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SEMINÁRIO MAIOR ARQUIDIOCESANO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

NOME: Anderson da Costa Alencar


TURMA: 1º Ano de Filosofia
DISCIPLINA: PSICOLOGIA
PROFESSORA: Cladis Voos

PROCESSOS COGNITIVOS E
PERCEPTIVOS

Brasília, 26 de maio de 2017


PROCESSOS COGNITIVOS E PERCEPTIVOS

A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos mentais que estão por detrás do
comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos
domínios, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de conhecimento,
raciocínio, criatividade e resolução de problemas. Pode-se definir cognição como a capacidade para
armazenar, transformar e aplicar o conhecimento, sendo um amplo leque de processos mentais.
O processo perceptivo ou processo perceptual é o método pelo qual as pessoas tomar informações, ou
estímulos, a partir do ambiente e criam significado ou reação aos estímulos. Processo perceptual é uma função
contínua do cérebro. As pessoas podem não estar cientes dos passos reais do processo, porque é automático e
instantânea.
A percepção é o processo cognitivo pelo qual damos sentido ao mundo. O processo perceptivo tem
uma série de características: é um processo complexo, engloba todos os órgãos dos sentidos, implica a pessoa
na sua totalidade (capacidades cognitivas, fisiológicas e experiências), implica categorizar a informação e
organizá-la em esquemas perceptivos, é um processo ativo, é um processo adaptativo que envolve a construção
de significados. O processo perceptivo é influenciado por muitos fatores como as expectativas, a motivação,
os valores e as atitudes, as experiências passadas, o grupo social de pertença e a cultura.
A percepção envolve processos fisiológicos, cognitivos, interpessoais e socioculturais, implica
processar a informação que nos chega no momento e implica a existência de esquemas preexistentes que
orientam todo o processo e que são passíveis de mudança.

Memória
A memória é o processo cognitivo que compreende a retenção e a recuperação da informação. É um
sistema aberto em que a informação é adquirida (aquisição e codificação), armazenada (retenção), podendo
depois ser recuperada ou evocada (recordação). Lembrar implica um processo ativo de reconstrução das
informações e estímulos anteriormente adquiridos, codificados e armazenados.
A memória é o que permite a aprendizagem pois é através da memória que os conhecimentos se
consolidam. E só o que aprendemos com a memória, nos possibilita aprender coisas novas (aumentando assim
o nosso conhecimento).
Podemos definir memória como o processo cognitivo que inclui, consolida e recupera, toda a informação que
aprendemos.
A memória é a função mental que permite reter a informação, ou seja, aprender;
É um sistema de armazenamento que permite reter a informação aprendida e permite evocar essa mesma
informação, isto é, permite lembrar de informação retida anteriormente, mas a sua representação na memória
não é uma reprodução fiel. Sem memória como já disse é impossível aprender.
Acima de tudo a memória é extremamente importante pois é o que nos dá a continuidade do presente
e que nos permite manter uma conversa e dar continuidade ao presente. No nosso dia-a-dia, somos
bombardeados com milhões de informações que se traduz em estímulos. Segundo M. Gazzaniga, cerca de
99% da informação que entra no cérebro é posta de parte. Imagine o que seria se você se lembrasse de todas
as sensações que recebeu durante o dia… (sensações como as provocadas pelas peças de roupa, comida, etc.).
Cabe ao nosso cérebro selecionar a informação importante, para garantir a própria sobrevivência do indivíduo
e da espécie, chama-se a este processo processamento de informação.
O processamento da informação dá-se em três fases: codificação, armazenamento e recuperação.
A codificação é a primeira fase da memória que prepara as informações sensoriais para serem
posteriormente armazenadas no cérebro. Baseia-se na tradução de dados num código, que pode ser acústico,
visual ou semântico.
Por exemplo: A afirmação «O mar é azul.», Pode-se codificar o seu conteúdo como:
Uma imagem de sinais que são letras (código visual);
Uma sequência de sons (código acústico);
Tomar consciência do significado da afirmação e o que ela representa (código semântico)
A codificação reporta-se à aprendizagem deliberada, ou seja, a aprendizagem que exige esforço e no qual o
objetivo é memorizar a informação. Neste caso, temos de dedicar mais atenção às informações que desejamos
memorizar o que leva a uma codificação mais profunda.Depois de codificada a informação, a mesma vai ser
armazenada.
O armazenamento de informação consiste no registo de informação sobre algo como por exemplo a
última passagem de ano que celebramos. Ao relembrares essa última passagem de ano, lembraste das pessoas
com quem a celebraste, o que comeste, etc. Parece que tudo está guardado num lugar do cérebro, como que
num DVD, mas não é isso o que acontece, novas tecnologias que permitem ver o nosso cérebro em ação,
provam que quando nos lembramos de algo (como por exemplo a passagem de ano) várias áreas do cérebro
são utilizadas. Cada informação, cada engrama, produz modificações nas redes neuronais, que se mantendo,
permitem que você se recorde do que memorizou, sempre que queira, a isto chama-se recuperação.

Na recuperação, recupera-se uma informação, ou seja, lembramo-nos, evocamos, recordamos uma


informação. A recuperação pode ser automática (lembras-te de quando nasceste) ou pode requerer uma maior
complexidade para recuperares algo (como por exemplo uma lei da física). O segundo tipo de recuperação, já
não é tão automático, requer dois momentos: o reconhecimento e a evocação. O reconhecimento, como
exemplo, é quando tentamos lembrar de aprender lei da física recorrendo ao ano de escolaridade e só depois
é que é procurado o conteúdo dessa lei, processo chamado de evocação. Para lembrar da lei da física é
necessário seguir estes processos/pistas.

Tipos de memória

Existe três tipos de memória: sensorial, a curto prazo e a longo prazo.


Memória sensorial: a memória sensorial é um tipo de memória que tem origem nos órgãos sensitivos. As
informações obtidas pelos sentidos são armazenadas por um curtíssimo espaço de tempo (0,1 a 2 segundos).
Se a informação armazenada não for processada perde-se se for passa para a memória a curto prazo.
Memória a curto prazo: este tipo de memória retém informação durante um período limitado de tempo,
podendo ser esquecida ou passar para a memória de longo prazo. Na memória a curto prazo pode-se distinguir
duas memórias: memória imediata e memória de trabalho.
Memória imediata: a informação recebida fica retida durante um curto período de tempo (cerca de 30
segundos). Investigações efetuadas vieram mostrar que podemos conservar sete elementos (letras, palavras,
algarismos, etc), variando entre cinco e nove unidades.
Memória de trabalho: neste tipo de memória mantemos a informação enquanto ela nos e útil. A memória de
trabalho reporta-se as atividades mentais em que o objetivo não é a sua memorização, mas que, não obstante
disso, implicam uma certa memorização para se poderem aplicar de modo eficaz. Este tipo de memória é
utilizado por exemplo quando o patrão pede que no dia seguinte cheguemos uma hora mais cedo, manterás na
memória esta informação, que irá ser esquecida depois de a teres cumprido o pedido, ou seja, depois de teres
chegado uma hora mais cedo. Chama-se memória de trabalho à atividade de armazenamento e de utilização
de informação ligada especificamente à realização de uma tarefa: refere-se, portanto, a um tipo de memória
que trabalha.
Qualquer informação que tenha estado na memória a curto prazo e que se perca, estará perdida para sempre,
só se mantendo se passar para a memória de longo prazo.

Tipos de Memória a Longo Prazo: Memória declarativa e Memória não-declarativa


Memória declarativa também pode ser designada por explícita ou memoria com registo, (implica a
consciência do passado, levando a reportarmo-nos a acontecimentos, fatos e pessoas que conhecemos/
aconteceram no passado). É devido a este tipo de memória que consegues descrever as funções das áreas pré-
frontais: os heterónimos de Fernando Pessoa, o nome dos teus amigos, o aniversário da tua mãe. Este tipo de
memória reúne tudo o que podemos evocar/declarar por meio de palavras (daí o termo
declarativa). Distinguem-se, neste tipo de memória, dois subsistemas: a memória episódica e a memória
semântica;

Episódica- quando envolve eventos datados, recordações (rosto de amigos pessoas famosas, músicas, fatos e
experiências pessoais) ou seja relacionado com o tempo. Usamos a memória episódica, por exemplo, quando
lembramos do ataque terrorista em 11 de Setembro ou o primeiro dia de escola. A memória semântica é,
portanto, uma memória pessoal na qual que se manifesta uma relação íntima ente quem recorda e o que se
recorda.

Semântica- Abrange a memória do significado das palavras. Este tipo de memória refere-se ao conhecimento
geral sobre o mundo (fórmulas matemáticas, regras gramaticais, leis da química, fatos históricos, etc. Neste
tipo de memória não há localização no tempo (ao contrário da memória episódica), não está associada a
nenhum conhecimento, ação ou fato especifico do passado. Por exemplo: 1+1 = 2 é um conhecimento em que
usas a memória semântica, mas se associar-se a este raciocínio que quem me ensinou a fazer contas foi a
minha professora do primário este dado leva-me a usar a memória episódica. A memória semântica é a
coparticipação do significado de uma palavra que possibilita às pessoas manterem conversas com significado.
A memória semântica ocorre quando envolve conceitos atemporais.

Memória não-declarativa – Difere-se da memória declarativa porque esta não precisa ser declarada
(enunciada). É uma memória automática. É a memória usada para procedimentos e habilidades, como por
exemplo: andar de bicicleta, jogar bola, atar os cordões, lavar os dentes, ler um livro, etc. A memória não
declarativa também pode ser designada por memória implícita ou sem registo.
ESQUECIMENTO

A perda da capacidade de recordar ou de reproduzir o que foi aprendido designa-se por esquecimento.
Acontecendo com todas as pessoas, o esquecimento é um fenómeno natural. Trata-se de um processo normal
e positivo cuja função é selecionar materiais inúteis que, ao serem perdidos, criam condições para novas
aprendizagens e para uma superior adaptação ao meio.

Esquecimento regressivo

O esquecimento regressivo ocorre quando surgem dificuldades em reter novos materiais e em recordar
conhecimentos, factos e nomes aprendidos recentemente. Este tipo de esquecimento é especialmente sentido
por pessoas de certa idade e pode dever-se à degenerescência dos tecidos cerebrais.

Esquecimento motivado

Como o próprio termo deixa transparecer, o esquecimento motivado significa que esquecemos porque
temos razões (estamos motivados) para esquecer, habitualmente porque uma recordação é desagradável e
perturbadora.

Neste sentido, Freud apresentou uma concepção de esquecimento que decorre da sua teoria sobre o
psiquismo humano, segundo a qual nós esquecemos o que, inconscientemente, nos convém esquecer. Este
esquecimento resulta de um recalcamento, ou seja, é um modo inconsciente de as pessoas se libertarem de
recordações perturbadoras. É o que acontece com o esquecimento de situações de medo, dor ou angústia
vividas pelo indivíduo.

Interferência das aprendizagens

A interferência é um fenómeno que ocorre quando ao tentarmos recordar algo, uma informação
gravada antes (interferência proativa) ou depois (interferência retroativa) da que tentamos recuperar impede o
acesso a esta. Segundo esta explicação, o esquecimento não significa que a recordação de algo desapareceu,
mas sim que outro conteúdo mnésico semelhante ao que tentamos recuperar provocou uma confusão entre
elementos informativos, tornando-se assim um obstáculo à reatualização da informação pretendida.
Dois exemplos:

- Um turista francês na sua primeira viagem a Nova Iorque prepara-se para tomar uma ducha. Roda a torneira
com a letra C e, como é óbvio, sai água fria. Ora, o recepcionista tinha-lhe dito que C era a sigla de “Cold”
(frio). Contudo, este conhecimento recente foi perturbado por uma aprendizagem anterior que “tomou a
dianteira” e, interpondo-se, provocou uma confusão (C em francês e nos hotéis franceses, mais precisamente
na sua casa de banho, é a sigla para designar “chaud”, quente).

- Fixado um novo número de telefone ou de cartão de crédito, temos dificuldade em relembrar o anterior.

ATENÇÃO

A atenção é um mecanismo cognitivo através do qual exercemos controlo voluntário a sobre a nossa
atividade. A atenção é um mecanismo cognitivo através do qual exercemos controlo voluntário a sobre a nossa
atividade cognitiva e comportamental. Este mecanismo é dependente do controlo voluntário e da consciência
que se emprega a esses fenómenos enquanto formas de processamento. A atenção é um processo complexo,
de natureza hierárquica e multimodal, que permite o processamento de informação sensorial, cognitiva ou
motora, sendo impossível processar todos os estímulos com os quais nos confrontamos.

A atenção pode estar relacionada com 1) o tipo de concentração numa tarefa mental, na qual são selecionados
determinados estímulos percetivos, ao mesmo tempo que existe uma tentativa de excluir os estímulos
interferentes, para um processamento posterior; 2) ato preparatório para a receção de mais informações, e 3)
a possibilidade de se receber várias mensagens ao mesmo tempo, focando apenas uma informação e deixando
“cair” todas as outras.

Quando a atenção é atraída por um estímulo no ambiente, o processamento é bottom-up, por sua vez, quando
se concentra a atividade mental com o objetivo de prestar atenção a um estímulo específico diz estar perante
um processamento top-down.

Há vários conceitos associados à atenção como o de esforço, motivação (quanto maior a motivação, maior a
atenção na tarefa), automaticidade (a repetição da tarefa, leva a que a resposta se automatize e os níveis
atencionais deixem de ser tão elevados), relevância e seleção.

Existem vários tipos de atenção. O estado de alerta refere-se a um nível primário dos processos atencionais e
constituiu-se como o nível de base para o processamento de informação externa e interna; a atenção sustentada
tem a ver com a capacidade de manter o foco de atenção necessário para que a tarefa seja realizada de uma
forma continuada, e resistente às condições de cansaço e distração; já a atenção seletiva apresenta-se como o
nível hierárquico superior dos processos atencionais, compreendendo subprocessos como a seleção do foco
de atenção, alternância no foco de atenção, distribuição da atenção por vários estímulos e inibição de estímulos
interferentes.

A atenção tem como funções facilitar a descodificação da informação, selecionar a informação e o controlo
executivo.

SENSAÇÃO

Efeito de uma impressão mental, quase sempre complexa, que se tem através de órgãos dos sentidos.
Esquematicamente, pode-se dizer que a sensação tem origem num estímulo ou numa excitação, que atua sobre
os receptores (retina, pele, etc.) de órgãos sensoriais, provocando a impressão; esta é levada pelos nervos
sensitivos dos centros nervosos (cérebro), tendo-se, portanto, a condução; e por fim se dá a sensação
propriamente. Conforme essa teoria da localização, as sensações passam a ser "percebidas" quando uma
determinada área sensorial do cérebro (terminal nervoso) é ativada.

O termo designa uma considerável variedade de aspectos e fenômenos psicológicos, ligando-se


também a atividades físicas, como é natural. Não se pode falar de sensação sem falar dos sentidos. E costuma-
se dividir o estudo dos sentidos em dois pontos: percepção (correspondendo à utilização dos sentidos frente a
fatos do meio-ambiente ou do próprio indivíduo), e sensação (correspondendo aos estímulos que
impressionam os órgãos dos sentidos, ao funcionamento desses órgãos). Cada órgão sensorial dispõe de
grande capacidade de "registrar", ou, para empregar o verbo mais adequado, de "sentir" determinado tipo de
estímulo; para isso, o órgão está devidamente adaptado e especializado nessa determinada função. De maneira
que, por exemplo, os ouvidos reagem a variações de vibrações sonoras, ao passo que os olhos reagem a
intensidades ou comprimentos de ondas da luz, e assim por diante. Como é sabida, há cinco sentidos humanos:
visão, olfato, audição, gustação e tacto.
Esses sentidos podem ser classificados em três tipos: extroceptores (que recebem estímulos do
exterior), interceptores (que recebem estímulos do interior do corpo - a boca, a garganta, o esôfago, o
estômago, os intestinos e os pulmões) e proprioceptores (que se acham em certos músculos, tendões,
articulações - e, portanto, no próprio corpo, daí o nome - sendo ativados por movimentos dessas partes
orgânicas). As células sensoriais podem ser consideradas em categorias diferentes, conforme as áreas da pele
em que se acham e também conforme a distância entre elas e a superfície da pele. Além; desses conceitos
relacionados aos sentidos, considera-se que as sensações referentes aos movimentos, às posições e a pressões
sofridas pelo corpo são notadas por células sensoriais especializadas, que se acham em músculos, tendões e
juntas - é o que se denomina de sistema sinestésico ou cinestesia.

PERCEPÇÃO

A percepção é a nossa experiência sensorial do mundo que nos rodeia e envolve tanto o reconhecimento
de estímulos ambientais e ações em resposta a esses estímulos. Através do processo perceptivo, ganhamos
informações sobre propriedades e elementos do ambiente que são críticos para nossa sobrevivência. A
percepção não só cria nossa experiência do mundo ao nosso redor; nos permite agir dentro do nosso ambiente.
A percepção inclui os cinco sentidos; tato, visão, paladar, olfato e audição. Ele também inclui o que é
conhecido como propriocepção, um conjunto de sentidos envolvendo a capacidade de detectar alterações nas
posições e movimentos do corpo. Envolve também os processos cognitivos necessários para processar
informações, como reconhecer o rosto de um amigo ou detectar um perfume familiar.
O processo perceptivo é uma sequência de etapas que começa com o ambiente e leva à nossa percepção
de um estímulo e uma ação em resposta ao estímulo. Este processo é contínuo, mas você não gasta muito
tempo pensando no processo real que ocorre quando você percebe os muitos estímulos que o cercam em
qualquer momento.
O processo de transformar a luz que cai em suas retinas em uma imagem visual real acontece
inconscientemente e automaticamente. As sutis mudanças na pressão contra a pele que lhe permitem sentir o
objeto ocorrem sem um único pensamento.
Para entender completamente como funciona o processo de percepção, começaremos por dividir cada
passo.
Os passos no processo de percepção:
1. O estímulo ambiental
2. O Estímulo Atendido
3. A imagem na retina
4. Transdução
5. Processamento Neural
6. Percepção
7. Reconhecimento
8. Ação

O estímulo ambiental
O mundo está cheio de estímulos que podem atrair nossa atenção através de vários sentidos. O estímulo
ambiental é tudo em nosso ambiente que tem o potencial de ser percebido.
Isso pode incluir qualquer coisa que possa ser vista, tocada, provada, cheirada ou ouvida. Pode também
envolver o sentido de propriocepção, como os movimentos dos braços e pernas ou a mudança de posição do
corpo em relação aos objetos no ambiente.
Por exemplo, imagine que você está fora em uma manhã correr em seu parque local. Como você executar
o seu treino, há uma grande variedade de estímulos ambientais que podem capturar sua atenção; um pato
espirra em uma lagoa próxima. Todas essas coisas representam estímulos ambientais e servem como ponto de
partida para o processo perceptivo.

O Estímulo Atendido
O estímulo assistido é o objeto específico no ambiente em que nossa atenção está focada. Em muitos
casos, podemos nos concentrar em estímulos que são familiares para nós, como o rosto de um amigo em uma
multidão de estranhos no café local. Em outros casos, é provável que assistamos a estímulos que têm algum
grau de novidade.
Do nosso exemplo anterior, vamos imaginar que durante o seu trabalho da manhã você focar sua atenção
no pato flutuando na lagoa próxima. O pato representa o estímulo assistido. Durante o próximo passo do
processo perceptivo, o processo visual irá progredir.

A imagem na retina

Em seguida, o estímulo assistido é formado como uma imagem na retina. A primeira parte deste
processo envolve a luz realmente passando através da córnea e pupila e para a lente do olho. A córnea ajuda
a focalizar a luz à medida que entra no olho, e a íris do olho controla o tamanho das pupilas, a fim de determinar
a quantidade de luz para deixar entrar. A córnea e a lente agem em conjunto para projetar uma imagem
invertida sobre a retina.
Como você já deve estar ciente, a imagem na retina é realmente de cabeça para baixo a partir da
imagem real no ambiente. Nesta fase do processo perceptivo, isso não é terrivelmente importante. A imagem
ainda não foi percebida, e essa informação visual será alterada ainda mais dramaticamente na próxima etapa
do processo.

Transdução

A imagem na retina é então transformada em sinais elétricos em um processo conhecido como


transdução. Isto permite que as mensagens visuais sejam transmitidas ao cérebro para serem interpretadas.
A retina contém muitas células fotorreceptoras. Estas células contêm proteínas conhecidas como varas
e cones. Varas são principalmente para ver as coisas em pouca luz, enquanto cones estão associados com a
detecção de cor e formas em níveis de luz normal.
As hastes e os cones contêm uma molécula chamada retinal, que é responsável para transdução a luz
nos sinais visuais que são transmitidos então através dos impulsos do nervo.

Processamento Neural

Os sinais elétricos passam então por processamento neural . O caminho seguido por um sinal específico
depende do tipo de sinal que é (ou seja, um sinal auditivo ou um sinal visual).
Através da série de neurônios de interconexão localizados em todo o corpo, sinais elétricos são
propagados a partir das células dos receptores para o cérebro. Em nosso exemplo anterior, a imagem de um
pato flutuando na lagoa é recebida como luz sobre a retina, que é então transduzida em um sinal elétrico e, em
seguida, processada através dos neurônios na rede visual.
Na próxima etapa do processo perceptivo, você realmente perceberá os estímulos e tomará consciência
de sua presença no ambiente.

Percepção

Na próxima etapa do processo de percepção, nós realmente percebemos o objeto de estímulo no


ambiente. É neste ponto que nos tornamos conscientemente conscientes do estímulo. Vamos considerar nosso
exemplo anterior, no qual imaginamos que você estava fora para uma corrida de manhã no parque. Na fase de
percepção, você tem consciência de que há algo no lago para perceber.

Agora, uma coisa é estar ciente dos estímulos no ambiente, e outra muito diferente de realmente tornar-
se conscientemente consciente do que percebemos. Na próxima etapa do processo perceptivo, classificaremos
as informações percebidas em categorias significativas.
Reconhecimento

A percepção não envolve apenas conscientizar-se conscientemente dos estímulos. Também é


necessário que nosso cérebro categorize e interprete o que é que estamos sentindo. Nossa capacidade de
interpretar e dar significado ao objeto é o próximo passo, conhecido como reconhecimento.
Continuando nosso exemplo, é na fase de reconhecimento do processo perceptivo que você percebe
que há um pato flutuando na água. O estágio de reconhecimento é uma parte essencial da percepção, uma vez
que nos permite dar sentido ao mundo que nos rodeia. Colocando objetos em categorias significativas, somos
capazes de entender e reagir ao mundo que nos rodeia.

Ação

O passo final do processo perceptivo envolve algum tipo de ação em resposta ao estímulo
ambiental. Isso poderia envolver uma variedade de ações, como virar a cabeça para um olhar mais atento ou
virar-se para olhar para outra coisa.
A fase de ação do desenvolvimento perceptivo envolve algum tipo de atividade motora que ocorre em
resposta ao estímulo percebido e reconhecido. Isso pode envolver uma ação importante, como correr em
direção a uma pessoa em perigo, ou algo tão sutil como piscar os olhos em resposta a um sopro de poeira
soprando através do ar.

ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS DE APRENDIZAGEM

Segundo os behavioristas, a aprendizagem é uma aquisição de comportamentos através de relações


entre ambiente e comportamento, ocorridas numa história de contingências, estabelecendo uma relação
funcional entre Ambiente e Comportamento
Apresenta como principais características:
 O indivíduo é visto como ativo em todo o processo;
 A aprendizagem é sinônimo de comportamento adquirido;
 O reforço é um dos principais motores da aprendizagem;
 A aprendizagem é vista como uma modelagem do comportamento
Em algumas abordagens cognitivas, considera-se que o homem não pode ser considerado um ser passivo.
Enfatiza a importância dos processos mentais no processo de aprendizagem, na forma como se percebe,
seleciona, organiza e atribui significados aos objetos e acontecimentos.
É um processo dinâmico, centrado nos processos cognitivos, em que temos:
INDIVÍDUO → INFORMAÇÃO → CODIFICAÇÃO → RECODIFICAÇÃO → PROCESSAMENTO →
APRENDIZAGEM
De uma perspectiva humanista existe uma valorização do potencial humano assumindo-o como ponto
de partida para a compreensão do processo de aprendizagem. Considera que as pessoas podem controlar seu
próprio destino, possuem liberdade para agir e que o comportamento delas é consequência da escolha humana.
Os princípios que regem tal abordagem são a auto direção e o valor da experiência no processo de
aprendizagem.
Preocuparam-se em tornar a aprendizagem significativa, valorizando a compreensão em detrimento da
memorização tendo em conta, as características do sujeito, as suas experiências anteriores e as suas
motivações:
 O indivíduo é visto como responsável por decidir o que quer aprender; e
 Aprendizagem é vista como algo espontâneo e misterioso.
Numa abordagem social, as pessoas aprendem observando outras pessoas no interior do contexto social. Nessa
abordagem a aprendizagem é em função da interação da pessoa com outras pessoas, sendo irrelevante
condições biológicas. O ser humano nasce como uma 'tábula rasa', sendo moldado pelo contato com a
sociedade.
Estilos de aprendizagem

Cada indivíduo apresenta um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo de aprendizagem.
Em outras palavras, cada pessoa aprende a seu modo, estilo e ritmo. Embora haja discordâncias entre os
estudiosos, estes são quatro categorias representativas dos estilos de aprendizagem:
 Visual: aprendizagem centrada na visualização;
 Auditiva: centrada na audição;
 Leitura/escrita: aprendizagem através de textos;
 Ativa: aprendizagem através do fazer;
 Olfativa: através do cheiro pode possibilitar conhecimento já adquirido anteriormente, como o deitar
de gases, são exemplos de uma aprendizagem olfativa.

Aprendizagem Associativa

A associação é um tema que reside na observação de que o indivíduo percebe algo em seu meio pelas
sensações, o resultado é a consciência de algo no mundo exterior que pode ser definida como ideia. Portanto,
a associação leva às ideias, e para tal, é necessária a proximidade do objeto ou ocorrência no espaço e no
tempo; deve haver uma similaridade; frequência de observação; além da proeminência e da atração da atenção
aos objetos em questão. Estes objetos de estudo para a aprendizagem podem ser por exemplo uma alavanca
que gera determinado impulso, que ao ser acionada gera o impulso tantas vezes quantas for acionada. A
associação ocorre quando o indivíduo em questão acionar outra alavanca similar à primeira esperando o
mesmo impulso da outra. O que levou ao indivíduo acionar a segunda alavanca, foi a ideia gerada através da
associação entre os objetos (alavancas).
Um grupo liderado pelos pesquisadores Guthrie e Hull sustentava que as associações se davam entre
estímulos e respostas, estes eram passíveis de observação.
A teoria da aprendizagem associativa, ou a capacidade que o indivíduo tem para associar um estímulo
que antes parecia não ter importância a uma determinada resposta, ocorre pelo condicionamento, em que o
reforço gera novas condutas.
Porém, as teorias de estímulo e resposta não mostraram os mecanismos da aprendizagem, pois não
levaram em conta os processos interiores do indivíduo (há que se diferenciar aprendizagem de
condicionamento).

Aprendizagem Condicionada

O reforçamento, é uma noção que provém da descoberta da possibilidade que é possível reforçar um
padrão comportamental através de métodos onde são utilizadas as recompensas ou castigos.
A é uma proposta para integrar alunos e professores durante a aprendizagem em sala de aula, de modo a
possibilitar a construção de conhecimentos por meio das interações.

A aprendizagem reflexiva como estratégia para a formação profissional

A melhoria da qualidade da prática docente, facilita o aprendizado de novos modos de ensino e expande
estratégias de aprendizagem. Na formação de Docentes é necessário ter em conta, como princípio básico, a
atuação, tornando a sua prática para muito além dos meios tradicionais de ensino.
O princípio da aprendizagem reflexiva, considerada por alguns autores, trata da urgência em formar
profissionais, que venham a espelhar a sua própria prática, na esperança de que a reflexão será um meio de
desenvolvimento do pensamento e da ação.
A dificuldade em decifrar este conhecimento, reside no facto das ações serem ativas, de forma
diversificada em às teorias, que são mais estáticas. Desta forma, ao descrever o conhecimento empregue numa
determinada ação, com o intuito de a compreender, o futuro docente, estará a praticar um processo de estrutura
do seu saber.

Atualmente, muitos profissionais da área educacional contestam a existência de uma validade universal
na teoria da associação. Estes afirmam a importância de outros fatores na aprendizagem. Exemplo típico, são
os educadores que seguem a linha gestaltista, estes defendem que os processos mais importantes da
aprendizagem envolvem uma reestruturação das relações com o meio e não simplesmente uma associação das
mesmas.
Existem também, os educadores que estudam os aspectos psicológicos da linguagem, ou
psicolinguistas. Estes, por sua vez, sustentam que a aprendizagem de uma língua abrange um número de
palavras e locuções muito grande para ser explicado pela teoria associativa.
Alguns pesquisadores afirmam que a aprendizagem linguística se baseia numa estrutura básica de organização
elemento.
Outras correntes de pensamento afirmam que as teorias da aprendizagem incluem o papel da motivação
além dos estágios da aprendizagem, os processos e a natureza da evocação, do esquecimento e da recuperação
de informações ou memória.
Na pesquisa sobre a aprendizagem, ainda existem os conceitos não passíveis de quantificação, como os
processos cognição/cognitivos, a imagem, a vontade e a consciência/conscientização.

MOTIVAÇÃO – TEORIAS DE MASLOW

Segundo a Teoria de Maslow, as necessidades humanas podem ser agrupadas em cinco níveis:

1. Necessidades fisiológicas
Estas são as necessidades mais básicas, mais físicas (água, comida, ar, sexo, etc.). Quando não temos estas
necessidades satisfeitas ficamos mal, com desconforto, irritação, medo, doentes. Estes sentimentos e emoções
nos conduzem à ação na tentativa de diminuí-las ou aliviá-las rapidamente para estabelecer o nosso equilíbrio
interno. Uma vez satisfeitas estas necessidades nós abandonamos estas preocupações e passamos a nos
preocupar com outras coisas.

2. Necessidades de segurança
No mundo conturbado em que vivemos procuramos fugir dos perigos, buscamos por abrigo, segurança,
proteção, estabilidade e continuidade. A busca da religião, de uma crença deve ser colocada neste nível da
hierarquia.

3. Necessidades sociais
O ser humano precisa amar e pertencer. O ser humano tem a necessidade de ser amado, querido por outros,
de ser aceito por outros. Nós queremos nos sentir necessários a outras pessoas ou grupos de pessoas. Esse
agrupamento de pessoas pode ser a antiga tribo, ou a tribo (grupo) atual, no seu local de trabalho, na sua igreja,
na sua família, no seu clube ou na sua torcida. Todos estes agrupamentos fazem com que tenhamos a sensação
de pertencer a um grupo, ou a uma "tribo". Política, religião e torcida são as tribos modernas.

4. Necessidades de "status" ou de estima


O ser humano busca ser competente, alcançar objetivos, obter aprovação e ganhar reconhecimento. Há dois
tipos de estima: a autoestima e a hetero-estima. A autoestima é derivada da proficiência e competência em ser
a pessoa que se é, é gostar de si, é acreditar em si e dar valor a si próprio. Já a hetero-estima é o reconhecimento
e a atenção que se recebe das outras pessoas.

5. Necessidade de auto realização


O ser humano busca a sua realização como pessoa, a demonstração prática da realização permitida e
alavancada pelo seu potencial único. O ser humano pode buscar conhecimento, experiências estéticas e
metafísicas, ou mesmo a busca de Deus.
MOTIVAÇÃO TEORIAS BEHAVIORISMO

De acordo na perspectiva da visão behaviorista, tudo será relacionada ao condicionamento do


indivíduo perante as situações, sobretudo, no âmbito profissional. John Watson considerava os métodos
experimentais superiores aos introspectivos. Sob influência de Pavlov, via o comportamento como respostas
à estímulos, sendo observável e previsível. Com o curioso experimento do bebê Albert, onde Watson induziu
o medo de rato branco, tomou a ideia de que os motivos são aprendidos. Os únicos traços herdados do
comportamento são os reflexos. O resto é influência do meio e adquirido por meio de aprendizagem.
Para Robert S. Woodworth (1869-1962) o motivo ou impulso é “energia que impede o organismo à
ação; tendências para alcançar ou evitar objetivos determinados“. Dá importância às necessidades fisiológicas.
A redução do impulso é definida por operações como saciar a fome, satisfação sexual e cessação da dor.
O despertar do comportamento é relativo ao sistema nervoso autônomo, músculos e glândulas.
 Organismo: motivado pela necessidade de estabelecer/manter algum objetivo
 Impulso (drive): condição interna que dirige o organismo para a satisfação de necessidades
 Necessidade: estado de desequilíbrio fisiológico que muitas vezes causa o despertar de um motivo
 Homeostase: estado relativamente constante de equilíbrio orgânico interno que permite sobrevivência
e funcionamento celular. Regular funções como comer, beber e dormir.
Para Clark Hull (1884-1952) todo comportamento é motivado por impulsos de homeostase, direta ou
indiretamente. As recompensas se baseiam na redução desses impulsos.
Skinner é famoso pelo seu condicionamento operante. Para ele o indivíduo que experimenta o sucesso
após um comportamento tende a repetir esse comportamento visando novamente obter sucesso
(comportamento recompensado tende a ser repetido). Em oposição, um comportamento que leva ao insucesso
ou fracasso tende a ser abandonado (comportamento punido tende a ser extinto). Chega a parecer óbvio pelo
conhecimento comum dos papéis de reforço e punição na aprendizagem.
Os behavioristas veem a motivação como combinação de motivos e reforços:
 Motivos: Fome, sede, desejo sexual
 Reforços: Comida, bebida, sexo
Os motivos podem ser primários e secundários.
 Primários: inatos e baseados em necessidades biológicas, necessários a sobrevivência
 Secundários: motivos aprendidos, ou necessidades aprendidas

MOTIVAÇÃO NA PSICANÁLISE

Na teoria da psicanálise o comportamento é determinado pela motivação inconsciente e pelos impulsos


instintivos. Nos escritos de Sigmund Freud sobre o funcionamento psíquico, encontram-se os chamados
processos primários que são as formas pelas quais a mente humana opera. Aqui é importante resgatar a ideia
da Administração sobre processo, que é de um modo de fazer alguma coisa, isto é, como diz a dicionário
Priberam da Língua Portuguesa um conjunto de manipulações para obter um resultado. Lembrando que uma
‘entrada’ (seja ela energia, afeto, percepção, etc.) sofre uma ‘transformação’ e resulta em uma ‘saída’ diferente
da 'entrada'. Na Psicanálise o Administrador destes processos é o aparelho psíquico, aquele que realiza as
manipulações das lembranças e dos impulsos chamados de “processos mentais”. Ele (aparelho psíquico) é
composto por três instâncias: o consciente, o pré-consciente e o inconsciente. Cada um com suas
especialidades.

O consciente (Cs) é chamado de parte executiva da personalidade e seu funcionamento ocorre baseado
no princípio da realidade. É o que se chama normalmente do racional é onde ocorrem decisões lógicas e
baseadas em ponderações, por exemplo, o que pode e o que não pode (regras). No pré-consciente, encontra-
se o lugar das nossas lembranças o nosso arquivo mnêmico. Fica afastado da consciência, mas que com
concentração e esforço pode ser recuperado. Pode-se afirmar que tudo o que se vive, lê, estuda e ouve fica
arquivado.

No inconsciente (Ic) está localizada a fonte de toda energia psíquica que é a responsável pelos
pensamentos, afetos criatividade e comportamento humano. Ela é contínua e tende sempre a descarga. Na
linguagem psicanalítica esta energia é chamada de pulsão. A pulsão substitui o instinto, pois os mamíferos
possuem dois instintos, o de sobrevivência e o de reprodução. No ser humano, estes instintos são “recobertos”
pela cultura na qual está submetido. A forma desta cultura se manifestar é sempre pela linguagem.

Um exemplo é a diferença entre fome e apetite, a fome é uma necessidade por alimento (energia) para
manter o corpo funcionando e apetite é uma associação feita com a necessidade de alimento (instinto) e o
prazer de se alimentar. Na natureza não são encontrados mamíferos obesos, pois eles se alimentam apenas
com o necessário para viver, enquanto que o indivíduo come mais que precisa e com isto acumula gordura.

Voltando à Psicanálise, esta pulsão que é constante e sempre buscando a descarga, ao ser impedida por
causa do princípio da realidade, acumula-se aumentando a excitação do sistema nervoso. Quando parte desta
energia é descarregada, ela se transforma em comportamentos (ações) e estes estarão baseados no princípio
primário que é a busca do prazer e a evitação do desprazer.

Abraham Maslow, um dos teóricos da motivação e muito usado nos processos de Qualidade Total
(TQC), define cinco categorias de necessidades humanas. Sem entrar no mérito se são ou não hierarquizadas,
encontram se as seguintes: fisiológicas (comer, abrigo, beber, sono, sexo, etc.), segurança (garantir a satisfação
das necessidades anteriores), sociais (relacionamento, pertencer a um grupo, etc.), estima (ser reconhecido
pelos outros como indivíduo, não ser simplesmente mais um) e as de auto realização representadas pela
efetivação de todo o potencial que o ser humano possui.

Ao fazer-se a junção da teoria das pulsões com a Teoria de Maslow é possível perceber que o fator
motivacional encontrado nas quatro primeiras necessidades, é o de evitar o desprazer, pois a fome
(sobrevivência) causa desprazer, assim como a dúvida de ter um salário no final do mês seguinte, ou então
sentir-se isolado e não reconhecido em seus esforços e em suas características individuais causam sofrimento
(angústia). Nesta situação podemos comparar o sofrimento com a sensação de frustração por não possuir a
capacidade de atender aquelas necessidades (fisiológicas, segurança, sociais e estima).

Quanto se trata da auto realização, é possível perceber que a sua motivação é pela busca do prazer,
pois ser um Administrador competente, um cidadão responsável, ou mesmo um profissional reconhecido, o
sofrimento (angústia) e substituído pela satisfação.

Baseado nesta reflexão é possível fazer a avaliação da importância motivacional que existe na
definição da filosofia organizacional que se faz com o estabelecimento da Visão, do Negócio organizacional,
da Missão, dos objetivos estratégicos e das metas individuais.
PROCESSO MOTIVACIONAL

Os motivos biológicos

A concepção do homem como um produto social deixa lugar para os impulsos fisiológicos básicos –
que são as exigências mínimas para a sobrevivência biológica. Por exemplo, a necessidade de alimento é
satisfeita em todas as sociedades, mas a maneira específica pela qual entra no quadro da motivação do
indivíduo, é determinada pela sociedade que varia amplamente de cultura para cultura, de época para época.
O que se considera realmente básico quanto à motivação, é um conjunto de impulsos biológicos, e
esses impulsos estão relacionados com as exigências fisiológicas do corpo e a sua sobrevivência: exigência de
alimentação, água, oxigénio, afastamento de estímulos dolorosos e outros semelhantes.
A ação motivada foi, em grande parte explicada e reduzida apenas aos impulsos não despertados: por
exemplo, o esgotamento das substâncias alimentares no corpo do animal leva a um estado de inquietação; ele
age, encontra e come o alimento. Quando o seu corpo está satisfeito, o seu impulso reduz-se.
O homem, assim como o animal, é também concebido como sendo em grande parte conduzido por
instintos biológicos. As tendências biológicas inatas eram às vezes chamadas de instintos, que é mais do que
um impulso inato; o instinto refere-se tanto ao impulso quanto à atividade adequada para satisfazê-lo.

O comportamento motivado

Os comportamentos motivados são aqueles fundamentais para a sobrevivência do indivíduo ou da


espécie, e, portanto, acompanhados de alto grau motivacional, tais como, os comportamentos alimentar,
reprodutor e defensivo. Como exemplo:
- O comportamento humano é causado, ou seja, existe uma causalidade de comportamento. Tanto a
hereditariedade como o meio ambiente influem decisivamente sobre o comportamento das pessoas. O
comportamento é causado por estímulos internos ou externos.
- O comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em todo o comportamento humano. O
comportamento não é causal, nem aleatório, mas sempre orientado e dirigido para algum objetivo
- O comportamento humano é orientado para objetivos pessoais. Subjacente a todo comportamento
existe sempre um impulso, um desejo, uma necessidade, uma tendência, expressões que servem para designar
os motivos do comportamento.

Os motivos sociais

Durante o processo emocional, o homem apresenta certas necessidades sociais, aprendidas durante o
processo de socialização do indivíduo e que dominam a maior parte de seu comportamento diário.
O homem aprende as formas de viver da sua cultura ao procurar satisfazer as necessidades básicas.
Interioriza os costumes, os rituais, os valores da sua sociedade, e a sua estrutura motivacional é formada,
fundamentalmente, por essas influências sociais. Por isso dá-se aos impulsos biológicos o papel mínimo que
permite a sobrevivência do organismo, e tudo o mais é concebido como socialmente determinado.
As origens dos seus motivos estão nas exigências do seu grupo social; o homem reflete a sua cultura,
os seus motivos, desejos, objetivos, as suas intenções e tudo isto é o reflexo das necessidades da sociedade. O
homem é um animal social, assim como um animal biológico. Assim como houve uma seleção natural do
processo evolutivo que produziu o ser humano com motivações humanas, também, possivelmente, existiu
uma seleção e uma evolução sociais, nas quais a natureza humana chega a ser tal que as sociedades sobrevivem
e realizem as funções da vida grupal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://psicologiasolta.webnode.com.pt/news/processo-perceptivo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria
http://psicologiacop.blogspot.com.br/p/memoria.html
http://www.webartigos.com/artigos/a-memoria-e-a-sua-influencia-no-processo-de-aprendizagem/83381/
http://psicologiab-jml.blogspot.com.br/2012/02/memoria-e-esquecimento.html
http://knoow.net/ciencsociaishuman/psicologia/atencao/
http://www.portaldapsique.com.br/Dicionario/S.htm
https://www.verywell.com/perception-and-the-perceptual-process-2795839
http://www.fabiosampa.com.br/index.php/motivacao/9-motivacao-e-a-piramide-de-maslow
http://psicoativo.com/2015/11/tipos-de-motivacao-psicologia.html
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/a-psicanalise-e-a-motivacao-humana-maslow-e-as-
necessidades-humanas-ii-parte/56100/
http://rotasfilosoficas.blogs.sapo.pt/2117.html
https://sites.google.com/site/estudodefilosofia/directory

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