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HOME > Objetivo (5) – Eixo Educacional do PMM – potente ferramenta de Educação Permanente
para integração ensino-serviço-comunidade
A supervisão foi pensada como uma das ações educacionais “na perspectiva de
singularizar e potencializar a vivência e atuação dos médicos participantes, ofertando
suporte para o desenvolvimento das ações da Atenção Básica”. Para viabilizá-la, de
acordo com o artigo de Almeida (2015), foi criado no âmbito do MEC a Diretoria de
Desenvolvimento da Educação em Saúde, da Secretaria de Educação Superior, do
Ministério da Educação (DDES/ SESu/MEC), que estruturou uma proposta de apoio
institucional, a qual teve início com a contratação de profissionais com o seguinte perfil:
experiência em Saúde Coletiva / Atenção Básica / Gestão do cuidado; experiência em
processos de formação (Educação Popular, Educação Permanente, PBL ou outras
modalidades de formação construtivista); experiência em Articulação/ apoio
institucional e/ou matricial; movimentos sociais ou coordenação de equipe; habilidade
com informática”. “Os primeiros estados a contarem com apoiadores foram Ceará (CE),
Bahia (BA), Minas Gerais (MG) e Rio Grande do Sul (RS). Ao longo dos meses, a estratégia
foi sendo ampliada de quatro para 12, depois 20, chegando ao total de 40 apoiadores
em todas as unidades federativas do País. Para dar suporte a esta nova equipe, a
própria DDES necessitou modificar seu arranjo”.
Almeida (2015) relata que “Em 2014 foram realizadas quatro oficinas em Brasília,
envolvendo o conjunto dos trabalhadores para planejamento e construção da
estratégia do apoio. A Educação Permanente apresentou-se como eixo estruturante na
construção/desconstrução/reconstrução do fazer dos atores em torno da supervisão
acadêmica, até chegar ao modelo que orienta atualmente as atividades. Destes
encontros foram construídos consensos sobre quem e o que é o apoio, que passou a
ser chamado de AIMEC (Apoio Institucional do MEC) e que este fazer permanece em
construção. Atualmente o grupo vem desenvolvendo suas atividades perante um
público de 1.941 supervisores e 201 tutores, vinculados a 51 Instituições Supervisoras”.
Já a tese
Avaliação das atividades de supervisão nos Programas de provimento de médicos
na Bahia,
Vieira, Mariângela Costa, Campinas; s.n; 2017, propõe-se “avaliar a atividade de
supervisão aos médicos dos programas de provimento médico do governo federal na
perspectiva da integralidade”. (…) “Os resultados evidenciaram, como potencialidades,
contribuições na qualificação do cuidado integral, na organização processo de trabalho
e a função de apoiador da prática de supervisão aos médicos. Algumas foram as
dificuldades apresentadas no processo de supervisão. Uma delas em relação ao
formato, frequência das visitas de supervisão e organização local da supervisão do
PMM. Outro achado deste trabalho foi a importância de pensar onde os pés pisam,
referindo-se à necessidade da experiência na APS para a prática da supervisão…”(AU)
http://pesquisa.bvsalud.org/pmm/resource/pt/sus-35788
Como parte das conclusões os autores consideram a supervisão como “uma importante
estratégia de aproximação entre as universidades (instituições supervisoras) e o SUS,
contribuindo para o fortalecimento da integração ensino-serviço-comunidade” e
afirmam, “que a supervisão tem se mostrado uma ferramenta pujante para a
qualificação das práticas clínicas e assistenciais dos médicos, o que, por sua vez, é
potencialmente indutor de processos de fortalecimento da Atenção Básica e de
consolidação do SUS. Por possibilitar a discussão entre profissionais no seio do serviço,
com temáticas que emergem do campo do trabalho, também se mostra como potente
estratégia de educação permanente, visto que serve para preencher lacunas e induzir
mudanças nas práticas profissionais, o que contribui para o acúmulo de saber técnico,
um dos requisitos necessários à transformação das práticas”.
Projeto Mais Médicos para o Brasil: uma análise da supervisão acadêmica
Almeida, Erika Rodrigues de; Martins, Adriano Ferreira; Macedo, Harineide
Madeira; Penha, Rodrigo Chávez. Interface (Botucatu, Online); 21, 2017.
http://pesquisa.bvsalud.org/pmm/resource/pt/biblio-859847