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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA – UCB

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO-PRG
TRABALHO CONCLUSÃO DE CURSO
CURSO DE PSICOLOGIA

UM ENSAIO SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DA APOSENTADORIA PARA O


INDIVÍDUO NA TERCEIRA IDADE.

VIRGINIA MARIA DE AGUIAR SILVA

Monografia apresentada ao Curso de


Psicologia da Universidade Católica de
Brasília como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Bacharel em Psicologia.

Professora Orientadora: Drª Carmen Jansen de Cardenas


Professor Examinador: Dr. Roberto de Menezes

BRASÍLIA – DF
2º/2014
Nenhum trabalho é realizado sem a
colaboração de pessoas amadas e
queridas para as quais tenho o prazer
de dedicar essa pesquisa.
AGRADECIMENTOS

Concluir essa etapa da minha vida faz parte de um sonho, do qual dependem
tantos outros... Além do esforço próprio para ter vencido mais esse desafio, quero
manifestar os meus agradecimentos àquelas pessoas que “sempre foram” especiais e
aquelas que “se tornaram” especiais, ao longo desta caminhada.
Agradeço em primeiro lugar a Santíssima Trindade, pois sem ela não conseguiria
encontrar forças para continuar.
Agradeço aos meus pais com 80 e 85 anos até o momento, nos quais me
inspirei para desenvolver este trabalho.
Agradeço aos meus amados irmãos e filhos, ao meu querido genro e a minha
linda netinha Alice, que teve a paciência de esperar a oportunidade de conhecê-la
pessoalmente, com o objetivo de concluir esta fase da minha vida.
Agradeço a todos os meus familiares e colegas de trabalho. Aos professores da
Economia que sempre me incentivaram e ao corpo docente de Psicologia que me
apoiou nas minhas dificuldades e limitações, principalmente a professora Ana Beatriz,
minha orientadora de TCC I e à professora Carmem Janssen, minha orientadora de
TCC II. Agradeço também a gentileza do professor Bob em aceitar o convite para
compor a minha banca.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 06
2. MÉTODO........................................................................................................... 09
3. ENSAIO............................................................................................................................ 10
4. CONCLUSÃO..................................................................................................... 21
5. REFERÊNCIAS................................................................................................................... 22
RESUMO

AGUIAR. Virgínia Maria de. Um estudo teórico sobre as consequências da


aposentadoria para o individuo na terceira idade. Brasília. DF. 2014. Monografia
(Graduação em Psicologia) – Universidade Católica de Brasília. Novembro de
2014. Professor (a) orientador (a): Drª Carmen Jansen de Cardenas

A aposentadoria está associada ao envelhecimento e de certa forma reflete em um


evento de transição de vida para o individuo que está na terceira idade.

Aguardada ansiosamente por muitos e temida por outros tantos, a aposentadoria é sem
dúvida um momento marcante na vida daqueles que alcançam a Terceira Idade. Os
efeitos do afastamento do trabalhador de sua rotina de décadas acontecem de
diferentes formas para cada sujeito e de alguma forma afeta a sua estrutura
psicológica. Para uma parcela daqueles que se aposentam o Trabalho é visto como
algo prazeroso, que gera satisfação, enquanto para outros se apresenta como apenas
uma forma de sobrevivência, a garantia de sua dignidade.

As categorias evidenciadas nestes artigos constataram que o rompimento com o


trabalho pode vir a trazer sintomas variados como depressão, ansiedade, irritabilidade e
o sentimento de menos valia. Já para outros pode ser encarada como um momento de
satisfação, uma fase de descanso e preparação para um novo modo de vida, onde o
idoso passa assumir novos papéis. A aposentadoria traz mudanças significativas e
dependendo de suas expectativas poderá ser classificada como um fator positivo ou
negativo e ter grande influencia para a qualidade de vida do individuo na terceira idade.

Palavras- chave: aposentadoria, saúde emocional, trabalho, qualidade de vida

na terceira idade.

.
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INTRODUÇÃO

A terceira idade ou maturidade é uma etapa da vida permeada por grandes


mudanças físicas, psicológicas, econômicas e outras. Ultimamente os idosos possuem
uma maior possibilidade de se cuidar, e com isso retardar e tratar os danos causados
pela idade. Esses idosos estão cada vez mais conscientes da necessidade de
adotarem hábitos e estilo de vida mais saudáveis. (TEIXEIRA,2008).
A maior acessibilidade transmitida pelos meios de comunicação a respeito das
doenças que acometem a terceira idade e o que devem fazer para a prevenção
também contribui e muito para aquisição de hábitos saudáveis.
O envelhecimento é definido como um processo multidimensional quando
apresenta três indicadores para se apresentar de forma saudável: baixo risco de
doenças e de incapacidades funcionais; funcionamento mental e físico excelentes; e
envolvimento ativo com a vida. (Baltes & Baltes, 1990)
Um dos aspectos associados ao processo de envelhecimento é a
aposentadoria que simboliza também a transição de uma nova fase de vida para o
indivíduo na terceira idade. A aposentadoria pode trazer mudanças significativas, e
dependendo de suas expectativas poderá ser caracterizada como um fator positivo ou
negativo (TAVARES, 2007).
Conforme a Constituição Federal (BRASIL, 1988), a concessão da aposentadoria
poderá se dar por razão compulsória, voluntária e/ou por invalidez permanente. Os
requisitos e exigências para usufruir o benefício da aposentadoria variam de acordo
com a história de vida de trabalho de cada segurado, seja no meio urbano ou rural. Os
proventos são geralmente proporcionais ao tempo de contribuição e serviço, baseados
em tetos salariais que determinam o seu valor (MAGALHÃES, 1995).
O ultimo censo demográfico brasileiro, constatou que mais de 21 milhões de
brasileiros são idosos, ou seja, estão acima dos 60 anos de idade: Os dados divulgados
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2013, apontam que os
idosos no Brasil deverão representar cerca de 26,7% da população (58,4 milhões de
idosos para uma população de 218 milhões de pessoas .Os dados desse estudo estão
baseados no Censo Demográfico e projetam que até 2020, o Brasil ganhará mais 4,9
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milhões de aposentados. O envelhecimento da população acima dos 60 anos se


relaciona com a diminuição da fecundidade.
Levando em consideração o fato do individuo está acostumado a uma rotina, a
aposentadoria consiste numa ruptura abrupta entre um período de tempo totalmente
voltado e organizado para o trabalho e um período de tempo livre, que pode resultar
numa verdadeira desorientação subjetiva. Esta transição exige um condicionamento
mental e social que a maioria da população trabalhadora não possui, pois a cessação
da atividade profissional tem como consequência a sua exclusão do mundo produtivo
(EMILIANO, 2005).

Ultimamente o individuo se aposenta muito jovem, pois iniciou a sua vida


profissional muito cedo. Dentro desse contexto, a atividade laborativa ainda é um
importante elemento na construção da identidade pessoal. Exemplo disso é o enfoque
que damos a nossa ocupação profissional quando nos apresentamos a alguém. O
trabalho colabora para a construção do ser social, uma vez que o homem se produz e
reproduz pelo trabalho (RODRIGUES, 2005).

É possível observar que a tendência da maioria das pessoas que se aposentam


na faixa dos 50 anos é continuar trabalhando em outra atividade ou mesmo na mesma
empresa e no mesmo cargo, mesmo após se aposentarem.
Para Vitola (2004) a aposentadoria não pode ser vista apenas como a perda do
papel profissional, mas também como uma etapa de reorganização vital em função da
diminuição do poder aquisitivo da necessidade de preencher o tempo livre e da
reintegração a família.
Em algumas situações a pessoa que se aposenta não se adapta a nova
situação e fica perdida sem saber o que fazer, muitos adoecem em virtude da
ociosidade.
Segundo Rodrigues et al (2005 p.53-62) [...] “se para alguns a aposentadoria é
assimilada de forma positiva proporcionando uma reorganização da vida, para outros é
significativamente prejudicial, podendo afetar sua estrutura psíquica”. Assim, esse
comprometimento cognitivo pode se manifestar através de sentimentos e sintomas
como ansiedade, depressão, irritabilidade e insatisfação generalizada, ocasionando
uma redução da qualidade de vida do idoso.
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Além disso, a aposentadoria pode repercutir indiretamente sobre o


funcionamento cognitivo do idoso, já que em muitos casos, o sujeito que se aposenta
passa por um empobrecimento de suas redes sociais e de atividades diárias. Tais
fatores associados a um compromisso cognitivo são importantes na postergação do
declínio cognitivo, pois quanto maior o engajamento social a estimulação intelectual e
as atividades físicas, menor o risco para a incidência de demência (TAVARES, 2007).
Embora nos dias atuais ainda existam na sociedade várias imagens, estigmas e
preconceitos sobre o envelhecimento, existem também diferentes perspectivas sobre
esta fase do desenvolvimento e aparenta ser uma condição muito mais social do que
natural. A velhice por muitas vezes é considerada como sendo a etapa da melhor idade,
período destinado ao aproveitamento da vida, da busca de prazer e de projetos de vida
não realizados. Uma boa qualidade de vida na velhice não é um atributo do indivíduo
biológico, psicológico ou social, nem uma responsabilidade individual, mas sim, um
produto da interação entre pessoas em mudança, vivendo numa sociedade em
mudança (NERI, 1997).
Porém, algumas vezes o indivíduo deseja chegar a esta etapa, mas quando
não se possui um planejamento do que irá fazer e como será sua vida depois que se
aposentar, ele pode se sentir perdido ou mesmo decepcionado com a nova realidade.
Este ensaio tem como objetivo, compreender as consequências da
aposentadoria para a pessoa na terceira idade.
Considerando esses aspectos apresentados sobre a aposentadoria e as
transformações decorrentes do mundo contemporâneo, o trabalho pretende, ainda,
abordar as etapas da aposentadoria.
A monografia será apresentada em dois capítulos que analisará as categorias
que foram evidenciadas nos artigos consultados. O primeiro capítulo tratará do
processo de envelhecimento humano e os aspectos associados à qualidade de vida
dos idosos. O segundo capítulo apresentará uma reflexão em relação às
consequências da aposentadoria para a vida da pessoa aposentada.
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3. MÉTODO

Trata-se de um ensaio, apoiado na literatura especializada, ou seja, artigos

científicos, monografias, dissertações e teses que investigam as consequências da

aposentadoria para a vida da pessoa idosa, com foco na aposentadoria, na saúde

emocional e na qualidade de vida na terceira idade.


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1. Ensaio

Capitulo I- O processo de envelhecimento humano e aspectos associados à

qualidade de vida dos idosos.

Introdução

Existem várias definições para conceituar a velhice e o idoso. Em geral, é


difundido pela literatura que as pessoas acima de 60 pertencem à terceira idade,
porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o envelhecimento em
quatro estágios: Meia-idade: 45 a 59 anos; Idoso (a): 60 a 74 anos; Ancião (ã) 75
a 90 anos; e Velhice extrema: 90 anos em diante. A faixa etária dos 60 aos 65
anos é considerada um marco referencial em função principalmente do
estabelecimento da idade para o início da aposentadoria.
Historicamente, a velhice era considerada como uma fase da vida em que
apenas ocorriam declínio e perda de capacidades, não fazendo parte do
desenvolvimento pessoal, o que conduziu a que, durante décadas, não houvesse
grande preocupação com o envelhecimento ou investigação sobre o mesmo
(Fonseca, 2006).
A velhice precisa ser vivida e encarada, portanto, como um processo
natural, como as demais fases da vida.
Segundo Fonseca, (2006), apesar de existirem alguns trabalhos sobre a
continuidade do desenvolvimento humano para além da adolescência foi a partir
da 2ª Guerra Mundial que se intensificou o interesse pela investigação do
envelhecimento, devido ao aumento da esperança de vida e consequente
envelhecimento da população.
Desta forma, Fonseca (2006) refere que, nos anos 50 e 60 do século
passado, diversos autores chamaram a atenção para a necessidade de olhar para
o envelhecimento de um ponto de vista dinâmico, independente das etapas de
desenvolvimento anteriormente descritas. Assim, as situações de transição e
adaptação, as alterações do funcionamento individual, as caraterísticas
psicossociais passaram a despertar a atenção dos investigadores.
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Para BALTES (2006), o desenvolvimento foi definido como um processo


contínuo, multidimensional e multidirecional de mudanças orquestradas por
influências genético-biológicas e socioculturais de natureza normativa e não
normativa, marcado por ganhos e perdas concorrentes e por interatividade
individuo-cultura e entre os níveis e tempos das influências. O envelhecimento
bem sucedido baseia-se em seleção de metas, otimização dos meios para atingir
essas metas e busca de compensações quando os meios disponíveis para atingir
as metas estiverem ausentes.
No contexto da gerontologia a resiliência será utilizada como uma
capacidade dos idosos se adaptarem as mudanças que estão ocorrendo na
velhice, pensar, repensar e auto avaliar as atitudes, valores, conhecimentos e
mudanças provenientes desta fase da vida.

Segundo Winnicott, um dos maiores sinais de maturidade é a capacidade


que uma pessoa tem de ficar só, diferente do medo ou do desejo de ficar só,
gostando da própria companhia, dentro desta perspectiva, pode-se não existir idade
certa para amadurecer, pois isto é um processo que ocorre ao longo da vida. Ainda
na visão deste teórico, o homem herda a tendência de amadurecimento e é esta a
capacidade que melhor o define como homem. A natureza humana é, portanto, um
temporalizar-se, uma vez que cada indivíduo está destinado a amadurecer e a
responder por seu ser, no seu tempo, que ocorre entre dois marcos: o nascimento e
a morte. (Dias, 2003)

Mas o que tem a ver o processo de envelhecimento com a maturidade?


Socialmente, a maturidade é colocada cronologicamente em uma fase da vida: a
terceira idade. Alguns chegam a colocar como sinônimo o idoso e adulto maduro.
Serão, então, os idosos, necessariamente maduros? Envelhecer é inevitável, mas
amadurecer, não.
Podemos compreender alguém maduro como aquele que consegue lidar
com os conflitos da vida, inerentes da existência humana, sejam de ordem externa
ou interna e capaz de equilibrar vontades e sentimentos. (SINGER, 2002)
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Erick Erickson. Criador da expressão “crise de identidade” e da teoria do


Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia, considerou que o crescimento
psicológico ocorre através de estágios e fases e depende da interação da pessoa
com o meio. No oitavo estágio da vida, as vertentes positivas e negativas são
integridade/desespero, a maturidade ocorre a partir dos 60 anos de idade, pois é
favorável uma integração e compreensão do passado vivido. É, pois, a hora do
balanço, da avaliação do que se fez na vida e, sobretudo, do que se fez da vida.
Além de um processo demográfico, o envelhecimento pressupõe vários
aspectos biológicos, psicológicos e sociais que muitas vezes são desconsiderados
em uma análise mais detalhada. Portanto entender este processo é compreender
os aspectos individuais e coletivos da vida, na multiplicidade dos aspectos
biopsicossociais. (VITOLA, ARGIMON, 2003: OSÓRIO, 2007).
A questão do envelhecimento ou o eufemismo da chamada terceira idade,
torna-se um tema cada vez mais presente, além da condição do fenômeno
demográfico.
Segundo PAPÁLIA (2006), cada fase da vida pressupõe algumas
características e as etapas do ciclo vital são compostas pelo período pré-natal até
a terceira idade que vai dos sessenta e cinco anos em diante. A partir dos
quarenta anos de idade já contamos com alguma deterioração das capacidades
sensoriais, da saúde, do vigor, da destreza. Contudo a partir dos 65 anos a
maioria das pessoas são saudáveis e ativas, embora a saúde e as capacidades
físicas diminuam um pouco.
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Etapas do ciclo vital dos 40 aos 65 anos de idade segundo Papália (2006)

Meia-idade A maioria das capacidades


(40 aos 65) Pode ocorrer alguma mentais atinge o máximo; a O senso de identidade
deterioração das perícia e as capacidades de continua se desenvolvendo;
capacidades sensórias, da resolução de problemas pode ocorrer uma transição
saúde, do vigor e da práticos são acentuadas. de meia-idade estressante.
destreza. O rendimento criativo pode A dupla responsabilidade de
Para as mulheres, chega a diminuir, mas melhorar em cuidar dos filhos e dos pais
menopausa. qualidade. idosos pode causar estresse.
Para alguns, o êxito na A saída dos filhos deixa o
carreira e o sucesso ninho vazio.
financeiro alcançam o
máximo; para outros, podem
ocorrer esgotamento total ou
mudança profissional.
Terceira Idade A aposentadoria pode
(65 anos em diante) A maioria das pessoas é A maioria das pessoas é oferecer novas opções para
saudável e ativa, embora a mentalmente alerta. a utilização do tempo.
saúde e as capacidades Embora a inteligência e a As pessoas precisam
físicas diminuam um pouco. memória possam se enfrentar as perdas pessoais
O tempo de reação mais deteriorar em algumas áreas, e a morte iminente.
lenta afeta alguns aspectos a maioria das pessoas Os relacionamentos com a
do funcionamento. encontra formas de família e com os amigos
compensação. íntimos pode oferecer apoio
importante.
A busca de significado na
vida assume importância
central.

O envelhecer e suas etapas são considerados um processo único e


particular de cada indivíduo, sendo influenciado pelos aspectos sociais e culturais
no qual este se encontra.
A longevidade é uma realidade no mundo atual e reflete no aumento
significativo da população de idosos tanto no âmbito nacional quanto no mundial,
ressaltando que o número de pessoas com idade a partir de 60 anos vem
crescendo mais rapidamente que qualquer outra faixa etária (SCHENEIDER:
IRIGARAY, 2008).
Segundo MENDES, et. Al.( 2005), o envelhecer é um processo natural
caracterizado como uma etapa da vida do ser humano. Decorrente de mudanças
físicas, psicológicas e sociais, é uma etapa que para o idoso é considerada pela
conquista dos seus objetivos e realizações, mas também de algumas perdas. No
entanto, vivemos em uma sociedade que está imersa nas grandes mudanças
cotidianas, como a tecnologia que tem avançado significativamente. Os idosos
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estão interligados nos meios de comunicação, conquistando seu espaço e se


adaptando a essas modificações.
Quando falamos em envelhecimento saudável, pensamos na interação de
múltiplos fatores, dentre eles: saúde física e mental, independência de vida diária,
integração social, suporte familiar e independência econômica.
Desde a década de 1980, há diversas iniciativas internacionais que
valorizam a possibilidade de se tomar o envelhecimento como processo positivo,
pensado como um momento da vida para se exercer bem-estar, prazer e qualidade
de vida. A política de envelhecimento ativo, proposta pela Organização Mundial de
Saúde (OMS, 2005), é um exemplo concreto dessas recomendações, enfatizando
que envelhecer bem não é apenas uma questão individual e sim um processo que
deve ser facilitado pelas políticas públicas e pelo aumento das iniciativas sociais e
de saúde ao longo do curso de vida.

Primeiramente, a criação dessa política parte do pressuposto de que, para


se envelhecer de forma saudável e bem-sucedida, é preciso aumentar as
oportunidades para que os indivíduos possam optar por estilos de vida mais
saudáveis e, ainda, fazer controle do próprio status de saúde.

Desse modo, a definição de envelhecimento ativo é apresentada como a


"otimização das oportunidades de saúde, participação, segurança, com o objetivo
de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas "
(OMS, 2005, p.13).

Para essa política alguns termos são muito importantes, como: autonomia,
independência, qualidade de vida e expectativa de vida saudável, mesmo nos
casos em que já esteja instalado algum grau de comprometimento da capacidade
funcional. O Envelhecer bem-sucedido é um dos temas bastante discutido entre os
meios de comunicação, serviços, pesquisas e textos que instruem leis e políticas
públicas no campo da gerontologia.

Na gerontologia e na sua especialidade a geriatria, as atividades de vida


diária (AVD) e as atividades instrumentais de vida diária (AIVD) alicerçam-se em
fundamentos filosóficos e sociais. Estas atividades no processo de envelhecimento,
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no bem-estar, na saúde e na doença são um constructo pessoal e social construído


e solidificado na trajetória vital, na cultura e na realidade social onde a pessoa idosa
coexiste e coabita.

É desejável que o envelhecimento ocorra com qualidade e manutenção da


autonomia dos indivíduos, buscando preservar a oportunidade dos mais velhos
continuarem a participar da sociedade e minimizar as possibilidades de exclusão
social (Teixeira, Neri, 2008; Lima, 2005, 2003; Holstein, Minkler, 2003; Kahn, 2003;
Paschoal, 2002).

Embora ainda seja um campo pouco estudado no Brasil, no contexto da


Gerontologia, a resiliência será utilizada como uma capacidade de adaptar-se às
mudanças que estão ocorrendo na velhice; pensar, repensar e auto avaliar as
atitudes, valores, conhecimento e mudanças provenientes desta fase da vida.
(Tavares, 2001).

Nesta auto avaliação devem ser considerados os aspectos


biopsicossociais da velhice, possibilitando conhecer, limitações e potencialidades.
Na literatura gerontológica são fortes as evidências que sugerem que a
percepção de satisfação com a vida tende a ser vista como positiva entre os idosos
(Queiroz, Neri, 2007).
Na maioria das vezes em que se confronta a avaliação objetiva (realizada
por exames e/ou por profissionais) com a realizada pelo próprio idoso (o modo
como ele se percebe), potencialmente essas dimensões se complementam e
enriquecem a avaliação objetivamente realizada, pois os idosos dispõem de
informações únicas que não seriam relatadas por familiares ou, muito menos
observadas com a avaliação padronizada aplicada por profissional treinado (Neri,
2007; Kikuchi, 2005).
Assim como a discussão sobre envelhecimento bem-sucedido é
relativamente nova, a questão da subjetividade assume papel importante na área
da saúde após estudos realizados em 1970 (Paschoal, 2002). Para o autor, a
subjetividade representa uma medida imprescindível, correlacionando-se com
o status geral de bem-estar e com os indicadores objetivos de saúde. Tal
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importância convida-nos a refletir sobre a dimensão subjetiva presente no processo


de envelhecimento.
Uchôa Firmo e Lima-Costa (2002) ao investigarem idosos da comunidade,
descobriram que os pesquisados não se auto percebem como "velhos”; pois o
próprio conceito de velhice remete ao declínio, estagnação e doença. Os
informantes-chave do estudo, geralmente cuidadores e familiares, possuíam
crenças mais negativas sobre o processo de envelhecimento do que os próprios
idosos.
Groisman (2002) aponta a dificuldade de vários pesquisadores em definir o
que faz parte do processo natural do envelhecimento e o que faz parte do processo
de adoecimento. Nesse contexto, surgem termos que hoje se tornaram corriqueiros
no meio gerontológico, tais como senescência e senilidade, relacionados,
respectivamente, ao que é concebido como "envelhecimento saudável” e
"envelhecimento patológico”.
Para Neri (2007), a boa qualidade de vida na idade madura excede os
limites da responsabilidade individual e deve ser vista por múltiplos aspectos, ou
seja, uma velhice satisfatória não será atributo do indivíduo biológico, psicológico ou
social, mas resulta da interação entre pessoas em mudança vivendo em sociedade
e de suas relações intra, extra-individuais e comunitárias.
Segundo este mesmo autor, os seguintes fatores estariam envolvidos no
bem-estar na velhice: ter maior perspectiva de longevidade; possuir bons níveis de
saúde física e mental; altos níveis de satisfação com a vida; controle nas dimensões
sociais; senso de produtividade, participação e realização de atividades; auto
eficácia cognitiva; status social; possuir bons recursos econômicos; continuidade
dos papéis familiares e ocupacionais; manutenção das relações sociais informais e
das redes de relações (Neri, 2007).
Baseado em estudos gerontológicos, foi possível constatar que o bem-estar
e a qualidade de vida na velhice são constructos complexos, multifatoriais, que
envolvem múltiplas variáveis, associadas tanto às dimensões individuais quanto
coletivas do envelhecimento.
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De acordo com Mascaro “para atingir uma velhice saudável é preciso


entender que tudo aquilo que realizamos na juventude terá repercussão na fase da
velhice [...]” (2004, p. 61). Assim, para atingir uma velhice saudável é importante ter
uma juventude sem extravagâncias (cuidar de si próprio), ser um adulto “na ativa”
que se importe com sua saúde, procurando fazer exercícios físicos, mantendo uma
alimentação correta para não trazer danos futuros, fazendo com que o idoso não se
torne sedentário ou obeso (MASCARO 2004).
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) o período de 1975 a
2025 é considerado como a Era do Envelhecimento. A OMS classifica como idoso o
individuo acima de 60 (sessenta) anos de idade nos países em desenvolvimento.
Entretanto, esta referencia está subindo para 65 anos de idade, nos países
desenvolvidos devido ao aumento da expectativa de vida (SIQUEIRA, 2002).
Um fator relevante a considerar é que a população idosa em expansão é
predominantemente composta por mulheres, pois sobrevivem ao homem de oito a
dez anos a mais, conforme a região ou País (IBGE, 2002). Fatores como hábito
alimentar; menor consumo de álcool e tabaco; e acompanhamento médico
preventivo contribui para a longevidade feminina.
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Capitulo II- Os aspectos positivos e negativos em relação à aposentadoria,

reflexão sobre as consequências da aposentadoria para a vida da pessoa

aposentada.

A aposentadoria está associada ao envelhecimento e reflete um evento de


transição de vida para o indivíduo na terceira idade.
Algumas pessoas constroem toda a sua identidade vinculada apenas a uma área
de interesse: o trabalho. Estas pessoas podem estar, sem querer, construindo uma
aposentadoria difícil. A definição de si próprias e a forma como se apresentam a
alguém ocorrem invariavelmente em função da empresa ou da profissão exercida.
(França, 1989).
A aposentadoria pode parecer uma forma de libertação de uma atividade que
tenha sido desagradável ou insatisfatória e o indivíduo queira simplesmente descansar
ou experimentar uma sensação de liberdade sem rotinas e viver de “prazer” e “lazer”.
Entretanto, as férias não serão de um ou três meses, e o que fazer depois do
descanso? Por outro lado, imaginar que ao se aposentar o tempo livre será voltado
apenas para o lazer pode ser um equívoco (RODRIGUES, 2005).
A aposentadoria é um marco de alteração na dinâmica familiar e social do
indivíduo, trazendo como consequências a mudança dos hábitos de quem se aposenta
e daqueles que com ele convive, sendo então uma etapa da vida que necessita de
preparação e organização.
A aposentadoria constitui um determinante da diferenciação dos papéis sociais
adotados na velhice e pode representar a perda do status social e dos papéis sociais
para muitos idosos. De acordo com o autor o trabalho é um importante elemento na
construção da identidade pessoal do sujeito e essa perda algumas vezes reflete no
sujeito de forma negativa. Por outro lado, a aposentadoria não pode ser vista apenas
como à perda do papel profissional, mas também como uma etapa de reorganização
vital (VITOLA, 2004).
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Rodrigues (2005) apud Soares, et. Al. (2007, p.145) destaca que a
aposentadoria está associada a perda da capacidade de ação do sujeito, fazendo com
que o aposentado torne-se inativo e improdutivo. O autor considera essa perda como
um luto ou morte social, desse modo, o aposentar-se remete a conflitos referentes ao
processo de construção da própria identidade social.
No entanto, a aposentadoria assegura aos indivíduos renda permanente até a
morte, proporcionando um meio de segurança individual, um fator predominantemente
de crescente necessidade que percorre em nossa sociedade capitalista (MENDES, et.
Al., 2005).
A aposentadoria é um momento marcante e complexo na vida do sujeito, e
acontece de forma singular e diferente para cada trabalhador. Sendo assim, constitui-se
em uma mudança de localização social, que para alguns aposentados pode trazer
algumas repercussões representadas por sintomas depressivos, ansiedade,
irritabilidade e sentimento de menos valia, já para outros é considerada como um
momento de satisfação, uma fase de descanso e preparação para um novo modo de
vida, onde o idoso pode assumir novos papéis dentro da sociedade (MUCIDA, 2009).
Cresce a cada dia o número de aposentados mais jovens, mas o termo
aposentadoria ainda é confundido com o envelhecimento, é possível perceber que uma
aposentadoria ativa destaca o sentido da vida, estimula a pessoa a vencer novos
desafios e a nunca ficar parada.
De acordo com Rodrigues (2000), como instituição social, a aposentadoria
normalmente traz ideias contraditórias: se na fase ativa de trabalho ela promove a idéia
de tempo de liberdade, de realizações e de desobrigações, na fase pós-interrupção de
suas atividades rotineiras o trabalhador é tomado pela nostalgia, pela saudade e pelo
enfado.
Para Graeff (2002) a aposentadoria é contraditória também em relação ao tipo de
trabalho desenvolvido: se algo penoso, repetitivo, a aposentadoria pode significar uma
libertação do sofrimento, da contrariedade; em contrapartida, se deveras gratificante e
enriquecedor, a cessação da atividade aparece como um problema e há o desejo de se
ter uma opção quanto à época e à idade para se aposentar.
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Segundo França (1999), o afastamento do trabalho provocado pela


aposentadoria talvez seja a perda mais importante da vida social das pessoas, pois ela
pode resultar em outras perdas futuras, que tendem a afetar a sua estrutura
psicológica. As consequências negativas mais imediatas provocadas pela
aposentadoria são a diminuição sensível da renda familiar, a ansiedade frente ao vazio
deixado pelo trabalho e o aumento na frequência de consultas médicas.
Esses aposentados em sua maioria gostavam do que faziam e da empresa e/ou
das relações sociais mantidas, e não queriam se aposentar. Outros querem se
aposentar, mas desejariam continuar com uma atividade profissional. Outros querem
realmente parar de trabalhar, mas não têm planos sobre o que fazer após a
aposentadoria. Pode existir ainda alguma euforia que leve algumas pessoas a dizer que
irão realizar vários projetos, mas dificilmente elas saberão detalhar seus desejos na
hora de se aposentar. (França, 1999)
Após o afastamento da ocupação laboral e com a realidade da aposentadoria, é
preciso, portanto, ressignificar os planos e projetos de vida, a ocupação do tempo livre
e as motivações desses idosos (as) que se afastam do mundo do trabalho.
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4- Conclusão

Este ensaio teve como objetivo, compreender as consequências da


aposentadoria para a pessoa na terceira idade. Foi possível constatar que a
aposentadoria para muitos, está relacionada com envelhecimento, pois sendo o
trabalho muito valorizado pela sociedade, o seu afastamento pode contribuir para que
surjam sentimentos de inutilidade, além de afetar a identidade, a autoestima e o sentido
de vida da pessoa. O trabalho representa um dos aspectos mais importantes da
identidade individual, uma vez que propicia o reconhecimento social, sendo que o
individuo se define de acordo com os papéis que assume e ocupa profissionalmente.
Por outro lado, a aposentadoria pode ser vista como uma etapa de reorganização vital e
da necessidade de preencher o tempo livre e da reintegração a família. Diante de
todas essas circunstâncias, para manter-se a saúde emocional, e a qualidade de vida
dos idosos após a aposentadoria, torna-se necessário reinventar e reessignificar o
cotidiano por meio de novas ocupações, realizando algo que faça o idoso sentir-se útil,
como fazer um curso, passear e conversar, buscar alternativas de lazer que rompam
com o isolamento e mantenham o corpo e mente ativa, levando-os a envelhecer com
otimismo e prazer. A participação e o envolvimento dos idosos devem ser estimulados
nos grupos sociais, centros de convivência, clubes ou programas universitários e até
nas instituições de residência e abrigo. Participar, entretanto, não significa, somente,
usufruir as atividades e programas pensados e organizados pelos outros. Participar
significa trabalhar coletivamente, ideia de que as perdas no envelhecimento podem ser
compensadas por meio dos níveis de reservas e da capacidade de resiliência, e os
ganhos podem ser obtidos com a seleção e otimização das competências geradas pelo
envelhecimento. Ao final foi possível concluir que a aposentadoria traz mudanças
significativas e que dependendo da expectativa, ela poderá ser classificada como um
fator positivo ou negativo e ter grande influência para a qualidade de vida do indivíduo
na terceira idade.
22

5. Referências Bibliográficas

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