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Universidade Federal de Santa Catarina

Centro Sócio-Econômico
Departamento de Ciências da Administração

ALTAIR CAMARGO
DANIELA GONÇALVES
JULYANNA VERAS
MATHEUS CUNHA
THALITA BEZ BATTI

Política Antitruste

Florianópolis
Junho, 2010
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro Sócio-Econômico
Departamento de Ciências da Administração

ALTAIR CAMARGO
DANIELA GONÇALVES
JULYANNA VERAS
MATHEUS CUNHA
THALITA BEZ BATTI

Política Antitruste
Trabalho de Graduação apresentado na
disciplina Introdução a Economia de
Empresas, no curso de Administração da
Universidade Federal de Santa Catarina, no
primeiro semestre de 2010.

Professora: Reginete Panceri

Florianópolis
Junho, 2010

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2 POLÍTICA ANTITRUSTE....................................................................................................5
2.1 DEFINIÇÃO .........................................................................................................................5
2.2 CARACTERÍSTICAS ..........................................................................................................5
2.3 PREÇO E PRODUÇÃO .......................................................................................................5
2.4 BARREIRAS À ENTRADA ................................................................................................6
2.5 INTERDEPENDÊNCIA ENTRE AS EMPRESAS..............................................................6
2.6 REGULAÇÃO ......................................................................................................................7
3 CONCLUSÕES ......................................................................................................................8
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................9

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1 INTRODUÇÃO
É comum a existência de medidas tomadas por grandes empresas e corporações com a
intenção de controlar o mercado e criar elementos que sejam favoráveis somente aos seus
interesses. Com a intenção de impedir o abuso das firmas poderosas sobre os pequenos
concorrentes, foram criadas medidas governamentais que tentam promover a livre
concorrência, as chamadas Políticas Antitruste.
Neste trabalho, essas políticas serão brevemente definidas e caracterizadas. Além disso, serão
comentadas as suas regulamentações no Brasil e, também, serão expostos em tópicos fatores
presentes nos “alvos” dessas medidas, como as barreiras a entrada no mercado,
interdependência entre empresas, ou alianças, e a relação de preço e produção para empresas
praticantes de monopólio.

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2 POLÍTICA ANTITRUSTE

2.1 DEFINIÇÃO
De acordo com Scherer (1980), política antitruste “é a intervenção governamental sobre os
negócios privados, visando harmonizar os interesses públicos, com a busca, legítima, da
maximização de resultados das empresas, na presença do poder de monopólio”. É, portanto,
um conjunto de leis e políticas econômicas que visam defender a população de práticas
abusivas - como o aumento descontrolado de preços ou a restrição de produtos a algum
mercado - de empresas que detenham algum tipo de monopólio.

2.2 CARACTERÍSTICAS
A política antitruste foi um dos primeiros meios utilizados pelo poder público para diminuir
os abusos cometidos pelas grandes empresas. De acordo com ela, ficam proibidos acordos
para a fixação e distinção do preço e acordos vinculativos. Outro objetivo dela é proibir as
empresas de agirem de forma anticompetitiva, excluindo o concorrente.
As leis antitruste foram baseadas em princípios, que são: liberdade de comercio e de industria,
igualdade, não-discriminação, transparência do mercado, analise econômica do Direito, regra
da razão e interesse geral. Seu principal objetivo é dar ao Poder Público mecanismos de
controle e combate a atividades ilícitas dentro do mercado.
As políticas antritruste, em geral, existem para promover a livre concorrência, a livre
iniciativa, maior eficiência alocativa de recursos e desenvolvimento do parque industrial,
resolvendo falhas de mercado.

2.3 PREÇO E PRODUÇÃO


Em um modelo de concorrência perfeita, as empresas seriam tomadoras de preços, já que suas
curvas de demanda seriam horizontais: teriam sempre que vender por um preço determinado
pela demanda (um preço acima da curva traria demanda zero e, abaixo, traria demanda
infinita). No sentido oposto, quando há o monopólio, uma única empresa é formadora de
preços. Nesse caso, a quantidade produzida é menor do que aquela em concorrência perfeita
e, consequentemente, o preço praticado no mercado é mais elevado.

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O órgão regulador deve avaliar os lados positivos e negativos dessa concentração de mercado.
Os ganhos de eficiência, como a elevação de qualidade e/ou quantidade; inovações
tecnológicas ou reduções de custos proporcionadas pelas economias de escala podem
compensar as desvantagens geradas para a população. A aplicação de leis antitruste nesses
casos induziria a permanência de situações de ineficiência nos mercados e, assim, obter
resultados contrários aos interesses sociais.

2.4 BARREIRAS À ENTRADA


Estratégias anticompetitivas podem criar barreiras à entrada de novas empresas no mercado,
cuja função, embora temporárias, é evitar a perda de posição dominante no médio e longo
prazos.
Essas medidas são, esporadicamente, utilizadas por grandes empresas que têm grande
controle sobre o mercado na tentativa de acabar ou retardar as ameaças oriundas da formação
de novos concorrentes mais capazes e perigosos.
Com isso, pode ser considerada errônea a classificação de uma empresa como realizadora de
monopólio se essas barreiras são perceptivelmente pequenas, pois quando não existem
entraves aparentes a entrada no mercado, significa que não existem indivíduos com poder
suficiente sobre ele que, usando sua influência, impediriam a pluralização do mercado e a
prática de uma concorrência saudável.
A análise das barreiras a entrada no mercado é utilizada como ferramenta para proteger a
concorrência e regular as ações das empresas, como as fusões e compras, que possam ter a
intenção de criar um ambiente anticompetitivo.

2.5 INTERDEPENDÊNCIA ENTRE EMPRESAS


Num ambiente de globalização e interdependência dos mercados a nível internacional, com a
crescente dimensão dos recursos absorvidos pelas pesquisas e pelo desenvolvimento,
especialmente caracterizado pelo surgimento de um novo paradigma tecnológico, o
paradigma das tecnologias de informação, o recurso aos acordos de cooperação pretende
representar respostas estratégicas aos desafios de tal ambiente, que podem ser resumidos em
incertezas e instabilidades crescentes, no incremento da competição internacional e na queda
das tradicionais barreiras à entrada.

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Em contexto de forte competição internacional e de mudanças tecnológicas, os acordos de
cooperação são vistos como uma forma organizativa intermediária de desenvolvimento das
empresas no âmbito de uma alternativa entre desenvolvimento interno e recurso às transações
de mercado. Para as grandes empresas multinacionais, há forte tendência em direção ao
desenvolvimento de fixas redes de alianças, integrações e projetos com outras empresas
autônomas.

2.6 REGULAÇÃO
No Brasil, a política antitruste é regida pela lei nº 8884/1994, que “dispõe sobre a prevenção e
a repressão às infrações contra a ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de
liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos
consumidores e repressão ao abuso do poder econômico.” Ela foi criada para atender o
mandamento constitucional da regulamentação da atividade econômica e financeira, no que se
refere à repressão do abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros, prevendo a participação do
Ministério Público nos processos de prevenção e repressão às infrações contra a ordem
econômica.
De acordo com essa lei, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), juntamente
com o Ministério Público Federal, fica incumbido de averiguar a existência de abusos do
poder econômico, promover o julgamento das infrações e requerer ao Poder Judiciário, em
certos casos, a aplicação das sanções.

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3 CONCLUSÕES
Em relação a Política Antitrustre, concluímos que a intervenção do governo nos negócios
privados é uma ferramenta muito importante e eficiente para o controle do mercado. Ela ajuda
a manter o bom funcionamento da economia, evitando que a população (que é o consumidor
final de todos os produtos) sofra com práticas abusivas que poderiam ser cometidas por
grandes empresas caso as leis não existissem, e também promovendo a livre concorrência.
Com elas, os Estados tem o poder de prevenir para que nada que possa comprometer o
mercado aconteça, e, se for necessário, pode punir quem o fizer.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 8884, de 11 de junho de 1994. Transforma o Conselho Administrativo de


Defesa Econômica (Cade) em Autarquia, dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações
contra a ordem econômica e dá outras providências. Disponível em <http://
www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L8884.htm>.

FAGUNDES, José; PONDÉ, João Luiz. Barreiras à Entrada e Defesa da Concorrência:


Notas Introdutórias. Disponível em <http://www.ie.ufrj.br/grc/pdfs/
barreiras_a_entrada_e_defesa_da_concorrencia.pdf>. Acesso em: 29 jun 2010.

FEITOSA, Maria Luiza Pereira de Alencar Mayer. Acordos de cooperação entre empresas e o
efeito rede. Disponível em <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3098> Acesso em:
29 jun 2010.

FORGIONI, Paula A. Os fundamentos do antitruste. 2. ed. São Paulo: Revista dos tribunais,
2005.

SCHERER, F. M. Industrial market: structure and economic performance. Boston:


Houghton Mifflin, 1980.

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