Professional Documents
Culture Documents
rf,
' `\:_'.1.;:. '__i.:.,., :,`., :-, i
t3flü¥§ÉjÊ
G5 SÊ #
¥=át=£=Íi_-_¥ãriFg;éÉ
€Tift,cÍ¢,<S
iÉÊi===±=¥===-L=--=::===-==Í
'at€
•`...,.[........
ffime.riság.é¥.49n9T`.Ê¥g,.~p*:,g.S.:,tiõ.§::.ai-§:Ét?S(,:..`jíôri!.!:
' , . _,..[.
'...-`....
:=i-gÉ::-#+I::p:==
::?:::>ãíeiiio;:ãtc¥É:-ã:_iiívrÉ1;É-!àit:ó:=;`Í;:onn;`=:*fpioí'áf.!-Ífüí*:aí#d=¥Éãg,`
tíj,;iíT:uÍ-ãÉj-Íjiãi.-?.¥Íàadk':êí:-tei-s,;:'ã:éate_oH±Íi::là?-,=-?
':Í;g-u~f¥.€à-ç-¥jiri::ti..:`.É`T=. .,':. i'.:
•.,`.---.,
PRIMEIR.OS CONCEITOS DA NEUROCIÊNCIA
-desde.a.5úaestmtuiàmaérosóópica(onívelanatômicQ),a
:;::::nnt:cm::;EànaÉÍ;::::eg==cÍ:[;eTía,oa:àóe::gqouep:[:::
organizaçãQ.mícroscópíca(om'velhístológico),atéaforia
os milhões de fomas.Viva.s vegetais e animais existentes
dos seus. constituintes unitáriós, às célula; e.as organelas
em nosso planeta. Uri modo de ver não.é menos.v!rda-
subcelulares (o ni'vel celular). Você verá como esses níveis
deiro que o outi.o. Cada.iim privílegia a sua abordagém,
sesobrepõemamplame.nte,.oquetomaobrigatóriolevarem
mas é preciso reconhecer que. a Terra existe igualniente
contatodose.|es(oumuitosáe|es)parafo|:|nar.umaideiare-
como planeta, objeto míneral e macroecossistema. É de
aüstadofiincionam.entodocérebro.Depoisdisso,seremos
inúmeros outros modos.
apresentados também às fiinções neuais mais abstratas e
Tmbémosistemanemso,eocérebroemparicL, caracteristicamentehumanas,comoamemória,alinguagem
podemserestudadosdeván-asrianeiras,todasverdadéiras e a. percepção (o nível psicológico), outras mais concretas
e igualmente importantes (Qmdro 1.1). Podemos encará- e.mais fiequentes entre os animai-s, como a.motricidade e
1o como um ot)jéto desconhecido, mas capaz de produzir assensações(oni'velfisíológico),eaíndaoutrastípicasdas
células e suas interaçõés molecularesí(o ni'vel bioquímico,
:::np:¥:inpt:.;:oendsací:::Êt:=:=e:go:ni:g,;:.asei:Eí:
?
oumicrofisiológico).Nestecapítulo,comoao|ongodolivro
inteird, a ideia sérá sempre analisar o sistema nervoso sob
::Toosco..:oo=odco.:,:=::ddo::ãàóiogqousàps:dteo:==iíe: diferentes ângulos, como ele realmente existe nos aniiriais
de finos pro|ongamentos' formando tri|hões de comp|éxos é no homem.
circuitos intercomunicantes. É a.visão dos neurobiólggos
çe|ulares. Altemativariente, podemos pensar apenas |nos
:gaci:ilí::::ãpor,o:=|doo;±eel:s::ue:em;oosfics:oT:geilsegs:|ào:
®SISTEMANERyg9S0
:=::toe:t:srà:àõti::ufi¥¥üq:ée]:LC£Hnee:::tars:=o=:]í±a= VIST© A ©LH-®i..NU
.++_. :
os neuroq.uímicos. E ãssim por diante: .Como se.vê, §ão
muitososmodos(chamadosná/eís)deexistênciadosistéma Sevocêexaminarpelaprimeiravez.o.sistemanervoso
nervoso,.abórdadosespecificamentepelosdiferentesespe- deumvertebrado,logo.conclúiráqueeletemi)aitessítuadas
cialistas. E seriam ainda muitos mais, se considerássemos dentrodocrânioedacoluiiavertebraLéoutrasdistribu.ídas
os pontos de vi~sta não cienfficos. 1 p'.oi todo o o.rgani§mo ¢.igura 1.1). As primeiras recebem
1
â:ífoeLnóôgíceonso:ecde::[:oess:s"mü==¥ssúúççõõe:smc;]Leúc::às:
Tudo, então, se resuniiria. às interações entre as moléculas
componentes do sístema nervoso. Uma ffase típíca dés_ G Termo coristante do glossário ao final do capí±ulo.
NEUP\OCIÊNCIA CELULAR
Quadr.o 1.1
Neurociências, Neurocientistas
debiologiqciênciasbiomédicasouciênciasdasaúde,
quecharios.simplificadamenteNeurociên-
•~:i-avã~ú=~v-erdadeNéurociêriciàs.Noplinal.
.^_. . . \T_ `_1.-_-1 depoiscursamimprogramadepós-gmduação].ávoltado
especificamenteparaosistemaneivoso,efinàlmente
Ê Se é assím; quaís.são çías7 F quem são. o.s
ippr + ..,. <-. L.V V `^U_.._7. L são admitidos como professores tmiversitários ou pesi .
profissionaisquelidapcomelas? quisadoresdeinstituiçõescientíficasnãouniversitárias'.`.
Há muitos inodos de classificá+as, de acordo com Seutrabanoéfinanciadoporrecu-sosgovemamentais
J,
osníveisdeabordagemquemencionamosnoiníciodo ouprivados,eosresultadosqueobtêmsãoputtlicados
capítulo. Um modo simples, mas. esquemático, .seria emrevistascientíficasespecializadas.Vocêcorieceiá
•ào;seil::::ê:icnz-:Om?gepá;:rdti::Pclgm*o::;:toocideent:#Sá algmsdelesaolongodestelivro.Jáosprofissionaisde
saúdeincluemmédicos(especiahenteosneurologistas,
as diversas moléc€.'i.as de importância ftincional no neurocirugiões e psiquiàtras), psicólogos, fisiotera-
• sistema nervoso, e .éuas interações. Pode ser também
i)çutas,fonoaudiólogos,enfermeirosetc.Suaformação
chamadadeNeuroquímicaouNeurobiologiamolecular. passai)elasfaculdadescorrespondentes,eàsvezesinclui
Ajveijrocz.ê77cz-aceJi"ÍJcyabordaascélulasqueformam alguns anos de residência ou especialização. Alguns
`.osistemanervoso,suaestruturaesuafimção.Podeser
dessesi]rofissionaissevoltamtámbémparaai]esquisa
chamadataml]émdeNeurocitologiaouNeurob.iologia científica básica ou clínicà.
celular.ANérirocíê7zcz.czsisíê7%Ícczcoásiderapopulações • Recentemente, outros profissionais têm-se interes-
decélúlasnervosassituadasemdiversffregiõesdosis- sado pelo sistema nervoso; é o caso dos engenheiros,
temanervoso,quéconstitueásistemasfiri.iopaisçpTo especialmente aqueles voltadós para a informática..
ovisuai,oauditiyo,omótorétc.Quándoapresentama Isso poiqué os computadores e alguns robôs m¥is
at)ordaÉemmaismorfolõÉicaéchpadaNeuro-histo- modernos têm a arquitetua projetada de acgrdo com
1ogia
J.\JE>Ll+ ou.Neuoanatomia,
\,\-__+ \ -..--- _ .' e
_ quando
-_ ---... lida
} cori
\T_ aspectos
_:__-_===^_-^-,.^
osconceitosoriginadosdasNeurociências.Tambénios
fimcionaiséchamadaNeúrofisiologia..Ajve#rocíé#cía artistasgráficoseprogramadoresvisuaistêm-,seapro-......
co772porícz772e73fczzde.dica-seaestudarásestrutúrasnemis.
ximado das Neurociências, pois necessitam.. qgmipar .....
que produzem comi]ortamentos e ot+tros fenôrienos conceitosmodemossobreapercepçãovisuald*.çoFes,
psicológicóscomoósono,oscomportamentossexuais, do movimento etc. Dà mesma forma,. os educad.oies é
emocionais,.emuitosoutros.Éàsvezesconhecidatam-
pedagogosestãointeressadosemáaberco.moosistepa
bémcomopsicofisiologiaoupsicobioloria.Finalme.nte,
nervosoexerceacapacidadedeselecionareamazenai
aNe"7'ocz.ê#cíacog7tífjyatratadascapacidadesmentais iàformações, atributo importante dos processos de
riais comi]1exas, geralmepte típicas.. do hom.em, como aprendizagem. ,'
a linguagem, a autoconsciência, a memória etc. Pode
sertambémchamadadeNeúropsico|ogia.Éclaroque Tanto napesquisa científica como nas profissões da .
`-saú`de,otrabalhosebeneficiamuitodainteraçãomul-
`,__--1 _ -
os limiteé entré essas dis`cip.1in.as não são tidos, o.que..
tidisciplinar,envolvendováriasdasdisciplinascitadas..
nosottrigaasaltardeumnívelaoutro,ouseÉdeuma
disciplinaaoutra,semprequetentamoscompreendero Naverdade,amultidisciplinaridadetoma-se.cqq4vez
fimcionamento do sisten}a n.ervoso. maisindispeqsável,poisosistemanervosotemvários
niveis de existência, cgmo já vimos, e coppreendê-1o
Osprofissio.naisquelidamcomosistemane`rvoso
ekigemúltii).1asabordagens.Éi)oiissoqueasequipe,s
são de dois tipos: .os neurocientistas, cuja ativiqade.é. de saúdé dos hospitais são geralmente mpltiespeciah.
apesquisacientíficaemNeurociência;eosprQfissiQT,
.zadas,eé.porissotambémqueosti.abalhosciehtfficos
nai§ de saúde, cujo ot}jetivp :é preservar e restaiirar p modemosemNéurociênciaéíivctlvemacolabor.açãode
desempenho fincional do sist§ma nervoso. Qs neuro-
difeiéntes esp ecialistas.
cientistas geralmente estudam. e.m algm}a facqdade
PRIMEIROS CÓP.CEITOS
DA NEUROCIÊNCIA
NémsÓdenervoséfomadoosistemanervosoperi-
férico. Existem células nervosas agrupadas em gõ72g/i.ofG
situadosnasproximidades.dosistemanervosocentralqi-
gura 1.2), ou próximo e até mesmo dentro das paredes das
vísceras.. Muitas fibras nervosas que constituem os nervos
têm sua origem em neurônios ganglionares. Outras fibras
têmorigememcélulasnervosassituadasdentrodosistema
nervoso central.
AorganizaçãomorfológicadoSNPébastantecomple-
¥a e característica de cada espécie. Em cada animal, são
centenasdefiletesnervososcomorigens,trajetoselocaisde
terminaçãoprói)rios,cadaumdelescomnomesespecíficos
paia sua identificação. 0 estudo minucioso da morfologia
dosnervosedosgângliosérelevanteparaosprofissionaís
desaúdedasdiferentesespecialidades.Oscirurgiõesgerais
eosfisioterapeutasprecisamconhecerdetalhesdostrajetos
:aí:%Eoís.4n.e:,:,:,::sTaeneesTáo::ncí:::m:,od;níeo„:;:aa,co:.:x:,.cmr::,:a:, dos nervos e da localização dos gânglíos ern todo o copo
ns;sAt:omean.nce;%:os)oepedàe%!uon:cvoenrise,pftruaíó!adgeud::am=%rhpa:Ao);oJràSoo',,, humano.Osdentistaseosfonoaudiólogosconcentram-sená
cabeçaenopescoço.0estudotopográficodaanatomiados
de neurônios, mas apresenta uma.exíensa rede de fibras nérv;sas
nervos e gânglios não é ot)jeto deste capítulo. 0 fiindamental
e:palhadasporquasetodososórgãosetecidosdoorganísmo.No
desenho, apenas a metade esquerda foi representad;.
aqui é compreender os grandes conceitos estruturais do
é!
Esquematicamente,osnervossedívidememefpz.73Ãczír,
D O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRIC0 i
quando se unem ao SNC através det..õrifícios na coluna .1
vertebralCFígura.1.2),ecrcr#z.cz7to£,qu.á-àdoofazematravés n
0snervos,principaiscomponentesdosistemanervoso
1
medianoseseparamedepoissejuntamaoutrasvindasde
regiõesdiferentes.Issoaconteceváriasvezes,comosevê
na Figtm 1.3. Esse conjunto intrincado de fasc{culosG e
nervos que se encontram e se separam chama-se plexo,
e este que estamos descrevendo recebe o nome de plexo
1]raquial. Juguns nervos, entretanto, não fomam plexos,
dirig.indo-sediretamenteàmedulaespinhal.Jápróximasà
colunaveitel]ral,ondesealojaamedula,asfibrasnervosas
queemergemdoplexot)raquialaproximam-sedamedula
através de orificios. na coluna vertebral. Nesse ponto, as
fitiras sensitivas se separam das motoras fomando dois
gruposaerc!i'ze£qiigura1.3A),sendoasdorsaissensitivas
e as ventrais, motoras. Logo à entrada das raízes dor§ais
se encontram os chamados gânglios _das raízes dorsais ou
gânglios espinhais qigura 1.3A), onde ficam situados os
neui.ônios sensitivos que recebem o tato, a dor e outras
sensações vindas do membro superior.
Os nervos cranianos têm organização semelhante à
dosnervosespinhais,massãoihaiscomplexosevariáveis
emergir
D Figura+.2.OsneNosdosistemanervosoperiférico..p~ode.m
l.2. Us newosciuôióic"iaHcww`,r„.v„v-r-__ .
dir`e;=u:euni;:.d-o-;Á;éii,o(neNoscran_ianos`_exemp,.F=3:s__eJT_:)„,
'*:ià%vàag:à:Ü;i;:riosespinhás'exemp,.fiçados_e_T_P)t`formando
/.newôndoórgãosetec/.dosdacabeça.Ouen{ãoemeígemdecadaseg-
'::\;:;::.riÀriques;espaihamportodoocorpo(c).
peloantebraçoepelobraço,recolhendomuitasfibrasse¥si-
tivasemotoras.dessasregiõese,assim,tomando-semaise ramiácaem.umadiminutaregiãoteímínai.
maiscalibroso.Naalturadaaxila,algumasfittrasdonervo
PRIMEIROS CONCEITOS DA NEUROCIÊNCIA
1
Tabela 1.1.
`.:-.,r:í..£"::`:•-r-`-.' í.-=:.= ..:.".€._í .-`..:.'..'..',= 'í.: '` f ,., :-'._r. . Í ,.-,± -r+r:_:_:_ í.
':....í..:..-:EnÉéFlq.-:.::.::.::-``.`-..,.:t. ' Medu,`a :.:'•.esÉi.pbál.•...`.1-._.','
;.:..:..,`.`.'.1.,..-.í., • -`' \..' .
•. .:. . cér
-J' . Óérebrç..:..... - /o' Tronco encefálico
1
T -]--+ +J mEmEmmm=rEqmuHH +i r
• Quadro 1,2
métricas.Esseplaüorecebeonomeespe.cialdescigztczJ.
a]acompreenderaestruturatridimensional As estruturas que se situampróximo àlinhamédia, onde .
do sistema neriíoso é iirecisg visualizá-1o estáoplanosagital,sãoditffi7%edíczis,enquantomque
í. ;.`.-r
mentalmente,eparaissoépreciso.conhecer
Ll|Uli.-+^i--^--, +
_ n ^ _ _`__-
estão mais para os lados são.ditas Jo.fercH.s. Em relação .
)spontos,1inhaà-.eplanosusadoscomoreferência,
certos ppntos, il[lllcu] -rloL..VU ___._
-. ^. ._---^+âmirac AFimralmó.Súa ao -Élano sagita.1, se estivermos considerando um dos
aschamadasreférênciasanatôrpicas.AFigup.1mostr?.
- -.^ _:--^-n+ÂmirqQ naí-a o sistéma lados como-ieferência (seja o dÉeito ou o esquerdo),
as principais re.ferênçias anatôinicas para o si"md asestruturassitua`dasnessemesmoladosãochama.das.
as c;siilLllllcLO Ul`.Wr-~_ -__ _ . _ _1 ^ - r` ;+ i a Á a C`
nervos.odeimcão;ê'àFigua2,as.-quesãoúsadaspara !.j%íbfi#aÉ(ouboriolaterais),enquantoaquelffsituadas
noladoopostosãochamadasco#ftoJc¥Zera!.S..Amaioria
dasáreasdosistemanervosocentralquecomandamos
mús.culosdoladodii.eito,porexemplo,encoEitra-seno
;:ál;::j¥::;:ho:Sn::#í:f::qí:s:Íat:Íoíe:Í?ea::ol;oa:s::lJaí:;i ladoesquerdo.Diz-seentãoqu6ocomandomotor,neste
i)ara baixo é dito v+ê7cftctí ou z.7i/e77.or enquanto o q.ue casc), é contralatéral.
estáparacimaédo7+.scrJousi!perz.ozAnomenclatura
• Nó caso do homem3 que é bíi)ede, á cabeça e o.à.
01hosapresentam-seinclinados90°çmrelaçãoao.çopo
•
àcuoam#dae,appoosss.áã:,Íos.:,epmoadnoe=01:oa:,rg:::zpaodros::
longo de um p_lano paralelo ao chãg. Os terinos, neste Giigura2).Assü,paraoencéfàlo.asreferênciassãoag.
mesmas utilizadas para os mamíferos quadrúpeçes. E
caso,origipam-sedaspartesdocorpodoanimal:orosto,
maiscomum,entretanto,utilizaísui)erioreinferiorém
acàuda,oventreeodorso.'Essasreferênciassãotodas
ve.zdedorsaleventiaLFaraam.edul4asconvençõessão
relativas,edependemdeplanos.móveisposicionàdos
diferentes,porcontadoângulode90°entreelaeoen-
d6diferentesmodos.Oplanocoro7c#Z(oufrontal)pode
céfalo.Anterior,nocasodãmedulahumana,ésinônimo
sermovidop¥afientee.paraçás,ei]emitedefirio.
deventral,enquantoposteriorésinônimódodorsaL0
queérostraleoqueécaudal.Porconvenção,.pode-
se escomer um detçminado plano coronal para ser o planorióvelquedefineess*referênci*paraatriedula
échamadoJo#gí!#dr7iczJ.Porsuavez,asestruturasmais
planozeroefazerreferênciaaosdemaissegundoseu
afastamentodoplanozero,emmilímetros+Umsetm,do próximasdacabeçasãoditasswperíores,eaquelas.mais
.p\a"o é .p horizopt.a:,
quepgdesçr`movido
..para cima e para bai- .
xo,. e.portanto define
.o que é dorsal e o que..
éventral.Igualmente,
pode-se considerar
um deteminado pla-
. no horizontal como..
plano zeró e fazer
referência aos de=
mais em Íünção de
s eu .afastamento .em
milírietros. 0 plano
móvel perpendicular
.aos dois. i)ripeiros
chama-se 'Éc{rdsscí-
g!.fcz.J. Ne.ste caso, o
• plano zerp é o que
• passa exat.amçnte
Pelo meio do Sistem.q
nerv6so, dividirido-g
• em. duas metade$
4proximadamente§i-
PRIMEIROS CONCEITOS DA NEUPOCIÊNCIA
próximas das pemas são ditas z.7z/erz.o7~eS. 0 plano)móvel Ímagens que o mostram de foma direta. Em tempos
• recentes,. essas imagens passaram a ser tomográficas
:raen=s:eaÊ:ses:;[:=,aadsosí"rio'::vme:JsOú£::;:roê::ãi+iés:: (do grego Zomos = corte, fatia), isto é, passaram. a
ciadas(medialelateral),sãoosmésmosparaoen\céfalo
representar córtes viituaís do sistema nervoso, recons=
e para a medula do homem e dos animais.
truídos peio computador em pianos áemelhántes aos
Acriaçãode`msistemadereferênciastridim\ensio- descritos antériomente. 0 tumor, assim; pode ter as
nais.paraosistemanervosotemumaaplícaç+uit.o suas bordas delimitadas e localízadas co.m coordenadas
tridimensionaismilimétricas.Emseguida,oscirurgiões
;:sp:::u:::aardai:;o:iés:i::infi;::|o:oogísp¥::à::opc.Tág:: precisam chegar ao tiimor para removê-lo. Mas cc)mo,
se o tçcido é opaco? As coordenadas tridimensiónais
::caé¥an]:'.pcoor=:er:t::::]:=e:Ta:rnsgíiu=d:s::ri±earsiovrí£í:
(chamadas estereotáxicás) do tumor são utilizadas,
nhas?Inicialment.e.;`aequipemédicaprecisa.localizá-1o . então, para inserir instiumentos ciiúréícos capazes de
aproximadamente-através dç estudo dos sintoma! que
possibilitararemoçãodotumorcomomínimodelesão
o paciente apresenta' e mais precisamente através de
às estruturas vizinhas.
'
Dh_u_F±_gLnu::o±,3e%a;sendhe°sedneh:jsm%as:oe:dpari%c:pÊags=;anporisncg3ü£dr=fe#£gdaosspnaamo:sse'.%mãaonmeo%%g%%aa:
es[ruturas intemas.
JJ
C E L U.L A R
N E U RO C IÊ N C I A
:Ío:eÊ:s:;f:Íã;tsiíeífflÊnio¥ÍaÉt:;1i:1:Ei:di:eÉoe:jís;jo:::::i:::mío;s
porumalistainumeráveldefiinções.
EssesemuitosoúÉosestudoscientíficostomaramirre-
torq.uível,nosdiasdehoje,aconcepçãodequeasfmções
mentaissãooresultadodaatividadecoordenadadepopu-
1açõesneuronaisagrupadasemregiõesrestritasdocérebro.
CadaumdosneuôniostemiJmpapelanaüücodeteminado,
sesetratardeumafimçãosensorial,ouumpapelexecutor
muitoespecífico,nocasodeumafimçãomotora.Comoos
neurôniosseconectamprofiisamente,aatividadedeumde-
1esinfluenciaaatividadedemilharésdeoutrascélulas.Por
isso,ficaevidentequeoscaminhosqueaatividadeneural
tomaatravésdosmúltiploscircuitosneuraisexistentesem
uma região podem variar muito em cada momento. Daí-
se origina a espantosa variabilidade do comportamento,
especiahentedocomportamentohumano.
..
quemodoosistemanervosoriciona,consideradocomo
um todó? Como as suas fimções estão representadas no
tecido cerebral?
AhistóriadaNeurociênciàregistraumconfiontore-
'm:i:ã;microeiitródiosi.nseftdosno.:éreprod_e]u_m.
' '*ra".N`esteexperim.é.ntoio§P±?F!!Sa.9°,r,==.P.t=armhT,'A[
'q--_ _
corrente entre defensores de concepções opostas. Em um • . !____Lt.Á|;.^-,.n.an.Jn"n í:érebío de um macaco.íA),
':ti;d=á;.ái-étriçasiinuHâÀea.degranpenpm_e[0_?3Fe_Ux!.Õ~.nÀI.°:he,nac.a==
campodediscussão,deumladoficavaúosglobalistas(ou
Ãoíi.Sfczst,comomuitasvezessediz),deoutrooslocaliza- r3;%>ádr=unu:uu.i;fi;:i-a_fií:3_P_o`;_u,TrhmmprftÃfrdnohr;i:oScpaaDdam%Se
n3gàdosda¢rogffiTaçãomo{oradóbraçó.Depois,aatívi.daçJedessa
gçi:::n(à=:sQe:taa:o=.tt;ré::tnehcâ:O's:Í:#-es=:nfe .Poubpt::=Xfgru::`tii`ii:áãs.i;r=-màriTón!aruT.b;rifç:.r.2Pó±C^°.Cfp.a^Z:4oer
co/eiafum.afiriaco/ocadaàsuaÍíeníe.eíevá-`áá;-Éócaperacorriçt
emtodas-oupelomenosemmuitas-regiõescerebrais,
Bmg„P%tuoàsu£:#eu*~ã';i:o.=ii;ãtopela!Tiã_°3_r°b~ó±F.(n=Taari=U!)à
g,%=±£,o=à.úàj:et.ã:.á;5àçb,dbóücenoe.spaç_o_té.TL¥3Te,,^h:],.eT,:,:
ou então se cada uma delas estaria representada em uma m#nvt':'-'sG:,:=iumr=;i:;=i!àáene.u.riri.g?nha._ri|f'_-_n_T_o}:?iF,!Ead.on!=t
regiãoespecfficaEmoutrocampodediscussão,deumlado
Neuroc%qi/eprefeí7decn.arveida.dejmspÍóíes-eçí.niç//.gen.!esq.ue
:`#u=#£:ue#SiÉisipi'a_iu~d-?'rp\Ém=caoTn:.oe,ngçnansR:etgoíÉt%os,.
#%t=:%a'n::!:'ii:::riE:ã::ià-ú€-ã.K'vç®steecois.(2oo8)Na"M
•453: pp.109Ü-1101.
Quadro 1.5
Neuroética
maginesevocêpudessetomarumcomp±mido
to. Haveria também um dilema social: alguns teriam
recursos para comprar o comprimido, outros não. 0 ím-
`. i,-:|ue=bproffuct:daontoesc.dneteuúToaá:o::;é:iuaec:Ízae:sa:
, _ _ __ -_-__^`--\,\,1J.+ t+ J.C+_
plantedeumcÃzPcontroladordocomportamentotalvez
sejustificasseemumcasoclarodepsicopatologiagrave
:i:::::=:àitoo.d¥Ínpes:ceo:oasá::.o|s.s:::1d:oeTiftoslea: -massãotênuesoslimite.sentreumarealpatología,um
cérebro u.m cÃzP capaz de inib.ir suas manifestações de
desvio de comportamento, e uma personalidade rebel-
extremaagressividade.Imagineseumapessoapaíaplé-
de. Co.rren'amos o risco de uso dessa tecnologia para
gíca,cadeirante,pudesseutilizaroprópriopensan|ento, o controle. de dissidentes políticos, por exemplo. Um
cadeírante obviamente se beneficiaria de uma cadeira-
:::avsé::oecuo::::r¥ei::rài:nat::::i°cna¥aaocua:ee=ia-Í:: de-rodas inteligente, controlada pelo próprio cérebro
do usuário. Mas... e se uma empresa exigisse de seus
::|:g;:à,::efiàsos:epuosgseí::Lpar,osg:s.t;:a:ean,anp::p=|esn:o: empregados o implante de cÃzPs que pemitissem um
desenvolvergravedoençaneurodegenerativaquan4ose
controlemotorniaisprecisodeinstrumentoserobôs?E
aproximasse dos 50 anos.
'
finalmente,vocêgostariadesaberqueaos50anosestaria
Todasessa?possibilidadesparecemfantasiosas,|mas inválida pela morte inexorável de uma parcela de seus
naverdadeestãonohorizontetecnológicodaspróximas neurônios?Sesoubesseomesmoarespeitodeseufilho,
décadas.oprogressovertiginosodaNeuociênciaàper- guardaria para si a informação, ou a revelaria a ele em
algum momento da vida? Se essa infomação delicada
:eoiçcoé:eabcr:d:::â:finceáT:Jtepc:oal:g;:mcaopuHpe:adeoi:tíràr fosse dada a público, que seguradora de saúde aceitaría
dar-lhe cobertura? Quem lhe oferecería emprego?
#Jué(Sneancoh-::o:i:Foa::àn:;,àe::oe'sopg'c:eâ:"ffiv5;g.Sarç'ã:
Não é prático, porque seria ineficaz, negar o de-
denanoebiotecnologiascomastécnicasdeinfom4tica
senvolvimento dessas novas descobertas e tecnologias.
e aquelas q.ue mimetizam ou influenciam os processos
Ao contrário, a maioria dos analistas tem recebido com
entusíasmo essa nova onda de desenvolviménto tecno-
lógico qu3 prenuncia suceder à revolução das comuni-
:;¥Í¥::;:í:¥ão:s:nAÍ:=o,;:aT:íí:dfa:dc±sã,::e;:;:eoíí#¥ cações que tem caracterizado a transição entre o século
20 e o século 21. No entanto, todo novo conhecimento
::sctiuatbria::oLnp:í:::%:::;::à:s::s:í;#occaeãL=eén:::fj::
apresentade§afiosesuasaplicaçõespodemserbené`ficas
se aproxímam.
ou não. Por isso, é indispensável que todos discutamos,
Apíluladamemória,seforpossíveldesenvolv!-la, em sociedade, os desafios da Neuoétíca. A discussão
deveria.serconsumidaporquem?Porumpacientedom
poderia começar por aqueles que lida.m mais de perto
perda de memória? Parece razoável. Por um aluno: na com esses temas, os neurocientistas, oà;profissionais de
vésperadaprova?Nessecaso,seriatalvezumaesp!cie saúde, os estudantes e aqueles que sé.`.interessam pelo
de dopagem., no mínimo um procedimento injusto com assunto.Mas,naverdade,éumadiscussãoquepertence
osdemaisquenãoteriamacessoaomesmomedicam!n- a toda a sociedade.
•,,
?€
NEUROCIÊNCIA CELULAR
Qüadto 1,6
AFrenologiaeoNascimentodaNeurociêncíaExperihental
Suzana.Herculano-Hou.zel*
•Gauacredi.tavaqueo.ç.érebroéuriamáqúinasófisti-.
.século.19. viu grandes mudanças na apre-
cadaqueproduzcon}popmento,pensamentoeemoç.ão,
. ciação da. existência humana. Bmergia iJma
'-,----,
•>',--:sociedadeÇivildeséjosades?construirinde-
. . , 1_
religioso. Nascia
pendenteipentedodogmaedppoder
t` ___ -__ _ _ _ ___, i;çi:cs:c|:;::e:Í.?;;::|:V:ãiéç.i;:íeÊcro:i;:f:cx;Ffu:.oâuàe:
a Bío]ogía, ídentíficaádo fimções e [ocatízando_as em
(1) elas se localizàin em órgãos es-p.ecíficos (áréas) do
estruturas anatôrii-i* -definidas. Findava a crença em córtexcerebral;(2)onívelde._açividadedec.adafimção
determina ó tamanho do ó£gão co.riical respectivo; e
(3) o desenvolvimento das fa:uldades mentais de cada
ig:r:e,ie;e.h::eT::|0::jia:v;ác;:ed:aa:;eh;¥e::3p:g:Íi:àJ:: indivíduo. (e, portanto, de seus órgãos corticais) causa
q.ueohomemdesc-endedopacáco.Eamente,atributo protuberânciascaracterísticasnaspartesdocrânioqueos
supremoedivinodohomenideixavaosvaporesetéreos cobrem,atravé§dasquaisapersonalidade.doin¢ivíduo
paraencamar-s.enamatéria,cerebralhumana. podeseravaliada(Fi."a).
. Até então, a i)rincipal teoria considerava que a Dividir a mente em 27 faculdades localizadas em
menteresidianosespaçosventricularesdocérebio.Eraa órgãos ceiebrais era demais em uma época em que o
doutrinaventricular,iniciadanoséculo4.d.C.,.quandoa: cérebro S.equer er.a ac.eito abçrtamepte como o órgão
IgrejaCatólicaincori)oro.uósensinamentosanatômicos damente(vejaaFigm1.14A).E,serepartirariente
doromanoGal.eno(130T200d.C.)..PÍovavelmentecon- eraumaaffo.ntaàunidadedáalm.aexigidaÍ)el.q|gieja;
sidera.ndo.as"partessólidas"docérébrosujaseterrenas rei)artirocérebro.Qm27pedacinhos,ca.daumcomsüa
demaisparaagircomointeriediáriasentreocorpoea fimção, era uma qmeaça à unidàde do Estado. Çohse-.
alma,. as fimções superiores foram atribuídas aos ven- quência:em1805,.Gallfoi.expulsodeViena.Doisanos
trículo.scerebrais,confimdidoscom"espaços"vaziose, depoischegouaParis,ondetentouentrarpafaaAcade-
portanto, mais "puros" e nobres para receber espíritos nriade.Ciências.Suasid.eiasdescentrali?adórasbaterarp
etéreos do qué a óame da matéria cerebral. Além do de fi:ente com a visão de Georges Cuvier (1769-1832),
mais,ai.dentificaçãodeti?sC`células"ventricularesra anatomistaffancêsqueliderouacomissãoquejulg.ouo
anterior,amedianaeaposterior-traçavaumpaialelo méritóde6àll.Éaracu-vier,océrebroseíviapararéceBer
benvindo cóm a Santa Trindade. Em todas as versões impressõesdossçntidospelósnervosetransmiti-1asaó-
dessa doutrin? ao longo dc;s séculos obedeceu-se a um espírito,conservartraçosdessasiini)ressõesereproduzir
esquemabásicodedistribuiçãodasfiinçõesmentaisem as impressões quando o espírito precisassç delas para
três etapas sucessivas, correspondentes aos três ventrí- suasoperações.Compreenderessastrêsflnçõesreque-.
culos. A primeira etapa era a coleta de impressões do` reriatransporohiatoentreamatériaeo"euindivis{vel':,
e seriaprecisobuscqrumazona do cérebro à qual todos ,
ambiente(assensações);asegunda,oprocessamentodas
os nervoá levariam .ou da .qual tçtdos partiriam, "que
imÉressõesemimaginaçãooupensamento,eaterceira,
dénominamos, na anatomia, o trono da alma". Gall,
seu armazenamento na mepória.
'que mostrava inclus.ive.que os nervos não deixavam o
0 reriado da doutriria ventricular coihcidiu razó- cérettro de um só ponto, foi obviamente rejeitado pela
ave.1mente com a creqça de que o córte.x cerebral não Academia.Aíndaassim,suasideiastiveramumariiflu-
possuiumaestruturaordenada,ecaiujuntocomela.A ênciamarcanten.asgeraçõesse.Óçmintes.Mesmp.porquç.
partirdom.omento.emqueseieconheceuqueocórtex seu d`iscípulo iohann spurzheim (177 6-1?32)-,.qúe partiú .
tem zonas anatomicamente definidas, passou a ser i]os- emial3paraalpg|atçrrq-éeínsegui¢.paraosEs.tados
sívelieriesmocornpreensíúel-proporquediferentes Unidos,continuoupublicando-artigosepopularizan.do
Íünções rientais se al.ojaü em diferentes porções do as i-à.eias dç). que. élç dénominou "fienoiogia".
córtex. 0 mais ilustre e provavelmente primeiro pr.o-
PormaisinfiJ.ndadaquefosseaproposiçãõdeGall.
ponente da localização cerebral das fiinções mentais dá..niedir.asfiiçõesiqentaisatravésdeprotuberâhciàs..
foio.austríacoFrarizGau(1758-1828),aliSumgrande do`..crânio, a novidade da suà. subosta localização em
anatomista e um dos primeiros a ilustrar com.precisão diferentes regiões do çérebío oíereóia úma.hipóte.se de.
as Óircunvoluções corticais:
PRIMEIROS CONCEITOS DA NEUROCIÊNCIA
0trabauiodemaisdeumséculodosneurologistasque
estudaram o efeito de lesões no cérebro sobre a linguagem
pemitiu concluir que os vários componentes dessa função
estão representados em regiões cerebrais circunscritas. A
lógica desses trabalhos, entretanto, admitia que, se o desa-
parecimento de uma região cerebral produzisse um déficit
fimcíonal, então essa região seria, em condições normais, a
"sede"dessafiinção.Essalógicadeixavadeconsiderarque
Universidade Federal do Rio de jarieiro. Coi.reio eletrônico:' parietal, que a fiinção auditiva é realizada por um setor
restrito do lobo temporal (Figura 8.10), que a visão é loca~
suzanahh@gina.il.com.
ri2ada no lobo occipital'\ (Figura 9.8), e assim por diante.
Nesses estudos, o ihdivíduo não apresenta lesões. Portanto,
27
¥
N E U P` 0 C I Ê N C I A C ELU LAR
móriaoq.ueaprendeudurantesuacarreira,moveosomos,a
experimentoscomoestepermitemconcluirfortementeem
cabeçaeocorpoemdiferefltesdireções,gesticuladeacordo
favordaloca]izaçãocerebraldasfimçõesneurais,mesmoas comoqi].ediz,eassimpordiante.Alistanãoterinjnaaqui,
maiscomplexasdentreasfimçõesmentais,comoéocaso e poderia ser aumentada indefinidamente. .
dalinguageme-aindamais-dejulgamehtosemocionais
ou morais qigura 1.13). Experimentos desse tipo .podem
ser feitos facilmente, bastando solicitar ao indivíduo que
refiita sobre uma ffase que lhe é apresentada durant? ma
sessão .de ressonância magnética fiincional: "o. aborto
deve. Ser libeíàdo", por exemplo, ou "os índios são seres
inferiores". Ao julgar o conteúdo moral dessas-frases
(concordandooudiscordandodelas),oindivíduoemi)rega
certas áreas cerebrais e não outras, e a sua locaüzação é
assim deteminada.
Experimentoscomoosdescritosanteriormentesãofor-
tesevidênciasdatesedoslocalizacionistasdequeosistema-
nervoso fimciona como um mosaic.o de regiões, cada uma
encarregadaderealizaruniadeterminadafimção.Issonão
significa,éclaro,queessasregiõesoperemisoladamente.Ao
contrárío, o grau de interação entre elas é altíssimo, pois o
númeroeaVariedadedeconexõesneuaisémuitog,rande.E
énaturalquesejaassim,poisnãoháfimçãomentalpim,mas ..FiiguTai.+3.AlocalizaçãohJqdo.nalpode.hoj?Ser?çTL£_n_SLr=_9=^=T
'pe£oà:n;riáisemri.da:atravÊsdan¥9=n_â_m±^.±a¥.[S.fi:Ca,nfi:aFr°anha±
sempreumacombinaçãomuitocomplexadeaçõesfisiológi- UÊ:=;{ãárià-déimaderimostiáasregiõesmais.a¥as.docére.brro,
casepsicológicasemcadaatoqueosindivíduosrealizam. Li=nã:;':í:á;á;:gé-;Sú_iúà!o__oTÉ;ecuHtai.!T_àLt_fT.fr_=.P_e_C_ifi_=i
`hósià-caso' o indii;iduo foi so,k,.ftadó a refietir sobre.un:a f-ras:_.cLo_m_
Umexemplobastariaparacompreenderesseaspecto.Ésó
`i`m_iiáçãéà-morais,aaSridade.neura,'co':¥'p±?_n_d_e:tr`:^c,omu:Rhe^ma
pensaremumprofessorquefalaaseusalunos.Aomesm.o ",£aiÉ):-.-%t,oo:=dfirdoantpaorirJ=rgaemN%,;Noât.::ddoo?,É-:g£neo
tempoemquearticulaaspalavras,oprofessor,omaevêseus
atmos,ouveobuburinhodasalaeasperguntas,-modulàa
e Pesquisa, Rio d.e Janeiro. .
respiraçãodeacordoconoseudiscurso,pensanoquevai
dizer a seguir, 1embra-se do que disse antes, busca na mé-
PRIMEIROS CONCEITOS DA NEUROCIÊNCIA
entãoqueolobooccipitalconcentiaasfiinçõesrelacionadas
acadcao£a;,df:íde=scea:toe::;£eor¥nqt:e¢ooàqouseaí:c[;s:aeafiTçeõn:g à visão, o lobo temporalA representa a audição, aspectos
cerebrais é algo parecido com o que está represen+do na elaborados da visão, a compreensão linguística e alguns
aspectos da memória, o lobo parietal agrupa as finções de
:;g::s:;:::.c::fi:aTao;eszu:daí]ysí:::::ígoçrõí::,o:;cFíãá,: sensibilidade corporal e recoiihecimento espacial, e o lobo
fiontalasfiinçõesmotoras,deexpressão1inguística,memó-
::rlo.ií:aã:v:sne:c:::igae:aednat:pià::smcpo|:t:_ugb:seq:::: ria e ftnções de planejamento mental do comportamento.
1
bFiiguraH4.Noséculol9,oslocanzacionistasatribuíamaocérebrofiJnçõesimaginâriasemlocaisimagínários(A),acrédiftandoqueelascausavamas
tgeucgan;:':aaansddo-:d!ãtÊ#=c:o:e:Tc:Baãnd£oíde%f:iiescr;::ldaNon,Sdcoheof:ene##|eefrxwpase:nemmBeeo?faag,I:dà;edN:ao;nue:e£ofnod4S,ove;d#pPÊ's;,hppuapípag£5So-c:!£8an:=adooess£u%adsei£oo=:sddaas
29
PRIMEIROS CONCEITOS DA NEUROCIÊNCIA.
SABER MAIS
Ch"ckiLí3.rràpM. The Engíne of Recison, the Seat of the Soul.
D LEITURA BÁSICA
A Phílosophícal JQumey into the Brain. C,eLrribri¢ge.: MII
Bear MF, Connors BW, Paràdiso riA..Neuroscience: Past, Press, 1995. .: .:.
Present, and Éuture. Capítulo i àe. Netíroscj.e7cée.. E,TPJorz.72g
ÍÃe Brczz.Jc. Baltimore: Lipi)incott ivilliam.s & Wilkins, 20 07
f`oses:Tl;efiitur;ofthébràín.Biólogi:t2:000.,4]..96-99.
3Z
N E U P` 0 ç 1 Ê N C I A C ELU LAR
©L©SSÁRI©
FiLETE:conjuntodefibrasnervosasparalelas,menoáca|ibroso pactadascomoemumnervo,porémembutidasnoínterior
dosistemanervosocentral,semorevestimentoconjuntivo
que um fascículo. 1
tipico do nervo.
GÂNGLio:agrupamentoperiféricodeneurônios,àsvezes.en-
capsulado,outrasvezesembutidonaparededasvísceras,
..comftmçãosensitivaoumotoravisceral.Algunsqutores
usam "gânglio". como sinônimo de núcleo.
30
.rxj=r-.=c~~ú=ffl:
__1`_ -_-. ___--_`` _ _-_ ---. _ ---------.------------------------,----------------..--.----------------- ` ------- `-' ----- ` ----- ` --:'-:
Bú*K3úhq*`}£*.ü."}.W"#@.ümn"..1.*~.~~.ú3~..-...~¢,*..`'--`~ú.ur.`rt+Ü.:|tmL.m--~ft~pÍ+-.*#r+!~-.-J.`~Jí~ü~./.-€~+~....m.I-lwu`~-.|~.~..ú.t.c.
*.-U..€`..`.`,..``*..'`st.=£.#y:.Tfi:#*Ç--.=¥nBS-
J
.Í
+`^> ¢ wm. h. m `. qi *¢Ü.-, mú*í ¢~.`^ ...-~. ri¢úé i r`"^..` .... i:--... n -~raí.*-r irvim.rú-wJu.mr±*artriaúü`+íídí:rcAhrim€~t"".. "-*`r~*+C¢+¢~€".e""W**e¢!ae<tiw:p"ú7Ü`üp"~stffi:§
1912 1§25....-......`...`--|.-':.4-ü-Çõ'g: 194Á-...
1900 -
Behario.rismo'...,..:`
•;.....-S-[iáil:ea~y:eíi-i[gírtsamq DinãmicasoQ-al
0 papel do Psicologia.daGestalt
JohnB.Wátsone.,maJ.5q.Í.€:;.9...-t KurtLew.m -uitíodiEa teoria do .
Tnconsa-errte Sígmunçí Fíeucl 0 psicólogo alema-o Max
-mtroduz a Ídéia do incor6a-ente F.Sk.mÀ-éraf-gvm.entai.
Wértheimer propõe qiie a •todososa5-mpeffTé
e o papel que ele desempenha peftepção é. uína exp en.êna-a
em nossa vi-da mental cotidTaoa. subjetiva que não pode ser
Süa teoíia da p5i.canáJ.Lse capt`iTa compreÉmdida pelo .e"e de
teíapemas e dentris por quase -seus componentes elemerftaíes,
meioséciilo. .
-Éto é, o todo é maior que a
!:TjF:;::dcír¥:eíí
sorna de suas parte± ej@m.nar a5 forças
:aft::::d"apã:de:ií,í,d:;:-:p#ai,::nstt::doenrdaeTãoorap:LS:gbuo|:oodo::a:::i.aÃ:re::;tando
que ele ia pegar uma ama, os polia-ai5 começaram a atirar. Em aproximadam.ente 5.
sB::!í:n':,;j,dao:s:::uu:aí:oeo:ã:;::;::di;::-Êí:umma:p:a::ovt:::`;:e:í::d:-;,;:pz:;s::rs:nd:;::ers:aã:omq::d:osua
língua nativa. Outros.sugeriram que Diallo talvez est-rvesse querendo pegar a carteira
jpu:gmadpor:vpa:rs::s:qs:Ínnti:::,d:.t::nogsu.féo:j:mc::5ãeb:ríàso,::cuean::spo,,cía,sforam
• Os.psÍcólQgo5 estão interessados.em compreender como as pessoas perceberri,
--::snassa5::Êoaã:mÁi:d:TaDigaffion:e;:::-:-::::ndt:;ittuear::s:it:mp:r5ait::çpãs:c::o::s:
:Ttouçr::s,,Tr::oonnca!,-ft::r:::çpãooftv:smu::ttoogea::uá:deet:-:ãoú:nie:::::3?aa;at'éài::::nças
• menu .de tópicos, os psicólogos estariam interessados em. saber, por exemplo, como
:oeststaar:aomeFeo:`::a'a::s=::.c::i:ãfoestor:,:tuoast:omsaadcausdaed:::si:sntaef:nmaúnEleas5também
oculares do tirotei[o. Além disso, iam querer examinar o comportamenío de grupo.
Será que o fato dç muftos polia-ais chegarem à cena simultaneamente afetou o ..
::erdfooã:mü:bn:##:à7a:ae:á:;ue[gaasmdÊnmt:T¥naaç[õme::g:o:g:Í::::geoTtf:emn:::o
queren.am saber sé o preconceito desempenhou algum papel. 0 prçconce.ito terá
;i:tcaodnoce:.t::enr:ir:k:te:âoq:a!eocsis::":-:';úi:,:n#àrsares:d:::er:ad:Tr:n5xu:#oa?raom
que o assassinato 'de Diallo foi motivado por racismo. Os advogados de defesa '
afirmÉa:fTciF::uadFrç:steÉV:oTe:i:ou:oeustcãooapvoerrt::smd:sti:#:i£àscroa::is,opdo:smaosmsaai::i:?`
.das pessóàs nega. |professar cre-nças soa.almente inace-rtáveis. Cc>mo, então, podehios
"e5píar" dentro di .mente para descobrir o que as pessQas estão: pensando?
1 . '.1
1 :..Í!;_..
'
:Fàd¥oóeá:aoígíoÉs:i:a:;t:ogo;e::nái:bv¥m:o::m£;g:¥Ío::aí;Ííià:::b::::ua:da:c:::1re:çbà.o::
porexemplo,obseivqparaondeosangtiefluinomomentoemq.ueaspessoas.processaminfoma-
çôff.Rsa.:mudm.Tofl"osan.güheoreprüêntamTudmçasnaaÉrid.ade.c.e-rebrd#ieridim
• í_t : fr`
•,`\....1
:,4EH5FF# ` `' .`. T , +
CIÊNCIA PSICOLÓGICA
39
i]essoastosqueapreséntavamatituaesnegaüvas,deacordocomotestedocomputa-
dor,eramosquemarimostravamativaçãodaamígdalaquandoobsewavamosrostos
negrosdesconhecidosS(Figua1.2).Emmsegundoestudo,ospesquisadoresmostra-
ramaumnovogrui)odeestudantesbrancosfotosderostosnegrosebrancosconheci-
dos; dessa vez, não ocorreu a ativação da am'gdala. Essas são notícias animadoras,
poiselassugeremqueamaiorfàmiliaridadereduzaresi)ostademedo,oquepode
indicarum4reduçãonaprobabffidadedepreconceitoediscriminação.
Apesquisarecém-descritarevelamuitosobreoestadoatualdapsicolotiaetoca
einalgumasquestõesquesãocentiaisparaestelivro.Apsicologiaexisteformalmente EB€ÜRA fl.q Amadou Oiallo, um natwo da África
háumpoucomaridecemanose,nesseperíodo,aprendemosmuitosobre.i]rocessos Ocidental, foi alvo de 41 tiros disparados pór policiais que
rientais básicosj taÉ como aprendizagem, memória, emoção e percepção. Os psicólo- estavam procurando um estuprádo.r em Série. .O ipoc?nte
Diallo morreu no local. Será que o racismo desempénhou
gosdocumentaramihudanças.soffidaspelasi)essoasdonascimentoàvelhiceecriaram
teoriaselaboradassotirecomooshumanosfazemcoisas,taricomoadqiririrlinguagem um papel nessa trágica morte?
eresolverproblemasdifíceis.Eleseplorara:maiinportânciadonmdosocialemque
vivemos; por exemplo, como as i)essoas sáo influend-
adas i]ela presença. dos outros e quais cricunstâncias
aslevamapreferircertostiposdei]essoaaoutros.Os
psicólogost-ambémexaminaramcomoomeioambíente
ajuda a inoldar cada i]essoa de uma maneri única,
queproduzoquechamamosde:personalidade".Ati-
vésdestelivro,vocêficarásabendooquesedescobriu
sobre cada um desses tópicos e saberá como os genes
e a biologia influenciam a..vida mental humana ,... ima`:.
áreadepesquisaquetemenergizadoapsicologianos
últimos anos.
Os psicólogos, utilizando novas tecnologias e
métodosdepesquisarefinados,estãoobtendoírüíghts
surpreendentessol]rea§)dimensõesbiológicasdavida
mental.Gomrelaçãoaonossodia-a-dia,sal]emoscada
vez mais detalhes incn'veis de como o cérebro fincio-
na. Em especial, sabemos quais i]artes do Çérebro es-
tão envolvidas quando realizainos certas tarefas e in-
teragimoscomosnossosmundossociais.Porexeinplo,
vocêsabiaq.ueasuaquímicacerebralestásendoalt'e-
rada cóm cada .conceito ou história q.ue você lembra
Çnquantolêestecapítulo?Seripreque.lembramosuma __.
história ou piada, ou senümos uma emoção !ntensa; FiGURÂ 1.2 Mapas éompostos apreseniando regiões cerebrais em que á.rhaior
essaeperiênciaéprocessadaeamazenadaemnosso at.Nação em resposta a rostos neg.ros versu5 brancos é associada a uma medida indireta de
cérebro.0desafio,paraosiisicólogos,édescobriquais atitudes raciais. As áíeas ihdicam ativação da amígdala tanto na metade direita como na
metade esquerda.do cêrebro, assim como em outía área, o a'ngulo an{en.or, que também
mecanismos cerebrais (neuais) estão ewolvidos. quan-
está assoa.ado às respostas emocionais.
do. interagimos com o nosso ambiente, e como o am-
ffiri_
GAZ2ANIGA e HLTHERTON
biente influencia os ossos mecanísmos neuais. As novas ciências psicolórica e cerebral, trabalhan-
•:
:oobJi=;:àrneovvo:uc::onpc;:Eaoc:à:eaFa¥íec:[:á:andoosssoéágp±ft.mento,menteecérebro.Hteüwoé
i]rocessos biológico
dadas. Você lerá m #T:tdeos:::::Jr:ü:gàacc::Í.a;ifa_iíí_g_jsã-.-i-íi::ff;se-.Ííi:_eõíi:à-à¥ã_Ís:o:
-.--_-:--=--
psE€®É©
`..'t;±.
;o;iii::Í;;:agíp#k#:Íio::;:::;i:i:Ígiiíín::aã;oÍ;::nrííi;iie::;toiíee;cni#Ío;ei:u:Í::Ííflí
í:::e:esqi:,s:;:àpiía:|:oP:ric;icéo:o:Ér:::.:jüe¥ee:ã;ogsd:às;;i:g:;.::pxã¥:ett:ptjoTnoo:¥d::
comportamentajs bein conhecidas, e, atualmentç, nenhum psicólogo precisa de-
:a|rcà:Ícia;Seãc:
Íe:s:::Fà:::h:a:qíeiTíaí::::e:Íiifí:::sfpaÊíj:i:;Íi:;::to:di::e:;in:o;:::oÍ*Íije:m:;:|:aí:uj:ai:::Í
isso, des creveremos as
pesquisas maís recentes, baseadas nesses princípios, escolhen.do aquelas que,
na nossa opmao, irã estat]elecer os fituos fiindamentos da cíência psicológica.
aÊNclA pslcoLÓGlcA
Uriaconseqüênci.adonossofocoemprincípioséascoisas,àsvezes,pareceremmaÉsimi]lesdo
querealmentesão.Amaioriadosfenômenospsicológicosenvolvecomplexidadesq.uenãoi]odemos
discutiraquíi)orfàltadeespaço.Acomplexidadeé.inerenteàciêndanamedidaemqueasidéiase
as teorias são modfficadas por novas infomações que descrevem as condições sob as quais aconte-
cem os fenômenos. Considere a oqavidade, ma força básica q.ue foi reconhecida há centenas de
anos.Agravidadenáooperademodounifome;eladependedasprop_riedadesdaprói]riaTerra,tal
como haver maior força cenffiga perto do Equador. Na Terra, se deíxamos cair uma. maçã, ela
cairá no chão. Esse é o princípio. Da mesma foma, quando dizemos que o reconhecimento é mais
fácfldoquearecordação,certamentehácondiçõesemqueissonãoéverdade.Masessascomplexi-
dadessãodemaiorinteressepaiaopesquisadorcienfficodoqueparaoalunoqueestáenti-andoem
contatocomoassmtopelaprimerivez.Porenquanto,vamosnosconcentrafnosprinci'pios.
•,++
nain aditas a ela: quanto maior a açào da dópamina, mais adiüva a substância. Também sat)emos
agoraqueasi)essoastêmmelhormemóriaparaevent:osque`acontecemquandoelasestão.emociona-.
dasdoquequandoestáocalmas,Ítorqueassubstâriasquímicaspresentesnarespostaaosestimulos
influenciam os mecanismos neurais envolvidos na memória. Compreender os i)rocessos químícos dó
céret)rofomecemuitosínsíghbsobreaaüvidadementalei)ossil)iütaocomiiortamento,eéútflpara
desenvolvertratarientosi]araajudarpessoascomvariadostranstomos,psicológicos.:
p::;i:fr:c:::Tsoo;oitii:e:'àae:nTc:::1,?!S:e:;tíííuf:d;Ío::otreoí,::;n:e;fi;:jsá::eti¥ilt"á:s:ãi:eÉc:::ft::
fimdamental i)ara estudar como genes específicos afetam pensamentos, sentimentos e vários tians-
tomos. Embora muitas das fantásticas i]ossibilidades de corigír defeitos genéticos áinda demorem
ga=sasp:oéc=dsgspgFnaésúFc::nr::si::,t:s=éioo::ss:::grfgasdoobsr:e:oasdu;:dnaü;sehà::à:úainfluên-
1
Í9:ço:l;:;:o:póa:::]:S;¥e:;:Íoi::egá::;:e:m:ei;Ldmoo:liidr:¥ciiae;ccà:,bm::a;stí::n;Ó";::.:e:;:daie:j::ç::u:ffi:
:a:sn::liúo::ü:c#sei:i::::es:e:Í:eF:gi:t:|:r:g::eTde¥:e,i?dct:aziu:a::sÉ::i::â::aec:o::pecí:ê:n:::eo::u:::a:
mudanças m aÉvidade cerebral?.
Saberemquelócaldocérebroalgoacontecenãonosdizmuito,massaberqueexistempadrões
consistentesdeativàçãocerebralassodadosatarefascognitivasespecíficasnosmosüaqueosdois
estão conecüdos. Nà verdade, os cientistas, há mais de cem anos, discordam sobre se os processos
psicológicos estão lócalízados em partes esi]eci'ficas do cérebro ou distribuídos por todo o cérebro.
#::pbàmodsa:::defãt.eda:¥map:oíaiÉeaí:ooed:a:àç"ã:àd:aà:nTai.éguç:ed:àt::er:fl:õe::tc.eá:bpr:::
mitiu aos denüstas :psicológicos avançarem imensamehte no entendimento dos estados mentais,
::F:5:g:ão:àaot'#ooo')=porsoo;e::oüà:êemntseí::àeenn:orisd:sabpas:::1:eflíàádmaflúddaem=n:ácFeom(:iodso-
rápido e dramáüco. )Esse novo conhecimento está sendo usado em toda a i)sicología; por exemplo,
confome demonstiqdo nos parágrafos iníciais deste capínilo, os psicólogos sociais.foram capazes de
:deeà:acd::oc:Fr:#rrToegor;zoõse:,Helatosne-sdorarimo.Adécadadel.9gofoichamada
 mente é a\dâptaÉiva
1
::otb:;Íieíc:e::itu:¥:q|*::o;:;.Fici:#êcu:;jag:cg:ã:ei::d:uv¥:n.tu:a:i:,n::;:d:e:s#aõ:::oo;fã:oo:í:ã:a::ü;i:
les ancestraís que có.nseguiam resolver problemas de sot)revivência e se a¢.qptar ao meio ambiente
eram os que ünh aior probabilidade de se reproduzir e transmitir seus genes. Isto é, os quç
herdavam caract cas que os ajudavam a sobreviver em seu meio ambiente tinhain uma vanta-
•::';:..,,:,1:._:.`
gem seletiva em relação aos que não as herdavam, o que é a base do processo de seleçáo natural.
rel:,:atiçcõ:SÊei:Íicc:Í:à:::isa:od:roa:daaàltT::fse,nqous:oas=::::a£csaup:dàaadnecs:sh::T.dba.de:veê:::c:
reprodução,oquesihificaqu.eseusgenesforamansmitidosafiiturasgerações.Édaro,seomeio
s¥r:di;;:t:a:c:di:aopqo:Eiiee:ra::dEt:a::v:::pv:a:ipii#aíu:p:#:ea:d:::d::,:Êa:nfi::;dráce::s:o,g::p::::
natu.al são discutidàs no Capítuló 3..
psicó£:::n::àveo!l#a::sd::áa-|iaTPAút:ioo::ue::|rugvàsf:ícrTp:do±aebnitoeloafe:taMcaos:o;ràec:àe;:natee::
;:i§:§í::::ii;:mí::e:uníe::Íi9C;:;i:ee:::::e::iíni¥D:;¥:ep§:::::uí;fia:¥td;e:inac:í::jc:oL8;a:;i:,:an¥:¥ui{e;ií;;s:Íc:
aÊNCIA PSICOLÓGICA
• so|ução de problemas adaptativos Nos últimos 5 rilhões de anos da evolução dos seres
humanos, comportamentos adaptaÉvos foram incoporados aos nossos corpos e mentes. Um corolário
dessa noção é a idéía de que o corpo contém mecanismos especializados que evolúam para resolver
problemasquerequeremadaptação.Porexemplo,uinmecanismoquepr-oduzcalosidadesevoluiupara
proteger a pele dos abusos do trabalho duo, e esses cdos são úteis quando os humanos precÉam
realizartrabalhosfi'sicosi)arasobreviveL.Damesmafoma,océrebmdesenvolveudrcuitosouesmtu-
ras especiaiizadas que soiudonam problemas ádaptativos (Cosrides e Tooby 2ooi).
A teoria evolutiva é epecialmente úfl paia pensamos sobre problemas adaptativos que ocorrem
• regulamente e têm o potendal de afetar a capaddade de sobreviver e de se reproduzi£ tais como
mecanismos relacionados ao comE ao sexo, à linguagem e comunicaÉo, às emoções e à agressão.
Corresijondentemente,a.abordagemevoluÉvaéespecia]menterelevantepaiaocomi)ortamentosocial.
Embora os cont:extos situacionais e culturais influenciem o desenvolvimento de comportamentos e
atitudessociaís,háevidênciasdeáuemuitosdess.escompor[amentosevoluempàraresolv€rproblemas
" :;d::et:Í:s;::;:e:nd?;e:s:àm:;ffio|gÉno#,;¥:ãe:::tl:díí:e:1gmd::eâí:s:náói3ãe:n:cser;:c;É:ã:p±
Mentes modernas em crânios da idade da. pedra Segundo a teoria evoluüva, pre-
cisamos tentar entender os desafios com os quais se defrontavam nossos ancestrais, para poder-
mos entender grande i]arte de nossos comportamentos atuais, quer adaptativos quer desadaptati-
vos. Vamos imaginar o seguinte: o cérebro humano evoluiu lentamente ao longo de mílhões de
anos, e muitos dos problemas adaptafivos enírentados. pelos humanos já não existem, ou pelo
menos não representàm a ameaça que antes representavam. os humanos começaram a evoluir há
cerca de 5 miihões dé anos, mas os humanos modemos (Homo sapíens) só podem ser traçados até
g2C4eTOTaüs,:o:i:;|edraa::i:t£inia;sS:ccoonmepuarnaoTàstiam:tàí:::áenffd:s:uomfaa::cgea.dec:::bpr:
:iu£Fc:;àre-sdee:::pot!a::apmTnaffa::::de:a:srindeac:sasiédpaodceas,á:àcc:ç::oprre.s;::`:t::::rddoepqlisetomc:ã:
;|:sétr.ecbêr:c:.n;íoorneaíeq#.::opc:snstoeaxstog:satsáreds:õae|:mTnbtl;esn:aoi:e:fsepnet:idà::ltoesdcoésreqbur:Sc::t:r:
bastante gordura. Esses alimentos são altamente calóricos, e comê~los teria um valor substancial
de sobrevivência em( épocas pré-históricas. Em outras palavras, uma preferência i]or alimentos
gordurosos~doces teria sido adai)tativa. Hoje, muítas sociedades têm abundância de alimentos
con alto teor de gordura e açúcar. Gostar deles e comê-los, às vezes em excesso, pode atualmente
serdesadapt.ativo,poispodeproduzirob.esidade.Noentanto,nossaherançaevolutivanosencora-
ja"omeralrientos,quetiriamvriord"obreüvênciaquandomomidaermelativmenteü-
Cassa.
• Muitos de.nossos atuaís comportamentos, é claro, não refletem. nossa herança evolutiva. Ler
livros, dirigir carros, hsar comi]utadores, conversar ao telefone e assisür à [elevisão são comporta-
:deanpttoasçá:s::Ís:u:tooLrpe::nat±:netno[se::dtàm¥e:copm¥deerdaado¥::#ou#su:emsao.L:ç::e:d:;tsaeüf:a:
pmair::::Ta:eamd:#::::;;::;:::ieosàounovosí"íghkemquestõespsico|óricümuitoantigasA
:nTeens:=:tsondoanmo:#i:m::,reab-rpoe:sE:c:ovàpe::l=ti::t::ft-entecontin-áaiffomaronos"
1
0 quarto tema da ciência psicológica é que a mente e o comportamento podem ser estudados
em muítos ni'veis de ahálise. Como veremos neste livro, pesquisadores invesügando os mesmos i)ro-
blemas ffeqüentemen[e fazem perguntas diferentes e üaba]ham em níveis diferentes. Na verdade,
:;::iàópl:iao,sã:u:,:::aíeazneàoc::a|:à:a=sCoocTo|#Ssasdeoàío:çeoo:Fe::üu;!pnlãffiri:::;abÉoarioa,o:;.êenti%:
comum de entender como a mente funciona, mas o iiível em que esses pesquisadores abordam essa
questão dffere de aco£do com sua orientação teórica específica.
neurosqe:LT,cvoe;ri(;,eomm#vi:,ede:::í::eà";:ec::eesb:àsst;e(1;roofvieT:::;4o,iil2eon:í;e:5g,e:é:,::ij:icoepm:yveol
ecoELti:oc;o#ee#rtadífdJiüi:s::!:ívm:íse,1::àdhemTmüo:do.es"dodoàmpoftamentosemd..
:isc:s:bít:|Sud:,aiffiâ|he::àopd::f::aess£:áeesn:o¥ea|i:Smã:nd.:iennt:reesosseíe#:::ss,c:e:ü:sÍ::êpns:.Saoldó:
dois sexos geneticainFnte deteminados. No n['yel gerie'tíco, os pesquisadores focalizam não só os -
genesquedeterminamosexo,mastambémamaneiracomocertosgenesparecemi)roduzircompor-
tament:os sexuais+ Os genes també.m conü.olam o desenvolvimento de características sexuais secun-
dárias, como os seíosle os pêlos púbicos, que estão associadas à adolescência e ào surgimen[o do
interesse pela sexuafidade, ouúos pesquisadores examinam questões como a possível existência de
uma base genéüca para a homossexualidade.
No m'vel neuroqdi'm{.co, o comportamento sexual é contiolado por ações específicas de substân-
::¥m?s;iü[t:,Í¥eis::fi¥:;:e;t:eí;:r:iec:ro;:e::r:ã:oino:d::ijoo:-i;esí::;Í;:iÊ::i;;;::s::iu:Í:ee¥isseo::ei::
íqnj=ãdoo::[ouc¥d#£assTüu::ã:::í:cTaíà:;a%tsosáeerno:at,ffq::eoáa[:áah:::::emnpí%#:taãporohpt:::o_
![o°sq::effnt::¥ftí:se|::°c:asdeo¥e:ísd:¥;Zp:s::°sue¥uffaí::bsthciasquímicasquehterieremnasações
-, ' '``i7 r lt_
CIÊNCIA PSICOLÓGICA
Da mesma maneira, no TiáJe[ dos sís[gmas cgr€brak, os pesquisadores poderiam estudar estru-
turas cerebrais específicas associadas a comportamentos sexuais` Por exemplo, em esçüdos de
animais, lesões nessas estruqras poderiam resultar em mudanças.no comportamento dp animal.
Está bem estabelecído que o dano em cer[as regiões cerebrais, especialmente no Jiípo[á!fl77io, cau-
sa uma redução no comi]ortamento sexual, enquanto danos iios lobos [empomís art[eriores levam à
hipersexualidade. 0 Íiuc[€us acmmbens, mencionado anteriomente, tamt]ém está envolvido no
compor[amento sexual.
No nL'vez comportani€rita{, os pesquisadores poderiam estudar as ações observáveis envolvidas
em.todas as fases do acasalamento, da corte à copulação. Algms.animais apresentam ações muito
específicas, destinadas a exdtar parceiros potenciais, como a descarada exibição do paváo. Enüe os
roedores, a fêmea elicia a atenção do macho correndo de um lado para outro e mexendo as oremas.
Elaentãoassuineuma.determínadaposturacorporal,.conhecidacomo[ordose,.que.facflitao.compor-
tamento sexual do macho. Os pesquisadores que estudam os humanos catalogaram a fi.eqüência .de
vários tipos de aüvidade sexual, principalmente entrevistando as pessoas sobre sua vida sexual.
No n['y€Z p€rc€ptiyo e coômítívo, as sensações específicas envolvídas nos a[os sexuais são compo-
nentes importantes do prazer sexual. As pessoas percebem a atraüvidade fi'sica das oútias, o que é
um fator contribuidor imp.or[ante para a excitação sexual. Elas também passam oqande parte do
tempo pensando sobre. sexo e fantasiando. A maneira como as pessoas pensam sobre sexo. pode
afetar seu desemi)enho. Por exeinplo, pensar demais em como estamos nos desempenhando durante
o sexo muitas vezes inteifere no desempeiiho. Uma certa fàlta de inibição e autoconsciência é imi]or-
tante para os humanos, m i)rovávelmente irrelevante paia os animais.
No "'vel ííic!Ívídua[, algumas pessoas ai]resentam maior probamdade de fazer sexo do que
outras. Assim, os pesquisadores se interessairi por diferenças individuais na fieqüênci..a e variedade
de práticas sexuais e também por diferenças no prazer que as pessoas sentem com o sexo. AIÔ"mas
pessoassentemculpaporfazersexoeissoiii[erfereemseuprazersexual.Dçscotiriu-sequeaperso-
nalidadeéumfortepreditordeaÉvidadesexual.Éespecialmenteprovávelqueaspessoascommais
tracos de gwov€rsão e busffl de s€rL5açõo em sua personalidadç tenham uma vida sexual aÉva.
'.Éclaro,nom`yelsodazecultttra{,aspessoasaprendemquaisüposdecomportamei}tosexualsão
apropriados e €m quais contextos. As crianças pequenas precisam ser ensinadas,a não se a.uto-esti-
mularemempúblico.Desejosenecessidadessimiilesdosindivi'duossãomoder?dosporinfluência;
Tg-
GAZZANIGA e HEATHERTON
sociais. Forçffi sociaÉ tà]nbém infomam os jovens homens e mulheres sobre a aceitat)ilidade de
pmíicearsess;=á::s:omi:Í:aodeseax:sscffffifo:ç:sps:=t:í::LFffioimffm=eesnst:áâoq::i:osà:geffn:t:d:s
doqueoshomem03ameiste£2000).Asregrassobreosexovariamemcadasociedade,comalgu-
mas sendo mais pemissivas do que outras.
Müsrecentement¢,osp6qúsador6cruzaramriveisdeanffisepffaentendermemorocom-
portamenüsexual.Assim,certosüposdepersonalidadepodemtendermariafazersexo,masos
;ápi:a:iv:e:ç:o:sfli;::n=eqi:f::o:n:s:;ii::nt:efl:odu:ei:v:o:::;;:e%eiáü:c:es:o;ff::;::d;o,::a:d:o:sea:e:pee:r;i:
metabóhéaequímicasubjacente.Cadaumdessesseteriveis,éclaro,podeserinvffügadoeffuda-
dohdependentementeidosouüos.Portod?ahistóriadapsicoloria,ffsafoiaabordagempreferida.
:oà::iivepi:udceoà-=:,Eu:s:eff==eenrtomdfl:sÍ,:suTeeaxnpà:s:q=:::pood:=o:ncti:neúTt:e:1gcsoióe-
L:,. ricondmtãoffiüvT[eeemociomte.
i:-;,;si:---::-::-_-:::::.:::`-:;:-;:-::-:;i-;:.-:--::.--:---t::----i:-à--:------i:-ç,--.:---=::--:;:-:.:---;--`:-::-.-:---
mílên?.:Sl#iot:ade;£taq:i:sntcõ,:sJ::;eTàiuààsg:sd:uqeus::teõs#ffi:::fit::sdoebsrf:dnoag:z:e:amee:teeàehní
ciahumana.Asrakes'dapsicoloriaestãonafilosofiaenamedicina,emuitosídosprimeriospsicólo-
gosforamtreinadosemumadessasdisciplinas.Nestaseçâo,consideraremos:Càlgumasdas"grandes"
perguntasequStões|quedeterriaramdebatespsicolóricosnodecofferdósséculos.
gi®d!:::Íeendajuáeeí::ã#i::i:c®nsider-impacÉoda
Desde a época dos antigos gregos eriste um debate sobre se ffi caracterísdcas psicológicff
::íae:à:ecaTã:=namtêrí::aoo::à=m:."Antceúl#Í's:eree:e:esàoc:::1çoag,cv=:rnetse,;:aiffs:ucoasd"qàl:sddffie
umgmpodepessoas,quecomparmainumamesmah'nguaeamtiiente,comasuposiçãodequeos
#:sp:srpàc::p::,#raêàãüga:==:doesái=:a::sr,aàãaon::râad:ee¥.:et:sPHore::;ào:et:lpáeà:i:aà
odorgcorporais,ea*impordíante,sãofortementeafetadaspelacultuaemqueapessoaécriada.
•:oeíà:;;r.o:v:vT#míití:o:n;ànsi;neÉ:ilÊãT:;s;o;:.;:g:ed:oe:s:eaàpx:àài:ijc;ii;c:e::Í;Ê;i:q:jt;os;
:e:,sàaffiuavvean::useíee:eF::=::tàree=Tn:::.oe:tiàct::teoànüar;:e::sqpu#mqtuo.soa:om[b:e:tpeescãíc':E::nT:
ú_,íriFt-.\ , , h t ..-.. TFn
CIÊNCIA PSICOLÓGICA
anaturezaeoambient.esãoimportantes,ecomoelesinteragem.Éarelaüvaímpor[ânciada.fi.ature-
cu!tura As crenças, valores, regras
za e do ambiente na detemínação da mente e do comportamen[o que atiai o interesse dos dentistas e co.stumes de um grupo de pessoas
psicoióoricos. que compartilham uma mesma
como um .exemplo dàs influências variáveri da natureza e do ambíente, considere dois trans- língua e ambiente são transmitidos
t:ornos mentaís -a esquizoffenia e o transtomo bipolar (você lerá muito mais sobre eles no Capítulo de uma geração para a próxima por
meio de aprendizagem.
i6) . A esqüízQJi-en[`a é um transtomo em que as pessoas têm pensament.oS incomms, tais como acre-
ditarquesãoDeus,ouexperienciamáensaçõesincoriqns,comoouvirvozes.NoÚ-ansfomobípozGr,a debate natureza-ambiente Os
a`rgumentos referentes à
pessoa apresenta alt€rações dramáticas de humoi sentindo-se extremamente tríste (deprimida) e possibilidade de a atividade
depoíseufórica(mani'aca).Antesdadécadade1950,geralmenteseacreditavaqueessestrans[omos ps.i.c.ólógica.5erbiologicamente
mentais, entre om-os, resultavam de cuídados parentais inadequados ou de outras circuiistândas inata o'u ádd.,uirida É,or meío da
ambíentais -isto é,..que as causas eram todas ambientais. Mas, nas décadas de 50 e 60, foram eçlu.c?Ção, experiência e cultura.
descober[as diversas dr`ogas que. diviavam os sintomas desses transtomos; pesquisas mais recentes probie.ri.á riehté{orpo uma
qu.e5tão psicológi.ca fundamental
qué cohsidera.5e a mente e o corpo
5ã.ç> sebarados e distintos ou se a
mente é simplesme.nte a
Í:?:qe:ii::jiÉ#o;s;it:?i:Íó:Ít.É:Íst::h::Íd:i;r:ai;e:n¥:'pÍ:::;1:m;iEia¥ie:nÊ::ij; experiéncia Subj.etiva do cérebro
físico. .=
efetivos que pemítem`;`às pessoas levar uma vida normd. Então tudo é natureza e não ambiente?
Claro que não. Tanto a .Êsquizoffenia como o tianstomo bipolar são mais prováveis em cer[os ambi-
entes, o que sugere que i)odEm ser desencadeados pela situação. Muitos traristomos mentais resul-
tamdeeventosqueacóntecemnavidadapessoa,comocombatentesquedesenvolvemftanstor7iode
gst7.esse po's-fmmáfíco (TEPZ), em q.ue as pessoas têm lembranças intmsivas e indesejadas de suas
experiências traumáücas. Todavià, pesquisas recentes também indicain que algumas pessoas her-
dam uma predisposição genéüca para désenvolver o TEPT e que o ambiente aüva .a iiatiireza. Por-
tanto, natureza e ambiente são inümamente interligados e inseparáveis. A ciéncía. psicolórica de-
pende do entendimento da base genética da natureza humana e do ambíente qúe lhe dá.foma.
Feche os olhó.s e pense sobre você ppr um instante. Onde habitam os seus pensamentos? Se
vocêfor.comoamaioriadaspessoas,temumsensosubjetivodequesuamenteestáflutuandoem
algum lugar da sua cabeça, talvez alguns centheHos dentro do crânío, ou alguns centimetios acima
ou à ffente de sua testa. Mas por que você sente que
•sua mente está na cabeça? A mente tem sido vista, ao
longo da história, como habitando em muitos órgãos
do cori)o, especíalmente no fígado.e no coração. Qual
é a relação entre a atividade mental da sua mente e os
mecanismos fi'sicos de sçu corpo.?. 0 problema. men-.
te-corpotalvezseja.aquestãopsi.colóücaquintessen-.
cial: se a mente e o cori)o são sei)arados e disüntos, ou
se a mente é símplesmente a experiência subjetiva do
cérebro fi'sico,
Duante a maior parte da história húmana, os
estudiosos acredítaram que a mente e o corpo eiam
enüdades separadas, com a merie controlando o cor-
po. Essa crença se i)erpetuou, em.parte, devido às pro-
fmdas crenças [eo]ógícas de que a existência de uma
alm c!íi;ím e ímor[Ql é o que separa os humanos dos
animaís. Mesmo os primeiros teóricos que cont:estaiain
a doutrina da igreja cuídarain para não serem excessi-
vamente' controversos. Leonardo da Vinci realizou ex-
perimentos, i)or volta de 1500, paia tomar.inaís exa-
tososseusdeserhosanatômicos,.oqueofendeua.igreja,
umavezqueos.desenhosviolavamasantidadedocorL
po humano. Suas dissecações o levaram a mujtas coii- F!GURÂ lr5 Est£.desen.ho de Leonardo da Vinci data de 1506. Ele utilizou um molde
clusões sobre os mecanismos cerebrais, índuindo a de cera para estudar o cérebro. Oesco'Driu que os vários nervos chegavam na região
idéíadequetodasasmensagenssensoriais,como.vísão, int€rmediária do cérebro, a qual chamou de 5.en5u5 commun/.s, ou senso comum.
GAJZZANlç;A e HEATHERTON
::;oa:eorHátà,.g::aío¥muàaeio,:tzdaoç.#=C::::r:rg:#eahle5n't,e:e?ep:ro:::TUT££=1oesaoubeod:
júgToeinàoendéeÊee#oeTt|m5£:f6:E,o,r:'àgi3d'éflósofoffmc&'quempromoveuaprimehateoria
docor`pofísico. -. ```.` ` -:
:. .:-' ' ,... :. : .:...,. i'r: : : . ' "
influente de que a me+te e o corpo eram separados, inas interügados (a teoria conhecida como
dualismo).Anoçãodequeamenteeocoii)oeramseparadosnãoeranova,evidentemente,inasa
rnaneiradeDescartescpnectá-1osfoidgomuitoradicdnaépoca.0corpo,argtmentavaele,nãoera
- . " „ ,, _ n____J._-J^f=_;A
iuaà:`aw|wéirlà:-à+à.àá-q=-a_o_rgânica'govema^dapelo"rehexo„'queDescaftesdefinia
:ãrei:c::#:ue:s:e:ie:Íakaeçeí::c:aa;c:iàia:crí:lÉáec;*dãeo¥Í:üÍ;;op::aT:ríiiR:d:-
:ààedít;oíadÊ;e:n:riecs£o:;:ssesT:çíeenào¥igiauãi:à:,niàmq:u:eàt:o::TTaso:ffta:ç:íÉeá:-
triseram!eparadosdasfmçõescori]orais.Contudo,emconfomidadecomascrenças
;eoüi#aredvi#:t:s;eEe::=eíoc::=.uAq:iem:smu:nàFs::cioonâliuà:o:::1áaaaaai:o-
ünçáoentrementeecorpo,maseleatibuíaaocorpomuitasdmfunçõesmentaÉpre-
viamente tonsideradas como domínio soberano da mente.
ffetHAoi:Í:.Toti:.r#ij:::so=fi'i::egteffriaàueeát::pbo:reaxâm::on,t:l:oan::Etl:::
àuà:míõ::,b:or::cTpo:Í£oseesgrteezülsàupfli=e:;ocro::ioed¥s::nciaevc=soào::aDdeos:
samanüia,Descartesaproximoumenteecorpoaofocaüzarsuasinterações.
í::::s-sl.8,::;s:1ieTirânlá#(scsoeriüow=,ee::spàgtpoõ:s="airt,e.Oi:t:radei:::::ãà:sa::oasdà:i:
Fetiagsosá;néc::ísn::o;:rrea::àraassTo:ss:adTpí:#ht:rí::Sí:#F;doapaa:eocsesíb:ídea::
:e::;ãm:sFaoàdaeL7evo[uçáosetomamcLffos.ComoDarwhdesenvo[Veusuateoriada
gw:Eair:àsaD1¥7?c:1eeqtüáàtooLco=ba;õdáes:bi:jtoeunàL::snnaaç.müütaàâ:#:s:à:::
àoe,1:víitea::ee,de::r:nFeisdoeut:isáàgo(Eiçrõa:,.8d,:Sfiocbo:udq:::i::geaq¥oast:naàfi::
dfferente§descendiamdamesmaespéde,mffieleseperguntouoquepoderiaexpücm
::b::qcuoe£:Sírs*õdeesrias::rsícTn:::ísd::dí::ic::S::uép:::àçüTaçsãeoua%ee¥uaaT:ní:
'popul:tion,deThomasMamus:
Essa:y On
Epuu=auparie##=:LÉtcaopmtioae#icuoMma?1tmut:o?bo:eo|:.:_f5Ü_ua_Ê.o_:ff^griaàno:?bnnegfoep:ce::g:ndnbíre_
°±;:Çai:,d:SvhaáÉg°õS#a#eaük[een!:ri:imats:;p?::#:ddmffie,neteffmde£:rearveqÉ:qa:e:d%£:
i'dasTultadodrimerimfo"çõod"mnwa#pde.(daautobiogmfiadeDarwri)
qud:#tnaçge=::a:ósn:*m::*gm=sdàoesvà'uueç::od:ds::etçaõügv:sagoa`à=P=Cü::::,Pee:
F.!GURÂ 1.7 A teoria de Darwin da seleção natural
::téaá:isp:uaes:::g"¥q-.saqr::r::á:ã::í:esioapdaaspstaaddaos§aadoim=à.ie::erid,e:aül::amdaaí
teve um imenso impacto sobre como os psicólogos
Uma impücação adiciond da teoria de Daiwin era que as dirgreriçds indri.duflü hereditárias
constituem a base do desenvolvimento evolutivo. Essa idéia foi aproveitada por seu primo Francis
Galton (1822-1911), que propôs que algumas diferenças eram de natureza psicolórica (p. ex., a
inteligência) e podiâm ser medidas e testadas. 0 moví]7i€7ifo.de testagern merLtal aconteceu na esteri
de Galton. Essencialmente, a idéia da seleção natural teve um profimdo iinpacto sobre a ciência, a
filosofia e a sociedade.
ria,emseusprimeriosdias,caracterizava-seporfor[esescolasdepensamento,cadaumcomposi-
:oe#n,::àobnoarda=Í:ee:::::ündã:=::l:çioflàs,ms:Tsora:n¥âí:c:m£:eang:nàeoodce::npvoot::
mento de muitas tehdências contemporâneas na cíência psicóIógica.
Imagine q.uev, nasceu há l50 anos e decide, um belo dia, estudar amente humana. De que
1.
maneira você começana a pensar sobre como a mente funciona? Tinham ocorrido grandes avanços
aen¥i°Smneaa::;Cda!:8:o::c:te°d:t°a:[ae_:effiq;°e,n::;ao::r:sn;::rô°:=oesn:es[ac::o:;dc:sa:ue::std:md:e:edn:e.
hmana.
critosediscutidos,tlesnãopodiamserestudadosexperimentalmente-Étoé,elesnãopodiamser
:etl::::à:sàset=m£cEeeEeoTü:ip:::d:=md:a:::aióí:.riEasàausàLoçs£ãnoaf:::e::aod:::Fe::e:içeãno-
podiam.serligadasàeventosnosistemanervosoequandoGustavFechnermostroucomouma"dife-
::Í:d:pdeen:à::£Z:':1e;:i::l:nfl:::.Sid:à:c:àae:#g:oo,PÉi,?.;:rmuffi¥É:::t:odTOHeufioiã,dcahdaemda:
dowmehwtmdtkl832-1920;Figural.9),passouaacreditarqueessesestudospodiamconstituir
abasedeumnovqdÉciplinadepsicologiaexperimental.Eleescreveuoprimeiroüvroarespeitodo
=süTri:oedmelpssíc4o,|!gaa,dee:Cieeí;:i;;S:upesirceocl:biâ.d¥n:sszg::jl:s:sstadbeeloebcteeuroffpa¥àri±1::eovr:io;Éon:
nova disciplina. A§sim, Wundt é amplamen[e reconhecído como o fimdador da psicolosta epe-
rienptã:::::od#;á#àddêtmpi:ra:ebeuqueosprocessospsico|Óricos'comoprodutosdeações
fisiológicasnocérepro,levamumtempoparaocorrer.Assim,paraestudaramente,eieapresenta-
va a un sujeito duas tarefas psicológicas: uma siH}ples e outra maü complexa. Depois, ele media
:.vme;::ída:d;uen:t;u.edi:#eeàtroqcuoa:tp.1ettea::oa:imdeeftaesr.mÊ:asduobeüvaei:t:i::::|Te;i:viá;ii:aoct::eef:
Em outros estudo§, ele pedia que as pessoas comparassem suas eperiências sut)jetivas ao con-
templar uma séri] de objetos, dizendo, por exemplo, qud del# achava mais agradável. Outro
i método desenvolvido por ele foi a introspecçáo,
' um exame sistemático das experiências mentais sub-
um sistema i)erceptivo único, e é difi'cü determinar se os sujeitos estão utilizando Ós critérios de que a pessoa inspecione e rela{e o
conteúdo de seus pensamentos.
maneirasemelhante;porisso,aintrospecçãofoiamplamenteabandonadanapsicologia.Noentan.
estruturalismo Uma abordagem
to,wundt,Titchenereoutrosestruturalistasforamimportantesdevidoaoseuobjetivodedesenvo|-
à psícologia baseada na idéia de
ver uma ciência pura de psicolotia, com vocabulário e conjun[o de regras próprios.
que a -experiêncía consciente pode
ser`separada em seus componentes
ou elementos básicos subjacentes.
quais o funcionaüsmo era aplicado levaram à cn'tica de que não era sufiéientemehte in-fliienciado por Darwin e recebe o crédito por ter
;nakuratiizado" a mente. Seu livro Princípios de Psicologia
rigoroso e, assim, ele lentamente perdeu força cgmo um movimento dentro da psicolo-
gia. Entretanto, a abordagem funcional ressurgiu na ciência psicológica nas duas últi- permanece um clássico.
•ÊZEÉãÉEEggÊgãEggEagEÉ
Í£2 PÉúc&
Íé
!,gru=i-£S:L?g
_- _-:-- -:` ---- =.- _`
* .€sà=-ãà;. ~zp SÊ eJ-ê Ê 3.
.;--.-:.==-.-..:-..i,.--...-_:`=
.,
!S_
f.08e§sam..e
Tran§mi§sãs de Mensagens
..a.`a€ravéá das §inapses
¥?#¢oDO
¥`¥-9¥+.`..¥ÍTffi¥¥ã¥rg::
` ..Ç'i_,-f,`.€..l
`.:.`:-:`.;.``.:``:`..````:.;.`.:.,,:`;,``.`.-=::...`í'```.
l.;:`..:.;.....:,.i.;.:...á:.:..:`.:`.``,..,...!.....;:`,
`É::-..,::ÊjTgíÊ-',::_:...:'::i..,g:'.-;..':,:
A,'`WFi:'Jiç5iE"P=Pitggjü?`
OS CHIPS NEURAIS
`*íir;:iáiogistab-ritânicocharlésshçrrington(18.57-ig5?),.de.-
__ \, .
i``çé.ntordoprêmioNobçldefisiologiaourpedicinadel93.2.
_ _J ,,,. _1_J=__=J_ _^_^
:a:acc£a,-::ói:-_gp;Íà-;`:?pijíiiéêhit:os-Í:rà¥ioz=-aç:oàoAmsp:-àpçs:e:
aH}bémaexprçssãoriámmz.srõ.o.S.ziccípííçcz,definidacomo
passagemdeinforinaçãoatravésdasinapse,foicriadapor
Sherrington.. Esses-..`cc)nceitos, entretanto,. peimaneceram #:a;:Í:;::ç:ãs:,rn:e:?;s::eío::tto::p=fi:ãl:dceeÉ:c:.:-:o:i¥:
sinapses se associam. Cada neurônio, em médiq recebe
• cerca de 10.000 sinapses, todas elas "processandó", isto é,
::udÉcscard:s:ds:pc..o:geg|,::É:;::::oe:-::.:se?gcne:::;no:?i:st:e|::titi:Ca:ri:i modificandóasinfofmaçõe.saferentes.0resultadofinaléa
sinais elétricos .prod~ú2idos pelos neurônios, foi possível chamadaatividadedecadaheúrônio,propriedadeqúelheé
específic.aeq.uediferebastantedaatividadedosneuônios
%:=ni:i:dee:ge:sric:,::te:::se(néem*d:à::;-moffológicffie precedentes.
'`. Épreciso terbemclaro, antes de tudo, em que consiste
Neste capítulo estudarem.os a estmbira qas sinapses,
àtransmissãosináptica..Intuitivamente,poderíamospensar seusmecanismosmolecu|aresdefimcionamentoeaforma
comomuitassinapsesintéráBemem.umneuôrio..0estudo
queospotenciaisdeação.geradosemumneui.ônioepropa-
dassinapses.nãoé..importahteapenàsi)araaco.mpíeensão
gados ao longo do seu axônio são todos transmitidos sem
alteraçõesparaósegundoneuônio.Assim,atransinissão do processamento dé. inforiação pelo .sistçma n.?rvoso; é
sinápticaseriasimplesmente--ápassagémincondicionalde essencial para o entendimento dc)s me.cànispos de 'ação
informações entré ps peurônios. No entanto, sé esse fosse da maioria das substâncias neuróativas, .dé§de aqúelas
sempreocaso,nãohaveria..necessidadedasinapse!Bastaria utilizadaspararecréação'(riuitas.qelasperigosasporóau-
sarem dependêncià), co.rio .as .que .são emprégàdas como
queascélulasnervosasforpassemumsincícioG,comose
pensavaantesqueohistólogistaespanholSantiagoRamón medicamentos.
yCajalindividualizasseoneuônioaomicroscópioóptico.
Dessemodo;haveriaéontinuidadeenqea§mempranasdos
neurônios. e estaiia garantidà. a.Passageri dos p.otg.nçiais
deaçãoportodoseles.Aco`nse.quênciade5sa.óonstrução,
entretanto, seria um sistema nervoso incapaz de "t.omar
deóisáes'',istoé,.deinte`q)retaré.podificáràsinfoíriàçQes
.querecebe.Aesp.éciehunananão.teriaatingidoodesenvol- • Uma das primàirçs hipó.teses s.obre.a..transm.issão sináp-
vimentoqueatingiu,poisseusi-stémanervoso.s.eriaincapaz
decriar.infomações,isto''é;..depénsar..
tica foi. a de q`pe éua natureza serià elétrica. No entanto, a
demonstração.dequeatransmissãoquímicaeramajoritária
Na verdade; emboi:a hàja exemplos de transipissão
nosistemanervosodamaiç)riadosanirnais,especialmente.
siàáptica de tipo mais simples, como o que acabamos de o.s vertebrados, levou quase.ao descrédito a ideia ¢e q.ue a
mencionar,nàgrahdemãioriadosgasosn.ã.oé.a.ssim.Nem transmissão elétrica. pudesse.mesnio existir.
ospotenciaisdeação"passãm"deumacélulaàouúànem
Hoje se sabe qúé. éfetivaménte existem sinapses elé-'
o seu conteúdo de infomação...é. transmitido s.pmÉrç.ü¢tç-
tricas no sisterria nervoso .cent[al dos .vertçbradós, mais
rado.Atransmissão.S.ináptica,..con.Sistçemi+n}.ãduÉ|à`ÇP.P-
versão.d?códigos.Ainfoma`çãoproduzidai]elonçuônioé fiequentemente duante o d.esenyolvimentg, mas também
navidaadult?.A.esqutHa4essassinaps.çsfoi`desven*.da
::ítceu=aeí}segcô:ceonst,ee(:aê-::#:opé°àeàc::;S±eaàçàã:)vçeti:
culadaquímicainenteparaoheürõnioc-one-ctad.o`:Ase8uir,
novatran§fomaçào:áinformaçãoquímicaé"percebi`dá" J:a:eãiíjoe;:±iííffiisJsC1::Íç;:É;:c;o:j.":::o:;¥:e;:e:egfi:c;Éaã:;LÍzÍ:;rl:a;
pelosegundoneurônioevoltàaserveicula'daeletricaíhehçe,
figado,ape|ee`?.,9ó:::::.-.-.
àoe:s-:.ãã::àe;eoâvceor:g:,ç:ocdõFn:euútidoos`ã:tienFfgoíÉsa:ào:çqãTO:
-gtii.-]çrLiti+irL.é iit.!üizàd? fia lit€i:atura. de. língu:. `fr~
•. . 1 0 l:ermo
JJ3
NEURO,CIÊNCIA CELULAR
tiHÉH"ã5ããEBHE# \.
OS CHIPS NEURAIS
ituàçõe§seacopiamdu'imicamente-,foriari`ááv-erd`àderiíos júçõe§con}unicantespar-aaoutracélula.Nãoháinteme-
Óros de 2 nm de diâmeçrQ. ffigura 4.18): B`m çorpparação diários químícos, e por``isso a tran§.miss.ão é ultrarrápida,
1..-,
`,+í£`;:;é:X;°:nàâí;ÍU;£Í"#í;
à.í.Eh.y`síO!.Or9y`
ZJJ-
LL
NEUR OCIÊNCIA CELULAR
:à:txeo?:i:çnõ=e:::o:aesddeesses:sp:r:aanTs:aops:lie.l:trrit:bn.::
dos, predominam as sinapses químicas, cuja cap 1ede
dade 7- Deste ponto em diante, chamaremos a sL".pse cTtim!rca. sim~
p-foce.ssamentodeinfomaçãopemitiumaiorcoi
fiinóional ao Sistema nervóso. pl.esmente de stTrLíipse. .
EIElm
d*#É"á£:J'#...,_a-#
Vejamos.! então como essa estrutura especializada é altera a atividade elétrica de seu axônio, i]roduzindo mais
capaz de realízar a transmissão .siriáptica (confira como se ou menos potenciàis de ação'riópagados até uma terceira
estudam as sinapses no Quadro 4.3). céiuia,ondeoproc.éssoserepetirá.Nósegundocaso,aação
do neuromediador aciona diferentes vias de .sinalização
Ainfomaçãoquechegaaoelementop.ré-sinápticoyem
moleculaidoneurôniopós-sináptico,semnecessariamente
naformadepotenciais.deaçãQi)ropagad.ospeloaxônid.até
interferir na sua sinalização çlétióa.-
osteminais.Aseguír,comoalargafendas.ináÉticaéàau-
sênciadeconexonsimi]'edemapassagemdireta.de'córie.ntçs . 0 i]rimeir.o Óa§o des.cri.to antçri.om;hte é o `.m.ãis ffe.-
iônicas para a célula pós-sináptica,. ocpp-e a corivérsáó .da quenteetípióonoSNC.A..duplaõónvériãodeinformação3
infomação e.létrica conduzida peló§ .i)c)tçnciais. dé ação, do modo. elérióo i]ara o modo .quími.có e. outra vez. párà
ém infomação qu.ímica. Os potéhciais de,ação. cáusam.a. o modo .elétrico, .p.ériite qúe.. haj.a inteífeiência sobre. o
líberação, na fenda sináptica, de uma c.erta quaritidade de . seu "conteúdo" na. própria sinapse, chamada 77".d;/Jcíção
substânciaquegeralmentee.stáarinazenadano`int?ri.or.das dà transmissão .... Adiante, verçmc)s .como is§o se pass`a. A
vesículas. Bssa. substância recebe o .pórie générico 4e jte# modulação da transmissão sináptica cic.ç>rre na .maioria das
jio77?ec7z.czc7or3.Aámol.éculasdoneur.o:mediado.i,uínaVezna sinapses, mas não em to.dàs. Ná sjnapse nçuromuscular,
fenda.sináptica,difindem-sç.at'éàmepbr.anapós=sináptica, por exemplo, aquela que põç eri contato.um axônio mo-tor
onde pode ocorrer: (1) a reconv,ers.ão da infomação quí- com uma célula mus.cülar esquelética, é desejável que
mica para infomação .de natureza elétrica, o-u e.ntãõ .(2) a não haja-fàlhas de transmissão:. a'.cada .comaridó motor é
transferência da iri'fomaçã.o químiõq p.arà umà `éàdéia de, preciso due á.cérula músóular..sê éóntraiá.. Nessç.: caso, em
sinaís mc)lec.ulares no Ínteriór da célu-1a. No prime-iro .caso, cc)Fdições noripàis,.tQdo potenciàl'.4é...qção..qú.ç cpega ao
a ação do neu.Í-omediadó.r pode. résúltar...em úm j7.oje#cz.czJ tdei=:?:i,cpert;i;:ií;a::_::;::1ÊeeyTÉi¥:`;_i;;ã::e,_!Oron¥?o:c::mí
póS-Jz.7?cípZ!.co na membrana da segúhq.a, cé}ttla, qüe entãó
rorr\etiigá.Í3r, termo atuàlmente qtribuíc!o a qualq¥ei-.szibstâ!iciq Nas sinaps9§.. ep;tre neurôniQ.§; entietanto, na m.aioFia
que medeiá irif iormação sinápiica,: e.iq]iotF&SSpiésoF, terTno
usadoin.icialÀ.ertiecqriosiíiônimo:doirimeirp,.riiàsdtrialmente. £uffim::zÊ::±uüFu:He,oquT::éém¥:i-aí::ànug:oaÉ:iàpá:eds:
einpi.egado de inodó riais esieàíficó..p.`ri:à.quai!f ipar. tí_ri..cert.i `
tipodeneuromediador(ver.aTabelà4.I).` :. ` .-....` ::=âhm::£s::.i:eá±iiic:o;:|T:e5-s:eincá:â::sn::esneciapi:edper:_:Ê:__
-117 -
NEUROCIÊNCIA CELULAR
77Í'
¥#S;rqɱPSE¢Síq5Ê¢ç¥':#aiFS`rr`.:mr`
+`
`,.,,
OS CHIPS NEURAIS
õ|àá.sificar as sinapses, quanto à natureza de seus elementos, .cúlas sinápticàs esféricas, enquanto as sinapses simétricas
`.€à[j: cDcodendríticas ,--. cp¢ossom.áíícas, cDxocF¢ônicas ,. dendro~
apresentamvesíc.úlasaQh.atadas.Emais:verificou-sequeas
lrítícas.e soinato§somáticas. Co"o se poáe ínÊÇF3r áa
<:'
assiméticas, tcom vésícülas esíéricas, são fiincionalmente
i.inologià os. .três primeiros tipos conectam teriií]iaís e¥citatóriq§, ç '`qú.ç...á;`.Sri`a'pses simétricas, com.vesículas
ricos respecüvamente com um dendrito, o soria..6ú o achatadas,.Sã~o..inibit.ória§.:.-E§'sa.conelação,.evidentemente,
iprio axônio do neu.ônio pós-sináÉtióo.. .Os'.'doi§ ü.|tim,Q.S. deuumsen.ti¢-óriaiQ:r``à:;lássifica'ção.morfológica.
' ' '-}. :'''
Ó-à.;.maisraros,coné.ctamdoisdeàdrito.se.duá§reéiões.dó
To'dosessestip--o`S-dé§Í ocorreín.ho sistema ner-
p}_a diretamente. É claro que as süapses axossoriáüó.as voso central e no s i§t'erÊa.'áê~ri;`ó o.-Nesteúltimo,
idem a. ser mais efiç`qzes. q.qe as ariod.endi|'ticas, pórqué entretanto,éspecial`m`enç.ãó-aé:tí'-é sérféitàà-sü.apseneuo-
*ér.cem sua.ação€mais pefio da zona de di.paro do neu-
_ . _,. ' muscular,jáme.nciohàd-à..És`sàéüíüà.S-±.'aÉ:s.é-€sÉéêíalizad4,
^. . ' _~J__ _ _1_ 1 _ _ ' ,
situada logo aj)ós o. cone de implantação do axônio.
com upa. morfologia pgrticular çüja..uti|idadé é gar`antir
Nem semprç.isso acontece, entretanto, p.orque há outros a eficácia do comando. mótor ¢igura.4.4).. À membrana
quetambém.i"uericiamaéficácias.i.náptica,óomo
pós.-sináptica, que perience à célu|a muscúlar3 aí)resenta
Veremos dobrasjuncionais:queaúméntam.a-ár.eadafendasinápticàe
::ísàdôí:fcç::á;{tosmri:pus:o=:e=sôericcaas:::e;=e:H¥
possibilitammaiortempodecontatoentreoneuroHiediador
=ôi:o=£:iá"Énuí::;£íc:mdrioeu:;ànt:sas:ric:;:;;o:=;::: e as moléculas que. o vão reconhecer. A; zonas ativas, no
axônio com um teróàí.ó neurônio! teminal pré-sináptico, são alinhadas em fila bem defi-onte
Outrafomadeclassificarassinapsesdizrespeitoàsua àsdobmsjuncionais,peritindoquealiberaçãodç.neuro-
morfologiaQ7iguia4.3A).Sinapsescüsz.772e'm.cc2ssãoaquelas mediadorocorrajánaposiçãoriaisfavórávelà:suqação.A
queapreseiitamamembranapós-sinápticamaisespessaque sinapse neuromuscular, por suas.grandes dimensões e Íácil
•amembranapré-sináptica.S`in.apsesfz.772e'ft.ccH,obviamente, acesso, foi utilizada çom. grand.e Stice§so pelos primeiros
apresentamas.duasmembranascQmigual?spessura.Ocorre pes.quisadore§ como mo.del.o ç.xperimental para desvendar
que as sinapses assimétriç¥...g,çrahente apresentam vesí- os mecanismos da trànsmissãó.sináí)ti'c.a.. .
JJ9
'ii.E-!
NEUR)OCIÊNCIA CELULAR
sioiogiaoumedic.inade|936..Daled,izia.qLuecà#neúrênig -.,...
• vaqtç.s..à.tiapsmissã..o5ináptiça:..9.-n:¥rônig.pré-sináptico,
é cla£.ó,-:,devà..§Q,f ....ó`apaz 4é s.intetiz*.séu n.eüroqansmissor
19rl
*#-r<'i ,, ' . ,tç.TZ;TFg&#*f
"rffi=ffiffi±ãã!---.
• ,' =:ã` . ÍE=.,`ã
*."j-', ãÊ¥i . .8
¥+t+
" e . -. J-S=#_>-
'#, , é £J `.'gÊj¥
* ã gíiffi t='-..._áffii*,.
•=.-
...
9*% ` -.¢ffiiÉãã'x. FÜÍ: ..# =.€,5ã -ãã.`iã .
m `
tl€;8.
iü * L,+,* .-'.
S.4üt;
ãi Ô e . .- -`,`-3, tãi`+ -., -
L,ã¥=%.
-a¥lã .t:i,'i.¥
1f (ú¥;
*:`.S.i,
nt E.-Ô "'.. •
i .ffi
:_. tà!•-.1'
#i1 í? 2s!ã
3
', ¥ S FÍ L* 'f iá;ij.'.';=!LS
ããã ^•. c- ;-;':. `
`.gJ;+Lri¥,'"±ã:ag.Íé`:;¥TÊ'Ítski-ÉP=i:£*3**:Íi.,.t±i.r.`*t
&F§jãj£ É,à'£ €....a,;-.!-Í..r3.j='.Ít..',.:J.. :'"i.'.iá;L*..#iá3t
ji3j•i`.t
q! -i¥Í•!Í#f t
L±J@.`
=-SI!££r--*é '' g. }.\}:';.j;`,
=±fj;ii`•?,`€¥
?í 1 `,_,.t.=i,-ii`.¥`1 *_..€-::.`:Í:.'.`..'± •!`'íÉÍS -,`'.Í.,`-.; -...`.. -.=..}.
r?*-,;?':.1.:€.-i.-£i
i T *, •`..`;,:.?.?..:`.?'.-,_,=:,.'--.:;.
il Íí¥#f;T+B.. ;¥± *.'
ãj,Í
J,i-.':1.`.Cii. •;=..,*`h:,,3.:.:,}i- •'ã
•.Làffi
•!r. ¢ • `-:`::;-..::._`_ •_,`
"[-:
+`.
-+'i;r,Y •,. ..:FP. l.r.9.`:`~:?l i::'.1:-'_-.+-'.-..-_'1:- :`,-t.'..=..:•:.jr::i::'.:i=,í-.+-'_
•,ai,
*
t
•.--,-??..£^.':á`.-?<ç'`.1, =7#It.`S:.£`;!:`:'fi.:.i;::;,iç-,%..-¥ •+: S : . . -.. . { ~.`J'..-.t-.`-.-..`..`...a::-!._
2`'J :„' ,:. .;€ ,i,...:`.`.`r5--.: ```-'.''..+,.<~ =,,..:'= ,. ;.
±,•<', ;£i.Í ?---: .--;...--`=..
} *-. ;ÍjÉ.: •t.-i:``.,Íf,;..àíi3i+:;-j = i -\'.`q
-
J--- ir:.``-..` `.-_:`]`'_=.'.__. . .à-.t
•.;.,.',`-,`.:-+J!í.`'.:.-£+,-..:'.!.,i
-.iJ'
£..1.=5. .• _`J\ih':Í +.f_r..
';:::r'-í-.J-_\`,
:tí É..,íi`....... :::Í i¥i:1ri,: á€,_ + •.:1 •..._i_--.,.,`.!±':.:;
%ÊÊÉãÉ_.x£:Ê:`~.# -- ',
Éj:...
,
}.,`- ¥Ã' /,á,-_JP ., ` \ .-1 = ,. ``` -` :r5.Í`:;,.`;.:`;':;-,í:;.:`=:.i,.'.i!::.::,`.i..-`.,
à-Õ¥!¥ Z •..:{,:ú
* t
i± qüjl
-si`..-.,
T
;i JS'*,
;i.:
*
a
-,3;,'#?,1L±`1,3
_`_.à`ã!+_6; *`,.
:'.',;.-.:.!.:,.`...'.Í:-_3.í:
ütilizandodíferentessisfem.asepzj]]iáticospqiacàdaefapa .A[gunsneurofrans..F]Í.s.s.gr.9S.çémp[eçamqsuasínteseno
desíntesé.Qóo.riheóimentodàs'.difi?reátes.etqítasdes.íàtese Ínierior da§ ve.síóulas;. .riá§. `Q.utfos sãõ. levados ao interior
do.süeurotransmissQ.r'e§.é.çÊÉe'ç'íàlriehté..imp.o]i;aritepara.os
::::sa:::i:u:í:,àgà#ÊÉ,Ê;'o¥.f:'|¥i::pbau.tídf:sran:.mu;::
'. ` ` ' -' -.-:. ..
vóitados.para`deriií-ó`..:.E..s.sãÉü.Ó.1éó:`úlas-transportadorasver-
4os terin.oS indo.iami;a e cqt.e.óói;rri;n.a 'reri;érii.::é. aos ar;éis
da.deiràHi.enté"ag.iriàú'i.o-s..üéúé:ffán`s-Íhissores,"jogando-
f{i. aromáticos (indol e ócd.e.co[). ¢u.é cara'cteiizam eisas.molécmlcr5.
..os"paiadentroda..y`esícpla::Q§üeurôniosglutamatérgicos,
FU}.i: Eg%n:c°anUs:[no::'s3°":pdL°e::nõ#:5°asn=.ãn°asc.°nhe=í.:°S C^0+mo a:incÉ bio- `-por exemí].1-o, sin:'tetizaín. 8.|utqriato cgmo qualquer célula,
m.asse.difçíei}ciàrh:pel?i5ré-sen.çà.deimtrariàportadorde
L¥.r
121
NEUROCIÊNCIA CELULAR
doaparelhodeGolgifomam-seosgrânulossecretoresjá
glutamatonamembranadasvesículassinápticas.Emalguns contendoospeptídeoseaindaprecursoreseenzimas,eeles
neurônios noradre.nérgicos, por outro lado, é a dopamina
sãotransportadospelosistemademicrotúbulosdoaxônio
que é transportada para as vesículas, sendo utilizada no até o téminal. Não é incómum a presença de diferentes
interior delas para sintetizar noradrenalina.
peptídeos nos mesmos grânulos: Os grânulos, além disso,
Aocontráriodosneurotransmissores,osneuromodula- nãosópossuemmaioresdimensõesdoqueasvesículas,mas
dorespeptídicossãosintetizadosnoretículoendoplasmático diferem destas também por não apresentarem moléculas
rugosodosomadoneuônio(Figua4.5B).Primeiramente transportadoras na .membrana.
são sintetizados precursores de grande peso molecular,
Osneuromoduladoreslipídicosegasosossãopeculia-
verdadeiras proteínas. Estes são posteriomente "corta-
res,poisfiincionamcomomensageirosretrógradosa?igur.a
dos" em moléculas menores no aparelho de Golgi, sendo
4. 5C), sintetizados nos neurônios pós-sinápticos pQr _enzi-
algumas delas os peptídeos neuromoduladores. A partir
.j#qFgHi?b-Wqr"[mlk
OS CHIPS NEURAIS
Tánto.máior§e-fáopúrnéróde-vesí6úlasé.grâmlosque
sofferão.exocitoseduantómaispro.1origádafoiadespolari-i
B 0 POTENCIAL DE ÂÇÁO COMANDA A LIBERÀÇÃO zaçãoprovocadapélosPAs,ouseja,quantomaioraftequ-
DOS NEUROMEDIÂDORES ênciadosPAsquechegamaoteminal.Baixasfi-equências
A seção precedente anunciou que oóorrg nq .sinapse provocam exocitose dç.yesículàs2. e altas .ft?.qT?ncias pro-
uma copversão entre a erie.igia bioelétrica, 'Íepreá'eütada
¥àcffiao=:,=oocíà:s=edreomd:í;:seíscí::tffi:.F#:ub[::qdúée%uetoãsá
pelos potenciaié ae ação que afluem ao teminal §ináp- exocitose é propo.rcional `à. fiequênçià .dç PAs, cçncl-uiT.se
que?stavariáv?1determ±a,.emúltimaépáüse,.a.quantidade
:,
de.riioléculasde..neuotransmissçr.:é/;Ó:ü.ne.úfópoduladores
:::Í:eu:oaÊ|;Sf;:Or:::¥i;:r:çs::f::n;ia:Sãipp;;:ã:?s;t:iedcc:;:- - ` , '_
1ibera.danafendasináptica.`Eimp-o¥aníe'sa`1ientarqueesse
versão,istoé,dequeÍnodoumpotenciàlde-`.ação.écapaz.
de próvocar a liberáção do contéúdo das vésíçulaá-deátr.o..
dáfendasináptica. . . :.i.i. -`.....,.
:er=::sdo'àee-::::a:â:,àgí:oficàô§ÍoFd:!à?1ai::edàãâ.S,ao
Essaéae+s;àáói'a`dáóáà.Véfsã`o;`=éiétric`ó.-àúíírica".a.que
Cómo.sesabé,.ospotenciais.de.àçãóçhégãpi:qó:t.émi:-
nalsinápticonaformadeoüdasdedespolariz,açãó.da..riemL nosreferimoshápouco.Trata-sede-úria.conversã'oqueos
• informatas óhà.mãri .t`digital;anàlógica?:;.:já qúe .co`hài§te n4
bràna,.quealcariçamtambémaregiãó.9ndéóçç.pC.ç.nt£arias.
zonas.átivas,aqu.elas.pequenasestrútura?.c.ôüóasexistentes pas.sagém`de.úá à'ó`di.gp dig-italQ,.'...cÓ`Íri,. b.ásé.;n.a fieqüêricia -
-123 :
::::`.:i::.::```
Ric1'ÊNCIA CELULAR
ilase . `, -`
ã-etlrpb-oxi,ase
. '.,
\+
:.i`i'd'r`,á%,:;l£;:`.,,
•T_.L.==J=_'i=S`'~=
_míoãjíá%àcadtoep=#í%So£ososínetxepürz£sTpaoprdu3aas#ãaí:es=:z#âs,
decofinaeacetilcoenzimaA(acetil-Co.A).B.Àsínteseçe?eroto?ina
®F.igúra4].A.A.sinteseda.acetilcol.iqa`é..r.ea!iz?!a
(5-.HÍ)é..re€I®d.à.por.u.qe.paq?jade.dy??.Pnz!T_ç`Ê
`{quéá.p.irq..ç:..dro.àãTi.rig,`.{es..eàia.a:.pp_{?=P:re_p.=.!n:£:e~ç!,
• :.:: .:. . ^ = . ,:.:.J:`i`-;,:-.:..: :.í' -: ... '' .: :
` ` `iç,-#Cid;àháã-à*a.s--Úêséá.Teira:,é'ósadrériÊigi¢sid[a:.el?s:.```: ,-.-- :.",' ` . :
-,
OS CHIPS NEURAIS
e72C,oCZ.fose, que "devolve„ ao -citoplasma es:a quantiààde "feserva", pr9.sos` .n.o ci\to
J,-:_?;q_P*ç!..Ê q>O' se
mesmo assm 駧ota-
::í:'dceo=:::rfi:::;iem-viítá::op::oa=anço?:edneti::vrgv`::;s::`'- rem-se tamoem.as .vçsicuias ç.os
minai.atravessà.#.aÊisg.Éé,£á`#ié.ê;
ou s,e iúterromp.e aiíÉ.qí,é,,.s:J:É*-,
:|esgo:É;::s:-:lí:Í::,eeÉ:c-cj|trí_::Tc:io:re:¥o::tipE::e:Í:e:c:i¥ h`.çurçtniediàdói
• . mo, no eptanto, não vale para os grânulos; qup são fõriüãaós
r'
no corpo celular a p.artir d.o apaielho dé Golgi, e- coátêm-
D`MErisAGEri
peptíçeos sintçt`izados.ng retl'culo endoplasmático. ` :
.-_ , -
•125
'`9
\-,1
`5-..-3.:1,. J'r
_'{.~.r`ç.í. -.`,`
-TTT_
`,`=
`€{'- - '.1
.^`,`;!.~`'-?'i,-"-
`-
.Á-,`
1 •;i-.: .,-`>-.
?.,'-=,.:.--i J . ,i;i' •`.'Jt'
__-___
•fl¥
` !`. ~-,`
r'`.
*wtí%¥i.#
'.-, '„.:,' -.,'í ,-'.`, 'r., ' ;.,'„: ,.' :,'. :,.' :1.,' :-.'1 -
`.`i,t:, =À\
~.`
`F"?i:É;f.=-
;í:, ;:,í' ;: , :; , :; , :!
•`\
=*,-:_*±
pr,~+.`\
í t*t -.iàp- . -,. -+-,- ."
i =Í,F%¥ã-,t§ !j`í,
` '-,.1.-`.- `. -,:`
.m^
'`\
•t5±--
:D`-i_
.`:-;?i,
z',`
`'`
~`.``-{-_
.`.,.
•''
&*dTi;'3Í&`S;:.{,`:;.àt,'úç +tL* }`.3r, .'ti±`¥r=,.1 §:{*Íí#fL€t:§`-í:Í;-!,:L.±:;i£:`?!.ã'`.;'
-:!.=f(
'1.- #*i,=_I`-`:=-T*`
J£-Í=-,?-_à`-L£`,:'.,;i=. - ,. `í' +_*FFíÜ`- ' .*`
11,-. •.i ,=. :;'.:+
' ÍJET] z-',`. ,`:'^.rt'.-` , g..""ir.
+:. -`3 t' _..,
h+'
- m-`-`rh-.- .`¥ú.j-
:,.=.
` .-=-
+,
•`.*Í-:,ft5-*ü `',.J,.
_ `,`! .:f
OS NEURÔN!OS SE TRANSFORMAM
Um indivíduo dirige seu automóvel pela rua de uma sua capacídade plástica diminui, ou pelo menos se modi-
ande cidade em um dia comum de semana. De repente, fica. Isso leva a supor, então, que a plasticidade ontoge-
erde a díreção e choca-se violentamente contra um muro. nética difere-da plasticidade adulta; sendo ambas os dois
motorista, sem ter o cinto de segurança afivelado, sofre grandes tipos de rianifestação dessa propriedade geral do
atura de crânio e perda de tecido cerebral. Segue-se sistema nervoso (Tabelg 5.1). A plasticidade ontogenética
rolongado coma, lenta recuperaçãó no hospital com a-`-L confimde-se `çóm. o próprio desçnvolvimento, poís seus
radativa mas incompleta restauração das fimções atin- mecanismos celulares sãó semelhantes aos mecanismo; do
idas. Outro indivíduo pre§encia o fa.to de` longe. A visãó desenvolvimerito-normal. Op`tro's prQçessos podem `entrar
o acidente impressic]na-o fortemerite,'.ao verificar ós féri- em ação na plasticidade- adulta,-``embora se saiba que` em
mentos do motorista. Nunca mais esquece o que viu. Um algunscasosocorreumárea'tiv_ação-dqexpressãodosgenes
te£ceiro indivíduo' lê no jomal qúe os cintos de ségurança do desenvolvimento..
efetivamente protegém os motoristas, convence-se do que Más, quando falaíno`s de modificações provocadas
lê e passa a usá-1o.
pelo ambiente, de que exatamente estamos falarido? 0 que
Que hav£ria de nastrêssituações?Emcada ocorre no sistema nervoso? Cori.o ele se modifica? Eis aí
caso, o ambiente ext-é`irio influiu sobre o si;tema nervoso uma questão que impressionou também os neurocientistas
de diferentes maneiras'j e com diferentes intensidades. No que se dedicaram a estudar o assunto. Constataram que, em
motoristavitimado,o,.acidenteprovocouumalesãonocére- alguns casos, é possível identificar mudanças morfológicas
bro.Natestemunha,av`ísãodoacidenteprovocouumaforte resultantes das alterações ambientais: uma plasticidade
impressão emoc'ional, mas nenhum dano material ocorreu morfológica (Tabela 5.1). São novos neurônios gerados
em seu cérebro. E+o leitor de jomal simplesmente absor- numadadaregião,ouneurôniosquedesaparecempormor[e
veu infomações obtidas através da leitura, e modificou celular programada. São também novos circuitos neurais
seu comportamento de a.cordo com o qúe leu. Os cérebros que se fomam pela alteração do trajeto de fibras nervosas,
desses três indivíduos respondçram ao ambiente. Que terá uma nova configuração da árvore dendrítica do neurônio,
ócorridoneles?De.quemodõg`émodificaram?Teráhavido ou modificações no número e na forma das sinapse`s e das
alterações identifiéáveis em seus neurônios? - espinhas dendríticasG. No entanto, em outros .casos só foi
possível identificar correlatos`. fiincionais, sem àltera.ções
A capacidade de adaptação do sistema nervoso, espe-
morfológicas evidentes: fala-se então em plasticidade
cialmente a dos neuônios, às mudanças nas condições do
flncional, geralmente ligada à atividade sináptica de um
ambiente que ocorrem no dia a dia da vida dos indivíduos,
deteminado circuito ou um deteminado grúpo de neurô-
chama-se7ze##op/czs/z.cj.cíc!c7é?,ousimplesmenteplasti`cidade,
nios. Finalmente, é preciso considerar que essas mudanças
um conceito amplo que se estende desde a resposta a lesões
estruturais e funcionais do ` sistema nervoso produzem
traumáticas destrutivas, até as sutis alterações resultantes
efeitos no comportamento e no desempenho psicológicó do
dos proce5sos de aprendizagem e memória. Toda vez.que indivíduo,oqueobrigaaadmitirtambémumaplasticidade
alguma forma de energia proveniente do ambiente de algum comportamental.
modo incide sobre o sistema nervoso, deixa nele alguma
marca, isto é, modifica-o de alguria maneira. E como isso
ocorreemtodososmomentosdavida,aneuroplasticidaáeé
uma característica marcarite e cohstante da ftn.ção neural.
D 0S TIPOS E CARACTERÍSTICAS DA
NEUROPLASTICIDADE Quando se fala em regeneração, geralmente se pensa
em proliferação celular e recomposição do tecido lesado.
Uma primeira constaqção que os neuocientis,tas fize-
É o que ocorre na maioria dos tecidos' do org-anismo, que
ram a respeito da neuroplasticidade é que ó seu grau varia
dispõem de um estoque de células:tronco capazes de pro-
com a idade do índív]'duo. Durante o desenvolvimento on-
1iferar e gerar os tipos celulares deficitários. No entanto, o
togenético,oóisterianervosoém-aisplástico,eissotédése
Capítulo 2 nos mostra que a capacidade proliferativa dos
esperar, uma vez que o desenvolvimento éjustamente a fase
neurônios se esgo-ta muitô pre-cõ€eme-nte durante- o desen-
da vida do in.divíduo em que tudo s-e constrói, tudo se molda
volvimento, com exceção de algurias regiões re§tritas do
de acordo com as infomações do genoma- e as infl.uências
sistemanervosocentral,quemantêmcélulas-troncocapazes
do ambiente. Mesmo durante o desenvó|vimento,-há uma
de proliferar durante a vida adulta. Mesmo nessas regiões
fase de grande p|asticidade denoriinadq pcrz'oc7o crz'Íz.co,
na qual o si;t.ema nervoso do indivíduo é m-ais suscetível a
transfomações provocadas pelo ambiente extemo. Depoís
G Terpio constante dó glossário .ao final do capííulo.
queoorganismoutriapassaessafasee-ati'ngea.màturidade,
149
NEU RoblÊNCIA CELULAR
lcAS DA NEUROPLASTIciDADE
TABELA51.TIPOSECA+CTERÍST
----6-. ... ,,1
-` Ai ` ." . ã - -L--Z=-.- ` -çj=+ ---` -=c o®-A--üo.fü-O.l.-,.„
-uE,,-i=Ei5l , '
i*nffik§Í • `,:-'iiã-=`"
€3' ` . "' r-=-.
•.'. .iífJÉ£Í..i!jÉ?,ü 1``Ü•,`~-'.'..'r+-\.i!íá:='* "ãt\Íf` ããg,„=m..... +
' ,. ",Í:i`:-S}.*+-- **gãí2q-2,g
t.+-.+_+,+,+++ . =J t+fj*.\ i `
gt, :*í
* .ã
ãL, é, 8_-:.9Ê#'á.i,*i Í..i-à'*Éhg;:#? ãÉ`Ê.ã}i#:'s+-.gp,1Í
gɥ_gg +
Ü
•LI¥
L.¢.r'1.#it2_,-_ i=?i+
., r`+¢ .{,..:'.M
:!¥ }:SR\--er #ü Jg
ã' !`!
•':T,[-.'.. .`1-#=..-1.}.*:l.,=..*i:ii:.1=
1 £,-.'"''?£ i,í. ;\+-í-,`
S * £,ãí£€,S'3¥.¥.ã
§,'
•';;-•i:.;'.Í
\* .'á;:;•..-1-.;i!
.\:'Lfi`J. € í}
-1 `.`-,..1.'
iç STL¥++, ..
J Z 1 á •
`1._, '.•',J._.{.'.'A'Í `:r:=,+l-_... , 3 `- = =___``;:`````
•.-`,-`:í:`.''.,.':.T,
j:.;{1'J.. `'í.
`.,-- \_
t_ .:
•tí:. .,?3.--=, '
•,é n
•P-. +,+ .. .üéü'i.ógê-
}.-':':iÉ'e `.,
Ca
'`
` ` -. - 'f-,`-,\.- '
_.`.1..:.--.:'.1`.<. •':.`-..,.:Ôrica. Regepera
. .-.-t
í : ..1 :' ., .t
-.. . ..,...
'Óicai`..,`". ._,_
• .,. `' .: :`. : .' .'..'..'-: }`:-.-..',.j..,.;J..:-,';
L
;::',..,ygr9'. ;1'...-. :,1
•j '. \
`--,`
`` ` .`` .`
-,.-'`..,J.i-`,. `LJ',
.-. .` ` -
=._=t,.,-&. . .jilí!_,=.g. , '.í -. `.- .1.-. `. .: . ? ,*-vascu|arizaçãoea-inervação da pipíéÁ`à'iáó'é`H+€'!
stória.desucesso.Defato,asfibrasnervosasdoelesões.traumáticas,porq.ue,suaextensãodoorganismo.Quando
:.:...?'.
_..`í. .: :.'-L',- .: :. ri.I :queapresapossibironalquaneuralaemreto
1i!t'
reip lantad .Umsãoalvoftequentribuiçãoc bretoreumtraumatismsnervospodemsrompi4o, uentransecçãod nervquase mpreb ião-alvoeapreciáentreanto,areg dica,seumcirugrad sdonervo,pre ricontrai.os das_o?Comoreagem1esado?
1imitadacãoneu-detecidoo-resultaa.plástica
eàtamneürogêneseàdulta;noçntanto1idade.derei)ósiçáonuméricadapopundoocorreumalesão.Portanto,aperdpósafasei]roliferativaembrionáriamadadaproliferacão,.équalquerrespo
ea,r0ele-0rauSOS
-da
------_--------- - -_-_--_-:----_-:_------:-___--
OS NEURÔNlos SE TRANSFORMAM
têm sua ação interrompida no adulto. Outro -.-..- 0 lado proximal da lesão também apresenta alterações
;pecto essencial ..ao sucesso da regeneração axônica dos morfológióas. No soma, .à distância, aparecém sinais tran-
neivos. periféricos é .a existência de um. microambiente sitórios dé sofiimento e regeneração, com altçrações da
íopí.cio ao. créscimento axônico nas redohdezas das.fibras substância d.e Nissl (o retículo endoplasmático..rugoso do
ri-éurônio),qu?.setómafiqgmentadaerarefeita.,.tQmando
A lesão do neryo periférico geralmenté envol.ve fibiás çt neurônio mqis claro e cheio de va.cú`ó|os.` 0.s patplpgi§-
3- ` -.,.-. ~```
•.tas :.có-nhé.Óeü...eá.Sé fenôíného como óroáàtólise ¢ígua
ielinizadas e fib'£às não-mielinizadas. A inte.rrpíJ'çãó- do
'..5.:.lB).Ma§1Ógó.9-¢Qpo.éelu.1arsé:..réó.üpé.Íã..e..;.énl.:alÉu`rias
sépara-oeriqoisçotos@igir:q5.1A):9cotggá'.ta|^G,
entre a lesão e.o alvo denervado (.um múscu|o, por ho.ras;v.olta?:aíi.r.é§.entaruúarióffolóéià.úorip.É1.ilpjcia-se
então um i]rógrama. de expréssão..:Éênic-à...S.erielhafite .ao
o),eocoto-Éroí`ÉalG,.quepemanececonectadoao
q.ue ocorre dmante o desenvolvimento,` .é à.`.riàqúiriarià
çopo celular. 0 coto distal do axônio dçgenera, ftagme.p~..,
de sín.tese proteica recomeça a fiincionai, agora coni
tando-segraduai±;áííeempedaçosmenoresGiiguri5.iB),
maior intensidade sol] estímulo dos fatores rieu.rotróÉco;
secretados pelas céluks de Schwann. Isso permite. gerar
nóvoscomponentesdemembranapararecompôrotrajeto
::1;¥:|:m:ste;::p:çi:Í:?:::d:e:Ê:oaer::ài:0:epc:o:sVÍ:Ên:e;nn::
do axônio lesado, assim como organelas e estruturas do
Osprodutosdadegen^Ê,raçãodocotodi`stal-tantodoaxô-
citoesqueleto do novo axônio. 0 coto proximal, então,
nió quanto da mielina..-são então rapidamente removidos
não degenera. Ao contrário : a membrana lesada. solda-se
por células de Schwám, e por mácrófagos provenientes
imediatamente, e a.pónta do õoto logo se transfoma em
da coirente sanguínea. Ao mesmo tempo, as .células de
um cone de crescim-ento (Figura 5.1 C), como nos estágios
Schwanncómeçapi.aprgüferarenitomodasestiuturasem
ontpgenéticos precoces.
degeneraçãoeposte'rioriente.§etomamcapazesdefabricar
novamieiinaG7igirià5..|Cj.Aiéridi;so,tantoeiasaúanto Para o cone d.e crescimento, um próblema log.o s.e
osinacrófagoscom?9amas_intetizarfatoresneurotróficose .coloca: como encontrar .o rum.o certo de crescimento e rei-
outrasmoléçulas.qugsedifiindgmnasredondezas,estimu- nervar exatamente o alvo deneivado?. Os axô.nios lesados
`. ..` ...--.-- ` . -
1ando. o crescimehto do áx.ônio lesado. Produzem também . faóilmente ericontrarão os al+o; se à lesão tivér ócorri.do
molécula§ que irão compor à. matriz extracelular, cómo a i]róximo a eies qíigura 5.iD).. Quando à` i.és.ãQ. .o€`orie à
larinina,afibronectinaeoutras,todasriuitopropíciasao distância dos alv.os., s.em que hajà intemiÉç.ão Óompleta
crescimento do novo axônio. do nervo, .a estrutura deg'enerada do coto .distal fomece
•:..--...:...-=:..:-`.:--:`.:.:::-.
Oobjçtriod6tii"-sãoédsmü-rsobreana"fflsoddaocérebroeproblmaúzflsobi-easpofficíaüdadesda
neu.opsicoloSadncompiemder6sefenômmo.Árgmmtmfflosqueocé[ebroésoa-daoco"-d©mosquc
éconsütni'dotantopofaspcctosbiológicos,quantopordimensõ6ambicntaisperÉflentffaossüieitos,onde
•.-destam-emos sobrc céicbro ptásÉco -c pksücidadc nctirori DiscutJ-]:cn~ios aíi-id* sobre os iiovos
desdobramentoscimtíficos,nosamposdainvesügaçãosociale.dasneurociências,quepassmaobjeüvarum
omff mris abraflgente sobie o cérebi-o c corite:slo sociaL Por fim, destacarernos o riportmte papd da
neuopsicoloÉapff.aràoluçãod6tçnovopafadigm4queécomidcrffocéiebrocomoórgãosodd
Palavras{havc:CérebfoSocial-Cognição-DesenvolvimentoHmiano-NeuropsicologiL
Neuropsydologymàtheparadi;miofthesociaibfain
. Ab§tlact
The ahm of dris revic:w is to djs"ss he socid riaturc of the bra]-n ímd to argue abgut neu-opsychology's
poteriüaüptomderstmddrisphenomcnon.l+7econsidefdmttbcbrainh*asoddflatuçúiatricomprisedof
bothbíolodcdzmdmvironmentddjmensions,bod]]:clevanttodiesubieajuso,"jntrodncethenoüonof
plasúcbr4anancuJ:ondplasticity.WeaJsodiscussnwsdmo-ficd"dopmfflüinthefiddsofsoddfesearch
andneuroscieflcçthataimtounderstai)dmorecomprehensív.elydiebrainandd.esocidconte¥LFinany,tiredl
h±ohJjghtdieimportmtroleofneuopsyd}ologytomlvetbisnewparadigm,thaüstoconsidffthcbraínffasodd
Or8an.
Development,Neüropsydologp.
Kc)rwords..SocialB]:aíri,Cotçm,miÉon,Hurn.an
' iflterferências do meio social paia o desénvohímento
htroduccion aos j]idívíduos, pois defendia que a- linguagem, seria a
=-crritment:o que
exprcssão do potencial do .
0 que nos.torfla humanos? Esse foi o
nosdifcrciiciariadosprimaL'
questionainentoquepefaürouporumlongoper]'oao,e Neste senÉdo, é pruder ;otsky
muito afltes que o método. c]-eriq'fico lançasse seus l)ectos
buscou compieender o .
píimeiios fimdamentos, já era pioblenrüzado no `constitucionals, nao c`
campo das discussões filosóficas. A dtercação dessa
reprodutor do seu meio
problemáticaauzadívefsasteorias,`'dendodestacarno. capacidade cfl-adora pei
-po de estüdos éa cogriição e aspectos sociais, as
ricmrsões no meio, gerar:
ideias de Lev V}gotsk}r (1896 - 1934) c Álexai}dçr
Romanoüch l.uria (1902 - 1977) como as maJs
expressivaspararesolnçãodetalqucstionamento.
=t=r=j::=oí:ahdÊeçu=,,
As Ínudmças sofiíé
Scgtmdo Vygotsky (1987) não nascer]'amos
piópriãs mudmças TÉve >
qüa]itaüvamente hummos, de tal modo quc esse
atÉbuto seria conquistado a paitir das experiências proccssos.EssafoiaperspectivadefendichpeiotamDm
iüsso Luria, qüe influenciado pela obra ae VygotskT,
vividas no contexto socia]. Ser}do iDtereásaDte
destacarmos a teoria de VFgotsb7, como tima das mais passou a ardculal bases relacionais entre .os processos
cogniüvos, a paftír ao fecortc socid, e estruturas
sigrififfiúvas em problemaÉzar sobrc essa es.péa-c de
netirofimcionais ao cérebro. Defendía que as duas
poljriento social viüdo poi todos os sujeitos, dimensõcs seriam significativas para compreendê-lo,
desvehndo a importância do ambiente pa]:a o
uma `7ez qüe considerava que o estüdo do hornem
desenvolvimento dos ridrin'duos. Segmdo Rosa e
devcria ser a e]qiffisão de sua singulàridade enquanto.
Andri. (2002), VHgotsLy buscou comprcendef o Nc£ta d-reçãc>, Ltri (1992, p. 14) versa sobie o
dcsenvol.vimento hnmano à li]z do matedaljsmo de
dcsenvolrimeHto da PsicologÁa coerentc com o aTü-anço
Ma]=5 concebendo o indri'duo com.o `m séí djaléúco,
aas neürociênda.s.
bístórico e socia].
Pm L`iria (1992), o iuízo ade-quado do céiebro
Para Vygotsky (1987), concepções .purarnente
contemph aspectos do ccmhecimento. aos indívi'ducx a
genéücas e orgâbicas ..não seriam siifideates para respe;to do. mundo cinde vÍvçm, e os dementos
e¥Ecar a sii]gülaridaae dgs süjeitos, c a pa]:Éi ao desses
mo+t]-vacionais que permifem à apljcação
cmprcgc> do signo Iingrigcm, btisca eq:<pümr as
* Uniücrsidadc Fedml do AJna2orias -{JEALhlBrasLiod:son_pcssoa@hotmaflcom
sistemas cerebrais (Gil, 2002; Cai3i-eta €£ i2/. 2007; Ao ponderarmos sobre a nature7.a socia] da
neui.opsicc)]ogía, procuramos destacai. sobrc as
ncccssjdadcs de i-esgate de certos paradjgmas que se
Soo|S|e,:Zf,re:u=:taeas:à.,:mMcdo`.:,à-r::ÍdzàI2:soSÉrà:Íe::oo:
revelam iri.econciHá`reis, a saber, os fenômei}os da
Cognitivos e sei]s Corl:e]atos neuioanatômicos
cocm, 3ção e os prodi'gio§ sociais. Os psicólogos com
enfc}que social têm iiivestigado compoTtamento social
aç:üzQkàa,£:í-,2.ovoe!i:aaá:r,dGeoà,:csra&çõ:sffl:à:::Í!; há mais de um sécHlci, entretanto, cstes traba]hos de
relacionadas ac)s. distúrbios ou transtomos do
contribu3çãc> dc informações prcciosas de como as
desenvolvimc]]to, ou adquii.idos ¢+uria, 1982;
Barbizet & Duizabo, 1985; Miotto, 2012) e não pessoasseinflueí}cjammutuamente,ocori-eudistanteda
neurobioloÉa(Frith&Fiíd],2010).
menos importante, tiabalha na riteiirenção e
reabffitação estes ir]divíduc)s @1ello €f 44, 2006; '
0resgd.üdoi:éreb].oSocíjil
Gomez,2012;Miotto,DeLucia&Scaff,2012).
A disciplina r)europsicológica vive uma grande
Na at`Jdidade, as fc)rmas de abordar a anáüse das
expansão, sendo £ortemente maicada pela
fimções ccrebrais, devem cc)nsiderar os processos
mulddisciplinaridade,umave7.queéconsÉtui'dapoi-
neurais que iessalta]m a surgimento de Gomportamentos
diversos profissionaís dos campos da psicologia,
sociajs em sujeitos envolviaos na v]-da aos hdivi'duos
medícina, fonoaudioloÉa, psicopedagoda: terapia
ocupacionaldentreoutrosQ4endonça,Azambuia& (Astolfi # 44, 2011). I'ara Had e Kujala (2009) é
necessár]-o rompcr com os paradígms de estudo em
Sch]echt,2008;HaaseGJ4/.,2012;Motto,2012).
neurociências, uma vez que estes modelc)s se mostram
o surãmento da neuL.oPSíC.o]oãa é Sabjdamente
simp]ificados por tentarem €liminar ou contro]ai- todas
marcadoporumaamphhistóriaqucperpassadcsde
as variáveis constitucionais dos suieitos.
as pi.jmeii-as corre]ações entrc cérebro c
0 desenvolvriento cognidvo está indmamente
c:ompc>rtamento,atésuaconsoüdaçãonocaiJ]podas
i.elacionado à capacidade de inteiagir com os outros
ciências modernas (Coscn7.a €f ¢4, 2008; hJliotto,
jndivíduos,assimsendo,acapacidadcdeintetaçãosocial
2012). Vàlendo destacar de forma sinteüza, que a
história desta d.sa.plina deve c:onsiderar algms que é estabelecida entre os sujeitos é denominada de
cogniçãosocial@eTaqtmaGfd,2009).Dcstemc)dc)é
consütuintesimportantes.
• necessário resgata]: as perspecúvas díscuüdas pc)r Haase
Foram Wl]iam Os]er (1849 -1919) e dc Donald
echagas(2009),queconsidei.amacogniçãosocíalcomo
Hebb (1904 -198.| os primeii-os t:córicos a empregar o
o campo que busca desvdai. como os indju'duos
termorieuropsicologia,sendoimpoi-tantepontuatquea
neuropsicoloáasofreuainda,considerávelinfluênciado pi.ocessam, codif-icam, armazcnam, reprcscntam e
acessamasinfoi-maçõesderiatuiezasocialreferentesasi
cogniú`rismodeu]ii.cNeisser(1928-2012)edcGeorgc
mesmoeasdosoutrosinc]ivi'duosparaiegular,defoi-ma
Mi]ler(1920-2012).ParaHaasccf4/(2012),énecessárjo
adaptaüva,seucomportamentoemsc>c]-edadc.
considerar coimo elementos consütújntes da história da
Cérebic> social é um campo que teve como foco
neuropsicologia,osdesdobramentosdaneuropsicologia.
iriciaL a pesquisa com primatas, suf;Éndo desde semprc
daünguagem,comasidéiqsdeMarcDax(1771-1873)e
o jntercsse em distinguir os humanos acstcs. Um ponto
de Picrre Paul Bioca (1824 - 1880). F. e.sa
neurops3cologia que concebemos ria atuaüdade surge a
que aiuda a compreender as disünções centra-se no
tarnanhc> do encéfalo humano, muito superior aos dos
partir dos trabalhos do neurologista Thêophjle
primatas.Pai.aDCTaquara(2009),oaumen[odocêrcbro
Alajouanine (1890 - 1980),. do psicólogo André humano em detr]-mento a estagnação evo]ut].va de scu
Ombredafle (1898 - 1958) e da linguista Maióçrucritc
Duiand(1864-1936). parente mais pró>+inio, revela que eriste uma e`:olução
doshorninídeosemaisdoquejsso,revelaqueoconvívio
A pai.ür do exposto, é necessário destacar outro
emgruposeaprópriaconvi`têna.asocial,dcterminoude
teórico que conribui dc modo sigmificadv-o paj:a ct
modo consic]erável a evo]ução do encéfalo humano, de
desenvolvimento da ncuropsicologia, sendo que na
tàf-ormaqueoconví`iosocialpernúteasofisúcaçãoda
perspecüvade`iimaneuropsicologacomenfoqueoo
Cabecinhas' 20o4; Chju `f zz4' 2oo6; Csjbra ct Gcràe||í, 0 céi-cbro soc;a] é um concejto antigo e novo ao
2006; Jovche]ovitch, 2006; Fisk, Cuddy & Gljck, 2 mcsmo tempo, iima vez quc já foi prob]eniatjzado por
Frischen, Bay]iss & Tipper, 2007; Burgcss c:t al., 2 t:eór]-cos como Vygotsky e Luria, ao n]esn)o tempo se fa7.
Evans, 2008; I£wis & CarperidaJe, 2011 ). novjdade, ao surg].r como iim nc}vo pai.adjgma para
No que Ímporta díscut].r sobre os aspeçtos pesquisadores do campo dos fcnômenos sociais c das
evo]utivos do céi.ebro, é necessário compreemdet as ncurociêncjas e cognjção. PJ:c)blcinat].zar sobre o cérebro
bascsdescusurgimer)to.ParaDeTaquaraetal.(20 :,::,'`.-'.: socjalérequisjtaj.ainda,ospj:eámbu]osdenossapi.ópi.ja
cérebro bem como a mcnte, são c]ementos que res bistória cnquar]to humanos, existir)do na psico]ogia
de um processo evoludvo que favoreceu o -ser hum|ano evo]uüva novc)s paraclignias que buscam explicar o
surgjmer)to do cérebro social, sendo cssa cogrrição §oa.al
quebuscacomprccndcrocncéf,Uoqiienosconstítui,um
::et::t:;gco:::£àc:s:caa:n::e:n:tvja:s:e:c:en::d:ofls±a::n:.;:i;!q::: doscamposdcatuaçãodaneuropsicolosta.
o desenvolvimento intelecdvo do huma]io. E se na atualjdade, as vei:tentes cognjdvas e socjaís
PERSPEm\rASENPS]!oLOGÍA-VoHm'laystm4-¢p.334
- _ - . : -'.-... qFFÇFQ9:
Amodio, D. M., Frith, C. D. (200-6).Meeting of minds: the medial frontal corte:< and socj.a] cocçm,mit]-on.
Na,±ureRéview5NeuroscieTic€ 7 , (pp. 268~2.]7) ALpr. FLe.t:i±çiào errL 2()/02./2.013, c:m
_http://www.f]cbi.n]m.nih.gov/pubmed/16552413`
.r.hdersen, S. M.., Chen, S. (2002). me relaüonal self: An .interpersoml social-coàmitJ.ve dieor}T. Pspcholoãcal
Review,Vct-1109(4),®p.619-645)Oct.
Aquir)o, F., &Salomão, N. M. R. (2009).Contribuições da habi]idadc dc atenção conjunta para a ct)gnJ-ção social
infantil. J'í2.co/ogz.#7% EJf2£Zo,JÍ(2), 233-241. Retírado cm 09/04/2014,
em_http://würw.scielo.br/pdf/pe/vl4n2/vl4n2a02.pdf
Astolfi, L., Toppi, J., Fauani F.V., Vecdiato; Cjncotd, e colaboradoi.es (2011). Imagii)g the Socid Brrin by
simultaneoushyperscanrigdm-ngsubjetctinteracüon.JEÉEz.72Jg#z.gg77Zjj/rz€#zí.
Balc]açara, L., Filho, G.MA.,Jackowski A. (2011). Ncuroanatomia fimcional e comportamenta]. In Kapczhski,
r:.>Q:TicNtedo,].*qrie.r:ào,I(Ot:gs),Bmesbij]Iógicd5dD5tra!"tor]w5p5iquiÁÍ]rio5:umíicibordAgemtrd"lfl.cíoiml
¢p.23).PortoAlegic:Artmed
Bai.bizet,J.,&Duizabo,P.(1985).jt4147zt£4z/ZNtrzmpfz.ct7Á)gí¢.Poi.toA]cgre:Artmed.
Blakemore, S.]. (2008). The socÉú brain 3n adolescence.NatureReviewsNeu].oscience 9, ®p.267-27P Ápr31.
Retirado cm 26/02/2013, em
http: / /moodle.unitccacnz/flç,php /950 /Day 10 Adolcsccflcc /blakcmorcsocialB".nAdolcsctmcc2008.p
df
BurFess, D., Van Ryn, M., Dovidio, J., &Saha, S. (2007). Reducing racial bias amongheamcarcpi-o\n.dcrs:
lessonsfi.om social-cognitiveps}'cholog)7./oz#72447/g€72%/ z.7zrp772iz/ 77:J€dz.cz.72f, 22 (6), 882-887. Ret].rado eip
::gla:,,í!;í,i!i:;,.:;fM#,,Ko5::ha:s:::.:oe,::,ad:::_
termeffectsof social stress onbrainandbehavior: a focusonhippocampalfunctioning.
N€uro5ciencea.ndBiol)ebciuioTa.lRevieu)s 2.9 -83-97. T+etistido e" r)_6/02./2,013. err.
::b`##f;;:';::4,'o::o(f2:;::z5zf~
São Paulo: Artes Médicas.
Chiu, C. M., Hsu,. M. H., & Waig E. T. (2006). Understandingknowledgçsharing in viitual communitics:
Árrintegradonofsocialcapitalandsocialcogniúvedieories.DÇcíff.o72Jz//pc)7Íg/f}€772f,Í2(3),1872-1888.
Cgsenza, R.M., Fuentes, D; Malloy - Diiriz, L. F. (2008). A evolução das idéias sobi.e a relação eDtre cérebro,
comportamento e cognição. In D, Fucntes, L.F, Ma]1oy -Diniz, C .H. P, Camargc}, & R.n4 Cosenza (Oigs.J,
Neu;fopsicoloüid:teoriieprátícaGp.15).T?or+oAlegfe:.Àitrn:eà.
Csibra, G., &Gergel5r, G. (2006). Socíal ]earningand socjal cognition: The case foi-pedagogy. Proccífcío/r/7472g€ z-#
bTaimJtiogní±ivedevelopmeri:i.Aítcritioriíind:perfirmdncexxI;2A/9~9_]4.
DçrTmíHo>À.R:C+994D.Descdi+es'crTor.:BmotioiweaJon,d.}úíhebu:ri'ia:]ibra]m.Ne:qiYork.Grosse.i|PÜÜ)am.
Dc:eoi#l,J:à:::.1sbeaLTiTi:i;go#:;:g:'#Í:c:£:#ptcosLe7ní::#cec=CbeàRSce:f-d:n::2h6;Lo„a2olç;,C£
r„cá;;zc:qg7ZZ„.2„£:CZc„zf.Vo]ume]í`Tssué2,Feb]:`]ary,@p.77L.83,.
Fr].schc:r), A,, Ba}7li.<s, A. P., Tipper, S. P. (2007)a7.e cueingofatt.ent].on: Vjsual attentjon, social co5mjtion, and
•ind:iriidüAJCHfFc.ie.inces.I'5ychologiczi[Bu!Jeti]2, ..`
1133 (4),ju], 694~724.
Fr].th, U+`Fi.ith, C. (2010). The socia] braJ.n: a]lowjnghumanstobo]dlygowliercr no otherspecicslm`çbccn. Phjl.
Trans. R. Soc. 8 365,165-175
Ga]lesc, V.. Ke};sers, C.> &Rizzo]att]-,G- (2104, A uniÉringvn.cwofthebasjsof social cogriitión. rrg72cá z.7c
cogn.iíivcscíei.icc!,8(9),396~403.
Gallese, V. (2007). Bc:forcandbdou7 'thcoryofmjndt: cmbodiedsjmu]ationanddie neui.al corrclates of soc;al
cogF]i:rion. Phil. Trzzn§. R. Soc. 362, 659J69. February. ReÉrado em 26/02/2013, em
httt]://www.unit)r.it/arT)a/mjrroi. :ub(s2/°:dpffiiÊ: Gallese/PhjlTrans2007.t)df
Artmed_
:J::D;:'i:zo',oÍ,oF;Íàr::J:e:ço,;D;Tj2f:fti:;::(o::b:r:i,:Esuptgi:::,r:Á:„::aÉ:-:d„d=,:;:1oC#®Sped2e2raÊcol:t:%a::gor}e-
::7Íb;]l;::ia*;:;o:Í;i::io:Íij:;c:iâ;ciii;;k::;Ííi:::ájã;icíi,Íí::ij!;;Í:r:::;fjõ!AÍ:;in`;vjmã:|;Í:::fpt;.;asd;ü|L:,o:;a;:.::
conceituaisnapráticac]i'nica.
Haase, V. G., Lacerda, S.S. (2004). Neuropla
ncnrcips:]coÀo§A. .J-emizs ei'n Pficologíá dá ÍgBdpd,adveá|Va|n2:çãoo,i|,tff2|=d.T2du:càr:CdcoupcTmaç2:/:u2|;C!:,n;',:|T|
http: / /www.sbponh.ncLorg.br/rcv].sta2/vol[ 2nl /aJt03 t.pdf
::;?;,4:;7,;,s:i,::::Z;;Ê:_o:'r,aá?;zpiffr?i:2eái!;|â-,4:9:::_;'A:|1:lu:::V;t.Cg:]:o:::.;fêanfl:.::::tipvíesnotc:a;|::';:
P.' Fonseca' R.P-, Mattos, ,P-, Landei|-a-Femàndez' J.L.' Caj-`eta, L.F-' Nitriní) R.' Caramem.' P-,Junjor' A. |J. T.,
Ítíàsi:!Í':`c;:::os:.ri:a::iaí:Íê;:#:z:;sn:;í::oh:iijíz:rá::::i:o::-à;Ici;::::::4Í£í:.:-:n::ds;ria:jÉ`:::::::s;qííis:aíioí;;;:`Í;.1:i[
Hari, R., Kuiala, ÀJJ.. V. (2009). Brair}Bas ofHuman Soc:ia] Interacdon: FromconceptstoBraínlmag].ng.
:j
J'/pjJfz.o/jic7/89:453479.Red.radocm2.6/02/2013,emhtq)://njc.i-ocket-éner.edu/pdf2/InseJFci.nald.pdf
ltisel,R.T.,Femald,R.D.(2004).Ho`mebrainbrocessessocia]jnformation:eardiingfoi.diesocialBra]-n.47".
Reu.Neüfo£cÍ.2:]..Ur}n-]22.fl!cJÉr:2;ndoc:m2:NrJí2/2fJ+3c:rn`
J°Vci]:::);Íat`:t:'Ê;Ü{::£:)e.mp2í:;;°2`#2oST°3ç±]S#;;::-:add:.bcr;=d¥;gs:=Z;C:izÉ42/¥o::tcíz-:#id=f6(2):2°-."
r`-andeuR(2°°°)CeHp:]=:reih=A:=;°t::i::==Ld\:evbo:°][]°.8Ncha)::::]TS4°_fi:pd3ü3:::"ERKand"
Í
• Neutopsicolo.gia c o paradjgma do cért:bro socid
40
Schwaftz,&T.M.]essella3ds.),Prz.72czPÁgo/Ncz#.jz/Scz.c72caú>p.1247-1279).NewYork:MCGraw-Hi]].
Kcmed)J, D.P., Adolphs, R. (2012). The social brain in ps}7chiarica]]dneurologicaldjsordei§. .rrc#cá z.7z
Cognitiuescieiice"xl~14.
Krístensen, C.H2 jumeida, R n.{. M., Gomes, W 8. (2001). Dcsenvolvimerito Histórico e Fundamentos
M€+odorióácàs à2L Ne"opstücoÀogjíi C,ogpi:fNti. I'sicobSd: R4bcáf l e Cri±Íca. 200J.,14(2), ijp. 259-274.
Redradoem26/02/2013,emhttp://www.sa.elci.br/pa±--/ptc/vl4n2/7853.pdf
Lemerise, E. A., 8úrserric), W F. (2003). Aflintegratedmode]ofemotion processes aodcognit]-m jn social
infoi-mationprocessing.C4z.Ádri;£/bp772c72r,7J(1),107-118.
•-riZ-.-.....LeNiris,C:.8dcarpeoàifie,].(2fJIT}.SoáÃJcigiü:Éoà.Thewil£)!:13LiiE:wàuIldj2dbóokõficffíldhoód.SôéiáD-êuetipfiúent,
SecoridEdítion,551-5H8.
Lczak, M., Howieson, D., Túring, D., Haimay, H. & Fiscbc]:, J. (2004). NczíropJj/c/m4)g7.cicz4zÍJCJÍ772c72J(4a ed.). Ne\`r
Yo i.k: O xfói-d Univei.sjty Pres s.
LriA.A.P-C1?çfi).Hum{mBTfl[imnndpsychobãcalproce5s:TÁ>nàie;s:.H2Lrpe.r8£Bdorw
Luria,A.R.(Q,7`3/.EIHombi.econsuMundoDestrozado.Madrid:Garnic
T.üçL,A:R.CõÊê3.iitiücDeuebpmeiií:íticulturztLi]idsocidlfiu]idfl.tioTH.Cz3mbíiàg3e;MÍJss:.HZLrrJtiràüríNeistrtypfess>
Lurií49¥.R(i;€.;omgÁÚ#.c4#%zc£i.omz.#Ã44#(2aEd.).Novalorque:BasicBook.
Lur].a,A.R.(19`.81).F#7zZ#72#oíczb^r%7-opfz-®Á7gí4.Sãopaulo:Universidadedcsãopaulo.
L]riih>L:FLCT982.).TbeworkingBra:h:Anlnh.oduciíonioNeuTop5ycbDbgj.ütLàre;s..T?egijrL
. Iju]ja, A. R. (1992).|4 co72JZ}.2ff2Ío 4Z¢A4:#cZ€. -São pau]o: ícone
Machado,A.B.M(2000).^rezm4724Zo7%Í4:P472cz.o724/.Sãopaulo:Atheneu
jM: acMancs M.D, Lacey E.A (2012). The Social Brain: Transcriptome Assembly
andcharacterizatíonoftheHjppocampusfi:om a Soci.al SubtcrrancanRodent, die ColonJ-al Tuco-Tuco
(Ctenomyssociabiüs).J)Zro5'OJVE7(9):/journal.pone.Ü045524
MCEwen,B.S.(2013).Brainonsti.ess:Howthcsocialcnviromentgetsmdci-thcskin.PN45.,January.22,vo].110.
no. 4, 1561. Rctirado em 26/02/2013 em,
Mffl:gÊ:ÉÍ:;:;;:g;;::;gí§:;;::;ígí;tííí;:É%ÍÍÊÍ3!fí:3:ãE£:£E¥chicago:urivffsiqrpressof
Clricago.
Me]lo, C. 8., Barbosa, T., Bimoni 1.., Pila, A. L., Muszkat (2006). AvaJiação neuropsicológica e diagnósüco
interdiscipünai-emcn-ançascomhipótesededeficiênciamcntal.InSe}myey,À.1.,Mendonça,L.1.Z.,Scl]]echt
8.8.G.,Santos,E.F.,Macedo,E.C.Neuropsico]ogiaericlusão:tecnologiasem(i-e)habilitaçãocot,miüva®p.
53).Sãopaulo:Artesmédicas.
Mendonça, L. 1. Z., Ázambuja, D. A„ Sd]echç 8. 8. G. (2008). Neuropsicologia no BrasiL ln D, Fuentes, L.F,
Mauoy -Diniz, C .H. P, Camai.go, & RM, Coscn7.a (OrgsJ, Nc#ropJJ.co/ogz.4i-Ígor;.4 f.p7.4'fz-c4 ®p. 411 -412).
PortoJuegre:Ájmed.
Miotto, E. C. (2011). Neuropsico]oSa: conceitos fimdamcnta].s. In Mjotto, E. C., De Lucia, M. C., Scaf£ M.
NeuTopiícoloüdeds-m±g]fice5comdJn!"ociências(pp.ffl).
Miotto,E.C.(2011).Avaliaçãoncuropsicológicacfmçõescogiriüvas.hMÍotto,E.C.,DeLucia,M.C.,Scaff,M.
NeuToP5icobütdedJin£eij;dce5mmaJneiÀrocíêncid5®p.5J).
Nütchell,|.P.,BaflaiLMR.,Macrae,C.N.(2005).1hcljflkbetweenSocialCognJ-úonandSelf-ret-erenti-alThought
intheMedjalprefrontalcoi.tex./oz£77244/}/Cog7#Tfz.Ü£Ncz#oícz.c7zcc,Autm,mst,Vol.17,No.8,Pagesl306-1315
Mordmer,J..A.,Ding,D.,Borenstein,A.R.,DeCarli,C.,Wu,Q.G.Y.,Zhao,Q.;Chu,S.(2012).ChngeshBraifl
Volume andcognition in a Randomi7.edTria]ofExerciseand Social lnteraction in a Communiq7-
Basedsamp]cofNon-DeínentedclrineseEldei.s./oz£772tzÁojT54Áz/?#.772c7+Dz+czzfg30-757-766.
Muszkat, M., Meuo, C. 8. (2012). Neuroplasdcidade c reabi]itação neuropsicológica. h:Gomez, ].A c
coÀdi]or2iior€s.R;dbilítdçá;neu;opsicológi4:dborddgcmin±erd;íscipHr]'ifinmod£losconccitudiirifipi.tiicdclínicd.
®p.56-70).PortoAlegie:Artmed.
NicoleHs, M. (2011). Beyond Boundaries: the new euro science of comectj-pgbrains with maéhines -and how it
ufllchangeourlives.-NewYork:TjmesBcx)ks.
Ogden, J. (2003). Some problem" witb social cognjtjon models: A pragmatic and conceptiial analysis. f7g4/£/7
sth:cÉà,,,íc¥yecoToc,=á=xu,csí,::oíAb:E=jí:]=c:et=á.5a¥¥op7íomovaaDCuo=_±m_d_o=P_::
Alzheimcr:possi'vclpai.üdpaçãodafosfoljiaseA2.R~àfzcÉprz.g#Z4Z7.ázcrz'%.m,37(2),73-80.Rcdradoem
2;óN2|2!fJT3>r=rrL
:F,:`:Ío;u::2:Íos;::c:;;í:;:Í,yíí£¥:j::;zcÍ,:*;¥Í:,z::]cg£aí;íí§Íj;:t:ííju:íá:í=`::,,5::n:t:3sg::rnnoR:`cppoenrçscosn::,:aedcs::::
Ê#.wüRw`.::-]íefi:.br`/`pd?7rz=9f¥;:£';Z;4„Ío:isgsfl" 78-85- Rctjrac]o em O9/o4/2oi 4 em
V}Jgotsky, L. S. (1984) A formação social da Mer)+c. São paulo: MarÉns Fontc:s.
Fecbaderecepción:23-08-2013
Fc:cha de aceptaciór`: 21 -04 -2014
PERSPECTrvASENPsicoLOGÍÀ-voumü.V.020H-(PP.33"
•|m*..LT'WF-T:l.<`r -`\ -`.-+ 1-` .`.\---l*í...
:?`---`. ` ```. ` ```` `` `._ `;` `:;,`:`,..:.;..; :`.` ..... `,```.`:```.`````,`` ```.``=`.```::'. :..` `.'``.
.í-¥ e E aB Ç #ü¥, 6r.p g:3±.à#? __."m,,:gLíj;€..._
AuiA g
#IeuropsicoLQgia do sóno
e seus transtomos
i{A:TI E f\JI 0 RAES D E ALM 0 N D ES
regulares no tempo -associado à hora. Essa menores do que 20 horas, que ocorie du_.
característica o d.efine corio um rz-f77to Z7z-o- rante. a fase de sono .e que é repres`entado
Zo'gí-co círcczdz-cz7io, porque sua fase (riomen- pela altemâúcia de -dois periodos: sono de
{o em que aà'ontece a expressão de uin rit- ondas lentas e sono paradoxal (Carskadon
mo) .é associada às 24 horas de um dia. É & Dement, 2011). 0 soh-o dç ondas lentas,
regulado i)or um sistema de temporizáção ou de `<movimento.não rápido dos olhos"
circadiano (STC) que envo.lve um conjun- (NREM, do inglês 7io7? 7tzpz.d£j/e 7#cJve777€7zf) ,
to de estruturas e mécàiiismos capaz de ge- é cafacterizado pela ausênçia desses movi-
•rar o ritmo circadiano endogenamente por mentos, pela diminuição da fiequênàia res-
.'''
peio de uma esç.¥S¥tura nçural: o núcleo su- pii-atória e cardíaca. ç. pela diminuição do
praquiasmático (NSQ) + 0 NSQ é.ieconhe- tônus muscular. É.subdividido em quatro
cido como `o prííiéipal mai.ca-passo neual estágios, sendo que os dois últimos corres-
dos mamíferos e como um sincronizador pQndem ao sono profindo. Ocupa 75% do
intemo que periite diferentes níveis de si- tempo total do sono. 0 sono REM, ou de
<tmovimento rái)ido dos oHios" (REM, do
multaneidade entre os ritmos fisiológicos
donossoorganisirió.Alémdasincronização 5nglês rapid ye.mwement)> por sTLa. vez> é
do NSQ, o STC tem o a.i+?Élio de fotorrecep- caracterizado p or uma intensa atividade re-
tores e vias sincTóniza.doras que conduzem gistradanoeletre.ncefálograina,seguidapor
a infomação do àcló claro-.escuro ambien- flacidez e paralisia fiincional dos músculos
tal, s.incronizando (mant€iido relação de esqueléticos. Nessa fase, a atividade cerebral
fases éstáveis) o ritmo de sono e vigflia ao é semélhante à do estado de.vigília, por is-
ciclo ambiental das 24 horas. Essa organi- so o sono REM é também denominado co-
zação entre as pistas ambíentais e o ritmo mo sono paradoxal. Nessa etapa, a atiridade
possibflita a organização temporal exier- onírica é intensa, sendo sobretudo sonhos
na. 0 STC tam.bém conta. com o auxílio das (Carskadon&Dement,2011).
vias de saída que conectam os marca-passos
centrais aos órgãos .efetores, podendo exi-
bir uma oscilaçãó circadiana autossusten- à RELAÇÃO SCMC~CSGNiçÃO i\!ÃS ..
tada e sincronizada ao marca-passo central D!FERENTES FASES D0 DESENVSLV]MENT0
por meio de vias neurais, mantendo a or~
dem temporal intemà, em que os ritmos de Após a caracterização do ciclo §..óno-vigí-
.,1
sistemas e órgãos de um organismo maii- üa, é adequado destacar que sua o.rganiz.a-
têri relações de fases estáveis entre si (Al- ção modifica-se consideravelmente ao lon-
mondes,.. 2007; Yoo et al., 2004) . .go do desenvolvimento do indivíduo, assim
çAlém do controle circadiano, o sono como as pistas témporais do ambiente que
é regulado pelo componente.homeostático, sincro.nízam esse ritmo não permanecem
que é definido coino o aspecto. da regula- igualmenté relevantes ao loEgo da vida. Na.
ção do sono dependente da quantidade de Tabe]a27.í,desàevem_s.easpríncípaísmu_
sono e vigília. Os controles cii.cadiano ho- danças ontog.énéticas relacionadas ao pa-
meostático aumentam a propensão ao sono drão de sono-rigília e seus s.incronízado=
quando há restrição de sono res. Essas transfgrmações são
e reduzem-ria em resposta ao iinprescindíveis para. estimar
excesso (Achermann & Bor- as repercussões .das altera-
bély,201l).
• 0 processo uJ.tradiano ções .de sono. nas dimensões
neurocognitivas e cómpor~
é o terceiro i.egülador, cori tamentais em cada etapa do
periodicidade em iníewal.os desenvolvimento.
S¢}Sjs£'Ü=F¥iEiü"árÊi5H!F-¥?]!}£
Neuropsicoiogia 335
TABELA 27.1
Mudanças ontogenéticas do rítmo do ciclo sono-vigília
Feto Os ritmos biol6gicos do feto estão sincronizados aos ritmos matemos, por meio.das
substâncias que chegam até ele pelo sangue materno.
tarde.
Sincronizadores: as atividades dos pais e a escola com suas demandas escolares e
horários.
Adolescência Tendência à sonolência .drurna, 8 à ocorrência 'do deitar e levantar tardios em função do
desenvoiviinento.buberal (ação direta.~oü indiretá dos hormõnios se*uais na sincronização
dos rihoà). , `' -
Padrão de sono-vigília irregular, com presença do "efeito sanfona" (efeito de restrição-
-extensão dQ sono, ou seja, sono insuficiente durante a semana e `prolongaúento de sono
.Dúr.gg.ã``õJá`e§ofiode7.,J9fior_as.
ldoso o,`comumar.`eàistribuiçãodeepisódiíosde,sono(co~c.hi-
!
diária re8u
Neuropsicoiogia 337
Polo-Kantola (2005) mostraram que indi- cujos efeitos são quase similares às mudan-
víduos de 58 a 72 anos são capazes de man- ças produzidas pela privação de sono to-
ter seu desempenho depois de 25 horas de tal, também explicam esse fato (Durmer &
privação de. sono. Já Waters e Bucks (2011) Dinges, 2005). A hipoxemia e a fragmenta-
relatam impactos negativos nas fiinções ção do sono contribuen} para prejuízos nas
executivás em decorrência dessa privação, finções executivas.
em espêcial em proces.sos de flexíbflidade Pacientes com insônia ezp erimentain
mental, memória de trabaJho, fluência ver- prejuízós no fiincionamento diurno, levan-
bal, resolução de proble`mas, capacidade de do, às .vezes, a estresse em sua vída pessoal
planejamento e p..çpsamento criativo. e trabalho. Poucos estudos têm pesquisa-
. J,#í.
do de forma objetiva os efeitos da. insônia
na Pg7or77Çcz7zcG neurocomportamental se
ARELAÇÃOENTRÍ`.-coa}]!çÃo comparada à apneia do sono, que tem si-
E 0S TRANSTORM`OS D0 SON0 do muito. mais avaliada. Os poucos estu-
dos controlados eristentes análisaram dé-
A cada 24 horas, um terço da po-pulação re- ficits neurocomportamentais em insones
lata algum distúrbio de sono. Pelo menos primários, com resultados contraditórios.
10°/odapopulaç.ão'sãodiagnosticadosclini- Um estudo com imageamento mostrou que
camente com algum tipo de distúrbio, sen- insones apr€sentam hipoativação das áreas
do o mais prevalente a insônia, seguido de corticais pré-frontais medial e inferior, si].-
apneia do sono e síndrome das pemas in- gerindo prejuízos nas fiinções execuüvas.
quietas (Partinen & Hublín, 2011) . Qúanto à atenção, há resultados contradi-
Alguns estudos epidemiológicoé mos- tórios relacionados a déficits atencionais,
tram que aproximadamente 43 a 48% da envolvendo seus subtipos, e insônia, assim
população em geral apresentaiii queixas como à memória operacional (Shekleton,
de insônia, mas apenas cerca de 6 a 10% Rogers.,&Rajaratnam,2010).
desses indivíduos atendem aos critérios Em relação à síndrome das pernas in-
de um distúrbio clinicamente classificado quietas, há poucas e contraditórías evidên-
(Ohayon&Reynolds,2009).Asíndromeda cias sobré déficits cognitivos, resiJltando em
apneia obstrutiva do sono varia em torno escassa literatura a respeito. Pearson e co-
de 2 a 5%. Dependendo da fáixa etária, es- 1aboradores (2006) observaram efeitos nas
se número pode se elevar (Partinen & Hu- fimçõ es executivas fluência verbal e tomada
.t)lin, 2.0 | 1) . A síndrome das pernas inquie- de decisão, após uma noite de privação de
tas apresenta prevalência clínica de 2 a 3°/o sono total em 16 pacientes em tratainento
entre adultos. monitorados com i>olissonografia. Gamal-
Corisiderando os efeitos dos distúr- do, Benbrook, Allefl, Ogmtimein e Eailey
bios de sono na cogiiição, dados da literatura (2008) reafizaram uma breve ba.teria pa-
mostram que pacientes apneicos exp erimen- ra avaliação de inteligência geral e fiinções
tam déficits na atençã.o (velocidade de pro- executivas em 16 pacientes com diagnóstico
cessainento da informação e memória ope- de síndrome das pernas inquietas e 13 in-
racional reduzidas), no tempg de reação das divíduQ.s no grupo-controle. Todos forain
tarefas e nas fiipç?es execurivas (Verstraeten monitorados em uma noite de privação de
& Gluydts, 2004). Déficits nas fiinções exe- sonó. Os .resultados mostraram melhor Per-
cutivas têm sido relacionados às álteraç:ões Jorfflcz7ice dos pacientes em comparação aos
no lobo ffontal causadas pela hÉpória (Bee- indivíduos do grupo-controle com restri-
be&Gozal;.2002).Afragmentaçãodosono, ção do sono.
-_--¥:F--i---
CONSIDERÃçCES F]}iAIS
Boscolo,R.A.,Sacoo,I.C.,Antunes,H.K.,Meno,M+
T., & Tufik. S. (2008). Avaliação do Padrão de sono,
atividadefisicaefiinçõescognitivasemadolescentes
De forma
----. `._---_ geral,
0___) considerando
__-__ ---- _-_---___- - o estud
_
escoLaies. Rerista Portuguesa de Ci.ência e Desporto,
dteraçõesdesonoeosprejúosnTe.¥ro|C08- 7(1),18-25-
nitivos e comportamentais nas diferéntes Carskadon,M.C.,&Dement,W.C-(2011).Normai
etàpas do desenvolvimento e/ou nos humansleep:Anoverview.InM.H-Kryger,T.Toth,
túrbios de sono, perce.be-se que essa & W. C, Deme:"t (Bds.), Principles.an4 Prac±ice of
é relativamente recente, merecendo 5Zeep 77iedf.c2.7ie (5th ed., pp. 16-21)-Philadelphia:
dos controlados. em fiinção das variáveis Elsevier S aunders.
confundidoras e das discussões teóric Dessefles, M., Vu, T. D., .& Maquet, P-(2011) . Func_
avaliação. Além disso, os testes F:uro~Pi üonalneuroimaginginsleep,sleep.deprivation,and
steep dísorders. Handbook of Ctinical Neurology,
lógicos não são sensíveis para detecçãó das
98, 71-94.
flutuações cron.obiológicas, o que po erla
Doi.an, S..M., Van Dongen, H. P_, & Dinges, D. F.
explicar parcialmente os resultados co tra-
(2001).Sustainedattenüonperformanceduringsle.
ditórios. epdeprivation:evidenceofstateinstabffity.ArcJiz.vgs
ltaliennes de Biologie, 139, 2,53-2.67 .
Dorrian, J.; Rogers, N. L., & Dinges, D. F. (20o5).
REFERÊNCIÃS
PsychomotoT vigíhnce peTforma.nce: NeuTocogri±ivé
cB5czyse7i5i.fi.i;efo5Ze¢Zo5s,NewYork:MarcelDekker.
Achermann, P., & Bort>ély, A. A. (2011). Slee ho-
b
Dprf.gov.br. (2013). Recuperado de http://www.
%eyogs::sis_aTn.dthT:d*::fàl:empernettEadt:_o,?-pl,:#= dprf.gov.br/Portallnternet/index.faces.
-Dumer, J. S., & binges, D. F. (2005). Neuocogni-
andpracticeofsleepmedicine.(5ÜLed.>pp.43 444)
Philadelphia: Els evier Sa.unders. tive consequences of sleep deprivation. Semí.7iczr5 Í.n
NeuTology, 25, L17~L29.
â|.too_l:,mpi,.FaTp:(si.T;).fz::pad:,pT;it?oo:,tF.,]:i-àv: Gamaldo,C.E.,Benbrook,A.R.,Allen,R.P.,Ogunti-
performance, and hormone therapy in pos eno- mein, O., & Earley c. J. (2008) . A fiirther evaluation
pausal women. Meízo#Pcziffe, J2,149-155. of the cognitive deficits associated with restless legs
Almondes,K.(2007).Quatidadedesonoequa|idade syndrome (RIS). SJeep Medz.ci.7ie, 9(5), 500-505.
de.vida em tTabalhadores suhmetidos a d Gruber, R., La.violette, R., Deluca, P., Monson, E.,
:Z[rz+%7fce; Comish,K.,&Carrier,J.(2010).Shortsleepduation
isassociatedwiüpoorperforianceonlQmeasures
in healthy school-age children. Szgep j\4edt.cÍ77e, JJ,
289-294.
Babkoff, H., Zukeman, €„ Fostick, L., & 8. Killgore, W. D. S, Balkin, T. J.., & Wesensten, N. J.
(2006). Impaired decision-making following 49
í2eopon5?à:g:d.:fgcehdoiü=t::?go=dde:;uhd:Í:lee:: bo\irsofsteepdepr±va.tíoiL.JouTnalofsleQResearch,
Journal Sleep ReseaTch, 14, 7 -15 . J5, 7-13-
Killgore,W. D. S. (2010). Effects of sleep deprivation
orLcogn3:tion.ProgressinBminResearch,185,L05-L29.
Murillo-Rodriguez, E., Blancocenturion, C., Ge-
iííi::;::::::Éte;£Ía:Ê:`o::;:cíiot:jffgã:àivií;:iíai rashchenko> D., Saliri-Pascual, R. J., & Shiromani,
déEc.i.ts.JournalofneuToscience,11>L-L6. P-J.(2004).Thediunalrhythmofadenosinelevels
Bixler, E. (20Q9). Sleep and society: An epíd in tie basal forebrain of Young and old rats. Ngt/-
7.oscíe7zcÇ J23, 361-370.
gicaJp.ers;ecfiv;-.s7eá-MeJ`-Ç1.#f37`o(Supàll,`!3-S6.
'3H#HF""¥?-ÍF9fi¥qFtF?=
mmlE m
aÊNaA psicoLÓGicA 303
Aquantidadedetempoqiieaspessoàsgastamcomendoérivialsecomparadaàquanüdadede
tempo qúe passaip domindo, im comp.ommento moÉvado que ocupa q.uase um terço da nossa
vida.ÁpessoamédíadQmecercade8.horaspornoi[e,emboraexistaTimatremendavariab.ffda4e,
taii.to em temos de difereriças indiriduaís como em temos de idade. Os bebês dormm a.naior
paitedodía,aoi)assoqueasi)essoasmaísvelhaspodempredsardeapemsalgtmashorasdesono
pornoíteAlgTBadultosrdetanpiecisarde9ouiohoràsdésonoparasesenÉreindescansadbs,
enquantooutrosprecísamdeapenas1ou2horas.Umaenfemeiraaposentada,aSrta.M.;rdatou
domírapenas1horapornoíte.Tàlvezcomoosi]esquisadoresqueestudaramaSrta.M.,vo.cêadie
Íssodífi'ddeacredítarMasdepoisdeiiassarduasnoitesinsonesenumlaboratóriodosorio,apa-
rentemente devido à excítação, da dormiu por apenas 99 minutos na teréeira ngite, acordand.o
renovada,alegreedieíadeenerriOffeddis,1977).Im£gínetertodasessashorasexüpsdetenpo
]Íwe!osonosedácoriomeospria'pÍosgeraisdamoÉm¢odÉmüdosaLteriomffltenesteapftdo:
a sonolência. dírige una à¢o específica. (domir); você doime até não precisar mais; qiianto maís
prívadodesono,maissonolentovocêsesente.MasosonodiferedeoutroscomportamentosmoÉvado5
1'
no senüdo de q.ue dé dqjge as pessoas a passar o tempo apar.en[emente não realizando nenhiima
aÉvidade.Mas,enquantodo][irios,nossocérebroe.outrosprocessosfiriolóãcosestãobastan[eaÉvos.
0sonoédaramentemtomportamentoÍmpor[ante,dadaaq.uanÉdadedetempoqueaspessoaseos
animais dedicam a elE. Confome vrios na abertura dçste capmo, Randy Gardner descobriu qHe
podeinosadíarosono,màsnãopodemosadíá-loÍndefinidamente.DadoqeosofloocoHeemtodosos
arimaís,amaíoriadóspesquísadoresacreditaquedetemdgtmpropósitobiolóÉco.Entre.tanto,como
veremos,aindanãoestátota±mentedaro,nopresen[ç,exatamemporqugosonoéiHiportante.
Quandoestamo;adomeddos,onossoéérebroconhuaprocessandoinformaçõ.es.Aspessoas
quedomemcomanimaisoucriançastmdemariorolarpordmadelEseasfixíá-Ios.Amaioriadas
pessoastanibéinnãocaídacaniaenquantodome,o.?Tieindicaqueocérebroaíndaestáciente.do.
ambíente,talconodaposi¢oidaÉvadabeírada.da.'çama.NaveidadçH}esmoq.uenãoesteja]nós
conscientesqüandóadomeci-dos,nossamenteaíndaesrifimcionando,ana]isandoÉerigos.potenci-
ais, controlando movrienros coporais e mexendo i]ar[es do coipo paia maxiinizar o confor[o. A
diferençaentreosestadosdesonoe.vigfliatemtantoaverco.maeperiênciacomcien±equantocom
processos bíológicos.
Aiitesdadescobert:ademé[odosobjeúvosparaavaliaraaÉvidadecerebmLamaioiíadasi)es=
soasacreditavaqueotérébroiadomírjüntocomorestantedocopo.Masainvençãodoelet[oen-
cefflograma aEG), -iri}a Ínáqiína qpe mede a atíridade élética do sístema nervoso, revdou que
mita coísa aconrece nó £érebro duante o sono. 0 Íàto de exisÉrem díferentes estados psicofisí01ó-
gicosdTanteosonç.foídéstri[oj:orioTmadas.maioresdeçcobeitasÍnicíaísdaneiHoíênciaHgb-
son, 1995). Quandõ ás pesso.as estão acordadas, os neuônios em seu cérébro estão exffemamente
ativos,coflfomeevidmciadgpoisiÉaí§ceràbrais.brevés,fieüüéÊt:tes,dessincronizados,conhecidos
comoonda5bgtfl(Figuia9.17)_Quando.aspéssóasfediamosohoserdaxam,aaÉvidadé.cerebial
ficamaislentaemaissricronízada7impadrãoqueprodtEondasaz/a.
. `. ` -, ` .,,._~.:.
clÊNaA psicoLÓGicA
2. Nunca. bebá álcool ou cafeína logo àntes de jr paía a`cama. 0 álcool pode ajudar e adoüecer
maisrapidamente,masvaiinterferirnó5euddodesono-efazertomqTevocêacordecedono
dia seguinte.
3. Exera'cio regular ajudará os dclos de sono, mas não faça é*era'dos iriediatamente antes de ir
dormir.
4. U5e a cama apenas páía domir e para ftzer5éxo. Não fique na cama lendo, comendo ou
assistindo à televisão.``
5. ' Relaxe. Não se preocüpe com o futuro. Tome um banho quente ou e5cute música tanqüilridora.
Apíender técnicas de' relaxamento, como imaginar que você está na praia, com o sol áquecendo
suas co5tas e se irrad,iando para as mãos, pode ajudar a lidar corn o estresse crônico.
6. Se você 5ente dificuld.ade para doímir, Ievante e faça.aiguma outra coisa. Não 5e obrigue a ficar
` deitado/.a tentando pegar no sono. Lembre que uma noite sem domir não vai afetar mu.fto o seu
desempenho, e a preocupação com como você será afetado/a pelo não domir só tom,,a ainda
mais dffía.l adormecer.
excitação nos genítais, com a naíor i)aite dos homen; de todas as idades tendo uma ereção e as
mulheres exp erienciando ingurritamento clitoriano.
Aími]ortânciapsicológicadosonoREMéquecercade80%dotempoenqueaspessoassão
acordadasduranteosonoREMelasielatamsonhaiemcoinparaçãocommenosdemetadedotem-
po driante o sono nào-REM (Solins, 2000). Gomo veremos a segiri5 os próprios sonhos são muito
diferentes durante os dois tipos de sono.
Nodecorrerdanoite,ocidodesonoserepetç,comprogressãodosonodeondalentaparao
sonoREMedepoisdevoltaparaosonodeondalenta.Comaaproximaçãodamanhã,ocidode
sono fica mais curto e relatívamente mais teinpo é passado no sono REM (Figura 9.1). As pessoas
também acordam brevemente muitas vezes duiante a noite, mas não lembram ao acordar de
manhã. Confome envelhecein, as pessoas i)odein ter maior díficuldade em voltar a adomecer
dépois de acordar.
Porquedomimos?Podeserperigosodesligar-sedomundoextemo.Noriimo,pareceuma
Enome perda de tempo,. um tempo qué poden'amos gastar de maneiras mais produÉvas. Mas as
pessoasnãoconseguemdominarindefinidamenteodesejodedormirocorposedeslíga,querquei-
ramos, quer não. 0 sono deve ser uma coisa importante, pois quase todos os aflimaís domen
Algms aniri apresentain esülos de dormír suipreendentes. Algumas esi]éeies de golfirihos dor-
memoso]iomí-hgmk/e'rico,emqiieoshemisférioscerebraisserevezamdomindo!Ospesqrisado-
res aínda não sabem exatamente por que os animaís domem, mas há três eplicações gerais para
descreveraadaptaüvidadedosono:restauação,cidoscircadíanosefaciütaçãodaaprendizagem.
1.|. 2 3 4 5 6 7 8
FE&URA 9.18 Estágios do 5ono no Horai de sono
decorrer da noite.
parece qu€ o sono pe rn] ite que o cérebro refaça os depósito.s de glicogênio e fortaleça o sístem
imune (Hobson, 1999
Numerosos estud ;ls de laboratório examinaiam os efeitos. da privação do sono sobre o desem-
:::ngv:icoodeecsoo¥:#o=c:eànflçteon:o=r:nat:,o:::oc::ada,:ae:raddo:tiqceas::borià:::::ioouc:âgv:
::sto::f:qcuo::1=pffi..sFv:|:tummto#¥:et=%ff=bcoeT:Êi:sdoeupcà:.Tsspq±:dd:ã:¥::pmTsaffdoo:
uma ativação aumentada no córtex pré-fiontal, sugerindo que algumas regiões cerebrais podein
compensar os efeitos da i)rivação(DrummondetaL,2000).Noentanto,quandoseüatadepén'odos
muito longosj a i)rivaçãõ de sono acaba trazendo problemas
__~---_-r-~-^--~`, de humor
-`-+^.-LLLU^ e desempenho cogniüvo.
` `+`+jLLLl+llLII.l\; l\jõLiLii.yu. Na
L\a
:In:adíi:ea:Íijae;p::ql:,::-#;Íedíio;a:::e`toi;::m:Íe;;rid'Íncv::::iÊ;::;::;od;ed::g;tí::iu:Í:u;Íj;;:m;
microssonospodem levL a resultados desastrosos se a pessoa esüver dirigindo ou realizan¢o tma
tarefa p erigosa.
Interessantemente, aprivaçãodesonopodeteruHipropósítomuitoúffl,queéajudaraspesso-
as a superar a depressã ). Na última década, sugiram evidêncías consístentes demonsüando que
privar as =ffsaofsepdreeps#dN: de sono às vezes alivía a sua.depressão. Esse efeito i)arece ocoÉer
Er=effadpr:::çãuoÉea:oinop±a=t=aadae:::::ãooa(=ne:Í:à?edtoà.:e|C;;;;:ffdeseràtonha'como
:ee:'teo:e¥L=::q:'se:tá:s:esiaoâ;p:r:.I-£st:ff:i.T;:aí:i::::pÍ;e:::p:Í£oídd::me:níoq::a:dí-õ:;ap:f"m:::;
passo que os grandes apímais vulneráveÉ a ataques, como as vacas e os veados, domem pouco.
.Animais grandes que ão vuheráveís, como os leões, também domin bastante. Depoís de
riatarumarimd,-m ode dorinir durante dias. Os humanos, que dependem muito da visão
i]ara a sua sobrevivên aptara]n-se para dormir à noite, quando a ausênda de luz os coloca em
possível perigo.
Facili{ação da apr agem Foi proposto que o sono pode ser importante por.estar envol-
. vído iio fortaleciment conexões neuronajs que fimdonam como a base da aprend-zagem. A
-----:.:*
aÊNclA pslcoLÕGICA 3o7
idéia geral é que os cricuitos que descarregaram ji]ntos dimiite o pen'odo de vifflia são consolida-
dos, ou fortdecidosj durante o sono (Wflçon e MNaughton, i994}. Robeit Stid{gold e colaborado-
re§(2ooo)rea]izarariuriestudoemqueosparicipantesprecisavamaprenderumatarefàcomi)lexa
de discrimínação visual Eles descobriram que os sújeitos só melhoravam na tarefa quando .tinham
dormidonomínimoseishorasdei]oisdotreinamento.TantoosonodeondalentacomoosonoREM
parecem ser riportantes paia que a aprendizagem aconteça. Os pesqiiisadores argumentaram que
aprenderatarefarequeriamudançasneuonaísq.uenomalmentÊsóocoiremduranteosono..Embo-
ra a aprendizagem certamente i)ossa ocorrer na ausênda de son.o, o sono parece ser um momeHto
eficiente para a consoüdação da aprendizagem. Na verdade, algiimas evidêndas indicam que os
aluiios têm mais sono REM diirante os pen'odos dÊ prwas, quando esperaii'amos uma maior conso-
1idação de Ínfomações (Sriü e l,app, 1991) .
0argumeiitodequeosono,epedalmenteosonoREM,promoveodesenvolvimentodedrcuitos
cerebraísparaaaprendizagemtambéméapoiadopelasmudançasnospadrõesdesonoqueocoiremao
longo do curso de vída. Os. bebês e as crianças peqüenas, qiie aprendem ma quanüdade ricn'vd de
coisaseini)oucosanos,dõmemmaísetambémpassamamaiorpartedotempoemsonoREM.
-.*i..
~-_
-_-----_
:ot:::os::o¥:;ÉT;£dv#!d:::=fíiíomis;ffq¥m¥:oiiãíaÉía:;fffí¥ÍÍoos==á;Í:e:i
¥:d!a::=:iaj:ori:oosj|:o:mi=q::e:;àq:Ni:d:[;àpeiri];:ia::Ísãs:opi:o:s::s:::Éeosí:i;:eat:ie!:
fazer isso, especiah tentando escrevê-lQs assim que acordarem. .
Os soiihos ocom tanto no sono REM como no não-RER4 einbora os conteúdos do soiiho
sejam diferentes nos i:oi]
tiposdesono.Ossonhosnão-REMsãogeralmentemuitosémgraça,coHio
decidir que roupas usar u i)eDsar em tomar notas na aula. ET contraste, os sonhos REM sáo gerd-
ment:e muito bizarros.. E1 envolvemintensaemoção,alucinaçõesvisuaiseauditivas(masiaramen-
pqffl . + .-.`.,_ ^
clÊNaA pslcoLÓGlcA
àoés:o£so.s,p.od£o:o.¥se.!i=;:oencoem¥t
controlados por diferenf,és sinais neurais
(Solms,2000).AaÉvação..dedfferentesre-
gíões cerebrais diirante o sono REM e não-
REMpodeserresponsávelporseusdfferen-
tes üpos de sonho. 0 conteúdo dos sonhos
REMéoresultadodaaÉvaçãodeestrutiiras
cerel)rais associadas à motivaÉo, emoção e
recomi)ensa juntamente com as áreas de
assodação visual. Esse loop fechado pemi-
te que os centros de emoÉo e as áreas de
associação vi"a] no cérebro interajam sem
auto.consciência, i)ensamento reflexivo ou
ínpH[ do mmdo exterio.
\
0 que os sonhos 5ígnificam? Sig- FEG!J8Ê#. 9.2q Padrões de ativação rinzando-se PEr, comparando 5ono REM com sono de onda
mundFreud,umdosprimeriosteó.ricosim- lenta e vignia. Observe que existe maíor ativação mdicada pelo amarelo e pelo vermelho) nas regiões
límbicas durante o sono REM do que no 5ono de onda lenta. Tambérn existe menor atrição (indicada
portaiites dos sonhos, argumentou que os
sonhos continham um conteúdo escondido pelo roxo) em grande parte do córtex pré-frontal.
Hipóte5e da ativação-síntese O p.esqirisador do sono Alan Hobsón propôs uma ínfluente teo-
riaque.temdoHiínadoopensameiifosobreosoriarnasduasúltimasdécadas.Ahipótesedaativa-
•çáo-síntesedeHobsonpropõequeaesÉmulaÉoneuraldaponteaÉvamecanismosquenomalmen-
;ó-.hnhà',§i'ffi
te inteipretam o Íripü visuaL A mente adomecida tenta dar sentido à descarga neuon.àl aleatória rç3-_q,?ip,.3
sintetizandoaaÉvidadeaparentÊnosneurôniosvisuaisemotorescommemóriasamazenadas.Dessa
perspectiva, então, os sonhos são ep#7ionieridri - eles são os eféitos colàteraÉ epeiiendados dos
i)rocessos inentaís. Hobson e colaboradoies (2000) revisaram recentemente o m.odelo de aÉva¢o-
shtes.eparalevaremcontaad)adosrecentesdanetirodêndacogniüva.Porexeini)1o,elesÍnduriina
aÉvaçãodaam'gdalacomoafontedoconteúdoemocionaldossonhosepropuseramqieadesaüvação
doscórücesfiontaiscontnbuiparaoapectodeliranteeflógicodossonhos.Por.suanatureza,ahípóte-
sedaativaüo-síntesetemmrisavei.comossonhosREMdoquecomosnão-Rm
GAZZANIGA e HEATHERTON
1
;íao;l.udg:a:;q::qfiuio:s:s:;Íovísm:::o¥o;;|:;tg:e::p:r!i:ff:Sf:P::üm;.:i:Pã:¥eaa::gb:refju:Í
:eiaatsaed::P;:Íffi¥ffi¥'!:v::v¥:méoç:rn¥:£:s::oS±:ç:°mneadTed.aQ=:d:d¥,°É;ó::Sas:eT::
evoluüvadeameaça-ens±o.Osonharestáassodadoàativaçãodeestruturasmicas,comoaam'g-
:¥:Lq:e::b£esaã;aj:£ffeÉu:adoriTac:naü:opse=dee:g;eo:[o#géoTpffià,:,d::%:sst:=pt:,n:::
tramas i]assados. i
G®"€kusÃ
Amotivaçãoéaáreàdapsicologíaquebuscadeteminarporqueaspessoasapresentamcom-
por[amentosespecíficos.Émboraospsicólogosmotívacionaís,nopassado,tenhamfocadoexclusiva~
__-------_:
___ l__L J__ __ _
castambémperinítiram i]esquísadoresreexamínarquestõesimportantes,eiitreasquaiscomoos
instintos e impukos mo o comportamento. 0 crescente conhecimento sobre o cérebro possíbi-
lita um entendimento i] -------- `humanos
profiindo de motivos -----rv^`-^.``... t,UL
rii)or[antes -por|||`l+^rl.U,1`,1...\,
exeinplo, como `WLUesta-
Le;e=o;r:caego¥iooslóoíJ:eol?:àpc:ss'ocfm=deo=b:Toíae|ffiemãoemquepodemoscomoluou
EEBTUFms ®E€E®NÂES
C. G. (1995). Edthg dÉordeís md obesi.% A comprehensúJe Jimdbook New York:
:::?.Í:rTh:,É:-:,T:,T
ÍÍIÍ¥Í::(1:(;:;9í9;ií§#Í#Íjí;#Íí#gi:§fti;#;ÍE:;:gipN;Ce:#°:oflrids;:a:ü::[ag
:#,g,TF"-5¥?S,"q
=á=
GÀZZANIGA e HEATERTON
:nefeji::epnetâL:::#:onTa:ec:::oE#oet:-nhh::rmc:ÇT,:r,pe:tnr,:r:imo,!a:::f^oLiarTra_nnh+:"
anja. Confome o tumor cresa-a, empurrava seus lobos frontai5
para cima, contra topo do crãnío. Um gr.upo .de hábeis cirurgiões removeu o
tumorbenigno,ms,.aofazerisso,nãopuderamdeíxarderemovertambémparte
r'-+--:J_ _:`__._.__,_
do tecído circúnda te do. lobo ' frontal_
,,,. _ _
Embora a a-rurgia pareçesse a pn-ncípio ter
J ,_ __-_T__-_ _ rl`.\`=,rJ,\J \Ll
:e;j:pi::a%je;U;;erj§#e:tid;i;:e:Íj;jr;.i:s:'°!;i|:::i§`i:a=pe:X;r;j:e:id:::::::,;:g:Va:rnsãeo
::gà:u;ia::t:r;¥;:,::Tinti:r::aedáà:sa:ê:D::a::s:çJhn-:a;9:4ofs=::;:inc:o;;s,apm:,:dla::esqu,sa
' . , __ 1_'_-
de.Damasío mosü líint H'ma
Iíiot u-ma<án-a
série rJa
de fr`t^c-n^t+„rL`J_---__.__ _ ide corpos
fotos perturbadóras, com.o
gravemente fen-do e5cobn-u que nenhuma delas elía-ava nele uma reação .
emocional. Ellíot n xava de perceber sua faltà de emoção. Ele dízia ter
consc.iência de qu tos eram perturbadoras e que, antes da círurgia, ten-a uma
tesposta emoa-ona agora não t-i-nha nenhuma.
lmagine como a suà vída se você não tivesse quaísquer senti-mentos.
Como o pe 9 drôí,.de de jomaga nps Estreías:A próxíma Geráçá;,_à .
comandante Data, ser]-a um 5er rac]-onaí capaz de sensações, percepção, .
pensamento, mem omada de dea-são e assim por. díante, mas f}.ão sentjria
nenhuma emoção.
po. de v]-da sen-a essa? Para o5 seres humap.ás, toda ação
_ _ 5__
e todo pensamento _ r _ __€ _ '
oloridos por iieações emocíonai.s. Conform;;-yocê leu no
últj-mo capítuío, a5 oes são uma fon{e essena-al de motivação, ri..a medida em
que as pessoas pro objetos e aüvidades que fazem com que éjàs se sintam
bem, e evítam faze zer coisas que fazem com que se síntam maL As emoções
permeíam a vída h enquantó as pe5soas 5e apaixonam, têrn sucesso e faze.m
amízades, mas tarTi estão presente5 em episódios doíoro5os de que
3.
aÊNciA psicoLÓGicA 315
gostaríamos de 1ogo esquecer. Às vezes, as nossas emoções podem nos esmagar, emoção Sentimentos que
como quando nos sentimos estressados pelas demandas da nossa época. Quanto envolvem ava]iação subjetiva,
controle temos sobre os nossos estados emocionais? Este capítulo explora como as processos psicológicos e crenças
cognftivas.
emoções influenciam a experiência humana, incluindo de onde elas vêm-e como
são experienciadas, e também como as pessoas lidam com emoções negativas humor Estados emocionais
difusos e duradouros que -
esmagadoras.
influen-ciam, em vez de
interromper, o pensamento e o
compor[amento.
estresse Um padrão de
Asemoçõessãoumapartefiindamentaldaexperiênciahumana.Elasavisamdoi)erigo,criamlaços comportan}entais e fisio]ógicas para
entreaspessoas,trazemderiaàvida.Noentanto,elastambémpodemcausarproblemas.Aspesso- lidar com eventos que condizem
com ou excedem as capacidades do
asquesesentemexcessivamenteansiosaspodemsentirmedodeconhecerpessoasnovasouatéde
organismo.
sair de casa. Por milhares de anos, as pessoas refletiram sobre por que temos emoções e o que elas
fazempornós.Muitó;estudiososviamacogniçãoeaemoçãocomocoÉasseparadas,comaemoção
ocasiondmen[edoriandoarazãoefizendoaspessoasagiremdefomimpulsivaouinadequada.
FoisÓrecentemen[equeoscientistaspsicológicossededicaramatentarentenderasemoções.Pes-
quisasimportantesestãosendorealizadasemtodososnívekdeanálise,earevoluçãobiológicaestá
produzindoachadosmuimhteressantessobrecomoosprocessosneuraisestãoenvoMdosnaexpe-
riênciadaemoção.EstudosdecasodepessoascomoEllio[apresentamamplasevidênciasdopapel
deváriasregiõescerebraÉnaproduçãoeregulaçãodasrespostasemocionais,etainbém_decomoas
pessoas utilizam as riformações emocionais.
Quasetodoomundotmumsensointuitivodoquesignificaotermoemoção,inasessetemse
reveladoumconceitodmdedefinirprecisamente.Paraosciendstaspsicolóstcos,aemoção(ou
o d/€[o) se refere a senÉinentos que envolvem avaliação subjetiva, processos fisiológicos e crenças
cognitivas.Asemoçõessãorespostasimediatasaeventosambientais,comosercortadonotiânsito
oureceberumbelopresente.Convémdistingúaemoçãodohum.or,umavezqueasduaspalavras
sãoempregadasequivalentementenalinguagemcotidiana.0humorconsrieemestadosemocio-
naisdifusoseduradourosqueinfluenciam,emvezdeinterromper,opensamentoeocomportamen-
to.Muitasvezes,pessoasqueapresentamumhumorpositivoounegativonãotêmidéiadeporque
sesentemcomosesentem.Deacordocomalguiis,ohumorrefle[eapercep¢oquetemosdei)ossuir
ounãoosrecursospessoaisnecessáriosparaatenderàsdemandasambientaísOdorris,1992).Con-
fomeaspessoascomeçamasesentiresmagadaspelasdemandasdavida,seuhumorpodesetomar
negadvo e elas podem experienciar estresse. 0 estresse é definido como um padrão de repostas Ã.
comportamentaÉefisiolóÉcasaeventosquecondizericomouexcedemascapacidadesdoorganismo.
Estecapítuloconsideraprimeiroasfunçõesdaemoçãoedepoiscomoaemoçãoéexperiencia-
daeregulada.Nóstambémexaminamosasimplicaçõesdosprocessosemocionaisparaavidacotidi-
ana. Como as pessoas lidam com, ou manejam, o estresse (coping) tem implicações para a saúde
fi'sica e mental. Essas estratégias de copíTÜ são discutidas na seção final do capítulo.
=#mqt;:u7:'::::tilãlffft¥hãig;:Au.e¥greff¥fi;in:m:"gmãfff#:=:obiff:ug;D:Í
!ã:s:m:rafao;sodiei::àÉps:ó:já:=ffidp::i:oust;gí;;ãaí:d::e:Í::dq::à:eaT:gsooàf:coeua#:dffa
ção. Em um clássico esLdo realizado em 1927, Dunlap demonstrou que a boca transinite emoções
memor do que os olhos especia]mente para o afeto positivo (Hgura 10.2).
A manifestaÉo de emoçõesalteraocomportamentoemobservadores.Porexemplo,aspessoas
;iíF:oiq:u:eía:::;i:#ÍAfmíí*ÍÉõi¥ffE=::iijs;uÍoíiiji:Ííe:¥:si:cÍ:::Íâesí*;os:::
as necessidades dh
p:x;#Êspiic;imÉe;:ae;::a:eÉOÉe!Éi::ss:Ji:p:S:D:Í:¥:c:miÊ;ià:::ed#i:;:i::e:::
que idenfficassem respostas emocionais apresentadas
em fotografias de ezpressões facíaÉ. Eles descobriram
que pessoas de todos esses países reconheciam as ex-
i)ressões como raiva, medo, nojo, feüddade, tisteza e
suri)resa. Entretanto, podia ser argumentado que todas
as pessoas testadas. nesses países estão extensivamente
epostas às cultuas umas das ouúas e que a aprendiza-
gemgnãoabiología,i]oderiaseraresi]onsávelpelacon-
cordânciaculturalcruzada.Então,osi)esquisadoresvía-,
j`aiamparãumaremotaáreadaNwaGuiné,muítopouco
exposta a culturas de fora e onde as i)essoas recebiam
umaeducaçãofomalapenasmhima.OsnaüvosdaNova
Guíné foram capazes de identificar muíto bem as emo-
ções vístas iias fotos, embora a concordância não fosse
tãoa]tacomoiiasoutrasculturas.Ospesquísadorestam-
bém pediram aos paricípantes da Nova Guiné que exi-
bíssem certas epressões Íãdais; e]Es descobriam que
estas foram Ídentificadas por avalíadores de outros pai'-
ses num m'vel melhor que o do acaso O]ígua 10.3; Ek-
man e Friesen, 1971). Achados de i]esquísas posteriores
apóíamacongruêncíaculturdcruzadanaídenfficação.
de alguinas expressões faciaisj mais no caso da feücida-
FaGURA i®.1 05 bebês manifestam emoções.distínguíveis ê semelhan de.e menos com referência ao medo e ao nojo ülfen-
esàs
.manífestações faa:ais dos adultos, como (a) alegn.a, (b) nojo, (c) surpresa, (d)
tristeza, (e) beineAmbad)!2002).Algunsestudiososacreditamque
raiva e (f) medo.
os resultados de consístência cultural cruzada podem
-..#.-.-`.
aÊNaA psicoLÓGicA
:oÍ¥d:àãaostem:;=SqEàsm%oàõ:sr:ã:ffaddeeq:aí:
festação ajudam a eri.Éáar estereótii}os. cútiiraís, tais
como os dos estadupíd-enses como banilhentos e anti-
páücos,osbritânícosçómoffiosesemgraça,eosffan-
ceses como refinados e esnobes. Isso também pode (c)
eplicari]orqueaidentificaçãodeeipressões.facíaísé.
muito melhor denúo da mesma aritiri:a do que entre
ciiltuas Qlfenbein.e Ainbady 2002). .
Existem diferenças de gênero nas regi.as de ma-
nifestação que orientam a epressão emociori, ff-
i)eciahente i)ara sorir e chorai Geralmente se acre-
dita que as mulh.eres manifestam emoções mais
prontamente, ffeqüentementç, facilmente e ritensa-
m€nte do que os homens @lant et al., 2000) e as
evidências atuais sugerem que isso é verdade, exceto
. pelas emoções relacíonadas à domínação ÜaFrance
e Banaji, 1992). Eristem razões evdutivas para pen-
samosquehomensemulherespodemvariaremsua
epressividade emocíonal: as emoções maís esmifa-
mente assocíadas às mulheres são as referentes a re-
lacionamentos imrpessoais e a cuidados prestados .
FIGÜRA í®.2 Com base no dássi.co estudo de Dunlap das e*pressões faa.ais, es!às .
a outros, enquanto as emoções assocíadas aos homens .
fotos mostram que a boca, e não os olhos, tíansmite melJior as emoçõe5. As duas fotos . :
sereláçionamàcompetitividade,dominaçãoedefen-
supen.ores mostram o ro5to on.ginal expressando prazer (a) e tristeza (b). Na5 fotos inferiore;
sividade. Mas só porque é mais i)rwável qüe as mu-
(c, d) a5 metades inferiores do rosto foram troçadas uma pela ouba.
1heresmanifestememoçãoÍssonãosignificaqueelas
exi)erienciam as emoções mais Íntensamente. Eml)o- .
raasevidênciasgeralmenteindíquemqueasmulheresrelatamemoçõesmaísintensas,issotalvez
reflita nomqs societais sobre cono as muHieres deveriam se sentir (Grossman e Wood, 1993)..
Além djsso, na modema sociedade ocídenta| as mulheres tendem a articular suas emoções me-
morqueoshomens(FddmanBanettetal.,2000)-.talvezdevidoàsuacriaçãó-oquepoderia
eplicar süàs descrições mais rifensas.
Oscienüstasi)sicológicosestudarami]ormuítosanosproçessosco.gniÉvossemdarcoridérai..
ção a iirocessos emodonais. Estudos sobre tomada de decisão, memóriá e assim por djante forari
realízados como .se as i]essoas esüvessem a.valíando a infomáção de.um.à i]erpecÉva i)Hameri
racíonal,Noentanto,asnossasrepostasafeÉ`msÍmediatassuígemrái)idae.automaticamentç,colo-
rindo as nossas percepções no exato instante em .qüe ]iotamos um.-obje[o. Robert Zajonc saüenta:
"Nãovemossimplesmehte`umacasa',vemosumacasabo7iri,umacasaJei.a.oüiimacasa`prgfgnsío-
sc["(1980;i].154).Essas.avaliaçõesinstantâneassubseqüentementeorientamatomada.dededsão,
a memória e o comi]ortamento. -
`fL:.---
GAZZANIGA e HEAT
As emoções ajudam a memória As pessoas têm melhor memória para eventos ou estiinu-
los que produzem emoção. Pense em sua infância. Que memórias vêm à mente mais rapidamerite?
As pesquisas descobriram que as memórias pessoais mais claras e importantes costumam ser as
altamente emocionais. \Além disso, consideráveis pesquisas mostram que uma excitação aumentada
melhora a memóría ni}ina variedade de tarefas, em várias epédes animaís. Por exemplo, criar es-
tresseouadministrar`'d`rógasqueproduzemexcitaçãoemratosleuàfomaçãodemelhoresmemó-
rias (confome descri'tvó'.-ho Capítulo 6).
0 vi'nculo entre ériodonalidade e memória foi diretamente testado em um eperimento que
utilizou o procedimento de Z€nibmr/sab€r, em que os sujeitos são questionados sobre o reconhed-
mento de um item de um experimento anterior. Os sujeitos devein dizer se sentem qiie o item é
fàriliar, o que é um julgamento de sflber, ou se sua recordação do ítem é acompanhada por um
detalhesensorial,semânticoouemocional,oqueéumjulgaméntodeléíribrm.Esseestudodescobriu
quefotografiasaltamentenegativastendiammaísaseridentificadascomoitensde"1embrapdoque
as fotos neutras ou positivas (Ochsner, 2000).
Na maior par[e do sécu]o passado, os psicólogos pres[aram pouca atenção às emoções inter-
pessoais. Culpa, vergonha e sentimentos semelhantes eram associados ao pensamento ffeudiano
e, Ên[ão, não estudados pela ciêncía psicológica dominante. Mas [eorias recentes reconsideraram
as emoções interi)essoajs com base na necessidade evolutiva dos humanos de pertencer a grupos
sociais. Dado que a sobrevivência era mais fácfl para os que vivíam em grupo, os que eram expul-
sos tinham menor probabilidade de sobreviver e transmjtír seus genes. Segundo essa vísão, as
i]essoas eram rejeitadas principalmente por drenarem recursos do grupo ou ameaçarem a sua
estabilidade. Assim, os que tentavam enganar os outros, roubar parceiros sexuais ou levar vanta-
gem eram rejeitados. De acordo com isso, as i]essoas ficavam ansiosas quando apresentavam
comportamentos que poderiam fazer com que fossem expülsas do gnipo. A ansiedade, então,
serve como um alarme que motiva as pessoas a se comportarem segundo as regras do grupo
(Baumeister e Tice, 1990). Essa nova abordagem vê as emoções intepessoais como mecanismos
evoluídos que facilíüm a interação interpessoal, ajudando, por exemplo, a amenizar e reparar
transgressões interpessoais.
A culpa fortalece laços sociais A culpa é um estado emocional negatívo associado à ansie-
dade, teiisão e agitação. A experiência de culpa, induíndo sua iniciação, manutenção e evitaÉo,
raramente Íàz sentido fora do contexto da hteraÉo interpessoa]. Por exemplo, a experíêna.a de
culpa protoü'pica ocorre quando alguém sente responsabilidade pelo estado afetivo negativo de ou-
trapessoa.Assim,quandoaspessoasacreditamquealgoquefizeramcausoudanosaalguém,direta
ouindiretamente,elaseiperienciamansiedade,tensãoeremorso,oquepodeserchamadodeculpa.
A culpa, ocasionalmente, pode sugir mesmo quando os indívíduos não se sentem pessoalmente
responsáveis pela sí"a¢o negativa de alguém (como a culpa do sobrevivente).
Um recente modelo teórico de culpa apresenta os seus benefi'dos em relacionamentos htimõs.
Roy Baimeker e colaboradores (1994) afimam que a culpa protege e-fortalece relacionamentos
Ínterpessoais por meio de três mecanismos.-Prim-eiro, os sentimento§ de culpa ímpedem que as
pessoas fàçam cóisas que pr€j.udicariam seus relacionamentos, coino enganar os parceiros, ao mes-
motempoemqueestimulamcomportamentosquefor[alecemrelacioiiainentos,comotelefonarpaia
a mãe aos domingos. Segundo, as manifestações de culpa demonstram que as pessoas se importam
com os parceiros, confimando assim laços sociaís.. Terceiro, a culpa é uma tática de influênda que
GAZZANIGA e
I ___ _
t:iivÉTP:vÍszefÊàr::mqí:i:íÉ:¥
é a Ínfluênda predominante sobre as emoções morais, como a
_ _ _ _£
o carinho parental está assodado à maior culpa nas crianças,
s:g:%d:eq::àmmtimdednit:àd="±¥ugnedmo=a:àl,aã:sne=:Fvteoàs:ti::;:á¥d:-df:Fn,ÍoerimopTti:aa:
Embaraço e rubor 0 einbaraço é uin estado que ocorre nanirahente, tem base ecológíca e
s eventos sociais coino violação de nomas culturais, i)erda da i]ose fisica,
1996). Algumas teorias do embaraço sugerem que ele reti-
iijtg::n:Ííffiíiiít:ef:omfÉ
§§pÍ;:;:j¥Ê:í§Í:ííjpíeoÊdãíarqÉ¥íhe;duí::ÉjFjdíí¥ÍÍ;g:cÍ:ÍÍ¥Í:ÍjG§jffÉ;
Mark Twain diss e!:e|ftsa7V2ezà"=h.Oum.e=Í:rí:c.,a¥sdp:uáüpàaemab:¥dhoíio:dae::rit:â:ria';
Darwin, em seu lívro
"Têr::aõ.e::,osn::¥g|-=:s¥cdm:::::::gmeFuoea.o=bso:::.c::i:earnaí::se;e#stsgapa:âiààobqrue:
isr:H:a:::oS:Ímvie::s:É::i=ÍÉee:u::2Co¥;:Ceoemü¥üffin:uoeu::eos;oe:gã:,C:bá:eur:s=iamet#m:::
Íuá:(:o::Teffss;ià:ni:a:áDd:ãjmÉí=Íi?:íú:Ío:Tv:#Êcp:;s:a::effffl:é:Íepggns;::#eean:
reladonainentodelon!oprazoporquemantémospaiceriosjuntosaoindtarpaíxãoecompromeü-
:àí::;Íͧ¥#*;oe*g¥:Ígíí:Í;ãíd;eç¥:§í§;§e;t*:ͧ;;;:§ní::;
:::oolvpe=:nitíg:+É:i;inqàcg:;s=e:s=ffofo:.rFFo:e::eerieol:o:epso::nàçc:m:?:¢sçí:eciffil-?ff,
',:._,,
As emoções são /€rio7rigriológi.cas, o que significa que são subjetivamente experiendadas. Você
sabequandoes[áexperienciandoimaemoçãoporqueasen[€.Aintensidadedasreaçõesemodonais
varia; algumas pessoas relatam muitas emoções disüntas todos os dias,. enquanto oms relatam
apemsreaçõesemocionaisrarasedepoucaintensidade.Asi)essoasquesãosuperoumbemoÉvas
tendemaapresentarprobleinasi)sicológicos.Entreasprimeirasestãoaspessoascombimsto"do
hí7iorcomodepressãograveouataquesdepânico.Aspessoascomtranstomosdehumoreperim-
cíam emoções tão fortes que chegam a ficar imobilizadas.
No outro extremo, estão aqueles que soffem de aleritinia, um transtomo em que a pessoa
não eperiencia o componente sut>jeüvo das emoções. El]iot, citado iio Ínícío deste capítulo, sofiía
dealexí{Ímia.Aeplicaçãoparaotranstomoéqueasmensagensfisíológiçasassociadasàseinoções
não aüngein os centios cerebrais que interpretam a emoção. Lesões em certas `regiões cerebrais,
especiahente no córtex pré-fiontaL estão associadas à perda do componente subjeÉvo do himoL
FEffiuRÂ 10.4 . 0 modelo de emoção cle Jame5 Ru5sell e Lisa Feldmanl A figura de5creve um mapa queapóiaaprobabilidadedequeosafe~
tosi]ositivosenegaÉvossãoindependen-
a.rcumplexo da estrutura das emoçõe5.
tes. Além disso, Watson e colaboradores
argumentam que a disünção entre ati-
vação positiva e negaÉva é adaptativa.
;:o:pãi¥a:e,:::h=±ior;eeoxn:gf:e:c:osà6P:=:o:So¥dü:Vp:1a#:(.n::ff:S:or:¥,aa:oãg;r;fEtaegqou=tao:omT::
ÍeiííffliíÉmã|leoií:jie::eiiíii:ff:;p;:s:Íigiídí¥Íisii¥nfosíãif
l_.i__ \__ _ _
díshtos que se tiaduz diretamente.mmaemoÉoepecífica.MaisouinenosmmesmSoca,uma
teoria semelhante foí i)osta independentemente i)or um psicólogo dinamarquês chamado Carl
Lange. Assim, a Ídéia que a emo¢o sentida é o resultado de perceber i]adiões epecíficos de
iepostas cori)oraís d a-se a teoria da emoção de James-I,ange.
Uma implícação teoria de James-Lange é que, se você molda os músculos fàci-aís i)ara
Ímitar um estado emo¢Íonal, você atíva.a emoção assocíada.. De acordo com a hipótese-do
J£friãncciafâ:ie:o;:::!:sn:op:rcosnfl:=:oJ¥Le=dl:e6s:àuasff=Írde:isaõ:àf:g;fa::a=ffacd.eiTu:
:¥reiiitíc;:ÍífÉ¥Ítu:s:Ésííiiíí:eídgaíí8,:0Í,::Íe::pijítsi:oIÍ:tndí,:ç|::Í
•+. ,gi, - |.ru`=7S+V"`st.
CIÊNCIA PSICOLÓGICA
gundo ou dois para responde[ Cannon também obser- subjetiva das emoções. É mais provável que a pessoa à esquer-da (lápis na boca) relate se
vou que muitas emoções produzem respostas vÍscerais sentir feliz do que a pessoa à direita (lápis sobre o lábio).
Teoria de
• dois fatores de
Schachter-Singer
FBGÜRA flo.7 As três maiores teon.as da emoção diferem Íião apen!as na ênfàse relatia na fi5iologia e cognição, màs {ambém em termos de quando é
determinado o estado emoa.onal.
Ínfomações ficavam éxdtados, mas não sabiam por quê. Assrin, eles procuravam no ambiente uma
r:mI:c:ç:ãi::s:j:d:e#É:r:aE.Íc:oii¥:::n:::;ff::oc;:o:cfspnh:c:?:::;is.rí:a:aom:;::_
vÍ::fnííoiíe:d|Íídí4stÊÍíf:Í:i:s¥fliijíj:Í:::Íaiío6;iáfv¥iíiíqíu:Ííi
estreitapontesusp€risaícomimcorrimãobaíxo,quesebalançavaoitometrosadmadeumacorrenteza
H
aÊNaA pslcoLÓGlcA . 325
velozdieíadecachoerisepedras(vejaaHgm10.10);aoutraeraumapontemodemae
robusta logo adma do rio. Um bda assistente de i)esquisa se aproxímava do homem e o
enúevistavanomçiodaponte.Elameda.vaseunúmerodetelefone.eseoferedaParame
epücarosresultadosdo.estiidoemumencontioposterioLDeacordocomateoriada.emo-
ção dos dois fitores, a i]onte assüstadora i]rodüziria +ma excitaÉo (ffotüQD que possível-
menteseriaerroneainente.aHíbui'daàenffeiristadora.NaverdadçfoiíssooqueaconíecetL
poisoshomensqueconversaiamcomaentre\ristadoranaponteassüstadoraq?resentaram
maisocomportamentodeteleftnarparaelaeconvídá-lapaiaimencontro.
Uma forma semelhante de atnbuição errônea é a transferência de exdtação
(ciroitsa[D,duanteaqualumaexdtaçãofisíológicaresidualcausadapormeventoé
traiisférida paia um novo estímúo. No pen`odo posterior a exerci'dos, i]or exemplo,
existe um lento retomo a uma Iínha base, durante o qual a i)essoa conüua com uina
As emoções 5ão afetadas por uma estruturação cognitíva As moções não aconte-
cçm em uin vácuo; elas são i)ar[e de um sistema psicolórico que inclü outias emoções, cognições e
comi)ortamentos.Aestruturaçãocog-
nitiva, ou a maneíra pela qual pensa-
mos sobre um evento, i)ode contnl)uir
i]araaintensidadedeumarepostaemo-
ciond, além de influenciar o rótulo que
colocaremoénela.CraigSirithePhoebe
`' Ellsworffl (1985) conclúam que os es-
tadosemocionaisvariampelomenosem
seis dimensões: {a) desejabffidade do
resultado, 0) ni'vd de esforço afltecipa-
do em uma dada situação, (c) certeza
do resultado, (d) atenção dedicada à sí-
tuação, (e) contiole pessod sobre a si-
tuação, e (f) controle atnbu'do a forças
extemas. Como exemplo, se o temado
de sua casa for amcado dtirante uina
tempestade e você aribuir a situação a
forçasextemas,provavehentesesenti-
rá tiste. No entanto, se você vri o resul-
tado como tendo estado sob o seu con-
trole pessoal, porque você não trocou o
quesabiaserimtemadodeffituoso,vai
sentir culpa e raíva.
Pensamento contrafactual As
pessoas-dedicam anos de suas üdas a
competir 'nas Olimpíadas, e cada aüeta
olímpico soúa em ganhar..tma meda-
1ha de ouro. Não surpreende que.aqué-
les que ganha]n.medalhas de ouro fi-
queri imensamente fefizes. Mas quem
você adia que seria o prórimo mais fe-
•FEGURA fl®.9 0s resultados do exper.Ímento de Schachter e Singer para testar sua {eon.a da emoção
1iz,oquegai]houanedaHiadeprataou
de bronze? Tdvez suipreendentemente, mo5baram qué a. experiêna.a subJeti\n de emoção era uma combinação da situação em que a pessoá estava,
os gaiihadofes das medalhas de bronze aa exdtação fisiológica da pflula esü.mulante. e de eles saberem ou não do5 supostos efeitos da pflula.
GAZZANIGA e HEATHERTON
Humor 0 humor é um método simples e efetivo de regular emoções negatívas, um mé!odo que
apresenta numerosos benefícios mentais e fisicos. Da foma mais óbvia, o huinor aumenta o afeto
posi.tivo. Quando encontramos algo engiaçado, sorrimos, rimos e ficamos num estado de excitação
prazerosa, relaxada. As pesquisas mostram que o riso estimula secreções endócrinas, o sistema imu-
ne e a liberação de homônios, catecolaminas e endorfinas. Quando as pessoas riem, elas experien-
ciam aumento de circulação, pressão sangüínea, temperatura da pele e batimentos cardíacos, junta-
mentecomumareduçãonapercepçãodador.Todasessasrespostassãosemelhantesàsqueresultam
do exercício fi'sico e são consideradas benéficas para á saúde no curto e no longo prazo.
#fiEaEÍçE5#pi#T#]<!€b"í+„k.|"y
As pessoas às vezes riem em situações que não i)arecem engraça.das, t.áis como velórios ou
enterros. De acordo com uma teoria, rir nessas situações ajuda as ijessoas a se distanciarem de suas
emoções negativas e fortalece suas conexões htepessoais co.m ouris .pessoas. Dader.Keltner e
GeorgeBonamo(1997)entrevistaram40pessoasquehaviamperdidóó-cônjugerecen[emente.Elas
descot]riram que o riso genúo dtmte a entrevista estava associado à saúde mental bosíÉva e a
menos sentimentos negaüvos, como o i]esai
Supres5ão e ruminação As pessoas cometem dois erros.comms quàndo tentain regular §eu
humor0i]rimeiroéasp7iffsõódop€ÍLsmenfo,emquetentamnãóreponderousentiraemoção..
Pesquisas de Daniel Wegner e colegas demonstiaram que suprimir qüalquer pensamento é exffema-
mente difi'cfl e geralmente leva ao e/eífo rebo£g, em que a pessoa pensa riaÉ sobre algima coisa
depoís da supressão do que antes. Assim, i]or exemplo, os que estão tentando não pensar sobre im
ursobrancoacabam.pbcecaáosporpensamentossobreursosbrancos(Wegneretal.,1990).Ariimi-
nação,osegundoç:iE,g,envolvepensarsobre,daborarefoc'alízarosp€nsamentosouserien[os
indese].ados,oquepíélongaohumoiAlémdisso,aiuminaçãoímpedeestratégíasbem-sutedidasde
regulação do humoi;-:.tais como se concentrar na solução do problema ou na distração üyul)omírsky
eNolen-Hoeksema,.l.995)-
A distração é .a..mélhor maneria de evitar os i)roblemas de supressão ou niminaÃo, pois ela
absorve a atenção e. ajuda temporariamente a pessoa a paiar de pensar sobre seus problemas. Ma5
algumas distrações saem p€la culatra, tais como pensar em outros problemas ou.dedicar-se a com-
por[amentosdesadaptativos.Assistiraumfilmequecaptureaatençãonosajudaaescapardenossos
i)roblemas, mas assísÉr a iim filme que nos lembre da nossa sítüação compHca¢a pode nos levar a
chafudar em angúsÉa mental.
L , :%¥gr*ij`£';Ê`*6iããã:ffi:É! . . . - . ..F¥.' .
::r::rff*£fi=q;cpffimneã:opsàs:=j#b:::ÉàMf::=e=Íà:n::lçi:apso:aK-=Pi:,':g:rit:e
__1__ __ 1 -
;:::íuse#=#m€aTài:,TFe:eahriàot:=ieapd=dea=eamÉniaee=dh::flft=±:iaàmvoegda:
ligar diretamen[e áreas cerebraís a fiinções emocionajs específicas (Figura 10.13). Em uma irônica
DETECÇÃO DE MENT[RAS
G-lGA e HELERTON
vridq as duas areas cerebris agora reconhecídas como ciudais para a..-íepo¢o não foian consíde-..
md"mútoímpoftttgporpapezouMacLeanElffsãoaami'd-daeo-c-óftJexorbitoftom-----
AmígdalaAamLdalaprocessaosígnificadoemocionddosesthúosegerareaçõffemocionaÉ
e comportanentaÉ Ímedíatas. Segundo Josçph LéDoÜx aíigua 10.14), o processamento afetivo na
L=':duú(Í9=,m±àeTeeusae#v::::I:"=wocl:Ébor£=£roigpàát¥adoapp.=gá_
ã::,agooí:aom:íg#cínmáffíuff:::olm=ffi=i±ieo:Bo:TÉdc;:iÉ-:do:m::e:d:enm¥o:n:i:ug
apresentam comportamentos hcomtms, como hipersemalidade e colocar otjetos denüo da boca, e
não demonstram médo.
Oshumanoscdmlesõesnaami'gdalanãodesenvolvenossintommmaÉgiavffassociados
!o:::::d;jÉao:Íeí:ubiiuíjuiisíft:ÍÍ:opíe¥;f;:fíí:e:o:::vje:o:o:tsji::¥:Íebir:e;eanp:vrooí::eía:gi:Íd;a
razoavehente bem+cedída e S.P manteve a maíoria de suas faculdades intelectuais. Ela ünha
iimff£:Éo.Ú:tudi£iiEàâo:a::Í:.::t:::oíodaà:eíÊtãvti:d:o::;iso::E:s:ÜL¥stimen:e:Éeip:e:;:deeà::o:
:;;;;oAií;:f;:ã¥L¥Íit=iiãsg=Íd:ai;gm::oÉTg|::s:e:T::p:enoitp=T=;aa,:uoi:dmf:F:¥a
__..^_ ___._ T_ ,
pouco maÉ lem, ma5 ]eu a avaliações ri deríberadas e cuídadosas. 0 material sÉnson.al viaja do
tilamo ao córtex sensoriaL onde a infomação é escrutinada
ri profiindamente aiites de ser transmítida i)ara a amíg-
dala. 0 pensamento contemporâneo é que o sístema mais
rápído prepaia o anímal para responder .se a vía maís lenta
confimar a ameaça.
I.embre que os eventos emodona*.apresentam maior
i]robabfi-dadedeseremarmazenadosmmemória.kivCam
e seus colegas argtmentam que isso ocoiie porque a amíg-
dala riterage com homôni-os do estresse merados duran[e
even[os emocíonaís que facfl-tam o aiinazenamento da me-
món.a. Estudos com Ímagçns cerebraÉ deinonstram qug a
ati\ridade atmenhda. da am'gdda durante um evento emoci.o-
ml está associada à memor memória de longo piazo para o
evento. Enüetan[o, nesse padrão existe uma diferença sexual
Ínteressante. Gam e colaboradores (2001) confimaram que
a memor memóría para filmes emocíomjs ]evava à maíor
ativaÉo da am'gdala esquerda nas mulheres e da am'gdala
djreita nos homeiis Oíigura 10.15). hteressantemente, difé-
renças sexuaís estão começando a ser obsewadas em vários
estudos com Ímagens que avaliam a neurol]iologia da cogiii-
• CIÊNCIA PSICOLÓGICA
comodedffarosignificadoafeÉvodasepressõesÍàdaís.Porexeinplo,estudosdeIRMf
demonstram que a ami'gdala é epecialmente sensível à intensidade de rostos que de-
monstram medo O)olan, 2000); Figura 10.16). Esse efeito ocorre nesmo que os parti-
dpaHtes não estejam cientes de terem vís[o o rosto (Whalen et al.,1998}. -
Dado que a am'gdala está envolvida iio processamento do conteúdo modonal de
expressõesÍàdais,nãosqipreendequelesõesnelalevemadéfidtssociaís.Apessoacom
lesão na ami'gdala gerahente tem díficu]dade i)ara avaHar a Ífltenridade de ro.stos que
demonstram medo, mesmo que náo revde prejúo ]]o jti|gamento da intensídade de
o"sepressõesÍàciais,comoÍtiddade.Umestudoinferessantesugerequeaspessoas
com lesão na ami'gda]a não conseguem utfiizar as Ínfomações contidas nas expressões
fadais para fizerjulgamenios riteipessoais acurados (Adolphs et aL, 1998).
0 córtex orbitofron{al
`J,.
Lembre, do capítulo sobre a motivaÉo, que' o córtex
orbitofiontal está enyolvído na avaliação do valor potencial de recompeiisa das situa-
çõesedosobjetos.E}éjtarnbémestáenvolvídonoprocessamentodedeíxasemocionaís,
especíalment€ as relq,gonadas a interações Ínterpessoais. As pessoas com lesão nessa
reriãomuitasvezesggemdefomainadequadaeg€ralmentesãoinsensíveisàse:pres-
sões emodonaís dos outros. Além disso, lesões orbitoffontais às vezes estão .assodadas FEGURÂ 1®.i4 Joseph LeDoux realizou um
àagressãoeàvíolênáaexc:essívas,sügerindodíficu]dadepaiacontrolarasemoções. trabalho valioso mostíando que a amígda]a é importante
Ant:orio Damasio descobriu que pacíentg com lesão m região orbitofiontal não para a aprendizagem emocional.
conseguem uÉlizar marcadores somáticos. Quando essas reriões são lesadas, as pesso-
as ainda conseguem lembrar Ínfomações, mas essas Íiifomações p€rderam a maior
par[e de seu significado afeÉvo. Elas podem ser capa- .
zes de descrever seus problemas atuais ou fálar sobre
amortedetiinapessoaama.da,masofazemsemexp€-
rienciar a dor emodonal que nomalmente acompa-
nha riis pensamentos.
!,g!:=:-ása:::jJ¥ãüi;¥Éãfí-ÍJÍL,:`;¥#.
#\,t.*
©HÉA"ERTOÊ~ri._éà„áii:Biài£^ài=#_„±
querdoémaÉexatoaodecodfficaroconteúdosemânüco.Gomoexemplo,considereqtiequando
olhamosparaeEpressõesÍàciak,o1adoesquerdodorostoéprojetadopàraohemisfériodrieitoe
oladodíreitodorostoéprojetadoparaohemisférioesquerdo.Ospesquisadoresquecriamfaces
divididás, como a da.FigtHa 10.19, descobriram que a emoção ffita" pelo hemísfério direito
Ínfluenda pesadamente a inteipretação da expressáo eüocionaL Qual rosto paiece mais tiste
paravocê,Qua[parecemaísfü2 ffiüj# A o
diferen[espessoas,eaprenderq[ian±oes-
tressevo.cêpodemanejaréessencialpara
reconhecer seus eféitos sobre o seu bem
estarmentaL ffico e emocionaL . .
• O estresse ewolve tanto fatores
fis.icos .como i)sicológíco.s. Ele tem efü-
tos dirétos sobre o co.pp, mas quãQ es-
tressada a pessoa se sen[e depende de
certo5 £àtores: como a pessoa.percebe
o evento çstressante, sua tolerância ào
estresse e s.uas cré.nças pess'oaís sobre
os recursos. que tem paia Hdar com o
estressor Um estressor
`_'
é um even[o
pu estímulo ambientaL#pe. ameaça o
organismo e leva a un±Êi¥esposta de
:undffq::trae%:sníodatdcaQ£àí]:go]r,#em: tb,.-...:..,.-çm&u::ãjon:gee`;-;co,àsB::S:Éeót:-àT,íã:NÃjTú?,,ú'.``-,,``
•... ' ...... `'- ` ---..---..,..---.......-.
....
i]araevitaEes.capardeoiiririjmízarm
estímulo aversivo. -" Fü.GÜEãà fl®.fl; (a) A regíão da amídaTa estã ampliada na imagem -mfer-ior e mosúa a maior aúvaçãá
da amídala c!ireíta lado -esquerdo da Ímigem) duranté a visão de fotos desagradáveis. (b) E55a a.thaçãg.
Confome faz sentido de um ponto i_no
corresponde ao maj-or _f_L_ ____f___
afeto negatfvo.
devístaadap.taÉvo,areposta.fisíológica
quE acompanha o estreçse ajuda amobi- .
:s::.:c:órg::;Íi:o:ço=i:ã;o:àgaEd:ou¥¥::ff::h:d:ciEÉ::aeÊÊi:ã::a::¥ãdEÉ
_-_--_---_ - --_:
ria o termo esúiessej em que é mdo para descrever uma força aplicada contra uma resistênda.
•,:,i,-i'.-:`É-n;à:,oTímd:-.aHdm3:.tdae¥:ogoe:::
Wàlter Càmon usara o temo antrioFnçpte como i)ar[e de seu modelo de homeostase, mas foi
{SAf)., y`r? pa9rí9..9e`r¥p^o`stes ?9.. Sélye qie poÉularizou o terrio e coitfiuiu iiaia a maíor parte do nosso coiihecímento inidal sobre
ês~s-é,àüê.c.o,ãsíste.eàitrês
a résposta de estiesse.
gi?,s;;Sst:á`éiq d9.a-.larpié, estágio
!àgiio da-+ A sridrome de adaptação geral (SAG),.Tipi padío consrinte de respostas idenfficado por
Selye,.consisteemtrêsestá#os:estíg[-odealarmgestú.oderesriénci-aees®dgexmstÃo0]igtiral0.22).
A SAG ocorie jmta]nente con respostas.fisiológicas epedficàs a`determinados estressores. 0
adrenal {HPA)` Um5istéma ..
primeiró.estágioéQffçfl:gi.odeázmn£,imareaÉodeemergÊndaqnepiepaiaócopoparalutarou
ãí-al ,q
corpor_al aüe é` ativadó em resposta .-......
furi. Nesse çstágio, as respostas fisiolóricas vÉam a .imi)uHo.nar capaddades fisicas enquanto
reduzem as aüvidades que toman o organismo vulnerávd à inftcÉo após férimentos. Esse é o
•`_tffTcl3.li`?#roernü:ôc:i::i5Ceoaüé?apd,,ã, estário em que o copo i]oderia estai eposto a ffecções e doenças. Assím, o sistema imme entra
em cena e o coipo começa a lutar i)ara se dçfendeL.`D_uraFte..o estffi de repd-q as defesas são
péla-,glâh?
preparádas para um atáque ma$ 1ongo e duradouro contra o esti.essor a imunidade a doçnças
iéóidés..::Um-'.ti pode continua a aumentar um poüco enqtianto .ó coii).o maxriiza suas defesas. Entretanto, o copo acal)a
ho.mi.ônio esterói'd-e,'rpU..¢a5vezes eütiando no gsúígío dg gxüustfl~o, em que vários sistemas fisiológícos e Ímmes ffacassam. Os órgãos
- :`íà:ji:áàvd-Ê -c_áí`i:ã.í,-`.,ib-à:ià-do_p_.ela5`, -
corp.orris que ]-á éstavam fiacos antes do ésúesse são os primeiros á Íànai Os i]rim'pios geiari da
grã-hduras suÉra:reriais durante -uma teoria da SAG forain confimados .por pesüiisas cie.ntíficas.
-< re5po'sta de estresse, que_produz
dos e'feito`sfísicos-'do.. . ` , ,`, Atualmente não se duvida que os estressores leveri à aÉvação do eixo hipotalâmico-.
pituitário-adreril 0nA) Oigm.10.23). Durante ma reqosta de estresse, o hipotálamo (H)
seéreta.uní homônio diamado É£or merfldor de cortícompüa fflcJ, que ehula a iiitiritária 0) a
liberar o hormônio. adrenocorticotrói)ico qAcr) m coiienté:sangühea. 0 HAGr age sobre
o córtex adrenal. (A) para merar gücocorticóides Úeralmente reféridos como cortÉOD, um tii]o
de homônio esteróide, das dândulas àdrenais (supra-renais). São os glicocorticóíqes que produ-
zeri. muito.s dos eféitos. cori)orais do -estresse, tal .coino decompoi a proteína e convertê-1a em
glicose, .o que ajuda a a.tender as necessidades imedíatas de enerãa. Quando os nívek de gücocor-
ücóides estão suficientemente altos, o sistema nervoso central interiompe o processo que rrbeia o
HACT. Mas, cómo leva de 15 Hriutos a ima hora para que os stcocorticóides aünjam um nível
suficieútei)aiasindizaraterHriÉodoHACTapresençaconhuadade#cocoiücóidésnaconen-
te sangüínea sustem seus efeitos i)or um tempo considerávd ai]ós a oconência. do estrçssoL Além
dos gHcocorücóides, as glândulas supra-renaÉ taml)ém meram noradrem]ina e adiena]ina, devido
à ati-vação do .sistema nervoso sími)áüco (veja o Capíttilo 3)..
sãoubi'quase,muitoimportante,sãoumaameaçaàsrespostas|demariejoaodrena5lentamente"
recursos pessoaís. Estudos em que a5 pessoas maiit.êm diários
e suas atividades do cotídiano reve-
lam,consístentemente,que,quanto-majsíntensasefi.eqüentes;bão-asincomodações,pioréasaúde
:Ír:eaím:t:mT:e:fes::::¥Ev:o:s:o¥::fàs::e:bgm:i;#::p¥açfo:i:iaíi-:díoago:ff¥
efeitos prejudicia].s sobre o bem-estar emocional. '
GAZZANIGA e HEATHERTON
Um dos i)ontos centrais de Selye era que a ação prolongada dos glicocoricóides,
como acontece no estresse crônico, tem um impacto negativo sobre a saúde. Na
verdade, embora os gHcocoiticóides sejam essendais i)aia a saúde nomal, no longo
i)razo eles estão associados à hiper[ensão, doença cardíaca, diabete, menor interesse
semal, nanismo e assim por diante. As i)essoas com empregos estressantes -
conúoladores. de tráfego aéreo, soldados coml)atentes, bombeiros - têm numerosos
problemas de saúde, presumivelmente em parte devido aos efeitos .do estresse
crônico. Rober[ Sapolsbr (1994) desdeve os múlÉplos problemas de saúde atnl)uí-
veis ao €stresse crônico, especialmente o estressÊ psicossocial. Ele observa que o
estresse crônico pode indusive levar a déficits de memória, porque os glicocoricói-
des danificam neurôiiios no hipocampo. Lembre o Capítu]0 7, so.bre a memória: o
hipocainpo é a estiim]ra cerebral envolvida na consoHdação da memória. .
Existem evidências esmagadoras de que o estresse está assodado à iniciação e
a progressão de uria a]ni)1a variedade de doenças, do câncer à AIDS e à doença
cardíaca. 0 estresse não só leva a.repostas fisiológicas epecíficas que afetam a
saúde, como muitas pessoas lidam com o estresse adotando compoitamefltos preju-
didaís. Por exemplo, a razão número uin que os bebedores-problema dáo para at)usar
do álcool é lídar coin o estresse negaÉvo em sua vida. Quando as pessoas estão
estressadas, elas.fiman, comem maL usan drogas e assim por díante: A maioria
dos i)roblemas de saúde da sodedade oddental i)ode ser atnl)ui'da a comportamentos
pouco saudáveis, muitos dos quais ocorrem quando as pessoas estão esties-sadas.
cardi'aca coronariam Os médicos recrutaram 3.500 homek do noite da Camóm-a que estavam
inícíalmentelívresdesintomasdedoençacardíacaeexamaramanualmentesuapressãosangüi'-
nea, batimentos cardi'aco.s, colesterol e i)ráticas de saúde do ais. Também foram ava]Íados detmes
p.essoais como nível de insmção, hístória médica e fámfli renda e traços de personafidade. Os
resultados do estudo índi:caram que, ajustando-se a presença fatores de risco esíabelecidos (conió
hipertensãooucolestero|:çlçvado),umpadrãodetraços sonalidadeprediziaadoençacardía-
ca. Esse padrão, chamad.Q de personalidade do Tipgejl inclü compeütivídade, ser orientado
!aívía:cjoíi::i;i:;i;i;Íj;eíí:iíí:Íoia;adí:dí::ii::ií:ee:oÍ:::ciíjeí:Ênííoí:s:iítoí;i:eiií:oqí;ríisis
Íijsímií;Í:ii;Írja:Í:n;;¥FÍo¥t;iíijííüíp;#ÍiÉ::iírííãípí;etíúfidíiíe
umcomponentedopadrãodepersonaüdadedoTipoAéepedalmentenodvo.AltosnfieÉdehostiü-
dade-tantoemrelaÉoaosoüoscomoemrela¢oastm+o`-pareceinlevaràmásaúde.
sÍ:i:;::e::uÍ!ffi:Bíjoi:;:;;sÍ:Í;g:¥::Íeoít;:íiíí::iÉjsiiafípií:ÍÍ:fflní;dí:::tb:Ê::Í:s:
¥a:e.±offr7£:%snã:í:::g:[:,ruàãa8.gpdeoflÉt6::e£:L:ttoffo:¥]::;:po:#b:e¥Í:eaÉ.dffi=ã:
devi.dos,emi)afte,ài)roduçãodiminu'dadelinfócitos,oquedeí*aocorpomenoscapazdelutarcontia
omqb::tqiráoü:dffotemkmdaàdd:aaràc:::::éoq==tgà:émí¥ria£=sceonToonE,gt-s-orid
;É::Íiíoii;Í:iiii:Íu:ot;:::i:m¥:Í::iííii:p:;;g;::p:Í#:fíffgíeísr;ü¥Ííeíiíí
GAZZANIGA e HEATHERTON
ao estresse. Por exemplo, um rui'do aversivo é menos tolerávd quaiido adrinistrado Ímprevisivel-
mente (Glass e Síngq 1972):
Emuiridemonsffaçãoi]ariculamfflteclaradÊqueoestiesseafetaasaúde,SheldonCohene
colaboradores (1991) pagaram a volmtários sadios i)ara que se epusessem a um vhs comum de
resffiado. Os que ünham relatado os níveís mais altos de estresse em um questíonário üveram sinto~
masi)ioresderesffiadoecontagemvírálmaisalta.doqueaquelesquerdataramestarmenosestres-
sados ÜigtHa 1024). Em outro es"do, os parÉdpantes manÉveram um díáiio i)or até 12 semanas,
noqualrerismvam§Êuhumoreosacontecrientosdesuavida.Osparicíi]antestamtiémavaliavam
esses acontecimentos corio desejáy.Ê*:.ou;`üdesejáveis. Cada dia, eles tomavam uma no.va protúa
paradesafiarseusistemariunesecretorefomeciamimaamostradesalivapaiaqueospesquisado-
res pudessem examinar as repostas de anticopo. 0 estudo revdou que, quaàto.mais desejáveis os
acontecrientos relatados pelo sujeito, major a produção de anücopos. Símilamente, quanto majs
eventos indesejáveis eram relatados, maís ffaca a i)rodução de anücopos. 0 eféito de um eveht:o
desejável sobre os anticopos durava dois días (Stone et d., 1994). Esses e achados subseqüentes
fomecern evidências substandaís-de que o estresse percebido influenda o sistema imme. Confome
maispesqüsasforernreaiizadassobreanátuezabidirecionddobem-estarmentalefisico,ocampo
da psiconeuroímmología conÉnuará florescendo.
AsavffiaçõescogniÉvasafetamai)ercepçãoeasreaçõesdaspes§oasaestressorespotenciais.0
manejo (coprig) que ocorre antes do iiiício de um futuro estressor é qamado de ma7iejo ffl[€ci.paEo'-
•-:--.-:--:-_-:----=i:l--------; río, tal como qüando os i)ais ensaiam como fálarão com os filhos §obre seus planos de divórcio. 0
i)sÍcólogo Richai.d kzarus (1993) conceitualizou um processo de avaliação .com duas partes. As
avaliaçõesprimáriassãousadasparadeddirseoesthuloéestressante,benígnoouÍrrelevante.
SE o estimulo for considerado estrüsante, as avaliações secundáTias sã.o usadas para avdiar as
opções de resposta e escomer os comportamentos de manejo.
Steven Maier e Linda Watkirú (2000) aíguJTientaram que :[st:m: ocorre? Qiiando as pessoas são infectadas, substâncias conhecidas
imune ópera como um sistema semorial, pois comúni.ca como inter!eucinas (que comunicam sinais entre as células
informações pata o cérebrc) sobre infecções e ferimentos 5angüínea5 brancas, conhecidas como Jeucócftos) transmitem para
vez, o cérebro utiliza essas inforTnações o cérebro uma mensagem que diz essena-almente: "Eu estou
coordenado contra invasores potencialmentepõeaen:::Í:e:::::usn:so:àa]Eo;;:: doente". lnjeções.de certas interleucinas causam fadiga, humor
importante é que o caminho entre o cérebro e o sistema negaÉ`/o e atividade mental confusa.
bidirecional, de modo qü.e os processos do sistema imuné 0 ini:eressante é qüe muitas das mudanças mentais e física5
influenciam o funcionamento psicoíógico e o éstado g::'tT, altera cau5adas por infecção são semelhante5 às provocada5 por
o fuhcionamento imune. estressçjres ambientais. Por exemplo, certos neurotransmis5ores
Quando somos infect.ados por um vírus, aproximadaménte de são liberados no hipotálamo e no hipocampo. Maier e Watkins
uma a três horas depois co.meçám a ocorrer ações no céreb+o que propõem que o estresse pode ativar o mesmo sistema que é
iisado para lutar contra a infecção. 0 vínculo entre as respostas .
:f:::T5afi:::nàçoãeoítoes:uçTa:::soe::emmpà::nT:rdt:;:?:t,ogramó: Ímunes e de e5tresse pode ser visto nos reíatos de depressão
entre as pessoas com doenças imunes, como a artr.rte.
Fauzeer:Tesnetridd:iã:duaàs:Íipt:aãee#:r:To,du:;;à:-p::=|Lga-::t::ra Compreender vínculos potenciais entre o sistema imune e o
uma infecção, o corpo P.récisa din-gir energia para a luta cérébro pode ajudar os cientistas a entender a conexão entre
portanto, a atividade é limitada para conservar energia. estresse e doença.
ii:::oe::qsuq:uu::ot:o:;:qe:n:a::aí;;e_:àpeo:a::T:v#o::sT:ass:::e:|P:a:Êic;:dràmp:éãü=.:ÍtgÉ:ff:Ío:oãi:
emoção,enquantoaoutrametadefoiúehadaparausaro+jobffeadonoproblemQudestra-
tétiafuncionoumelhormgmpobeseadonaemoçãoepeneTqoumenosesüesseporquenãohavía
::°:o5a`:°f::g[:í:Í:°peo:síqv::saasspetios
bons em sua presente situação.
intrepidez (fiardfne55) Um traço
de persc>nalidade que perrnite às
pesscias perceberem os estres5ores
'.A^_ _ _= ______ ____ __L__J_ __ _ __ , 1 1 comó desafios controláveis.
vêem a si mesmas conio estando no controle de sua vida. As essoas com baixo grau de ritrei]idez
GAZZANIGA e HEATHERTON
(hardíngss) são tÉicamente alienadas, vêem os eventos como sob contiole extemo e temem mudan-
ças ou resistem a elas. Numerosos estudos descobriram que as pessoas com alto grau de intrei]idez
Oiardí7iffs) relatam nerios repostas negaÉvas a eventgs estressantes. Em um experimento de labo-
ratório em que os i]aiüdpantes recebiam uim tarefa cogníÉva difi'dL as ijessoas com alto grau de
intiepidezüflrdíngss)apresentavampressãosangüíneamaísdevadaduranteatarefajimindicador
fisiolórico de manejo aÉvo. Além djsso, um quesfionário resi]ondido logo após a tarefa revelou que
os sujeitos com alto grau de inü-epidez ümffiriess) fomentavam.o númeio de pensamentos positivos
sol)re si mesmos em reposta ao estressor
Apoio. social Um dos fatores maís riportafltes para as ijessoas Hdarem efetivamente com o
estresse é o ni'vd de apoio social que recebem. 0 apoio sodal se refere a ter outras pessoas que
podem oferecer ajuda, encorajamento e .conselhos. Ter apoio sodal é im componente .essencial da
boasaúdementalefirica.Pessoasdoentesqueestãosocialmenteisoladasaijresentainumaprobabi-
1Ídade muito maior de morrer do q.ue as que estão bem conectadas com os outros .(House et al.,
1988), em parte i]orque o Ísolamen[o em si está assodado a numerosos problemas de saúde. Reci~
procammte,umareffltereüsãodemaisde80estudosencontroufortesevidêndasrigandooapoio
sodal a menos problemas de saúde Üchino et al., 1996). Por exemplo, Jànice Kiecolt-Glaser e Ro-
nald-Glaser (1988) descobriram que as i)essoas com casanentos perturbados e as pessoas em pro-
cessodedivórdooüdelutotinhamststemasimmescomprometídos.Emumestudoquecategorizou
r€cém-casados com base nas interações obsêivadas, os casais que brigavan ris e se mostravam
mais hostis um com o outro apresentavam uma aÉridade diminu'da das células assassinas naturais
nas 24 hoias i]osteriores à interação (Kiecolt-Glaser et al.,1993).
0 apoio social é riportante i)ara as pessoas de todas as idades,. Estudos de crianças que pare-
cemresrie}ites,signficandoquesesaembemapesardeteremsidocriadasemsituaçõesdeprivação
oudecaos,revelamqueapresençadeapoioparentaloufámiliaréepecia]mente-importante.Wlas-
ten, 2001). As pessoas mais velhas são .epecialmente i]ropensas ao É01amento .social e, por essa
razão, os efütos do poio sodal sobre a saúde são particu]amente fortes sol)re esse giui)o. ..
OapoiosocialajudaaspessoasaFdaremcomoestiessededuasmaneriasbásicas.Primeiro,as
pessoas com apoio sodal eperienciam menos esúesse global. Considere as mães sorinhas que têm
de lidar com as demaridas do tiabaHio e da fámflia em isolament.o. Não ter um i)arcéiro coloca maís
demandasparaelas,oqueaumentaaprobabffdadedequesesintamestressadas.Segundo,oapoio
sodalajúdaomanejoporqueasoutraspessoasdiminuemoseféitosnegaüvosdoestresse.AhipÓ-
tese protetora (Cohffl.e Wills,1985) proi)õe que os. outros podem oferecer apoio direto para
ajüdar as pessoas a lidai com eventos est[essantes. Receber apoio emodonal é mais imi)oitante do
que simplesmente ter quem dê iiifomações. 0 ai]oio Emocional üdui expressões de Ínteresse e
disposiçãoaoiivírospioblemasdasoutrasi)essoas.0apoiosocíaltambémpodeassumirfomasmtis
tangíveis,talcomooferecerauxfliomaterialouajudaremtarefasdocotidiano.Mas,paraserefeÉvo,o
apoiosocialpredsadeíxardaroqueapessoaseripomcomaquélaqueestásendgapoiada.