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IGREJA PRESBITERIANA NOVA ALIANÇA

Passeio 9, nº 5 - Conj. Feira IX, Feira de Santana-Ba

MANUAL DE CATECÚMENOS

ALUNO_________________________________________________

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IGREJA PRESBITERIANA NOVA ALIANÇA
Passeio 9, nº 5 - Conj. Feira IX, Feira de Santana-Ba

MANUAL DE CATECÚMENOS
IPB - FUNDAMENTOS DA NOSSA FÉ
Como presbiterianos, afirmamos antigos conceitos da Igreja Cristã,
tais como o Credo Apostólico, e expressamos nossa fé através da
Confissão de Fé de Westminster, o Catecismo Maior e o Catecismo Menor.
Documentos estes, elaborados em 1647 em Londres, na Inglaterra.
Aproximadamente 120 estudiosos brilhantes da Bíblia estiveram presentes
naquela assembleia.
Os ensinos destes documentos estão subordinados à autoridade de
Jesus Cristo como Ele proclamou e revelou nas Sagradas Escrituras - a
Bíblia. Como os tempos e necessidades mudam, continuamos exercitar
nossa fé e aplicá-la na sociedade em nossos dias.
Aqui está uma síntese dos pontos centrais da fé
presbiteriana: Cremos...
...em um único Deus, que subsiste em três pessoas: o Pai, criador e
sustentador de todas as coisas; o Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor e
Salvador; o Espírito Santo, o Consolador, que aplica às nossas vidas as
bênçãos de salvação e da santificação, obtidas pela obra de Cristo em
nosso favor.
...que a Bíblia é a Palavra de Deus, nossa única regra infalível de fé e
de prática.
...que todos nós, seres humanos, somos pecadores e, por causa
disso, quebramos por completo o nosso relacionamento com Deus.
...na total incapacidade do homem para obter ou contribuir a favor
de sua própria salvação.
...que o homem só pode recuperar seu relacionamento com Deus
através de Jesus Cristo, que é o único mediador entre Deus e os homens.
...na eleição incondicional daqueles que Deus predestinou para a
salvação.
...que quando Deus manifesta sua graça e seu amor ao homem, este
chamado é irresistível.
...que aqueles que são alcançados pela graça de Deus perseverarão
nela até o fim.
...que a Igreja é o Corpo Vivo do Senhor Jesus, e o melhor lugar
onde os que creem nEle podem expressar sua fé, adorá-lo, viver em amor
e comunhão com os irmãos, receber instrução espiritual e bíblica para
exercitarem a fé, o serviço e o testemunho do Evangelho no mundo de
hoje.

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Lição 01
TEXTOS EXEMPLOS
PÚBLICA PROFISSÃO DE FÉ
. João 14.6 Motivação . Pedro  Mat. 16.13-16
. Atos 4.12 . O eunuco  At. 8.35-38
. Rm 10.9-10 . 1 Tessal.  1.8-19
LIÇÃO 1
. Col. 1.13-14
. Fp 2.5-8

I – O que é Pública Profissão de Fé?


 É a responsabilidade que cada cristão tem de confessar o senhorio de
Jesus diante de outras pessoas, 1 Pedro 3.15-16;
 É o meio pelo qual uma pessoa torna-se membro comungante da Igreja
Presbiteriana do Brasil, Art. 12 CI/IPB
. É bom lembrar que “somente os membros comungantes gozam de
todos os privilégios e direitos da Igreja,” Art. 13 CI/IPB
. Também é bom lembrar que “perderão os privilégios e direitos de
membros os que forem excluídos por disciplina e, bem assim, os que
embora moralmente inculpáveis, manifestarem o desejo de não
permanecer na Igreja,” Art. 15 CI/IPB.

II – Por que Professar Publicamente a Fé?


 Porque a fé verdadeira deve ser proclamada e não escondida, Mateus
5.14-16 e Romanos 10.9-10;
 Porque a fé é o meio ordenado por Deus para recebermos a salvação e
deve ser mostrada aos outros, Atos 8.36-37, 16.31 e Efésios 2.8;
 Porque Jesus prometeu confessar diante do Pai a todo aquele que o
confessar diante dos homens, Mateus 10.32-33;
 Porque as Escrituras nos ordenam a exercitar nossa fé cristã em
comunhão com os demais membros da Igreja de Cristo, Efésios 4.1-6, 15-
16 e Hebreus 10.25.

III – Quais os Requisitos Básicos para se Fazer a Pública Profissão de Fé?


 O Intelecto
 Ter tido uma experiência pessoal de conversão e novo nascimento, João
3.3-7;
 Aceitar a autoridade e inspiração das Sagradas Escrituras e seus ensinos,
João 17.17, 2 Timóteo 3.16-17 e Salmo 119.105;
 A Emoção
 É preciso amar o Senhor Jesus de todo o coração, João 14.21. Este amor
deve ficar evidenciado pelas palavras e atos, Mt 7.16-19; Veja as

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diferenças em ralação às emoções entre o eunuco (At 8.35-38) e o
carcereiro (At 16.24-34);
 A Vontade
 Procurar ter uma vida cristã exemplar, através da qual o nome de Jesus
seja honrado e glorificado, Filipenses 1.27;
 Ter o desejo de crescer sempre na graça e no conhecimento de Cristo
Jesus, Colossenses 1.10 e 2 Pedro 3.18.
MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. O que é a pública profissão de fé? (com suas palavras)

2. Por que você gostaria de fazer sua pública profissão de fé?

3. O que é necessário para alguém fazer a pública profissão de fé?

4. Qual é o objetivo da P.F. ?

5. Cite alguns exemplos bíblicos de P.F.

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TEXTOS A BÍBLIA EXEMPLOS
LIÇÃO 2 . Josias: 2 Reis 22.18-20
. Sl 1; 19.7-10; 119.1-16;
LEIA CFW CAP I . Os crentes de Beréia: Atos
. 2 Tm 3.14-17; Jo 16.13;
. 2 Pe 1.17-21; Jo 14.21; 17.10-12

 A crença de uma pessoa sobre as Escrituras influencia diretamente a fé e a


concepção desta mesma pessoa sobre Deus, Seu plano redentor e toda a vida
cristã.

I – O que é a Bíblia?
 Ela é única regra de fé e conduta de todo o cristão, 2 Timóteo 3.16-17
 Ela é a Palavra inspirada de Deus, pelo Espírito Santo, 2 Pedro 1.20-21;
Jo 16.13;
 Portanto, nossa atitude ao ler a Bíblia deve ser de reverência, fé e
disposição para obedecer aos Seus ensinos, Deuteronômio 6.6-7, Salmo
119.18; Jo 14.15,21 e Tg 1.21-25
 Nenhum outro livro ou tradições da igreja tem a mesma autoridade da
Bíblia, Gl 1.8-9; Ap 22.18;

II – Quem escreveu a Bíblia?


 Homens escolhidos por Deus registraram o ensino que o Senhor a eles
revelou, Lucas 1.1-4, Atos 1.1-2, 1 Pedro 1.10-12 e 2 Pedro 1.18-21;
 Cerca de 36 ou 40 escritores, que viveram em tempos e lugares diferentes,
mas cujos escritos revelam perfeita harmonia. Ex.: Moisés, Davi, Paulo,
João, etc.
 A Bíblia foi escrita originalmente em três línguas: Hebraico, Aramaico e
Grego e até o presente ela foi traduzida para mais de 470 idiomas
diferentes.

III – Qual é o principal ensino da Bíblia?


 Que Deus, por seu amor, nos concede, através de Jesus Cristo, o perdão
dos pecados, uma nova vida e a salvação eterna, João 3.16, Efésios 4.32
e Atos 4.12;
 Que todos devem se arrepender dos seus pecados e se converterem à
Jesus que nos livra da ira vindoura, Atos 2.37-40, 17.30-31;

IV – Quantos livros a Bíblia contém?

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 Ela contém 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo
Testamento
. O termo Antigo Testamento é derivado da aliança mosaica no Sinai,
Êxodo 19.1-8, 24.8
. O termo Novo Testamento é derivado da nova aliança mediada por
Jesus, Jr 31.31-34, Lc 22.20, Hb 8.6 e 9.15.
 Os Protestantes não aceitam como inspirados os livros adotados pela
Igreja Católica Romana em suas edições mais contemporâneas da Bíblia,
chamados “deutero-canônicos,” sendo assim tidos como apócrifos, cujo
valor da leitura é apenas histórico.
o Os livros apócrifos são: Tobias, Judite, Baruque, Sabedoria,
Eclesiástico I e II, Macabeus, além de acréscimos feitos aos livros
de Ester e Daniel.
o Estes livros apócrifos, embora acrescidos no Antigo Testamento,
não fazem parte da Bíblia dos Judeus, o que é fator de suma
importância aos evangélicos, Romanos 3.1-2
o Em Seu ministério e ensino, Jesus não fez nenhuma referência a um
destes livros.
o O que estes livros contém de bom, está claramente exposto nos
demais livros inspirados das Escrituras, sendo assim desnecessário
sua inclusão no cannon. Eles porém trazem ensinos contraditórios
com os livros inspirados, tais como: a mentira de Judite (10.11-17,
11.1-23, 15.8-10) , o uso de velas e a oração pelos mortos em
Macabeus (2 Macabeus 12.38-45) e a “macumba” de Tobias (6.1-9).
V - Como podermos organizar a Bíblia para melhor compreensão?
 Podemos dividir a história bíblica em 2 partes: Velho e Novo Testamento
Velho Testamento (39 livros)
Lei Históricos Poéticos Proféticos

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Gênesis Josué Jó Isaías
Êxodo Juízes Salmos Jeremias
Levítico Rute Provérbios Lamentações
Números I Samuel Eclesiastes Ezequiel
Deuteronômio II Samuel Cantares Daniel
I Reis Oséias
II Reis Joel
I Crônicas Amós
II Crônicas Obadias
Esdras Jonas
Neemias Miquéias
Ester Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias

Novo Testamento (27 livros)


Evangelhos Histórico Epístolas Profético
Mateus Atos Romanos Apocalipse
Marcos I Coríntios
Lucas II Coríntios
João Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
I Tessalonicenses
II Tessalonicenses
I Timóteo
II Timóteo
Tito
Filemon
Hebreus
Tiago
I Pedro
II Pedro
I João
II João
III João
Judas
 Um resumo em forma de desenho:

A Bíblia contém 6 Livros (66)

7
6
A escrita da Bíblia envolveu 3 Escritores (36)
A Bíblia levou 1 Séculos para ser escrita (16)
Obs.: Apesar da variedade de escritores a Bíblia tem somente um Autor, que é
o Espírito Santo. Todos os escritos têm portanto a mesma autoridade, isto é,
uma recomendação de Paulo em suas cartas tem o mesmo valor das
recomendações de Jesus registradas nos evangelhos, pois todos os escritos
são a Palavra de Deus (2 Tm 3.16).

 Compreendendo alguns termos importantes:


1 – Revelação: Ação de Deus de dar ciência ao homem a respeito de
Deus e seus desígnios eternos.
2 – Inspiração: Ação de Deus sobre a mente e coração de homens
levando-os a escrever, de forma inerrante, o que Deus lhes revelou de
modo especial.
3 – Iluminação: É a ação de Deus, através de Espírito Santo, sobre a
mente e o coração do homem fazendo-o compreender o sentido da
sua Revelação Especial, isto é, das Escrituras Sagradas.

VI – O Testemunho Bíblico de sua Inspiração


 Sobre o Antigo Testamento
a) O testemunho dos escritores do Antigo Testamento, Êxodo 20.1,
32.16, Josué 24.26-27, 1 Samuel 3.18-19, Salmo 45.1, etc.
b) O testemunho de Jesus, Lucas 24.44-46, Marcos 7.8-13, João 5.39,
etc.
c) O testemunho dos escritores do Novo Testamento, Lucas 24.27,
Atos 17.11, 2 Timóteo 3.14-17, etc.

 Sobre o Novo Testamento:


a) O testemunho de Jesus, João 6.63 e 16.12-15
b) O testemunho dos escritores do Novo Testamento, João 21.24, 2
João 4, Apocalipse 1.1-2 e 22.9, 1 Tessalonicenses 4.2 e 15, 1
Coríntios 2.13, 2 Coríntios 2.17 e 2 Pedro 3.15-16.
c) O testemunho de Deus 2 Pe 1.17-21 Tt 1.2,3

MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO

1. O que é a Bíblia?

2. Em quais línguas a Bíblia foi originalmente escrita?

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3. Existe outro livro ou escritos inspirados e com a mesma autoridade da
Bíblia?

4. A Bíblia possui ___ livros sendo ___ no A.T. e ___ no N. T .

5. Qual o significado do termo “Novo Testamento” ?

6. Qual é o tema principal das Escrituras Sagradas?

7. Como se deve ler a Bíblia?

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TEXTOS O RECONHECIMENTO E EXEMPLOS
O SER DE DEUS
. Salmo 90 . Moisés: Êxodo 3
LIÇÃO 3 LEIA CFW : II e XXXIV
. Isaías 40.12-31 . Jó: Jó 42.1-6
. Atos 17.23-31

I – O Reconhecimento de Deus
Qual é a importância do estudo sobre o Ser de Deus?
. O conhecimento de Deus é a essência da vida eterna – João 17.3
. A ausência do conhecimento de Deus conduz à idolatria e a outros
pecados odiosos, Atos 14.8-18, 17.16-23
. O conhecimento de Deus fortalece nossa vida espiritual, Deuteronômio
11.32; Pv 1.7;
. O conhecimento de Deus faz-nos ver a vida e o universo sob uma
perspectiva correta, Salmo 73.12-18
 Como podemos conhecer Deus?
. O conhecimento de Deus pressupõe o fato d’Ele ter se revelado. Dt 29.29;
Mt 16.16,17
. Se Deus não tivesse se revelado aos homens, seria impossível a tais
homens conhecê-lo.
Lc 10.21,22; 1 Co 1.18-20; Jo 16.7-8
 A revelação geral
. Consiste no conhecimento inato que o homem tem de Deus, das obras da
criação e da providência, Romanos 1.19-20 e Salmo 19.1-6;
. Ela revela a existência de Deus Poderoso e Sábio, Sl 104.24; At 17.28
. Ela é eficiente para tornar o homem indesculpável diante de Deus, mas ela
não é suficiente como fundamento para religião cristã, Romanos 1.19-20,
João 14.6 e Atos 4.12
 A revelação especial
. As teofanias ou manifestações de Deus, Gênesis 15.17, Êxodo 3.2, 1
Reis 19.12
. As Escrituras Sagradas, João 17.17; 2 Tm 3.16; Sl 119.105;
. Cristo, a Palavra encarnada, João 1.1-14, Colossenses 1.15-19
II – O Ser de Deus
 Quem é Deus?
. Deus é Espírito infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria e
poder, santidade, justiça, bondade e verdade (Breve Catecismo,
pergunta 4), Êxodo 3.14; João 4.24, Tiago 1.17; 1 Jo 4.8,16;
 Como é Deus?
A Bíblia mostra-nos que nosso Deus é único (Dt 4.39, 6.4), mas
subsiste em três pessoas:

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- Deus Pai, o Criador e Senhor - Gn 1.26-27, Jó 38.1-11, Sl 33.9, Is
66.2, Rm 11.33;
- Deus Filho, o Salvador e Redentor - Jo 3.16, Rm 5.6-8;
- Deus Espírito Santo, o Consolador e Santificador - João 14.16,26; Rm
8.9.
São três as pessoas da Trindade e as três constitui um único Deus. O
reconhecimento da Trindade só é possível através da sua Revelação
Especial em seu A.T.: Gn 1.26; Is 48.12-16, 61.1 e N.T.: 2 Co 13.13,
Mt 28.19 e 1 Jo 5.7.
 Seria Cristo a mais importante e mais perfeita das criaturas de Deus?
. Não. Cristo é verdadeiro Deus assim como o Pai e o Espírito Santo e
partilha eternamente da natureza de Deus e de Seu poder, como Filho
Unigênito e Deus que é: I João 5.20, Colossenses 1.15, João 1.1-4;
14.9-11, Romanos 9.5.
 Quem é nosso Mediador diante de Deus?
. Única e exclusivamente Jesus Cristo. Mediador Poderoso, Sábio,
sempre presente, Atos 4.12, 1 Tm 2.5, Mt 28.20, 1 Jo 2.1-2. (Jo
14.6) 2 Co 5.18
 Que diz a Bíblia sobre a Pessoa de Cristo?
. Que o Filho Eterno de Deus encarnou como Jesus de Nazaré e
revelou o Pai; que humilhou-se, sofreu e morreu em nosso lugar; que
ressuscitou e subiu aos céus (retornou à plenitude e convívio com o
Pai); enviou o Espírito Santo e voltará um dia para reencontrar os Seus
e reinar para sempre, At 2.22-24,29-39; Cl 1.13-19 Is 9.6 Is 53.1-12
etc.
 Seria o Espírito Santo apenas uma força impessoal?
. Não. O Espírito Santo é uma Pessoa Eterna como é o Deus Pai e o
Deus Filho, partilhando eternamente a natureza e o poder de ambos,
Mateus 3.16-17; 1 João 5.6-7, João 4.24
 O que faz o Espírito Santo em nós e por nós?
. Converte-nos a Cristo, 1 Coríntios 12.3; Jo 16.7-8;
. Ensina-nos, João 14.26
. Intercede por nós, Romanos 8.26
. Orienta-nos, João 16.13
 Qual o principal dom do Espírito Santo?
. O amor, 1 Coríntios 12.31; 13.13
 Que língua se deve falar na Igreja?
. Nossa própria, I Coríntios 13.1-8; 14.2, 9, 14, 15, 19.

MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. Há quantos deuses no mundo?
2. Como Deus se revela?
3. Quais são as pessoas da Trindade?
4. Cristo é a mais perfeita das criaturas de Deus. Certo? / Errado? / Por
que?
5. O que faz o Espírito Santo?

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6. Cite 3 atributos exclusivos de Deus.

TEXTOS EXEMPLOS
. Salmo 33.6-12
AS OBRAS DE DEUS
LIÇÃO 4 . Davi  Salmo 19
. Salmo 104 Jo 15.16 . Salomão  Ecles. 3.14-15
. Efésios 1.1-14 LEIA CFW : III, IV, V e IX . Nabucodonosor  Daniel 4

A Bíblia apresenta o verdadeiro Deus como sendo vivo e ativo. Assim sendo,
conhecer Deus implica em conhecer também suas obras. Nesta lição daremos
atenção especial às obras divinas dos decretos, da criação e da providência.

I – O que a Bíblia ensina sobre os Decretos de Deus?


1. Que é natural que o Deus que controla todas as coisas tenha um plano
definido com o qual opera não só na criação e providência, mas também no
processo de redenção do ser humano, Efésios 1.11.
2. Devido ao fato de que o plano de Deus inclui muitas particularidades,
geralmente nos referimos a ele no plural, embora haja um só decreto, um só
plano.
3. O decreto de Deus é o Seu plano, ou propósito eterno no qual preordenou
todas as coisas que acontecem.
4. As características do decreto de Deus
a) Ele é sábio, pois está fundamentado na sabedoria divina  Sl 104.24 + Ef
3.10 + Rm 11.33-34
b) Ele é eterno  Salmo 33.11
c) Ele é eficaz e nada pode alterar o plano divino  Jó 42.2, Is 46.9-10, Pv
19.21
d) Ele é imutável, pois Deus é fiel, imutável e verdadeiro  Hb 6.17 , Jó
23.13-14
e) Ele é incondicional, pois não depende de condições externas para
que seja bem sucedido. Deus não só determinou o que vai
acontecer, mas também as condições para a sua realização  Atos
17.27,28 e At 2.23.
f) Ele abrange todas as coisas, quer sejam homens, suas ações, os eventos,
etc.  [Pv 16.4, At 4.27-28], Gn 45.8, 50.20, Jó 14.5, Atos 17.26.
g) Com referência ao pecado, o decreto de Deus é permissivo.
Isto significa que Deus decretou não impedir o pecado, mas não
significa que Ele o fará acontecer. Deus não é o autor do
pecado  [Mt 17.12; Rm 3.12, Tg 1.13; Salmos 78.27-29, Atos
14.16 e At 17.30].
h) Com relação aos seres morais (homens e anjos) os decretos são
comumente chamados predestinação.
. A Bíblia fala sobre homens e anjos eleitos  Romanos 8.29-30 e Efésios
1.1-4, 1 Tm 5.21 (anjos).

12
. A predestinação inclui duas partes: eleição e reprovação (implicação
lógica)  Pv 16.4, Mt 22.14, 1º Co 1.27-28 & Mateus 11.25-26, Romanos
9.13-16, 17, 18, 21, 23 e Judas 4.
CONSULTE também os textos abaixo:
Rm 9.13-23 Amei a Jacó e aborreci Esaú ... Há injustiça da parte de
Deus?
Sl 139.16 Todos os meus dias... (ver tbém Jr 10.23 o caminho do
homem)
Jo 15.16 Vós não escolhestes a mim, mas Eu vos escolhi a vós...
Ef 2.8 Pela graça sois salvos... não vem de vós (cf. Jo 1.12-
13)
Pv. 16.4 Até o ímpio p/o dia mal.
Ex. 9.16 Levantei Faraó p/... (cp I Pe 2.8)
Rm. 8.14, 28-39 Aos que predestinou a este chamou ...(vs 30)
At 13.48 ...creram todos os que foram destinados para crer.
Ef. 1.3-14 ...nos predestinou para sermos filhos...
Jo 6.37-44 ...ninguém pode vir a mim se o Pai não o trouxer (vs44)
Mc 13.20 e 27 ...por causa dos eleitos...
I Pe 1.2 e 2.9 Eleitos segundo a presciência de Deus.

AINDA: (CONFIRMAÇÃO DA DOUTRINA BÍBLICA DA ELEIÇÃO)


Rm 9.11, 11.5 e 7, 16.13; Cl 3.2; I Ts 1.4; I Tm 5.21 (anjos eleitos)
II Tm 2.10; Tito 1.1; II Pe 1.10; II Jo 1.1 e 13; Ap 17.14; Is 46.10;

5. Quais as implicações dos decretos de Deus ?


a) Conforto para os servos de Deus, pois sabem que nada acontece fora dos
propósitos de Deus. Rm 8.39
b) Advertência para os perversos, pois Deus não mudará Sua maneira de
lidar com o ser humano, mas a alma que pecar esta morrerá. Rm 6.23
c) A ordem de Deus para a pregação do Evangelho a todo o mundo, é um
imperativo claro (Mc 16.15; Is 12.4-5) e não é, de forma alguma, diminuída
pela doutrina da eleição.

II – O ensino Bíblico sobre a Criação


 A execução dos decretos de Deus começa com a criação. A doutrina da
criação só pode ser aprendida pelas Escrituras e pode ser aceita
somente pela fé, Hb 11.3,6.
 “A obra da criação é aquela pela qual Deus fez todas as coisas do nada,
pela palavra do seu poder (Sl 33.9), no espaço de seis dias, e tudo muito
bem” (Breve Cat., p. 9). Gn 1.
 É obra do Deus triuno, pois também participam da criação o Espírito Santo
(Jó 33.4), e Jesus Cristo (Jo 1.3).
 A Bíblia afirma que Deus criou os céus e a terra, Gênesis 1.1. O que
significa isto?

1- Que Deus criou o mundo espiritual

13
a) A existência dos anjos
. Seres inteligentes, 2 Samuel 14.20 e Mateus 24.36.
. Seres com caráter moral, Judas 6 e Apocalipse 14.10.
. Seres com ações pessoais, Lucas 15.10, Judas 9, Hebreus 1.6 e
Lucas 13.
. Seres puramente espirituais, Mateus 8.16, Lucas 7.21, 8.2.
. Alguns são apresentados como bons e santos, e outros como
decaídos de seu estado original, portanto maus, 1 Tm 5.21, Mc 8.38,
Ap 14.10, Jo 8.44, 2 Pe 2.4 e Judas 6.
b) O serviço dos anjos eleitos
. Louvam a Deus continuamente, Isaías 6.1-3, Salmo 103.20, 148.2.
. Estão a serviço dos que hão de herdar a salvação, Dn 10.11-13,
Salmo 34.7.
. Se regozijar com a conversão do pecador, Lucas 15.10.
. Não devemos adorá-los Ap 19.10, 22.8-9
c) Os anjos maus, ou decaídos
. Foram criados bons, mas não mantiveram sua posição original, 2
Pe 2.4 e Jd 6.
. Satanás se tornou o líder dos que caíram, Mt 25.41 e Ef 2.2.
2- Que Deus criou o mundo material
a) Criado em seis dias, Gênesis 1.
. Deus criou o mundo por Sua Palavra, Hebreus 11.3.
. A criação foi um ato livre, voluntário de Deus. Ef 1.11
b) A teoria da evolução não encontra base nas Escrituras.
. Deus não criou mediante a evolução, mas mediante Sua Palavra.

III – O que a Bíblia ensina sobre a providência divina?


 Deus não abandonou o mundo criado às suas próprias leis, como querem
os deístas, mas que Ele mesmo preserva ativamente Sua obra criada, Sl
103.19, 104.9-14, 27-29; Atos 14.15-17; Atos 17.25,28; Ne 9.6
 Podemos dividir a providência divina em dois tópicos:
1- Providência Geral
 Deus controla o universo geral, Salmo 103-19, Ef 1.11.
 Deus controla o mundo físico, Mateus 5.45, Mateus 6.26.
 O governo divino sobre os povos, João 12.23 e Atos 17.6.
 O governo divino sobre o nascimento e a vida do homem, Salmo
139.16 e Gálatas 1.15-16.
 O governo divino sobre as coisas aparentemente acidentais, Gn 50.20,
Pv 16.33, Mt 10.30.
 O governo divino suprindo as necessidades do Seu povo e
respondendo suas orações, Deuteronômio 8.3, Filipenses 4.19, Salmo
65.2 e Mateus 7.7.
2- As providências extraordinárias, ou milagres
 Um dos propósitos dos milagres é autenticar a mensagem do
Evangelho, João 3.2.

14
 Outro propósito dos milagres é testificar a inauguração do Reino de
Deus, Mateus 12.28.
 O cristianismo está fundamentado na crença em milagres, como por
exemplo, a encarnação e a ressurreição de Jesus. Mt 28.6-7
 Há muitos milagres que são realizados por falsos profetas, Mateus
7.15-23.

MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. O que é o decreto de Deus?

2. O que são seres morais? Quem são os seres morais?

3. Deus criou no 1º dia:__________ e _____________; no 2º o


_______________; no 3º _________ e as ____________; no 4º o
_______ a _________ e as ___________; no 5º os ________ e as
__________; no 6º os ___________ e o ____________; e no 7º dia
Deus descansou, portanto Deus fez tudo em aproximadamente
_______Horas.

4. A Teoria da evolução das espécies é provada cientificamente? Ela pode


ser considerada uma ciência ou uma crença?

5. O que é a Providência de Deus?

15
TEXTOS EXEMPLOS
. Gênesis 1.26-28,31 O HOMEM . Jó 7.1-18
. Gênesis 2.4-25 LIÇÃO 5 . Jesus  Mateus 6.25-26
. Salmo 144.3-4 LEIA CFW : vi e VII “...não valeis muito mais do
que as aves?”

 Que é o homem? Jó 17.17-18 e Salmo 8.3-4


 Teoria da Evolução - O homem é apenas um animal evoluído
. Este ensino desvaloriza o ser humano
. Este ensino desmotiva a moralidade
 Ensino Bíblico – O homem é um ser criado à imagem de Deus
. Ele não é eterno, nem pré-existente
. Ele não é uma forma de Deus

 A Bíblia apresenta o ser humano sob duas perspectivas:


I – O Homem, um ser glorioso
Por que?
1- Sua criação foi especial
 Ela foi precedida por um planejamento divino, Gênesis 1.26
 Ela foi um ato imediato de Deus. Ainda que Deus tenha feito uso de material
pré-existente (o pó da terra), Ele não ordenou que o homem fosse produzido
pela terra (como no caso dos animais), Gênesis 1.24 e 27.
 O homem foi criado à imagem de Deus, Gênesis 1.26
 O homem foi criado com dois elementos distintos, Gênesis 2.7
. Corpo
. Alma e espírito
2- Ele foi colocado em uma posição especial
 Ele foi posto como mordomo sobre toda criação inferior e recebeu domínio
sobre toda as criaturas inferior, Gênesis 1.28 e Salmo 8.4-9
 Ele ocupou a posição de representante de toda raça humana, Romanos
5.12-21
. Da mesma maneira como Cristo é o representante dos remidos.
. Sendo representante da humanidade, toda a humanidade foi
condenada quando Adão pecou.
3- Ele é alvo de um cuidado especial por parte de Deus
 Deus dele se lembra, mesmo após a queda, Jó 7.17-18, Salmo 8.3-4
 Deus providenciou um Redentor para aqueles que hão de herdar a
salvação, Gálatas 4.4

16
II- O homem, um ser destituído de glória.
Como?
 O homem se desligou de Deus, não permanecendo no estado de pureza
em que foi criado. O homem pecou, Gênesis 3.6 e Romanos 3.9-12
1- Sobre a origem do pecado
d) Embora Deus tenha permitido sua entrada no mundo, Ele não foi o
Autor do pecado, Jó 34.10, Tiago 1.13
e) O pecado originou-se no mundo angélico, com a rebelião de
Satanás e seus anjos, João 8.44 (o diabo é assassino desde o
princípio) e I João 3.8, I Timóteo 3.6 (o pecado do diabo foi o
orgulho).
f) O pecado entrou na raça humana com a desobediência de Adão e
Eva, Gn 3.
2- Sobre a natureza do pecado
 “Pecado é qualquer falta de conformidade com a Lei divina, ou qualquer
transgressão dessa Lei” (Breve Catecismo, pergunta 14)
a) Pecado é uma categoria específica de mal, pois nem todo mal é
pecado mas todo pecado é mal
. O pecado é um mal moral e espiritual
b) O pecado tem seu assento no coração do homem, Provérbio 4.23,
Mateus 15.19-20, Hb 3.12
c) O pecado não consiste apenas de atos manifestos, Mateus 5.22 e
28, Romanos 7.7, Gálatas 5.17 e 24.
3- Sobre as consequências do pecado
a) A morte (física, espiritual e eterna) como resultado da culpa,
Romanos 6.23
. O homem foi expulso da presença de Deus, Gênesis 3.24
. O pecado nos separa de Deus, Isaías 59.1-2
b) Escravidão ao pecado, Salmo 42.7, João 8.34-35, Romanos 7.14 e
19-20.
c) Inimizade com o próximo, Gênesis 3.11-13 (Transferência de culpa)
d) Sofrimentos sobre toda a criação, Gênesis 3.17-21, Romanos 8.19-
23

Observações Finais
 O homem caído não perdeu a imagem de Deus, mas esta imagem está
agora distorcida, Gênesis 9.6 e Tiago 3.9
 As palavra “imagem” e “semelhança” são empregadas como sinônimos na
Bíblia Sagrada e, portanto, não se referem a duas coisas diferentes,
Gênesis 1.26 e 27, 5.1, 1 Coríntios 11.7 e Colossenses 3.10
 O homem caído está morto espiritualmente, portanto não pode salvar a si
mesmo. Ele necessita um Redentor, Efésios 2.1-3

17
MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. O que disse Deus antes de criar o homem?

2. O que torna o gênero humano especial e distinto dos demais seres


criados?

3. O que o pecado fez com a natureza humana?

4. Qual a consequência sobre a natureza em geral?

18
TEXTOS EXEMPLOS
. Deuteronômio 18.18-
. José  Mateus 1.20-21
19 JESUS CRISTO, O MEDIADOR
. Pedro  At 4.8-12; Mt
. João 14.6 LIÇÃO 6 LEIA CFW: VIII 16.13-16
. I Timóteo 2.1-7 . O carcereiro  At 16.27-31
. Hebreus 4.15
 Qual a relação entre o estudo bíblico sobre o homem e a pessoa e obra de
Jesus, o Redentor?
 No estudo bíblico sobre o homem (lição anterior) vimos que “ainda que
ele tenha sido criado como um ser glorioso, o mesmo caiu em pecado e,
por causa disto, ele tornou-se merecedor da condenação eterna no
inferno”, Rm 3.23, 5.12, 6.23;
 O ensino bíblico sobre a pessoa e a obra de Cristo nos mostra como
Deus providenciou o livramento para o homem no estado de pecado,
Gálatas 4.4-5; Is 53;

 Deus deixou todo gênero humano perecer no estado de pecado e miséria?


 “Tendo Deus, unicamente pela sua boa vontade, desde toda a
eternidade, eleito alguns para a vida eterna, entrou com eles em um
pacto de graça para os livrar do estado de pecado e miséria, e os trazer
a um estado de salvação, por meio de um Redentor” (pergunta e
resposta 20 – Breve Catecismo). Gn 3.15; Ef 1.5 e 2.5;
 Quem é o Redentor dos eleitos de Deus?
 “O único Redentor dos eleitos de Deus é o Senhor Jesus Cristo, que
sendo o eterno filho de Deus, se fez homem, e assim foi e continua a ser
Deus e homem em duas naturezas distintas, e uma só pessoa, para
sempre” (pergunta e resposta 21 – Breve Catecismo) I Tm 2.5; At 4.12;
 Qual a relação de Cristo com o pacto da Graça?
 O Bíblia nos apresenta Cristo como o Mediador único do pacto da graça.
Louis Berkhof, no seu livro Manual de Doutrina Cristã (pág. 159),
descreve Jesus como aquele que vai muito além de mediar entre duas
partes em oposição com o fim de harmonizá-las, pois Ele intervém entre
Deus e o homem não meramente para solicitar a paz, mas vem armado
de todo o poder para realmente estabelecer a paz. Ele é o Mediador que
como nosso fiador toma sobre Si a culpa dos pecadores a quem Ele
representa e paga a penalidade do pecado, cumpre a lei e assim
restaura infalivelmente a relação com Deus. Mas não somente isto, pois
é Ele quem mostra ao homem a verdade de Deus e sua relação como
filhos dEle por meio da adoção em Cristo (Gl 4.5; Ef 1.5); nos persuade e
nos habilita a receber a verdade; mostra-nos as condições para um culto
aceitável; dirige e sustenta todas as circunstâncias da vida; para fazer
tudo isto utiliza o ministério dos homens (2 Co 5.20 ver também Hb 7.22,
8.6).

19
I – O Caráter do Mediador
1- Ele é divino/humano, Tt 2.13(Deus), 1 Tm 2.5, Rm 9.5(carne/homem), Jo
1.14, 1 Jo 4.2
 Jesus possui uma só Pessoa e duas naturezas distintas (Jo 10.30; Rm
9.5)
 Ele é Deus encarnado (Is 9.6; Mt 1.23; Fp 2.6)
2- Ele é profeta, Sacerdote e Rei, Lc 7.16, At 3.22(profeta), 1 Tm 1.17(Rei),
6.13-16 e Hb 7.20-28
3- Ele é o cabeça da Igreja, Efésios 4.15, 5.23
4- Ele é o Juiz do mundo, João 5.22, 27 e II Tm 4.1,8; (ver também Jo 5.24 e
I Co 6.2,3;)
5- Ele é o Todo-Poderoso, Mateus 28.18, João 17.2 e Atos 10.42

II – O Processo da Mediação
1- Implicou no cumprimento da Lei, Mateus 5.17 e Gálatas 4.3-6
2- Implicou no sofrimento e morte do Messias, Filipenses 2.5-8 e 1 Pedro
1.18-20 e 3.18
3- Resultou na vitória de Cristo sobre a morte, Atos 2.24 e 13.37
4- Tem continuidade na obra intercessora do Messias por seus santos,
Romanos 8.34, Hebreus 7.23-25 e I João 2.1
5- Será consumando no Juízo Final, Atos 17.30-31 e 2 Coríntios 5.10

III – A Obra da Mediação


 O sofrimentos, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo pelos seus obteve os
seguintes resultados:
1- Satisfez a justiça divina, Romanos 3.24-26, Efésios 5.2 e Hebreus 10.14
2- Foi realizada com a perfeição, Hebreus 9.11-15
3- Garante uma herança eterna, Hebreus 9.15; 1 Pedro 1.3-5 ; Rm 8.38,39
4- É aplicada pelo Espírito àqueles que crêem, Romanos 8.26, 5.5 e 3.21-26

IV – Resultados da Obra da Mediação


 Propiciação: Deus se torna propício a nós, isto é, a ira de Deus é apaziguada e
pacificada. Rm 3.24,25; I Jo 2.1,2; 4.10;
 Redenção: Somos salvos (comprados) Mc 10.45; Gl 4.4,5; I Tm 2.5,6;
 Justificação: Deus nos declara justos perante Ele. Tt 3.5-7; At 13.39; Rm 5.1-8,
8.30,33
 Reconciliação: Na morte de Cristo somos feitos amigos de Deus. Rm 5.10; Ef
2.15.16; Cl 1.19,20;

Observações Finais
 Mesmo Maria reconheceu necessitar de um Salvador, Lucas 1.46-47
 A salvação implica em confessar Jesus como Senhor e crer na Sua
ressurreição, Rm 10.9-10

20
MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. Ao ver o pecado e a queda do homem o que Deus fez?

2. Qual a diferença entre um simples mediador e Jesus Cristo como o


Mediador ?

3. Quantas naturezas Jesus possui?

4. Jesus Cristo, o Cabeça da igreja, veio ao mundo com os ofícios de


P__________, S______________ e R_____;

5. Existem outros mediadores entre Deus e os homens?

6. Qual o principal resultado da obra de Mediação?

21
TEXTOS EXEMPLOS
 Ezequiel 36.26-27 A Doutrina da Salvação . Nicodemus * João 3
 Jonas 2.9 LIÇÃO 7 . Zaqueu * Lucas 19.1-
 1 Tess. 1.10 LEIA CFW: X, XI, XII, XVII e XVIII 10
. O carcereiro * At
16.27-31

 A salvação procede do Senhor (Jonas 2.9). A salvação não é um


empreendimento humano. Os seres humanos não podem salvar a si próprios.

 A doutrina bíblica da salvação possui dois aspectos distintos, mas interligados:


a) Aspecto objetivo: O que Deus fez por nós (ex. A eleição, o Mediador, etc.)
b) Aspecto subjetivo: O que Deus faz em nós (ex. Regeneração, Fé, etc.)

 Uma vez que já estudamos algumas partes do primeiro aspecto, procuraremos


neste estudo nos familiarizarmos com o segundo aspecto da doutrina da salvação.
. Aqui é interessante lembrar a pergunta 29 do Breve Catecismo que diz:
Como somos feitos participantes da redenção adquirida por Cristo?
Resposta: Somos feitos participantes da redenção adquirida por Cristo, pela
eficaz aplicação dela a nós pelo seu Santo Espírito.

 Neste estudo, nos concentraremos em algumas partes desta obra de aplicação da


redenção pelo Espírito aos nossos corações.

I – A Chamada do Evangelho
 É o convite de Deus ao pecador quanto a sua salvação.

1. A chamada do evangelho pode ser dividida em:


a) Chamada universal, ou exterior: O convite geral de Deus, feito a todos,
Mateus 22.14 e João 7.37.
. Nem sempre este chamado resulta em salvação, pois o homem pode responder
negativamente ao chamado exterior.

b) Chamada eficaz, ou interior: A aplicação feita pelo Espírito da


mensagem do evangelho ao coração humano, a qual nunca falha,
Romanos 8.30 e João 6.37.
. O chamado de Deus sempre surte efeito: Ele chamou o universo à
existência (Gênesis 1), Ele chamou mortos à vida (João 11), e Ele
chama pecadores à conversão (Efésios 2.1-3).
. O chamado eficaz é a aplicação do chamado exterior ao coração do
homem. Quando isto acontece, há sempre conversão. João 16.8.

2. O processo do Chamado Eficaz


a) Seu autor é o Espírito Santo, Jo 16.7-8 Tito 3.5 e 1 Coríntios 12.3

22
b) O instrumento utilizado é a Palavra de Deus, Tiago 1.18, 22, 23,
Rm 10.17, 1Pe1.23;
c) Seu objeto são os eleitos, Romanos 8.30, pois a fé salvadora é
destinada aos eleitos de Deus, Atos 13.48, 2Tessalonissenses 2.13-
14, e Tito 1.1

II – A Regeneração, ou o Novo Nascimento

 Regeneração é o termo teológico para descrever o novo nascimento. O mesmo


refere-se a uma nova geração, um novo gênesis, um novo princípio, uma nova
natureza concebida por meio do Espírito Santo.

1. Sua importância
a) É ato mediante o qual temos acesso à família de Deus, Jo 1.12-13;
Rm 8.17;
b) É a porta de entrada ao Reino de Deus, João 3.3-5;

2. Sua natureza
a) Não é o batismo com água, mas a aceitação da mensagem do
Evangelho, 1 Coríntios 4.15
b) Não é um mero ato externo, mas uma obra do Espírito que ocorre
dentro de nós, Tito 3.5, João 3.3-6
c) É uma geração espiritual, pois vem de Deus – Ez 36.27; 2ª Pedro
1.4;
d) É uma vivificação espiritual, mediante a qual somos ressuscitados
de nossa condição de mortos nos nossos pecados, Efésios 2.1, 5 e
6.
e) É uma criação espiritual, comparado à obra da criação, Efésios 2.10

3. Sua necessidade
a) Devido à condição espiritual do homem caído, de estar morto em
seus pecados, Efésios 2.1 (depravação total: intelecto, vontade e
emoções); Rm 8.6-8;.
b) Devido à incapacidade de um ser pecador herdar, por seus próprios
esforços, o reino de Deus, João 3.3-5, 6.44a, 6.65;

4. Seus resultados
Uma nova natureza implantada no homem o faz voltar-se para Deus.
Esta nova natureza afeta o homem por completo:
a) O intelecto, 1 Co 2.14,15; Ef 1.18; 2 Co 4.6; Cl 3.10;
b) A Vontade: Sl 110.3; Fp 2.13; 2 Ts .5; Hb 13.21;
c) Os sentimentos (emoções): Sl 42.1,2; Mt 5.4; 1 Pe 1.8; Sl 122.1; Sl
84.10;

III – A Justificação – Não é algo que Deus faz em nós, mas por nós lá nos céus.
 Quando Jó perguntou: Como pode o homem ser justo para com Deus? (Jó
9.2), ele estava expondo um problema gravíssimo.

23
. A bíblia diz que somente podemos ser justos quando justificados pelo próprio
Deus, Romanos 3.20-23, 5.1-2.
. A justificação é um ato judicial de Deus, mediante o qual aquele que deposita
sua confiança em Cristo é declarado justo aos olhos de Deus e livre de toda a
condenação, com base nos méritos de Jesus Cristo (Gl. 3.13 – cp Ez 18.20).

 A justificação implica:
a) Na remoção da culpa e penalidades do pecado, Rm 8.1, 33-34; At 13.38-
39; Mq 7.18-19;
b) Na atribuição da retidão de Cristo ao crente e a restauração do favor divino
à sua vida, Rm 3.24; II Co 5.21, Fp 3.9
c) A justificação do pecador lhe é conferida mediante a fé: Rm 5.1,4.4-5; (Jo
17.20; Ap 1.12)
d) A justificação deve ser evidenciada pelas obras do justificado, Tiago 2.14,
24

 A justificação resulta em:


a) Liberdade de incriminação, Romanos 8.1, 33-34;
b) Paz com Deus, Romanos 5.1 e Efésios 2.14-17
c) Certeza da glorificação futura, Tito 3.7

IV – Arrependimento e Fé
 A regeneração é a obra de Deus no coração do homem, a justificação é um ato
judicial de Deus, atribuindo a justiça de Cristo a este homem, mas o arrependimento
e a fé são atos de exteriorização da salvação operada.

1. A importância do arrependimento e da fé são vistas em várias passagens


das Escrituras, Mt 3.1-2(João), Mt 4.17(Jesus), Mc 6.12(os apóstolos),
Atos 2.38(Paulo); FÉ: João 3.16-18, 36, Hebreus 11.6 e Romanos 1.17,
5.1;
2. O verdadeiro arrependimento é dádiva de Deus aos seus eleitos – At
11.18, Ef 2.8;

3. É necessário distinguir entre arrependimento vs. remorso e fé vs.


crendice
. Remorso foi a causa de Judas ter se enforcado, mas o mesmo Judas não
confessou seu pecado e nem pediu perdão por ele, isto é, não mudou de
atitude (Mateus 27.3-10).
. Também, crendice não nos conduz a uma relação acertada com Deus,
mas em alguns casos, pode até resultar em idolatria e fábulas, 2 Pedro
1.16
. Também é preciso distinguir entre fé salvadora, que é o depósito da
confiança total no Senhor Jesus, e a fé natural, que até os demônios
possuem, Tiago 2.19

4. Definições

24
Arrependimento  Uma mudança de pensamento e atitude no tocante a
nossa obrigação para com a vontade e a palavra de Deus, Mt 21.30, Lc
15.18 e 18.13;
Fé salvadora  Aquela crença ou confiança possuída pelos crentes
regenerados, em diversos graus, a qual se fundamenta sobre o
conhecimento de Deus e de Sua vontade. Esta fé não é um salto no
escuro, mas a confiança que Deus nos move para fora das trevas em
direção à luz. A fé salvadora oferece substância para nossa esperança
futura.

Observações Finais
 Pagamos aqui na terra algum pecado nosso ou de algum antepassado com
sofrimentos?
Não, pois se assim fosse, Cristo não precisaria ter morrido por nós. Também
diante de Deus cada um é responsável pelo seu próprio pecado, Hebreus
10.12-14 e Ezequiel 18.20, 22 e 32.

 Podemos salvar outros com o nosso arrependimento?


Não, pois além do que foi dito acima, arrependimento é pessoal, Marcos 16.16
e Atos 14.15

 Devemos realizar boas obras para a salvação?


Devemos realizar boas obras não para obter a salvação, pois esta é
concedida pela graça de Deus. Devemos, porém, realizar boas obras como
consequência e gratidão pela nossa salvação, Efésios 2.10, Tito 3.14 e Tiago
2.17, 26.
 Plano de Salvação/Evangelização resumidamente:
Rm 3..23 => Rm 6..23 => Jo 3..16 => Ef 2..8 => 2 Co 5..17 => Is 12..4,5 =>
Mc 16..15
 Sobre a certeza da Salvação:
 Prova Teológica – Crê em Jesus (Corretamente doutrinado) I Jo 5.10-12
 Prova Moral – Vida Cristã na prática – I Jo 1.5; 3.5; 3.9;
 Prova Social – Amor ao irmão/amor ao próximo – I Jo 4.20

MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. O que é Regeneração?

2. O que é Justificação?

3. O que arrependimento verdadeiro?

4. Quem é o autor do verdadeiro arrependimento?

25
26
TEXTOS EXEMPLOS
. Mateus 16.15-18 A Igreja e os Sacramentos . O eunuco  At. 8.34-39
. Mateus 28.18-20 LIÇÃO 8 LEIA CFW:xxv a xxx . Os discípulos e a Igreja 
. Efésios 5.25-27 Mc.14.22-26, 1Co. 11.23-29

A Igreja é a comunidade de todos os verdadeiros crentes em todas as épocas


 Algumas vezes na Bíblia, o termo igreja indica um grupo de crentes em
alguma localidade definida  Atos 5.11, 11.26, 1 Coríntios 11.18
 Outras vezes, o termo refere-se à igreja doméstica, ou a igreja na casa de
algum indivíduo  Rm 16.5, 23; 1 Coríntios 16.19 e Colossenses 4.15
 No sentido mais abrangente, porém, a palavra serve para designar todo
um corpo de crentes, quer no céu quer na terra  Efésios 1.22, 3.10, 21 e
Colossenses 1.18, 24
Por isto, podemos nos referir à Igreja como visível e invisível
. Igreja visível  É a igreja militante, como nós a vemos aqui na terra, 1 Tess
1.1
. Igreja invisível  É a igreja triunfante, como Deus a vê em Seu plano eterno,
Ef 1.22,23; Hb 12..22-23

I – O Início da Igreja
 Jesus Cristo é o Edificador e o Cabeça da Igreja  Mateus 16.18 e Efésios
1.22-23
Note que a autoridade conferida Pedro em Mt 16..19, não é exclusiva, pois também é
dada a todos os apóstolos (Jo 20..22-23, Ef 2.20 “fundamento apostólico”) e à igreja
(Mt 18..16-18), e este poder reside mais precisamente na “espada” de Pedro (Ef
6..17; Hb 4..12). Este poder é exercido pela pregação da Palavra (Rm 10..17).
 O Novo Testamento, porém, não marca o início da Igreja, mas apenas o
início do Cristianismo, ou da Igreja Cristã, pois a Igreja existe desde
quando passou a existir salvos.
 Se não fosse assim, deveríamos dizer que todos que morreram antes de
Jesus foram para o inferno (cf. Jo 14..6; At 4.12 ) , ao passo que a Bíblia
fala sobre Abel como um justo  Hebreus 11.4
 Ao longo de sua história, porém, a igreja assumiu diferentes formas:
a) No período patriarcal (Abraão, Isaque e Jacó)  A Igreja foi representada
pelos lares piedosos, onde pais serviam como sacerdotes, Gênesis 17.5-8;
Jó 1..5;
b) No período mosaico  A Igreja foi representada na forma de Israel como
uma nação. Assim, Israel foi um Estado-Igreja, Dt 7.6-9,11 Is 41.8-14 e
43.10
c) No período do Novo Testamento  A Igreja obteve uma organização
independente e não estava mais presa à uma nação apenas, mas assumiu
um caráter mundial. A fim de realizar o ideal de uma extensão mundial, a

27
Igreja dá uma ênfase maior ao aspecto missionário, Mateus 28.18-20, Atos
1.8

II – Os Atributos da Igreja
 Ainda que geralmente não sejam vistos na sua totalidade, podendo até faltar em
certa medida em alguns lugares, a Igreja de Deus possui alguns atributos que a
caracterizam como tal:
a) A unidade da Igreja  A unidade da Igreja é a unidade de um corpo
espiritual, sendo que ela é o corpo de Cristo do qual todos os crentes são
membros, 1 Co 12.12-14 e 27; Ef 4.1-6; Ef 1..22;
b) A santidade da Igreja  Sendo que a palavra “santos” significa separados,
os cristãos são objetivamente santos em Cristo, Romanos 1.7, 15.26, 31 e
1 Coríntios 1.2. Ainda que os cristãos não alcançam a santidade perfeita
nesta vida, eles prosseguem para o alvo maior do seu chamado (1 Pedro
1.16). A santidade da Igreja hoje é expressa numa vida devotada a Deus.
c) A universalidade da Igreja  O termo “católico” significa universal e a
Igreja Romana acredita que ela é a igreja universal. Porém a Bíblia ensina
que a Igreja invisível é a verdadeira Igreja Universal, ou seja, a Igreja
composta por cristãos de todas as nações do mundo, Ap. 7.9-10

III – As Marcas da Igreja


Como poderemos diferenciar uma Igreja verdadeira de igrejas falsas (que a Bíblia até
chama de sinagogas de Satanás, Apocalipse 2.9)?
. Por suas marcas. As Igrejas Presbiterianas comumente mencionam três
marcas da Igreja:
a) A pregação verdadeira da Palavra de Deus  Esta é a marca mais
importante da Igreja, João 8.31-32 e 47, 14.23, 1 João 4.1-3 e 2 João 9,10;
Gl 1..8,9; Mt 22..29. Isto significa que a pregação da Palavra tem
importância central na vida da Igreja e que tal pregação deve ser fiel às
verdades fundamentais e deve ter uma influência controladora sobre a fé e
prática dos cristãos;
b) A administração correta dos sacramentos  Os sacramentos jamais
deveriam ser divorciados da Palavra de Deus e sua administração deve
sempre ser feita por legítimos ministros da Palavra de acordo com a
instituição divina, pois os sacramentos são uma representação visível da
verdade que nos é de fato transmitida pela Palavra, Mateus 28.19; 1 Co
11.23-30;
c) O exercício fiel da disciplina  As igrejas que se relaxam na disciplina
descobrem logo que a luz da verdade foi ofuscada e que a pureza da igreja
foi atacada, Mt 18..18; 1 Co 5..3-5,13; Ap 2..14-16, 20;

IV – Os Sacramentos na Igreja de Cristo


 A palavra “sacramento” não se encontra na Bíblia. Seu uso na Igreja é com o
objetivo de referir-se à “uma ordenança(ritual/cerimônia) santa instituída por Cristo,

28
na qual, por sinais sensíveis, a graça de Deus em Cristo é representada, selada e
aplicada aos crentes.”
 Assim, ainda que a Igreja Romana defenda, sem justificação, que existam
sete sacramentos (Batismo, Ceia, Confirmação Ordem, Matrimônio,
Penitência, e Extrema Unção), a Bíblia só menciona o número de dois
sacramentos instituídos por Jesus: o Batismo e a Ceia do Senhor, Mateus
28.18-20 e Marcos 14.22-26.
 Estes dois sacramentos foram representados no Antigo Testamento pela
circuncisão e pela Páscoa, respectivamente (Cl 2..11,12).
 O Batismo (ou a falta dele), bem como a Santa Ceia, não são determinantes
para a salvação, mas a omissão dolosa é pecado de desobediência, pois
Jesus e os apóstolos falam deles como obrigações e não opção, Jo 6..53;
1 Co 11..24-26; Lc 23..43;

1. O Batismo  “É um sacramento no qual o lavar com água, em nome do


Pai, do Filho e do Espírito, significa: a nossa união com Cristo, a
participação das bênçãos do pacto da graça e a promessa de
pertencermos ao Senhor” (Breve Catecismo, perg. 94).
a) O modo do batismo
. O uso clássico da palavra “batismo” (no Grego) muitas vezes expressa a
idéia de imersão, mas nem sempre pois em várias passagens tem o
significado de purificar com água. Veja alguns exemplos:
. Passagens que pode significar imergir  Lucas 16.24 e João 13.26
. Passagens que são duvidosas  Mateus 3.16, Romanos 6.4
. Passagens onde a imersão é muito improvável  At 2.41, 16.33 e 1
Co 10.1-2 comp Nm 8..7.
. Assim, não é só o modo da imersão que deve ser aceito como verdadeiro,
mas também o da aspersão e até o da efusão.
b) Há bases para o batismo infantil?
A aliança feita com Abraão é única e perpétua: 1Cr 16.15-17, Sl 105.9; Rm
4.16-17;
. No Antigo Testamento, a prática da circuncisão envolvia crianças  Gn.
17.7-12; cp c/Cl 2..11,12
. O Novo Testamento fala de casas inteiras que foram batizadas, At 16.15,
33 e 1 Co 1.16;
. Pedro afirma que a promessa da aliança é também para os filhos dos
cristãos, At 2.38-39;

2. A Ceia do Senhor (1 Co 11..23-30)


 Na Ceia, os elementos são simplesmente pão e vinho, que não se
transformam em corpo e sangue do Senhor, mas que representam o
corpo e o sangue do Senhor, em recordação de sua morte vicária:
 A presença de Cristo no sacramento da Ceia não está nos elementos,
mas na mente e no coração do crente que o recebe, 1 Coríntios
11.23-25 (“em memória de mim”);

29
 A participação do pão e do vinho significa a participação espiritual dos
benefícios da morte e da vitória de Cristo sobre a morte, 1 Coríntios
11.26; Jo 6..53;
 Também simboliza a união espiritual de todos os crentes, 1 Co 10..16-
17;
 A participação indevida da Ceia do Senhor traz juízo ao invés de
bênçãos divinas, 1 Co 11.27-30

A.T.  N.T. 
CERIMONIAL DE INICIAÇÃO Circuncisão – Gn Batismo - Mt 28..19-
 17..9-14, 23-27; Dt. 20
29..10-15; Cp Cl 2..11,12
Cp Js 8.35;
CERIMONIAL DE Páscoa – Ex 12.1-27 Santa Ceia – Mt.
RECORDAÇÃO E 26.26-30 e 1 Co
PROCLAMAÇÃO  11.24; comp. Jo 6.50-
51 (+ss) e 1 Co 5.7

MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. O que é a igreja do Senhor?

2. Quantos e quais são o sacramentos ordenados por Jesus para a sua


igreja?

3. O que é o Batismo?

4. Por que as crianças, filhas de pais crentes, devem ser batizadas?

5. O que a Santa Ceia representa?

6. Quais as marcas de uma igreja genuinamente envangélica, bíblica e


verdadeira?

30
TEXTOS EXEMPLOS
A Igreja Presbiteriana . O concílio em Jerusalém
. Isaías 54.2-3 do Brasil – IPB  Atos 15.6-29
. 1 Timóteo 3.14-16 LIÇÃO 9 LEIA CFW :xxx e xxxi . A Igreja em Éfeso
. Hebreus 12.18-24  1 Timóteo 3.1-13

 O que foi a Reforma Protestante?


. Um movimento de reforma religiosa ocorrido na Europa no século XVI e com
amplo alcance em outras partes do mundo.
. Um movimento desencadeado pela fixação das 95 teses de Lutero nas
portas da universidade de Wittemberg contra a cobrança de indulgências em
31/10/1517.
 Como surgiu o termo Protestante?
. A partir de um documento apresentado na Dieta de Spira (1529) pelos
defensores da Reforma. O documento começava com a declaração: “Nós
protestamos e declaramos abertamente diante de Deus e dos homens . . .”
 Por que nossa Igreja é Presbiteriana?
. Porque seu governo é estabelecido no sistema representativo de presbíteros:
Docentes (pastores) e Regentes (leigos), Atos 20.17; Tito 1.5-9; 1 Tm 3.1-13;
1 Tm 5.17;
. O princípio básico PRESBITRIAL é um princípio representativo (At 14.23, 1
Tm 5.17), onde alguns representam todos. Além deste sistema de governo
temos: (1) EPISCOPAL, que é o governo através de bispos, onde um governa
todos (Católica, Metodista, Luterana, Episcopal, etc.), e (2)
CONGREGACIONAL, que é o governo de toda a comunidade, onde todos
governam (Batista, Congregacional, etc.).
I – Histórico
 A origem da Igreja Presbiteriana está intimamente conectada com os ensinos do
reformador João Calvino.
. O escocês João Knox, fundador do presbiterianismo, foi aluno e amigo muito
próximo de João Calvino na universidade de Genebra.
. Os sistemas expositivos da doutrina presbiteriana (Confissão de Fé de
Westminster e Catecismos Maior e Breve), são na sua essência, calvinistas.
 A implantação do Presbiterianismo no Brasil só ocorreu definitivamente a partir de
1808 com a chegada da família real no Brasil e a abertura dos portos brasileiros
para o comércio com países Protestantes através de um Tratado de Comércio e
Navegação.
. Antes disto porém, ocorreram várias tentativas do estabelecimento de
Protestantes calvinistas em solo brasileiro: (1) Os franceses huguenotes na
Baia de Guanabara em 1555, (2) Os holandeses no nordeste brasileiro (1630-
1654), e (3) A instalação dos imigrantes protestantes como resultado do
Tratado de Comércio e Navegação.
. A implantação oficial do trabalho presbiteriano no Brasil ocorreu como
resultado dos esforços de Ashbel Green Simonton (1833-1867).

31
. Simonton chegou ao Brasil em 12.08.1859 com apenas 26 anos de idade e
solteiro.
. No breve período que morou no Brasil, Simonton e seus colaboradores
fundaram:
(1) A primeira Igreja Presbiteriana Brasileira (Rio de Janeiro) – 1862,
(2) O primeiro jornal evangélico do país – 1864,
(3) O primeiro presbitério – 1865,
(4) O primeiro seminário – 1867.
. Hoje, há Igrejas Presbiterianas em todo o território nacional. Infelizmente, o
presbiterianismo no Brasil tem se dividido em várias denominações. Assim, é
possível identificar:
. A Igreja Presbiteriana Independente
. A Igreja Presbiteriana Conservadora
. A Igreja Presbiteriana Unida
. A Igreja Presbiteriana Renovada
* De todas estas denominações, a Igreja Presbiteriana do Brasil tem se
mantido fiel à estrutura eclesiástica, bem como à doutrina originalmente
recebida.
 Para maiores informações, favor ler o anexo Esboço Histórico da Igreja
Presbiteriana do Brasil, do Dr. Alderi Souza Matos.

II – Estrutura
 Como podermos entender a estrutura da Igreja Presbiteriana do Brasil?
1. Conselho da Igreja Local  Constituído de presbíteros eleitos pela
assembleia com mandatos de cinco anos renováveis. O Conselho é o
órgão que dirige e administra a Igreja local.
2. Presbitério  Órgão composto por um grupo de Igrejas de uma região. O
Presbitério governa as Igrejas locais sob sua jurisdição, bem como os seus
pastores. Reúne-se ordinariamente uma vez por ano com os pastores e
um presbítero representante da sua Igreja local, e extraordinariamente
sempre que convocado para tratar de um caso específico. Para se formar
um presbitério é necessário o número mínimo de quatro Igrejas;
3. Sínodo  Órgão composto por um grupo de presbitérios, reunindo
pastores e presbíteros de dois em dois anos. Para se formar um sínodo é
necessário o número mínimo de três presbitérios;
4. Supremo Concílio  O governo supremo e nacional da Igreja
Presbiteriana do Brasil. O Supremo Concílio reúne-se de quatro em quatro
anos, com pastores e presbíteros representando seus respectivos
presbitérios.

 Na Igreja Presbiteriana temos duas classes de oficiais:

32
. Presbíteros  do vocábulo grego que significa “ancião”, Tito 1.5-7 e 1 Pedro
5.1
. Diáconos  aos diáconos compete a função de zelar pelos carentes,
distribuir as ofertas dos fiéis para fins piedosos e ter sob sua guarda os bens
temporais da Igreja, Atos 6.1-6, 1 Timóteo 3.1-13.
. Compete aos membros da Igreja manterem-se submissos aos líderes e
concílios da Igreja enquanto estes forem fiéis às Sagradas Escrituras (Conf.
De Fé de Westminster XXXI.ii)
. Ainda que o exercício dos cargos oficiais na IPB seja temporário, o cargo é
vitalício, ou seja, um presbítero, ainda que não esteja na ativa, sempre será
um presbítero e o mesmo ocorre com o diácono (salvo quando alguém for
despojado destes cargos).

 Além de sua organização acima, a Igreja Presbiteriana do Brasil ainda possui


várias autarquias, comissões nacionais e juntas (ex. Editora Cultura Cristã, Junta
de Missões, etc.)
 A base de governo da Igreja Presbiteriana do Brasil é sua Constituição, bem
como seu Código de Disciplina e os Princípios de Liturgia.

III – Dados Estatísticos


Total de Igrejas locais 3.714
Número de Sínodos 60
Número de Presbitérios 236
Total de Pastores 10.539
Total de Membros 465.700
Número de Escolas Presbiterianas 175
(Dados fornecidos pela Secretaria do Supremo Concílio da IPB)

Observações Finais
 A IPB é uma comunidade de famílias cristãs-reformadas comprometidas
com a proclamação da Palavra, com a educação e com a transformação
do ser humano e da sociedade.
 A IPB ainda mantêm os princípios da Reforma Protestante do séc. XVI que
são: Só Cristo, só as Escrituras, só a Graça, e só a Fé.

MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. A nossa única regra de fé e prática é a ______________.

2. Nossos Símbolos de Fé: Nós (IPB) adotamos como exposição fiel das
doutrinas bíblicas a __________________________________ e os
___________________ _Maior_ e _____________.

33
3. Por que a Igreja Presbiteriana tem este nome?

4. Cite três formas de governo e igrejas que os adotam.

5. Qual o nome do primeiro missionário presbiteriano no Brasil? Em que


ano chegou?

6. Qual é a estrutura de governo da Igreja Presbiteriana do Brasil-IPB?

7. Qual é a função dos Diáconos?

8. Qual é a função dos Presbíteros? Quais os dois tipos de presbíteros?

9. Quais os requisitos para alguém assumir o oficialato da igreja (v 1 Tm 3,


Tt 1.5-9 )?

34
Esboço Histórico da Igreja Presbiteriana do Brasil

Dr. Alderi Souza de Matos

Atualmente existem no Brasil várias denominações de origem reformada ou


calvinista. Entre elas incluem-se a Igreja Presbiteriana Independente, a Igreja
Presbiteriana Conservadora e algumas igrejas criadas por imigrantes vindos da
Europa continental, tais como suíços, holandeses e húngaros. No entanto, a maior e
mais antiga denominação reformada do país é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Ao
mesmo tempo, convém lembrar que, já nos primeiros séculos da história do Brasil,
houve a presença de calvinistas em nosso país.

I. Primórdios do Movimento Reformado no Brasil

1. A França Antártica
Os primeiros calvinistas chegaram ao Brasil ainda no começo da nossa história. No
final de 1555, um grupo de franceses liderados por Nicolas Durand de Villegagnon
instalou-se em uma das ilhas da Baía da Guanabara. Um ano e meio mais tarde,
chegou à “França Antártica” um grupo de colonos e pastores reformados enviados
pelo próprio João Calvino, em resposta a um pedido de Villegagnon. No dia 10 de
março de 1557 esses evangélicos realizaram o primeiro culto protestante do Brasil, e
possivelmente do Novo Mundo. Eventualmente, surgiram desavenças teológicas
entre Villegagnon e os calvinistas. Cinco deles foram presos e forçados a escrever
uma declaração de suas convicções. O resultado foi a bela “Confissão de Fé da
Guanabara.” Com base nessa declaração, três dos calvinistas foram executados e
outro foi poupado por ser o único alfaiate da colônia. O quinto autor da confissão de
fé, Jacques le Baleur, conseguiu fugir, mas foi preso e mais tarde enforcado. Entre
os que conseguiram retornar para a França estava o sapateiro Jean de Léry, que
mais tarde tornou-se pastor e escreveu a célebre obra Viagem à Terra do Brasil
(1578).

2. O Brasil Holandês
A próxima tentativa de introdução do calvinismo no Brasil ocorreu em meados do
século XVII por meio dos holandeses. No contexto da guerra contra a Espanha, a
Companhia das Índias Ocidentais ocupou o nordeste brasileiro por vinte e quatro
anos (1630-1654). O mais famoso governante do Brasil holandês foi o Conde João
Maurício de Nassau-Siegen, que aqui esteve por apenas sete anos (1637-1644).
Embora os residentes católicos e judeus tenham gozado de tolerância religiosa, a
igreja oficial da colônia era a Igreja Reformada da Holanda, que realizou uma grande
obra pastoral e missionária. Ao longo dos anos foram criadas 22 igrejas e
congregações, dois presbitérios (Pernambuco e Paraíba) e até mesmo um sínodo, o
Sínodo do Brasil (1642-1646). Além da assistência aos colonos europeus, a igreja
reformada fez um notável trabalho missionário com os indígenas. Ao lado da
pregação e ensino, houve a preparação de um catecismo na língua nativa. Outros
projetos incluíam a tradução das Escrituras e a ordenação de pastores indígenas, o

35
que não chegou a efetivar-se. Com a expulsão dos holandeses, as igrejas nativas
vieram a extinguir-se e por um século e meio desapareceram os vestígios do
calvinismo no Brasil.

3. O Protestantismo de Imigração
O protestantismo em geral e o presbiterianismo em particular puderam estabelecer-
se definitivamente no Brasil somente após a chegada da família real, em 1808. Em
1810, Portugal e Inglaterra firmaram um Tratado de Comércio e Navegação, cujo
artigo XII, pela primeira vez em nossa história, concedeu liberdade religiosa aos
imigrantes protestantes. Logo, muitos deles começaram a chegar de diversas regiões
da Europa, entre eles reformados franceses, suíços e alemães. Em 1827, por
iniciativa do cônsul da Prússia, foi fundada no Rio de Janeiro a Comunidade
Protestante Alemã-Francesa, que congregava luteranos e calvinistas.

Durante várias décadas, o calvinismo ficou restrito às comunidades imigrantes, sem


atingir os brasileiros. Os poucos pastores reformados ou presbiterianos que por aqui
passaram limitaram suas atividades religiosas aos estrangeiros. Tal foi o caso do
Rev. James Cooley Fletcher, um pastor presbiteriano norte-americano que teve uma
longa e frutífera ligação com o Brasil a partir de 1851. Ele deu assistência religiosa a
marinheiros e imigrantes europeus, procurou aproximar o Brasil e os Estados Unidos
nas áreas diplomática, comercial e cultural, e escreveu o livro O Brasil e os
Brasileiros, publicado em 1857. Por meio de seus contatos com políticos e
intelectuais brasileiros, Fletcher contribuiu indiretamente para a introdução do
protestantismo no Brasil. Foi por sua sugestão que o missionário congregacional
inglês Robert Reid Kalley veio para o Brasil em 1855. Finalmente, o presbiterianismo
foi implantado entre os brasileiros pelo Rev. Ashbel Green Simonton, que aqui
chegou em 1859.

II. História da Igreja Presbiteriana do Brasil

A história da Igreja Presbiteriana do Brasil divide-se em períodos bem definidos.

1. Implantação (1859-1869)

O surgimento do presbiterianismo no Brasil resultou do pioneirismo e


desprendimento do Rev. Ashbel Green Simonton (1833-1867). Nascido em West
Hanover, na Pensilvânia, Simonton estudou no Colégio de Nova Jersey e
inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Influenciado por um
reavivamento em 1855, fez a sua profissão de fé e, pouco depois, ingressou no
Seminário de Princeton. Um sermão pregado por seu professor, o famoso teólogo
Charles Hodge, levou-o a considerar o trabalho missionário no estrangeiro. Três
anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos
Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência. Dois meses após
a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de
agosto de 1859, aos 26 anos de idade.

36
Em abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português. Em janeiro de
1862, recebeu os primeiros conversos, sendo fundada a Igreja Presbiteriana do Rio
de Janeiro. No breve período em que viveu no Brasil, Simonton, auxiliado por alguns
colegas, fundou o primeiro periódico evangélico do país (Imprensa Evangélica,
1864), criou o Presbitério do Rio de Janeiro (1865) e organizou um seminário (1867).
O Rev. Ashbel Simonton morreu vitimado pela febre amarela aos 34 anos, em 1867
(sua esposa, Helen Murdoch, havia falecido três anos antes).

Os principais colaboradores de Simonton naquele período foram seu cunhado


Alexander L. Blackford, que em 1865 organizou as Igrejas de São Paulo e Brotas;
Francis J. C. Schneider, que trabalhou entre os imigrantes alemães em Rio Claro,
lecionou no seminário do Rio e foi missionário na Bahia; e George W. Chamberlain,
grande evangelista e operoso pastor da Igreja de São Paulo. Os quatro únicos
estudantes do “seminário primitivo” foram eficientes pastores: Antonio Bandeira
Trajano, Miguel Gonçalves Torres, Modesto Perestrelo Barros de Carvalhosa e
Antonio Pedro de Cerqueira Leite.

Outras poucas igrejas organizadas no primeiro decênio foram as de Lorena, Borda


da Mata (Pouso Alegre) e Sorocaba. O homem que mais contribuiu para a criação
dessas e outras igrejas foi o notável Rev. José Manoel da Conceição (1822-1873),
um ex-sacerdote católico romano, que se tornou o primeiro brasileiro a ser ordenado
ministro do evangelho (1865). Conceição visitou incansavelmente dezenas de vilas e
cidades no interior de São Paulo, Vale do Paraíba e sul de Minas, pregando o
evangelho da graça.

2. Consolidação (1869-1888)

Simonton e seus companheiros eram todos da Igreja Presbiteriana do norte dos


Estados Unidos (PCUSA). Em 1869 chegaram os primeiros missionários da igreja do
sul (PCUS): George Nash Morton e Edward Lane. Eles fixaram-se em Campinas,
região onde residiam muitas famílias norte-americanas que vieram para o Brasil após
a Guerra Civil em seu país (1861-1865). Em 1870, Morton e Lane fundaram a igreja
de Campinas e, em 1873, o famoso, porém efêmero, Colégio Internacional. Os
missionários da PCUS evangelizaram a região da Mogiana, o oeste de Minas, o
Triângulo Mineiro e o sul de Goiás. O pioneiro em várias dessas regiões foi o
incansável Rev. John Boyle, falecido em 1892.

Os obreiros da PCUS foram também os pioneiros presbiterianos no nordeste e norte


do Brasil (de Alagoas até a Amazônia). Os principais foram John Rockwell Smith,
fundador da igreja do Recife (1878); DeLacey Wardlaw, pioneiro em Fortaleza; e o
Dr. George W. Butler, o “médico amado” de Pernambuco. O mais conhecido dentre
os primeiros pastores brasileiros do nordeste foi o Rev. Belmiro de Araújo César,
patriarca de uma grande família presbiteriana.

Enquanto isso, os missionários da Igreja do norte dos Estados Unidos, auxiliados por
novos colegas, davam continuidade ao seu trabalho. Seus principais campos eram

37
Bahia e Sergipe, onde atuou, além de Schneider e Blackford, o Rev. John Benjamin
Kolb; Rio de Janeiro, que inaugurou seu templo em 1874, e Nova Friburgo, onde
trabalhou o Rev. John M. Kyle; Paraná, cujos pioneiros foram Robert Lenington e
George A. Landes; e especialmente São Paulo. Na capital paulista, o casal
Chamberlain fundou em 1870 a Escola Americana, que mais tarde veio a ser o
Mackenzie College, dirigido pelo educador Horace Manley Lane. No interior da
província, destacou-se o Rev. João Fernandes Dagama, português da Ilha da
Madeira. No Rio Grande do Sul, trabalhou por algum tempo o Rev. Emanuel
Vanorden, um judeu holandês.

Entre os novos pastores “nacionais” desse período estavam Eduardo Carlos Pereira,
José Zacarias de Miranda, Manuel Antônio de Menezes, Delfino dos Anjos Teixeira,
João Ribeiro de Carvalho Braga e Caetano Nogueira Júnior. As duas igrejas norte-
americanas também enviaram ao Brasil algumas notáveis missionárias educadoras
como Mary Parker Dascomb, Elmira Kuhl, Nannie Henderson e Charlotte Kemper.

3. Dissensão (1888-1903)

Em setembro de 1888 foi organizado o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil, que


se tornou assim autônoma, desligando-se das igrejas-mães norte-americanas. O
Sínodo compunha-se de três presbitérios (Rio de Janeiro, Campinas-Oeste de Minas
e Pernambuco) e tinha vinte missionários, doze pastores nacionais e cerca de
sessenta igrejas. O primeiro moderador foi o veterano Rev. Blackford. O Sínodo criou
o Seminário Presbiteriano, elegeu seus dois primeiros professores e dividiu o
Presbitério de Campinas e Oeste de Minas em dois: São Paulo e Minas.

Nesse período, a denominação expandiu-se grandemente, com muitos novos


missionários, pastores brasileiros e igrejas locais. O seminário começou a funcionar
em Nova Friburgo, no final de 1892, e no início de 1895 transferiu-se para São Paulo,
tendo à frente o Rev. John Rockwell Smith. O Mackenzie College ou Colégio
Protestante foi criado em 1891, sendo seu primeiro presidente o Dr. Horace Manley
Lane. Por causa da febre amarela, o Colégio Internacional foi transferido de
Campinas para Lavras, e mais tarde veio a chamar-se Instituto Gammon, numa
homenagem ao seu grande líder, o Rev. Samuel R. Gammon (1865-1928).

A primeira escola evangélica do nordeste foi o Colégio Americano de Natal (1895),


fundado por Katherine H. Porter, esposa do Rev. William C. Porter. Na mesma
época, a cidade de Garanhuns começou a tornar-se um grande centro da obra
presbiteriana. Além do trabalho evangelístico, foram lançadas as bases de duas
importantes instituições educacionais: o Colégio Quinze de Novembro e o Seminário
do Norte, hoje sediado em Recife. No final desse período, além de estar presente em
todos os estados do nordeste, a Igreja Presbiteriana chegou ao Pará e ao
Amazonas.

No sul, foi iniciada a obra presbiteriana em Santa Catarina (São Francisco do Sul e
Florianópolis). A igreja também iniciou a sua marcha vitoriosa no leste de Minas. O
primeiro obreiro a residir em Alto Jequitibá foi o Rev. Matatias Gomes dos Santos

38
(1901). As igrejas de São Paulo e do Rio de Janeiro passaram a ser pastoreadas por
dois grandes líderes, respectivamente Eduardo Carlos Pereira (1888) e Álvaro
Emídio G. dos Reis (1897).

Infelizmente, os progressos desse período foram em parte ofuscados por uma grave
crise que se abateu sobre a vida da igreja. Inicialmente, surgiu uma diferença de
prioridades entre o Sínodo e a Junta de Missões de Nova York. O Sínodo queria
apoio para a obra evangelística e para instalar o Seminário, ao passo que a Junta
preferia dar ênfase à obra educacional, principalmente por meio do Mackenzie
College. Paralelamente, surgiram desentendimentos entre o pastor da Igreja
Presbiteriana de São Paulo, Rev. Eduardo Carlos Pereira, e os líderes do Mackenzie,
Horace M. Lane e William A. Waddell.

Com o passar do tempo, o Rev. Eduardo C. Pereira passou a tornar-se mais radical
em suas posições, perdendo o apoio até mesmo de muitos dos seus colegas
brasileiros. Como uma alternativa ao jornal do Rev. Eduardo, O Estandarte, o Rev.
Álvaro Reis criou O Puritano em 1899. Em 1900 foi organizada a Igreja Presbiteriana
Unida de São Paulo, que resultou da fusão de duas igrejas formadas por pessoas
que haviam saído da igreja do Rev. Eduardo. Na mesma época, um novo problema
veio complicar ainda mais a situação: o debate acerca da maçonaria.

Em março de 1902, Eduardo C. Pereira e seus partidários começaram a divulgar a


sua Plataforma, com cinco tópicos sobre as questões missionária, educativa e
maçônica. Após pouco mais de um ano de debates acalorados, a crise chegou ao
seu lamentável desfecho, em 31 de julho de 1903, durante a reunião do Sínodo.
Após serem derrotados em suas propostas, Eduardo Carlos Pereira e seus colegas
desligaram-se do Sínodo e formaram a Igreja Presbiteriana Independente.

4. Reconstituição (1903-1917)

No início de agosto de 1903, os independentes organizaram o seu presbitério, com


quinze presbíteros e sete pastores (Eduardo C. Pereira, Caetano Nogueira Jr., Bento
Ferraz, Ernesto Luiz de Oliveira, Otoniel Mota, Alfredo Borges Teixeira e Vicente
Themudo Lessa). Seguiu-se um triste período de divisões de comunidades, luta pela
posse de propriedades, litígios judiciais. Uma pastoral do Presbitério Independente
chegou a vedar aos sinodais a Ceia do Senhor. O período mais conflitivo estendeu-
se até 1906. Nessa época, o Sínodo contava com 77 igrejas e cerca de 6500
membros; em 1907, os independentes tinham 56 igrejas e 4200 comungantes.

O prédio do seminário, no bairro Higienópolis, foi ocupado sem solenidade em


setembro de 1899. Os principais professores eram os Revs. John R. Smith e Erasmo
Braga (este a partir de 1901); o membro mais destacado da diretoria era o Rev.
Álvaro Reis. Em fevereiro de 1907, o seminário foi transferido para Campinas,
ocupando a antiga propriedade do Colégio Internacional. A primeira turma de
Campinas só se formou em 1912. Entre os formandos estavam Tancredo Costa,
Herculano de Gouvêa Jr., Miguel Rizzo Jr. e Paschoal Luiz Pitta. Mais tarde viriam
Guilherme Kerr, Jorge T. Goulart, Galdino Moreira e José Carlos Nogueira.

39
A obra presbiteriana crescia em muitos lugares. A primeira cidade atingida no leste
de Minas foi Alto Jequitibá (Manhuaçu) e, no Espírito Santo, São José do Calçado.
Os primeiros pastores daqueles campos foram Matatias Gomes dos Santos, Aníbal
Nora, Constâncio Omero Omegna e Samuel Barbosa. No Vale do Ribeira, o
dinâmico evangelista Willes Roberto Banks continuava em atividade. A família
Vassão daria grandes contribuições à igreja.

Em 1907, o Sínodo dividiu-se em dois (Norte e Sul) e em 1910 foi organizada a


Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana do Brasil. O moderador do último sínodo e
instalador da Assembléia Geral foi o veterano Modesto Carvalhosa, ordenado 40
anos antes. A Assembléia Geral foi instalada na Igreja do Rio de Janeiro e o Rev.
Álvaro Reis foi eleito seu primeiro moderador. Os conciliares visitaram a Ilha de
Villegagnon para lembrar os mártires calvinistas e comemorar o quarto centenário do
nascimento de Calvino. Na época, a Igreja Presbiteriana do Brasil tinha 10 mil
membros comungantes, outro tanto de menores e cerca de 150 igrejas em sete
presbitérios. As demais denominações tinham os seguintes números – metodistas: 6
mil membros; independentes: 5 mil; batistas: 5 mil; e episcopais: cerca de mil. Em
1911, a IPB enviou a Portugal seu primeiro missionário, Rev. João da Mota Sobrinho,
que lá permaneceu até 1922.

Os missionários americanos continuavam em plena atividade. Devido a divergências


quanto ao lugar da educação na obra missionária, a Missão Sul da PCUS dividiu-se
em duas: Missão Leste (Lavras) e Missão Oeste (Campinas). O Rev. William Waddell
fundou uma influente escola em Ponte Nova, Bahia. Pierce, um filho de Chamberlain,
trabalhou na Bahia de 1899 a 1909. A obra presbiteriana no Mato Grosso começou
nesse período: os pioneiros foram os missionários Franklin Graham (1913) e Filipe
Landes (1915).

Em 1917, foi aprovado o Modus Operandi, um acordo entre a igreja brasileira e as


missões norte-americanas, pelo qual os missionários desligaram-se dos concílios da
IPB, separando-se os campos nacionais (presbitérios) dos campos das missões. Em
1924, a Assembléia Geral reuniu-se pela primeira sem qualquer missionário como
delegado de presbitério.

5. Cooperação (1917-1932)

O maior líder presbiteriano desse período foi o Rev. Erasmo de Carvalho Braga
(1877-1932), professor do Seminário e secretário da Assembléia Geral. Em 1916,
participou com dois colegas do Congresso de Ação Cristã na América Latina, no
Panamá. Poucos anos depois, tornou-se o dinâmico secretário da Comissão
Brasileira de Cooperação, entidade que liderou um grande esforço cooperativo entre
as igrejas evangélicas do Brasil na década de 1920. As principais áreas de
cooperação foram literatura, educação cristã e educação teológica. Foi fundado no
Rio de Janeiro o Seminário Unido, que existiu até 1932.

40
Outros esforços cooperativos desse período foram: (1) Instituto José Manoel da
Conceição, fundado pelo Rev. William A. Waddell na cidade de Jandira, na Grande
São Paulo (1928); objetivava preparar os jovens que depois seguiriam para o
seminário. (2) Associação Evangélica de Catequese dos Índios (1928), depois
Missão Evangélica Caiuá: idealizada pelo Rev. Albert S. Maxwell e instalada em
Dourados, Mato Grosso, num esforço cooperativo das igrejas presbiteriana,
independente, metodista e episcopal.

O Seminário de Campinas correu o risco de ser extinto por causa do Seminário


Unido, mas finalmente superou a crise. Em 1921, o Seminário do Norte foi transferido
para o Recife. As principais instituições educacionais das missões eram o Colégio
Agnes Erskine, em Recife; Colégio 15 de Novembro (Garanhuns); Escola de Ponte
Nova (Bahia); Colégio 2 de Julho (Salvador); Instituto Gammon (Lavras); Instituto
Cristão (Castro) e principalmente o Mackenzie College. Os principais periódicos
presbiterianos eram O Puritano e o Norte Evangélico.

Em 1924, a Assembléia Geral encerrou o trabalho missionário em Lisboa. No mesmo


ano, Erasmo Braga e alguns amigos fundaram a Sociedade Missionária Brasileira de
Evangelização em Portugal, que enviou àquele país o Rev. Paschoal Luiz Pitta e sua
esposa Odete. O casal ali esteve por quinze anos (1925-1940), regressando ao
Brasil devido à constante falta de recursos.

Em 1921, morreu o Rev. Antonio Bandeira Trajano. Com ele desapareceu a primeira
geração de obreiros presbiterianos no Brasil, os da década de 1860. Outros obreiros
falecidos nesse período foram: Eduardo Carlos Pereira (1923), Álvaro Reis (1925),
Carlota Kemper (1927), Samuel Gammon (1928) e Erasmo Braga (1932). Além do
seu trabalho na área religiosa, vários dos pioneiros presbiterianos deram valiosa
contribuição de ordem intelectual e literária. Alguns autores e os livros que os
celebrizaram são os seguintes: Modesto Carvalhosa (Escrituração Mercantil),
Antonio Trajano (Álgebra Elementar), Eduardo C. Pereira (Gramática Expositiva),
Otoniel Motta (O Meu Idioma) e Erasmo Braga (Série Braga).

6. Organização (1932-1959)

Nas décadas de 1930 a 1950, a IPB continuou a crescer e a aperfeiçoar a sua


estrutura, criando entidades voltadas para o trabalho feminino, mocidade, missões
nacionais e estrangeiras, literatura e ação social. O período terminou com a
comemoração do centenário do presbiterianismo no Brasil.

Nessa época, a igreja era constituída dos seguintes sínodos: (1) Setentrional:
estendia-se de Alagoas até a Amazônia, estando o maior número de igrejas no
Estado de Pernambuco; (2) Bahia-Sergipe: criado em 1950, quando o Presbitério
Bahia-Sergipe, antigo campo da Missão Central, dividiu-se nos presbitérios de
Salvador, Campo Formoso e Itabuna; (3) Minas-Espírito Santo: surgiu em 1946,
abrangendo o leste de Minas e o Espírito Santo, a região de maior crescimento da
igreja; (4) Central: formado em 1928, incluía o Estado do Rio de Janeiro, bem como o
sul e o oeste de Minas Gerais; (5) Meridional: sínodo histórico (1910-47), abrangia

41
São Paulo, Paraná e Santa Catarina; (6) Oeste do Brasil: foi formado em 1947,
abrangendo todo o norte e oeste de São Paulo. No final da década de 50, foram
entregues pelas missões os Presbitérios do Triângulo Mineiro, Goiás e Cuiabá.

Nesse período, as missões norte-americanas continuaram o seu trabalho: (1) PCUS:


(a) Missão Norte: atuou no nordeste, onde o principal obreiro foi o Rev. William
Calvin Porter (†1939); o campo mais importante era o de Garanhuns, onde estavam
o Colégio 15 de Novembro e o jornal Norte Evangélico; (b) Missão Leste: atuou no
oeste de Minas e depois em Dourados, Mato Grosso, cuja igreja foi organizada em
1951. (c) Missão Oeste: concentrou-se mais no Triângulo Mineiro, onde o casal
Edward e Mary Lane fundou em 1933 o Instituto Bíblico de Patrocínio. (2) PCUSA:
(a) Missão Central: seus principais campos eram Ponte Nova/Itacira, a bacia do Rio
São Francisco, o sul da Bahia e o norte de Minas.; (b) Missão Sul: atuou no Paraná e
Santa Catarina, fundindo-se com a Missão Central por volta de 1937. O Rev. Filipe
Landes foi grande evangelista no Mato Grosso (norte e sul). Em Rio Verde, Goiás,
atuou o Rev. Dr. Donald Gordon, que fundou um importante hospital.

Trabalho feminino: as primeiras sociedades de senhoras surgiram em 1884-85 e as


primeiras federações, na década de 1920. Os primeiros secretários gerais do
trabalho feminino foram o Rev. Jorge T. Goulart e as sras. Genoveva Marchant,
Blanche Lício, Cecília Siqueira e Nady Werner. O primeiro congresso nacional
reuniu-se na I. P. Riachuelo, no Rio de Janeiro, em 1941; o segundo congresso
realizou-se também no Rio em 1954. A SAF em Revista foi criada em 1954.

Mocidade: algumas entidades precursoras foram a Associação Cristã de Moços


(Myron Clark), o Esforço Cristão (Clara Hough) e a União Cristã de Estudantes do
Brasil (Eduardo P. Magalhães). Benjamim Moraes Filho foi o primeiro secretário do
trabalho da mocidade, em 1938. O primeiro congresso nacional reuniu-se em
Jacarepaguá em 1946, quando foi criada a confederação. Entre os líderes da época
estavam Francisco Alves, Jorge César Mota, Paulo César, Waldo César, Tércio
Emerique, Gutemberg de Campos, Paulo Rizzo e Billy Gammon.

Missões Nacionais: em 1940 foi organizada na I. P. Unida a Junta Mista de Missões


Nacionais, com representantes da IPB e das missões norte-americanas. Entre os
primeiros líderes estavam Coriolano de Assunção, Guilherme Kerr, Filipe Landes,
Eduardo Lane, José Carlos Nogueira e Wilson N. Lício. Até 1958, a Junta ocupou
quinze regiões em todo o Brasil, com cerca de 150 locais de pregação. Em 1950 foi
criada a Missão Presbiteriana da Amazônia.

Missão em Portugal: os primeiros obreiros foram João da Mota Sobrinho (1911-1922)


e Paschoal Luiz Pitta (1925-1940). Em 1944 a IPB assumiu o trabalho e foi criada a
Junta de Missões Estrangeiras, com o apoio das igrejas norte-americanas. Os
primeiros missionários foram Natanael Emerique, Aureliano Lino Pires, Natanael
Beuttenmuller e Teófilo Carnier.

Outras organizações: (a) Casa Editora: começou a ser organizada em 1945, no início
da Campanha do Centenário, sob a liderança do Rev. Boanerges Ribeiro. A primeira

42
sede foi instalada em dependências cedidas pela I. P. Unida, na Rua Helvétia. (b)
Orfanatos: em 1910, a Assembléia Geral planejou um orfanato para Lavras; em
1919, passou a funcionar em Valença, e em 1929 veio a ocupar uma propriedade da
I. P. de Copacabana em Jacarepaguá. O orfanato foi denominado Instituto Álvaro
Reis. (c) Conselho Interpresbiteriano (CIP): foi criado em 1955 para superintender as
relações da IPB com as missões e as juntas missionárias dos Estados Unidos. Tinha
mais autoridade que o modus operandi de 1917.

Outras igrejas: (a) Igreja Presbiteriana Independente: em 1957, foi criado o Supremo
Concílio, com três sínodos, dez presbitérios, 189 igrejas, 105 pastores e cerca de 30
mil membros comungantes; O Estandarte continuou a ser o jornal oficial. No final dos
anos 30 houve um conflito teológico. Em 1942, um grupo de intelectuais liberais
(entre os quais o Rev. Eduardo P. Magalhães) retirou-se da IPI e formou a Igreja
Cristã de São Paulo. (b) Igreja Presbiteriana Conservadora: foi fundada em 1940
pelos membros da Liga Conservadora da IPI. Em 1957, contava com mais de vinte
igrejas em quatro estados e tinha um seminário. Seu órgão oficial é O Presbiteriano
Conservador. (c) Igreja Presbiteriana Fundamentalista: foi fundada em 1956 pelo
Rev. Israel Gueiros, pastor da 1.ª I. P. de Recife e ligado ao Concílio Internacional de
Igrejas Cristãs (do líder fundamentalista norte-americano Carl McIntire).

Neste período, a IPB participou de vários movimentos cooperativos: Associação


Evangélica Beneficente (fundada por Otoniel Mota em 1928), Associação Cristã de
Beneficência Ebenézer (dirigida pelo Dr. Benjamin Hunnicutt), Missão Evangélica
Caiuá, Instituto José Manoel da Conceição, Confederação Evangélica do Brasil
(fundada em 1934), Sociedade Bíblica do Brasil, Centro Áudio-Visual Evangélico
(CAVE, fundado em 1951) e Universidade Mackenzie, que seria transferida à IPB no
início dos anos 60.

Constituição da IPB: em 1924, foram aprovadas pequenas modificações no antigo


Livro de Ordem adotado quando da criação do Sínodo, em 1888. Em 1937, entrou
em vigor a nova Constituição da Igreja (os independentes haviam aprovado a sua
três anos antes), sendo criado o Supremo Concílio. Houve protestos do norte contra
alguns pontos: diaconato para ambos os sexos, “confirmação” em vez de “profissão
de fé” e o nome “Igreja Cristã Presbiteriana.” Em 1950, foi promulgada um nova
Constituição e no ano seguinte o Código de Disciplina e os Princípios de Liturgia.

Estatística: em 1957, a IPB contava com seis sínodos, 41 presbitérios, 489 igrejas,
883 congregações, 369 ministros, 127 candidatos ao ministério, 89.741 membros
comungantes e 71.650 não-comungantes. Os primeiros presidentes do Supremo
Concílio foram os Revs. Guilherme Kerr, José Carlos Nogueira, Natanael Cortez,
Benjamim Moraes Filho e José Borges dos Santos Júnior.

A Campanha do Centenário foi lançada em 1946, tendo como objetivos: avivamento


espiritual, expansão numérica, consolidação das instituições da igreja, afirmação da
fé reformada e homenagem aos pioneiros. A Comissão Central do Centenário,
organizada em 1948, enfrentou muitas dificuldades. Após 1950, a campanha ganhou
ímpeto. A Comissão Unida do Centenário (IPB, IPI e Igreja Reformada Húngara)

43
planejou uma grande campanha evangelística com a participação de Edwyn Orr e
William Dunlap, que se estendeu por todo o país em 1952. Outras medidas foram a
criação do Museu Presbiteriano, do Seminário do Centenário e do jornal Brasil
Presbiteriano, resultante da fusão de O Puritano e Norte Evangélico (1958). A 18.ª
Assembléia da Aliança Presbiteriana Mundial reuniu-se em São Paulo de 27 de julho
a 6 de agosto de 1959. O lema do centenário foi: “Um ano de gratidão por um século
de bênçãos.”

44
BREVE CRONOLOGIA DOS FATOS HISTÓRICOS RELACIONADOS A REFORMA
E IPB

 Ano 323 – Constantino decretou o Cristianismo como religião oficial do Império


Romano que já tinha uma só Lei, ima só imperador, uma só cidadania para os
homens livres e agora uma só religião.
 A Igreja passou a receber muitas adesões que não eram frutos de um
arrependimento sincero e conversão verdadeira, iniciando assim o paganismo
dentro da Igreja Cristã.
 Ano 375 – Instituído o culto aos santos.
 Ano 431 – Instituído o culto a Maria a partir do Concílio de Éfeso ( Cidade da
deusa Diana).
 Ano 503 – Surgiu a Doutrina do Purgatório.
 Ano 783 – Início da Adoração a Imagens e relíquias.
 Ano 1090 – Invenção do Rosário (Terço)  165 rezas constituídas de 15 x (10
Ave Maria + 1 Padre Nosso)
 1229 – Proibido o acesso a Bíblia – agora somente o clero pode abri-la e em
Latim.
 Até 1517 surgiram várias outras heresias e entre elas estava a instituição da
venda de indulgências, uma forma de pagamento por perdão de pecados e
por uma garantia de salvação
 1517 – (31 de Outubro) Martinho Lutero afixou, na porta da capela de
Wittemberg, suas 95 teses pregando a Salvação somente pela Graça.
 1521 – Lutero é excomungado e perseguido pelos “inquisitores” para ser
morto (possivelmente na fogueira) acusado de herege.
 Paralelamente na Suíça, Zwinglio, também tentava reformar a Igreja. Morreu
na guerra em 1531.
 ~1533 – Aos 24 anos João Calvino converteu-se a Jesus Cristo e logo foi
expulso pelo Rei Francisco da Universidade de Paris e também da França, e
refugia-se na cidade de Genebra na Suiça.
 1557 – Os huguenotes (franceses adeptos da Reforma) tentam fundar uma
colônia no Brasil, mas são expulsos 10 anos depois.
 1559 – Calvino conclui e publica sua principal obra: A Instituição da Religião
Cristã (conhecida como “As Institutas”).
 1643 a 1649 – Na Abadia de Westminster em Londres reúne-se em um
grande Concílio, os principais teólogos reformadores com a finalidade de
reafirmar de forma escrita os princípios básicos da Fé Cristã em
conformidade com as Sagradas Escrituras.
 1726 - Despertamento espiritual nos USA, desencadeia muitas missões
evangelísticas para fora daquele país.
 1859 – Em 12/08 chega ao Brasil Ashbel Green Simonton (26), o primeiro
missionário presbiteriano, e já em Abril do ano seguinte realiza o primeiro
trabalho de culto em Português no Brasil.
 1862 – Em 12/01 é organizada a Primeira Igreja Presbiteriana do Rio de
Janeiro e do Brasil.

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 1865 – Organizado o primeiro presbitério do Brasil, e ordenado o primeiro
pastor brasileiro, o ex-padre José Manoel da Conceição.
 1867 – Em 14/01 Começa a funcionar o primeiro Seminário Presbiteriano,
localizado no Rio de Janeiro. Em 08 de Dezembro deste mesmo ano, morre o
Rev. Ashbel Green Simonton.
 1872 – Organizado o segundo presbitério (São Paulo).
 1888 – Organizado o Sínodo congregando Igrejas Presbiterianas em 14
estados brasileiros.
 1909 – Organizada a “Assembléia Geral” que em 1937 passou a chamar-se
“Supremo Concílio”.

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Textos EXEMPLOS
. Efésios 4.15-16 Crescimento Espiritual . O ex-cego  João 9
. Hebreus 5.11-14 . Saulo Gálatas 1.15-
. 2 Pedro 3.17-18 LIÇÃO 10 2.2
LEIA CFW:xiii, xxi, xxxv . Os Tessalonicenses
 1Ts 1.2-10

 A vida cristã é uma vida dinâmica.


. Ela é comparada à figura orgânica de uma vinha  João 15
. Ela é comparada a uma corrida  Hebreus 12.1-3
. Ela é comparada a uma obra de construção  1 Pedro 2.1-18

 É esperado daqueles que foram convertidos ao Senhor Jesus, que cresçam


espiritualmente (Hb 12.14)
. Como Paulo  Filipenses 3.12-16
. Como a Igreja dos Tessalonicenses  1 Tessalonicenses 1.3-10

 O crescimento espiritual está vinculado ao exercício de algumas disciplinas


espirituais ordenadas pelo próprio Deus em Sua Palavra.
. Aqui daremos ênfase apenas a quatro destas disciplinas, mas sua lista pode
certamente ser acrescentada mediante um estudo das Escrituras.

I – O Culto ao Senhor
 “Qual é o fim principal do homem?” é a primeira pergunta do Breve Catecismo
de Westminster, e a resposta bíblica para esta pergunta é “O fim supremo e
principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre” cf Ef 1.5-6,11,12;
Is 43.7; Rm 14.7-8;
Como?
a. Prestando culto público ao Senhor  Rm 12.1-2; Sl 29.2;
b. O culto aceitável a Deus não pode ser resultado de nossa imaginação,
mesmo com a melhor das intenções, mas deve ser conforme prescrito nas
Escrituras Sagradas  Dt 12.32; Mt 15.9; At 17.24-25; (v.tbém CFW cap
XXI.I).
c. Deve ser em linguagem conhecida dos presentes 1 Co 14.4-17; (CFW
xxxi.iii);
d. Toda a nossa vida deve ser para glória do Senhor  1 Co 10.31; Cl 3.16-
17;
e. As demais disciplinas a seguir devem ser cumpridas como expressão do
nosso culto a Deus.

II – A Oração e o Jejum  Mateus 6.5-18


 Segundo as Escrituras, os exercícios da oração e do jejum são sempre
esperados dos servos de Deus.
. Jesus espera que os pratiquemos  “quando orares. . ., e quando jejuares”

47
. A Palavra de Deus exorta que os pratiquemos  Mateus 17.21,
Colossenses 4.2 e 1 Tessalonicenses 5.17

 Orar é algo a ser aprendido por todo cristão  Lucas 11.1, “ensina-nos a orar”
Como?
f. Orando/Praticando  Salmo 5.1-3
g. Meditando nas orações nas Escrituras  Salmo 19.12-14; Mt 6.9-13;
h. Orando com os outros  Lucas 11.1 e Provérbios 27.17

 As Escrituras ensinam que Deus responde as orações e os jejuns dos Seus


servos  Salmo 65.2, 66.20, 59.1;
. Desde que os servos de Deus peçam corretamente  Tiago 4.1-8
. Desde que os servos de Deus jejuem corretamente  Isaías 58 e Mateus
6.16-18

III – Evangelismo e Testemunho Pessoal


 Pelas Escrituras, entendemos que Deus não espera que todos os cristãos usem o
mesmo método de evangelismo, mas que Ele certamente espera que todo
cristão evangelize.
. É um mandamento do Senhor  Marcos 5.19, Lucas 9.60, Mateus 28.18-20
. Devemos sempre pregar as boas-novas  2 Timóteo 4.2
. É uma profecia referente aos últimos dias  Lucas 24.46-47
. É algo que os anjos gostariam de fazer, mas Deus concedeu tal privilégio aos
homens  1 Pedro 1.12

 Testemunho pessoal não é apenas o relato da experiência, mas também a


influência que devemos exercer para que, conhecendo a Cristo, as pessoas
experimentem o amor e o perdão de Deus  1 Timóteo 2.3-5
. Podemos influenciar por nossas palavras  João 4 (Jesus conversa com a
mulher Samaritana) vs. 19 e 42.
. Podemos influenciar por nossos atos de justiça  1 Pe 2.15-16
. Podemos influenciar por nosso trabalho e sua qualidade  Ef 6.5-8
. Podemos influenciar pelo modo como vivemos  1 Pe 3.15

IV – O Dízimo, ou a Fidelidade na Mordomia Cristã


 Como participamos da Igreja?
 Orando por ela, trabalhando na divulgação do Evangelho, participando nas
suas programações e contribuindo para o seu sustento financeiro  Hebreus
13.18, Marcos 16.15 e Atos 4.36-37;

 Quanto se deve dar à Igreja?


 Antes de definir o valor, devemos entender a forma, o modo bíblico de
contribuição:
a. Devemos dar de coração  Provérbios 26.23 e 2 Coríntios 9.7
b. Devemos dar proporcionalmente ao ganho  1 Coríntios 16.1-2
c. Devemos dar com alegria  2 Coríntios 9.7
d. Devemos dar como expressão do nosso culto a Deus  1 Crônicas 29.14

48
e. Devemos dar por gratidão a Deus  1 Crônicas 29.12-13

 O que é dízimo?
a. É a décima parte do que a pessoa ganha e pertence ao Senhor por direito
e mandamento  Malaquias 3.10
b. A entrega dos dízimos era uma prática dos Judeus, mas que passou aos
cristãos, pois o Senhor ordenou sua prática  Mateus 23.23
c. Não é um preceito legalista, pois Abraão e Jacó já eram dizimistas antes
da Lei Gn 14.20, 28.22.

V – A Leitura e Meditação nas Escrituras


 Deus nos deu Sua Palavra para nos ensinar, repreender, corrigir, e educar na
justiça  2 Timóteo 3.16-17;
a. Por isto, devemos sempre meditar nas Escrituras  Js 1.8-9 e Rm 15.4
b. A meditação nas Escrituras fortalece o crente  Sl 119.28; 1 Jo 2.14;
c. A meditação nas Escrituras contribui para com nossa santificação 
Salmo 119.9-11 e João 15.3
d. As Escrituras nos trazem alegria, confiança na vida de oração, e sabedoria
 João 15.7, 11, Salmo 119.98-100 e 105.

 Como devemos ler a Bíblia?


e. Na expectativa de que Deus fale ao nosso coração  Salmo 119.18
f. Com disposição de obedecê-la  Tiago 1.22
g. Lendo sistematicamente At 20.32;
Considerações Finais
 Evite o tempo ocioso Mente vazia é oficina de Satanás
 Contribuições nas Escrituras começam com os dízimos, mas não estão
limitadas a eles: Há também a prática das ofertas.
 Veja o exemplo da empregada doméstica que levou o patrão à
conversão  2 Reis 5.2-3.

MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. Cite algumas disciplinas necessárias ao crescimento espiritual.

2. Como deve ser o culto que agrada a Deus?

3. O que é o dízimo? Podemos administrar a utilização dos nossos


dízimos?

4. Como se aprende a orar?

5. Como se deve ler a Bíblia?

49
50
TEXTOS EXEMPLOS
. Mateus 24; Mc 13.19- A Segunda Vinda de Cristo . Parábolas - Mateus 25
27 LIÇÃO 11 . Apóstolos - 1Co 1.7; Tt
. Atos 1.11 e 3.21 LEIA CFW :xxxii 2.13
. 1Ts 2.19; 3.13; 2 Ts . Modo: 1Ts 5.12; 2 Pe
3.10
1.7

 Doutrina bíblica que ensina que Cristo deixou a terra, subiu ao Pai e um dia
voltará à terra pessoal e visivelmente em um glorioso evento.

 Nesta lição estudaremos a doutrina da volta de Cristo aprendendo o que a Bíblia


ensina sobre quatro aspectos deste fato glorioso do porvir.

1 – O Fato da Segunda Vinda.


 Doutrina baseada em vários textos das Escrituras Sagradas conforme os
seguintes testemunhos:

1.1 Jesus:
 Em sua exposição sobre as últimas coisas, tanto nas parábolas (Mt 25)
quanto em seus ensinos mais diretos (Mt 24; Ap 3.3, 16.15).
 Ele disse que iria preparar-nos um lugar (Jo 14.3)

1.2 O Anjos:
 Disseram que Jesus voltaria do mesmo modo como subira (At 1.11).

1.3 Os apóstolos:
 O anúncio do retorno de Cristo é parte integrante da mensagem do Evangelho
(At 3.21).
 Paulo enfatiza esta doutrina em seus escritos (1 Ts 2.19; 3.13; 2 Ts 1.7, etc)

1.4 As profecias
1. No livro de Apocalipse (Ap 22.20; 19.7,11;)

 Desta forma a segunda vinda de Cristo está claramente revelada no NT, mas a
sua data não está:

 Jesus disse que as respostas acerca de tempos ou épocas da segunda vinda


não eram para o conhecimento de seus discípulos – At. 1.6-7.
 O próprio Jesus confessou que durante o tempo de sua encarnação terrestre
não o sabia, nem os anjos o sabem, mas somente o Pai nos céus – Mt. 24.36.
 Em nenhuma ocasião as profecias ofereceram qualquer método para calcular
a data exata do retorno de Cristo.

51
2 – A Natureza da Segunda Vinda

2.1 - Ensinos errôneos tentam desviar a atenção da Igreja deste fato glorioso e
triunfal:
 Alguns sustentam que a vinda de Jesus foi cumprida no Pentecoste. Segundo
esta idéia, quando Jesus disse: “viremos para ele” (Jo. 14.23), referia-se a
uma presença mediada pelo Espírito.
 Outros afirmam que a segunda vinda é equivalente a conversão (Ap. 3.20).
 A seita chamada “Testemunhas de Jeová” afirma que Jesus já voltou, de
forma invisível, desde 1914.

2.2 - Mas Bíblia nos revela que a segunda vinda de Cristo será pessoal e corpórea
(visível):
 Há uma clara analogia entre a primeira e a segunda vinda – At 1.11; Hb 9.28.

 Indicações inequívocas de que Cristo aparecerá de modo pessoal e visível –


Mt 24.30 e 26.64.

 As circunstâncias envolvendo a segunda vinda de Cristo apontam para um


retorno visível conforme claramente indicado em Mt 24.26-27,30 e Ap 1.7.

 Os apóstolos entendiam que a segunda vinda de Cristo seria pessoal e visível


– 1 Co 1.7; Tt 2.13; 2 Pe 3.12; 1 Ts 4.16-17.

 Jesus voltará de forma gloriosa (Mc 13.26):


Seu carro – Mt 24.30;
Sua escolta – 2 Ts 1.7;
Seu arautos – 1 Ts 4.16;
Seu glorioso cortejo – 1 Ts 3.13;
Rei do reis Senhor dos senhores – Ap 19.11-16.

3 – O Propósito da Segunda Vinda


3.1 - A consumação do reino de Deus pondo um fim à tensão entre o “já” e o “ainda
não”
 Afirmar que o Reino “já” está totalmente concretizado ou que é totalmente
futurista é negar a pregação do N.T. – Mt 3.10, 4.4, 6.10, 25.1; Lc 17.21,
18.17
 Tempo em que todo joelho se dobrará e toda língua confessará o senhorio de
Jesus (Fp 2.10-11)
 O diabo, a besta e todos cujos nomes não estão no Livro da Vida serão
lançados no lago de fogo (Ap 20.10,15)

4 – Os Preparativos para a Segunda Vinda


4.1 - Há três reações positivas que estão especialmente relacionadas com este fato:
1. A vigilância cristã (Mt 24.42-51) – Estar preparado para este evento.

52
2. A perseverança na vigilância (Mt 25.1-13 e 2 Pe 3.3-4)
3. Trabalho ativo na causa do Mestre (Mt 25.14-30) – A espera não pode ser
ociosa.

5 – Conclusão
 A doutrina da segunda vinda por vezes se torna assunto de discórdias entre
os cristãos. Conforme Paulo indicou, porém, esse assunto deveria ser um
incentivo à esperança e ao consolo cristão (1 Ts 4.18);

REFERÊNCIAS:
Mc 13.19-27
19 porque naqueles dias haverá uma tribulação tal, qual nunca houve desde o
princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá.
20 Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, ninguém se salvaria mas ele, por
causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles dias.
21 Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não acrediteis.
22 Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão sinais e prodígios
para enganar, se possível, até os escolhidos.
23 Ficai vós, pois, de sobreaviso; eis que de antemão vos tenho dito tudo.
24 Mas naqueles dias, depois daquela tribulação, o sol escurecerá, e a lua não dará
a sua luz;
25 as estrelas cairão do céu, e os poderes que estão nos céus, serão abalados.
26 Então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória.
27 E logo enviará os seus anjos, e ajuntará os seus eleitos, desde os quatro ventos,
desde a extremidade da terra até a extremidade do céu.

1 Co 3.8 Ora, uma só coisa é o que planta e o que rega; e cada um receberá o seu
galardão segundo o seu trabalho.

Mt 10.15 Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para a terra
de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.

Rm 11.25 Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não
presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até
que a plenitude dos gentios haja entrado;
26 e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e
desviará de Jacó as impiedades;
27 e este será o meu pacto com eles, quando eu tirar os seus pecados.
28 Quanto ao evangelho, eles na verdade, são inimigos por causa de vós; mas,
quanto à eleição, amados por causa dos pais.
29 Porque os dons e a vocação de Deus são irretratáveis.
30 Pois, assim como vós outrora fostes desobedientes a Deus, mas agora
alcançastes misericórdia pela desobediência deles,
31 assim também estes agora foram desobedientes, para também alcançarem
misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada.

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MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. Você sabe quando Jesus voltará?

2. Quem (na Bíblia) dá testemunho sobre a volta de Cristo?

3. Como será a segunda vinda de Cristo?

4. Haverá arrebatamento secreto?

5. Qual o propósito da segunda vinda de Cristo?

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TEXTOS EXEMPLOS
. Mateus 10.15 O Julgamento Final . Paulo em Éfeso: At
. Atos 17.30-31 LIÇÃO 12 17.30-31
. Romanos 2.5 Ec LEIA CFW:xxxiii . Pedro: 2 Pedro 2.4
12.14 . Judas 6

 A Bíblia ensina claramente que a morte física não é o fim da existência do ser
humano
. A alma do ser humano continua a existir mesmo após a morte física 
Mateus 10.28 e Apocalipse 6.9-11
. A morte física marca o fim da existência humana neste mundo 2 Samuel
12.20-22
. Depois da morte física, não há possibilidade de reencarnação, mas apenas a
expectativa do juízo final  Hebreus 9.27;

 O que a Bíblia ensina sobre o destino eterno dos homens?


. Que haverá a vida eterna para aqueles que aceitaram Jesus nesta vida 
Marcos 10.30
. Que haverá a morte eterna, ou o castigo eterno para aqueles que rejeitaram
Jesus nesta vida  Mateus 25.46
. Que a sentença última para estes dois destinos será proferida em um dia
reservado para o Juízo Final  Mt 25.31-34,41,46;

I – EVIDÊNCIA BÍBLICA PARA O JULGAMENTO FINAL


 As Escrituras geralmente afirmam que haverá um grande julgamento final para
crentes e não-crentes.
. A necessidade deste julgamento encontra-se na própria natureza justa de
Deus  Salmo 7.11 e 145.17;
. A necessidade deste julgamento também se infere pela existência de várias
injustiças impunes nesta vida e Deus não julga com parcialidade  1 Pedro
1.17 e Romanos 2.11
. Também, as Escrituras afirmam que todos prestarão contas diante de Deus
 II Co 5.10 e Hb 9.27;
. A realidade do julgamento final é claramente descrita nas Escrituras 
Mateus 13.41-43, 25.31-46 e Apocalipse 20.11-15

 O julgamento final será a culminação de uma série de eventos no último dia,


quando o Senhor recompensará o justo e punirá o ímpio  2 Pedro 2.9-10
 Há várias outras passagens nas Escrituras que falam sobre o julgamento vindouro
 Mateus 11.22-24, 12.36, 1 Coríntios 4.5, Hebreus 6.2, etc.

II – FATOS BÍBLICOS SOBRE ESTE JULGAMENTO

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 Há, pelo menos dois fatos que precisam ficar bem claros em nossa mente:
1. Haverá apenas um Julgamento Final
 Há vários grupos evangélicos que afirmam que existirão vários
julgamentos.
 Segundo as Escrituras, todavia, haverá apenas um Julgamento onde a
sentença final será dada  Mateus 25.31-46; At 17.31;
 Ao longo dos anos, porém, Deus tem julgado a humanidade por várias
vezes e de várias formas, mas estes eventos não se referem ao
Julgamento Final  Romanos 1.18-32, Isaías 13-23.

2. O Julgamento Final será na Consumação dos tempos


 O Julgamento Final será após o Senhor ter destruído definitivamente
toda rebelião contra Ele  Apocalipse 20.9-10
 Este Julgamento será no “último dia,” ou “o dia do Senhor,” o qual vem
logo após os últimos dias.

III – O QUE OCORRERÁ NO JULGAMENTO FINAL


 Embora não entre em detalhes sobre o assunto, a Bíblia distingue vários eventos
no Juízo Final
1. Cristo será o Juiz naquele julgamento
 Isto é claro na pregação dos apóstolos  2 Timóteo 4.1 e Atos 10.42
 Este ofício faz parte da exaltação de Jesus e Lhe foi conferido pelo Pai 
João 5.26-27
2. Não-Crentes serão julgados para condenação
 Ali estarão os mortos, grandes e pequenos  Apocalipse 20.12 e Romanos
2.5-7
 Na verdade, deverá se prestar conta de cada pecado neste grande dia 
Mateus 12.36, Eclesiastes 12.14 e Romanos 2.16
3. Os Cristãos, isto é, os que têm parte na primeira ressurreição (Ap 20.5, comp.
Jo 3.3, 5.24; Cl 2.12) também serão julgados:
 Isto é também claro pelas Escrituras  Romanos 14.10-12 e 2 Coríntios
5.10
 Este julgamento dos crentes não será para condenação, mas para receber
a declaração final da vida eterna  João 5.24, Romanos 8.1;
 Neste julgamento, os crentes receberão diferentes recompensas em graus,
mas a satisfação da vida eterna será a mesma e completa para todos  2
Coríntios 5.10;

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 A consciência deste julgamento deveria nos motivar à santidade  Hebreus
10.24-25;
4. Os anjos serão julgados
 Os anjos caídos estão sendo guardados para este dia  2 Pedro 2.4 e
Judas 6;
 Paulo refere-se também a este fato, mas não há clara indicação de que os
anjos que não caíram serão da mesma maneira julgados  1 Coríntios 6.3
OBSERVAÇÕES FINAIS
. Esta doutrina deveria nos motivar a uma vida de justiça e integridade.
. Esta doutrina deveria nos motivar a maior diligência na obra de evangelização.
. Esta doutrina deveria nos motivar a gratidão pela justiça final do Senhor.

MEMORIZAÇÃO E REFLEXÃO
1. Existe reencarnação? (Cite referência(s) bíblica(s) que justifique sua
resposta)

2. Por que deve haver um Julgamento Final? (Cite alguns motivos)

3. O que é primeira ressurreição em Ap 20.5 ? (V. Cl 2.12, Cl 3.1, Rm


6.13)

4. Qual deve ser a atitude do cristão tendo conhecimento sobre o


Julgamento Final?

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