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DE
ANDROLOGIA
E MANIPULAÇÃO DE
S Ê M E N E Q Ü IN O
2007
ÍNDICE
4. EXAME ANDROLÓGICO........................................................................................ 11
4.1. INTRODUÇÃO................................................................................................................. 11
4.2. MATERIAL NECESSÁRIO............................................................................................ 12
4.3. SEQUÊNCIA DO EXAME.............................................................................................. 12
4.4. COLHEITA DO SÊMEN................................................................................................. 13
4.5. ANÁLISE DO SÊMEN..................................................................................................... 13
4.5.1. EXAMES IMEDIATOS..................................................................................................... 13
4.5.2. EXAMES MEDIATOS...................................................................................................... 14
4.6. MODELO DE LAUDO DE EXAME ANDROLÓGICO............................................. 22
4.7. PADRÕES DE PATOLOGIAS ESPERMÁTICAS..................................................... 24
6. CONGELAÇÃO DE SÊMEN................................................................................... 26
6.1. INTRODUÇÃO............................................................................................................... 26
6.2. MATERIAL NECESSÁRIO............................................................................... .......... 26
6.3. SEQUÊNCIA PARA CONGELAÇÃO.......................................................................... 26
6.4. LAUDO PARA SÊMEN CONGELADO........................................................... ........... 26
6.5. PROVAS LABORATORIAIS DE INTEGRIDADE DA MEMBRANA
PLASMÁTICA................................................................................................................. 30
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1. ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL MASCULINO
GARANHÃO
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2. ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO DO
MACHO
Para que os testículos possam produzir espermatozóides de maneira contínua é
necessário que o eixo hipotálamo – hipófise – gônadas, esteja em sincronia, de tal forma
que os hormônios envolvidos para esta finalidade sejam liberados em quantidades
adequadas.
O hipotálamo é uma região cerebral localizada no diencéfalo, responsável pela
liberação de GnRH. Este hormônio peptídico via sistema porta hiposisário vai até a
hipófise, onde é reconhecido pelas células lá presentes desencadeando a secreção das
gonadotrofinas (FSH e LH) que através corrente da sangüínea se dirigem até os testículos,
resultando na produção de esteróides (estrógeno e testosterona), que participam da
formação dos espermatozóides.
Os hormônios envolvidos na reprodução são liberados através de retroalimentação
positiva ou negativa, conforme a necessidade. Sua produção é estimulada ou inibida, de
maneira a se manter concentrações adequadas para a plena produção espermática.
Nos testículos há a presença de dois tipos de células. As células de Leydig que
produzem testosterona pelo estímulo do LH, testosterona esta que é “ligada” por uma
proteína ligadora de andrógenos (ABP) a luz das células de Sértoli (estimulada pelo FSH)
produtoras da ABP e responsáveis pelo controle da espermatogênese.
Conforme há um aumento das concentrações de testosterona circulante, ocorre
uma retroalimentação negativa a nível do hipotálamo resultando numa diminuição dos
pulsos de liberação de GnRH desencadeando uma menor liberação de gonadotrofina (LH)
que diminui a produção de testosterona pelos testículos. Quando existe a necessidade de
uma maior produção deste hormônio ocorre uma retroalimentação positiva e os níveis
testosterona são novamente restabelecidos.
Outro hormônio que participa dos processos de regulação da secreção de GnRH é
a inibina produzida pelas células de Sértoli, ela promove uma maior ou menor liberação dos
pulsos de GnRH que diminuem ou aumentam a secreção do FSH afetando a produção da
ABP e da própria inibina.
É de grande importância o conhecimento deste mecanismo para um bom
diagnóstico de alterações reprodutivas que possam vir a afetar o macho prejudicando sua
função reprodutiva e qualidade espermática.
Segue abaixo o esquema do eixo hipotálamo - hipófise – gônadas.
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3. PRINCIPAIS PATOLOGIAS DO SISTEMA
REPRODUTIVO DO GARANHÃO
Fimose
Incapacidade de expor o pênis comumente, podendo ser congênito ou adquirida, por
traumas ou infecções. Tratamento: cirúrgico.
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Parafimose
Balanopostite
Hematoma peniano
Edema prepucial
Laceração prepucial
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3.2. TESTÍCULOS
Degeneração testicular
Orquite
Neoplasias testiculares
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Diagnóstico: Acomete idosos, superfície dura e irregular, lesões circulares a Ultra-
sonografia. Tratamento: retirada cirúrgica do testículo afetado.
Hérnia inguino-escrotal
Rotação testicular
Torção Testicular
EPIDÍDIMO:
a)Defeitos congênitos:
• Aplasia Segmentar: todo ou parte do epidídimo, vasos deferentes ou vesículas
seminais podem estar ausentes.
• Hipoplasia : geralmente acompanha a hipoplasia testicular.
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granulomas. O esperma condensado na espermatocele ou no granuloma tem uma cor
amarela e de consistência caseosa como pus na infecção por Corinebacterium spp.
CONDUTOS ESPERMÁTICOS:
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GLÂNDULAS ANEXAS:
4. EXAME ANDROLÓGICO
4.1. INTRODUÇÃO
O exame andrológico reflete as atuais condições reprodutivas de um macho. O
potencial reprodutivo do animal deve ser verificado sempre quando este for para
exposições, iniciar uma estação de monta, diagnostico de sub ou infertilidade, ocorrência da
puberdade, destinado a criopreservação de sêmen, etc.
A avaliação destina-se a observação das condições semiológicas, bem como as
condições de sanidade, alterações genéticas, saúde geral, deficiências na cópula por
alterações locomotoras ou alterações do sistema genital (impotência coeundi) e problemas
espermáticos (impotência generandi).
O laudo de um exame andrológico nunca é definitivo (para o resto da vida
reprodutiva), sempre deve-se levar em consideração que o animal logo após o exame pode
vir a sofrer de alguma patologia que leve-o a depreciações em sua qualidade espermática,
por isso o laudo não deve ser emitido com uma validade superior a 60 dias (tempo em que
ocorre a espermatogênese mais o trânsito epididimário).
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4.2. MATERIAL NECESSÁRIO
B) Identificação do proprietário:
• Nome, endereço, telefone, nome da propriedade
C) Exame do animal:
Glândulas anexas – Palpação retal (somente deverá ser realizada a palpação retal se ficar
constatado quadro de piospermia ou hemospermia).
Testículos e Bolsa escrotal – Observa-se bem o escroto, se não há feridas, bernes, edema,
varicocele (dilatações vasculares), então palpa-se os testículos que no eqüino têm a
forma ovóide e posicionamento horizontal em relação ao animal. Devem ter mobilidade
dentro da bolsa, ausência de dor a palpação, simetria, consistência fibroelástica. Devem
ser feitas mensurações individuais de cada testículo, que demonstram com maior
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exatidão a verdadeira massa testicular, devendo ser realizadas com o auxílio de um
paquímetro. Comprimento 5 a 12cm (do polo proximal até o polo distal do testículo),
largura 4 a 8 cm (medida latero-madial, na porção média do testículo), altura 4 a 8 cm
(medida infero-superior, na porção média do testículo).
A colheita do sêmen é efetuada por auxílio de vagina artificial, onde o animal deve
ter um condicionamento prévio para que este monte em uma égua em cio ou em manequim.
Logo após a colheita o sêmen deve ser analisado segundo suas características
macro e microscópicas.
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deve-se realizar uma diluição em meio diluidor (por ex. Kenney), esta diluição
pode ser 1:1 ( Motilidade ideal ≥ 70%)
• Vigor espermático = Concomitantemente com a motilidade espermática se
avalia o vigor espermático na escala de 0 a 5 (velocidade com que o
espermatozóide se desloca, quanto maior a velocidade maior o valor).
(Vigor ideal ≥ 3)
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A concentração espermática média para um garanhão adulto colhido na vagina
artificial é de 0,1-0,2x109 espermatozóides por ml. (100 a 200 milhões/ml)
3 =
2
Neste exemplo temos 12 espermatozóides azuis que deverão ser contados para
efeito de calculo, os mesmos localizam-se nos quadrados cinzas e sobre as linhas azuis,
relativos ao cinco quadrados representados, levando-se em consideração o posicionamento
da cabeça. Espermatozóides que apresentam apenas a cauda dentro do quadrado não são
contados.
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Após a contagem das células espermáticas (n),utilizamos a seguinte fórmula para
cálculo da concentração espermática.
Ex:. Foram contadas 100 células de um lado câmara (em cinco quadrados) e 104
células do outro lado (variação entre os lados menor que 10%), tira-se a média aritmética, o
n = 102 (espermatozóides), colocando-se na fórmula, adotando a diluição de 1/20, temos:
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deixa secar, observa-se em microscopia óptica aumento de 1000x). Conta-se
200 células, percorrendo a lâmina de forma homogênea como mostra o
esquema abaixo e classificando os espermatozóides conforme suas patologias,
obtendo no final as porcentagens de espermatozóides normais e de cada
patologia.
• Defeitos Maiores
1. Acrossomo:
2. Patologia da cabeça:
Subdesenvolvida ..............................................................
Isolada patológica ............................................................
Estreita na base................................................................
Piriforme..........................................................................
Pequena anormal .............................................................
Contorno anormal ............................................................
“Pouch formation” ...........................................................
3. Gota proximal:
4. Formas teratológicas:
5. Defeito de peça intermediária:
(Desfibrilação, fratura, edema, pseudogota) ........................
6. Patologia da cauda:
Fortemente dobrada ou enrolada.........................................
Dobrada com gota..............................................................
Enrolada na cabeça............................................................
7. Formas duplas:
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• Defeito Menores
1. Patologia da cabeça:
Delgada ............................................................................
Gigante, curta, larga, peq. normal....................................
Isolada normal...................................................................
2. Patologia da cauda e implantação:
Retro e abaxial, oblíquo.....................................................
Dobrada ou enrolada.........................................................
3. Gota Citop. Distal:
A = Patologias de Acrossomo
B = Patologias de Cabeça
C = Patologias de Inserção de
Cauda
D = Patologias de Peça
Intermediária
E = Patologias de Cauda
F = Formas Teratológicas
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Descrição das patologias do quadro anterior:
A) = Acrossomo C1 = normal D4 = estreita
A1 = normal C2 = reta D5 = disforme
A2 = grande C3 = invertida D6a e b = ruturada
A3 = com grânulos C4 = estreita D7 = repregueada
A4 = oblíquo C5 = larga D8 = tipo axial
A5 = pequeno C6 = simétrica D9a e b = tipo fibrilar
A6a = sptz s/ acrossomo C7 = excêntrica (abaxial) E) = Cauda
A6b = solto C8 = paraxial E1 = gota proximal
A7a e b = deformações C9 = retroaxial E2 = gota distal
B) = Cabeça C10 = rutura do colo E3 = gota presa na cauda
B1a, b e c = normal C11 = ausência genética E4 = gota presa na PI
B2 = estreita da cabeça E5 = fortemente dobrada
B3 = piriforme D) = Peça Intermediária (PI) E6 = espiraliforme
B4 = lanciforme D1 = normal E7 = enrolada cabeça
B5 = raquetiforme D2 = curta E8 = rudimentar
B6 = globuliforme D3 = comprida F) = formas duplas
B7 = gigante
B8 = anã
C) = Inserção
Elementos figurados do sêmen
(Modificado de Mies Filho,1982).
a) espermatozóides normais
b) gotas livres
c) anormalidades primárias
d a h) anormalidades secundárias
d) cabeças isoladas
e) gotas proximais
f) gotas distais
g) cauda dobrada com gota
h) acrossomas livres
i) formações ciliares (medusas)
k) células epiteliais de descamação
l) células linhagem espermática =
casos de degeneração testicular
m) hemácias
n) piócitos
A) Cabeça
Acrossomo = As alterações no acrossomo como: forma irregular, enrugado ou
destacado, podem ser devido ao choque térmico, manipulação indevida ou senilidade.
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A presença de um grânulo no acrossomo, o denominado Knobbed sperm, pode
ser origem hereditária ou relacionado a degeneração testicular e está ligado diretamente
com a infertilidade do animal quando encontrado em grande quantidade.
O Pouch formation, (diadema defect) caracterizado pela presença de vacúolos na
região equatorial da cabeça não mais no acrossomo, formando um colar na cabeça do
espermatozóide são invaginações da membrana nuclear devido a rarefação da cromatina,
apresentam relação direta com a presença de hipoplasia ou degeneração testicular.
Alterações na forma da cabeça como: estreita na base, piriforme, lanciforme,
anã, são patologias de origem testicular podendo ser oriundas de hipoplasia ou degeneração
testicular. Sendo mais comum em cavalos as cabeças sub-desenvolvidas nos casos de
Degeneração Testicular,
B) Colo
Defeitos de inserção como: Abaxial, paraxial e retroaxial, são devido a presença
de “goteira”, falha na formação do espermatozóide. A localização da “goteira” definirá o
tipo da inserção. A inserção abaxial (mais encontrada nos eqüinos e considerada como
normal para cavalos), pode não afetar a fertilidade, pois o espermatozóide tende a se
adaptar com o movimento e conseguir um deslocamento compatível com a fertilização. As
inserções paraxial e retroaxial apresentam uma maior relação com a infertilidade pois
impossibilitam o deslocamento necessário do espermatozóide para a fecundação.
Gotas citoplasmáticas proximais ou distais são restos de citoplasma que são o
nutriente do espermatozóide durante o trânsito epididimário. O espermatozóide durante sua
maturação pelo epidídimo permanece três dias na cabeça do epidídimo ainda com a
presença da gota, posteriormente fica um dia no corpo e finalmente seis dias na cauda onde
deve se desprender desta gota; teorias afirmam que existem enzimas ativadoras no
epidídimo, que dissolveriam a gota. A presença de gotas em grades quantidades podem ser
devido: 1) animal imaturo, que começou a produção a pouco tempo, nestes casos colheitas
seriadas resolvem, um animal que está há muito tempo em descanso sexual também pode
vir a apresentar gotas, devido a um diminuição no trânsito epididimário, da mesma forma
colheitas periódicas levam ao desaparecimento da patologia; 2) disfunção epididimária
devido a alterações de temperatura (deficiência na termorregulação) levando a um
desequilíbrio iônico Na+ e K+, causando alterações no ciclo de maturação; 3) degeneração
testicular, levando a disfunção epididimária; 4) hipoplasia testicular, por se tratar de uma
patologia hereditária a gota sempre irá aparecer no ejaculado.
C) Peça Intermediária
Corkscrew defect (defeito em saca rolha), devido a degeneração do plasmalema,
afetando a região das mitocôndrias que fica com aspecto rugoso, podendo dificultar a saída
da gota e mais grave afetando a conformação das microfibrilas que podem se soltar
patologia vista em animais idosos.
Cabeça destacada (isolada), “goteira” rasa quando se forma podendo ser
decorrente de problema de inserção paraxial ou de origem genética.
Forma duplas da PI e/ou cauda, origem hereditária.
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D) Cauda
Enrolada, fortemente enrolada, dobrada e fortemente dobrada, são devidas a
uma diminuição no número de microfibrilas 3 ou 4 (Dag defect) neste caso sendo de caráter
hereditário, estes animais apresentam elevado nível de Zn no sêmen. Outra causa da
apresentação de defeitos de cauda no espermatozóides pode ser devido a choque osmótico
ou térmico e disfunções de epidídimo.
E) Outras anormalidades
Aglutinação de cabeça (head aglutination), os espermatozóides chegam em
blocos ao epidídimo, e neste local há presença de antiaglutininas que promovem a
separação das células, uma disfunção epididimária pode levar ao desenvolvimento desta
patologia.
Espermatozóides subdesenvolvidos, animais imaturos ou processos interferindo
na espermatogênese (de animais maduros) havendo a liberação no ejaculado de células
primordiais espermatócitos, espermatogônias, espermátides.
Medusa, restos ciliares do epidídimo por disfunção epididimária, geralmente nos
casos de recuperação de degeneração testicular.
Pseudogota, semelhante a gota citoplasmática, porém situada na porção média da
PI, e apresentando tamanho maior que a gota tradicional devido ao envolvimento de 1 ou 2
camadas de mitocôndrias.
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4.6. MODELO DO LAUDO DE EXAME ANDROLÓGICO
fmvz-unesp
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA -
BOTUCATU
Dep. de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
18618 - 000 - Botucatu/ SP - Rubião Junior - Fone/FAX (14)6802 6249/6326
CERTIFICADO ANDROLÓGICO
A.) IDENTIFICAÇÃO DO REPRODUTOR
Nome: Raça: Idade: Registro:
Proprietário: Propriedade:
Endereço:
B.) EXAME CLÍNICO
1. Histórico:
2. Geral:
3. Sistema Genital - Prepúcio: Pênis:
Testículos: Esquerdo Direito
Dimensões (comp., larg. alt.)cm
Simetria
Forma
Posição
Consistência
Sensibilidade Dolorosa
Mobilidade
Epidídimo
Genitália interna:
4. Comportamento sexual (libido):
C.) ESPERMIOGRAMA
I. Método de coleta: Vagina Artificial Data: Horário:
II. Características do ejaculado:
1. Volume ejaculado : ml 5. Motilidade :
2. Cor : 6. Vigor (0-5) :
3. Aspecto : 7. Concentr. (x106/mm3) :
4. Turbilhonamento : - 8. Total esperm. (x109) :
III. Características morfológicas (anexo I):
a. Defeitos maiores: % b. Defeitos menores: % Total: %
IV. Outros elementos: (1. Medusa, 2. Células primordiais, 3. Células gigantes, 4. Leucócitos, 5. Hemácias, 6.
Não detectados Células epiteliais, 7. Cristais de urina, 8. Bactérias.)
D.) OBSERVAÇÃO:
E.) CONCLUSÃO:
-----------------------------------
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Local, ........... Data, .../..../...... Méd. Veterinário Responsável
CRMV
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fmvz-unesp
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - BOTUCATU
Dep. de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
18618 - 000 - Botucatu/SP - Rubião Junior - Fone/FAX (014) 821.2121 - Ramal 2249/2326
1. Medusa : 5. Hemácias :
2.Células primordiais: 6. Células epiteliais:
3. Células gigantes : 7. Cristais :
4. Leucócitos : 8. Bactérias :
-----------------------------------
Local, ........... Data, .../..../...... Med. Veterinário Responsável
CRMV
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4.7. PADRÕES DE PATOLOGIAS ESPERMÁTICAS
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5. METODOLOGIA BÁSICA PARA REFRIGERAÇÃO DE
SÊMEN
5.1 Diluição:
• Diluir sêmen com meio á base de Leite (Botu-Sêmen), contendo como antibióticos de
preferência uma associação de Amikacina e Penicilina cristalina, podendo ser utilizada
a gentamicina.
• Diluir no mínimo o sêmen fresco com 2 partes de meio (Ideal 3:1 Meio: Sêmen).
• Utilizar dose inseminante com 1 bilhão de espermatozóides viáveis.
• Não diluir a uma concentração entre 20 e 50 de milhões de espermatozóides por ml..
• Envasar em recipiente plástico com a menor quantidade de ar possível.
• OBS: Para garanhões que não refrigeram bem a utilização do diluente Botu-Turbo é
uma opção adequada, devendo com este diluente o transporte ser realizado a 5°C.
5.2 Refrigeração:
5.3 Inseminação:
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CONGELAÇÃO DE SÊMEN
INTRODUÇÃO
MATERIAL NECESSÁRIO
A) vagina artificial
B) microscópio
C) mesa aquecedora
D) vidraria (proveta de 100ml, tubo de ensaio, becker)
E) lâmina e lamínula
F) palhetas de 0,25 ou 0,5ml (identificadas)
G) Câmara de Neubauer
H) pipeta de Sahli ou micropipeta de 20µl
I) álcool polivinílico ou bolinhas para lacrar palhetas
J) diluente para congelação (BOTU-CRIO®)
K) uma geladeira (no local) a 5°C para estabilização
L) termômetro
M) caixa de isopor 37 a 45L (45cm Comprimento x 36cm Largurax 38cm Altura)
N) grade para as palhetas (local onde são colocadas as palhetas p/ estabilização)
O) suporte para manter a grade de palhetas acima do nível do N2
P) botijão de N2 (no local)
Q) Banho-Maria
a) Preparo do laboratório
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b) Colheita do Semên
- Cálculo do número de palhetas a serem congeladas: Cada palheta deve conter 100
milhões de espermatozóides viáveis. Desta forma para o cálculo do número de
palhetas basta dividir por 100 o número total de espermatozóides viáveis do
ejaculado.
- Centrifugação: deve ser feita para eliminar o plasma seminal, com sêmen diluído
na proporção de 1:1 com Botu-Semen (Biotech–Botucatu) 600xg ou 2200 rpm por
10 minutos (Ex. centrífuga da Fanem/Baby/n°2 por 10 minutos).
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de água entre em contato com o sêmen, posiciona-se a bolha para ponta da palheta e
corta-se com uma tesoura na porção onde se localiza o lacre (álcool polivinílico).
Verifica-se a motilidade, vigor, a concentração e faz-se um esfregaço, para análise
da patologia espermática ou utiliza-se uma preparação com 40µl de solução de
trabalho para fluorescência com 10µl de sêmen. Caso não possua microscópio de
epi-fluorescência, a amostra congelada poderá ser enviada a faculdade Para análise.
Cuidados na Inseminação
Não diluir a dose inseminante,pois isto pode ser altamente lesivo e provocar
dano osmótico.
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LAUDO UTILIZADO PARA SÊMEN CONGELADO
fmvz-unesp
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - BOTUCATU
Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
18618- 000- Botucatu/SP-RubiãoJunior- Fone/FAX (014)6802-6.249//6326
I.-) IDENTIFICAÇÃO
ESTABELECIMENTO :
PROPRIETÁRIO:
NOME DO REPRODUTOR: RAÇA: EMBALAGEM:
PARTIDA: Data:
II.-) EXAME FÍSICO PÓS-DESCONGELAÇÃO:
MÉTODO DE DESCONGELAÇÃO:
VOLUME DA DOSE:
TOTAL DE ESPERMATOZÓIDES DA DOSE:
ANÁLISE SUBJETIVA DA MOTILIDADE ESPERMÁTICA :
VIGOR (0-5):
ANÁLISE COMPUTADORIZADA ( HTM-IVOS 10)
ANÁLISE DA INTEGRIDADE DA MEMBRANA PELA FLUORESCÊNCIA:
V.-) OBSERVAÇÃO:
VI.-) CONCLUSÕES:
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6.5 PROVAS LABORATORIAIS DE INTEGRIDADE DA
MEMBRANA PLAMÁTICA
3. Sondas fluorescentes
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espermatozóide por esterases lá presentes e transformado em fluoresceína que não
consegue sair da célula e emite uma coloração verde. O outro corante é uma
substância polar que não consegue penetrar em membrana íntegra. Só o faz
quando ela está lesada ao penetrá-la atinge o núcleo do espermatozóide e libera um
RNAm que codificará as organelas a produzirem uma fluorescência vermelha.
Então as células que se coram de verde são as com membrana íntegra e as que
expressarem cor vermelha apresentam algum tipo de lesão em sua membrana.
AUTORES
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