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Portfólio

KACILENNY DOS SANTOS TRIGUEIRO PONTES

PROFESSOR ISAIAS BRAZ DE ALMEIDA JÚNIOR

12 de dezembro de 2017 Baturité


FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ

Disciplina: Pesquisa e Pratica Pedagógica VI

Docente: Isaias Braz de Almeida Júnior

Discente: Kacilenny dos Santos Trigueiro Pontes

E-mail: kacilenny@hotmail.com

CICLO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO CEARÁ:


PRINCIPAIS RESULTADOS CICLO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO
CEARÁ: PRINCIPAIS RESULTADOS

Percebe-se, nas últimas décadas, um grande movimento no sentido de garantir


a todos o acesso à educação, mas que nem sempre se fez acompanhar do
desenvolvimento e da melhoria dos indicadores sociais e de qualidade de vida da
população. As políticas educacionais de acesso, nos mais variados modelos e formas,
têm, de certa forma, assegurado mecanismos de reprodução da lógica dos sistemas
educacionais tradicionais, ampliando em alguns casos a segregação interna dos
sistemas de ensino, criando novas dinâmicas de exclusão, de maneiras mais
complexas e difusas. Para grandes setores da população, a permanência na escola,
mesmo representando uma grande conquista social, esteve longe de se converter em
oportunidade de acesso a um direito efetivo.
No Brasil, a avaliação educacional passa a ser objeto de intenso debate e
reflexão, tanto nos meios acadêmicos, como nos altos escalões das instâncias
centrais do governo, responsáveis pela definição das políticas públicas educacionais,
recebendo forte influência e incentivo dos organismos internacionais de
financiamento. Essa discussão ganha corpo, dando origem ao sistema de avaliação
do país, cujo primeiro levantamento foi realizado em 1990, passando a ser
denominado posteriormente de Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
(Saeb). O Saeb surge então com o objetivo de fazer um diagnóstico da situação de
aprendizagem dos alunos ao final de cada ciclo de ensino, subsidiando assim a
tomada de decisão no tocante à definição das políticas educacionais.
Mais do que prover o acesso de todos à educação, é preciso operar
mudanças profundas nas estruturas sociais, no sentido de reconhecer e absorver um
novo paradigma de uma sociedade plenamente educada. A superação desse desafio,
sobretudo nos países menos desenvolvidos, pressupõe, além da necessidade de
avanços em vários outros aspectos de conjuntura macro, transformações nos modelos
e práticas educacionais vigentes, assim como no acompanhamento e monitoramento
dos serviços educacionais ofertados, com base em dados, indicadores e informações
significativas e confiáveis, capazes de retratar as condições de efetividade, qualidade
e equidade do sistema educacional.

A avaliação educacional ganha força por ser uma prioridade política dos
gestores maiores, fazendo-se refletir nas diversas outras políticas educacionais em
curso. Por sua vez, a avaliação passa a ser concebida como uma ferramenta
estratégica de gestão do sistema. Com o uso da avaliação como instrumento indutor
da melhoria da educação, explicitado, sobretudo, com a utilização dos resultados das
avaliações atrelados a políticas de incentivo e premiação, com o propósito de motivar
os agentes envolvidos no processo educacional. A avaliação educacional por si só
não é capaz de resolver os problemas da educação, mas fornece importantes
elementos para nortear o processo de intervenção e transformação da realidade
educacional existente, rompendo com obstáculos da baixa qualidade e equidade
predominantes nos sistemas de ensino em nosso estado e em nosso país.
A avaliação educacional por si só não é capaz de resolver os problemas da
educação, mas fornece importantes elementos para nortear o processo de
intervenção e transformação da realidade educacional existente, rompendo com
obstáculos da baixa qualidade e equidade predominantes nos sistemas de ensino em
nosso estado e em nosso país.
AVALIAÇÃO ESCOLAR COMO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE
CONHECIMENTO.

Sabendo que a avaliação nunca antes foi tão discutida e questionada e


sendo um mecanismo que orienta e acompanha o processo educativo torna-se
inevitável a reflexão sobre a ação que o educador deve ter frente o ato avaliativo.
Nessa perspectiva, faz-se necessário primeiramente apresentar alguns
conceitos de avaliação, para melhor compreensão de sua dimensão e suas
implicações na prática educativa. Conceber que a avaliação deve fazer parte de todo
o processo educativo significa compreende-la como elemento de fundamental
importância no desenvolvimento da aprendizagem do educando.
Nessa concepção, percebe-se que não é possível dissociar o ato de
acompanhar e retomar o processo de construção dos saberes com a intenção de
constatar o nível de conhecimento que o educando adquire. Tendo em vista que
ambos estão interligados, a prática avaliativa e educativa vai se constituir em um
conjunto de ações que se completam ao final do processo ensino-aprendizagem.
Percebe-se aí que a avaliação assume um caráter que vai além do simples
dever de avaliar no que tange as funções do professor. Nesse sentido, o compromisso
do educador envolve tanto a questão do respeito, quanto ao querer bem ao educando.
Com essa postura o profissional possibilitará ao aluno a apreensão e a construção de
saberes necessários para a formação humana. Por outro lado, a avaliação presente
no espaço escolar também assume outra finalidade que vai ao encontro das
exigências burocrática sociais. No âmbito da educação formal é exigida do professor
a verificação e mensuração do aprendizado do aluno, apresentando quantitativamente
os resultados da aprendizagem. E esses, por sua vez, são obtidos através de provas
e testes, que na maioria das vezes não contribui para a construção do conhecimento
do aluno. Desse modo, o aluno acaba memorizando o conteúdo a ser avaliado,
deixando de desenvolver a aprendizagem que é fundamental em seu processo de
formação.
Assim, é preciso ter comprometimento e envolvimento com o ato de educar,
para que se possa obter à aprendizagem dos alunos com os recursos que se tem, e
não cruzar os braços em detrimento das faltas e falhas que o educador se depara no
cotidiano escolar. Ocorre que às vezes o educador fica se justificando das ações que
não desenvolvem pelo fato de não se disponibilizar dos materiais que supostamente
lhe auxiliaria em seu processo pedagógico. Quando se leva em conta o compromisso
e responsabilidade do professor com a aprendizagem dos alunos ele normalmente
trabalha com os poucos recursos que lhe são disponibilizados. Pois o mais importante
é que o aluno possa obter os saberes que necessitam para a sua formação humana
e o exercício de sua cidadania.
AVALIAÇÃO E COTIDIANO.

A avaliação se faz presente em todos os domínios da atividade humana. O


“julgar”, o “comparar”, isto é, “o avaliar” faz parte de nosso cotidiano, seja através das
reflexões informais que orientam as frequentes opções do dia-a-dia ou, formalmente,
através da reflexão organizada e sistemática que define a tomada de decisões. Como
prática formalmente organizada e sistematizada, a avaliação no contexto escolar
realiza-se segundo objetivos escolares implícitos ou explícitos, que, por sua vez,
refletem valores e normas sociais. No entanto, em qualquer nível de ensino em que
ocorra, a avaliação não existe e não opera por si mesma; está sempre a serviço de
um projeto ou de um conceito teórico, ou seja, é determinada pelas concepções que
fundamentam a proposta de ensino.
Essa ideia de que avaliar o processo de ensino e de aprendizagem não é
uma atividade neutra ou destituída de intencionalidade nos faz compreender que há
um estatuto político e epistemológico que dá suporte a esse processo de ensinar e de
aprender que acontece na prática pedagógica na qual a avaliação se inscreve.
Podemos partir do pressuposto de que a avaliação, como prática escolar,
não é uma atividade neutra ou meramente técnica, isto é, não se dá num vazio
conceitual, mas é dimensionada por um modelo teórico de mundo, de ciência e de
educação, traduzida em prática pedagógica.
Um segundo pressuposto é que a prática de avaliação dos processos de
ensino e de aprendizagem ocorre por meio da relação pedagógica que envolve
intencionalidades de ação, objetivadas em condutas, atitudes e habilidades dos atores
envolvidos.
Na condição de avaliador desse processo, o professor interpreta e atribui
sentidos e significados à avaliação escolar, produzindo conhecimentos e
representações a respeito da avaliação e acerca de seu papel como avaliador, com
base em suas próprias concepções, vivências e conhecimentos.
Nesse processo de avaliação são levados em consideração os
conhecimentos, atitudes e valores demonstrados principalmente por seus
comportamentos e pelas relações que estabelecem. Em certa perspectiva
pedagógica, isso poderia ser interpretado como avaliar o aluno como um “todo”,
valorizando outros aspectos além do desempenho cognitivo dos alunos. A avaliação
tem se confundido com a possibilidade de medir a quantidade de conhecimentos
adquiridos pelos alunos, considerando o que foi ensinado pelo professor. Mas vimos
que, se os aspectos cognitivos historicamente fazem parte dos discursos sobre
avaliação e inclusão, nas práticas, nos conselhos, os aspectos comportamentais
ganham centralidade nas decisões e veredictos sobre os alunos.

Hoje, em nosso cotidiano escolar, os instrumentos e procedimentos


utilizados são negociados e, principalmente, conhecidos pelos sujeitos envolvidos?
São utilizados para controlar as ações ou classificar as crianças e jovens, distribuindo
notas ou conceitos que reduzem e empobrecem o processo vivido, ou para dar
visibilidade aos diferentes conhecimentos que são produzidos nesse processo, para
enriquecer a epistemologia, principalmente pedagógica, com novos saberes.
FATORES QUE DIFICULTAM A TRANSFORMAÇÃO DA AVALIAÇÃO NA
ESCOLA.

A avaliação ocorre de várias formas em diferentes momentos da vida;


algumas vezes de maneira consciente, outras de forma completamente inconsciente.
Na escola, passa a ser objeto de muitas preocupações por ser um processo complexo
e difícil, inerente ao trabalho docente, pois envolve procedimentos que requerem uma
ação conjunta de todos aqueles que, direta ou indiretamente, a ela estão ligados, bem
como representa um dos pontos vitais para o alcance de uma prática pedagógica mais
efetiva no cumprimento de seus propósitos. A avaliação da aprendizagem, têm sido
numerosos nas últimas décadas. Valiosas contribuições foram incorporadas ao
referencial teórico que orienta – ou tenta orientar – a ação docente no interior das
salas de aula. Muitos já se voltaram para o estudo dos fatores que dificultam ou
impedem a efetivação de uma avaliação da aprendizagem mais centrada nos
processos vivenciados pelo aprendiz do que nos produtos aferidos.
O objetivo principal de uma análise centrada na avaliação é “[...] desvendar
a teia de fatos e aspectos patentes e latentes que delimitam o fenômeno que
analisamos [para], em seguida, tentar mostrar um encaminhamento que possibilite
uma transformação de tal situação”. Muitas são as causas, variados são os fatores
que obstaculizam a transformação das práticas avaliativas.
Atingir a meta estabelecida exige a consecução de ações diversas. São
elas: aprofundar o referencial teórico, para melhor compreender os meandros por
meio dos quais a avaliação da aprendizagem assumiu a “roupagem” com que se
apresenta atualmente; entrevistar os professores que compartilham e atuam no
espaço escolar, para saber o que pensam e o que fazem em relação à avaliação da
aprendizagem; determinar e identificar os fatores que dificultam a transformação da
prática avaliativa, conforme o enunciado pelos atores envolvidos no estudo; confrontar
os dados coletados com o referencial teórico pesquisado, tencionando determinar
semelhanças e diferenças, proximidades e variabilidades constatadas; enunciar
indicadores que possam orientar a superação dos fatores que dificultam a
transformação da prática avaliativa.
Avaliação não é o ato pelo qual A avalia B, mas é, na verdade, o ato por
meio do qual A e B avaliam juntos a prática implementada, as aprendizagens
efetivadas, as conquistas erigidas, o desenvolvimento conquistado, os obstáculos
encontrados ou os erros e equívocos porventura cometidos.
A avaliação da aprendizagem desempenha função primordial, quando
compreendida e concebida como [...] processo/instrumento de coleta de informações,
sistematização e interpretações das informações, julgamento de valor do objeto
avaliado através das informações tratadas e decifradas, e, por fim, tomada de decisão
(como intervir para promover o desenvolvimento das aprendizagens significativas).
Consoante essa perspectiva, a avaliação é o espaço ideal para
mediação/aproximação/diálogo entre as alternativas de ensino do professor e os
percursos de aprendizagem dos alunos. De um modo geral, ao contrário de quando
nos referimos à avaliação da aprendizagem, é frequentemente a imagem das provas
que se afigura como referencial maior e quase sempre como sinônimo de poder, e
traz consigo a emulação ou a punição; a superação ou a coibição, o estímulo ou o
vexame – em decorrência dos resultados auferidos.
Todo e qualquer instrumento de avaliação serve apenas como agente para
a coleta de informações necessárias à compreensão dos meandros pelos quais evolui
a aprendizagem dos alunos. Compreensão que deve resultar em reorganização do
trabalho docente para uma intervenção efetiva que assegure que todos aprendam o
máximo possível e que todos evoluam e alcancem patamares superiores de
aprendizagem e desenvolvimento.
GESTÃO EDUCACIONAL E RESULTADOS NO IDEB: UM ESTUDO DE CASO EM
DEZ MUNICÍPIOS CEARENSES.

A gestão da educação brasileira se caracteriza como uma ação


compartilhada pelos três entes federados – União, Estados e Municípios – prevista no
artigo 211 da Constituição Federal de 1998. Com a publicação da LDB de 1996 a
concepção de descentralização dos serviços educacionais foi fortalecida. As
competências e obrigações da União em relação ao sistema educacional brasileiro
estão expressas nos artigos 8º e 9º da LDB; as do Estado estão estabelecidas no
artigo 10, enquanto as obrigações do Município com a educação estão explicitadas
no artigo 11 da mesma lei.
A implantação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), em 1998, criou um ambiente
favorável a que os municípios assumissem a oferta integral do ensino fundamental,
uma vez que a grande maioria deles, especialmente os do Nordeste, tem uma
expressiva parcela de suas receitas dependente de repasses constitucionais ou
transferências legais.
A municipalização do ensino fundamental foi efetivada, independentemente
das condições de oferta dos serviços educacionais. Naquele momento, qualidade da
educação foi tema pouco presente no processo de expansão. No entanto, desde os
anos 1990, aspecto relacionado à eficácia da gestão educacional no âmbito municipal
tem sido abordado pela literatura em política educacional no Brasil.
Neste período, os municípios estudados apresentavam histórico de
sucesso em algum dos indicadores coletados, geralmente por meio do Censo Escolar,
como taxa de aprovação, distorção idade/série, taxas de evasão e abandono. Pode-
se afirmar que as primeiras investigações em torno do conceito de qualidade são
realizadas de modo a considerar indicadores de natureza subjetiva, com algumas
variáveis quantitativas obtidas pelo Censo Escolar. No entanto, preocupações
associadas à eficiência dos serviços educacionais, a qualidade dos gastos com
educação e indicadores de desempenho escolar não ocupam o foco das pesquisas
de então.

COMO AVALIAR ATRAVÉS DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES


Contudo, avaliar a formação do aluno durante todo o processo ensino
aprendizagem não é uma tarefa fácil, ainda mais avaliar individualmente em meio a
turmas grandes e heterogêneas. Diante dessa dificuldade, a grande maioria dos
professores preferem as avaliações que classificam os alunos por conceito depois do
processo de ensino, ou seja, avaliações instrumentadas por provas que medem o
conhecimento.
Os professores argumentam que faltam recursos pedagógicos
suficientemente diversificados que os auxiliem na geração de dados e tempo para
interpretá-los, como também a realização das intervenções regulatórias no momento
apropriado.Para serem críveis, as avaliações formativas necessitam de instrumentos
capazes de coletar dados de formação individualizados, de fácil operacionalização
para os professores, em tempo de haver regulação da aprendizagem.
Essa problemática motivou o desenvolvimento de um processo sistêmico, no
domínio da avaliação da aprendizagem, para apoiar a avaliação formativa de
competências e habilidades.
Neste sentido, podemos considerar que a aprendizagem efetiva envolve
três domínios básicos, cognitivo, psicomotor e afetivo, que, de forma integrada, podem
ser denominados competências na aprendizagem. Essas competências são as
habilidades que o estudante adquire por meio da assimilação do conteúdo, da
aplicação prática deste e da atitude adotada frente ao conhecimento. A aprendizagem
deve estar voltada para a formação ampla do profissional e não se limitar apenas ao
aspecto cognitivo da aprendizagem.
A competência, portanto, ainda que estruture o desempenho, não se limita
a ele. Por isto, a avaliação estará sempre circunscrita aos elementos objetivos que
estruturam a competência: conhecimentos e habilidades, posto que os elementos
subjetivos são intrinsecamente relacionados às estruturas mentais e às capacidades
de enfrentamento de desafios, fortemente condicionados pela mobilização de
conhecimentos por essas estruturas e pelos contextos em que se realizam.

Avaliação da aprendizagem
A avaliação escolar é hoje um dos entraves da educação Brasileira. Muito
se fala do processo avaliativo, no entanto dentro das unidades escolares pouco se
tem melhorado e o que vemos são educadores que confundem avaliar com atribuir
notas.
Analisando esse critério avaliativo no processo ensino-aprendizagem e
observado nos conselhos de classes nas reuniões pedagógicas que é realizado um
trabalho de discussão destacando a realidade dos alunos e a própria prática do
professor em sala de aula nesse processo. No entanto há uma reflexão de todo o
trabalho como também dos resultados apresentados, e os professores consideram
que a avaliação hoje é um dos grandes problemas das escolas. Pois os resultados
são explícitos através dos índices de notas vermelhas e também pelo índice de
reprovação, em virtude disto há uma repercussão negativa do o sistema educacional,
pois somos cobrados e às vezes notificados por essa razão.
A função da avaliação é favorecer o percurso dos aprendizes e regular as
ações de sua formação, bem como possibilitar a certificação. Não deve ser punitiva
quando os aprendizes não alcançarem resultados satisfatórios nas verificações, mas
ajudar os aprendizes a identificar melhor as suas necessidades de formação para que
possam empreender o esforço necessário para realizar sua parcela de investimento
na sua própria formação.
A avaliação é vista como um fator que ocorre no final do processo de
produção de conhecimento, quando na verdade ela deve ocorrer em todo o processo
de ensino-aprendizagem. Assim, podemos falar sobre três modalidades de avaliação:
diagnóstica, formativa e somativa. A avaliação diagnóstica é baseada em verificar a
aprendizagem dos conteúdos propostos para que se possa prever dificuldades
futuras, e resolver as situações atuais. Ela também tem o papel de investigar os
conhecimentos anteriores adquiridos pelos alunos.
A avaliação da aprendizagem escolar hoje tem se resumindo simplesmente
à aplicação de prova e desta forma ela tem servido somente para a seleção e a
classificação dos alunos e servido também para o aumento da discriminação escolar
e social.

AVALIAÇÃO ESCOLAR E SUA SIGNIFICAÇÃO NO PROCESSO EDUCATIVO


NA PRIMEIRA FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL
A avaliação do desempenho dos alunos deve ser entendida sempre como
instrumento a serviço da aprendizagem, da melhoria do ensino do professor, do
aprimoramento da escola. Avaliamos para aumentar a compreensão do sistema de
ensino, das práticas educativas, dos conhecimentos dos alunos.
A avaliação diagnóstica, é um instrumento que aponta os pontos fortes e
fracos dos conteúdos que merecem mais atenção e onde devem ser reforçados.
Avaliação, nessa perspectiva, permite a tomada de consciência e de decisão a
respeito de melhorar o desempenho de alunos e professores. É um instrumento
importante para qualificar a aprendizagem, identificar problemas, encontrar soluções,
corrigir rumos e acertar os passos nesse processo. Como tal, a avaliação não deve
ser pontual, eventual e realizada somente ao final de cada trimestre, ela precisa ser
realizada constantemente, no cotidiano da prática pedagógica.
O processo de avaliação continua praticamente a mesma coisa, não mudou
muito em relação aos processos realizados no passado. Cada vez mais professores
buscam em sala de aula fazer com que os alunos decorem fórmulas, equações,
regrinhas, etc., e entendem que, ainda hoje, avaliar o aluno significa aplicar provas,
registrar notas, etc.
Contudo, o método de avaliação mais utilizado é o sistema de provas,
sistema pelo qual os alunos, em sua maioria, são massacrados e ameaçados de
reprovação. Tal método tem como principal objetivo verificar erros e acertos do aluno,
não se preocupando com o que ele realmente aprendeu durante o seu processo de
ensino aprendizagem. Assim, o método de avaliação se torna repreensivo,
desgastante, uma vez que o aluno se torna apenas reprodutor daquilo que ele
“aprendeu de cor”.
Avaliar não consiste somente em aplicar provas e dar notas, avaliar vai
muito além. A avaliação da aprendizagem deve ocorrer de forma contínua e
progressiva, buscando compreender as facilidades e dificuldades de assimilação dos
conteúdos por parte dos alunos.
Portanto, analisando as respostas dos professores da escola investigada,
percebemos a preocupação das formas de avaliar o aluno como um processo
educativo, percebemos os acontecimentos dinâmicos, em evolução, sempre em
contínuas mudanças. Mas, o atual sistema de avaliação é uma imposição
quantativamente, é mais um marco neste longo processo histórico-educacional e
devemos constatar que a avaliação não é um processo 6 em si mesmo, não é um fim,
por isso não se ministra aulas para se avaliar ao final de cada trimestre, mas se
vivencia aula avaliando-se para melhor compreender os limites e avanços
constituintes das situações didáticas em um processo de construção do aprendizado
do aluno.

AS CONCEPÇÕES DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: PROBLEMAS E


SOLUÇÕES.
É através da prática avaliativa que se toma conhecimento dos resultados
pedagógicos realizados na sala de aula. Isso está diretamente relacionando ao processo
histórico da avaliação. A educação nas comunidades tribais acontecia por meio da
educação difusa, todos participam dos ensinamentos. A criança aprendia os gestos e os
rituais dos adultos por meio da imitação e aperfeiçoava as suas habilidades.
Nascem então neste período, as escolas cristãs que se encontravam ao
lado dos monastérios, pois os monges eram os únicos que sabiam ler e escrever. A
educação começa então a ser restrita para poucos e não para todos como aconteciam
nas comunidades tribais. Os alunos passam a reproduzir o que liam e a prática
avaliativa ocorria através da dissertação oral. No mundo moderno já havia a
preocupação em separar as crianças dos adultos que até então permaneciam na
mesma sala.
Pode ser dizer então que a trajetória da avaliação por meio de teste e
exames se tornou fetiche, ou seja, passou a ser “entidade” nas escolas, pois vem
atender suas necessidades. Esses vários significados acabam por tornar a avaliação
um fenômeno difícil de ser definido. Podemos compreende que o educando, após
obter resultados da aprendizagem dos alunos faz uma comparação com suas
perspectivas e assim, atribui-lhe uma qualidade de satisfação ou insatisfação,
tomando decisões a respeito do processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação deve ser um componente a favor da aprendizagem,
contribuindo para a evolução do educando devendo perder seu papel de punição e
controle de modo que contribua para a evolução do educando em seus aspectos
intelectuais, sociais, afetivo e psicomotor, estando a favor da aprendizagem. Avaliar é
buscar compreender as necessidades, dificuldades dos alunos para que se tomem
decisões com intuito de favorecer o desenvolvimento dos educandos.

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