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PORTUGUÊS

Literatura
Quinhentismo

Prof.ª Isabel Vega


Quinhentismo
► Primeiras manifestações literárias
I) O mito do paraíso → Pero Vaz de Caminha (1500)
“Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem
cabra, nem ovelha, nem galinha nem outra alimária que
acostumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse
inhame, que aqui há muito e dessa semente e frutos que a terra e
as árvores de si lançam. E com isto andam tão rijos e tão nédios
que o não somos nós tanto com quanto trigo e legumes
comemos. (...) Águas são muitas, infindas. Em tal maneira é
graciosa que, querendo-as aproveitar, dar-se-á nela tudo, por
bem das águas que tem. Mas o melhor fruto que nela se pode
fazer me parece que será salvar esta gente.”
Quinhentismo
II) As verdadeiras intenções → Pero Gândavo (1576)
“É gente de muito pouco consideraçam: sam desagradecidos em
gran maneira, e mui deshumanos e crueis, inclinados a pelejar, e
vingativos por extremo. Vivem todos mui descançados sem terem
outros pensamentos senam de comer, beber, e matar gente, e por
isso engordam muito, mas com qualquer desgosto pelo
conseguinte tornam a emmagrecer. (...) Alguns vocabulos ha
nella de que nam usam senam as femeas, e outros que nam
servem senam pera os machos: carece de tres letras, convem a
saber, nam se acha nella F, nem L, nem R, cousa digna despanto
porque assi nam têm Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira
vivem desordenadamente sem terem alem disto conta, nem peso,
nem medido.”
Quinhentismo
III) A literatura como catequização → José de Anchieta
À Santa Inês
Cordeirinha linda, Por isso vos canta,
como folga o povo com prazer, o povo,
porque vossa vinda porque vossa vinda
lhe dá lume novo! lhe dá lume novo.

Cordeirinha santa, Nossa culpa escura


de Jesus querida, fugirá depressa,
vossa santa vinda pois vossa cabeça
o diabo espanta. vem com luz tão pura.
OBS.: Formação da língua geral

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