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Resumo
Compreender a importância da aplicação do vasto universo da computação gráfica como
ferramenta de construção em projetos arquitetônicos pode favorecer a reflexão sobre a total
migração de profissionais e escritórios de arquitetura do método tradicional para o campo virtual.
Tornaram-se indispensáveis os recursos da computação gráfica na arquitetura contemporânea
haja vista, as vantagens sobre o trabalho manual desde a velocidade nas alterações de projetos até
a apresentação de “protótipos virtuais vivos”. O objetivo desse estudo foi idealizar um panorama
investigativo que pudesse explicar a evolução sistemática da computação gráfica nos projetos
arquitetônicos e como profissionais da área atuam e adequam seus escritórios com os inumeráveis
elementos virtuais compositivos. Realizou-se uma pesquisa entre arquitetos de vários estados para
coletar os dados e apresentar o que seria um indicativo considerado para conclusão desse estudo.
Concluiu-se que os efeitos tecnológicos da computação gráfica é uma vertente conclusiva e
irreversível para o processo construtivo e representativo na projeção dos espaços arquitetônicos.
Palavras-chave: Computação gráfica. Ferramenta de construção.
1. Introdução
"Há 25 anos, a tecnologia CAD (computer aided design) chegava aos escritórios de
arquitetura. Por aquelas datas, a informática era algo acessível a poucos, devido ao alto
preço dos computadores, à baixa produtividade que permitiam e por oferecer uma interface
pouco atrativa aos profissionais que trabalham com temas gráficos. Além disso, a
comunicação entre os diferentes agentes que participam em um projeto arquitetônico ainda
se dava de maneira física, presencial (mediante formato analógico, papel) - afinal, até 1989
a World Wide Web não existia. Esses fatores, aliados ao fato de que a indústria da
construção civil é pouco propensa a mudanças de sistemas (onde existem riscos), fizeram
com que o uso da informática tenha sido introduzido de maneira muito mais lenta do que
em outros setores da indústria. Mas a informática, como ciência, começava a despertar
interesse também aos arquitetos e designers. E essa evolução foi rápida, sendo impossível
fazer alguma previsão sobre o futuro. Surgia, assim, um novo campo dentro da prática
arquitetônica: as inter-relações entre desenho e informática em uma primeira etapa
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
A computação gráfica como ferramenta de construção em projetos arquitetônicos julho de 2013
(principalmente no campo da representação gráfica), e as inter-relações entre design,
programação e fabricação, no estado atual." (ORCIOULE, ago/2010).
As correntes de grupos mais conservadores, seguiam os padrões até então praticadas suprindo-se
dos valores os quais delineavam substancialmente esse setor. Com efeito, as complexidades dos
projetos arquitetônicos, do ponto de vista criativo, aliada ao romantismo das cores, linhas bem
sugestivas e traços bem delineados, composições ricamente produzida a partir de curvas sinuosas
geradas a partir de instrumentos de metal ou acrílico, compunha uma complexidade de material
representativo coerente com o universo de indivíduos dotados de habilidades que os diferenciavam
do meio comum. Esse conjunto romântico dedicado, profundamente organizado apresentavam-se
como elementos paradigmáticos e consequentemente intocáveis, muito difícil de serem violadas.
Acompanhando a narrativa do contexto histórico da computação gráfica ante aos desafios que uma
nova alternativa apresentava, continua Affonso (2010:08):
"A lenta, mas constante implementação dos sistemas informáticos gerou certa
desconfiança no meio arquitetônico. Em um princípio era difícil para um arquiteto
entender em que sentido um computador poderia ser útil para o seu trabalho. A falta de
conhecimento por parte dos arquitetos em lidar com a informática colocou o computador
como algo estranho, delegando a este tarefas mais relacionadas à ofimática (gestão e
administração do escritório) do que ao desenvolvimento de projetos. A crítica, inclusive
por parte da academia, atacava o uso dos sistemas CAD, que debilitaria o traço, uma
característica forte na expressão gráfica arquitetônica - e, assim, coibiria a própria
criatividade. Pese à crítica, alguns escritórios começaram a trabalhar com sistemas CAD,
assumindo assim os riscos e desafios que uma nova tecnologia sempre estimula"
(ORCIOULE, Ago,2010).
Desta forma, o conjunto de instrumentos tradicionais que até então compunha a área de
representação projectual, antes utilizados para representar um trabalho, ao seu mau grado, perde
espaço e consequentemente cede à forte tendência ao modelo mesmo que ainda timidamente, até
então era visto como uma opção praticada por alguns escritórios mais ricos em condições de se
munir de equipamentos tecnológico, softwares complexos e difícieis de manuseio num campo
dominado pelas pranchetas e horas a fios dedicadas diariamente a um projeto. E finalmente dentro
do aspecto conclusivo, arremata Affonso (2010:08):
Ainda no campo histórico, o computador e os agregados que o compõe, utilizado como uma
linguagem na acepção do conceito de ferramenta de concepção projectual, mas numa abordagem
complementar do ponto de vista tecnológico, vamos encontrar subsídios informativos em várias
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vertentes no campo da crítica e de diversos autores especializados nos estudos da evolução humana,
o período onde refletia o momento de todo um universo novo, que inspirava desconfiança, mas que
prometia mudanças substanciais no campo da arquitetura.
"Nessa linha de pensamento, vê-se que o computador não deve ser analisado como apenas
um elemento de representação final do projeto (representação essa para fins de
representação do projeto e construção do edifício), mas sim contribuir com o processo de
concepção do projeto. Nesse sentido, Steele (2001) acredita que o computador está
possibilitando o aparecimento de uma nova arquitetura, não só alterando as características
dos espaços construídos, mas também, em alguns casos, melhorando suas qualidades".
(ADRADE, 2007).
2. Desenvolvimento do Trabalho
Pode parecer que o assunto a respeito da computação gráfica e sua aplicabilidade, já tenha atingido
seus limites imponderáveis, haja vista, o número de autores que o abordam em caráter conclusivo,
ou seja, indispensáveis em quaisquer esfera das atividades humana. Considerando o tema um
assunto de grande relevância e buscando apresentar uma resposta contundente que nos levasse a
compreensão do número, particularmente na área da arquitetura, de profissionais cada vez mais
disposto a atuar no campo da virtualidade, foi elaborado uma pesquisa investigativa entre
arquitetos, engenheiros e designers dos estados do Ceará, Piauí e Maranhão, como material
fundamental para composição desse trabalho.
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Para consolidar essa experiência investigativa, recorremos aos meios tecnológicos através de e-
mails. O processo metodológico evoluiu a partir da aplicação de um questionário composto de 6
(seis) perguntas básicas que efetivamente favoreceram a coleta de dados e conseqüentemente o
resultado em % de cada resposta. Dentro de um universo de 30 profissionais dos quais 20
responderam, embora considerado uma amostra pequena e pouco representativa, os elementos
característicos apontaram para um cenário de referência tecnológico do qual está inserido o atual
campo da arquitetura.
A primeira pergunta abordada pelo questionário, faz referência ao modelo convencional de
representação gráfica e o modelo de composição virtual. Não foi simplesmente uma pergunta
dirigida, mas elaborada com a intenção de comparar o número de profissionais que ainda utilizam
os instrumentos chamados de modelo convencional e àqueles que aderiram, de modo substancial, o
campo da tecnologia e o utilizam como ferramenta indispensável desde a concepção até a
apresentação final de seus projetos. O resultado da questão abordada, revelou a total integração
desses profissionais às máquinas e uma preferência total na aplicação da computação gráfica no
universo arquitetônico. O restante das questões inseridas no questionário, buscam identificar as
opiniões em vários aspectos no campo compositivo do projeto, o impacto causado pela introdução
tecnológica no mercado e identificar se os profissionais, das áreas pesquisadas, aboliram por
completo o manuseio dos equipamentos considerados como tradicionais no campo da representação
projectual tipo, lápis e papel, ou se ainda o utilizam e em que fase?
0%
modelo convencional
computação gráfica
outros
100%
Figura 1
Quando foi perguntado "Que tipo de ferramenta você mais utiliza em seus projetos de arquitetura?"
Todos os participantes da pesquisa foram unânimes em apontar a computação gráfico com
instrumento mais utilizado deixando o modelo convencional, prancheta, lápis de cor, canetas
nanquim, etc., ou outros sem pontuação como mostra a figura 1.
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investimento contante
para se manter no
mercado
22,22% dificuldade de
profissionais adequados
para operacionalização
55,55% dos sistemas
22,22% concorrência de
profissionais de outras
áreas
Figura 2
Na pesquisa perguntou-se, "Qual o impacto que a computação gráfica exerceu na sua profissão?"
Houve uma certa divisão de opiniões. O modelo de pesquisa não identificou a causa da divisão,
muito embora, deve-se considerar os estados de origem dos profissionais pesquisados. Figura 2.
0,00%
na concepção e
desonvolvimento
44,44% no desenvolvimento e
apresentação
66,66%
em todas as fases
nenhuma
Figura 3
A partir da pergunta de número 3, começa a avaliação de opiniões. Foi perguntado, de acordo com a
opinião de cada pesquisado, "Em que fase trouxe a computação gráfica, maior contribuição em seus
projetos? A maior parte apontou que a computação gráfico contribuiu em todas as fases, desde a
concepção até o produto final, como mostra o gráfico da figura 3.
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0,00%
Aumento da
44,44% produtividade
Entrega de projetos no
66,66% prazo
Asseio e qualidade
Nenhum
0,00%
Figura 4
Que tipo de benefício trouxe a computação gráfica nos projetos de arquitetura? Essa pergunta,
reforçou a investigação a respeito da computação gráfica como ferramenta útil e indispensável no
processo compositivo dos projetos de arquitetura. Apesar das opiniões apresentarem variações, a
maioria entende que sua produtividade aumentou em relação ao modelo convencional.
11,11%
Não, ainda utilizo em todo
22,22%
processo
Em parte, utilizo apenas na
concepção
66,66%
Totalmente, não utilizo em
nenhum momento
Figura 5
Perguntado, segundo a opinião de cada pesquisado, "Se o modelo tradicional foi totalmente
suplantado no processo construtivo dos projetos?", houve uma certa divisão nas opiniões. O cenário
que se apresenta é que embora a computação gráfica seja utilizado em larga escala nas fases dos
projetos, o modelo convencional (prancheta, lapiseira, lápis de cor, etc.), ainda se mostra inserido e
contribui no processo compositivo. Figura 5
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Figura 6
Para que o estudo apresentasse uma sugestão dos profissionais da área de arquitetura, engenharia e
disigner, a respeito da computação gráfica no cenário Nacional, foi perguntado se no Brasil os
escritórios de arquitetura, tecnologicamente, estão bem equipados? Houve uma completa divisão de
opiniões embora o gráfico na figura 6, apresente insatisfação dos valores na aquisição dos recursos
tecnológico para composição do produto final.
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“Cada vez mais os profissionais da área vêm agregando este diferencial na apresentação
dos seus projetos. É o que afirma o Arquiteto Evandro Fuly, que atua na área da
Computação Gráfica há vários anos. Seus maiores clientes são os próprios arquitetos, que
terceirizam este tipo de serviço, já que é uma prática que requer softwares avançados,
conhecimento técnico e muita dedicação. Segundo Fuly, o crescimento da procura por este
tipo de serviço deve-se principalmente à exigência do cliente e à atual redução do preço
destes projetos, que anteriormente apresentavam valores tão elevados que chegavam a
inviabilizar os negócios. A Computação Gráfica é um recurso técnico que não só estreita a
relação entre arquiteto e cliente, mas que também proporciona ganho na qualidade do
projeto final, devendo assim, ser conscientemente explorada pelo profissional".
(CHANNEL, 2008:17).
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Os softwares possibilitam a construção de modelos virtuais, cujas imagens são muito próximas do
real, onde se podem ver, em três dimensões, todos os detalhes de um projeto arquitetônico. Estes
modelos virtuais possuem recursos de cores, textura e até mesmo de animação onde as imagens
podem ser giradas, cortadas, alteradas e ao mesmo tempo compartilhadas por todas as partes
envolvidas no desenvolvimento de estudos e projetos de construção de rodovias e ferrovias
mostrando detalhes de corte, aterro, drenagem, pontes, viadutos etc.
Até recentemente a ênfase tem sido dado em se obter, no computador, o “realismo fotográfico”, ou
seja, conseguir gerar imagens que possam ser confundidas com fotografias. Esse modelo de
representação, vem se desenvolvendo evidentemente pela necessidade de aprimoramento rebuscada
ao longo dos anos.
A composição de imagens virtuais foto realistas foi um grande desafio para as empresas e
pesquisadores da área tecnológica e por isso mesmo teve um papel importante no desenvolvimento
das técnicas de visualização. Isso se deve a dois motivos principais: Em primeiro lugar, a busca do
realismo representativo implicava na simulação dos processos físicos de formação da imagens, bem
como de aspectos perceptuais. Além disso, estabeleceu-se um objetivo concreto, que muito embora
difícil de ser conquistado, apresentava um termo de simulação e comparação estética e de avaliação
imediata. Em segundo lugar, os métodos gráficos criados essencialmente para a geração de imagens
fotos-realistas constituem uma base sólida para a pesquisa de outros estilos de representação visual.
Atualmente, ultrapassada a fase realista, a comunidade de computação gráfica começa a se
preocupar com outros estilos de representação visual. Várias pesquisas estão sendo feitas no sentido
de permitir o uso de recursos de desenho e pintura nos sistemas de visualização 3D. Para isso são
utilizados sistemas híbridos 3D e 2D que combinam a síntese e o processamento de imagens em
ferramentas de alto nível.
5. Novos Horizontes
Começamos inicialmente com o entendimento da palavra, somente uma palavra. O que vem a ser a
plataforma? O que é o Revit / Archicad / VectorWorks / Rhinoceros 3d? E quais os tipos de
escritórios estão usando-o ou usando-os como ferramenta de trabalho? O termo "plataforma" é
usado para definirmos um tipo de ferramenta, na qualidade de software, usado para um determinado
fim, que em nosso caso, serve para Projetos de arquitetura e engenharia. O software Autocad, por
exemplo, é uma plataforma de trabalho onde os usuários se utilizam de suas várias ferramentas para
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desenhar os projetos. Sobre essa plataforma, conhecemos outros softwares que são acoplados
oferecendo mais funcionalidade para diversos fins e outros tipos de projetos. É nesse momento onde
aparecem os chamados "plug-ins", que permitem ferramentas específicas para determinados
projetos e que não são encontrados no software original.
Logo, podemos considerar o Revit como uma plataforma , completamente diferente da plataforma
do Autocad, onde o encontramos segmentado em disciplinas, para Arquitetura (Revit Architecture ),
para estrutura (Revit structure) e para instalações prediais (Revit MEP).
O Revit é uma plataforma da Autodesk que usa a tecnologia BIM ( Building Information Modeling
). É um software de design de projeto de Arquitetura e Engenharia e um sistema complexo e
completo de documentação do projeto que suporta todas as fases do projeto, desde o "Estudo
Preliminar" até o "Projeto Executivo". A tecnologia BIM encontrada em softwares paramétricos
como o Revit ( Autodesk Inc. ), suporta a disponibilidade imediata e contínua de informações
confiáveis, de alta qualidade e totalmente coordenadas sobre o "escopo" de projeto", quantificação,
qualidade na apresentação e representação gráfica do projeto e custo do Projeto. As principais
vantagens competitivas que o BIM oferece são:
- Maior velocidade na entrega ( economia de tempo ).
- Melhor coordenação ( menos erros nos desenhos ).
- Diminuição de custos diretos e indiretos ( economia de dinheiro ).
- Maior produtividade usando um único modelo digital - salvar outro arquivo como cópia de
segurança.
- Trabalhar com maior qualidade.
- Novas oportunidades de receita e negócios.
- Mais foco no design.
- Redução no retrabalho de projeto, correção de projeto e mudança no projeto por parte do cliente.
O por quê dessa tecnologia? Qual a razão das grandes empresas investirem em pesquisas e
tecnologia? Os exemplos numéricos forçaram a criação dessa tecnologia BIM, que não é nova, foi
criada aproximadamente na década de 70.
Exemplos numéricos:
- Ineficiências, enganos e atrasos chegam a U$ 200 bilhões dos U$ 650 bilhões gastos em
construção nos EUA todo ano.
- Somente na Inglaterra, o custo anual para corrigir defeitos de construção causados por Projetos
mal detalhados, mal especificados e instruções operacionais dadas incorretamente atingem
aproximadamente 1 bilhão de libras, ou seja, aproximadamente U$1,660 bilhões de dólares.
- O processo de construção é por si mesmo repetitivo na sua essência de Projeto. Pesquisas atestam
que até 80% das tarefas numa construção são meramente repetitivas. Mas, o que vem a ser o Revit?
Como surgiu? Para que surgiu? Quais necessidades foram observadas no mercado que precisavam
ser atendidas por essa nova plataforma? Que tecnologia é essa? Todas essas perguntas são
respondidas por causa de uma revolução industrial criada pela demanda excessiva de projetos, pela
cobrança firme de prazos e diminuição obrigatória dos custos, sejam eles diretos ou indiretos. A
primeira Revolução foi causada pelo Autocad tirando os arquitetos, engenheiros, desenhistas e
projetistas das pesadas pranchetas Arquimedes para as pranchetas virtuais. Durante muito tempo
passamos a pensar Autocad, dormir Autocad, conversar Autocad, enfim respirar Autocad. Nessa
nova, que na verdade não é nova em termos de tecnologia, mas nessa revolução industrial e
tecnológica os profissionais perceberam que precisavam de mais velocidade, mais agilidade e
menos burocracia que a encontrada na plataforma Autocad.
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Observando alguns concorrentes, a grande empresa Autodesk Inc., fabricante do Autocad, observou
que iria demorar muito para criar um software com essas facilidades e que fosse melhor que o
concorrente em pouco tempo. Para isso, a Autodesk Inc. comprou o UpStart Revit Technology
Corporate pela bagatela de U$ 1,30 milhões de dólares, onde teve a sua primeira versão lançada em
Abril de 2000. O mercado de construção percebeu que a cobrança passou a ser maior, os prazos de
entrega de projetos cada vez menores e precisavam ter menos custos com projetos, ou seja, menos
computadores, menos softwares, menos equipes.
Com o software Revit, temos um completo sistema para criação de projetos de Arquitetura e
engenharia em 3d, onde o usuário precisa pensar no "projeto" e não nos desenhos que irão
representar o projeto.
Projetos que usam a tecnologia Revit possuem uma extrema vantagem competitiva imediata,
oferecendo e fornecendo uma melhor coordenação e qualidade e ainda contribui para uma maior
interação entre os arquitetos e o restante da equipe. O Revit sozinho identifica penas de impressão
em corte, em vista: quem deve ter penas grossas, médias, finas; altera as alturas de texto, de cotas e
símbolos automaticamente, na mudança imediata de escala. Faz cortes e fachadas em questão de
segundos, nomeia e numera automaticamente os desenhos nas pranchas, e ainda faz parte de
Maquete eletrônica 3d com foto realismo usando o renderizador Mental Ray e ainda faz animação
gráfica 3d. Em resumo, é um software completo para os escritórios de Arquitetura e engenharia. O
coração da plataforma do Revit é a engrenagem de parametrização, onde qualquer mudança no
modelo 3d acarreta automaticamente mudanças em todos os seus documentos do projeto, sejam eles
cortes, vista, fachadas, quantitativos, etc. Fazendo um efeito cascata em todas as suas alterações.
Tais facilidades foram observadas por diversas empresas em diversos países, onde a Autodesk Inc.
oferece os seus produtos.
Grandes empresas mundiais comprovaram e aprovaram a sua compra e utilização no exterior. Como
por exemplo: o projeto da Torre da Liberdade, substituto do extinto World Trade Center, teve como
software de projeto o Revit; grande parte dos projetos no novo oásis da Construção mundial, os
Emirados Árabes, são projetados por Revit. Diversas empresas nos Estados Unidos da América e
Europa usam o Revit em todos os seus projetos. Escritórios de arquitetura no Brasil que possuem
parcerias em projetos no exterior estão sendo obrigados a migrar para o Revit com a finalidade de
trabalho em um serviço "WEB", onde um mesmo arquivo Revit é capaz de possuir diversas equipes
trabalhando em vários locais diferentes: uma atualizando a outra de forma automática, e ainda sim,
possuindo um controle sobre o que cada um pode fazer ou não dentro desse projeto.
Outro elemento muito utilizado principalmente por engenheiros e arquitetos no processo de
composição de projetos arquitetônicos, é o Archicad. ArchiCAD é um software mundialmente
reconhecido por sua capacidade de suportar o trabalho criativo, usando os conceitos de Edifício
Virtual e BIM (Building Information Modeling ou Modelagem de Informação da Construção). Com
o ArchiCAD os projetos são forjados a partir de um modelo tridimensional integrado que contém
todas as informações necessárias para visualizar, construir e identificar o projeto arquitetônico.
Indicado para profissionais e empresas do setor de Construção que desejam utilizar um software
com alta tecnologia, realizando um trabalho completo com precisão, controle otimizando seu
tempo.
6. Modelagem em Blender
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
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A modelagem 3d apresenta diversas particularidades e variações que se mostram presentes quando
abordamos objetos com morfologia diferente. Por exemplo, a mesma técnica de modelagem usada
para criar um personagem com características orgânicas, pode não ser a mais indicada para elaborar
objetos com perfil mais geométrico. A técnica conhecida como modelagem poligonal, pode resolver
a maioria dos problemas e morfologias, com a vantagem de dispor de mais controles para gerar
formas geométricas. Esse é o caso da modelagem para arquitetura que usa muito a técnica da
criação com base em polígonos.
7. Considerações Finais
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8. Referências
ANDRADE Max Lira Veras Xavier de. Computação Gráfica Tridimensional e Ensino de Arquitetura - Uma
Experiência Pedagógica. Graphica, Curitiba, Paraná-Brasil, 2007. Disponível em
<http://www.degraf.ufpr.br/artigos_graphica/COMPUTACAO.pdf>. Acesso em: 15 Nov 2011.
CORBIOLI, Nanci. Computação Gráfica & Arquitetura. Texto resumido de reportagem originalmente em
PROJETODESIGN Edição 263, 15 de Janeiro de 2009. Disponível em:
<http://www.alphachannel.net.br/blog/2009/01>. Acesso em 16 Nov 2011.
JUSTI, Alexander. Revit Architecture 2010. Ciência Moderna. Rio de Janeiro, 2010.
MOURA, Guilherme de Sousa. Efeitos de Iluminação Realistas Utilizando Imagens HDR. Pernambuco, 29 de janeiro
2008. Disponível em
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:0mt_T_j9vaoJ:www.cin.ufpe.br/~tg/2007-
2/gsm.pdf+aplica%C3%A7%C3%A3o+da+computa%C3%A7%C3%A3o+gr%C3%A1fica+em+imagens+fotos+rrealis
atas&cd=10&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em 31 Jul 2012.
NARDELLI, Eduardo Sampaio. Gráfica Digital Aplicada à Arquitetura: Da Formação Atual ao Futuro de sua
Aplicação. São Paulo, 1980. Disponível em: <http://cumincades.scix.net/data/works/att/sigradi2005_230.content.pdf>
Acesso em 25 Nov 2011.
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013