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Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da linguagem gráfica do Desenho
Técnico exige treinamento específico, porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas
tridimensionais.
• Fechando os olhos pode-se ter o sentimento de forma espacial de um objeto conhecido (copo, um
determinado carro, sua casa etc..).
• A visão espacial permite a percepção (o entendimento) de formas espaciais sem estar vendo, fisicamente, os
objetos.
• A habilidade de percepção das formas espaciais, a partir das figuras planas, pode ser desenvolvida através de
exercícios progressivos e sistematizados.
Introdução
A Origem do Desenho Técnico
No século XVII o matemático francês Gaspar Monge criou, utilizando projeções ortogonais, um sistema com
correspondência entre os elementos do plano e do espaço, chamado de Geometria Descritiva.
Para transformar o Desenho Técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus procedimentos
através de normas técnicas que são seguidas e respeitadas internacionalmente.
Cada país elabora suas normas técnicas que são acatadas em todo o seu território.
No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Os órgãos responsáveis pela normalização em cada país criaram a Organização Internacional de Normalização –
ISO.
As normas que regulam o Desenho Técnico são normas editadas pela ABNT e estão em consonância com as
normas internacionais aprovadas pela ISO.
Tipos de Desenho Técnico
• O desenho técnico é dividido em dois
grandes grupos:
Desenho Mecânico
Desenho de Máquinas
O desenho projetivo aparece
com vários nomes que Desenho de Estruturas
correspondem à alguma Desenho Arquitetônico
utilização específica: Desenho Elétrico/Eletrônico
Desenho de Tubulações
Formas de Elaboração e
Apresentação do Desenho Técnico
Parte 1: Tolerâncias para dimensões lineares e angulares sem indicação de tolerância individual
ABNT NBR ISO 2768-2:2001
Tolerâncias gerais
Parte 2: Tolerâncias geométricas para elementos sem indicação de tolerância individual
ABNT NBR 6409:1997
Tolerâncias geométricas - Tolerâncias de forma, orientação, posição e batimento - Generalidades, símbolos, definições e
indicações em desenho
Definição de Projeção Ortogonal
(do grego ortho = reto + gonal = ângulo)
Toda superfície paralela ao plano de Quando a superfície é perpendicular As arestas resultantes das
projeção se projeta neste plano ao plano de projeção a projeção interseções de superfícies são
exatamente na sua forma e em sua resultante é uma linha. representadas por linhas.
verdadeira grandeza.
Como Utilizar as Projeções Ortogonais?
Isto acontece porque a terceira dimensão, de cada sólido, está escondida pela projeção ortogonal.
Como Utilizar as Projeções
Ortogonais? Para fazer aparecer a terceira dimensão é necessário fazer uma
segunda projeção ortogonal olhando os sólidos por outro lado.
Olhando por cima e projetando em um plano
horizontal
Projeções Resultantes
Cada par de projeções
ortogonais corresponde a
Fazendo-se o rebatimento do plano horizontal até a formação de um um sólido visto por direções
único plano na posição vertical. diferentes.
Fazendo o raciocínio inverso, pode-se obter, a partir das figuras planas, o
entendimento da forma espacial de cada um dos sólidos representados.
Como Utilizar as Projeções Ortogonais?
As projeções ortogonais de um objeto visto por lados diferentes e
desenhadas em um único plano representam as suas três dimensões.
Comprimento
Altura
Largura
Duas vistas, apesar de representarem as três As projeções ou vistas resultantes do
dimensões, podem não ser suficientes para paralelepípedo também correspondem às
definir a forma do objeto desenhado. projeções de um prisma triangular.
Como Utilizar as Projeções
Ortogonais? Uma forma mais simples de raciocínio é obter as vistas (projeções resultantes)
fazendo o rebatimento direto da peça que está sendo desenhada.
Mais uma vez se conclui que duas vistas, apesar de representarem as três
dimensões do objeto, não garantem a representação da forma da peça.
Como Utilizar as Projeções
Ortogonais? A representação da forma do objeto é definida com a utilização de
uma terceira projeção feita em um plano lateral.
VISTA LATERAL
ESQUERDA
VISTA DE
FRENTE
VISTA
SUPERIOR
Observe nos desenhos abaixo que, utilizando três vistas, não existe
mais indefinição de forma espacial; cada conjunto de vistas
corresponde somente a uma peça.
Como Utilizar as Projeções
Ortogonais? Cada superfície que compõem a forma espacial de
uma peça estará representada em cada uma das três
projeções ortogonais.
Conclusão:
Conclusão:
O plano “B”, sendo paralelo ao plano horizontal de projeção,
aparece na vista superior na sua forma e em sua verdadeira
grandeza, enquanto que, nas vistas frontal e lateral o plano “B” é
representado por uma linha devido à sua perpendicularidade
aos respectivos planos de projeção.
Como Utilizar as Projeções
Ortogonais? Cada superfície que compõem a forma espacial de uma
peça estará representada em cada uma das três
projeções ortogonais.
Conclusão:
O plano “E”, sendo paralelo ao plano lateral de projeção,
aparece na vista lateral na sua forma e em sua verdadeira
grandeza, enquanto que, nas vistas frontal e superior o plano
“E” é representado por uma linha devido à sua
perpendicularidade aos respectivos planos de projeção.
Como Utilizar as Projeções Ortogonais?
As vistas são alinhadas verticalmente e horizontalmente.
TC/TS – 01.1
Resolver:
TC/TS – 01.2
TC/TS – 01.3
TC/TS 01.3
Dada a perspectiva e a vista de frente, esboçar as vistas superior e lateral esquerda.
Passo 1
Utilizando linhas finas e leves, transportar para baixo e para a direita as dimensões
definidas na vista de frente.
Passo 2
Ainda utilizando linhas finas e leves e também respeitando as proporções da
perspectiva, definir a largura da peça na vista superior.
Passo 3
Também com linhas finas e leves transferir a largura definida na vista superior para
a vista lateral esquerda.
Passo 4
Reforçar as linhas que irão compor as duas vistas.
Passo 5
Apagar as linhas guias utilizadas na construção das vistas.
TC/TS 01.1
Completar o desenho colocando as linhas faltantes.
TC/TS 01.1
Completar o desenho colocando as linhas faltantes.
TC/TS 01.2
Desenhar a vista lateral.
TC/TS 01.2
Desenhar a vista lateral.
MATERIAL PARA DESENHO
•Lapiseira – Para trabalhar com desenho técnico a lapiseira é melhor que o lápis pois mantém uma espessura
uniforme durante o traçado, eliminando a tarefa de preparo da ponta.
RéguaT
Régua paralela
MATERIAL PARA DESENHO
PRANCHETA - O mais importante é que possibilite uma correta postura ergonômica
para o desenhista, assim como a iluminação adequada em intensidade e direção.
MATERIAL PARA DESENHO
IMPORTANTE!!!
Lista de materiais mínima que usaremos nas nossas atividades:
•Folhas A4
•Lapiseira com grafite HB 0,5 (OU 0,7) milímetro;
•Lápis 2B ou 2HB (preferencialmente)
•Borracha macia para desenho;
•Compasso com grafite;
•Régua graduada de trinta centímetros, em acrílico ou plástico transparente;
•Par de esquadros (30°- 60° e 45°), tamanho médio, em acrílico ou plástico transparente;
FORMATO PAPEL A0
Formato Dimensão Margens
A0 841 x 1189 10
A1 594 x 841 10 A1
A2 420 x 594 7
A3 297 x 420 7
A4 210 x 297 7
1189
OBS.: A margem esquerda sempre será de 25 mm
A3
10
7
25
25
Formato A1 10 Formato A4
297
594
7
10
7
841 210
Data Nome
1 – Nome da repartição, firma ou empresa;
Desc.
Cop.
Firma 2 – Título do desenho;
Visto
Escala
3 – Escala;
Assinatura do chefe
H
em substituição de:
responsável Substituido por: 4 – Número do desenho;
L
6 – Número da peça, quantidade, denominação,
material e dimensões em bruto.
Formatos L H
A0 e A1 175 50 7 – Simbologia do diedro.
A2, A3 e A4 178 35
RÓTULO OU LEGENDA