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Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br
COMPREENSÃO DO TEXTO
Quando Lula disse a Collor no primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais de 1989:
“Eu sabia que você era collorido por fora, mas caiado por dentro.”
Os brasileiros colocaram essa frase no âmbito dos “discursos da campanha presidencial” e entenderam
não “Você tem cores fora, mas é revestido de cal por dentro”, mas “Você apresenta um discurso moderno
e de centro-esquerda, mas é um reacionário”.
Observe que há duas operações diferentes no entendimento do texto. A primeira é a apreensão, que é
a captação das relações que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No entanto, ela não
é suficiente para entender o sentido integral. Uma pessoa que conhecesse todas as palavras da frase
acima, mas não conhecesse o universo dos discursos da campanha presidencial, não entenderia o
significado da frase. Por isso, é preciso colocar o texto dentro do universo discursivo a que ele pertence
e no interior do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam “conhecimento de mundo” ao universo
discursivo. Na frase acima, collorido e caiado não pertencem ao universo da pintura, mas da vida política:
a primeira palavra refere-se a Collor e ao modo como ele se apresentava, um político moderno e inovador;
a segunda diz respeito a Ronaldo Caiado, político conservador que o apoiava. A essa operação
chamamos compreensão.
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura: informativa e de reconhecimento.
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se
informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave,
passagens importantes; tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo.
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras
como não, exceto, respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha adequada.
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia
do sentido global proposto pelo autor.
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos
que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto.
A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques.
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem
esquerda.
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira
clara e resumida.
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à
compreensão do texto.
Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um tecido. O fio deve ser trabalhado com muito
cuidado para que o trabalho não se perca. O mesmo acontece com o texto. O ato de escrever toma de
empréstimo uma série de palavras e expressões amarrando, conectando uma palavra uma oração, uma
ideia à outra. O texto precisa ser coeso e coerente.
Coesão
É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais elementos de coesão são os conectivos,
vocábulos gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou partes de uma frase. O texto deve
ser organizado por nexos adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, evitando frases
e períodos desconexos. Para perceber a falta de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto,
procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras que formam a oração e as orações que
Coerência
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, ou seja,
ela é que faz com que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da coerência será levado em
conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os argumentos
e de organizá-los de forma a extrair deles conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada sua
capacidade de construir personagens e de relacionar ações e motivações.
Tipos de Composição
Descrição
É representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos
característicos, de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa, para tornar aquilo que
vai ser descrito um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de
captar os traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é muito
mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas.
Narração
É um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. São seus elementos constitutivos:
personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue da
descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A narração
envolve:
- Quem? Personagem;
- Quê? Fatos, enredo;
- Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
- Onde? O lugar da ocorrência;
- Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;
- Por quê? A causa dos acontecimentos;
Dissertação
É apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é
estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário explanar
e explicar. O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a fundamentação
argumentativa, mais brilhante será o desempenho.
Sentido Imediato
Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata que, com certa reserva, poderia ser chamada
de leitura ingênua ou leitura de máquina de ler.
Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência de uma série de premissas que restringem
a decodificação tais como:
- As frases seguem modelos completos de oração da língua.
- O discurso é lógico.
- Se a forma usada no discurso é a mesma usada para estabelecer identidades lógicas ou atribuições,
então, tem-se, respectivamente, identidade lógica e atribuição.
- Os significados são os encontrados no dicionário.
- Existe concordância entre termos sintáticos.
- Abstrai-se a conotação.
- Supõe-se que não há anomalias linguísticas.
- Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto modificadores do código linguístico.
- Supõe-se pertinência ao contexto.
- Abstrai-se iconias.
- Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc.
- Não se concebe a existência de locuções e frases feitas.
- Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai-se o uso expressivo, cerimonial.
Sentido Preferencial
Para compreender o sentido preferencial é preciso conceber o enunciado descontextualizado ou em
contexto de dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto muito rarefeito, como é o contexto
em que se encontra uma palavra no dicionário, dizemos que ela está descontextualizada. Nesta situação,
o sentido preferencial é o que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o sentido que
primeiro se impõe para um receptor pode não ser o mesmo para outro. Por isso a definição tem de
considerar o resultado médio, o que não impede que pela necessidade momentânea consideremos o
significado preferencial para dado indivíduo.
Algumas regularidades podem ser observadas nos significados preferenciais. Por exemplo: o sentido
preferencial da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para abate”, e nunca o de “indivíduo
sem higiene”. Em outras palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se impõe sobre o que
teve origem em processos metafóricos, alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos o
seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido preferencial para a frase dada é o mesmo de
Questões
01. (TRF 5ª Região - Técnico Judiciário - FCC) Há falta de coesão e de coerência na frase:
(A) Nem sempre os livros mais vendidos são, efetivamente, os mais lidos: há quem os compre para
exibi-los na estante.
(B) Aquele romance, apesar de ter sido premiado pela academia e bem recebido pelo público, não
chegou a impressionar os críticos dos jornais.
(C) Se o sucesso daquele romance deveu-se, sobretudo, à resposta do público, razão pela qual a
maior parte dos críticos também o teriam apreciado.
(D) Há livros que compramos não porque nos sejam imediatamente úteis, mas porque imaginamos o
quanto poderão nos valer num futuro próximo.
(E) A distribuição dos livros numa biblioteca frequentemente indica aqueles pelos quais o dono tem
predileção.
Os cidadãos suíços são convocados a se pronunciar periodicamente, de quatro a cinco vezes por ano
aproximadamente, sobre um total de quinze temas da atualidade política. Além de cada uma dessas
votações populares, os cidadãos são convidados a dar suas opiniões (votando simplesmente sim ou não)
sobre três ou quatro problemas de interesse nacional, aos quais se acrescentam alguns tópicos especiais
dos cantões e das comunas. Esse sistema repousa sobre a iniciativa popular e sobre o referendum, que
permitem a uma minoria, respectivamente 100.000 cidadãos, no caso da iniciativa popular, e 50.000, no
caso do referendum, obrigar o conjunto do país a se interessar sobre o que a preocupa.
(Argumentação, Hermès. Paris: CNRS Edições. 2011, p. 58)
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Levine resolveu
fazer um levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir como diferentes culturas lidam
com a questão do tempo. A conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasados - do
ponto de vista temporal, bem entendido - do mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o número de relógios corretamente ajustados
e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois primeiros quesitos. No ranking
geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual.
Já as oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres.
O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços culturais de um país. "Nos
Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros,
em comparação, dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz
o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria considera
aceitável que um convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a uma festa de aniversário.
Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários porque a
infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no
transporte público?
(Veja, 02.12.2009)
Os livros vivem fechados, capa contra capa, esmagados na estante, às vezes durante décadas - é
preciso arrancá-los de lá e abri-los para ver o que têm dentro [...]. Já o jornal são folhas escancaradas ao
mundo, que gritam para ser lidas desde a primeira página. As mãos do texto puxam o leitor pelo colarinho
em cada linha, porque tudo é feito diretamente para ele. O jornal do dia sabe que tem vida curta e ofegante
e depende desse arisco, indócil, que segura as páginas amassando-as, dobrando-as, às vezes
indiferente, passando adiante, largando no chão cadernos inteiros, às vezes recortando com a tesoura
alguma coisa que o agrada ou o anúncio classificado. Súbito diz em voz alta, ao ler uma notícia grave,
"Que absurdo!", como quem conversa. O jornal se retalha entre dois, três, quatro leitores, cada um com
um caderno, já de olho no outro, enquanto bebem café. Nas salas de espera, o jornal é cruelmente
dilacerado. Ao contrário do escritor, que se esconde, o cronista vive numa agitada reunião social entre
textos - todos falam em voz alta ao mesmo tempo, disputam ávidos o olhar do leitor, que logo vira a
página, e silenciamos no papel. Renascemos amanhã.
TEZZA, Cristóvão. Disponível em:imagem-010.jpg Acesso em: 19 fev. 2014. (Adaptado).
Comentários
01. Resposta: C
É possível a construção da frase com o “então” substituindo, “razão pela qual”, dando um caráter de
conclusão na frase e não apenas uma justificativa.
02. Resposta. E
Um político sendo comprado, já é indício que ele não é honesto. Faltou a coerência neste argumento.
03. Resposta: C
A coesão sequencial sempre estabelece por meio dos conectivos uma relação entre as frases e seus
sentidos, ligando-as.
04. Resposta: D
A alternativa D foi utilizada uma metáfora. Linguagem conotativa, o seu significado foi ampliado para
sugerir que o trânsito é algo difícil a ponto de ser um pesadelo.
05. Resposta: A
A alternativa tem a frase “gritam para ser lidas” associada as folhas de jornais. A linguagem é figurada
devido ao fato de as folhas de jornal gritarem, folhas de jornais não gritam e nem falam. A característica
da figura de linguagem pode ser também algo anormal ao senso comum.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A leitura do primeiro quadrinho, isolado do segundo, deixaria o presidente Fernando Henrique e sua
equipe muito gratificados, já que sua administração recebe nota máxima (dez) na avaliação de um dos
interlocutores do diálogo aí transcrito.
Confrontado com o segundo, no entanto, o significado do quadrinho um se altera consideravelmente
e provoca decepção. Dez passa a ser lido como um indicador de velocidade e não como a nota máxima
de uma escala convencional. Com a quebra de expectativa criada pelo quadrinho um, produz-se um efeito
de humor, e o texto, no seu todo, passa a ser uma sátira à lentidão com que se tomam as decisões do
governo. Essa tirinha é exemplar para demonstrar dois dados importantes na leitura de um texto:
(A) num texto, o significado de uma parte não é autônomo, mas depende das outras com que se
relaciona.
(B) o significado global de um texto não é o resultado de mera soma de suas partes, mas de uma certa
combinação geradora de sentidos.
Em síntese, num texto o sentido de cada parte é definido pela relação que mantém com as demais
constituintes do todo; o sentido do todo não é mera soma das partes, mas é dado pelas múltiplas relações
que se estabelecem entre elas.
Ao explicar o sentido da tira aqui reproduzida, usamos diversas vezes a palavra texto. Mas o que é um
texto? Fica claro que texto não é um aglomerado de frases. Um texto é, pois, um todo organizado de
O Primeiro Nível é elementar e diz respeito ao período de alfabetização. Ler é uma capacidade
cerebral muito sofisticada e requer experiência: não basta apenas conhecermos os códigos, a gramática,
a semântica, é preciso que tenhamos um bom domínio da língua.
O Segundo Nível é a pré-leitura ou leitura inspecional. Tem duas funções específicas: primeiro,
prevenir para que a leitura posterior não nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos chance de escolher
qual material leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade, de nossa primeira impressão sobre o texto. É
a leitura que comumente desenvolvemos “nas livrarias”. Nela, por meio do salteio de partes, respondem
basicamente às seguintes perguntas:
- Por que ler este livro?
- Será uma leitura útil?
- Dentro de que contexto ele poderá se enquadrar?
Essas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se seguem, procurando usar de
imparcialidade quanto ao ponto de vista do autor, e o assunto, evitando preconceitos. Se você se propuser
a ler um texto sem interesse, com olhar crítico, rejeitando-o antes de conhecê-lo, provavelmente o
aproveitamento será muito baixo. Ler é armazenar informações; desenvolver; ampliar horizontes;
compreender o mundo; comunicar-se melhor; escrever melhor; relacionar-se melhor com o outro.
O Terceiro Nível é conhecido como analítico. Depois de vasculharmos bem o texto na pré-leitura,
analisamos. Para isso, é imprescindível que saibamos em qual gênero o texto se enquadra: trata-se de
um romance, um tratado, uma notícia de jornal, revista, entrevista, neste caso, existe apenas teoria ou
são inseridas práticas e exemplos. No caso de ser um texto teórico, que requeira memorização, procure
criar imagens mentais sobre o assunto, ou seja, veja, realmente, o que está lendo, dando vida e muita
criatividade ao assunto. Note bem: a leitura efetiva vai acontecer nesta fase, e a primeira coisa a fazer é
ser capaz de resumir o assunto do texto em duas frases. Já temos algum conteúdo para isso, pois o
encadeamento das ideias já é de nosso conhecimento. Procure, agora, ler bem o texto, do início ao fim.
Esta é a leitura efetiva, aproveite bem este momento. Fique atento! Aproveite todas as informações que
a pré-leitura ofereceu. Não pare a leitura para buscar significados de palavras em dicionários ou sublinhar
textos, isto será feito em outro momento.
O Quarto Nível de leitura é o denominado de controle. Trata-se de uma leitura com a qual vamos
efetivamente acabar com qualquer dúvida que ainda persista. Normalmente, os termos desconhecidos
de um texto são explicitados neste próprio texto, à medida que vamos adiantando a leitura. Um
mecanismo psicológico fará com que fiquemos com aquela dúvida incomodando-nos até que tenhamos
a resposta. Caso não haja explicação no texto, será na etapa do controle que lançaremos mão do
dicionário. Veja bem: a esta altura já conhecemos bem o texto e o ato de interromper a leitura não vai
fragmentar a compreensão do assunto como um todo. Será, também, nessa etapa que sublinharemos os
tópicos importantes, se necessário. Para ressaltar trechos importantes opte por um sinal discreto próximo
1
Platão, Fiorin, lições de texto, leitura e redação, Ática, 2011.
Um Quinto Nível pode ser opcional: a etapa da repetição aplicada. Quando lemos, assimilamos o
conteúdo do texto, mas aprendizagem efetiva vai requerer que tenhamos prática, ou seja, que tenhamos
experiência do que foi lido na vida. Você só pode compreender conceitos que tenha visto em seu
cotidiano. Nada como unir a teoria à prática. Na leitura, quando não passamos pela etapa da repetição
aplicada, ficamos muitas vezes sujeitos àqueles brancos quando queremos evocar o assunto.
Ideias Núcleo
O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decompô-lo, após uma primeira leitura, em
suas “ideias básicas ou ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os conceitos definidores
da opinião explicitada pelo autor. Esta operação fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do
leitor. Exemplo:
Terceiro Conceito do Texto: “Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou
especialmente da linguagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos
desejos insatisfeitos na fase de vigília.” Aqui, está explicitado que a descoberta das raízes de um trauma
se faz por meio da compreensão dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica dos desejos não
realizados ao longo da vida do dia a dia.
Quarto Conceito do Texto: “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da
época, foi a apresentação da tese de que toda neurose é de origem sexual.” Por fim, o texto afirma que
Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a novidade de que todo o trauma psicológico
é de origem sexual.
Passarinho
Apoio estratégico
(A) O texto critica o discurso da padronização de beleza, presente nos meios de comunicação.
(B) O texto reforça a necessidade de a mulher aceitar seu corpo e também considerar as sugestões
de moda de revistas.
(C) O texto sugere à mulher a aceitação de seu corpo da forma como é.
(D) O texto revela de que forma a mídia exerce influência sobre o modo de se vestir de mulheres.
(A) o tucano considera que a atividade de tráfico de animais silvestres não é, em nada, perigosa ou
arriscada.
(B) o elefante considera que trabalhar é mais arriscado do que envolver-se no tráfico de animais
silvestres.
(C) tanto o elefante quanto o tucano, ainda que implicitamente, fazem um elogio ao tráfico de animais
silvestres.
(D) o tucano considera que trabalhar é mais perigoso do que negociar-se com um traficante de animais
silvestres.
(E) tucano e elefante disputam quem conseguirá o melhor valor em dinheiro ao se venderem para
traficantes de animais.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: C
No texto, a autor faz uso do poema para explicar sua insatisfação com seu nome incomum, e o nome
dela vem citado embaixo, o que se deve prestar atenção para resolver questões de concurso, não basta
apenas ler o título e o texto, prestar atenção em todo o contexto.
02. Resposta: B
Não são frequentes, o texto apenas menciona que a língua portuguesa é importante dentro do ensino
e na sociedade, e que sua falta pode ocorrer situações catastróficas como um enfermeiro que lê mal a
receita de um médico, mas não afirma que as situações citadas são frequentes.
03. Resposta: B
Não, o texto na verdade incentiva o oposto do que é mencionado na alternativa B.
Sinônimos e antônimos
Sinônimos
Trata2 de palavras diferentes na forma, mas com sentidos iguais ou aproximados. Não se iluda: não
existe sinônimo perfeito. Tudo depende do contexto e da intenção do falante.
Vale lembrar também que muitas palavras são sinônimas, se levarmos em conta as variações
geográficas (aipim = macaxeira; mexerica = tangerina; pipa = papagaio; aipo = salsão...).
Exemplos de sinônimos:
- Brado, grito, clamor.
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
Na maioria das vezes não tem diferença usar um sinônimo ou outro. Embora tenham sentido comum,
os sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por matizes de significação e certas
propriedades que o escritor não pode desconhecer.
Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são
próprios da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta,
literária, científica ou poética (orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
A contribuição Greco-latina é responsável pela existência, em nossa língua, de numerosos pares de
sinônimos.
Exemplos:
- Adversário e antagonista.
- Translúcido e diáfano.
- Semicírculo e hemiciclo.
- Contraveneno e antídoto.
- Moral e ética.
- Colóquio e diálogo.
- Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese.
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia, palavra que também designa o emprego
de sinônimos.
Antônimos
Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na forma e com significações opostas, excludentes.
Normalmente ocorre por meio de palavras de radicais diferentes, com prefixo negativo ou com prefixos
de significação contrária.
Exemplos:
- Ordem e anarquia.
- Soberba e humildade.
- Louvar e censurar.
- Mal e bem.
Questões
01. (MPE/SP – Biólogo – VUNESP/2016) McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das
mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia, implica, sim, que cada participante das novas
mídias terá um envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de meter o
bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das informações que conseguir. A aclamada
transparência da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a superexposição de
nossas pequenas ou grandes fraquezas morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos
participar.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas em número de atualizações nas páginas
e na capacidade dos usuários de distinguir essas variações como relevantes no conjunto virtualmente
infinito das possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os
usuários precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a extrair informações
relevantes de um conjunto finito de observações e reconhecer a organização geral da rede de que
participam.
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais é um poderoso fármaco viciante. Um
dos neologismos recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens a esses dispositivos é a
“nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o
sentimento de pânico experimentados por um número crescente de pessoas quando acaba a bateria do
dispositivo móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. Essa informação, como toda nova droga,
ao embotar a razão e abrir os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno para
o espírito.
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. Revista USP, no 92. Adaptado)
As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho / estimar parâmetros / embotar a razão –
têm sinônimos adequados respectivamente em:
(A) procurar / gostar de / ilustrar
(B) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
(C) interferir / propor / embrutecer
(D) intrometer-se / prezar / esclarecer
(E) contrapor-se / consolidar / iluminar
02. (Pref. de Itaquitinga/PE – Psicólogo – IDHTEC/2016) A entrada dos prisioneiros foi comovedora
(...) Os combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; comoviam-se. O arraial, in
extremis, punhalhes adiante, naquele armistício transitório, uma legião desarmada, mutilada faminta e
claudicante, num assalto mais duro que o das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres bombardeados durante três meses.
Contemplando-lhes os rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos em tiras não
encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de súbito.
Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraproducente compensação a tão
luxuosos gastos de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada
humana – do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos,
num longo enxurro de carcaças e molambos...
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma arma, nem um peito resfolegante de
campeador domado: mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças envelhecidas, velhas
e moças indistintas na mesma fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos aos peitos murchos, filhos arrastados pelos
01. B / 02. A
Comentários
01. B
Imiscuir: tomar parte em, dar opinião sobre (algo) que não lhe diz respeito; intrometer-se, interferir
Embotar: tirar ou perder o vigor; enfraquecer(-se).
02. A
Armistício é um acordo formal, segundo o qual, partes envolvidas em conflito armado concordam em
parar de lutar. Não necessariamente é o fim da guerra, uma vez que pode ser apenas um cessar-fogo
enquanto tenta-se realizar um tratado de paz.
Ortografia oficial
A ortografia prescreve a maneira correta de escrever as palavras, baseada nos padrões cultos do
idioma. Procure sempre usar um bom dicionário e ler muito para melhorar sua escrita.
Alfabeto
O alfabeto passou a ser formado por 26 letras. As letras “k”, “w” e “y” não eram consideradas
integrantes do alfabeto (agora são). Essas letras são usadas em unidades de medida, nomes próprios,
palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka,
kafkiano.
Vogais: a, e, i, o, u, y, w.
Consoantes: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, w, x, z.
Alfabeto: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.
Observações:
A letra “Y” possui o mesmo som que a letra “I”, portanto, ela é classificada como vogal.
A letra “K” possui o mesmo som que o “C” e o “QU” nas palavras, assim, é considerada consoante.
Exemplo: Kuait / Kiwi.
Já a letra “W” pode ser considerada vogal ou consoante, dependendo da palavra em questão, veja os
exemplos:
No nome próprio Wagner o “W” possui o som de “V”, logo, é classificado como consoante.
Já no vocábulo “web” o “W” possui o som de “U”, classificando-se, portanto, como vogal.
Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético; conservou-se apenas como símbolo,
por força da etimologia e da tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta palavra vem do
latim hodie.
Não se usa H:
- No início de alguns vocábulos em que o h, embora etimológico, foi eliminado por se tratar de palavras
que entraram na língua por via popular, como é o caso de erva, inverno, e Espanha, respectivamente do
latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados eruditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro,
herbicida, hispânico, hibernal, hibernar, etc.
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/ e /u/ nem sempre é nítida. É
principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular,
mágoa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais.
- A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: continue, habitue, pontue, etc.
- A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar: abençoe, magoe, perdoe, etc.
- As palavras formadas com o prefixo ante– (antes, anterior): antebraço, antecipar, antedatar,
antediluviano, antevéspera, etc.
- Os seguintes vocábulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro, Cemitério, Confete, Creolina, Cumeeira,
Desperdício, Destilar, Disenteria, Empecilho, Encarnar, Indígena, Irrequieto, Lacrimogêneo, Mexerico,
Mimeógrafo, Orquídea, Peru, Quase, Quepe, Senão, Sequer, Seriema, Seringa, Umedecer.
Emprega-se a letra I:
- Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/–oer /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui,
retribui, sai, etc.
- Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc.
- Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano, artifício, artimanha, camoniano, Casimiro, chefiar,
cimento, crânio, criar, criador, criação, crioulo, digladiar, displicente, erisipela, escárnio, feminino, Filipe,
frontispício, Ifigênia, inclinar, incinerar, inigualável, invólucro, lajiano, lampião, pátio, penicilina,
pontiagudo, privilégio, requisito, Sicília (ilha), silvícola, siri, terebintina, Tibiriçá, Virgílio.
Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha, boletim, botequim, bússola, chover, cobiça,
concorrência, costume, engolir, goela, mágoa, mocambo, moela, moleque, mosquito, névoa, nódoa,
óbolo, ocorrência, rebotalho, Romênia, tribo.
Grafam-se com a letra U: bulir, burburinho, camundongo, chuviscar, cumbuca, cúpula, curtume,
cutucar, entupir, íngua, jabuti, jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca, rebuliço, tábua, tabuada, tonitruante,
trégua, urtiga.
Parônimos: Registramos alguns parônimos que se diferenciam pela oposição das vogais /e/ e /i/, /o/
e /u/. Fixemos a grafia e o significado dos seguintes:
área = superfície
ária = melodia, cantiga
arrear = pôr arreios, enfeitar
arriar = abaixar, pôr no chão, cair
comprido = longo
cumprido = particípio de cumprir
comprimento = extensão
cumprimento = saudação, ato de cumprir
Para representar o fonema /j/ existem duas letras; g e j. Grafa-se este ou aquele signo não de modo
arbitrário, mas de acordo com a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos), jeito (do latim
jactu) e jipe (do inglês jeep).
Escrevem-se com G:
Escrevem-se com J:
- Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja (laranjeira), loja (lojista, lojeca), granja
(granjeiro, granjense), gorja (gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja (sarjeta), cereja
(cerejeira).
- Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em –jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar
(despejei), gorjear (gorjeia), viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo).
- Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje (lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso,
enjeitar, projeção, rejeitar, sujeito, trajeto, trejeito).
- Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) ou africana: canjerê, canjica, jenipapo,
jequitibá, jerimum, jiboia, jiló, jirau, pajé, etc.
- As seguintes palavras: alfanje, alforje, berinjela, cafajeste, cerejeira, intrujice, jeca, jegue, Jeremias,
Jericó, Jerônimo, jérsei, jiu-jítsu, majestade, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, pegajento,
rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista.
- C, Ç: acetinado, açafrão, almaço, anoitecer, censura, cimento, dança, contorção, exceção, endereço,
Iguaçu, maçarico, maço, maciço, miçanga, muçulmano, muçurana, paçoca, pança, pinça, Suíça,
vicissitude.
- S: ansioso, cansar, diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, pretensão, propensão, remorso,
sebo, tenso, utensílio.
- SS: acesso, assar, asseio, assinar, carrossel, cassino, concessão, discussão, escassez, essencial,
expressão, fracasso, impressão, massa, massagista, missão, necessário, obsessão, opressão, pêssego,
procissão, profissão, ressurreição, sessenta, sossegar, submissão, sucessivo.
- SC, SÇ: acréscimo, adolescente, ascensão, consciência, crescer, cresço, descer, desço, disciplina,
discípulo, discernir, fascinar, florescer, imprescindível, néscio, oscilar, piscina, ressuscitar, seiscentos,
suscetível, víscera.
- X: aproximar, auxiliar, máximo, próximo, trouxe.
- XC: exceção, excedente, excelência, excelso, excêntrico, excepcional, excesso, exceto, excitar.
Homônimos
São palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma grafia, mas significação diferente.
- Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa, gracioso, graciosa, teimoso, teimosa.
- Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, portuguesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa.
- Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino –esa: burguês, burguesa, burgueses,
camponês, camponesa, camponeses, freguês, freguesa, fregueses.
- Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: analisar (de análise), apresar (de presa),
atrasar (de atrás), extasiar (de êxtase), extravasar (de vaso), alisar (de liso).
- Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, pusemos, compôs, impuser, quis,
quiseram.
- Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis, Baltasar, Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel,
Isaura, Luís, Luísa, Queirós, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês.
- Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás, anis, arnês, ás, ases, através, avisar, besouro,
colisão, convés, cortês, cortesia, defesa, despesa, empresa, esplêndido, espontâneo, evasiva, fase, frase,
freguesia, fusível, gás, Goiás, groselha, heresia, hesitar, manganês, mês, mesada, obséquio, obus,
Emprego da letra Z
- Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: cafezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha,
cãozito, avezita.
- Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzeiro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar
(de vazio).
- Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas: fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização.
- Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e denotando qualidade física ou moral:
pobreza (de pobre), limpeza (de limpo), frieza (de frio).
- As seguintes palavras: azar, azeite, azáfama, azedo, amizade, aprazível, baliza, buzinar, bazar,
chafariz, cicatriz, ojeriza, prezar, prezado, proeza, vazar, vizinho, xadrez.
- O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de substantivos
concretos: montês (de monte), cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de montanha), francês
(de França), chinês (de China).
- O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: aridez (de árido), acidez
(de ácido), rapidez (de rápido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de ávido) palidez (de
pálido) lucidez (de lúcido).
Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em –s. Se o radical
não terminar em –s, grafa-se –izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise + ar), alisar (a + liso +
ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise + ar), improvisar (improviso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar
(pesquisa + ar), pisar (piso + ar), frisar (friso + ar), grisar (gris + ar), anarquizar (anarquia + izar), civilizar
(civil + izar), canalizar (canal + izar), amenizar (ameno + izar), colonizar (colono + izar), vulgarizar (vulgar
+ izar), motorizar (motor + izar), escravizar (escravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar), deslizar (deslize +
izar), matizar (matiz + izar).
Emprego do X
Emprego do dígrafo CH
Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: bucha, charque, charrua, chavena,
chimarrão, chuchu, cochilo, fachada, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha.
Consoantes dobradas
CÊ - cedilha
É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som de /S/: almaço, ameaça, cobiça, doença,
eleição, exceção, força, frustração, geringonça, justiça, lição, miçanga, preguiça, raça.
Nos substantivos derivados dos verbos: ter e torcer e seus derivados: ater, atenção; abster, abstenção;
reter, retenção; torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção.
O Ç só é usado antes de A, O, U.
Questões
O FUTURO NO PASSADO
1 Poucas previsões para o futuro feitas no passado se realizaram. O mundo se mudava do campo para
as cidades, e era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade perfeita. Mas o helicóptero não
substituiu o automóvel particular e só recentemente começou-se a experimentar carros que andam sobre
faixas magnéticas nas ruas, liberando seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de trás.
As cidades não se transformaram em laboratórios de convívio civilizado, como previam, e sim na maior
prova da impossibilidade da coexistência de desiguais.
2 A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de guerra, como os bombardeios com precisão
cirúrgica que não poupam civis, mas não trouxe a democratização da prosperidade antevista. Mágicas
novas como o cinema prometiam ultrapassar os limites da imaginação. Ultrapassaram, mas para o
território da banalidade espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída, mas a revolução da
informática não foi nem sonhada. As revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a prevenção do
câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem, nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se
bem que a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço, como previam os roteiristas do
“Flash Gordon”, está atrasada. Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso terreno baldio.
“e era natural que o futuro IDEALIZADO então fosse o da cidade perfeita.” (1º §) O vocábulo em
destaque no trecho acima grafa-se com a letra Z, em conformidade com a norma de emprego do sufixo–
izar.
Das opções abaixo, aquela em que um dos vocábulos está INCORRETAMENTE grafado por não se
enquadrar nessa norma é:
(A) alcoolizado / barbarizar / burocratizar.
(B) catalizar / abalizado / amenizar.
(C) catequizar / cauterizado / climatizar.
(D) contemporizado / corporizar / cretinizar
(E) esterilizar / estigmatizado / estilizar.
02. (Pref. De Biguaçu-SC – Professor III – Inglês/2016) De acordo com a Língua Portuguesa culta,
assinale a alternativa cujas palavras seguem as regras de ortografia:
(A) Preciso contratar um eletrecista e um encanador para o final da tarde.
(B) O trabalho voluntário continua sendo feito prazerosamente pelos alunos.
(C) Ainda não foram atendidas as reinvindicações dos professores em greve.
(D) Na lista de compras, é preciso descriminar melhor os produtos em falta.
(E) Passou bastante desapercebido o caso envolvendo um juiz federal.
03. (PC-PA – Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016) Dificilmente, em uma ciência-arte como a
Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas
bastante interpretativas, sujeitas a leituras diversas, a depender do observador e do observado. Porém,
existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação
ou a dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do psiquismo
da pessoa ou, em outras palavras, mostra características comportamentais indissimuláveis, claras e
objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite variáveis?
Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como fotografias exatas e em cores do comportamento do
indivíduo. E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por conseguinte, tem os em todos os
crimes, obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.
Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na execução, não
houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-se que esses dados já
aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos. Basta juntar essas características
comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se
que a pessoa é explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à
disritmia psicocerebral, algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento
e determinou a conduta.
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com ocultação de
cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do criminoso comum, que
entendia o que fazia.
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso.
Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100%
seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica revela-nos
exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que foi registrada. Em suma, a forma como as
coisas foram feitas revela muito da pessoa que as fez.
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82.
Tal como ocorre com “interpretaÇÃO ” e “dissimulaÇÃO”, grafa-se com “ç” o sufixo de ambas as
palavras arroladas em:
Apostila gerada especialmente para: Maria Belarmino de Sousa 840.845.374-20
. 20
(A) apreenção do menor - sanção legal.
(B) detenção do infrator ascenção ao posto.
(C) presunção de culpa coerção penal.
(D) interceção do juiz - contenção do distúrbio.
(E) submição à lei indução ao crime.
Assinale a alternativa que apresenta palavra em que a acentuação está CORRETA, de acordo com a
Reforma Ortográfica em vigor:
(A) gratuíto
(B) Perú
(C) ônus
(D) rúbricas
(E) baiúca
Comentários
01. (B)
A palavra grafada incorretamente é catalizar, pois seu radical possui a letra s: catálise, assim, o correto
seria catalisar.
Observação:
A grafia correta do vocábulo da alternativa (C) é catequizar, com z. A confusão acontece porque o
substantivo catequese é escrito com s, portanto, seria lógico que as palavras dele derivadas
preservassem o s. Seguindo esse raciocínio, muitos acabam errando na hora de escrever, pois fatores
etimológicos acabam sendo desconsiderados, visto que nem todos conhecem a história e a origem de
determinados termos.
Embora a palavra catequese seja escrita com s, o verbo catequizar não é derivado desse substantivo,
já que tem sua origem no latim catechizare e na palavra grega katekhízein. Sendo assim, todas as
palavras derivadas do verbo catequizar devem ser escritas com z, preservando sua etimologia. Observe
os exemplos:
Pedro é um ótimo catequizador.
A catequização das crianças é realizada no salão da paróquia.
A literatura catequizante tem no Padre José de Anchieta um de seus principais representantes.
A principal missão dos jesuítas era catequizar os nativos brasileiros.
02. (B)
a) eletricista
b) correta
c) Reivindicações
d) discriminar
e) despercebido
03. (C)
Palavras derivadas de verbos que possuem no radical “ced”, “met”, “cut”, “gred”, e “prim” (ceder-
cessão; prometer-promessa; agredir-agressão; imprimir-impressão; discutir-discussão) invento
04. (C)
Gra – tui – to - Paroxítona – Não acentua paroxítona em O.
Pe – ru - Oxítona – Não acentua oxítona terminada em U.
ô – nus – Paroxítona – Acentua paroxítona terminada em u, us, um, uns, on, ons.
Ru – bri – ca – Paroxítona – Não acentua paroxítona terminada em A.
Bai – u – ca – Não acentua hiato ( U ) em paroxítonas precedidas de ditongo.
05. (C)
A) pesquisa, gasolina, alicerce.
B) exótico, talvez, alazão.
C) atrás, pretensão, atraso.
D) batizar, buzina, prazo.
E) valorizar, avestruz, Mastruz.
06. (B)
Os erros são:
I.intervém ou intervêm, autoinstrução
IV. macrossistema
07. (D)
Procrastinar: transferir para outro dia ou deixar para depois; adiar, delongar, postergar, protrair.
Idiossincrasia: característica comportamental peculiar a um grupo ou a uma pessoa.
Abduzir: afastar, desviar de um ponto, de um alvo, de uma referência; arredar. Tirar ou levar (algo ou
alguém) com violência; arrebatar, raptar.
Maiúsculas
- A primeira palavra de período ou citação.
- Nos versos, a primeira letra é obrigatoriamente escrita em maiúscula. Mas, nos versos que não abrem
período é facultativo o uso da letra maiúscula.
Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las...
que tristes os caminhos, se não fora
a presença distante das estrelas!
Mario Quintana
- Substantivos próprios: José, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã,
Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.
- Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas religiosas: Idade Média, Renascença,
Centenário da Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
- Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, etc.
- Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Estado, Pátria, União, República, etc.
- Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações, órgãos públicos, etc: Rua do
Ouvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista,
etc.
- Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e científicas, títulos de jornais e
revistas: Medicina, Arquitetura, Os Lusíadas, O Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
Manhã, Manchete, etc.
- Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor
Diretor, etc.
- Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Oriente, o falar do Norte. Exceção:
Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
- Nomes comuns, quando personificados ou especificados: o Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas
fábulas), etc.
Minúsculas
- Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos, nomes próprios tornados comuns:
maia, bacanais, carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc.
- Os nomes a que se referem (altos cargos e dignidades e conceitos religiosos ou políticos) quando
empregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
- Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio Amazonas, a baía de Guanabara, o
pico da Neblina, etc.
- Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta: “Qual deles: o hortelão ou o
advogado?”; “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra”.
- No interior dos títulos, as palavras átonas, como: o, a, com, de, em, sem, grafam-se com inicial
minúscula.
Questões
Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele disse: "Não entendo muito bem o que você
falou, mas o que menos entendo é o fato de estar indo a uma festa."
— Claro que estou indo à festa. — respondi. — O que há de tão difícil de se compreender nisso?
O uso do termo “Gaivota” sempre com letra maiúscula ao longo do texto se deve ao fato de que
(A) o autor busca, com isso, fazer uma conexão mais próxima entre o leitor e o animal.
(B) o autor quis dar destaque ao termo, apesar de não haver importância da referência ao animal para
o texto.
(C) há uma mudança no texto, em que, no início, as personagens eram duas pessoas e, a partir do
segundo parágrafo, é uma gaivota.
(D) o texto faz uma reflexão sobre a ação humana de viajar, porém comparando os seres humanos
com gaivotas.
(E) o autor utiliza o termo “Gaivota” como símbolo de imponência, o que se relaciona à forma como os
seres humanos são tratados no texto.
Estranhas Gentilezas
(Ivan Angelo)
Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as pessoas nas grandes cidades não têm o hábito
da gentileza. Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos ônibus, no trânsito, nas filas,
nos mercados, nas salas de espera, nos embates familiares, e depois economizam com a gente.
Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns dias para cá. Tratam-me com inquietante
delicadeza. Já captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de asas de borboleta, quase nada.
A impressão de que há algo estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um vizinho que
já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem
conheço e que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a amizade, mas a inimizade morria ali.
Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez
surgir em meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até pessoas distantes. E as próximas?
Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem motivo. Durante o telefonema fico aguardando
o assunto que estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um número inesperado de
pessoas me cumprimenta na rua, com acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem transitáveis
nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de
executivos à espera e me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um homem de pasta que parecia
impaciente à minha frente me cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca na avenida
Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez
da noite.
[...]
Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é este? Que vão pedir em troca de tanta
gentileza?
Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.
Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco, desço pelas escadas porque alguém segura
o elevador lá em cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de entrar na porta giratória,
enfrento a fila do caixa, não aceitam meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher, saio
mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando a vida entre bólidos3 , um caminhão joga-me
Vocabulário:
1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São Paulo
2 funcionário que coordena agendamentos entre outras coisas nos restaurantes
3 carros muito velozes
Em “nas ruas dos Jardins1" (4º§), a palavra em destaque foi escrita com letra maiúscula por se tratar
de:
(A) um erro de grafia.
(B) um destaque do autor
(C) um substantivo próprio.
(D) um substantivo coletivo.
Gabarito
01.D / 02.C
Comentários
01. (D)
Imaginando-se uma Gaivota sobrevoando o mar, viajar é sentir-se ainda mais pássaro livre tocado
pelas lufadas de vento, contraponto, de uma ave mirrada de asas partidas numa gaiola lacrada,
sobrevivendo apenas de alpiste da melhor qualidade e água filtrada. Ou ainda, pássaros presos na
ambivalência existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou viver presos em suas
próprias armadilhas...
Nesse trecho podemos perceber que, a gaivota é um pássaro grande, com grandes asas e livre, essa
comparação ele faz ao fato de viajar...logo ele faz referência a um pássaro preso de asas partidas, que
somos nós quando estamos presos no dia a dia, por isso como a Gaivota que é livre, assim nos sentimos
quando viajamos!
"Fica sob sua escolha e risco, a liberdade para voar os ventos ascendentes; que pássaro quer ser..."
" vamos dona Gaivota, espante a preguiça..." - aqui ele fala diretamente com o leitor! Não pode usar
Gaivota como nome de imponência (1 pessoa), pois o texto se refere a 3 pessoa!
02. (C)
"Jardins" está se referindo, conforme a legenda, ao bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de
São Paulo. Ou seja, trata-se de um substantivo próprio, o nome de um bairro.
Algumas palavras ou expressões costumam apresentar dificuldades colocando em maus lençóis quem
pretende falar ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você aperfeiçoar seu
desempenho. Preste atenção e tente incorporar tais palavras certas em situações apropriadas.
Ao encontro de: Sua atitude vai ao encontro da verdade. (estar a favor de)
De encontro a: Minhas opiniões vão de encontro às suas. (oposição, choque)
Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços funcionam como sujeito: Baixaram os preços
(sujeito) nos supermercados. Vamos comemorar, pessoal!
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos (sujeito) de combustível abaixaram os
preços (objeto direto) da gasolina.
Descriminar: O réu foi descriminado; pra sorte dele. (inocentar, absolver de crime)
Discriminar: Era impossível discriminar os caracteres do documento. (diferençar, distinguir, separar)
Descrição: A descrição sobre o jogador foi perfeita. (descrever)
Discrição: Você foi muito discreto. (reservado)
Haja: É preciso que não haja descuido. (verbo haver – 1ª pessoa singular do presente do subjuntivo)
Aja: Aja com cuidado, Carlinhos. (verbo agir – 1ª pessoa singular do presente do subjuntivo)
Houve: Houve um grande incêndio no centro de São Paulo. (verbo haver - 3ª pessoa do singular do
pretérito perfeito)
Ouve: A mãe disse: ninguém me ouve. (verbo ouvir - 3ª pessoa singular do presente do indicativo)
Nem um: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la. (equivale a nem um sequer)
Nenhum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso. (oposto de algum)
Questão
02. (Detran-CE – Vistoriador – UCE-CEV/2018) Na frase “... as penalidades são as previstas pelo
bom senso...”, a palavra destacada é homônima de censo. Assinale a opção em que o emprego dos
homônimos destacados está adequado.
(A) O reitor da faculdade solicitou que todos os funcionários participassem do censo anual para verificar
quem realmente está na ativa.
(B) Foi pedido para que todos os motoristas respondessem ao senso, a fim de se obter o número real
de carros no pátio da universidade.
(C) Os infratores são penalizados com a “multa moral” por não demonstrarem censo crítico.
(D) Se o infrator tiver censo, saberá o que dizer na hora da punição.
Gabarito
01.A / 02. A
01. (A)
Permanecem os acentos diferenciais pode/pôde; por/pôr; tem/têm; vem/vêm. Então o primeiro item
está certo e o segundo, errado. Creem, deem, leem, de fato, não são mais acentuados. Porém,
permanece o acento diferencial de terceira pessoa do plural em tem/têm; vem/vêm.
Assim, temos V, F, F.
02. (C)
Na língua portuguesa existem as palavras: censo e senso.
Censo - estudo estatístico referente a uma população ou grupo - ex: determinar o número de homens.
Senso - prudente.
Ex: João não quis fornecer seus dados pessoais para o censo populacional.
Ex: Você precisa ter bom senso na hora de dirigir: jamais desobedecer as normas legais.
Análise:
a) C.
b) E - correto: censo.
c) E - correto: senso.
d) E - correto: senso.
Emprego do Porquê
Orações Interrogativas
(pode ser substituído Por que devemos nos preocupar com o meio
por: por qual motivo, por ambiente?
Por que qual razão).
Equivalendo a “pelo Os motivos por que não respondeu são
qual”. desconhecidos.
Final de frases e
Por quê Você ainda tem coragem de perguntar por quê?
seguidos de pontuação.
Indica explicação ou
A situação agravou-se porque ninguém reclamou.
causa.
Porque
Finalidade – equivale a
“para que”, “a fim de Não julgues porque não te julguem.
que”.
Função de substantivo –
vem acompanhado de
Porquê Não é fácil encontrar o porquê de toda confusão.
artigo ou pronome.
Questões
Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir certos sons agudos – como unhas
arranhando um quadro-negro?
Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa audição. A cóclea (parte interna do ouvido) tem
uma membrana que vibra de acordo com as frequências sonoras que ali chegam. A parte mais próxima
ao exterior está ligada à audição de sons agudos; a região mediana é responsável pela audição de sons
de frequência média; e a porção mais final, por sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e
frágeis, são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos, perdemos a capacidade de ouvir
sons agudos. Quando frequências muito agudas chegam a essa parte da membrana, as células podem
ser danificadas, pois, quanto mais alta a frequência, mais energia tem seu movimento ondulatório. Isso,
em parte, explica nossa aversão a determinados sons agudos, mas não a todos. Afinal, geralmente não
sentimos calafrios ou uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com notas agudas.
Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão tem um número limitado e pequeno de
frequências – formando um som mais “limpo”. Já no espectro de som proveniente de unhas arranhando
um quadro-negro (ou de atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um número infinito delas.
Assim, as células vibram de acordo com muitas frequências e aquelas presentes na parte inicial da cóclea,
por serem mais frágeis, são lesadas com mais facilidade. Daí a sensação de aversão a esse sons agudos
e “crus”.
Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282.
Gabarito
01.D / 02.B
Comentários
01. (D)
Por que - equivale a "por qual razão";
Traz - na oração o "traz" está no sentido de trazer, portanto com Z sem acento pois acentua-se os
monossílabos tônicos apenas se estes terminarem com A, E, O (s).
Trás - com S apenas se a oração der por entender que o "trás" está em sentido de posição posterior.
02. (B)
A questão pede a alternativa errada.
a) Por que sentimos calafrios? / Correto! - Atua como locução adverbial interrogativa de causa, basta
trocar por: "por qual motivo, por qual razão"
b) A razão porque sentimos calafrios é conhecida. / Errado! - O porquê nessa alternativa é a
combinação da preposição "por" mais o pronome "que", bastava trocar por: "pela qual", o correto seria
"por que"
c) Qual o porquê de sentirmos calafrios? / Correto! O porquê precedido de artigo, sempre será
acentuado.
d) Sentimos calafrios porque precisamos defender nossa audição. / Correto! O porquê junto e sem
acento, equivale a conjunção explicativa ou causal, bastava trocar por: "pois".
e) Sentimos calafrios por quê? / Correto! por quê é usado imediatamente antes de pausa ou pontuação.
CUIDADO! Não se usa por quê antes de virgula marcando intercalação. Por exemplo: "O aluno não sabe
por quê, mesmo depois da explicação, foi reprovado..." errado! Esse por quê deveria vir separado e sem
acento, pois ele está antes de uma intercalação de virgula, o correto então seria: "...sabe por que, mesmo
depois da explicação, foi..."
A acentuação gráfica consiste na aplicação de certos símbolos escritos sobre determinadas letras para
representar o que foi estipulado pelas regras de acentuação do idioma. De forma geral estes acentos são
usados para auxiliar a pronúncia de palavras.
Tonicidade
Quando falamos em tonicidade, nos referimos à sílaba mais forte da palavra, que deverá ser
identificada em conjunto com as regras de acentuação, para só então definirmos quando e onde uma
palavra será acentuada graficamente.
Num vocábulo de duas ou mais sílabas, há, em geral, uma que se destaca por ser proferida com mais
intensidade que as outras: é a sílaba tônica. Exemplos: café, janela, médico, estômago, colecionador.
O acento tônico é um fato fonético e não deve ser confundido com o acento gráfico (agudo ou
circunflexo) que às vezes o assinala. A sílaba tônica nem sempre é acentuada graficamente. Exemplo:
cedo, flores, bote, pessoa, senhor, caju, tatus, siri, abacaxis.
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com mais de uma sílaba classificam-se em:
Monossílabos são palavras de uma só sílaba, conforme a intensidade com que se proferem, podem
ser tônicos ou átonos.
Monossílabos tônicos são os que têm autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase em
que aparecem: é, má, si, dó, nó, eu, tu, nós, ré, pôr, etc.
Monossílabos átonos são os que não têm autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como
se fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apoiam. São palavras vazias de sentido como artigos,
pronomes oblíquos, elementos de ligação, preposições, conjunções: o, a, os, as, um, uns, me, te, se, lhe,
nos, de, em, e, que.
Ditongo crescente - seguido, ou não, de s: sábio, róseo, planície, nódua, Márcio, régua, árdua,
espontâneo, etc.
Acentuam-se os monossílabos tônicos: a, e, o, seguidos ou não de s: há, pá, pé, mês, nó, pôs, etc.
Acentuam-se a vogal dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando tônicos.
Segundo as novas regras os ditongos abertos “éi” e “ói” não são mais acentuados em palavras
paroxítonas: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico,
paranoico, etc.
Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em éi, éu e ói e monossílabas o acento
continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis, troféu, céu, chapéu.
A razão do acento gráfico é indicar hiato e impedir a ditongação. Compare: caí (hiato) e cai (ditongo),
doído e doido, fluído e fluido.
- Acentuam-se em regra, o /i/ e o /u/ tônicos em hiato com vogal ou ditongo anterior, formando sílabas
sozinhas ou com s: saída (sa-í-da), saúde (sa-ú-de), faísca, caíra, saíra, egoísta, heroína, caí, Xuí, Luís,
uísque, balaústre, juízo, país, cafeína, baú, baús, Grajaú, saímos, eletroímã, reúne, construía, proíbem,
influí, destruí-lo, instruí-la, etc.
Acento Diferencial
Emprega-se o acento diferencial como sinal distintivo de vocábulos homógrafos (grafia igual), nos
seguintes casos:
- pôr (verbo) - para diferenciar de por (preposição).
- verbo poder (pôde, quando usado no passado)
- é facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos,
o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
Segundo as novas regras da Língua Portuguesa não existe mais o acento diferencial em palavras
homônimas (grafia igual, som e sentido diferentes) como:
- pára (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo parar) - para diferenciar de para
(preposição);
- pêlo (substantivo) e pélo (verbo pelar) - para diferenciar de pelo (combinação da antiga preposição
per com os artigos o, os);
- pólo (substantivo) - para diferenciar de polo (combinação popular regional de por com os artigos o,
os);
Emprego do Til
O til sobrepõe-se às letras “a” e “o” para indicar vogal nasal. Pode figurar em sílaba:
- tônica: maçã, cãibra, perdão, barões, põe, etc.;
- pretônica: ramãzeira, balõezinhos, grã-fino, cristãmente, etc.;
- átona: órfãs, órgãos, bênçãos, etc.
Desapareceu o trema sobre o /u/ em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente,
tranquilo, linguístico. Exceto em palavras de línguas estrangeiras: Günter, Gisele Bündchen, müleriano.
Relembrando:
Situação Exemplos
Oxítonas Terminadas em: a, as, e, es, o, Ninguém, atrás, parabéns,
os, em, ens café, maracujá
Paroxítonas Terminadas em: l, i, is, n, um, Difícil, régua, hífen, álbum,
uns, r, x, ã, ãs, ãos, ditongo, ps tórax, íris
Proparoxítonas Todas têm acento Quilômetro, árvore, exército,
matemática
Hiato “i” e “u”, acompanhados ou não Saúde, faísca
de “s”
Éu, éi, ói (éi e ói não Acentuadas quando abertas e Chapéu, céu, herói, anéis
acentuam mais em tônicas
paroxítonas)
Uma palavra do texto não recebeu acento gráfico adequadamente. Assinale a alternativa em que ela
está devidamente corrigida:
(A) Recompôr
(B) Médula
(C) Utilizá-se
(D) Método
(E) Sómente
A exposição O Triunfo da Cor traz grandes nomes da arte moderna para o Centro Cultural Banco do
Brasil de São Paulo. São 75 obras de 32 artistas do final do século 19 e início do 20, entre eles expoentes
como Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Cézanne, Seurat e Matisse. Os trabalhos fazem parte dos
acervos do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie, ambos de Paris.
A mostra foi dividida em quatro módulos que apresentam os pintores que sucederam o movimento
impressionista e receberam do crítico inglês Roger Fry a designação de pós-impressionistas. Na primeira
parte, chamada de A Cor Cientifica, podem ser vistas pinturas que se inspiraram nas pesquisas científicas
de Michel Eugene Chevreul sobre a construção de imagens com pontos.
Os estudos desenvolvidos por Paul Gauguin e Émile Bernard marcam a segunda parte da exposição,
chamada de Núcleo Misterioso do Pensamento. Entre as obras que compõe esse conjunto está o quadro
Marinha com Vaca, em que o animal é visto em um fundo de uma passagem com penhascos que formam
um precipício estreito. As formas são simplificadas, em um contorno grosso e escuro, e as cores refletem
a leitura e impressões do artista sobre a cena.
O Autorretrato Octogonal, de Édouard Vuillard, é uma das pinturas de destaque do terceiro momento
da exposição. Intitulada Os Nabis, Profetas de Uma Nova Arte, essa parte da mostra também reúne obras
de Félix Vallotton e Aristide Maillol. No autorretrato, Vuillard define o rosto a partir apenas da aplicação
de camadas de cores sobrepostas, simplificando os traços, mas criando uma imagem de forte expressão.
“As palavras ‘módulos’ e ‘última’, presentes no texto, são ____ acentuadas por serem _____ e ____,
respectivamente”.
04. (MPE/SC – Promotor de Justiça- MPE/SC / 2016) “Desde as primeiras viagens ao Atlântico Sul,
os navegadores europeus reconheceram a importância dos portos de São Francisco, Ilha de Santa
Catarina e Laguna, para as “estações da aguada” de suas embarcações. À época, os navios eram
impulsionados a vela, com pequeno calado e autonomia de navegação limitada. Assim, esses portos
eram de grande importância, especialmente para os navegadores que se dirigiam para o Rio da Prata ou
para o Pacífico, através do Estreito de Magalhães.”
(Adaptado de SANTOS, Sílvio Coelho dos. Nova História de Santa Catarina.
Florianópolis: edição do Autor, 1977, p. 43.)
No texto acima aparecem as palavras Atlântico, época, Pacífico, acentuadas graficamente por serem
proparoxítonas.
( ) Certo ( ) Errado
05. (MPE/SC – Promotor de Justiça- MPE/SC / 2016) “Desde as primeiras viagens ao Atlântico Sul,
os navegadores europeus reconheceram a importância dos portos de São Francisco, Ilha de Santa
Catarina e Laguna, para as “estações da aguada” de suas embarcações. À época, os navios eram
impulsionados a vela, com pequeno calado e autonomia de navegação limitada. Assim, esses portos
eram de grande importância, especialmente para os navegadores que se dirigiam para o Rio da Prata ou
para o Pacífico, através do Estreito de Magalhães.”
(Adaptado de SANTOS, Sílvio Coelho dos. Nova História de Santa Catarina.
Florianópolis: edição do Autor, 1977, p. 43.)
Muitos anos após o Holocausto, o governo israelense realizou um extenso levantamento para
determinar quantos sobreviventes ainda estavam vivos. O estudo, de 1977, concluiu que entre 834 mil e
960 mil sobreviventes ainda viviam em todo o mundo. O maior número – entre 360 mil e 380 mil – residia
em Israel. Entre 140 mil e 160 mil viviam nos Estados Unidos; entre 184 mil e 220 mil estavam espalhados
pela antiga União Soviética; e entre 130 mil e 180 mil estavam dispersos pela Europa. Como foi que esses
homens e mulheres lidaram com a vida após o genocídio? De acordo com a crença popular, muitos
sofriam da chamada Síndrome do Sobrevivente ao Campo de Concentração. Ficaram terrivelmente
traumatizados e sofriam de sérios problemas psicológicos, como depressão e ansiedade.
Em 1992, um sociólogo nova-iorquino chamado William Helmreich virou essa crença popular de
cabeça para baixo. Professor da Universidade da Cidade de Nova York, Helmreich viajou pelos Estados
Unidos de avião e automóvel para estudar 170 sobreviventes. Esperava encontrar homens e mulheres
com depressão, ansiedade e medo crônicos. Para sua surpresa, descobriu que a maioria dos
sobreviventes se adaptara a suas novas vidas com muito mais sucesso do que jamais se imaginaria. Por
exemplo, apesar de não terem educação superior, os sobreviventes saíram-se muito bem
financeiramente. Em torno de 34 por cento informaram ganhar mais de 50 mil dólares anualmente. Os
fatores-chave, concluiu Helmreich, foram “trabalho duro e determinação, habilidade e inteligência, sorte
e uma disposição para correr riscos.” Ele descobriu também que seus casamentos eram mais bem-
sucedidos e estáveis. Aproximadamente 83 por cento dos sobreviventes eram casados, comparado a 61
por cento dos judeus americanos de idade similar. Apenas 11 por cento dos sobreviventes eram
divorciados, comparado com 18 por cento dos judeus americanos. Em termos de saúde mental e bem-
estar emocional, Helmreich descobriu que os sobreviventes faziam menos visitas a psicoterapeutas do
que os judeus americanos.
“Para pessoas que sofreram nos campos, apenas ser capaz de levantar e ir trabalhar de manhã já
seria um feito significativo”, escreveu ele em seu livro Against All Odds (Contra Todas as Probabilidades).
“O fato de terem se saído bem nas profissões e atividades que escolheram é ainda mais impressionante.
Os valores de perseverança, ambição e otimismo que caracterizavam tantos sobreviventes estavam
claramente arraigados neles antes do início da guerra. O que é interessante é quanto esses valores
permaneceram parte de sua visão do mundo após o término do conflito.” Helmreich acredita que algumas
das características que os ajudaram a sobreviver ao Holocausto – como flexibilidade, coragem e
inteligência – podem ter contribuído para seu sucesso posterior. “O fato de terem sobrevivido para contar
a história foi, para a maioria, uma questão de sorte”, escreve ele. “O fato de terem sido bem-sucedidos
em reconstruir suas vidas em solo americano, não.”
A tese de Helmreich gerou controvérsia e ele foi atacado por diminuir ou descontar o profundo dano
psicológico do Holocausto. Mas ele rebate essas críticas, observando que “os sobreviventes estão
permanentemente marcados por suas experiências, profundamente. Pesadelos e constante ansiedade
são a norma de suas vidas. E é precisamente por isso que sua capacidade de levar vidas normais –
levantar de manhã, trabalhar, criar famílias, tirar férias e assim por diante – faz com que descrevê-los
como ‘bem-sucedidos’ seja totalmente justificado”.
Em suas entrevistas individuais e seus levantamentos aleatórios em larga escala de sobreviventes ao
Holocausto, Helmreich identificou dez características que justificavam seu sucesso na vida: flexibilidade,
assertividade, tenacidade, otimismo, inteligência, capacidade de distanciamento, consciência de grupo,
capacidade de assimilar o conhecimento de sua sobrevivência, capacidade de encontrar sentido na vida
e coragem. Todos os sobreviventes do Holocausto compartilhavam algumas dessas qualidades, me conta
Helmreich. Apenas alguns dos sobreviventes possuíam todas elas.
Adaptado de: SHERWOOD, Ben. Clube dos sobreviventes: Segredos de quem escapou
de situações-limite e como eles podem salvar a sua vida. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 160-161.
As palavras genocídio, após e Soviética acentuam-se, respectivamente, pelas mesmas regras que
justificam o acento gráfico das palavras na seguinte série:
(A) estáveis – número – é
(B) aleatórios – descrevê-los – síndrome
10. (IF-BA - Administrador – FUNRIO/2016) Assinale a única alternativa que mostra uma frase escrita
inteiramente de acordo com as regras de acentuação gráfica vigentes.
(A) Nas aulas de Ciências, construí uma mentalidade ecológica responsável.
(B) Nas aulas de Inglês, conheci um pouco da gramática e da cultura inglêsa.
(C) Nas aulas de Sociologia, gostei das idéias evolucionistas e de estudar ética.
(D) Nas aulas de Artes, estudei a cultura indígena, o barrôco e o expressionismo
(E) Nas aulas de Educação Física, eu fazia exercícios para gluteos, adutores e tendões.
Gabarito
01.D / 02.C / 03.A / 04.Certo / 05.Errado / 06.Certo / 07.B / 08.C / 09.C / 10.A
Comentários
01. Resposta: D
Método, que se refere a palavra "Metod´o" do texto.
02. Resposta: C
As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Sílaba tônica: antepenúltima.
Exemplos: trágico, patético, árvore
03. Resposta: A
As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas, mas as que acabam em "ens", não (hifens, jovens),
assim como os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super). Porém, acentuam-se as paroxítonas
terminadas em ditongos crescentes: várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início.
07. Resposta: B
genocídio, após e Soviética = “Paroxítona”, “oxítona” e “Proparoxítona”
aleatórios – descrevê-los – síndrome = “Paroxítona”, “oxítona” e “Proparoxítona”.
08. Resposta: C
Erros das alternativas:
(A) ruim
(B) flores, economia
(C) ok
(D) Giz e caju
(E) Portugueses
09. Resposta: C
Está - São acentuadas oxitonas terminadas em O,E ,A, EM, ENS
País - São acentuados hiatos I e U seguidos ou não de S
10. Resposta: A
(A) Correta
(B) Erro: Inglêsa → Correta: Inglesa.
(C) Erro: Idéias → Correta: Ideias
(D) Erro: Barrôco → Correta: Barroco
(E) Erro: Gluteos → Correta: Glúteos
Pontuação
Para a elaboração de um texto escrito deve-se considerar o uso adequado dos sinais gráficos como:
espaços, pontos, vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, reticências, aspas e etc.
Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se utilizados corretamente, facilitam a compreensão
e entendimento do texto.
Vírgula
A vírgula4 pouco ou nada tem a ver com prosódia, mas tem muito a ver com sintaxe. Algumas pessoas
colocam vírgulas por causa de pausas feitas na fala. A vírgula, na escrita, não necessariamente é uma
pausa na fala, tampouco é usada para pausar quando se lê um trecho virgulado.
Assim, vale dizer que o importante é, primeiro, saber em que situações gerais não se usa a vírgula.
Cuidado!
Em orações substantivas com função de sujeito iniciadas por quem, a vírgula entre tal oração e o
verbo da principal é facultativa, segundo Luiz A. Sacconi: “Quem lê sabe mais.” ou “Quem lê, sabe mais.”.
Os demais gramáticos nada falam sobre isso, logo deduzimos que não pode haver vírgula entre sujeito e
verbo.
Aplicação da Vírgula
1° Inversão de Termos
Exemplo: Ontem, à medida que eles corrigiam as questões, eu me preocupava com o resultado da
prova.
2° Intercalações de Termos
Exemplo: A distância, que tudo apaga, há de me fazer esquecê-lo.
4° Enumerações
- sem gradação: Coleciono livros, revistas, jornais, discos.5
- com gradação: Não compreendo o ciúme, a saudade, a dor da despedida.
5° Vocativos, Apostos
- vocativos: Queridos ouvintes, nossa programação passará por pequenas mudanças.
- apostos: É aqui, nesta querida escola, que nos encontramos.
6° Omissões de Termos
- elipse: A praça deserta, ninguém àquela hora na rua. (Omitiu-se o verbo “estava” após o vocábulo
“ninguém”, ou seja, ocorreu elipse do verbo estava)
- zeugma: Na classe, alguns alunos são interessados; outros, (são) relapsos. (Supressão do verbo
“são” antes do vocábulo “relapsos”)
7° Termos Repetidos
Exemplo: Nada, nada há de me derrotar.
Dois Pontos
- Antes de enumerações.
Exemplo: Compre três frutas hoje: maçã, uva e laranja.
- Iniciando citações.
Exemplo: “Segundo o folclórico Vicente Mateus: ‘Quem está na chuva é para se queimar’”6.
5
SCHOCAIR, Nelson M. Gramática Moderna da Língua Portuguesa: Teoria e prática. 6ª ed. Rio de janeiro, 2012, p.488.
6
SCHOCAIR, Nelson Maia. Gramática Moderna da Língua Portuguesa: Teoria e prática. 6ª ed. Rio de janeiro, 2012, p.488.
Os dois rapazes estavam desesperados por dinheiro; Ernesto não tinha dinheiro nem crédito. (pausa
longa)
Sonhava em comprar todos os sapatos da loja; comprei, porém, apenas um par. (separação da oração
adversativa na qual a conjunção - porém - aparece no meio da oração)
Enumeração com explicitação - Comprei alguns livros: de matemática, para estudar para o concurso;
um romance, para me distrair nas horas vagas; e um dicionário, para enriquecer meu vocabulário.
Enumeração com ponto e vírgula, mas sem vírgula, para marcar distribuição - Comprei os
produtos no supermercado: farinha para um bolo; tomates para o molho; e pão para o café da manhã.
Parênteses
- Isolar datas.
Exemplo: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
- Isolar siglas.
Exemplo: A taxa de desemprego subiu para 5,3% da população economicamente ativa (PEA)...
Reticências
Travessão
Usos do Travessão
O travessão é um sinal bastante usado na narração, na descrição, na dissertação e no diálogo,
portanto, figura repetida em qualquer prova; é um instrumento eficaz em uma redação. Pode vir em dupla,
se vier intercalado na frase. Veja seus usos:
Ponto de Exclamação
- Após vocativos.
Exemplo: Vem, Fabiano!
- Após imperativos.
Exemplo: Corram!
- Após interjeição.
Exemplos: Ai! / Ufa!
Aspas
- Isolam estrangeirismos.
Exemplo: Os restaurantes “fast food” têm reinado na cidade.
Ponto
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o fim de uma frase declarativa de um período simples
ou composto. Pode substituir a vírgula quando o autor quer realçar, enfatizar o que vem após (evita-se
isso em linguagem formal).
– Posso ouvir o vento assoprar com força. Derrubando tudo!
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas: fev. = fevereiro, hab.= habitante, rod. =
rodovia, etc. = etecetera.
O ponto do etc. termina o período, logo não pode haver outro ponto: “..., feijão, arroz, etc..”. Absurdo
também é usar etc. seguido de reticências: “... feijão, arroz, etc....”.
Chama-se ponto parágrafo aquele que encerra um período e a ele se segue outro período em linha
diferente. Esse último ponto agora (antes do Esse) é chamado de ponto continuativo, pois a ele se segue
outro período no mesmo parágrafo. Ponto final é este que virá agora.
Ponto de Interrogação
O ponto de interrogação marca uma entoação ascendente (elevação da voz) com tom questionador.
Usa-se neste caso:
Parágrafo
Constitui cada uma das secções de frases de um escritor; começa por letra maiúscula, um pouco além
do ponto em que começam as outras linhas.
Colchetes
Asterisco
Barra
Hífen
Usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir pronomes átonos a verbos. Exemplo:
guarda-roupa
Questões
01. (IF-TO – Auditor – IFTO/2016) Marque a alternativa em que a ausência de vírgula não altera o
sentido do enunciado.
(A) O professor espera um, sim.
(B) Recebo, obrigada.
(C) Não, vá ao estacionamento do campus.
(D) Não, quero abandonar minhas funções no trabalho.
(E) Hoje, podem ser adquiridas as impressoras licitadas.
02. (MPE-GO – Secretário Auxiliar – MPE-GO/2016) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da
pontuação.
(A) Os motoristas, devem saber, que os carros podem ser uma extensão de nossa personalidade.
(B) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua, são as principais causas da ira de trânsito.
(C) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; aumentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
(D) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, porque você está junto; com os outros motoristas
cujos comportamentos, são desconhecidos.
(E) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas circunstâncias, ceder à frustração para que a
raiva seja aliviada.
04. (SEGEP-MA – Analista Ambiental – Pedagogo – FCC/2016) A maioria das pessoas pensa que
vai se aposentar cedo e desfrutar da vida, mas um estudo sugere que estamos fadados a nos aposentar
cada vez mais tarde se quisermos manter um padrão de vida razoável.
Em 2009, pesquisadores publicaram um estudo na revista Lancet e afirmaram que metade das
pessoas nascidas após o ano 2000 vai viver mais de 100 anos e três quartos vão comemorar seus 75
anos.
Até 2007 acreditávamos que a expectativa de vida das pessoas não passaria de 85 anos. Foi quando
os japoneses ultrapassaram a expectativa para 86 anos. Na verdade, a expectativa de vida nos países
desenvolvidos sobe linearmente desde 1840, indicando que ainda não atingimos um limite para o tempo
de vida máximo para um ser humano.
No início do século XX, as melhorias no controle das doenças infecciosas promoveram um aumento
na sobrevida dos humanos, principalmente das crianças. E, depois da Segunda Guerra Mundial, os
avanços da medicina no tratamento das enfermidades cardiovasculares e do câncer promoveram um
ganho para os adultos. Em 1950, a chance de alguém sobreviver dos 80 aos 90 anos era de 10%;
atualmente excede os 50%.
O que agora vai promover uma sobrevida mais longa e com mais qualidade será a mudança de hábitos.
A Dinamarca era em 1950 um dos países com a mais longa expectativa de vida. Porém, em 1980 havia
despencado para a 20a posição, devido ao tabagismo.
O controle da ingestão de sal e açúcar, e a redução dos vícios como cigarro e álcool, além de atividade
física, vão determinar uma nova onda do aumento de expectativa de vida. A própria qualidade de vida,
medida por anos de saúde plena, deve mudar para melhor nas próximas décadas.
O próximo problema a ser enfrentado é a falta de dinheiro para as últimas décadas de vida: estamos
nos aposentando muito cedo e o que juntamos não será o suficiente. Precisamos guardar 10% do salário
anual e nos aposentar aos 80 anos para que a independência econômica acompanhe a independência
física na aposentadoria.
Os pesquisadores propõem que a idade de aposentadoria seja alongada e que os sexagenários
mudem seu raciocínio: em vez de pensar na aposentadoria, que passem a mirar uma promoção.
(Adaptado de: TUMA, Rogério. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/revista/911/o-contribuinte-secular)
Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos com a vida. Se a gente a
considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de
As aspas empregadas em “dos remendos e intervenções para manter ou recuperar a “beleza” ” (3º§)
permitem a leitura de uma crítica à ideia de que:
(A) cada idade tem sua beleza própria
(B) a beleza só está associada à juventude
(C) a beleza interior deve valer mais do que a exterior
(D) o conceito de beleza é subjetivo, bastante relativo
(E) trabalhando a mente, o corpo fica belo
06. (TCM-RJ – Técnico de Controle Externo – IBFC/2016) Assinale a alternativa cuja frase está
corretamente pontuada.
(A) O bolo que estava sobre a mesa, sumiu.
(B) Ele, apressadamente se retirou, quando ouviu um barulho estranho.
(C) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja.
(D) Paulo pretende cursar Medicina; Márcia, Odontologia.
07. (MPE-GO – Secretário Auxiliar – MPE-GO/2016) O período abaixo foi escrito por Machado de
Assis em seu Conto de Escola. A alternativa que apresenta a pontuação de acordo com a norma culta é:
(A) Compreende-se que o ponto da lição era difícil e que o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria
a um meio que lhe pareceu útil: para escapar ao castigo do pai.
(B) Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria
a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai.
(C) Compreende-se que o ponto da lição era difícil e que o Raimundo não o tendo aprendido, recorria
a um meio que lhe pareceu útil: para escapar ao castigo do pai.
(D) Compreende-se que o ponto da lição era difícil e que, o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria;
a um meio que, lhe pareceu útil, para escapar ao castigo do pai.
(E) Compreende-se que: o ponto da lição era difícil e que o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria;
a um meio que lhe pareceu útil: para escapar ao castigo do pai.
— O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo.
— O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não
faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."
— Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio
da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
— O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem.
“O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.” A assertiva que
apresenta análise correta em relação ao parágrafo transcrito é:
(A) Há três adjetivos em função predicativa.
(B) Fazer foi usado como verbo impessoal.
(C) O verbo haver está na terceira pessoa do singular porque é impessoal.
(D) A forma verbal fazem concorda com o pronome relativo que.
(E) A oração que se fazem passar por bobos deveria estar precedida de vírgula porque explica o termo
espertos.
Um levantamento do Ministério Público de São Paulo traz um dado revelador: dois terços dos jovens
infratores da capital paulista fazem parte de famílias que não têm um pai dentro de casa. Além de não
viverem com o pai, 42% não têm contato algum com ele e 37% têm parentes com antecedentes criminais.
Ajudam a engrossar essas estatísticas os garotos Waldik Gabriel, de 11 anos, morto em Cidade
Tiradentes, Zona Leste de São Paulo, depois de fugir da Guarda Civil Metropolitana, e Italo, de 10 anos,
envolvido em três ocorrências de roubo só em 2016, morto pela Polícia Militar no início de junho, depois
de furtar um carro na Zona Sul da cidade. O pai de Waldik é caminhoneiro e não vivia com a mãe. O de
Italo está preso por tráfico. A mãe já cumpriu pena por furto e roubo.
É certo que um pai presente e próximo ao filho faz diferença. Mas, mais que a figura masculina
propriamente dita, faz falta uma família estruturada, independentemente da configuração, que dê atenção,
carinho, apoio, noções de continência e limite, elementos que protegem os jovens em fase de
desenvolvimento.
A mãe e a avó, nessa família brasileira que cresce cada vez mais matriarcal, desdobram-se para tentar
cumprir esses requisitos e preencher as lacunas, mas são “atropeladas” pela rotina dura. Muitas vezes,
não têm tempo, energia, dinheiro e voz para lidar com esses garotos e garotas que crescem na rua, longe
10. (SEGEP-MA – Analista Ambiental – Pedagogo – FCC/2016) Será que a internet está a matar a
democracia? Vyacheslav W. Polonski, um acadêmico da Universidade de Oxford, faz essa pergunta na
revista Newsweek. E oferece argumentos a respeito que desaguam em águas tenebrosas.
A internet oferece palco político para os mais motivados (e despreparados). Antigamente, o cidadão
revoltado podia ter as suas opiniões sobre os assuntos do mundo. Mas, tirando o boteco, ou o bairro, ou
até o jornal do bairro, essas opiniões nasciam e morriam no anonimato.
Hoje, é possível arregimentar dezenas, ou centenas, ou milhares de "seguidores" que rapidamente
espalham a mensagem por dezenas, ou centenas, ou milhares de novos "seguidores". Quanto mais
radical a mensagem, maior será o sucesso cibernauta.
Mas a internet não é apenas um paraíso para os politicamente motivados (e despreparados). Ela tende
a radicalizar qualquer opinião sobre qualquer assunto.
A ideia de que as redes sociais são uma espécie de "ágora moderna", onde existem discussões mais
flexíveis e pluralistas, não passa de uma fantasia. A internet não cria debate. Ela cria trincheiras entre
exércitos inimigos.
(Adaptado de: COUTINHO, João Pereira. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2016/08/1801611)
Gabarito
01.(E) / 02.(E) / 03.(E) / 04.(A) / 05.(B) / 06.(D) / 07.(B) / 08.(C) / 09.(A) / 10.(B)
Apostila gerada especialmente para: Maria Belarmino de Sousa 840.845.374-20
. 45
Comentários
Substantivo
É tudo o que nomeia as “coisas” em geral. Tudo o que pode ser visto, pego ou sentido. Tudo o que
pode ser precedido de artigo.
Classificação
Comum: é aquele que designa os seres de uma espécie de forma genérica. Ex.: pedra, computador,
cachorro.
Próprio: é aquele que designa um ser específico, determinado, individualizando-o. Ex.: Maxi,
Londrina, Dílson, Ester. O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula.
Concreto: é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em nossa imaginação
como se existissem por si. Ex.: ar, som, Deus.
Abstrato: é aquele que designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou sentimentos
humanos. Ex.: saída (prática de sair), beleza (existência do belo), saudade.
Derivado: aquele que provém de outra palavra da língua portuguesa. Ex.: pedreiro, jornalista.
Composto: aquele formado por dois ou mais radicais. Ex.: pedra-sabão, passatempo.
Coletivo: aquele no singular que indica diversos elementos de uma mesma espécie.
- abelha - enxame, cortiço, colmeia
- acompanhante - comitiva, cortejo, séquito
- alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada
- aluno - classe
- amigo - (quando em assembleia) tertúlia
Adjetivo
É a classe gramatical de palavras que exprimem qualidade, defeito, origem, estado do ser.
Locução Adjetiva
É toda expressão formada de uma preposição mais um substantivo, equivalente a um adjetivo. Por
exemplo, homens com aptidão (aptos), bandeira da Irlanda (irlandesa).
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Ex.: mau e má,
judeu e judia. Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento.
Ex.: o motivo sócio literário e a causa sócio literária. Exceção = surdo-mudo e surda-muda.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Ex.: homem feliz ou
cruel e mulher feliz ou cruel. Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Ex.: conflito
político-social e desavença político-social.
Plural dos adjetivos simples - Ex.: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Plural dos adjetivos compostos - Os adjetivos compostos flexionam-se no plural de acordo com as
seguintes regras:
- os adjetivos compostos formados de adjetivo + adjetivo flexionam somente o último elemento. Ex.:
luso-brasileiro e luso-brasileiros. Exceções: surdo-mudo e surdos-mudos. Ficam invariáveis os seguintes
adjetivos compostos: azul-celeste e azul-marinho.
- os adjetivos compostos formados de palavra invariável + adjetivo flexionam também só o último
elemento. Ex.: mal-educado e mal-educados.
O adjetivo flexiona-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. Existem, para o adjetivo,
dois graus:
Comparativo
- de igualdade: tão (tanto, tal) bom como (quão, quanto).
- de superioridade: analítico (mais bom do que) e sintético (melhor que).
- de inferioridade: menos bom que (do que).
Superlativo
- absoluto: analítico (muito bom) e sintético (ótimo ou boníssimo).
- relativo: de superioridade (o mais bom de) e de inferioridade (o menos bom).
Somente seis adjetivos têm o grau comparativo de superioridade sintético. Veja-os: de bom - melhor,
de mau - pior, de grande - maior, de pequeno - menor, de alto - superior, de baixo - inferior.
Para estes seis adjetivos, usamos a forma analítica do grau comparativo de superioridade, quando se
comparam duas qualidades do mesmo ser. Ex.: Ele é mais bom que inteligente.
Usa-se a forma sintética do grau comparativo de superioridade, quando se comparam dois seres
através da mesma qualidade. Ex.: Ela é melhor que você.
Pronome
A palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome é denominada pronome. Ex.: Ana disse
para sua irmã: - Eu preciso do meu livro de matemática. Você não o encontrou? Ele estava aqui em cima
da mesa.
- eu substitui “Ana”
- meu acompanha “o livro de matemática”
- o substitui “o livro de matemática”
- ele substitui “o livro de matemática”
- Gênero (masculino/feminino)
Ele saiu/Ela saiu
Meu carro/Minha casa
- Número (singular/plural)
Eu saí/Nós saímos
Minha casa/Minhas casas
- Pessoa (1ª/2ª/3ª)
Eu saí/Tu saíste/Ele saiu
Meu carro/Teu carro/Seu carro
- Substituir o nome: nesse caso, classifica-se como pronome substantivo e constitui o núcleo de um
grupo nominal. Ex.: Quando cheguei, ela se calou. (Ela é o núcleo do sujeito da segunda oração e se
trata de um pronome substantivo porque está substituindo um nome)
- Referir-se ao nome: nesse caso, classifica-se como pronome adjetivo e constitui uma palavra
dependente do grupo nominal. Ex.: Nenhum aluno se calou. (O sujeito “nenhum aluno” tem como núcleo
o substantivo “aluno” e como palavra dependente o pronome adjetivo “nenhum”)
Pronomes pessoais retos: são os que têm por função principal representar o sujeito ou predicativo.
- Associação de pronomes a verbos: os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando associados a verbos
terminados em -r, -s, -z, assumem as formas lo, la, los, las, caindo as consoantes. Ex.: Carlos quer
convencer seu amigo a fazer uma viagem; Carlos quer convencê-lo a fazer uma viagem.
- Quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), assumem as formas
no, na, nos, nas. Ex.: Fizeram um relatório; Fizeram-no.
- Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos e quando isso ocorre se referem ao sujeito da oração.
Ex.: Maria olhou-se no espelho; Eu não consegui controlar-me diante do público.
- Antes do infinitivo precedido de preposição, o pronome usado deverá ser o reto, pois será sujeito do
verbo no infinitivo. Ex.: O professor trouxe o livro para mim. (Pronome oblíquo, pois é um complemento);
O professor trouxe o livro para eu ler. (Pronome reto, pois é sujeito)
Pronomes de Tratamento
São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento
cerimonioso e outros em situações de intimidade. Conheça alguns:
- Você (v.): tratamento familiar
- Senhor (Sr.), senhora (Sr.ª.): tratamento de respeito
- Senhorita (Srta.): moças solteiras
- Vossa Senhoria (V.S.ª.): para pessoa de cerimônia
- Vossa Excelência (V.S.ª.): para altas autoridades
- Vossa Reverendíssima (V. Revmª.): para sacerdotes
- Vossa Eminência (V.Emª.): para cardeais
- Vossa Santidade (V.S.): para o Papa
- Vossa Majestade (V.M.): para reis e rainhas
- Vossa Majestade Imperial (V.M.I.): para imperadores
- Vossa Alteza (V.A.): para príncipes, princesas e duques
Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa. Ex.: Vossa
Excelência já terminou a audiência? (Nesse fragmento se está dirigindo a pergunta à autoridade).
Quando apenas nos referimos a essas pessoas, sem que estejamos nos dirigindo a elas, o pronome
“vossa” se transforma no possessivo “sua”. Ex.: Sua Excelência já terminou a audiência? (Nesse
fragmento não se está dirigindo a pergunta à autoridade, mas a uma terceira pessoa do discurso).
Pronomes Possessivos
São aqueles que indicam ideia de posse. Além de indicar a coisa possuída, indicam a pessoa
gramatical possuidora.
Pronomes Demonstrativos
Possibilitam localizar o substantivo em relação às pessoas, ao tempo, e sua posição no interior de um
discurso.
Pronomes Indefinidos
São pronomes que acompanham o substantivo, mas não o determinam de forma precisa: algum,
bastante, cada, certo, diferentes, diversos, demais, mais, menos, muito, nenhum, outro, pouco, qual,
qualquer, quanto, tanto, todo, tudo, um, vários.
Algumas locuções pronominais indefinidas: cada qual, qualquer um, tal e qual, seja qual for, sejam
quem for, todo aquele, quem (que), quer uma ou outra, todo aquele (que), tais e tais, tal qual, seja qual
for.
- Algum
- quando anteposto ao substantivo dá ideia de afirmação. “Algum dinheiro terá sido deixado por ela.”
- quando posposto ao substantivo dá ideia de negação. “Dinheiro algum terá sido deixado por ela.”
O uso desse pronome indefinido antes ou depois do verbo está ligado à intenção do enunciador.
- Demais: este pronome indefinido, muitas vezes, é confundido com o advérbio “demais” ou com a
locução adverbial “de mais”. Ex.:
Maria não criou nada de mais além de uma cópia do quadro de outro artista. (Locução Adverbial)
Maria esperou-os demais. (Pronome Indefinido = os outros)
Maria esperou demais. (Advérbio de Intensidade)
- Cada: possui valor distributivo e significa todo, qualquer, dentre certo número de pessoas ou de
coisas. Ex.: “Cada homem tem a mulher que merece”. Este pronome indefinido não pode anteceder
substantivo que esteja em plural (cada férias), a não ser que o substantivo venha antecedido de numeral
(cada duas férias). Pode, às vezes, ter valor intensificador: “Mário diz cada coisa idiota!”
Pronomes Relativos
São aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome
citado denomina-se antecedente do pronome relativo. Ex.: “A rua onde moro é muito escura à noite.”;
onde: pronome relativo que representa “a rua”; a rua: antecedente do pronome “onde”.
O pronome relativo quem sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisas personificadas,
vem sempre antecedido de preposição e possui o significado de “o qual”. Ex.: “Aquela menina de quem
lhe falei viajou para Paris”. Antecedente: menina; Pronome relativo antecedido de preposição: de quem.
Os pronomes relativos cujo, cuja sempre precedem a um substantivo sem artigo e possuem o
significado “do qual”, “da qual”. Ex.: “O livro cujo autor não me recordo.”
Os pronomes relativos quanto(s) e quanta(s) aparecem geralmente precedidos dos pronomes
indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Ex.: “Você é tudo quanto queria na vida.”
O pronome relativo onde tem sempre como antecedente palavra que indica lugar. Ex.: “A casa onde
moro é muito espaçosa.”
O pronome relativo que admite diversos tipos de antecedentes: nome de uma coisa ou pessoa, o
pronome demonstrativo ou outro pronome. Ex.: “Quero agora aquilo que ele me prometeu.”
Os pronomes relativos, na maioria das vezes, funcionam como conectivos, permitindo-nos unir duas
orações em um só período. Ex.: A mulher parece interessada. A mulher comprou o livro. (A mulher que
parece interessada comprou o livro.)
Pronomes Interrogativos
Levam o verbo à 3ª pessoa e são usados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Não existem
pronomes exclusivamente interrogativos e sim que desempenham função de pronomes interrogativos,
como por exemplo: que, quantos, quem, qual, etc. Ex.: “Quantos livros teremos que comprar?”; “Ele
perguntou quantos livros teriam que comprar.”; “Qual foi o motivo do seu atraso?”
Verbo
Quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação e indica o momento em que ela
ocorre é o verbo. Exemplos:
- Aquele pedreiro trabalhou muito. (Ação – pretérito)
- Venta muito na primavera. (Fenômeno – presente)
- Ana ficará feliz com a tua chegada. (Estado - futuro)
1º
2º Conjugação 3º Conjugação
Conjugação
terminados em terminados em
terminados em
ER IR
AR
cantar vender partir
amar chover sorrir
sonhar sofrer abrir
Tempos Verbais
Modos Verbais
- Indicativo - Apresenta o fato de maneira real, certa, positiva. Ex.: Eu estudo geografia; Iremos ao
cinema; Voltou para casa.
- Subjuntivo - Pode exprimir um desejo e apresenta o fato como possível ou duvidoso, hipotético. Ex.:
Queria que me levasses ao teatro; Se eu tivesse dinheiro, compraria um carro; Quando o relógio
despertar, acorda-me.
- Imperativo - Exprime ordem, conselho ou súplica. Ex.: Limpa a cozinha, Maria; Descanse bastante
nestas férias; Senhor tende piedade de nós.
- Infinitivo Pessoal: quando se refere às pessoas do discurso. Neste caso, não é flexionado nas 1ª e
3ª pessoas do singular e flexionadas nas demais:
Falar (eu) – não flexionado
Falares (tu) – flexionado
Falar (ele) – não flexionado
Falarmos (nós) – flexionado
Falardes (voz) – flexionado
Falarem (eles) – flexionado
- Infinitivo Impessoal: uma forma em que o verbo não se refere a nenhuma pessoa gramatical. Não
se refere às pessoas do discurso. Exemplos: Viver é bom. (A vida é boa); É proibido fumar. (É proibido o
fumo)
Imperativo
Ao indicar ordem, conselho, pedido, o fato verbal pode expressar negação ou afirmação. São, portanto,
duas as formas do imperativo:
1º 2º
3º CONJUGAÇÃO
CONJUGAÇAO CONJUGAÇÃO
PART - IR
CANT - AR VEND - ER
Não cantes Não vendas Não partas
Não cante Não venda Não parta
Não cantemos Não vendamos Não partamos
Não canteis Não vendais Não partais
Não cantem Não vendam Não partam
O imperativo não possui a 1ª pessoa do singular, pois não se prevê a ordem, o pedido ou o conselho
a si mesmo.
Aspectos
Pretérito Perfeito Composto: indica um fato concluído, revela de certa forma a ideia de continuidade.
Ex.: Eu tenho estudado (eu estudei até o presente momento). Os verbos invocativos (terminados em
“ecer” ou “escer”) indica uma continuidade gradual. Ex.: Embranquecer é começar a ficar grisalho e
Envelhecer é ir ficando velho.
Preposição
É uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece
normalmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito
importantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos
indispensáveis para a compreensão do texto.
Tipos de Preposição
A preposição é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância
em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo; por + a = pela. Esse processo de junção de uma preposição
com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:
Preposição + Artigos
De + o(s) = do(s)
De + um = dum
Em + um = num
Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
Em + esse(s) = nesse(s)
Conjunções
As Conjunções exercem a função de conectar as palavras dentro de uma oração. Desta forma, elas
estabelecem uma relação de coordenação ou subordinação e são classificadas em: Conjunções
Coordenativas e Conjunções Subordinativas.
Conjunções Coordenativas
1. Aditivas (Adição)
E
Nem
Não só... Mas também
Mas ainda
Senão
Exemplos:
Viajamos e descansamos.
Essa tarefa não ate nem desta.
Eu não só estudo, mas também trabalho.
Mas
Porém
Todavia
Entretanto
No entanto
3. Alternativas (Alternância)
Ou, ou
Ora, ora
Quer, quer
Já, já
Exemplos:
Ou você vem agora, ou não haverá mais ingressos.
Ora chovia, ora fazia sol.
4. Conclusivas (Conclusão)
Logo
Portanto
Por conseguinte
Pois (após o verbo)
Exemplos:
O caminho é perigoso; vá, pois, com cuidado!
Estamos nos esforçando, logo seremos recompensados.
5. Explicativas (Explicação)
Que
Porque
Porquanto
Pois (antes do verbo)
Exemplos:
Não leia no escuro, que faz mal à vista.
Compre estas mercadorias, pois já estamos ficando sem.
Conjunções Subordinativas
Ligam uma oração principal a uma oração subordinativa, com verbo flexionado.
Exemplos:
Todos perceberam que você estava atrasado.
Aposto como você estava nervosa.
2. Temporais (Tempo) – Quando / Enquanto / Logo que / Assim que / Desde que
Exemplos:
Logo que chegaram, a festa acabou.
Quando eu disse a verdade, ninguém acreditou.
4. Proporcionais (Proporcionalidade) – À proporção que / À medida que / Quanto mais ... mais /
Quanto menos... menos
Exemplos:
À medida que se vive, mais se aprende.
Quanto mais se preocupa, mais se aborrece.
9. Consecutivas (Consequência) – Que (precedido dos termos: tal, tão, tanto...) / De forma que
Exemplos:
A menina chorou tanto, que não conseguiu ir para a escola.
Ontem estive viajando, de forma que não consegui participar da reunião.
10. Concessivas (Concessão) – Embora / Conquanto / Ainda que / Mesmo que / Por mais que
Exemplos:
Todos gostaram, embora estivesse mal feito.
Por mais que gritasse, ninguém o socorreu.
Questões
02. (Pref. Piraúba/MG - Oficial de Serviço Público - MS Concursos/2017) Marque a alternativa onde
temos substantivos coletivos.
(A) Exército – rebanho – constelação.
(B) Pai – cavaleiro – frade.
(C) Rei – conde – cônsul.
(D) Padre – marido – cão.
Reuso da Água
O que é
O reuso da água é um processo pelo qual a água passa para que possa ser utilizada novamente. Neste
processo pode haver ou não um tratamento da água, dependendo da finalidade para a qual vai ser
reutilizada.
Importância
Por se tratar de um bem natural que está cada vez mais raro e caro, reutilizar a água é de fundamental
importância para o meio ambiente e também para a economia das empresas, cidadãos e governos.
Exemplos práticos de reuso da água:
- Numa empresa, a água usada em processos industriais pode ser tratada numa estação de tratamento
de água na própria empresa e reutilizada no mesmo ciclo de produção.
- Numa residência, água de banho pode ser captada e usada para lavagem de quintal e para dar
descarga em vasos sanitários. Já existem sistemas a venda no mercado que fazem a captação,
armazenamento e filtragem deste tipo de água.
- Água da rede de esgoto pode passar por um processo eficiente de tratamento e ser utilizada para
regar jardins públicos, lavar ruas e automóveis e irrigar plantações. Esta água também pode ser devolvida
à natureza para seguir o ciclo hidrológico.
Utilização da água de chuva
Atualmente, grande parte da água da chuva vai parar na rede de esgoto das cidades, gerando um
grande desperdício deste recurso. Esta água, se captada, pode ser utilizada para diversas finalidades. Já
existem alguns prédios com estrutura capaz de fazer a captação e armazenagem deste tipo de água.
Ela é usada nos processos de limpeza do prédio, resultando numa importante economia para o
condomínio, pois gera uma redução na conta de água.
(com adaptação) (http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/reuso_agua.htm)
Substantivo coletivo
I. Cáfila
II. Ramalhete
III. Vara
IV. Rebanho
08. (Pref. Videira/SC - Agente Operacional de Vigilância - ASSCONPP) Observe as frases abaixo:
I. As mangas doces eram colhidas pelas crianças.
II. Naquela fazenda as crianças comeram muitos doces.
Gabarito
01. D / 02. A / 03. C / 04. A / 05. A / 06. A / 07. A / 08. A / 09. B / 10. C
Comentários
01. D
Não há como definir que uma palavra não seja um substantivo sem analisar a frase completa (ou o
contexto).
02. A
O substantivo coletivo é um substantivo comum que, mesmo no singular indica um agrupamento,
multiplicidade de seres de uma mesma espécie.
03. C
Corrigindo as alternativas, passando para número ordinal:
A) Dois milésimos ou segundo milésimo - Número ordinal
B) Septuagésimo - número ordinal
C) Terceiro milésimo ou três milésimos - número ordinal
D) Número fracionário - "doze avos", passando para ordinal: décimo segundo, dozeno ou duodécimo.
04. A
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que
procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja
necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga!
05. A
06. A
Empresa, água e processos - substantivos
Usada e industriais - adjetivos
07. A
Cáfila = de camelos
Ramalhete = de flores
Vara = de porcos
Rebanho = de ovelhas
08. A
Do ponto de vista morfológico, normalmente o adjetivo varia em gênero, número e grau. Como você
pôde perceber, os adjetivos destacados mudaram de gênero, número e/ou grau: amarela, (muito) bonita,
(bem) sugestivos. Ele varia em grau normalmente pelo uso de advérbios de intensidade. Veremos melhor
isso à frente. Ah! Vale também perceber os sufixos formadores de adjetivos no capítulo de estrutura de
palavras, pois, quanto mais soubermos sobre eles, com mais facilidade identificaremos esta classe.
09. B
A regra do plural das palavras diminutivas é simples. Primeiro transforma-se a palavra de origem para
o plural e em seguida transfere-se o "S" para o fim da palavra após o acréscimo do sufixo "zinho" ou "zito".
Ex. Pão -> Pães -> Pãezinhos / Chapéu -> Chapéus -> Chapeuzinhos/ Túnel - -> Túneis -> Tuneizinhos
10. C
Concreto - pode ser desenhado. Fada, terra, mar etc.
Abstrato - não. Ex. Colheita, beijo, saudade, ajuda, viagem, ansiedade etc.
Problemas gerais da língua culta: uso do afim e a fim de, onde/aonde, mal/mau,
demais/de mais, a/há, mas/mais, senão/ se não
Prezado candidato(a),