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RESUMO: Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença parasítica debilitante e potencialmente fatal
que afeta ao menos 12 milhões de pessoas, com uma incidência estimada de 2 milhões de novos
casos anualmente, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde, a segunda maior doença
de importância pública causada por um protozoário. Com transmissão por flebotomíneos das
espécies Lutzomyia longipalpis e L. cruzi, a mesma apresenta em infecções fatores como febre,
hepato e esplenomegalia, podendo causar óbito caso não tratada. Sendo própria de locais com clima
seco e precipitações pluviométricas anuais inferiores a 800 mm, com fisiografia entre montanhas e
vales. Em 2003 o Tocantins foi o estado que registrou a maior taxa de incidência da doença no país
com 20 casos por 100 mil habitantes.
MATERIAIS E MÉTODOS: Para este trabalho fez-se uma pesquisa no Sistema de Informação
de Agravos de Notificação (SINAN). O qual é uma base de dados alimentada por informações do
Ministério da Saúde, sendo formado por informações dos órgãos de saúde nas esferas municipais e
estaduais. Optou-se por uma busca de informações sobre as ocorrências de Leishmaniose Visceral
Humana entre os anos de 2007 e 2012. Os valores encontrados foram tabelados e posteriormente
analisados e transformados em gráficos no Microsoft Excel 2013. Os dados Pluviométricos foram
obtidos pelo site Tempo Agora, as demais imagens externas foram editadas de seus artigos
originais. Para analisar os dados encontrados na literatura, foram realizadas estatísticas descritivas,
gráficos com frequências absolutas, e estatísticas inferenciais envolvendo o teste de qui-quadrado
para tendência (para relacionar o ano e os casos de leishmaniose), o teste de qui-quadrado para
independência (verificar a associação entre sexo e os casos de LV), bem como Correlação de
Pearson para investigar a relação entre as variáveis climáticas de temperatura, pluviosidade e os
casos de Leishmaniose. Em todos os testes foi adotado um nível de significância (a) de 0,05 para
Erro do Tipo I, ou seja, o erro de rejeitar a Ho quando esta devia ser aceita (SOARES &
SIQUEIRA, 2002). As estatísticas referenciais foram feitas com o auxtílio do Epi Info (2004),
versão 3.5.1.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre os estudos feitos em Palmas, sobre a incidência da
LV esta o trabalho de Glória (2006), a qual apresentou tendência significativa (Χ²=41,8; p=0,0001)
como pode ser observado na figura 1.
100
80 91
60
40 53 51
41
20
26 25
0
15
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Figura 1: Variação de casos anuais de Leishmaniose Visceral Humana em Palmas entre 2007 e
2003.
Pelos dados apresentados, pode-se verificar que no período entre 1997 e 2003, a LV estava ainda
em um ciclo de crescimento contínuo, no qual a mesma passava por anos de aumento consecutivo,
com pequenas quedas nos anos de 1999 e 2002, porém em 2003, na cidade de Palmas obteve-se o
patamar de 66 casos por 100 mil habitantes.
Relativamente ao avanço da endemia na cidade a figura 2 apresenta os dados do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN), mostram que na década posterior os números
estavam baixando significativamente (Χ²=6,86; p=0,008).
45
40
35 39 39
30
32 32
25
20 26 26
15 21
10
5
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
100 74
32 39 39 32
50 17 9 26 23
9
2613 2118 23
9 16 7 23 12 9 21
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS