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MAT146 - Cálculo I - Integral Definida

Alexandre Miranda Alves


Anderson Tiago da Silva
Edson José Teixeira

MAT146 - Cálculo I - Integral Definida UFV


Somas Finitas

Neste ponto introduzimos a noção de somatória. Quando queremos


expressar uma soma com muitos termos, de forma compacta, usamos a
seguinte notação
m
X
ai = an + an+1 + . . . + am−1 + am ,
i=n

onde
m é chamado limite superior da somatória
n é chamado limite inferior da somatória
i é chamado ı́ndice da somatória (pode-se usar qualquer letra)
ai é chamado fórmula para o i−ésimo termo.

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Exemplos

Exemplo (1)
5
X
k = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
k=1

Exemplo (2)
3
X k −2 −1 0 1 2 3 3
= + + + + + =
k2 +1 5 2 1 2 5 10 10
k=−2

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Propriedades Algébricas

Teorema (1)
Seja k uma constante. Então
Xm
(a) k = m.k
i=1
m
X m
X m
X
(b) (kai + bi ) = k ai + bi
i=n i=n i=n
m
X m+j
X
(c) ai = ai−j
i=n i=n+j
Xm
(d) (ai − ai−1 ) = am − a0 .
i=1

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Demonstração: Faremos somente a prova do item 4.
m
X m
X m
X
(ai − ai−1 ) = ai − ai−1
i=1 i=1 i=1
m−1
X m−1
X 
= (ai + am ) − a[(i+1)−1]
i=1 i=1−1
m−1
X m−1
X
= ai + am − ai
i=1 i=0
m−1 m−1
!
X X
= ai + am − a0 + ai
i=1 i=1
= am − a0 .

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Teorema (2)
Seja n um inteiro positivo, então
Pn n(n + 1)
(a) i= .
i=1 2
n n(n + 1)(2n + 1)
i2 =
P
(b) .
i=1 6
n n(n + 1)(6n3 + 9n2 + n − 1)
i3 =
P
(c) .
i=1 30

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Demonstração: Faremos somente a prova do item (a).
Note que
n
X
i = 1 + 2 + 3 + · · · + (n − 2) + (n − 1) + n
i=1

n
X
i = n + (n − 1) + (n − 2) + · · · + 3 + 2 + 1.
i=1

Somando os primeiros termos de cada igualdade obtemos


n
X
2 i.
i=1

Somando os segundos termos de cada igualdade obtemos

(n + 1) + (n + 1) + · · · + (n + 1) soma de n parcelas.

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Daı́
n
X
2 i = (n + 1) + (n + 1) + · · · + (n + 1) = n(n + 1).
i=1

Portanto
n
X n(n + 1)
i= .
2
i=1

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Medida de Área
O nosso objetivo agora é definir a medida da área de uma região plana,
como a figura R dada abaixo. A palavra medida refere-se a um número
associado a área, sem unidades. Deixamos a palavra medição para
expressar um número associado a área usando unidades (cm2 , m2 , etc).
Considere uma região planar R limitada pelo eixo-x, pelas retas x = a e
x = b e por uma função contı́nua f , onde f (x) > 0 para todo x ∈ [a, b]
(veja figura abaixo).
y
f

Região R
x
a b

Figura :
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Para atribuir um número a área da região R fazemos o seguinte:
Primeiramente particionamos o intervalo [a, b] em n subintervalos. Em
termos mais precisos, uma partição do intervalo [a, b], em n subintervalos,
é um conjunto
P = {x0 , x1 , . . . , xn−1 , xn }.
onde
x0 = a, xn = b
x0 < x1 < · · · < xn−1 < xn .
Os pontos x0 , x1 , · · · , xn não são necessariamente equidistantes. Obtemos
assim n subintervalos, [x0 , x1 ], [x1 , x2 ], · · · , [xn−1 , xn ].

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y

Região R

x
a = x0 x1 x2 x3 x4 x5 b = x6

Figura : Partição do intervalo [a, b] em seis subintervalos.

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Denotamos por
∆i x = xi − xi−1
o comprimento do i-ésimo intervalo [xi−1 , xi ]. A norma da partição P é
definida como o maior de todos os comprimentos dos subintervalo, ou seja,

||P|| = max {∆i x}.


1≤i≤n

∆3 x
x
x0 x1 x2 x3 x4 x5 x6

Figura : Note que, na partição da figura acima, ||P|| = ∆3 x.

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Voltando a definição da área da região R, dividimos o intervalo [a, b] em
n subintervalos de comprimentos iguais, ou seja, a norma da partição será
b−a
||P|| = ,
n
que denotamos no momento por ∆x. Como f é contı́nua em [a, b], o
Teorema do Valor Extremo ( de Weirstrass ) nos diz que f possui um
mı́nimo absoluto em cada subintervalo [xi−1 , xi ]. Denotamos o ponto de
mı́nimo por ci , assim f (ci ) será o valor mı́nimo em [xi−1 , xi ]. Consideremos
agora n retângulos sob o gráfico de f , cada um com comprimento ∆x e
altura f (ci ) (veja na figura abaixo).

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y
Região R f

f (c1 )

x
x0 x1 c1 x2 x3 x4 x5
kkkkkk
| {z }
∆x

Figura :

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Coloque
n
X
Sn = f (ci )∆x.
i=1

Note que Sn é a soma das áreas dos n retângulos sob o gráfico de f . Note
que a área da região R é menor (ou no máximo igual) que Sn , ou seja,

A(R) ≥ Sn .

Quando aumentamos o número de retângulos, a diferença A(R) − Sn


diminui. Observe as figuras abaixo.

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y

R0
x
a b

Figura : Observe a diferença da área da região R menos a área do retângulo R0 .

R1 R2
x
a b

Figura : Observe a área da região R menos a soma das áreas dos retângulos R1
e R2 .
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Definição de área

Definição (1)
Suponha que a função f seja contı́nua no intervalo [a, b], com f (x) ≥ 0
para todo x ∈ [a, b]. Seja R a região limitada pelo eixo-x, pelas retas
x = a e x = b e pela curva y = f (x). Subdividindo o intervalo [a, b] em
n subintervalos, usando a notação acima, a medida da área da região R
será dada por
X n
A(R) = lim f (ci )∆x.
n→∞
i=1

A definição acima diz que, quanto maior for a quantidade de retângulos


inscritos na região R, menor será a diferença entre a área da região R e a
soma das áreas dos retângulos.

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Exemplo (3)
Encontre a área da região delimitada pela curva y = x 2 , pelas retas
x = 0, x = 3 e pelo eixo-x. Veja a figura abaixo.

x
0 xi−1 xi 3
kkkkkk
| {z }
∆x

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Solução: Note que
3−0 3
∆x = = .
n n
A função f é crescente em [0, 3], portanto, o valor mı́nimo absoluto de
f em cada subintervalo [xi−1 , xi ], é f (xi−1 ). Note que xi−1 = (i − 1)∆x,
logo f (xi−1 ) = ((i − 1)∆x)2 , então
n
X
A = lim f (ci )∆x
n→∞
i=1
Xn
= lim ((i − 1)∆x)2 ∆x
n→∞
i=1
n
X
= lim (i − 1)2 (∆x)3 .
n→∞
i=1

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Mas
n n
X X 3
(i − 1)2 (∆x)3 = (i − 1)2 ( )3
n
i=1 i=1
n
27 X
= (i − 1)2
n3
i=1
n n n
!
27 X
2
X X
= i −2 i+ 1
n3
i=1 i=1 i=1
 
27 n(n + 1)(2n + 1) n(n + 1)
= − 2 + n
n3 6 2
 3 2 2

27 2n + 3n + n − 6n − 6n + 6n
=
n3 6
 2 
9 2n − 3n + 1
= .
2 n2

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Segue que
n
X
A = lim f (ci )∆x
n→∞
i=1
9 2n2 − 3n + 1
 
= lim
n→∞ 2 n2
9
= (2 − 0 + 0) = 9.
2
Portanto, a área da região R é 9 unidades quadradas.

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A Integral definida
Seja f uma função definida no intervalo [a, b] e seja P uma partição desse
intervalo. Note que não exigimos que os subintervalos [xi−1 , xi ], associados
a partição P, tenham o mesmo comprimento. Em cada subintervalo
[xi−1 , xi ] escolhemos um ponto ξi , ou seja, ξ1 ∈ [x0 , x1 ], · · · , ξn ∈
[xn−1 , xn ]. Assim, obtemos a soma
n
X
f (ξi )∆i x.
i=1

Esta soma é chamada Soma de Riemann, devido ao matemático Georg


F. B. Riemann (1826-1866).
A interpretação geométrica da soma de Riemann é a soma das medidas
das áreas dos retângulos que estão acima do eixo-x com os negativos das
medidas das áreas dos retângulos que estão baixo do eixo-x. Veja figura
abaixo.
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y

R1 R2 R6
R3
ξ4 ξ5 x
0 ξ1 ξ2 ξ3 R5 ξ6
R4

Figura : A soma de Riemann aqui seria R1 + R2 + R3 − R4 − R5 + R6 .

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Definição (2)
Seja f uma função real tal que o intervalo [a, b] está contido no domı́nio
de f . A função f é integrável em [a, b] se satisfazer a condição: existe
um número L tal que, para todo ε > 0 dado, existe um δ > 0 tal que,
para toda partição P para a qual ||P|| < δ, com ξi ∈ [xi−1 , xi ],
i = 1, 2, · · · , n tem-se

X n
f (ξi )∆i x − L < ε.



i=1

Neste caso escrevemos


n
X
lim f (ξi )∆i x = L. (1)
||P||→0
i=1

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Figura : Soma Inferior

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Figura : Soma Superior

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Observação
Na definição acima, existe uma infinidade de escolhas para os números ξi .
Este aspecto torna diferente o processo de limite em (1). De qualquer
forma, o limite é único, o que pode ser mostrado de maneira similar ao
que foi feito no caso de limites da forma lim f (x).
x→a

Definição (3)
Seja f uma função real tal que o intervalo [a, b] está contido no domı́nio
Z b
de f . A integral definida de f de a até b, denotada por f (x)dx é
a
dada por
Z b n
X
f (x)dx = lim f (ξi )∆i x,
a ||P||→0
i=1

se o limite existir.

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Notação

Z b
f (x) dx
a
|{z}
integrando

a limite inferior de integração


b limite superior de integração

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Funções integráveis e não integráveis

Nem todas as funções reais definidas em um intervalo fechado [a, b] são


integráveis. Como um exemplo podemos citar a função f : [0, 1] → R
definida por
1
(
se x 6= 0
f (x) = x .
0 se x = 0
Observe que a função f é descontı́nua em x = 0, além disso, note que

lim f (x) = ∞.
x→0+

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y

0 1 x

Figura : Pode-se mostrar que a área sob o gráfico da função f é infinita, logo
não existe a integral.

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O seguinte teorema estabelece uma condição suficiente de integrabilidade.

Teorema (3)
Se uma função f : [a, b] → R for contı́nua, então ela é integrável.
Demonstração: A demonstração do teorema acima foge ao escopo dessas
notas.

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Voltando ao cálculo de áreas
Seja f uma função real e contı́nua em [a, b]. A definição (1), que define a
área de uma região plana, estabelece que
n
X
A(R) = lim f (ci )∆x.
n→∞
i=1

Note que o limite acima é um caso particular do limite na definição de


integral
Z b Xn
f (x)dx = lim f (ξi )∆i x.
a ||P||→0
i=1

De fato, basta notar que os ci são os pontos onde f atinge o mı́nimo


absoluto no intervalo [xi−1 , xi ]. Já os ξi são números quaisquer nesse
mesmo intervalo.

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No caso da definição (1), temos que todos os subintervalos [xi−1 , xi ] tem
o mesmo tamanho, ou seja, ∆i x = ||P||, para todo i = 1, · · · , n, onde
||P|| é norma da partição P associada ao intervalo [a, b]. Coloque

∆x = ||P||.

Temos que,
b−a b−a
∆x = e n= .
n ∆x
Daı́,
lim ∆x = 0 ⇔ lim n = ∞.
n→∞ ∆x→0

Assim,
Z b n
X
f (x)dx = lim f (ξi )∆i x
a ∆x→0
i=1
Xn
= lim f (ξi )∆x. (2)
n→∞
i=1

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Como f é contı́nua, o limite (2), dado acima, vale para qualquer
ξi ∈ [xi−1 , xi ], portanto, vale em particular quando ξi = ci para todo
i = 1, · · · , n. Isto nos leva a seguinte definição

Definição (4)
Suponha que a função f seja contı́nua no intervalo [a, b], com f (x) ≥ 0
para todo x ∈ [a, b]. Seja R a região limitada pelo eixo-x, pelas retas
x = a e x = b e pela curva y = f (x). Então, a medida da área da região
R será dada por
n
X Z b
A(R) = lim f (ξi )∆i x = f (x)dx.
∆x→0 a
i=1

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Observação Z b
Quando f (x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b], a integral definida f (x)dx
a
pode ser interpretada geometricamente como a medida da área da região
R.

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Exemplo (4)
Z 3
Encontre o valor da integral definida x 2 dx.
1
Solução:
Note que f é contı́nua, logo a integral existe. Consideremos uma partição
regular do intervalo [1, 3] em n partes, ou seja, ∆x = n2 . Escolhamos os
ξi ’s como os extremos superiores dos subintervalos, isto é,
2 2 2
ξ1 = 1 + , ξ2 = 1 + 2. , ··· , ξn = 1 + n. − .
n n n
Assim  2  2
2 n + 2i
f (ξi ) = 1 + i. = .
n n

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Então
Z 3 n n  2
X X n + 2i 2
x 2 dx = lim f (ξi )∆x = lim
1 n→∞ n→∞ n n
i=1 i=1
n
2 X 2
= lim 3 (n + 4ni + 4i 2 )
n→∞ n
i=1
" n n n
#
2 2
X X X
2
= lim n 1 + 4n i +4 i
n→∞ n3
i=1 i=1 i=1
 
2 n(n + 1) n(n + 1)(2n + 1)
= lim 3 n2 n + 4n +4
n→∞ n 2 6
2
 
2 2n(2n + 3n + 1)
= lim 3 3n3 + 2n2 +
n→∞ n 3
2
 
4 8n + 12n + 4 8 26
= lim 6 + + =6+0+ +0+0= .
n→∞ n 3n2 3 3

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Geometricamente, como f (x) ≥ 0 para todo x ∈ [1, 3], o resultado acima
26
diz que a região R, mostrada na figura abaixo, tem unidades quadradas
3
de área.
y
10

x
0 1 2 3 4

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Propriedades da integral definida

Apresentaremos a seguir, algumas propriedades da integral definida, que


facilitam o uso da mesma.
Teorema (4)
Sejam f e g funções integráveis no intervalo [a, b] e k uma constante
qualquer. Então
Z b Z a
(a) f (x)dx = − f (x)dx
Za a b

(b) f (x)dx = 0
a
Z b Z b Z b
(c) (kf (x) ± g (x))dx = k f (x)dx ± g (x)dx.
a a a

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Teorema (5)
Sejam f e g funções integráveis no intervalo [a, b]. Se f (x) ≥ g (x) para
todo x ∈ [a, b], então
Z b Z b
f (x)dx ≥ g (x)dx.
a a

Teorema (6)
Seja f integrável no intervalo [a, b]. Se c, d, e ∈ [a, b] então
Z e Z d Z e
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx,
c c d

não importando a ordem dos números c, d e e.

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Teorema (6)
Seja f contı́nua no intervalo [a, b]. Se m e M forem, respectivamente, os
valores mı́nimo e máximo absolutos de f em [a, b], isto é,

m ≤ f (x) ≤ M, para todo x ∈ [a, b].

Então, Z b
m(b − a) ≤ f (x)dx ≤ M(b − a).
a

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Teorema (7)
Seja k uma constante qualquer. Então
Z b
kdx = k(b − a).
a

Demonstração: Temos
k
Z b n z }| {
X n
X
kdx = lim f (ξi ) ∆i x = lim k∆i x
a ||P||→0 ||P||→0
i=1 i=1
  b−a
z }| {
 Xn   
= k  lim ∆i x  = k lim (b − a) = k(b − a).
 
||P||→0  ||P||→0
i=1

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Exemplos

Exemplo (5)
Calcule Z 2
5dx.
−1

Solução:
Pelo Teorema (7) temos
Z 2
5dx = 5(2 − (−1)) = 5.3 = 15
−1

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Exemplo (6)
Z −3
7
Suponha que xdx = . Calcule
4 2
Z 4
(2x − 7)dx.
−3

Solução:

Z 4 Z 4 Z 4
(2x + 7)dx = 2xdx + 7dx
−3 −3 −3
Z 4 Z 4
= 2 xdx + 7 dx
−3 −3
−7
= 2. + 7(4 − (−3)) = −7 + 49 = 42.
2

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Exemplo (7)
Encontre um intervalo fechado que contenha o valor de
Z 2
(x 3 − 3x + 7)dx.
−2

Solução:
O integrando é f (x) = x 3 − 3x + 7. Note que os pontos crı́ticos de
f 0 (x) = 3x 2 − 3, são x = −1 e x = 1. A função f tem um valor máximo
relativo em x = −1 e um valor mı́nimo relativo em x = 1 (verifique!).
Calculamos agora os valore de f nos extremos do intervalo [−2, 2] e nos
números crı́ticos.

f (−2) = 5, f (2) = 9, f (−1) = 9, f (1) = 5.

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Segue que f possui valor máximo absoluto em x = −1 e valor mı́nimo
absoluto em x = 1, em relação ao intervalo [−2, 2]. Pelo Teorema (6),
tem-se Z 2
5(2 − (−2)) ≤ (x 3 − 3x + 7)dx ≤ 9(2 − (−2))
−2


Z 2
20 ≤ (x 3 − 3x + 7)dx ≤ 36.
−2

Portanto, o valor da integral definida acima, está contida no intervalo


fechado [20, 36].

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Exemplo (8)
Z 1 p √
Mostre que o valor de 1 + cos(x)dx é menor que 2.
0
Solução: p √
Note que cos(x) ≤ 1 para todo p
x ∈ R, portanto, 1 + cos(x) ≤ 2.

Mais ainda, o valor máximo de 1 + cos(x) em [0, 1] é 2. Pelo
Teorema (6), temos que
Z 1 p √ √
1 + cos(x)dx ≤ 2(1 − 0) = 2.
0

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