T. de P. e a Pal. de
P. que recebestes do VM antes de deixardes a Loja”.
Depois de receber as comunicações antes mencionadas,
dirá o Primeiro Vigilante: “Tendes alguma coisa a comunicar?” e
o Cand. (ensinado por você) dirá: “Tenho”.
Quando esta comunicação tiver sido concluída, o Primeiro
Vigilante dirá: “Que é isto?” O Cand. (outra vez ensinado por
você) responderá: “O T. de P. que conduz do Segundo ao
Terceiro Grau”.43 O PV indagará: “O que este T. de P. exige?” e
o Cand. dirá: “Uma pal. de p.”
O Primeiro Vigilante responderá com: “Dai-me essa pal. de
p.” O Cand. dará a resposta correta, após o que o Primeiro
Vigilante dirá: “Quem foi …… ……?”
O Cand. deve responder: “O primeiro art. em ms.” A última
pergunta do Primeiro Vigilante será: “O significado da p……?” e
o Cand. responderá: “…… ……”
Finalmente, dirá o Primeiro Vigilante: “Passai, ……”
O Primeiro Vigilante lhe restituirá agora a m. d. do Cand.,
que é o sinal para instruir o Cand. a mover-se de lado, para a
direita, verificando igualmente, mais uma vez, que ele se acha
distante do pedestal do Primeiro Vigilante e do banco de
ajoelhar.
Siga para a esquerda do Primeiro Vigilante, colocando a m.
d. do Cand. na m. e. do Primeiro Vigilante. Você irá agora para
a esq. do Cand.. O Segundo Diácono se juntará agora a você, à
sua esquerda.
O Primeiro Vigilante apresentará o Cand. ao Venerável
Mestre que, por sua vez, dirá: “Ir. PV, ordenai aos Ds para
ensinarem o Cand. a avançar para o Or. pelos passos
apropriados”. Esta instrução lhe será repetida pelo Primeiro
Vigilante.44
Você agora executará essa parte da cerimônia que
demonstra ao Cand. O método pelo qual ele deve avançar do
Oc. para o Or. neste grau.

43
Certamente por um lapso, o original cita “O t. de p. e a pal. de p. que conduzem do
Segundo ao Terceiro grau”. Na verdade, a pal. de passe será dada no momento
seguinte.
44
Na verdade, a ordem é dada aos dois diáconos: “IIr. Ds., por ordem do VM, ensinai o
Cand. a avançar para o Or. pelos ps. apropriados “ (Prática Emulação).
51
Quando isto tiver sido completado, você estará posicionado
à frente do pedestal do VM com o Segundo Diácono chegando,
exatamente no tempo certo, à esquerda do Cand.
Quando o Cand. estiver em posição, o VM se dirigirá ao
Cand. terminando com: “Estais preparado para enfrentá-los
como é do vosso dever?” Você ensinará ao Cand com: “Estou”.
O VM instruirá então o Cand. como ele deve se aj...… e
colocará suas m..s sobre o VLS.
O Compr…… é então prestado pelo Cand. que termina
com as palavras “…neste meu SC de MM”.
Neste ponto, todos os presentes cortarão o Sn. P. e os
Diáconos baixarão seus bastões.
O Cand. é então solicitado a selar o Compr…… sobre o
VLS, depois do que a atenção do Cand. é chamada para a
posição do Esq. e Comp. .
O Venerável Mestre retira a m. d. do Cand. do VLS, e o
levanta, entregando-o a seguir ao seu cuidado, e você o levará
agora, para trás, ao pé ou à beira da sep. .
O Venerável Mestre proferirá agora a exortação findando
com as palavras: “A sua morte se deu do seguinte modo. Irmãos
Vigilantes.”
Os Vigilantes avançam então e assumem a posição dos
Diáconos.
Neste ponto, os Diáconos devem virar-se para fora e voltar aos
seus lugares.

NOTA: Em alguns rituais os Diáconos permanecem sobre


o piso da loja, assumindo uma posição na beira de cima da
sep., quase em linha com o pedestal do Segundo Vigilante.

O Venerável Mestre prossegue então com a cerimônia do


Terceiro Grau, e a próxima vez que você for solicitado será no
término da explanação dos Sns. e Pals. Do grau, quando o Ven.
Mestre diz: “Estais agora em liberdade para vos retirar” etc. etc.
etc. terminando com “…… vos serão novamente explicados”,
depois do que o VM retorna ao seu assento.
A esta altura, você terá ficado sentado por bastante tempo,
mas você deve assegurar-se de estar imediatamente pronto, e
sem qualquer ordem, retomará seu papel neste ponto da
cerimônia.

52
Mais uma vez, você se encarregará do Cand., desta vez
para o propósito de acompanhá-lo ao ponto de anúncio no
noroeste, onde ele saúda o Venerável Mestre nos três graus
antes de deixar a loja e ser entregue aos cuidados do Telhador.

NOTA: Em alguns rituais os Diáconos permanecem com o


Cand. Durante toda a explanação dos Sns. e Pals.
que estão sendo comunicados pelo VM, participando
da comunicação do p. e sn. do grau.

NOTA: Em alguns rituais os três sin..s são dados na íntegra,


mas em outros, inclusive no Emulação, apenas o Sn.
P. é dado.

Quando o Cand. tiver sido restituído ao seu conforto


pessoal, e o anúncio requerido tiver sido dado e recebido, o
Venerável Mestre dirá ao Guarda Interno: “Admiti-o”.
Você não receberá nenhuma instrução ou aviso neste
ponto, mas deve estar preparado para, automaticamente, ir até
à porta da loja para receber o Cand.
Tendo-o recebido, você deve levá-lo ao ponto de anúncio,
no noroeste, onde ele será instruído a saudar o VM nos três
graus, sinais completos em cada grau.
Quando isto estiver terminado, o Cand. será girado ao
redor e entregue ao encargo do Primeiro Vigilante.
Depois que o Primeiro Vigilante tiver investido o Cand. com
a insígnia de um MM, ele o entregará de volta a você pela m. d.
Como no grau anterior, a investidura deve ser feita de uma
maneira solene e a forma pela qual você auxiliará o Primeiro
Vigilante deve ser combinada com ele de antemão.
Você, uma vez mais, prosseguirá para o ponto de anúncio
e se deterá ali enquanto o Venerável Mestre fala ao Cand.
terminando com as palavras: “… dos graus inferiores”.
Você seguirá então com o Cand. para a frente do pedestal
do Venerável Mestre pelo trajeto ordenado, seja qual for, pelo
seu ritual.
O VM proferirá agora a Lenda Tradicional.
É importante que você instrua o Cand. a imitá-lo, nos
pontos apropriados, nesta preleção.

53
O VM passará à explanação da Tábua de Delinear do
Terceiro Grau, após o que ele explicará os outros s..… neste
grau, que devem também ser copiados pelo Cand. sob a sua
orientação.
A concessão do grau estará completa quando o VM
pronuncia as palavras: “…onde o Grande Arquiteto do mundo
vive e reina para sempre”.
Agora você conduzirá o Cand. a uma cadeira à direita da
45
sua.
Seu trabalho na cerimônia do Terceiro Grau está completo
agora.

NOTA: Se houver dois Candidatos à elevação, o Segundo


Diácono será o responsável pelo segundo
Candidato. Em tais casos, o Diretor de Cerimônias
orientará o procedimento de acordo com a prática de
sua loja.

45
Emulação diz apenas que o PD conduz o Cand. para sentar-se, sem indicar o local.
54
Capítulo 14
Falando em Público

O período de um ou dois anos no cargo, no qual um irmão


presta serviço como Diácono, pode apresentar uma vantagem
secundária para os que se preparam pensando mais adiante e
planejam avançar até a cadeira do Rei Salomão.
Frequentemente ocorre que os discursos em uma loja são
confiados, em geral, aos membros mais antigos e, na maioria
dos casos, recaem sobre os Past Masters.
O irmão que tem interesse se valerá de toda oportunidade
que surgir no seu caminho para aprender a arte de falar e se
aperfeiçoar em toda possibilidade que tiver.
O Mestre da loja muito frequentemente não sabe a quem
recorrer para propor os vários brindes no Banquete Festivo e,
em particular, os brindes aos convidados ou aos Past Masters e
Oficiais da loja. Uma aproximação ao Mestre será pronta e
entusiasticamente aceita.
Se o número de sessões que uma loja mantém durante o
curso de um ano de trabalho for considerado como um número
de oportunidades a experimentar e para melhorar sua atuação,
você deve eventualmente chegar à cadeira do Mestre com uma
boa base de experiência e conhecimento.
Lembre-se que falar em um Banquete Festivo é uma
experiência totalmente diferente da participação de uma fala em
qualquer outra ocasião.
Para o proveito do Guarda Interno ou do Diácono, que
estejam almejando e planejando seu futuro, avancemos através
do processo do Banquete Festivo, do início ao fim, para que você
possa lentamente ir se aclimatando às várias partes que
caminham na direção do procedimento total com o qual estamos
todos tão familiarizados.
Possivelmente, o engano mais comum que ocorre com um
recém-instalado e inexperiente Venerável Mestre é iniciar pela
Lista de Brindes que presumivelmente foi preparada para seu
uso pelo Irmão Secretário.
Que há de errado nisto? Ocorre, quase sempre, que a lista
produzida desse modo começa pelo primeiro ‘brinde oficial’, a
saber: à Rainha e à Maçonaria, sendo, realmente, esse o
55
primeiro brinde. O que se tem esquecido é que antes de dar
início à lista dos brindes, devemos acima de tudo estarmos bem
certos de havermos solicitado aos Irmãos para ficarem à ordem
para cantarmos ou dizermos a “Graça”.
Já afirmamos que o primeiro brinde é à Rainha e à
Maçonaria e, no Reino Unido, este deve ser dado primeiro.
Nos países fora do Reino Unido, onde a Grande Loja Unida
da Inglaterra possui lojas operando sob seus auspícios, o
costume é, muito frequentemente, que o primeiro brinde seja
oferecido ao Chefe de Estado do país, isto sendo aceito como
um procedimento bastante correto.
Presumindo que estamos lidando com o habitual em lugar
do incomum, o brinde ao Monarca e à Maçonaria será levantado
como o primeiro brinde da noite e, portanto, será o primeiro a
receber o fogo maçônico se este é dado em sua loja.
Um pequeno ponto merece ser mencionado justamente
agora, que é o da ordem dos avisos: o canto do Hino Nacional,
a oferta dos brindes e o fogo são claramente muito bem expostos
pela Grande Loja Unida da Inglaterra precisamente desta forma.
A ordem, pois, é Anúncio, Canto, Brinde, Fogo.
Obviamente, se o Hino Nacional é habitualmente cantado
dentro da loja, não deve ser repetido no Banquete Festivo.
Recorde-se que a Lista Oficial de Brindes estipulada pela
Grande Loja consiste de uma série contínua de brindes, e longos
intervalos entre eles devem ser evitados. Não apenas isto
retarda a saída dos convidados mas também é uma
desconsideração para com aqueles irmãos que podem ter
longas jornadas a fazer para voltarem às suas casas.
Devemos passar agora para o segundo brinde da noite,
que é ao Most Worshipful the Grand Master, (atualmente) Sua
Alteza Real, o Duque de Kent.46
Agora é permitido fumar.
O brinde seguinte é ao Pro Grand Master pelo nome, ao
Deputy Grand Master pelo nome, ao Assistant Grand Master
pelo nome e ao restante dos Grand Officers presentes e
passados.

46
Os títulos dos cargos não foram traduzidos por se referirem a uma situação muito
própria da Grande Loja Unida da Inglaterra, devendo ser adaptados de acordo com a
Obediência maçônica em cada região.
56
Favor observar que a expressão Grand Lodge Officers
nunca deve ser usada, devendo ser corrigida se já tiver ocorrido
na sua loja. A terminologia correta a ser empregada é Grand
Officers.
Você pode ter, talvez, um Grand Officer presente e, por
uma questão de cortesia, você pode pedir-lhe para responder.
Ele pode ou não querer fazê-lo.
Se houver mais de um Grand Officer presente, então o
oficial mais antigo deve sempre ser solicitado primeiro, e se ele
declinar, ele pode sugerir que o próximo oficial mais antigo seja
convidado.
Naturalmente, você deve conhecer as posições dos Grand
Officers para esta ocasião, pois você deve tê-las estudado como
recomendado antes neste livro.
Suponhamos, pois, que esta parte dos procedimentos
transcorreram corretamente. Que então segue-se a este brinde?
Em uma Província ou Distrito será o brinde ao Provincial ou
District Grand Master47. Se em Londres, será o brinde aos
Ocupantes do Senior London Grand Rank e do London Grand
Rank.
Se o Provincial ou District Grand Master estiver presente é
virtualmente certo que ele responderá ao seu próprio brinde.
Onde o brinde é dado em Londres, o Mestre pode ou não pedir
uma resposta.
Em algumas Lojas de Londres a resposta é dada apenas
uma vez no ano. Em outras Lojas acontece em toda reunião. A
resposta deve ser por um ocupante daquela posição, não por um
Provincial Grand Officer não importando quão elevado seja seu
cargo.
O brinde seguinte será ao Deputy e Assistant Provincial e
District Grand Masters e Officers da Província ou Distrito em que
a sessão está sendo realizada. Qualquer resposta deve ser por
um Officer da Província.
O brinde seguinte é aquele levantado ao Mestre,
usualmente mas não necessariamente sempre, ofertado pelo
Past Master Imediato.
Em algumas lojas este brinde é oferecido apenas nas noites de
Instalação, mas na maioria delas é dado em cada reunião e,
47
Grão Mestre Provincial ou Distrital, talvez uma equivalência aos nossos Grão Mestre
Estadual e Delegado Distrital do Grão Mestre.
57
portanto, será prudente o PMI que planejar o que vai dizer em
cada encontro durante todo o ano.
Obviamente, ele quererá apresentar uma diferente faceta
do Mestre em cada ocasião, e não ser repetitivo em suas
alocuções. Muito se pode obter da esposa do Mestre com
respeito a seus outros interesses, o que poderá se tornar útil
como conteúdo à sua fala, para quando e se você se encontrar
nessa situação.
A resposta do Mestre dar-lhe-á oportunidade para fazer tais
anúncios como ele sente, como ele deseja fazer a respeito da
loja e do programa de eventos que ele planejou para o ano. Ele
pode também querer usar a ocasião para falar a respeito de sua
programação particular de caridade e apresentar alguma
informação específica acerca de suas atividades.
Nós agora erguemos o brinde ao Iniciado, que deve ser
dado sempre por um membro antigo, preferivelmente por um
Past Master da loja, pois tal é a importância da ocasião que
imprimiremos no Candidato quão altamente consideramos a
entrada de um
novo membro em nossa Ordem. O Candidato responderá em
seguida.
O próximo brinde é aos Irmãos Visitantes, mais uma vez
confiado a um irmão habilidoso e capaz, devido à importância
que depositamos nos irmãos das outras lojas que nos visitam.
Devemos mostrar-lhes, do modo mais tocante possível,
que estamos tão satisfeitos por vê-los quanto devem confiar que
não apenas apreciamos suas visitas mas desejamos que voltem
a assistir nossa loja de novo em alguma ocasião no futuro.
Dependendo do costume da loja, uma ou mais respostas
podem ser solicitadas dentre os presentes mas, uma vez mais,
é certo que o protocolo será observado e o
convidado mais antigo é solicitado a responder primeiro.
O brinde seguinte é aos Past Masters e Oficiais da Loja,
sendo esta a oportunidade para que um irmão mais jovem e de
pouca experiência comece a falar em público, aproveitando a
ocasião para proferir umas poucas palavras de respeito aos seus
superiores na loja, talvez valendo-se da oportunidade para
agradecer àqueles que o têm ajudado em sua carreira maçônica
até aquela data.

58
Raramente acontece que sua fala necessite de mais que
alguns poucos minutos de duração mas, desse modo, ela
permite ao irmão que a proferir, colocar-se de pé, falar, chamar
pelo fogo e acostumar-se à toda a experiência de levantar-se e
falar em público.
Pode ser que nas primeiras ocasiões ele tenha que usar
um roteiro escrito, mas há de construir sua confiança e este deve
ser o motivo de se solicitar um membro recente da loja. Tudo faz
parte da preparação para eventual cargo mais elevado.
Apresenta-se agora a ocasião para honrar os “Irmãos
Ausentes”. Isto não requer nenhuma fala, a menos que haja, é
claro, alguma razão particular para fazê-la.
Finalmente, o Mestre anunciará o brinde do Telhador com
uma dupla batida do malhete.
O Telhador fará seu brinde na maneira usual e aceita48,
findando por convidar a todos os presentes para se juntarem no
fogo maçônico, acompanhando o ritmo dele.
Acabamos de repassar a lista dos brindes muito
cuidadosamente de modo que o leitor pode notar precisamente
como cada brinde se segue ao seu predecessor e verificar as
variações que são permitidas, bem como o protocolo que deve
ser usado em relação à solicitação de respostas dos irmãos da
hierarquia senior.
Um conselho final para o futuro. Ocorre, com muita
frequência, numa Sessão de Instalação, que a loja providencia
um convidado para cantar a canção do Mestre. Tal artista bem
pode voltar a dar um pouco mais de entretenimento em um outro
momento nos procedimentos. Será seu dever, quando você for
o Mestre, certificar-se de que tal entretenimento não continue
além de um razoável e pré-determinado período de tempo.
O Mestre de uma loja tem a considerar o cuidado de
TODOS os seus irmãos, sejam eles velhos, jovens, antigos ou
recentes. Não se deve permitir nunca que a excitação da
ocasião, particularmente se for na Sessão de Instalação, venha
a ofuscar o bem-estar e a consideração de todos os irmãos.

48
Este é o brinde: “A todos os maçons necessitados e na miséria, estejam eles na terra,
no mar ou no ar, desejando-lhes um rápido alívio para os seus sofrimentos e um pronto
retorno ao seu país natal, se tal for o seu desejo”. In: MELLOR, Alec. Dicionário da
Franco-maçonaria e dos Franco-maçons; Martins Fontes, São Paulo, 1989, p. 71.
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60
Capítulo 15
VOTAÇÕES

No decorrer de qualquer ano maçônico, o ato de votar em


suas várias formas é realizado por toda loja. O simples gesto de
colocar uma esfera de votação em uma urna pode parecer, à
primeira vista, o mais elementar dos procedimentos, mas
surgem ocasiões para falhas e, em alguns casos, falhas graves.
Para se ter o registro, tratemos das diversas ocasiões em
que uma votação se torna necessária e na qual o Diácono é
envolvido.

O Venerável Mestre e o Tesoureiro

A maneira de votar usualmente adotada para eleição do


Mestre e do Tesoureiro é pelo preenchimento de uma cédula
para cada cargo. Estas cédulas são comumente distribuídas
pelos Diáconos e depois, após o preenchimento pelos membros
da loja, são recolhidas pelos Diáconos e entregues ao Mestre
para verificação.
É totalmente desnecessário que o Mestre ou alguém mais
leia em voz alta cada cédula. Tudo que se requer do Mestre é
que anuncie o nome da pessoa que recebeu a maioria dos votos
apurados.
Advertiremos contra o uso da palavra ‘unânime’ por duas
simples razões. Primeiramente, porque é virtualmente
impossível estar seguro de que todo irmão habilitado a votar o
tenha feito desse modo. Em segundo lugar, a própria
declaração, por si mesma, é totalmente desnecessária para os
procedimentos. Além disso, deve ser realmente muito
embaraçoso se o Mestre estiver acostumado a usar a palavra
‘unânime’ mas tiver de omiti-la se houver um ou dois votos
contrários. Este mesmo comentário se aplica igualmente à
votação para o Tesoureiro.

O Telhador

A forma usual de eleição do Telhador é pela mostragem


das mãos depois de uma proposta, que para ser secundada, tem
61
sido feita em loja aberta. O Mestre anunciará o resultado da
votação que deve ser registrado pelo Irmão Secretário.

Membros Honorários

A regra 167 do Livro da Constituição fixa claramente a


maneira como a votação de um Membro Honorário deve ser
conduzida, isto é, por votação individual e ser declarada
‘aprovada’ a menos que três ou mais bolas pretas apareçam em
contrário.
É imperativo, portanto, que o irmão que tenha sido assim
designado para lidar com as esferas de votação, seja instruído a
colocar somente uma bola na palma de cada membro da loja,
excluindo naturalmente os Membros Honorários existentes.
Se o sistema de bolas pretas e brancas for usado na sua
loja, obviamente uma bola de cada cor será entregue a cada
membro que irá participar da votação.
Frequentemente ocorre que um irmão, que não foi
corretamente instruído, é visto oferecer a cada membro a bolsa
cheia de esferas de onde o membro pode muito facilmente tirar
duas ou três sem que ninguém fique a par. Semelhante atitude
pode facilmente levar a uma votação imprópria resultando em
animosidade dentro da loja.
Será uma ação útil e proveitosa se o Diácono experiente
assegurar que o recém nomeado Diácono tome conhecimento
deste método de distribuição das bolas de votação e das razões
que existem por trás disso, para serem executadas dessa forma
particular.

Membros Iniciados e Filiados

O mesmo procedimento é adotado conforme usado na


votação para os Membros Honorários, isto é, uma opção entre
uma gaveta de sim ou não.
Uma vez mais, o irmão passando as bolas de votação aos
membros da loja deve ser cuidadoso em verificar que cada irmão
recebe apenas uma bola para cada votação, a menos, é claro,
que o sistema de bolas pretas e brancas esteja sendo usado.

Votação Conjunta

62
Geralmente não é apreciado que seja perfeitamente
permitida uma votação conjunta para um Membro Filiando e um
Iniciado.
A Grande Loja Unida da Inglaterra reconhece somente
‘Candidatos’, não como frequentemente se presume
incorretamente, Candidatos para uma razão específica, i.e.,
Iniciação ou Filiação. Se o resultado de uma votação conjunta
demonstrar não ser favorável, então uma votação separada
deve ser imediatamente realizada para determinar os resultados
em separado.
Uma opinião final é dada sobre o uso da urna de votação.
Ocorre, muito frequentemente, que na tentativa de ajudar os
membros da loja a votarem ‘Sim’, o Diácono que carrega a urna
é visto incliná-la num ângulo que facilite ao membro votante
acesso mais fácil à gaveta do ‘Sim’.
Deve-se lembrar que é igualmente democrático votar contra uma
resolução como votar por ela. Inclinar a urna em qualquer
sentido é algo a ser desaprovado e, quando ocorrer, deve-se
interromper sem demora.
Os Diáconos não portam seus bastões durante uma
votação, a menos que seja um costume estabelecido da loja.

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Capítulo 16

Cortejos

Embora o ato de caminhar para dentro e para fora da loja


com seu companheiro Diácono mal possa ser chamado de difícil,
há um número de pontos que, se observados muito
cuidadosamente e ensaiados antes da sessão, podem e darão
uma melhora extra na maneira como os dois realizam seus
deveres.
Os Diáconos, à semelhança da maioria dos outros oficiais,
são de vários tamanhos e o modo como carregam seus bastões
será diferente todo ano. Mesmo supondo que tenhamos dois
Diáconos de igual altura, é quase uma certeza que quando
solicitados a levantarem seus bastões, cada um erguerá o seu,
individualmente, a uma altura inteiramente diferente da do outro.
Praticar é, portanto, necessário,- na verdade é essencial -,
se queremos ter algum sistema que assegure que os dois
Diáconos podem e devam trabalhar como uma equipe. É uma
questão muito simples conseguir o auxílio de um outro oficial na
loja, que atue como árbitro, para garantir, quando os dois
bastões estão sendo levantados do piso, que ambos os oficiais
sejam capazes de obter a mesma altura repetidas vezes.
Além disso, nos cortejos, o primeiro deve estar sempre à
direita do segundo e, como nos cortejos de saída, o segundo
entrará primeiro, é essencial que uma maneira digna para o
primeiro entrar seja bem ensaiada com antecipação.
Como em todos os assuntos na Franco-maçonaria, o
ensaio é o caminho para se conseguir a perfeição. E sustentar a
perfeição requer prática constante.

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