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Todas as atividades do Estado são efetivamente exercidas pelas pessoas físicas lotadas nos

diversos órgãos e entidades governamentais, nas três esferas de governo (U, E, DF e M), nos três
Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). São chamados de Agentes Públicos.

O Estado é uma pessoa jurídica, e sua atuação depende da atuação material de um indivíduo.
Segundo a teoria do órgão, a vontade estatal é manifestada por meio dos agentes públicos, cuja
atuação é imputada pelo Estado.

AGENTES PÚBLICOS (Sentido Amplo) -> todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos e entidades da
Administração Pública.

Espécies:

 Agente políticos
 Agentes Administrativos (estatutários; empregados públicos e servidores temporários)
 Agentes honoríficos
 Agentes delegados
 Agentes credenciados

AGENTES POLÍTICOS

 Chefes do Executivo: PR, Governadores e Prefeitos


 Auxiliares imediatos dos chefes do Executivo: Ministros, secretários estaduais e
municipais)
 Membros do Poder Legislativo: Senadores, deputados e vereadores
 Doutrina: Considera que também são agentes políticos os membros da magistratura
(juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores), membros do MP
(promotores de justiça e procuradores da república), membros dos tribunais de contas
(ministros e conselheiros) e os representantes diplomáticos.

Uma característica peculiar dos agentes políticos é que atuam com PLENA LIBERDADE
FUNCIONAL, desempenhando suas atribuições com prerrogativas e responsabilidades
estabelecidas na CF ou leis especiais. Para tanto, não se sujeitam a eventual responsabilização
civil por seus eventuais erros de atuação, a menos que tenham agido com culpa grosseira, má-
fé ou abuso de poder.

Não são hierarquizados, sujeitando-se apenas às regras constitucionais. A exceção, no caso, são
os ministros, secretários, ligados ao chefe do Executivo por uma relação de hierarquia.

AGENTES ADMINISTRATIVOS

São todos aqueles que vinculam aos órgãos e entidades da Adm. Pública por relações
profissionais e remuneradas, sujeitos à HIERARQUIA FUNCIONAL e a o regime jurídico
determinado pela entidade estatal a que servem. Essa terminologia também se deve ao fato de
desempenharem atividades administrativas.

 Servidores públicos (efetivos ou comissionados)


 Empregados públicos (celetistas)
 Temporários: são agentes contratados por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público. Não tem cargo nem emprego
público, mas tem uma função pública remunerada temporária mantem vínculo
contratual com a Adm. Pública, mas não de natureza trabalhista ou celetista, na verdade
trata-se de um CONTRATO ESPECIAL DE DIREITO PÚBLICO, disciplinado em lei de cada
unidade da federação.

AGENTES HONORÍFICOS

São cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente,


determinados serviços relevantes ao Estado, em razão de sua condição cívica, de sua
honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional, mas sem qualquer vínculo
empregatício ou estatutário e, normalmente, sem remuneração. São equiparados a funcionários
públicos aos crimes relacionados com o exercício da função.

AGENTES DELEGADOS

São particulares (podendo ser pessoa física ou jurídicas) que recebem a incumbência da
execução de determinada atividade, obra ou serviço público e os realizam em nome próprio,
por sua conta em risco, mas segundo as normas do Estado e sob sua permanente fiscalização. A
remuneração não é paga pelos cofres públicos, e sim pelos usuários do serviço. Sujeitam-se à
responsabilidade civil objetiva, mandado de segurança e são considerados funcionários públicos
para fins penais.

AGENTES CREDENCIADOS

São os que recebem a incumbência da Adm. Pública para representá-la em determinado ato ou
praticar certa atividade específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante.

SOBRE OS AGENTES VITALÍCIOS:

 Magistrados
 Membros do MP
 Membros dos Tribunais de Contas

Os agentes públicos vitalícios somente podem perder o cargo em uma única situação: em
decorrência de sentença transitada em julgado. Ou seja, a utilização do termo vitalício não indica
que o titular ocupe cargo para o resto da vida, mesmo porque a todos os cargos vitalícios se
aplica a aposentadoria compulsória aos 70 ou 75 anos. Trata-se apenas da situação que, para
acontecer a perda do cargo é algo mais restrito do que aquelas aplicáveis aos demais servidores.

Não se admite que as Constituições dos Estados-membros estendam a vitaliciedade a outras


carreiras.
AGENTE DE FATO

São aqueles que se investem da função pública de forma emergencial ou putativo (irregular).
Essa nomenclatura é empregada justamente para distingui-los dos agentes de direito.

 Necessário: exercem a função em razão de situações excepcionais, como por exemplo,


alguém que preste auxílio durante calamidades públicas, atuando como se fosse
bombeiro militar.
 Putativos: são os que tem aparência de agente público, sem o ser de direito. É o caso do
servidor que pratica inúmeros atos de administração sem ter sido investido mediante
prévia aprovação em concurso público.

Em regra, os atos produzidos pelos agentes de fato são validos, pois, apesar de a sua investidura
ter sido irregular, tudo levaria a crer que seriam agentes públicos. Trata-se da chamada teoria
da aparência, pela qual os atos dos agentes de fato devem ser convalidados, pois,
aparentemente, na visão de terceiros de boa-fé, seriam agente públicos de direito.

Não há do que se falar em devolução de remuneração dos agentes putativos.

CARGO PÚBLICO -> É o lugar ou posição jurídica a ser ocupado pelo agente na estrutura da Adm.
Pública.

Art. 3º - Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura


organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

PARÁGRAFO ÚNICO: Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei,
com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em
caráter efetivo ou em comissão

Sobre o regime jurídico estatutário: é a relação jurídica entre agente e o Estado, definida
diretamente por uma lei. São ocupados por servidores públicos dos órgãos e entidades de direito
público, isto é, adm. Direta, autarquias e fundações públicas.

 Provimento efetivo, mediante concurso público


 Em comissão, de livre nomeação e livre exoneração

EMPREGO PÚBLICO

O ocupante de emprego público tem um vínculo contratual, sob a regência da CLT, enquanto o
ocupante do cargo público, como visto, tem um vínculo estatutário, disciplinado diretamente
por uma lei específica.

São ocupados por empregados públicos da Adm. Direta e indireta, são mais comuns nas
entidades administrativas de direito privado, isto é, EP, SEM e fundações públicas de direito
privado.

O regime jurídico dos empregados públicos é híbrido. Por terem características principais a CLT
e devem se submeter a algumas normas de direito público, a exemplo do concurso público e da
necessidade de que haja a devida motivação para sua demissão.
FUNÇÃO PÚBLICA

Constitui o conjunto de atribuições às quais não necessariamente corresponde um cargo ou


emprego. Trata-se, portanto, de um conceito residual.

 Servidores temporários
 Funções de confiança (o servidor deixa de exercer as atribuições do seu cargo e passa a
exercer as atribuições relativas à função de confiança).

Em regra, a criação dos cargos, empregos e função depende de lei.

OS DIRIGETES: diretores e membros do conselho de administração não são empregados públicos


celetistas, eles constituem uma categoria à parte.

SERVIÇO VOLUNTÁRIO

Não se confunde com serviço temporário.

Art. 1º - Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada,
prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de
fins não lucrativos, que tenham objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos
ou de assistência social, inclusive mutualidade.

PARÁGRAFO ÚNICO: O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de
natureza trabalhista previdenciária ou afim

Art. 37, I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros (natos ou
naturalizados) que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como os estrangeiros,
na forma da lei.

A CF garante o direito de amplo acesso aos cargos, empregos e funções públicas, já o acesso aos
estrangeiros deve ocorrer por lei (norma de eficácia limitada) regulamentadora para produzir
efeitos.

A restrição eventualmente imposta ao acesso a determinado cargo público deve sempre guardar
correspondência com a real necessidade para o exercício da função, devendo observar os
princípios:

 Isonomia
 Razoabilidade
 Impessoalidade

Quando a lei impõe determinada condição para o exercício de cargo público, a verificação da
situação do candidato deve ocorrer no ato da posse, e não no ato da inscrição no concurso ou
em qualquer de suas etapas.

Exceção: juízes e membros do MP, tanto federal quanto estadual. A CF exige para o
preenchimento desses cargos que o candidato seja bacharel em direito e que comprove, no
mínimo 3 anos de atividade jurídica após o termino da faculdade de direito. Sendo a
comprovação desse requisito deve ocorrer na data da inscrição no concurso e não momento
posterior.
Exceção: Sobre o limite máximo de idade para provimento de cargo que geralmente é exigida
para concursos de carreira militar e policiais, deve ocorrer no momento da inscrição do certame,
e não em momento posterior. Exemplo: num concurso que exija idade inferior a 30 anos é
possível dar posse a candidato com 31 anos, desde que ele tivesse 30 por ocasião da inscrição
no certame.

CONCURSO PÚBLICO (direito subjetivo à nomeação)

Não se plicam:

 Cargos em comissão
 Contratação do pessoal por tempo determinado (Contrato especial de direito público)
 Agentes comunitários de saúde (processo seletivo simplificado)
 Agentes de combate às endemias (processo seletivo simplificado)
 Cargos Eletivos
 Ex-combatentes

A própria CF lista alguns cursos cujo ingresso depende, necessariamente, de aprovação prévia
em concurso público de provas e títulos.

 Membros da magistratura
 Membros do MP
 Integrantes da Advocacia Pública
 Integrantes das Defensorias Públicas
 Profissionais da educação das redes públicas

A exigência de títulos como critério de classificação dos candidatos deve guardar relação com as
atribuições do cargo ou emprego. A valoração dos títulos em concurso público é subsidiária à
avaliação intelectual em prova, não podendo tornar-se o verdadeiro critério de seleção –
Princípio da Isonomia.

SOBRE A CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA

Constitui uma exceção à regra do concurso público, devendo ser interpretado restritivamente,
sendo necessário a cumulatividade dos seguintes requisitos:

 Casos excepcionais e transitórias, não ocasionada por desleixo ou descanso da adm.


pública
 Prazo de contratação predeterminado
 Necessidade temporária
 Excepcional interesse público
 Dispensada a contratação permanente
 Lei própria dos estados-membros
 Processo seletivo simplificado

Sobre a dispensa a contratação permanente, ressaltasse que por má-gestão e falha de


planejamento, a adm. Pública se utilize da contratação temporária de pessoal para o exercício
de atividades permanentes., mesmo não havendo uma vedação absoluta.
Dispensado o processo seletivo simplificado:

 Calamidade pública
 Emergência ambiental
 Emergência em saúde pública

A fim de assegurar que as contratações sejam de fato “por tempo determinado”, a lei prevê
prazos máximos de duração dos contratos: 6 meses a 6 anos.

DIREITO DE ASSOCIAÇÃO SINDICAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS

É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical. Isso porque, aos
MILITARES, a sindicalização e a greve são vedadas.

SISTEMA REMUNERATÓRIO DOS AGENTES PÚBLICOS

Sistema remuneratório – sentido amplo

 Remuneração em sentido amplo (vencimentos e salários)


 Subsídio

Vencimentos, no plural, é espécie de remuneração e corresponde a soma do vencimento, no


singular, e das vantagens remuneratórias, constituindo a retribuição pecuniária devida ao
servidor público pelo exercício do cargo público.

 Vencimento básico + Vantagens remuneratórias = Vencimentos

Vantagens pecuniários, por sua vez, são parcelas acrescidas ao vencimento do servidor em razão
de situações previstas em lei.

 Adicionais por tempo de serviço


 Gratificações de produtividade ou pelo exercício de função de confiança

Salário, espécie remuneratória correspondente ao pagamento de serviços profissionais


prestados em relação de emprego, sujeito ao regime trabalhista (celetista)

Subsídio “fixado em parcela única”, vedado o acréscimo:

 Gratificação
 Adicional
 Abono prêmio
 Verba de representação
 Outra espécie remuneratória

Obrigatoriamente: Agentes políticos e alguns servidores públicos (integrantes da AGU,


Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Procuradores de Estados e do DF, Defensores Públicos,
servidores da PF, PRF, PFF, PC, PM e bombeiros.

Facultativamente, servidores públicos organizados em carreira (Auditores RF).

No caso dos Dep. Federais, Senadores, PR e Vice-PR e dos Ministros de Estados, a competência
para fixação dos respectivos subsídios é exclusiva do CN, que o faz por decreto legislativo.
O aumento referente a revisão geral anual da manutenção não se trata de aumento real, mas
apenas de aumento nominal, pois o reajuste anual apenas compensa a inflação, mas não gera
ganhos acima dela – AUMENTO IMPRÓPRIO.

TETO REMUNERATÓRIO

Teto Constitucional, ou seja, um limite máximo ao valor da remuneração e do subsídio dos


servidores públicos.

A remuneração e subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da adm.


Direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes U, E, DF e M, dos
detentores de mandato eletivo e agentes políticos e os proventos, pensões ou outras espécies
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas vantagens pessoais ou de
qualquer outra natureza, não podendo exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
STF, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no DF, o
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do TJ,
limitado a 90,5% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do STF, no âmbito do Poder
Judiciário aplicável este limite aos membros do MP, Procuradores e Defensores Públicos.

O teto aplica-se às acumulações de rendimentos oriundos de diversas fontes,


independentemente da espécie remuneratória, podendo ser entre vencimentos ou entre
subsídios; entre vencimentos e subsídios ou entre vencimentos/subsídios e proventos, pensões,
etc.

Teto Geral – Ministros do STF

Subteto – E, M e DF

 Municípios – nenhuma remuneração pode ultrapassar o subsídio do Prefeito


 Estados, são instituídos 3 subtetos
o Poder executivo Governador
o Poder Legislativo Dep. Estaduais/Distritais
o Poder Judiciário Desembargadores do TJ (aplicável também aos
membros do MP, Procuradores e aos Defensores, embora eles não integrem o
Poder Judiciário).

Esses 3 subtetos impostos pela CF aos Estados e ao DF podem ser substituídos por um limite
único, análogo ao subsídio mensal dos Desembargadores do TJ. Caso seja instituído, não poderá
ultrapassar o valor correspondente a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do STF.

Caso seja adotado esse sistema de limite único para definir o subteto dos Estados e DF, ele não
aplicará aos subsídios dos deputados estaduais/distritais e vereadores.

O subsídio dos Dep. Estaduais está limitado a 75% dos Dep. Federais.

O subsídio dos Vereadores pode variar de 20% a 75% dos Dep. Estaduais, caso se trate de
Município com menos de 10mil ou mais de 500mil habitantes.
Os subsídios dos Dep. Federais, Governadores e Prefeitos submetem-se ao teto geral, não
podendo ser superior ao subsídio dos Ministros do STF, mas nada impede que sejam iguais a
este.

Para a contabilização do teto constitucional, devem ser incluídas todas e quaisquer vantagens
remuneratórias, inclusive as de caráter pessoal. Entretanto, as parcelas de caráter indenizatório
previstas em lei não serão computadas para efeito do teto.

Parcelas de caráter indenizatório: ajuda de custo, diárias auxílio moradia e auxílio transporte.

Os empregados das EP e SEM, e suas subsidiárias, não se sujeitam ao teto remuneratório, exceto
se a entidade receber recursos da U, E, DF e M para pagamento de despesas de pessoal e custeio
em geral.

LIMITE AOS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO

Os vencimentos dos cargos do poder Legislativo e Judiciário não poderão ser superiores aos
pagos pelo Poder Executivo.

Essa regra constitucional somente pode ser aplicar a cargos iguais ou assemelhados nos três
poderes.

VEDAÇÃO A VINCULAÇÃO E À EQUIPARAÇÃO DE REMUNERAÇÕES

É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de


remuneração de pessoal do serviço.

Vincular ou equiparar remunerações significa estabelecer mecanismos que impliquem alteração


automática da remuneração de um cargo toda vez que ocorra alteração de algum parâmetro
preestabelecido.

 Vincular significa subordinar a remuneração de um cargo a outro, dentro ou fora do


mesmo Poder, que retire a iniciativa do Poder competente para a fixação da
remuneração.
 Equiparar, previsão de remuneração igual a outro cargo, originalmente distinto.

VEDAÇÃO A INCIDÊNCIA CUMULATIVA DE ACRÉSCIMOS PECUNIÁRIOS

Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. Isso é a proibição do chamado
repique ou incidência em cascata de acréscimos pecuniários.

IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS E SUBSÍDIOS

O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,


ressalvado o disposto nos incisos XI (teto constitucional) e XIV (vedação a incidência cumulativa
de acréscimos pecuniários).

Vale dizer que não se poderá invocar a irredutibilidade para manter remunerações pagas com
infração a essas regras. Acrescenta-se ainda que, por ser de norma de eficácia plena, esse inciso
permite a imediata redução das parcelas remuneratórias indevidamente concedidas,
respeitado, óbvio, o devido processo legal.
Foge dessa regra algumas gratificações de natureza variável, de que seriam exemplos de
gratificações de desempenho, que podem oscilar periodicamente em função da avaliação de
desempenho do servidor. Assim, não haveria transgressão da regra constitucional da
irredutibilidade se, em determinado momento, a remuneração do servidor diminuísse por conta
da redução do valor pago por meio dessa vantagem.

O que a irredutibilidade assegura é a manutenção do valor final dos vencimentos, não


importando que as parcelas componentes sejam modificadas.

A jurisprudência do STJ está orientada no sentido de que não há direito adquirido a recebimento
de remuneração, proventos ou pensão acima do teto constitucional, sendo que a garantia da
irredutibilidade dos vencimentos deve ser observada, desde que os valores percebidos se
limitem ao teto remuneratório constitucional.

ACUMULAÇÃO DE CARGOS NA ATIVIDADE

É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade


de horários:

 2 de professor
 1 Professor e outro técnico ou científico
 2 cargos ou emprego de profissionais da saúde com profissões regulamentadas

ACUMULAÇÃO DE PROVENTOS E VENCIMENTOS

É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo,


emprego ou função pública alcança somente os regimes próprios dos servidores públicos
estatutários e dos militares. Não abrange o RGPS.

Logo, os aposentados pelo RGPS podem retornar à ativa e acumular regularmente os proventos
com a nova remuneração.

No caso dos servidores civis e militares aposentados pelo RPPS, somente é permitida a
acumulação:

 Funções acumuláveis
 Cargos eletivos
 Cargo em comissão

O servidor aposentado pode retornar ao serviço público, ainda que não se enquadre em
nenhuma das 3 hipóteses de acumulação. Para tanto, ele deverá abrir mão ou proventos do
cargo em que se aposentou ou dos vencimentos/subsídios do novo cargo.

MANDATO ELETIVOS

Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato


eletivo, aplicam-se:

 Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu


cargo, emprego ou função
 Investido no mandato de Prefeito e Vice-Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração
 Investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicado a norma do inciso do prefeito.
 Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento
 Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício estivesse

REGIME ESTATUTÁRIO

O regime estatutário indica que, quando nomeados, eles ingressam numa situação jurídica pré-
definida, estabelecida de lei regência, a qual não pode ser mudada mediante contrato, ainda
que com a concordância da Adm e do servido, porque trata-se de ordem pública, de observância
obrigatória

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