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11 DE SETEMBRO DE 2002 301 MINISTERIO DA EDUCACAO Despacho Pelo Diploma Ministerial n° 59/2002, de 3 de Maio, foi aprovado 0 Estatuio Orginico do Instituto de Linguas o prrgado © Diploma Ministerial n° 93/95, de 19 de 0. Por meio deste Estatuto Orgénico, o Instituto de Lin guas, equipara-se a uma Direcgdo Nacional, Havendo necessidade de regularizar a sua subordinagio, no uso das competéncias que me so conferides pelo De- creto Presidencial n.° 16/2000, de 3 de Outubro, deter- mino: 1, O Instituto de Linguas, & desvinculado da Direcsio de Educacdo da Cidade que passa a vincular-se ao Ministé- rio da Educagio (Central). ands, © Presente despacho, tem efeitos » partir do ano 03. Minjstério da Educagio, em Maputo, 25 de Agosto de 2002.—O Ministro da Educagio, “Alci¢o Ecuardo Neuenha. Paes ener eget eee MINISTERIOS DA EDUCACAO E DO ENSINO SUPERIOR CIENCIA E TECNOLOGIA Despacho Pelo Decreio Presidencial n.° 1/2000, de 17 de Janeiro, foi criado © Ministério do Ensino Superior, Cigncia ¢ Tecnologia, cujas atribuigses e competéncias foram defi- nidas pelo Decreto Presidencial n? 14/2000, de 8 de Agosto. ‘Com a criacio deste Sngio central do aparelho de Estado, algumas das atribuigdes e competéncias que esta- ‘vam acometidas a0 Ministério da Educagao, nomeadamente a concessio de equivaltncias aos diplomas ¢ certificados de nivel superior obtidos mo estrangeiro, bem como a concessio de bolsas de estudo para o ensino superior, passam a ser assumidas pelo Ministério do Ensino Supe- rior, Ciéacia e Tecnologia conforme o disposto no n? 8 do artigo 3, € non? 1 do artigo 4, ambos do Decreto Pre- sidéncial n° 14/2000, de 8 de Agosto. Havendo necessidade de formalizar a transferéncia de tais_compettncias, 0 Miristro da Educagio e a Ministra do Ensino Superior, Ciéncia e Tecnologia determinam: 1. Os pedidos concementes a certificagio © equivalén- cias dos diplomas do ensino superior devem ser dirigidos & Ministra do Ensino Superior, Ciencia e Tecnologia. 2. Os pedidos concernentes a certficacto dos diplomas, dos restantes niveis de ensino devem ser dirigidos 20 Ministro da Educaco. 3. Os pedidos de concessio de bolsas de estudo para 10 superior devem ser ditigidos & Ministra do Ersino Superior, Ciéncia e Tecnologia, 4. Os’ pedidos de conressio de botsas de estudo para os niveis médio, formacio de professores e téenicos da educacio devem’ ser dirigidos a0 Ministro da Educacio, 5. O presente despacho entra imediatamente em vigor. Maputo, 28 de Tumho de 2002.—O Ministro da Edu- cacio, Alcido Eduardo Newerha.— A Ministra do Ensino Superior, Ciéneia e Tecnologia, Lidla Maria Serra Ribeiro Artur Brito. K:INISTERIOS DA AGRICULTURA E DESEMVOLVIMENTO RURAL, DA SAGDE, E PARA A COORDENACAO DA ACCAO AMBIENTAL Diploma Ministerial n° 53/2002 do 11 de Setembro ‘As pragas © doengas sic factores que contribuem para as perdas de rendimento das culturas em campo, bem como na fase pés-colheita. O uso de pesticidas como parte do controlo integrado das pragas e doengas, tem sido até ‘a0 momento, um dos métodos mais eficazes para a reducao estas perdas e constitui uma prética comum no pafs, principalmente nas culturas de rendimento. Face as mudancas teenolégicas econémicas, sociais ¢ politicas ocorridas nos tiltimos anos, torna-se_urgente actualizar 0 Regulamento sobre Pesticidas em vigor, tor- nando-o mais efectivo no tratamento dos desafios que 0 pais enfren:a no concemente ao controlo e manuseamento de_pesticidas [estes termos, usando das competéncias conferidas pela alinea 6) do artigo 3 do Decreto Presidencial n.° 10/2000, de 25 de Maio, pela alinea a) do n.° 7 do artigo 3 do Decreto Presidencial n? 11/95, de 29 de Dezembro, ¢ da alinea d) don.’ 1 do artigo 3 do Decreto Presidencial n° 6/95, de 29 de Novembro, respectivamente, os Minis- ‘ros da Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Sade, @ para a Coordenagio da Acco Ambiental determinam: ‘Artigo 1. B aprovado 0 Regulamento sobre Pesticidas. ‘Art. 2. O presente Regulamento entra em vigor trés meses apés a sua aprovacéo. ‘Art. 3. & revogado o Diploma Ministerial n° 88/87, de 29 de Julho. Maputo, 2 de Agosto de 2002.—O Ministro da Agri- cultura © Desenvolvimento Rural, Hélder dos Santos Félix Morteiro Muteia. —O Ministro da Satide, Francisco Fer- reira Songane.— O Ministro para a Coordenagéo da Acgio Ambiental, John William Kachamila, Regulamento sobre Pestcidas caPrruto 1 Definicées awrco 1 Defines Para efeitos deste regulamento considera-se: 1. Acitive—Qualquer produto que € adicionado 20 Pesticida, com o intuito de melhorar a acglo ou a caracte- ristica fisica, quimica e biolégica dest. 2, Autoriazgao ce Uso Experimental de Pesticida (AUEP) —Aucrizagao de utilizacdo experimental de + repisto. 3, Autorizacdo ce Utilizagao de Emergencla (AUE) Concessic dada, em regime especial, a um Pesticida no resistado mas considerado eficaz. no controlo duma situa- io de emergéncia causada por ume praga ou doence. ‘4, CAT —Comisso de Aconselhamento Técnico sobre Pesticidas e fertilizantes. 5. Concentragio letal 50% (CL $0)-inalatéria —F a concentragio de uma substincia na atmosfera, erpaz de provocar a morte em 50% dos animais tratados apés tuma exposigfo mfnima de uma hora. 6. Data de expiracao do prazo— Data a partir do qual um Pesticida nlo pode ser usado. 302 7. DINA —Direcgio Nacional de Agricultura —MA- DER. 8. Distribuigto — Toda a comercializagio, venda ou entrega, mesmo a titulo gratuito, de um Pesticida a uma outra encidade, empresa, disttibuider ow utilizador, 9, DNAIA — Direcgio Nasional de Avaliagio do Im- pacto Ambiental — MICOA. 10, DNS — Direcefo Nacional de Satide— MISAU. 11, Dose Letal 50% (DL50) —Dose tinica, expressa. em miligrama de substincia por quilo de- peso corpéreo, ‘que pode provocar a morte em 50% dos animais em experiéncias durante catorze dias. Esta seré considerads dérmica se a experiécle for por contacto com a pele intacta por um perfodo de vinte. ¢ quatro horas durante 06 catorze dias. Seré oral se as experitncias forem de administragio oral. 12. DPADR— Direosio Provincial de Agricultura © Desenvolvimento Rural — MADER. 13. Embalagem — ‘Todo o recipiente destinado » acon dicionar directamente as substinctas activas, produtos for- mulados de Pessioides. ou seus derivados. 14 Embalagont externa— Embalagent destinads a pro~ teger os reciplentes de Pestioidas contrat posstvels quebras, deformagées ¢ outros aeidentes-durante © transporte, arma wey Emorgarela-—-Eulooto regional ou nacional 15, Emergencia—Eelosio ou nacional de'praga ou doenca (tals como, gofanhotos, pardal; ratos, lagarta, mosquitos, etc.), que afecte drasticamente a produgio da regio, ou’ do paf 16. Empresa de Prestago ce Servicos—~Entidadé que presta servicos’ de’ aplicacto de’ Pesticld 11, Entidade de Registo—® a entidade responsével pela ‘concessio do registo de pesticides, e ¢ constituida por elementos indicados pelo MADER. 18, INIA — Instituto Nacional. de Tnvestigacio Agro- némica — MADER. 19. INTVE — Instituto Nacional de Investigagio Veto- ringria— MADER, 20, INNOQ— Instituto Nacional de- Normalizagto ¢ Quolidade, 21, Limite Méximo ce Residuos (LMR)—¥ a concen- tracio méxima do resféuo de um Pesticida, legalmente secite num produto desinads « alimenteggo humana ou animal. 22, MADER — Minist6rio. de Agricultura Detenvolvi- mento Rural, 23. MIC — Minissério da Indilsttia e Comércio, 24, MICOA — Ministério para a Coordenagio da Acco Ambiental, 25, MISAU — Ministério: div Sitde. 26. MPF —Ministério do Plano © Finangas. 27. Norma—Documnento estabelecido por consenso, que fornece, para’a uttlizagio comum ¢ repetida, regras, dirertsizes of caracterfstieas para actividades ou seus resultadcs, geren‘indo' um nivel de orgerdzactie’ éptimo, num dado context. 28. Normas para o Registo ¢ Manuseamento de Pest cidas— Tf 0 eonjunte de eritériée que definem os prinet- ios técrtvos orlentadores, confo se organiza © qual 0 confeddo téenico de um proceso de registo de Pesticida, estabelecendo os circultos de funclonamento entre of ser ‘vigos'oficials e entte estes e as empreses. Define também ag normas para o manuseamento de pesticidas. 29. Numero do Tote -—Nimero que deve cons'ar no r6tulo, indicando a série de provigle para efelte de identificagso. 30, Operacor ce controto de pragas — Pessoa que presta servigos na administragio.de-Rettlelday’ no combate. es rages, 1 SERIE— NOMERO 37 51, Pestioda— Produto qui leo ow biolégico (mnicro- ‘organismos e virus) ou combinagio de produtos formulado ou nio, destinado @) Conirolar, repelir ow atrair os organismos nocivos as plantas. e aos’ animais com excepgio dos medicamentos; ® Proteger de quaisquer organismos, os produtos d plantas e animais; © Controlar plantas, mierébins, algas ou fungos inde- sejvels; 4) Favorecer ou regular 0 crescimento das plantas, ou partes das plantas, tom excepgio de adubos © correctivos; ©) Controlar os vectores de agentes patogénicos para © homem e' preges domésticas; fp) A ser usado como aditivo: 32. Pesticidas Obsoletos — Sto Pesticidas que se encon- ‘tram fora do prazo de velidade ou que tenham sofrido qualquer modificagéo na sua_composicio fisico.quttica, que tena provocado alteragSes relativas & eficécia do activo. Tambény sf0 considerados obsoletos, os Pesticidas desconhecidos (p. e. perda do rétulo apropria- do), com embalagens danificadas, constituinds risco para (5 animals, 0 homem e o meio smbiente, 353. Pesticida para Sadde Pablica — Pesticida destinado a ser usa’ om Suidde Piblicn pasa o combate. a pragas domésticas © vectores de agentes patogénicos, quer seja, de consumo piiblico ou de aplicaczo profissional. 34, Process0 de registo— © conjunto de dados t#enico- -cientiticos referentes & identificagGo, propriedades fisico- -quimicas, caracteristicas toxicolégjcas, comportamento no ‘meio ambiente, indicagges de utllizagto, rétulos, tipo de ‘embalagem ¢ amostras. 35, Produgto— B 0 fabrico dim produto téenico, subs: tinola'activa, formulagto ou reformulaco de um Pesticida, 36. Produto formulado —O produto técnica ou a subs- tincia activa depois de ser submetida a operacdes destl- nados a faciliar a sun aplicagfo ¢ a sua acgdo,,adicionada ‘ou nfo de adjuvantes; devidamente rotulado ¢ embalado € destinado 205 citeuitos de distribuicsio ¢ a posterior aplicagta, 37. Procuto' éenico— Prodlito constitufdo pela subs- tancia active’ e pelas impurezas resultantes do respective processo industrial de, produsio. 38: Propaganda — Quelquer material ou informagto oral, escrita, ou electrénica, que tenha como objectivo promover © uso off chamar atengfo pata um determinado Pesticida. 39: Registacor— Pessoa indicada pelo MADER para implementar o Regulamento de Festicidas, 49: Registo—B « aprovacto oficial de um Pesticida para’ uso espectfico © a' definigso des condigtes da sum distribuledo ¢ utllizagho. 41, Reembalagem — Todo o processo de’ transfertncla de um pesticlda- da embalagem original’ para outra, 42, Réwulo — Informacio oficial aproveda pela entidade de registo, impressa, pintadla, gravada ou apiicada sobre qualquer tipo de embalagem de- Pesticides, Inctvinds o texto que, por falta de espasa dispontvel, sela fornecido em folheto sepatado © que compare sempre a: embale- gem © rétulor deve identificar © produto, 0 thulae do registo, providenctar adverténcias e precaugées bem como directrizes de- uso, ¢ procedimentos para os primelros soeceros. 45. Substtncia activa—Substtineta qutimtca ou bioK’- fica ‘(inictoorganismos' cu virus) que exerce umm acct geral ovr espectfica coritrs: organismos nocives, vegetals, partes de vegetais ou produtos vegetsis, 11 DE SETEMBRO DE 2002 44, Titular de Regislo — A pessoa ou entidade a quem foi concedido o registo oficial de um Pesticida, autorizando 4 sua distribuigo. 45, Titulo de Registo — Documento oficial emitido pelo registador para o requerente, comprovando a autorizagio de distribuig&o de um -Pesticida. CAPITULO 11 Ambito de aplicagio Axnoo 2 “Ambito de apticagio O presente Regulamento aplica-se a0 registo, importario, transporte, distribuicgo, produgao e aplicacio de pesticidas agricolas, de uso pecusrio, e de sadide pablice, bem como aos adjuvantes. CAPITULO IL Competénotas Axnico 3 Entldede de Registo 1, A DINA, através da Entidade de Registo, & 0 érgéo responsfivel pela emissio do registo e concessio de autori- zagies no ambito deste Regulamento, depois de obtido 0 parecer favordvel da DNS, DNAIA e/ou INIVE. 2. A Entidade de Registo & dirigida pelo registador. 3. Sempre que julgar necessério a Entidade de Registo poderé consultar outras entidades ou comissées, especifi- camente eriadas para a avaliago técnica de pesticidas. 4. Apés aprovacdo do processo de pedido de registo do pesticida pela entidade de registo, o registador, faré a ‘emissio do respectivo tftulo, Armco 4 Comisso de Aconsathamento Téenlco sobre Pesticides ‘0 Fertil antes 1, © MADER criaré a Comissiio de Aconselhamento ‘Técnico que apresentaré recomendacdes 20 Ministro, sobre questdes relacionadas com o presente Regulamento, ¢ terd a seguinte composicao: @) O Director Nacional da Agricultura, o qual exer- cerd as fungdes de presidente do CAT; b) O Director Nacional de Extensio Rural; ©) Um representante da Investigagao Agréria; 4) Um representante do MISAU; ©) Um representante do MICOA; f) Um representante do INNOQ; &) Um funciondrio da DINA que exercerd as fungies de secretério do CAT, mas sem direito a voto; 1) O regisiador, sem direito a voto; ‘) Seis representantes do sector privado e/ou das associagées empresariais do sector privado. 2, Os representantes do sector privado elegeriio dentre eles uma pessoa que exercerd as funcdes de vice-president do CAT. 3. As decisées ou deliberagdes do CAT serio tomadas por maioria dos votos dos membros presentes, cabendo um voto a cada membro. 4. Em caso de empate na decisio sobre 0 assunto em discuss, a decisto final caberd ao Ministro da Agricul tura ¢ Desenvolvimento Rural. 303 CAPITULO IV Registo Antioo 5 Procedimentos para-obtenglo de registo 1. Todas as substincias com aco pesticida ou regu- Indoras- do crescimento vegetal para seem importadas, produzidas, comercializadas e utilizadas no pais estdo sujeitas a um registo prévio, 2. O registo € concedido pela Entidade de Registo mediante um pedido que deve ser submetido em triplicado ou quadruplicado, quando se trate de produtos para uso eoudi 3. O pedido deve ser acompanhado pelo proceso do pesticida. A organizagio do processo de registo ou sua tenovagao, contendo 0s. dados técnico-cientiticos necessé- ios para'a avaliagéo dos pesticidas nas suas diferentes componentes, caracteristicas fisico-quimicas, toxicolégicas, eeotoxicoldgicas e biol6gicas, metabolismo e residuos, bem coma as regras para a elaboragio de rétulos, caracterfs- ticas das embalagens e critérios para a classificagao t6xica © seu impacto no ambiente, esta contida nas Notmas para © Registo e Manuseamento de Pesticidas. 4. No acto da entrega do pedido, o requerente deverd pagar uma taxa definida pela Entidade de Registo. 5. A DINA publicard as Normas para o Registo Manuseamento de Pest Annico 6 Avaliagso 1, O registo do pesticida ¢ efectuado com base na ava- liago gradual da eficécia e seguranga deste, para com a cultura para garantir que em condigSes normais de uti ‘zagGo, este esteja dentro dos padres toxicolégicos accité- veis para a sade humana, animal ¢ ambiental. 2. Durante a avaliacao de um pedido de registo ou de renovago a DINA poderd exigir ao requerente informa- g6es complemeniares que considere indispensdveis.tais como, amostras do produto formulado ou técnico, da subs- tancia activa pura ou ainda exigir a alteracio do rétulo, da embalagem ou do material de publicidade dos pesti- cidas bem como a realizagao de ensaios no pats. Axnico 7 Composiclo © especitcagtes 1, A composigio e as caracterfsticas fisico-quimices dos pesticidas propestos para registo devem cbedecer as espe- Cificagdes da Orgenizacio Mundial de Saiide (OMS) ou da Organizacio das Nagdes Unidas para a Alimentagio (FAO) e devem constar do rétulo. Quando estas especi- ficages nfo existam, 2 Entidade de Registo, poderé con- siderar es especificagdes apresentadas pelo fabricante. 2. As especificagées do rétulo sobre as substincias activas deverdo coincidir com as contidas no pesticida € obedecer aos padres internacionais. Anrico 8 Alteregfo dn origem ou da composi¢so 1. A alteragio do pais de produgio e/ou do proprie- tério do pesticida, deve ser comunicada & entidade de registo 2. Qualquer alteracio A composicfo de um pesticida dard origem a um novo produto sujeito um novo registo.

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