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O legado educacional do “longo século XX” brasileiro -

Dermeval Saviani

Por Amanda Trindade Diniz


O autor inicia o texto explicando como chegou a esse recorte: Pesquisando
sobre a história da educação e da pedagogia e percebendo as subdivisões
mais recorrentes. Alguns falam sobre a educação primitiva, oriental, no
antigo Egito, no século XVII, XVIII, XIX e XX. Porém o autor optou pela
análise das experiências ligadas ao recorte do século XX. Utilizando duas
referência sobrepostas sobre este longo século, segundo Giovani Arrighi ou
sobre esse breve século, como denuncia Eric Hobsbaum. A preferência das
idéias usadas pelo autor é escancarada pelo título.
Contexto Brasileiro: Segundo Arrighi, os séculos se sobrepõem em suas
fases iniciais e finais. Nas últimas três décadas do século XIX, no Brasil,
especialmente quando a literatura (poesia) ajustou seus registros aos novos
tempos: Escravidão (que teve sua abolição em 1888)
Implantação da república em ‘89
Questões religiosas
Questões militares
- A emancipação da mulher, a democracia, o trabalho e a distribuição de
riqueza...
1880-1990 – “tomada de consciência realista” Machado de Assis, João
Ribeiro, José Veríssimo...
1. Para uma história da escola pública no Brasil
Na tarefa de reconstruir a história da escola pública no Brasil, se defrontou
com a questão chave referente a periodização. Em grande parte da biografia
sobre o assunto, as divisões são feitas em referência a momentos políticos.
Porém são vislumbradas periodizações de um viés interno as mudanças
sucedidas no processo educativo. A escola pública é um grande passo, uma
vez que, até o surgimento da pedagogia pombalina em 1759, apesar de
funcionar com incentivos estatais estava sujeita a uma ordem privada, dos
jesuítas.
(Saviani, pg. 16 e 17)

Dividi-se, então, a história da educação pública brasileira durante o longo


século XX em 3 partes. Começando ainda no século XIX, de 1890 a 1931,
a primeira parte do processo acontece com o surgimento de escolas
graduadas e do ideário iluminista republicano. A segunda parte refere-se ao
movimento regulatório do ensino e do ideário pedagógico renovador, que
acontece entre 1930 e 1961. A terceira é referente ao processo de unificação
normativa da educação nacional e a concepção produtivista da escola que
vai do período de 1961 – 1996.
São discutidos nessa parte os movimentos políticos e sociais que inferiram
na educação brasileira, tentando compreender as formas que esses
movimentos propuseram à educação.
Os processos de urbanização e industrialização do Brasil trouxeram
incremento populacional e econômico, tendo que adequar seu sistema
educacional a essas grandes mudanças. Porém encontram-se dificuldades
de se avaliar o processo educacional. Através do exemplo abaixo podemos
entender como o critério de analfabetismo nos dá resultados confusos.

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