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PROCESSOS COGNITIVOS E
PERCEPTIVOS
A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos mentais que estão por detrás do
comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos
domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento,
raciocínio, criatividade e resolução de problemas. Pode-se definir cognição como a capacidade para
armazenar, transformar e aplicar o conhecimento, sendo um amplo leque de processos mentais.
O processo perceptivo ou processo perceptual é o método pelo qual as pessoas tomar informações, ou
estímulos, a partir do ambiente e criam significado ou reação aos estímulos. Processo perceptual é uma função
contínua do cérebro. As pessoas podem não estar cientes dos passos reais do processo, porque é automático e
instantânea.
A percepção é o processo cognitivo pelo qual damos sentido ao mundo. O processo perceptivo tem
uma série de características: é um processo complexo, engloba todos os órgãos dos sentidos, implica a pessoa
na sua totalidade (capacidades cognitivas, fisiológicas e experiências), implica categorizar a informação e
organizá-la em esquemas perceptivos, é um processo ativo, é um processo adaptativo que envolve a construção
de significados. O processo perceptivo é influenciado por muitos fatores como as expectativas, a motivação,
os valores e as atitudes, as experiências passadas, o grupo social de pertença e a cultura.
A percepção envolve processos fisiológicos, cognitivos, interpessoais e socioculturais, implica
processar a informação que nos chega no momento e implica a existência de esquemas preexistentes que
orientam todo o processo e que são passíveis de mudança.
Memória
A memória é o processo cognitivo que compreende a retenção e a recuperação da informação. É um
sistema aberto em que a informação é adquirida (aquisição e codificação), armazenada (retenção), podendo
depois ser recuperada ou evocada (recordação). Lembrar implica um processo ativo de reconstrução das
informações e estímulos anteriormente adquiridos, codificados e armazenados.
A memória é o que permite a aprendizagem pois é através da memória que os conhecimentos se
consolidam. E só o que aprendemos com a memória, nos possibilita aprender coisas novas (aumentando assim
o nosso conhecimento).
Podemos definir memória como o processo cognitivo que inclui, consolida e recupera, toda a informação que
aprendemos.
A memória é a função mental que permite reter a informação, ou seja, aprender;
É um sistema de armazenamento que permite reter a informação aprendida e permite evocar essa mesma
informação, isto é, permite lembrar de informação retida anteriormente, mas a sua representação na memória
não é uma reprodução fiel. Sem memória como já disse é impossível aprender.
Acima de tudo a memória é extremamente importante pois é o que nos dá a continuidade do presente
e que nos permite manter uma conversa e dar continuidade ao presente. No nosso dia-a-dia, somos
bombardeados com milhões de informações que se traduz em estímulos. Segundo M. Gazzaniga, cerca de
99% da informação que entra no cérebro é posta de parte. Imagine o que seria se você se lembrasse de todas
as sensações que recebeu durante o dia… (sensações como as provocadas pelas peças de roupa, comida, etc.).
Cabe ao nosso cérebro selecionar a informação importante, para garantir a própria sobrevivência do indivíduo
e da espécie, chama-se a este processo processamento de informação.
O processamento da informação dá-se em três fases: codificação, armazenamento e recuperação.
A codificação é a primeira fase da memória que prepara as informações sensoriais para serem
posteriormente armazenadas no cérebro. Baseia-se na tradução de dados num código, que pode ser acústico,
visual ou semântico.
Por exemplo: A afirmação «O mar é azul.», Pode-se codificar o seu conteúdo como:
Uma imagem de sinais que são letras (código visual);
Uma sequência de sons (código acústico);
Tomar consciência do significado da afirmação e o que ela representa (código semântico)
A codificação reporta-se à aprendizagem deliberada, ou seja, a aprendizagem que exige esforço e no qual o
objetivo é memorizar a informação. Neste caso, temos de dedicar mais atenção às informações que desejamos
memorizar o que leva a uma codificação mais profunda.Depois de codificada a informação, a mesma vai ser
armazenada.
O armazenamento de informação consiste no registo de informação sobre algo como por exemplo a
última passagem de ano que celebramos. Ao relembrares essa última passagem de ano, lembraste das pessoas
com quem a celebraste, o que comeste, etc. Parece que tudo está guardado num lugar do cérebro, como que
num DVD, mas não é isso o que acontece, novas tecnologias que permitem ver o nosso cérebro em ação,
provam que quando nos lembramos de algo (como por exemplo a passagem de ano) várias áreas do cérebro
são utilizadas. Cada informação, cada engrama, produz modificações nas redes neuronais, que se mantendo,
permitem que você se recorde do que memorizou, sempre que queira, a isto chama-se recuperação.
Tipos de memória
Episódica- quando envolve eventos datados, recordações (rosto de amigos pessoas famosas, músicas, fatos e
experiências pessoais) ou seja relacionado com o tempo. Usamos a memória episódica, por exemplo, quando
lembramos do ataque terrorista em 11 de Setembro ou o primeiro dia de escola. A memória semântica é,
portanto, uma memória pessoal na qual que se manifesta uma relação íntima ente quem recorda e o que se
recorda.
Semântica- Abrange a memória do significado das palavras. Este tipo de memória refere-se ao conhecimento
geral sobre o mundo (fórmulas matemáticas, regras gramaticais, leis da química, fatos históricos, etc. Neste
tipo de memória não há localização no tempo (ao contrário da memória episódica), não está associada a
nenhum conhecimento, ação ou fato especifico do passado. Por exemplo: 1+1 = 2 é um conhecimento em que
usas a memória semântica, mas se associar-se a este raciocínio que quem me ensinou a fazer contas foi a
minha professora do primário este dado leva-me a usar a memória episódica. A memória semântica é a
coparticipação do significado de uma palavra que possibilita às pessoas manterem conversas com significado.
A memória semântica ocorre quando envolve conceitos atemporais.
Memória não-declarativa – Difere-se da memória declarativa porque esta não precisa ser declarada
(enunciada). É uma memória automática. É a memória usada para procedimentos e habilidades, como por
exemplo: andar de bicicleta, jogar bola, atar os cordões, lavar os dentes, ler um livro, etc. A memória não
declarativa também pode ser designada por memória implícita ou sem registo.
ESQUECIMENTO
A perda da capacidade de recordar ou de reproduzir o que foi aprendido designa-se por esquecimento.
Acontecendo com todas as pessoas, o esquecimento é um fenómeno natural. Trata-se de um processo normal
e positivo cuja função é selecionar materiais inúteis que, ao serem perdidos, criam condições para novas
aprendizagens e para uma superior adaptação ao meio.
Esquecimento regressivo
O esquecimento regressivo ocorre quando surgem dificuldades em reter novos materiais e em recordar
conhecimentos, factos e nomes aprendidos recentemente. Este tipo de esquecimento é especialmente sentido
por pessoas de certa idade e pode dever-se à degenerescência dos tecidos cerebrais.
Esquecimento motivado
Como o próprio termo deixa transparecer, o esquecimento motivado significa que esquecemos porque
temos razões (estamos motivados) para esquecer, habitualmente porque uma recordação é desagradável e
perturbadora.
Neste sentido, Freud apresentou uma concepção de esquecimento que decorre da sua teoria sobre o
psiquismo humano, segundo a qual nós esquecemos o que, inconscientemente, nos convém esquecer. Este
esquecimento resulta de um recalcamento, ou seja, é um modo inconsciente de as pessoas se libertarem de
recordações perturbadoras. É o que acontece com o esquecimento de situações de medo, dor ou angústia
vividas pelo indivíduo.
A interferência é um fenómeno que ocorre quando ao tentarmos recordar algo, uma informação
gravada antes (interferência proativa) ou depois (interferência retroativa) da que tentamos recuperar impede o
acesso a esta. Segundo esta explicação, o esquecimento não significa que a recordação de algo desapareceu,
mas sim que outro conteúdo mnésico semelhante ao que tentamos recuperar provocou uma confusão entre
elementos informativos, tornando-se assim um obstáculo à reatualização da informação pretendida.
Dois exemplos:
- Um turista francês na sua primeira viagem a Nova Iorque prepara-se para tomar uma ducha. Roda a torneira
com a letra C e, como é óbvio, sai água fria. Ora, o recepcionista tinha-lhe dito que C era a sigla de “Cold”
(frio). Contudo, este conhecimento recente foi perturbado por uma aprendizagem anterior que “tomou a
dianteira” e, interpondo-se, provocou uma confusão (C em francês e nos hotéis franceses, mais precisamente
na sua casa de banho, é a sigla para designar “chaud”, quente).
- Fixado um novo número de telefone ou de cartão de crédito, temos dificuldade em relembrar o anterior.
ATENÇÃO
A atenção é um mecanismo cognitivo através do qual exercemos controlo voluntário a sobre a nossa
atividade. A atenção é um mecanismo cognitivo através do qual exercemos controlo voluntário a sobre a nossa
atividade cognitiva e comportamental. Este mecanismo é dependente do controlo voluntário e da consciência
que se emprega a esses fenómenos enquanto formas de processamento. A atenção é um processo complexo,
de natureza hierárquica e multimodal, que permite o processamento de informação sensorial, cognitiva ou
motora, sendo impossível processar todos os estímulos com os quais nos confrontamos.
A atenção pode estar relacionada com 1) o tipo de concentração numa tarefa mental, na qual são selecionados
determinados estímulos percetivos, ao mesmo tempo que existe uma tentativa de excluir os estímulos
interferentes, para um processamento posterior; 2) ato preparatório para a receção de mais informações, e 3)
a possibilidade de se receber várias mensagens ao mesmo tempo, focando apenas uma informação e deixando
“cair” todas as outras.
Quando a atenção é atraída por um estímulo no ambiente, o processamento é bottom-up, por sua vez, quando
se concentra a atividade mental com o objetivo de prestar atenção a um estímulo específico diz estar perante
um processamento top-down.
Há vários conceitos associados à atenção como o de esforço, motivação (quanto maior a motivação, maior a
atenção na tarefa), automaticidade (a repetição da tarefa, leva a que a resposta se automatize e os níveis
atencionais deixem de ser tão elevados), relevância e seleção.
Existem vários tipos de atenção. O estado de alerta refere-se a um nível primário dos processos atencionais e
constituiu-se como o nível de base para o processamento de informação externa e interna; a atenção sustentada
tem a ver com a capacidade de manter o foco de atenção necessário para que a tarefa seja realizada de uma
forma continuada, e resistente às condições de cansaço e distração; já a atenção seletiva apresenta-se como o
nível hierárquico superior dos processos atencionais, compreendendo subprocessos como a seleção do foco
de atenção, alternância no foco de atenção, distribuição da atenção por vários estímulos e inibição de estímulos
interferentes.
A atenção tem como funções facilitar a descodificação da informação, selecionar a informação e o controlo
executivo.
SENSAÇÃO
Efeito de uma impressão mental, quase sempre complexa, que se tem através de órgãos dos sentidos.
Esquematicamente, pode-se dizer que a sensação tem origem num estímulo ou numa excitação, que atua sobre
os receptores (retina, pele, etc.) de órgãos sensoriais, provocando a impressão; esta é levada pelos nervos
sensitivos dos centros nervosos (cérebro), tendo-se, portanto, a condução; e por fim se dá a sensação
propriamente. Conforme essa teoria da localização, as sensações passam a ser "percebidas" quando uma
determinada área sensorial do cérebro (terminal nervoso) é ativada.
PERCEPÇÃO
A percepção é a nossa experiência sensorial do mundo que nos rodeia e envolve tanto o reconhecimento
de estímulos ambientais e ações em resposta a esses estímulos. Através do processo perceptivo, ganhamos
informações sobre propriedades e elementos do ambiente que são críticos para nossa sobrevivência. A
percepção não só cria nossa experiência do mundo ao nosso redor; nos permite agir dentro do nosso ambiente.
A percepção inclui os cinco sentidos; tato, visão, paladar, olfato e audição. Ele também inclui o que é
conhecido como propriocepção, um conjunto de sentidos envolvendo a capacidade de detectar alterações nas
posições e movimentos do corpo. Envolve também os processos cognitivos necessários para processar
informações, como reconhecer o rosto de um amigo ou detectar um perfume familiar.
O processo perceptivo é uma sequência de etapas que começa com o ambiente e leva à nossa percepção
de um estímulo e uma ação em resposta ao estímulo. Este processo é contínuo, mas você não gasta muito
tempo pensando no processo real que ocorre quando você percebe os muitos estímulos que o cercam em
qualquer momento.
O processo de transformar a luz que cai em suas retinas em uma imagem visual real acontece
inconscientemente e automaticamente. As sutis mudanças na pressão contra a pele que lhe permitem sentir o
objeto ocorrem sem um único pensamento.
Para entender completamente como funciona o processo de percepção, começaremos por dividir cada
passo.
Os passos no processo de percepção:
1. O estímulo ambiental
2. O Estímulo Atendido
3. A imagem na retina
4. Transdução
5. Processamento Neural
6. Percepção
7. Reconhecimento
8. Ação
O estímulo ambiental
O mundo está cheio de estímulos que podem atrair nossa atenção através de vários sentidos. O estímulo
ambiental é tudo em nosso ambiente que tem o potencial de ser percebido.
Isso pode incluir qualquer coisa que possa ser vista, tocada, provada, cheirada ou ouvida. Pode também
envolver o sentido de propriocepção, como os movimentos dos braços e pernas ou a mudança de posição do
corpo em relação aos objetos no ambiente.
Por exemplo, imagine que você está fora em uma manhã correr em seu parque local. Como você executar
o seu treino, há uma grande variedade de estímulos ambientais que podem capturar sua atenção; um pato
espirra em uma lagoa próxima. Todas essas coisas representam estímulos ambientais e servem como ponto de
partida para o processo perceptivo.
O Estímulo Atendido
O estímulo assistido é o objeto específico no ambiente em que nossa atenção está focada. Em muitos
casos, podemos nos concentrar em estímulos que são familiares para nós, como o rosto de um amigo em uma
multidão de estranhos no café local. Em outros casos, é provável que assistamos a estímulos que têm algum
grau de novidade.
Do nosso exemplo anterior, vamos imaginar que durante o seu trabalho da manhã você focar sua atenção
no pato flutuando na lagoa próxima. O pato representa o estímulo assistido. Durante o próximo passo do
processo perceptivo, o processo visual irá progredir.
A imagem na retina
Em seguida, o estímulo assistido é formado como uma imagem na retina. A primeira parte deste
processo envolve a luz realmente passando através da córnea e pupila e para a lente do olho. A córnea ajuda
a focalizar a luz à medida que entra no olho, e a íris do olho controla o tamanho das pupilas, a fim de determinar
a quantidade de luz para deixar entrar. A córnea e a lente agem em conjunto para projetar uma imagem
invertida sobre a retina.
Como você já deve estar ciente, a imagem na retina é realmente de cabeça para baixo a partir da
imagem real no ambiente. Nesta fase do processo perceptivo, isso não é terrivelmente importante. A imagem
ainda não foi percebida, e essa informação visual será alterada ainda mais dramaticamente na próxima etapa
do processo.
Transdução
Processamento Neural
Os sinais elétricos passam então por processamento neural . O caminho seguido por um sinal específico
depende do tipo de sinal que é (ou seja, um sinal auditivo ou um sinal visual).
Através da série de neurônios de interconexão localizados em todo o corpo, sinais elétricos são
propagados a partir das células dos receptores para o cérebro. Em nosso exemplo anterior, a imagem de um
pato flutuando na lagoa é recebida como luz sobre a retina, que é então transduzida em um sinal elétrico e, em
seguida, processada através dos neurônios na rede visual.
Na próxima etapa do processo perceptivo, você realmente perceberá os estímulos e tomará consciência
de sua presença no ambiente.
Percepção
Agora, uma coisa é estar ciente dos estímulos no ambiente, e outra muito diferente de realmente tornar-
se conscientemente consciente do que percebemos. Na próxima etapa do processo perceptivo, classificaremos
as informações percebidas em categorias significativas.
Reconhecimento
Ação
O passo final do processo perceptivo envolve algum tipo de ação em resposta ao estímulo
ambiental. Isso poderia envolver uma variedade de ações, como virar a cabeça para um olhar mais atento ou
virar-se para olhar para outra coisa.
A fase de ação do desenvolvimento perceptivo envolve algum tipo de atividade motora que ocorre em
resposta ao estímulo percebido e reconhecido. Isso pode envolver uma ação importante, como correr em
direção a uma pessoa em perigo, ou algo tão sutil como piscar os olhos em resposta a um sopro de poeira
soprando através do ar.
Cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo de aprendizagem.
Em outras palavras, cada pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo. Embora haja discordâncias entre os
estudiosos, estes são quatro categorias representativas dos estilos de aprendizagem:
Visual: aprendizagem centrada na visualização;
Auditiva: centrada na audição;
Leitura/escrita: aprendizagem através de textos;
Ativa: aprendizagem através do fazer;
Olfativa: através do cheiro pode possibilitar conhecimento já adquirido anteriormente, como o deitar
de gases, são exemplos de uma aprendizagem olfativa.
Aprendizagem Associativa
A associação é um tema que reside na observação de que o indivíduo percebe algo em seu meio pelas
sensações, o resultado é a consciência de algo no mundo exterior que pode ser definida como ideia. Portanto,
a associação leva às ideias, e para tal, é necessária a proximidade do objeto ou ocorrência no espaço e no
tempo; deve haver uma similaridade; frequência de observação; além da proeminência e da atração da atenção
aos objetos em questão. Estes objetos de estudo para a aprendizagem podem ser por exemplo uma alavanca
que gera determinado impulso, que ao ser acionada gera o impulso tantas vezes quantas for acionada. A
associação ocorre quando o indivíduo em questão acionar outra alavanca similar à primeira esperando o
mesmo impulso da outra. O que levou ao indivíduo acionar a segunda alavanca, foi a ideia gerada através da
associação entre os objetos (alavancas).
Um grupo liderado pelos pesquisadores Guthrie e Hull sustentava que as associações se davam entre
estímulos e respostas, estes eram passíveis de observação.
A teoria da aprendizagem associativa, ou a capacidade que o indivíduo tem para associar um estímulo
que antes parecia não ter importância a uma determinada resposta, ocorre pelo condicionamento, em que o
reforço gera novas condutas.
Porém, as teorias de estímulo e resposta não mostraram os mecanismos da aprendizagem, pois não
levaram em conta os processos interiores do indivíduo (há que se diferenciar aprendizagem de
condicionamento).
Aprendizagem Condicionada
O reforçamento, é uma noção que provém da descoberta da possibilidade que é possível reforçar um
padrão comportamental através de métodos onde são utilizadas as recompensas ou castigos.
A é uma proposta para integrar alunos e professores durante a aprendizagem em sala de aula, de modo a
possibilitar a construção de conhecimentos por meio das interações.
A melhoria da qualidade da prática docente, facilita o aprendizado de novos modos de ensino e expande
estratégias de aprendizagem. Na formação de Docentes é necessário ter em conta, como princípio básico, a
atuação, tornando a sua prática para muito além dos meios tradicionais de ensino.
O princípio da aprendizagem reflexiva, considerada por alguns autores, trata da urgência em formar
profissionais, que venham a espelhar a sua própria prática, na esperança de que a reflexão será um meio de
desenvolvimento do pensamento e da ação.
A dificuldade em decifrar este conhecimento, reside no facto das ações serem ativas, de forma
diversificada em às teorias, que são mais estáticas. Desta forma, ao descrever o conhecimento empregue numa
determinada ação, com o intuito de a compreender, o futuro docente, estará a praticar um processo de estrutura
do seu saber.
Atualmente, muitos profissionais da área educacional contestam a existência de uma validade universal
na teoria da associação. Estes afirmam a importância de outros fatores na aprendizagem. Exemplo típico, são
os educadores que seguem a linha gestaltista, estes defendem que os processos mais importantes da
aprendizagem envolvem uma reestruturação das relações com o meio e não simplesmente uma associação das
mesmas.
Existem também, os educadores que estudam os aspectos psicológicos da linguagem, ou
psicolinguistas. Estes, por sua vez, sustentam que a aprendizagem de uma língua abrange um número de
palavras e locuções muito grande para ser explicado pela teoria associativa.
Alguns pesquisadores afirmam que a aprendizagem linguística se baseia numa estrutura básica de organização
elemento.
Outras correntes de pensamento afirmam que as teorias da aprendizagem incluem o papel da motivação
além dos estágios da aprendizagem, os processos e a natureza da evocação, do esquecimento e da recuperação
de informações ou memória.
Na pesquisa sobre a aprendizagem, ainda existem os conceitos não passíveis de quantificação, como os
processos cognição/cognitivos, a imagem, a vontade e a consciência/conscientização.
Segundo a Teoria de Maslow, as necessidades humanas podem ser agrupadas em cinco níveis:
1. Necessidades fisiológicas
Estas são as necessidades mais básicas, mais físicas (água, comida, ar, sexo, etc.). Quando não temos estas
necessidades satisfeitas ficamos mal, com desconforto, irritação, medo, doentes. Estes sentimentos e emoções
nos conduzem à ação na tentativa de diminuí-las ou aliviá-las rapidamente para estabelecer o nosso equilíbrio
interno. Uma vez satisfeitas estas necessidades nós abandonamos estas preocupações e passamos a nos
preocupar com outras coisas.
2. Necessidades de segurança
No mundo conturbado em que vivemos procuramos fugir dos perigos, buscamos por abrigo, segurança,
proteção, estabilidade e continuidade. A busca da religião, de uma crença deve ser colocada neste nível da
hierarquia.
3. Necessidades sociais
O ser humano precisa amar e pertencer. O ser humano tem a necessidade de ser amado, querido por outros,
de ser aceito por outros. Nós queremos nos sentir necessários a outras pessoas ou grupos de pessoas. Esse
agrupamento de pessoas pode ser a antiga tribo, ou a tribo (grupo) atual, no seu local de trabalho, na sua igreja,
na sua família, no seu clube ou na sua torcida. Todos estes agrupamentos fazem com que tenhamos a sensação
de pertencer a um grupo, ou a uma "tribo". Política, religião e torcida são as tribos modernas.
MOTIVAÇÃO NA PSICANÁLISE
O consciente (Cs) é chamado de parte executiva da personalidade e seu funcionamento ocorre baseado
no princípio da realidade. É o que se chama normalmente do racional é onde ocorrem decisões lógicas e
baseadas em ponderações, por exemplo, o que pode e o que não pode (regras). No pré-consciente, encontra-
se o lugar das nossas lembranças o nosso arquivo mnêmico. Fica afastado da consciência, mas que com
concentração e esforço pode ser recuperado. Pode-se afirmar que tudo o que se vive, lê, estuda e ouve fica
arquivado.
No inconsciente (Ic) está localizada a fonte de toda energia psíquica que é a responsável pelos
pensamentos, afetos criatividade e comportamento humano. Ela é contínua e tende sempre a descarga. Na
linguagem psicanalítica esta energia é chamada de pulsão. A pulsão substitui o instinto, pois os mamíferos
possuem dois instintos, o de sobrevivência e o de reprodução. No ser humano, estes instintos são “recobertos”
pela cultura na qual está submetido. A forma desta cultura se manifestar é sempre pela linguagem.
Um exemplo é a diferença entre fome e apetite, a fome é uma necessidade por alimento (energia) para
manter o corpo funcionando e apetite é uma associação feita com a necessidade de alimento (instinto) e o
prazer de se alimentar. Na natureza não são encontrados mamíferos obesos, pois eles se alimentam apenas
com o necessário para viver, enquanto que o indivíduo come mais que precisa e com isto acumula gordura.
Voltando à Psicanálise, esta pulsão que é constante e sempre buscando a descarga, ao ser impedida por
causa do princípio da realidade, acumula-se aumentando a excitação do sistema nervoso. Quando parte desta
energia é descarregada, ela se transforma em comportamentos (ações) e estes estarão baseados no princípio
primário que é a busca do prazer e a evitação do desprazer.
Abraham Maslow, um dos teóricos da motivação e muito usado nos processos de Qualidade Total
(TQC), define cinco categorias de necessidades humanas. Sem entrar no mérito se são ou não hierarquizadas,
encontram se as seguintes: fisiológicas (comer, abrigo, beber, sono, sexo, etc.), segurança (garantir a satisfação
das necessidades anteriores), sociais (relacionamento, pertencer a um grupo, etc.), estima (ser reconhecido
pelos outros como indivíduo, não ser simplesmente mais um) e as de auto realização representadas pela
efetivação de todo o potencial que o ser humano possui.
Ao fazer-se a junção da teoria das pulsões com a Teoria de Maslow é possível perceber que o fator
motivacional encontrado nas quatro primeiras necessidades, é o de evitar o desprazer, pois a fome
(sobrevivência) causa desprazer, assim como a dúvida de ter um salário no final do mês seguinte, ou então
sentir-se isolado e não reconhecido em seus esforços e em suas características individuais causam sofrimento
(angústia). Nesta situação podemos comparar o sofrimento com a sensação de frustração por não possuir a
capacidade de atender aquelas necessidades (fisiológicas, segurança, sociais e estima).
Quanto se trata da auto realização, é possível perceber que a sua motivação é pela busca do prazer,
pois ser um Administrador competente, um cidadão responsável, ou mesmo um profissional reconhecido, o
sofrimento (angústia) e substituído pela satisfação.
Baseado nesta reflexão é possível fazer a avaliação da importância motivacional que existe na
definição da filosofia organizacional que se faz com o estabelecimento da Visão, do Negócio organizacional,
da Missão, dos objetivos estratégicos e das metas individuais.
PROCESSO MOTIVACIONAL
Os motivos biológicos
A concepção do homem como um produto social deixa lugar para os impulsos fisiológicos básicos –
que são as exigências mínimas para a sobrevivência biológica. Por exemplo, a necessidade de alimento é
satisfeita em todas as sociedades, mas a maneira específica pela qual entra no quadro da motivação do
indivíduo, é determinada pela sociedade que varia amplamente de cultura para cultura, de época para época.
O que se considera realmente básico quanto à motivação, é um conjunto de impulsos biológicos, e
esses impulsos estão relacionados com as exigências fisiológicas do corpo e a sua sobrevivência: exigência de
alimentação, água, oxigénio, afastamento de estímulos dolorosos e outros semelhantes.
A ação motivada foi, em grande parte explicada e reduzida apenas aos impulsos não despertados: por
exemplo, o esgotamento das substâncias alimentares no corpo do animal leva a um estado de inquietação; ele
age, encontra e come o alimento. Quando o seu corpo está satisfeito, o seu impulso reduz-se.
O homem, assim como o animal, é também concebido como sendo em grande parte conduzido por
instintos biológicos. As tendências biológicas inatas eram às vezes chamadas de instintos, que é mais do que
um impulso inato; o instinto refere-se tanto ao impulso quanto à atividade adequada para satisfazê-lo.
O comportamento motivado
Os motivos sociais
Durante o processo emocional, o homem apresenta certas necessidades sociais, aprendidas durante o
processo de socialização do indivíduo e que dominam a maior parte de seu comportamento diário.
O homem aprende as formas de viver da sua cultura ao procurar satisfazer as necessidades básicas.
Interioriza os costumes, os rituais, os valores da sua sociedade, e a sua estrutura motivacional é formada,
fundamentalmente, por essas influências sociais. Por isso dá-se aos impulsos biológicos o papel mínimo que
permite a sobrevivência do organismo, e tudo o mais é concebido como socialmente determinado.
As origens dos seus motivos estão nas exigências do seu grupo social; o homem reflete a sua cultura,
os seus motivos, desejos, objetivos, as suas intenções e tudo isto é o reflexo das necessidades da sociedade. O
homem é um animal social, assim como um animal biológico. Assim como houve uma seleção natural do
processo evolutivo que produziu o ser humano com motivações humanas, também, possivelmente, existiu
uma seleção e uma evolução sociais, nas quais a natureza humana chega a ser tal que as sociedades sobrevivem
e realizem as funções da vida grupal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-psicanalise-e-a-motivacao-humana-maslow-e-as-
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http://rotasfilosoficas.blogs.sapo.pt/2117.html
https://sites.google.com/site/estudodefilosofia/directory