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TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDIBULAR

Princípios básicos para técnica anestésica:

1. Administrar de forma indolor ou atraumática;


2. Usar agulha estéril e afiada;
3. Verificar o fluxo da solução anestésica;
4. Verificar tempo de solução anestésica;
5. Posicionar corretamente o paciente (60 graus);
6. Secar o local da aplicação;
7. Aplicar anti-septico;
8. Aplicar anestésico tópico (1-2 mm);
9. Estabelecer apoio firme para a mão;
10. Tensionar o tecido;
11. Manter a seringa fora da linha de visão do paciente;
12. Introduzir a agulha na mucosa;
13. Avançar em direção ao local;
14. Infiltrar anestésico (antes do periósteo);
15. Infusão lenta;
16. Retirada lenta da seringa.

Recomendações: direção do bisel, não alterar a direção dentro do tecido e não dobrar a agulha.

 TERMINAIS SUPERFICIAIS:
o Por compressão;
o Por refrigeração;
o Por pulverização;
o Por fricção;
o Tópica.
 TERMINAIS INFILTRATIVOS:
o Supraperiosteal;
o Intraseptal (papilar);
o Intraligamentar;
o Intrapulpar.
 POR BLOQUEIO:
o Regionão troncular.

- A anestesia terminal infiltrativa intrapulpar é realizada com agulha curta ou longa de calibre 25 ou 27. É uma técnica de
anestesia complementar, em que a solução anestésica é depositada diretamente no tecido pulpar do dente, com penetração
da agulha pela câmara até o canal radicular. Obrigatoriamente, deverá haver exposição pulpar para possibilitar sua execução.
Essa anestesia é bastante útil nos casos de exodontias com odontossecção, em que a dor persiste mesmo após outras técnicas
serem realizadas.

- A anestesia terminal infiltrativa intraligamentar ou injeção no ligamento periodontal é realizada com agulha curta de
calibre 27. O profissional deve depositar a solução anestésica, sob pressão, diretamente no espaço periodontal do dente a ser
anestesiado. A agulha deve ser introduzida paralelamente ao longo eixo da raiz, com seu bisel voltado para esta. A injeção é
realizada entre a mucosa e a raiz, devendo encontrar a crista óssea do processo alveolar para, então, ser introduzida no espaço
periodontal. A seguir, sob forte pressão no êmbolo, injetam-se algumas gotas, e a microcirculação transporta facilmente o
agente anestésico até o ápice dentário e pelo forame até a câmara pulpar.

O efeito da anestesia intraligamentar abrange periodonto, ápice radicular e polpa dentária. Pode ser usada para a anestesia
dos filetes nervosos do ligamento periodontal, quando há uma inflamação e permanece a sensibilidade, embora toda a região
esteja anestesiada. Não é indicada para dentes deci ́duos próximos a germes de dentes permanentes.

- A anestesia intra-septal ou papilar é utilizada agulha curta, e é anestwsiado no centro da papila. Sua direção é reta, e a
profundidade da agulha é de 2 mm, até o osso. A quantidade utilizada de um tubete é de 0,2 ml (1/9).

- A anestesia intra-óssea é feita com uma agulha especial ou osteotomia. O local a ser anestesiado é o osso alveolar, a direção
da agulha é com o ângulo reto e a quantidade utilizada de anestésico é de 0,2 ml (1/9 do tubete).

 BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR/ Técnica de Halstead:


Esta é uma técnica particularmente útil para a odontologia de quadrantes.

o Nervos anestesiados: alveolar inferior – ramo da divisão posterior da divisão mandibular do nervo trigêmeo; nervo
incisivo, mentual e lingual;

o Áreas anestesiadas: dentes mandibulares até a linha média; corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula;
mucoperiósteo bucal,Membrana mucosa anteriormente ao forame mentual (nervo mentual);
Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral (nervo lingual);

o Indicações: procedimentos em múltiplos dentes mandibulares em um só quadrante; casos em que é necessária a


anestesia dos tecidos moles bucais, casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles linguais.

Área alvo: nervo alveolar inferior ao descer em direção ao forame mandibular. ¾ de distancia do ramo mandibular para a
rafe pterigomandibular,

O paciente abre bem a boca, e o profissional coloca o polegar da mão sem a seringa na boca do paciente, no processo
coronoide da mandíbula; o dedo indicador situa-se extraoralmente, na mesma altura da margem posterior do ramo. A
seringa é introduzida até o ponto de penetração da agulha entre os dentes pré-molares inferiores do lado oposto. O ponto
de penetração da agulha situa-se entre a linha oblíqua interna da mandíbula (que foi palpada pelo polegar do profissional
antes de situá-lo no processo coronoide) e a rafe pterigomandibular (que é visível). A altura de penetração da agulha é a
metade do trajeto até a unha do polegar do profissional. Uma agulha longa, de 35 mm, que não tenha calibre inferior a 27 G
é utilizada e avançada até tocar o osso; isso geralmente ocorre ao redor de 25 mm de inserção. Após tocar o osso, a agulha é
ligeiramente tracionada para fora, a aspiração é realizada e 1,5 a 2,0 mℓ de solução são depositados lentamente. OBS: A
inserção é basicamente 1 cm acima do plano oclusal.

A profundidade de penetração e de 10 a 25 mm. Depois, recuar ½ da agulha para anestesiar o nervo lingual. Utiliza em torno
de 0,2 ml.

 BLOQUEIO DO NERVO BUCAL:


É um nervo da divisão anterior do ramo mandibular. O nervo bucal proporciona inervação sensorial aos tecidos moles
bucais adjacentes tão somente aos molares mandibulares. Ou seja, a indicação para a administração desta anestesia é nos
casos em que se considera a manipulação desses tecidos (ex: raspagem ou curetagem, cáries subgengivais
, e entre outros).

o Nervo anestesiado: bucal (um ramo da divisão anterior do nervo mandibular);

o Área anestesiada: tecidos moles e periósteo bucal dos dentes molares mandibulares;

o Indicações: casos em que a anestesia dos tecidos moles bucais é necessária para procedimentos dentários na região
molar mandibular;
o Área de inserção: membrana mucosa distal e bucal em relação ao dente molar mais distal no carco;

o Área alvo: nervo bucal ao passar sobre a borda anterior do ramo da mandíbula.

o Marcos: molares mandibulares, prega mucobucal;

o Orientação do bisel: em direção ao osso.

É recomendada uma agulha longa de calibre 25 ou 27. Isso é usado mais


Frequentemente porque o bloqueio do nervo bucal é administrado em
geral imediatamente após um bloqueio do nervo alveolar inferior.
A agulha longa é indicada devido ao local de depósito posterior,
e não à profundidade de inserção tecidual.

A seringa fica alinhada paralelamente ao plano oclusal no lado da injeção, mas bucal a ele. Distal e bucalmente ao último
molar.

 TÉCNICA DO BLOQUEIO DO NERVO MANDIBULAR: A TÉCNICA DE GOW-GATES:


O nervo alveolar inferior, o lingual, o milo-hióideo, o mentual, o incisivo, o auriculotemporal e o bucal são todos bloqueados
pela injeção de Gow-getes.
o Nervos anestesiados: alveolar inferior; mentual; incisivo; lingual; milo-hióideo; auriculotemporal; bucal (75% dos
pacientes).
o Áreas anestesiadas:
 Dentes mandibulares até a linha média;
 Mucoperiósteo e membranas mucosas bucais do lado da injeção;
 Dois terços anteriores da língua e assoalho da cavidade oral;
 Tecidos moles e periósteo da língua;
 Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula;
 Pele sobre o zigoma, parte posterior da bochecha e regiões temporais.

o Indicações:
 Múltiplos procedimentos nos dentes mandibulares;
 Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles bucais, do terceiro molar até a linha média;
 Casos em que é necessária a anestesia dos tecidos moles linguais;
 Casos em que um bloqueio do nervo alveolar inferior não é bem sucedido.

o Área de inserção: membrana mucosa na parte mesial do ramo da mandíbula, numa linha de incisura intertrágica até o
canto da boca, imediatamente distal ao segundo molar maxilar;
o Área alvo: aspecto lateral do colo condilar,, logo abaixo da inserção do músculo pterigoide lateral.
o Marcos:
 Extraoralmente:
- Borda inferior do trago  Centro do meato auditivo;
- Canto da boca;
 Intraoral:
- Altura da injeção estabelecida pela colocação da ponta da
Agulha logo abaixo da cúspide mesiopalatina do segundo
Molar maxilar;
- Penetração dos tecidos moles num ponto imediatamente
Distal ao 2 molar maxilar como a altura estabelecida na etapa
Precedente

 Indicação de agulha longa. Direção do bisel sem


importancia. Caso não haja contato com o osso, retirar
um pouco e redireciona-la. Quando encostar no osso,
retirar 1 mm. Volume de 1,8 ml de anestésico.
 BLOQUEIO DO NERVO INCISIVO:
É um ramo terminal do nervo alveolar inferior. Os pré-molares, os caninos e os incisivos laterais e centrais, incluindo
seus tecidos moles e o osso, são anestesiados nessa técnica (o segundo pré-molar pode não ser anestesiado por essa
técnica se o forame mentual se situar sob o primeiro pré-molar). Os tecidos moles linguais não são anestesiados nessa
técnica.
o Nervos anestesiados: mentual e incisivo;

o Áreas anestesiadas:
 Membrana mucosa bucal anterior ao forame mentual, geralmente do 2 pre-molar até a linha média;
 Lábio inferior e pele do queixo;
 Fibras nervosas pulpares aos pré-molares, ao canino e aos incisivos.

o Indicações: procedimentos envolvendo a anestesia pulpar em dentes mandibulares anteriores ao forame


mentural; e casos em que o BNAI não está indicado;

o Área de inserção: prega mucobucal no forame mentual ou imediatamente anterior a ele;

o Área alvo: forame mentual, através do qual o nervo mentual sai e no interior do qual o nervo incisivo está
localizado;

É ultilizado agulha curta. O bisel é voltado ao osso. Para localizar o forame mentual, ele é geralmente encontrado no
ápice do segundo pré-molar.

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