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ÍNDICE
MANUAL DE INSTRUÇÕES
DA CALDEIRA ATA
- ÍNDICE -
APRESENTAÇÃO DA CALDEIRA.............................................................................5
COMBUSTOR PRINCIPAL...............................................................................28
VENTILADORES ...............................................................................................33
REDE DE ÓLEO COMBUSTÍVEL....................................................................34
BOMBA DE ÓLEO COMBUSTÍVEL ...............................................................35
AQUECEDOR DE ÓLEO COMBUSTÍVEL .....................................................40
CONTROLE DE TEMPERATURA DO AQUECEDOR DE ÓLEO.................42
REDE DE ATOMIZAÇÃO.................................................................................43
COMBUSTOR PILOTO DIESEL E SEUS ACESSÓRIOS ...............................44
BOMBAS PILOTO .............................................................................................46
REDE DE GÁS COMBUSTÍVEL ......................................................................48
COMBUSTOR PILOTO A GÁS E SEUS ACESSÓRIOS.................................49
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AALBORG INDUSTRIES S.A. ÍNDICE
BOMBAS D'ÁGUA............................................................................................ 50
VÁLVULAS DE SEGURANÇA........................................................................ 54
PAINEL DE COMANDO................................................................................... 56
COMBUSTÃO ...............................................................................................................72
COMBUSTÃO DE GASES................................................................................ 72
COMBUSTÃO DE ÓLEOS................................................................................ 72
PODER CALORÍFICO....................................................................................... 73
VISCOSIDADE .................................................................................................. 73
AR DE COMBUSTÃO....................................................................................... 74
EXCESSO DE AR .............................................................................................. 74
CONTROLE DA COMBUSTÃO....................................................................... 75
REGULAGEM DA COMBUSTÃO................................................................... 77
FAIXA DE OPERAÇÃO NORMAL DO QUEIMADOR ................................. 77
JULGAMENTO DA COMBUSTÃO ATRAVÉS
DO ASPECTO DA CHAMA.............................................................................. 77
MEDIÇÃO DE CO2 NOS GASES DE COMBUSTÃO ..................................... 78
ESTABILIDADE DA CHAMA ......................................................................... 78
EMISSÃO DE FULIGEM PELA CHAMINÉ.................................................... 78
REGULAGEM DA VAZÃO DE COMBUSTÍVEL E DE AR .......................... 79
REGULAGEM DA ATOMIZAÇÃO ................................................................. 79
INCRUSTAÇÃO ................................................................................................ 81
SEDIMENTAÇÃO ............................................................................................. 83
CORROSÃO ....................................................................................................... 84
ARRASTE........................................................................................................... 85
ROTINA DE MANUTENÇÃO.........................................................................108
IMPLICAÇÕES NA LEGISLAÇÃO VIGENTE..............................................109
PROTEÇÃO DA CALDEIRA PARADA .........................................................110
PROCEDIMENTO PARA RESFRIAR A CALDEIRA ...................................112
REPARO OU REFORMA DOS REFRATÁRIOS ...........................................112
LIMPEZA DAS PASSAGENS DE FOGO
E GASES DE COMBUSTÃO...........................................................................112
LIMPEZA INTERNA DA CALDEIRA NO LADO DA ÁGUA .....................113
LIMPEZA QUÍMICA DA CALDEIRA............................................................114
LIMPEZA DOS FILTROS................................................................................115
LUBRIFICAÇÃO..............................................................................................116
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA ........................................................................119
MATRIZ E FILIAL...........................................................................................129
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PREZADO CLIENTE:
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AALBORG INDUSTRIES S.A. APRESENTAÇÃO DA CALDEIRA
APRESENTAÇÃO DA CALDEIRA
As caldeiras ATA são do tipo flamotubular, horizontais, com três passagens de gases,
próprias para a queima de combustíveis líquidos, gasosos ou ambos, alternadamente.
Ainda à frente da caldeira, situa-se a caixa de ar, ligada diretamente à fornalha, que é
uma câmara onde é captado e distribuído todo o ar necessário à combustão. É na caixa de ar
que são montados os queimadores e o damper de regulagem do ar proveniente do ventilador.
Na parte de trás da caldeira, há outra câmara acima da reversão, que recebe os gases
de combustão oriundos dos tubos da 3a passagem e que são dirigidos à chaminé. O conjunto
dessas duas câmaras na parte posterior da caldeira constitui a caixa de fumaça traseira, a
qual, é fechada por uma tampa aparafusada, sendo revestida parcialmente de refratário (na
região da reversão) e de isolante térmico (na região dos tubos da 3a passagem)
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AALBORG INDUSTRIES S.A. APRESENTAÇÃO DA CALDEIRA
Vista frontal
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AALBORG INDUSTRIES S.A. APRESENTAÇÃO DA CALDEIRA
ITEM DESCRIÇÃO
1 Painel de instrumentos
2 Eletrodo de segurança do corpo
3 Válvula de segurança
4 Válvula de descarga de fundo
5 Painel de comando
6 Coluna de nível
7 Flange de inspeção e limpeza
8 Bomba d'água
9 Válvula de saída de vapor
10 Combustor monobloco
11 Tampa traseira
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AALBORG INDUSTRIES S.A. APRESENTAÇÃO DA CALDEIRA
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AALBORG INDUSTRIES S.A. APRESENTAÇÃO DA CALDEIRA
Vista frontal
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AALBORG INDUSTRIES S.A. APRESENTAÇÃO DA CALDEIRA
ITEM DESCRIÇÃO
1 Painel de comando
2 Combustor principal
3 Caixa de ar
4 Coluna de nível
5 Eletrodo de segurança do corpo
6 Válvula de segurança
7 Válvula de descarga de fundo
8 Bomba de óleo
9 Aquecedor de óleo
10 Resistência elétrica
11 Painel de instrumentos
12 Visor de chama
13 Sensor de chama
14 Ventilador
15 Válvula de saída de vapor
16 Bomba piloto
19 Tampa traseira
20 Flange de inspeção e limpeza
22 Bomba d'água
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AALBORG INDUSTRIES S.A. INSTALAÇÃO DA CALDEIRA
INSTALAÇÃO DA CALDEIRA
CASA DE CALDEIRAS
Esta deve ser ampla, limpa, bem arejada, bem iluminada e com rede de esgoto para a
devida lavagem e drenagem. Sua construção deve seguir basicamente o desenho "Esquema
de Instalação, Fundações e Cargas", enviado juntamente com este manual, devendo
também serem observadas as prescrições contidas na NR-13 (Portaria no 23 de 27/12/94 da
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST), transcritas a seguir:
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AALBORG INDUSTRIES S.A. INSTALAÇÃO DA CALDEIRA
OUTRAS RECOMENDAÇÕES:
• Deve haver espaço suficiente em torno da unidade, a fim de permitir livre acesso
para inspeção e manutenção. A área de circulação e os espaços em torno da
caldeira devem constituir uma faixa livre de 70 centímetros, no mínimo. Na parte
dianteira e traseira do gerador, em especial, recomenda-se deixar espaço suficiente
para a limpeza periódica da tubulação (vide desenho de instalação);
• O iluminamento mínimo deve ser de 150 lux, através de equipamento de
iluminação com proteção externa adequada;
• No interior da Casa de Caldeiras, em local de fácil acesso e visualização, devem
ser instalados extintores de incêndio tipo “químico seco” ou "dióxido de carbono",
de acordo com os requisitos da NR-23;
• Uma vez que o trabalho do operador é realizado predominantemente de pé, deve
haver assento para descanso em locais que possam ser utilizados durante as
pausas.
• Ao executar as canaletas para as tubulações de óleo, água e descarga, estas
deverão ter uma inclinação de 1/250 a 1/400, em direção ao ralo. Deverão possuir
tampas em chapa ou similar, removíveis, de forma que impeçam a queda de
objetos ou pessoas;
• A medida das portas da Casa de Caldeiras deverá ser igual ou superior à
mencionada no desenho de instalação;
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A caldeira deve ser colocada sobre a sua base, construída conforme o desenho
"Esquema de Instalação, Fundações e Cargas" e, após, nivelada longitudinal e
transversalmente. Para o bom funcionamento da caldeira e principalmente do sistema de
controle de nível da água é imprescindível o perfeito nivelamento da unidade. Para tanto, faça
o nivelamento pela última camada de tubos, primeiro no sentido longitudinal ao eixo da
caldeira e depois no sentido transversal.
Dependendo do meio de transporte e/ou das condições específicas de cada caldeira,
alguns de seus equipamentos auxiliares são fornecidos desacoplados, sendo necessário a
montagem e interligação destes.
O próximo passo é a interligação da caldeira ao restante da instalação e aos seus
auxiliares.
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O aumento da altura da chaminé além de nove metros, fará com que esta não mais seja
colocada diretamente sobre a saída de gases, a menos que seja previsto um dispositivo que
alivie seu peso sobre a caldeira. O mesmo é válido para quando se instalam acessórios na
chaminé, que contribuam para aumentar o seu peso, mesmo que esta continue com seis
metros.
No caso de instalação com dutos de gases, não fornecidos por nós, deve-se ter em
conta que a seção deste deve ser igual ou superior à saída da caldeira.
Ao instalar uma bateria de geradores, use, de preferência, chaminés independentes
para cada gerador. Assim, o funcionamento de um não interferirá no dos demais.
Caso o duto de gás atravesse a parede da Casa de
Caldeiras deve-se preparar um furo superior à medida do
mesmo em 100 milímetros em cada lado.
Caso seja necessário instalar o gerador de vapor
com a saída de gases ligada a uma chaminé de alvenaria
ou mesmo metálica de grande altura, deve ser previsto
uma abertura para entrada de ar e alívio da tiragem da
chaminé.
Em qualquer caso
a tiragem natural que atua
sobre o gerador de vapor
não deve ser maior que 1
milímetro de coluna
d'água (à saída de gás).
Duto de gases através de parede
De outra forma,
deve-se ter cuidado em instalações especiais ou com
equipamentos instalados na chaminé, para que não haja uma
obstrução demasiada à passagem dos gases. No caso de
equipamentos antipoluiçäo deve-se verificar a perda de
pressão decorrente da instalação deste.
As caldeiras são fornecidas com um termômetro Chaminé de alvenaria
angular com escala de 0 a 500°C, para indicação da
temperatura dos gases de combustão e possíveis anomalias na caldeira.
Vale lembrar, ainda, que os órgãos encarregados da fiscalização e controle das
atividades poluidoras (FEEMA, CETESB, etc.) têm adotado medidas cada vez mais rigorosas,
principalmente nos grandes centros. Mesmo com boa regulagem na combustão, é inevitável a
emissão de poluentes através dos gases de combustão que são descarregados na atmosfera,
pela chaminé das caldeiras. Assim sendo, dependendo das condições locais e dos requisitos
legais, será necessário complementar a instalação da chaminé, com algum sistema anti-
poluente, que retenha, principalmente, material particulado e óxidos de enxofre.
Entre nossos produtos, dispomos de linhas completas de:
• Coletores de pó tipo ciclone e multi-ciclone, especialmente projetados para suas
caldeiras, os quais promovem, eficientemente, a remoção do material particulado dos gases de
combustão, antes que estes sejam descarregados na atmosfera;
• Lavadores de gases, que, além do material particulado, elimina também os óxidos de
enxofre, com alta eficiência.
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Deve-se ter o devido cuidado, quando da instalação da rede de água, uma vez que esta
é primordial para o bom funcionamento da caldeira. De fato, em caso de irregularidade ou
insuficiência da rede de água, esta acarretará constantes problemas à caldeira, podendo até
mesmo causar graves acidentes.
Quando da instalação da caldeira, à ocasião em que for feita a tubulação d'água deve-
se tomar as precauções devidas, conforme segue:
• Na sucção da bomba haverá um filtro de água e a tubulação de alimentação de água
deverá ser ligada a este.
• Para o dimensionamento da tubulação, recomenda-se adotar a velocidade de 1,0 m/s
ou menor. Lembre-se de que a vazão nominal da bomba é normalmente uma vez e
meia a produção de vapor da caldeira.
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• O tubo que liga a bomba ao tanque de água deverá servir somente para esta função.
Em caso de uma bateria de geradores de vapor, use um tubo independente para cada
unidade. Não faça derivações no tubo para outras funções. A inobservância dessa
recomendação poderá trazer prejuízos à operação da bomba.
• Deve-se instalar um termômetro na sucção da bomba de alimentação d'água, em caso
de trabalhar com água quente.
• Para melhor controle operacional da caldeira, recomenda-se a instalação de um
hidrômetro na sucção da bomba d'água, após o filtro. No caso de água quente o
hidrômetro deverá ter construção especial para tal. O hidrômetro permitirá o controle
com boa precisão do vapor produzido, rendimento da caldeira, consumo de água, etc.
Para sua correta instalação observe as recomendações do fabricante.
• Além das recomendações acima, veja também tópicos relativos à instalação da bomba
d’água, em capitulo especifico mais adiante neste manual.
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As caldeiras que irão consumir óleo combustível devem ser instaladas com um tanque
de serviço intermediário entre o tanque de armazenamento de óleo e a bomba de combustível.
O tanque de serviço é fornecido juntamente com a caldeira e torna prática e fácil a operação
desta, aproveitando o retorno do óleo aquecido. Para a instalação e construção da rede de óleo
devem ser observadas as recomendações a seguir:
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AALBORG INDUSTRIES S.A. INSTALAÇÃO DA CALDEIRA
4. Quando o nível de óleo do tanque de armazenamento é mais alto que o nível de óleo
do tanque de serviço, deve ser instalada uma válvula solenóide ou bóia macho na
entrada de óleo do tanque de serviço.
5. Caso o escoamento do óleo do tanque de armazenamento até o tanque de serviço não
possa se dar naturalmente pela diferença de cotas dos tanques, deverá ser instalada
entre os dois tanques uma bomba de transferência, preferencialmente comandada por
chave-bóia colocada no tanque de serviço. Também neste caso pode vir a ser
necessário a instalação de uma válvula tipo bóia prevenindo-se o transbordamento do
tanque. Sob pedido, poderemos fornecer a bomba de transferência e seus acessórios
6. A tubulação de óleo combustível para alimentação da bomba deve ser no mínimo da
mesma bitola da saída do tanque de serviço, o mesmo sendo válido para a tubulação
de retorno de óleo.
7. A rede de retorno de óleo está posicionada na frente e à direita da caldeira, indo
diretamente para o tanque de serviço. Esta tubulação deverá também ser isolada e para
facilidade na manutenção instale uma válvula de retenção próxima ao tanque de
serviço.
8. A tubulação que interliga o tanque de serviço à sucção da bomba deve ser totalmente
hermética, pois qualquer entrada de ar reduz a capacidade da bomba e produz ruído.
Deve ter um pequeno declive em direção à bomba para evitar pontos onde podem
formar-se bolsas de ar. Se for necessário passar um obstáculo deve-se fazer pela
horizontal e não por cima ou por baixo. Antes de conectar a tubulação à bomba,
certifique-se que não há terra ou outros materiais estranhos.
9. Uma vez instalada a tubulação, verifique o alinhamento da bomba e ajuste-o se
necessário. Uma régua de aço colocada através do acoplamento deve descansar
uniformemente nas duas bordas da parte de cima, na parte de baixo e na dos lados. O
alinhamento deve ser feito, estando na temperatura de funcionamento; deste modo
compensam-se as mudanças produzidas pela dilatação da tubulação.
10. Além do tanque de serviço de óleo combustível, é fornecido um tanque para o
combustível piloto (óleo diesel ou querosene), o qual deverá ser interligado à bomba
piloto e à tubulação de sucção da bomba de óleo combustível, para a finalidade de
limpeza da rede, após o término de operação da caldeira.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. INSTALAÇÃO DA CALDEIRA
Duas redes de drenagem devem ser previstas: uma que trabalhará sob a pressão da
caldeira e outra que estará à pressão atmosférica. Não construa um sistema de drenagem
único, pois redundará em sérios problemas. O sistema fechado tenderá a dar escape pelo
sistema aberto, o que além de danificar toda a pintura e sujar o gerador de vapor, impedirá a
rotina diária de manutenção, que obrigatoriamente deve ser feita, podendo ainda causar sérios
acidentes.
A rede sob pressão deve ser construída em tubo de diâmetro 3" ou maior, e levará até
o exterior da Casa de Caldeiras a água sob pressão e alta temperatura, proveniente das
descargas de fundo e da coluna de nível. Esta água não deve ser reaproveitada, pois
normalmente possui alta concentração de sólidos dissolvidos (lama).
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ÁGUA DE RESFRIAMENTO
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Temperatura Fator de
ambiente redução
40ºC 0,82
45ºC 0,71
50ºC 0,58
No de Fator de
condutores no redução
mesmo
eletroduto
4 , 5 ou 6 0,80
7 , 8 ou 9 0,70
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• Antes de fazer a ligação definitiva, verifique se está correta a rotação dos motores.
• Nossas caldeiras são construídas e equipadas para funcionar em 220, 380 ou 440 V
e 50 ou 60 Hz, conforme seja especificado no pedido do cliente. Porém, os
controles funcionarão sempre em 220 V. Quando a rede geral é de 380 V ou 440 V,
o painel de comando é equipado com um transformador para a tensão de comando;
• Em casos especiais, a pedido do cliente, a tensão de comando poderá ser de 110 V;
• A variação de tensão permissível é de mais ou menos 10%;
• A variação da freqüência permissível é de mais ou menos 5%;
• A variação conjunta de tensão e freqüência não devem, juntas, ultrapassar mais ou
menos 10%;
• Para melhor orientação e maiores esclarecimentos no tocante à instalação elétrica
poderá ser consultada a norma brasileira NBR-5410 (NB-3).
ATERRAMENTO DA CALDEIRA
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AALBORG INDUSTRIES S.A. INSTALAÇÃO DA CALDEIRA
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
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AALBORG INDUSTRIES S.A. EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS
EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS
COMBUSTOR PRINCIPAL
COMBUSTORES MPR
não fique fora do lugar. A falta de limpeza acarreta atomização imperfeita do óleo, reduzindo
a produção de vapor.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS
• Raspe as palhetas, os anéis e tudo quanto tenha detritos ou óleo carbonizado, quer
na coroa, quer na caixa de ar. Tenha especial cuidado com os orifícios dos anéis de
comunicação entre a caixa de ar e a fornalha;
• Complete com uma lavagem geral com querosene;
• Seque tudo antes de tornar a montar o conjunto.
Nota: Para evitar maior freqüência desta limpeza, mantenha limpo o ambiente da Casa
de Caldeiras.
Difere do anterior apenas na lança, na qual o gás é admitido diretamente no tubo externo
saindo por orifícios calibrados para cada tipo de gás, na extremidade da lança. O tubo interno
é utilizado, neste caso, como visor de chama (veja a figura).
VENTILADORES
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LIMPEZA DO ROTOR:
Notas:
• Para evitar maior freqüência desta limpeza, mantenha limpo o ambiente da
Casa de Caldeiras.
• Nos ventiladores com acoplamento direto, os cuidados com os mesmos se
restringem à limpeza do rotor e da caixa, visto que por ser o rotor acoplado
diretamente ao eixo do motor elétrico, dispensa-se a aplicação do mancal,
polias e correias de acionamento.
ABAFADOR DE RUÍDOS:
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• Tanque de serviço, com a finalidade de permitir uma partida à frio rápida, além de
ajudar na estabilização da temperatura e pressão do óleo combustível, sendo
equipado com os seguintes acessórios:
• Resistência elétrica de aquecimento;
• Termostato;
• Termômetro.
• Bomba de óleo do tipo engrenagens, com alívio interno, para recalque do óleo do
tanque de serviço;
• Válvulas de retenção;
• Tanque auxiliar para lavagem da rede com diesel, quando de paradas por tempo
prolongado, e suprimento de diesel para o piloto.
Estes elementos não deverão ter suas posições relativas modificadas sem prévia
consulta à nossa fábrica e, em caso de necessidade de substituição de algum elemento, este
não deverá ter sua especificação ou qualidade alterada. Alguns equipamentos e acessórios
mostrados são melhor explanados em sua função, modo de operar, ajustes e manutenção em
tópicos e capítulos à parte.
De modo geral, desde que não haja modificação significativa no óleo combustível
utilizado, não deverão ser alterados os valores de temperaturas e pressões ajustados pelo
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VÁLVULA DE ALÍVIO:
Regulagem da válvula:
• Girando o parafuso de regulagem no sentido horário, a pressão de recalque
aumenta gradativamente.
• Girando o parafuso de regulagem no sentido contrário, a pressão diminui. Deste
modo pode-se proceder a devida regulagem desejada ou especificada.
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Remontagem da válvula:
• Introduza o fecho de vedação na cavidade da tampa;
• Coloque a mola da válvula;
• Atarraxe o parafuso de regulagem, com auxílio de uma chave de fenda;
• Recoloque as juntas de vedação e aperte o capuz de proteção.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS
Uma vez que a bomba esteja funcionando corretamente, deve-se dar atenção à caixa
de gaxetas. Nunca aperte a preme-gaxeta ao colocar a bomba em andamento pela primeira
vez; é melhor que a gaxeta fique um pouco solta. Assim, é reduzido o aquecimento.
A gaxeta nova requer ajuste inicial. É uma boa prática colocar a bomba em andamento
e logo após detê-la, com intervalos de 1 a 2 minutos. Deve-se manter ligeiro escape de líquido
pela caixa para lubrificar a gaxeta. Recomenda-se não apertar a preme-gaxeta tanto, que não
passe nenhum líquido pela caixa.
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• Sucção muito alta. A pressão absoluta de sucção deve ser, pelo menos, 14
kPa (0,14 kgf/cm2 = 2 psi) maior que a pressão de vaporização do óleo, na
temperatura de bombeamento;
• Filtro parcialmente obstruído. Limpe a tela;
• Entrada de ar na tubulação de sucção. Elimine as entradas de ar;
• Baixa velocidade - Examine o motor e certifique-se da sua velocidade para
determinar possível sobrecarga;
• Válvula de alívio mal ajustada. Examine a válvula de alívio para certificar-
se de sua vedação.
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• Líquido mais viscoso que o previsto para a bomba - Aqueça o líquido para
reduzir a viscosidade;
• Obstruções na tubulação de descarga fazem a bomba funcionar numa
pressão maior do que a especificada. Obstruções ou válvulas parcialmente
fechadas na tubulação de descarga aumentam a pressão de descarga;
• Gaxeta muito apertada - A gaxeta muito apertada produz aquecimento.
Afrouxe a gaxeta;
• Eixo deformado - Verifique o alinhamento do eixo da bomba e do motor.
Se o eixo estiver deformado troque-o por um novo;
• Desalinhamento da bomba - Verifique o alinhamento da bomba e do motor;
• Desgaste excessivo nos componentes rotativos - Tire a tampa da bomba e
certifique-se de que as peças rotativas não estejam travadas.
REPARO DA BOMBA:
ENGAXETAMENTO:
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CUIDADOS NA OPERAÇÃO:
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Ao operar-se o gerador com óleo diesel ou outro combustível que não necessite de
aquecimento, o controlador de temperatura deve ser regulado para zero grau ou desligado.
REGULAGEM DA TEMPERATURA:
Uma vez conhecendo-se o tipo de óleo empregado ou que venha a ser então utilizado,
basta verificar-se com auxílio do gráfico qual a faixa de temperatura de aquecimento
corresponde à faixa de viscosidade acima indicada. Pequenas variações verificadas na prática
(após o ajuste da temperatura e verificação das condições de combustão) são possíveis em
função de várias causas. Para aumentar ou diminuir a temperatura de atomização do óleo, atue
lentamente o controlador de temperatura até atingir a temperatura desejada. Para o caso de
misturas de dois tipos de óleo combustível de diferentes viscosidades, a viscosidade resultante
será função da proporção obedecida na mistura dos óleos, variando logaritmamente em
relação à proporção, considerando-se uma mesma temperatura.
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• Fusíveis queimados;
• Fios soltos ou terminais das resistências quebrados;
• Resistências queimadas;
• Controlador de temperatura mal regulado ou com defeito;
• Chave contatora das resistências com a bobina queimada;
• Rompimento do cabo de compensação que liga o termo-elemento ao controlador
de temperatura.
OPERAÇÃO:
REDE DE ATOMIZAÇÃO
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MANUTENÇÃO:
BOMBAS PILOTO
As caldeiras a óleo combustível e mistas são equipadas com bomba piloto, que serve
para inflamar a chama do combustor principal a óleo. Ela é do tipo de engrenagens, dotada de
uma válvula reguladora de pressão, destinada a manter a necessária pressão do óleo diesel no
atomizador do combustor piloto.
Para minimizar o retorno de óleo da câmara sob pressão para a câmara de sucção, a
engrenagem e os demais componentes em contacto com esta são temperados e lapidados em
máquinas de alta precisão, com tolerâncias da ordem de microns, o que resulta em alta
performance, longa vida e baixo nível de ruído. Para prevenir danos causados pela presença
de impurezas neste mecanismo de precisão, a bomba incorpora um filtro de tela metálica.
Quando a pressão do óleo excede o nível requerido, a força exercida no lado esquerdo
do pistão causa uma compressão na mola, abrindo a passagem de retorno do óleo. Uma parte
do óleo é desviado para esse retorno, aliviando a pressão em excesso.
MANUTENÇÃO
A bomba piloto pode operar perfeitamente por muitos anos, se forem observados os
seguintes pontos:
• Limpe periodicamente o filtro, ou substitua-o, se necessário. Na mesma ocasião,
limpe também o filtro do atomizador do combustor piloto;
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Em hipótese alguma altere os valores de pressão ajustados pelo nosso pessoal técnico
à ocasião do acendimento da caldeira. A inobservância quanto a este ponto poderá trazer
sérias conseqüências ao equipamento bem como a seus operadores. Necessitando de
alterações ou regulagens, estas deverão ser feitas por técnicos especializados.
Periodicamente verifique a estanqueidade das válvulas de bloqueio automático e
válvula solenóide, simule a ocorrência de pressão alta e baixa do gás combustível para checar
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AALBORG INDUSTRIES S.A. EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS
o sistema de segurança. Mantenha sempre limpos o vidro e a água do borbulhador, pois isto
facilitará a visualização de possíveis vazamentos de gás pelas válvulas de bloqueio.
Limpe periodicamente a tela do filtro e verifique o funcionamento das válvulas
reguladoras de pressão. Em reguladoras de pressão com tomada de impulso externo à válvula,
proteja o tubo de impulso contra choques mecânicos, pois o seu rompimento trará sérias
conseqüências ao sistema. Caso seja constatado algum problema, corrija-o imediatamente.
Os gases combustíveis normalmente utilizados são o gás natural, nafta ou GLP e ainda
gases residuais ou obtidos por processos de gaseificação diversos. A rede de gás é
dimensionada para o tipo de gás mencionado no pedido do cliente, não devendo ser trocado
por outro tipo sem consultar-nos previamente.
As recomendações feitas para a rede de gás combustível também são válidas, onde
aplicáveis, para o piloto a gás e seus acessórios.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS
BOMBAS D’ÁGUA
INSTALAÇÃO:
Tubulação de sucção:
OPERAÇÃO:
• Limpeza do filtro - Caso não esteja limpo, retire a tela e lave-a. Não use estopa na
limpeza. Se necessário para completar a limpeza, use ar comprimido ou outro meio
que não deixe qualquer resíduo.
• Escorva - Abrir a saída de ar situada no lado da sucção e girar o eixo até sair água
livre de bolhas de ar, fechando-a, em seguida.
• Sentido de rotação - Na primeira ligação, observar se o sentido de rotação
corresponde ao indicado pela seta.
Abrir totalmente a válvula na sucção da bomba e com esta trabalhando na pressão de
operação, verificar a corrente do motor que não deverá ser maior que a indicada na placa do
mesmo.
No caso da bomba tipo turbina, abra totalmente a válvula na descarga.
Nota: Não se deve deixar a bomba trabalhar sem água. O efeito pode ser desastroso
para as peças móveis da bomba.
MANUTENÇÃO:
Verifique periodicamente:
• Alinhamento da bomba com o motor - A análise mais rápida desta situação pode
ser feita, examinando a luva elástica na junção dos dois eixos. Aproveite para
examinar o estado da junta de borracha do acoplamento.
• Limpeza dos filtros de água - Deve ser feita semanalmente.
• Aperto dos parafusos que prender o motor e a bomba à base.
Com o tempo, poderão surgir desgastes em peças internas das bombas, que alteram o
seu desempenho. Neste caso, recomenda-se contato com a nossa Assistência Técnica, para a
revisão geral da bomba, dentro dos padrões e recursos da fábrica.
Engaxetamento da Bomba:
Em uma bomba, o acabamento ou o desgaste do eixo são fatores críticos, capazes de
afetar a vida útil das gaxetas. Também, a grande velocidade de rotação da bomba torna mais
crítico o dimensionamento e a instalação adequada das gaxetas. Quando a bomba trabalha,
algum lubrificante é forçado ou expelido para fora. Com a perda de lubrificante, as gaxetas
encolhem e afastam-se do eixo, dando margem aos vazamentos. Geralmente, faz-se cessar o
vazamento, apertando a sobreposta.
A falta de lubrificante causa o aquecimento do eixo e das gaxetas. O lubrificante com
o qual é impregnada a gaxeta, começa a migrar pouco a pouco, proporcionando alguma
lubrificação e, novamente, os vedantes encolhem permitindo perda de fluído. Quando então se
aplica mais pressão à sobreposta; este procedimento é repetido até que não reste lubrificante.
Neste ponto a gaxeta fica dura, sem elasticidade, torna-se abrasiva e incapaz de proporcionar
uma vedação eficiente. Nestas condições, perde-se água, danifica-se o eixo, elevando-se os
custos de manutenção.
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Neste ponto torna-se necessário a troca das gaxetas. Caso a bomba tenha ficado
inativa por um período de seis meses ou mais, a gaxeta também deve ser substituída, pois
estará ressequida.
Para substituição das gaxetas, siga as instruções abaixo:
• Soltam-se as porcas da sobreposta. Remove-se a velha gaxeta com auxílio de um
gancho. Dirija este gancho para dentro da caixa de engaxetamento para evitar
danos no eixo;
• Limpa-se cuidadosamente a caixa de engaxetamento, a sobreposta e os outros
componentes. Se forem utilizadas gaxetas impregnadas com óleo, graxa e grafite,
será necessário o emprego de um solvente para eliminar todo traço de depósitos;
• Inspeciona-se o eixo e a caixa de engaxetamento, para verificar se existem
rachaduras, entalhes e desgaste;
• Deve-se substituir qualquer peça danificada. Se a gaxeta tirada apresentar indícios
de desgaste, deve-se inspecionar o acabamento do eixo ou seu desgaste;
• Determina-se a espessura da gaxeta, subtraindo-se o diâmetro externo do eixo do
diâmetro interno da caixa de gaxeta e dividindo-se o resultado por 2. Se esta
dimensão recair entre dois tamanhos de espessura padrão de gaxetas, escolhe-se o
maior;
• Cortam-se os anéis da gaxeta sobre uma barra de mesma dimensão do eixo. O
corte diagonal, proporcionará uma melhor vedação. Os anéis de gaxeta que
ficarem demasiado grandes deverão ser cortados até que tenham a medida exata, e
os demasiado pequenos devem ser abandonados;
• Introduz-se o primeiro anel na caixa de engaxetamento com o corte no ponto
superior e aperta-se cuidadosamente, utilizando-se a própria preme-gaxeta.
Instalam-se os demais anéis com cortes defasados a 90º ou 120º entre si. Deve-se
introduzir cada anel, fazendo pressão cuidadosamente, sem deformá-lo ou torcê-lo;
• Apertam-se as porcas da sobreposta com os dedos e põe-se em marcha a bomba.
Espere até atingir a temperatura e pressão de trabalho. É aconselhável fazer
funcionar a bomba por 10 minutos na sua temperatura de trabalho, antes de se
fazerem ajustes de qualquer tipo. Se os vazamentos forem demasiadamente
grandes, apertam-se as porcas girando apenas uma volta, e permite-se que a gaxeta
se acomode por pelo menos 10 minutos. Continua-se este procedimento, até que o
vazamento não supere 5 à 10 gotas por minuto. Assim, obter-se-á uma boa
lubrificação com o mínimo de perdas. Ao apertar os parafusos da sobreposta,
verifique que estas não fiquem desalinhadas. Isto, além de provocar a ruptura das
mesmas, solicitará do eixo um esforço adicional, danificando-o. Não aperte a
gaxeta para vedar totalmente.
Nota: O mínimo de ar que penetre pela caixa de gaxetas, prejudica o funcionamento
da bomba d'água.
Lubrificação:
A lubrificação é feita mediante a adição da graxa recomendada, através dos pinos
graxeiros.
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• Sobrecarga do motor:
• Eixo com empeno;
• Peças móveis atritando-se;
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VÁLVULAS DE SEGURANÇA
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Vazamentos:
Quando ocorre vazamento, à pressão operacional, é importante um pronto reparo. A
permanência desta condição, tende a causar danos e inutilizações de certos componentes, o
que viria a comprometer os custos de manutenção. As causas prováveis de vazamentos, são as
seguintes:
• Assentamento prejudicado por corpo estranho - Em primeiro lugar, isto não deve
ocorrer quando todo o sistema tenha sido limpo e libertado de qualquer matéria
estranha. Partículas sólidas encravadas no assentamento, impedem a boa vedação.
Provocando-se uma descarga pela alavanca de levantamento, é provável que o
material estranho seja expulso e que o vazamento desapareça. Se este
procedimento não conduzir a resultado satisfatório, é possível que as sedes tenham
sido danificadas e, se assim for, requeiram o recondicionamento.
• Deformações decorrentes de tensões da tubulação - O vazamento assim
provocado, poderá ser corrigido pelo alívio das tensões geradas, procedendo-se ao
ancoramento apropriado ou outras modificações da tubulação.
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Trepidação:
Assim é designado o fenômeno de repetidas aberturas e fechamento das válvulas, com
freqüência muito alta. São causas determinantes desta falha:
• Válvula com excesso de capacidade;
• Uma restrição na entrada da válvula;
• Linha de descarga mal instalada e subdimensionada.
Para eliminar a primeira causa, basta usar válvula menor. A segunda causa provoca
uma espécie de "emperramento" à abertura da válvula, criando uma pressão de entrada
variável que, sendo de suficiente magnitude, poderá causar danos e, portanto, exigirá correção
imediata. As linhas de descarga podem desenvolver altas contrapressões, em função de
subdimensionamento, curvaturas imperfeitas, estrangulamentos e outras falhas capazes de
provocar trepidação.
MANUTENÇÃO:
PAINEL DE COMANDO
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Recomendações importantes:
Mantenha o armário permanentemente fechado a fim de evitar o acumulo de poeira,
umidade e detritos em seu interior, que é extremamente prejudicial para as contatoras, e o
risco de choque elétrico ou impacto acidental com os componentes internos, danificando-os;
Anualmente faça uma revisão geral, observando o estado dos contatos das chaves
contatoras (não se deve lixá-los ou trocá-los de posição), testando o funcionamento dos relés
térmicos de proteção e verificando seus pontos de ajuste e procedendo a um reaperto geral
das conexões, bornes, etc. Elementos danificados devem ser imediatamente substituídos;
Em ambientes muito empoeirados, semanalmente faça uma limpeza do interior do
painel de comando com jato de ar comprimido seco, livre de óleo e impurezas. Em locais com
menor quantidade de partículas presentes no ar, esta limpeza poderá ser mensal;
Observe regularmente a existência de aquecimento em cabos, contatoras ou o
aquecimento excessivo de fusíveis e transformadores.
Verifique o contato elétrico entre os diversos elementos e proceda a um reaperto ou
reparo sempre que se fizer necessário. Tenha em mente que os componentes eletrônicos
existentes são muito sensíveis ao calor, devendo ser observada a temperatura máxima de 50ºC
no interior do painel, quando fechado;
Os defeitos mais comuns são: queima de bobinas, mau contato, contatos colados e
queima do alarme sonoro. Observe que a queima de fusíveis normalmente ocorre por curto-
circuito ou excessiva corrente elétrica, não devendo ser considerada como normal ou falha do
fusível e antes da substituição do mesmo, deverá ser feita uma criteriosa análise para
verificação da causa do rompimento do elo fusível. Verifique se a tensão de alimentação tem
o valor dentre os limites de ± 10% (dez por cento) da nominal;
Não altere a regulagem dos reles térmicos ou a capacidade dos fusíveis. Estes são
elementos de proteção e deverão estar corretamente ajustados ou dimensionados para sua
perfeita atuação.
Antes de proceder a qualquer reparo ou verificação no interior do painel de comando,
desligue antes a caldeira e abra a chave seccionadora geral que alimenta o mesmo. Lembre-se
que ao desligar a caldeira os seus equipamentos param e o circuito de comando é
desenergizado, entretanto o barramento, os fusíveis e a entrada das chaves contatoras dos
motores ainda possuem tensão até que se desligue a chave geral da caldeira.
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CONTROLE AUTOMÁTICO
Para esse fim, nossas caldeiras são dotadas dos seguintes dispositivos:
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Ajuste de Pressão
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Para ajustar a pressão, gire o parafuso de regulagem de pressão até o valor desejado.
Para a regulagem do diferencial, gire o parafuso de regulagem até o valor desejado.
Cuidado ao regular o pressostato através dos valores de pressão indicados no
manômetro principal da caldeira!
Com o passar do tempo este manômetro vai perdendo a elasticidade e passa a indicar
valor de pressão diferente do real, devendo então ser substituído. Para ajuste do pressostato
deve-se utilizar manômetro calibrado.
Manutenção
• O sifão e linha do pressostato deve ser limpo periodicamente. Lama e incrustações,
entopem ou dificultam a operação;
• Os defeitos mais comuns são: furar o fole ou defeitos mecânicos que devem ser
corrigidos por pessoa especializada;
• Caso a caldeira, operando em automático, venha a desligar com o manômetro
indicando pressão acima da máxima para a que foi construída, verifique o ajuste do
pressostato, tubo de ligação obstruído ou manômetro com erro de indicação;
• Cuidado ao montar o pressostato na caldeira, verificando sempre o enchimento com
água do tubo sifão de forma que o vapor não incida diretamente no fole do pressostato,
danificando-o devido à alta temperatura. Mesmo cuidado deve ser tomado com o
manômetro principal.
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Este instrumento detecta a radiação ultravioleta emitida pela chama. Ele é conjugado
ao programador de combustão e é usado como detector de chama do sistema de segurança da
combustão a gás ou óleo combustível. Ele detecta apenas a radiação ultravioleta e, por essa
razão, opera corretamente, sem ser influenciado pela luminosidade da parede da fornalha,
como pode ocorrer com sistema tipo fotorresistor, que detecta a radiação infravermelha.
Toda chama produz radiação ultravioleta, invisível ao olho humano, mas detectada
pelo sensor ultravioleta. Por razões de segurança, o detector não deve ficar exposto a outras
fontes de radiação ultravioleta, que não a da chama da fornalha. A fonte falsa de radiação
ultravioleta mais comum é a centelha do combustor piloto. Outras fontes de radiação
ultravioleta são: refratário quente (acima de 1400°C), arcos de solda ou outra forma de
centelhas, raio laser, lâmpadas germicidas, analisadores por difração, microscópios
eletrônicos, aparelhos de raio-X, disjuntores a vácuo, TV defeituosa e rádio isótopos.
O sensor não deve ser exposto a temperatura acima de 100°C. Na sua instalação deve-
se ter em conta que o circuito é em corrente contínua e o tubo polarizado. Assim, o fio azul
deve ser conectado ao borne correspondente do programador e o mesmo com o fio branco. A
troca destes poderá inutilizar o sensor. Os cabos devem ser o mais curtos possível e irem
direto aos bornes do programador. Deve-se usar cabo blindado com dreno eletrostático para
ligação da ultravioleta. Após a instalação, o sensor não requer ajustes ou manutenção. Se o
sistema funciona mal, verifique se as ligações estão corretas e limpe o vidro do sensor com
pano macio e limpo. Se o problema persistir, deve-se trocar o sensor.
Os sensores de chama ultravioleta são aplicados nas caldeiras a gás, mistas (óleo e
gás) ou a pedido do cliente.
SISTEMA DE MODULAÇÃO
SERVO MOTOR
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Limpeza da válvula:
Em caso de observar-se qualquer irregularidade no volume de chama ou quando a
pressão do óleo não se estabilizar durante o funcionamento, pode ser que a sede da válvula
esteja presa por sujeira ou entrada de ar na linha de sucção antes da bomba (ou manômetro
defeituoso).
Nas agulhas da válvula pode haver detritos que se depositam durante o funcionamento
da caldeira, esse fenômeno irá diminuindo paulatinamente o fluxo de óleo para o combustor.
Sendo necessário limpar a válvula, proceda da seguinte forma:
• Feche a entrada de óleo na rede;
• Abra a válvula de dreno do aquecedor e pôr ela purgue o óleo da rede até que a
pressão registrada no manômetro seja nula;
• Retire os castelos da válvula sem desmontar a sua parte superior. Na parte superior
se encontra o mecanismo de regulagem coberto pôr um capuz de proteção. Não
retire este capuz, nem mexa no parafuso de regulagem;
• Lave a agulha e a sede da válvula eliminando os detritos. Não use estopa, pois os
fiapos da mesma dentro de uma canalização de óleo sempre causam problemas. Use
querosene, óleo diesel ou outro solvente para lavagem;
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Nas caldeiras a gás ou mistas, a quantidade de gás combustível é controlada por uma
válvula borboleta de modulação. Esta válvula é acionada através do conjunto de cames de
regulagem.
INTERTRAVAMENTOS DE SEGURANÇA
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Nas caldeiras a gás ou mistas, além dos dispositivos de segurança já citados, são
encontrados os seguintes:
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COLUNA DE NÍVEL:
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INDICADOR DE NÍVEL:
Este é do tipo tubular com hastes protetoras para o vidro visor. O vidro visor deve ser
mantido sempre limpo e, para sua limpeza em operação, basta abrir a válvula de dreno do
indicador por alguns segundos, repita a operação quantas vezes for necessário. De modo
geral, recomenda-se descarregar o indicador, ao menos uma vez por dia. O vidro sujo ou não
transparente deve ser substituído por um outro novo de mesmas dimensões. O vidro utilizado
é o tubular de diâmetro 5/8", devendo também à ocasião, ser trocada a gaxeta.
Caso o visor seja danificado com a caldeira pressurizada, aja com calma, protegendo-
se do vapor e água quente e fechando rapidamente as válvulas de bloqueio do indicador de
nível. Em seguida, retire os fragmentos de vidro e substitua a gaxeta, corte o novo vidro na
medida correta, recoloque-o e reaperte as gaxetas cuidadosamente. Não se esqueça de abrir as
válvulas de bloqueio, que, se apresentarem vazamentos, devem ter as gaxetas de vedação
reapertadas.
Nas caldeiras com PMTA superior a 1.171 kPa (11,95 kgf/cm2 = 170 psig), o
indicador de nível é do tipo pesado com dois vidros refletivos no 5. Para limpeza ou
substituição dos vidros, feche as válvulas de bloqueio do indicador de nível, solte
vagarosamente as porcas da tampa do corpo, (cuidado nesta operação, pois caso a caldeira
esteja pressurizada, haverá pressão no interior da câmara do indicador de nível), retire as
tampas do corpo limpe ou substitua os vidros, substitua as juntas de vedação (duas entre o
corpo e os vidros e duas entre os vidros e as tampas), recoloque as tampas. O aperto das
porcas deverá ser feito com critério, para que não haja empenamento da tampa bem como
quebra dos vidros, na ordem indicada na figura abaixo.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. CONTROLE AUTOMÁTICO
ELETRODOS DE NÍVEL:
Eletrodo de nível
Os eletrodos contidos na coluna de nível e o montado no próprio corpo têm um
número que corresponde à sua função e posição na montagem, possuindo também um
comprimento pré-determinado que não deve ser modificado, sem que sejamos previamente
consultados.
Assim temos:
• O eletrodo no 9, comanda a parada da bomba d'água, quando a água atinge este
nível;
• O eletrodo no10, dá partida na bomba d'água, quando o nível desce até este ponto;
• A diferença de comprimento entre estes dois eletrodos (no 9 e 10) é o normal do
nível da água do interior da caldeira;
• O eletrodo no11, comanda a interrupção da combustão, por falta de água na
caldeira, fazendo soar o alarme;
• No corpo da caldeira, existe mais 1 (um) eletrodo no13, para segurança
suplementar, em caso de falha do contido na coluna de nível.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. CONTROLE AUTOMÁTICO
CONTROLE DE NÍVEL:
DEFEITOS EM OPERAÇÃO:
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AALBORG INDUSTRIES S.A. CONTROLE AUTOMÁTICO
Nossas caldeiras podem ser fornecidas na versão para água quente, com as seguintes
mudanças principais:
Quanto aos demais dispositivos e características, tudo que foi explanado para
caldeiras a vapor, onde aplicável, é válido para as caldeiras de água quente.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. COMBUSTÃO
COMBUSTÃO
COMBUSTÃO DE GASES
Os combustíveis gasosos são os mais fáceis de entrar em combustão. Uma vez tendo-
se uma mistura adequada de gás combustível e ar, uma simples faísca fará com que se inicie a
reação, que prosseguirá sem dificuldade, mantida pela alta temperatura obtida na combustão.
Desta relativa facilidade para início da combustão, resulta a necessidade de grande atenção
com a segurança na utilização de gases combustíveis. Veja tópico a respeito neste manual.
COMBUSTÃO DE ÓLEOS
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AALBORG INDUSTRIES S.A. COMBUSTÃO
PODER CALORÍFICO
VISCOSIDADE
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AALBORG INDUSTRIES S.A. COMBUSTÃO
AR DE COMBUSTÃO
EXCESSO DE AR
Esquema da combustão
CONTROLE DA COMBUSTÃO
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AALBORG INDUSTRIES S.A. COMBUSTÃO
REGULAGEM DA COMBUSTÃO
Esta somente poderá ser feita por pessoal técnico especializado, pois requer certa
habilidade para que se consiga o ponto de melhor equilíbrio entre os diversos fatores
envolvidos. Normalmente o processo de regulagem da combustão requer tempo, paciência e
observação, sendo também um processo interativo, ou seja, vão sendo feitos diversos ajustes
até que se obtenha a melhor performance possível. Desta forma, não há como estabelecer-se
um roteiro exato para a regulagem; entretanto, procuramos a seguir estabelecer os critérios de
julgamento, com os meios possíveis de ajuste ou verificação.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. COMBUSTÃO
O teor de CO2 medido à saída dos gases na caldeira também é um indicativo seguro da
qualidade da combustão, mostrando indiretamente o excesso de ar com que a mesma se
realiza. É normal encontrar-se teores de CO2 mais baixos quando em "fogo mínimo" e mais
altos quando em "fogo máximo". Os valores considerados bons, são:
• Para óleo combustível: Entre 12 e 14%
• Para gás natural: Entre 9 e 11%
ESTABILIDADE DA CHAMA
Mesmo conseguindo-se bons valores para o teor de CO2 nos gases e bom aspecto para
a chama na fornalha, o resultado pode ser insatisfatório, caso a chama não se apresente estável
e a combustão não se dê de forma contínua e sim com pulsações ou vibrações. Os
combustores possuem dispositivos para a adequada estabilização da chama, feita através da
correta distribuição do ar.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. COMBUSTÃO
REGULAGEM DA ATOMIZAÇÃO
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AALBORG INDUSTRIES S.A. TRATAMENTO DE ÁGUA
TRATAMENTO DE ÁGUA
INCRUSTAÇÃO
Perda ( % ) ≅ 2 x espessura em mm
SEDIMENTAÇÃO
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AALBORG INDUSTRIES S.A. TRATAMENTO DE ÁGUA
Os sólidos dissolvidos, que não são retirados pelos filtros, associados a compostos em
suspensão presentes na água da caldeira, vão se concentrando devido à vaporização continua
da água que é liberada na forma de vapor, até atingirem o seu limite máximo de concentração
na água, a partir do qual precipitam-se para o fundo da caldeira formando, depósitos de lama.
Ao contrario da incrustação, a lama assim formada é de consistência mais mole e
menos aderente, sendo portanto de fácil remoção através de descargas de fundo.
Muitas vezes, a formação de lama está associada aos produtos químicos empregados
no tratamento, que atuam como anti-incrustantes, formando compostos que ficam em
suspensão na água da caldeira, até atingir o ponto de saturação, quando se precipitam para o
fundo na forma de lama.
A lama, a principio de fácil remoção, e portanto inócua, pode vir a tornar-se
problemática na presença de elementos que são denominados ligantes e formam depósitos de
maior consistência, dificultando, assim, a sua remoção. Os principais ligantes encontrados no
interior da caldeira são o óxido de ferro, o fosfato básico de magnésio, a sílica, os óleos e
outros materiais orgânicos, que devem ser evitados, removidos ou controlados por tratamento
adequado.
A lama, caso não seja eficientemente eliminada, e estando sujeita à alta temperatura
decorrente do contato com os tubos e principalmente a fornalha, será "cozida", endurecendo e
tendo também características isolantes, tornando a caldeira sujeita a risco de deformação ou
até explosão, de modo similar às incrustações.
A eliminação da lama depositada no fundo da caldeira, é feita com a caldeira em
operação, através de descargas de fundo periódicas. Para que seja eficaz, a descarga de fundo
deve ser feita com uma freqüência adequada, sendo função das características da água de
alimentação e do tratamento utilizado, devendo ser fixada pelo responsável pelo tratamento da
água.
Recomendamos como mínimo, que a descarga seja efetuada três vezes ao dia,
permanecendo a válvula aberta por aproximadamente 5 segundos e que seja realizada
alternadamente nos diferentes pontos de descarga do corpo.
Nos períodos de manutenção, devem ser abertos os tampões no corpo da caldeira,
examinando o seu interior e, removido, por meio de jatos de água, com auxilio de ferramentas
mecânicas, todo e qualquer depósito.
CORROSÃO
Sob pena de ter-se a vida útil da caldeira drasticamente reduzida, torna-se necessário
também o controle da corrosão. De outra forma, ao ocorrer corrosão fora da caldeira, os
produtos decorrentes desta são carregados pela água para dentro da caldeira, trazendo
problemas diversos caso não venham a ser corretamente combatidos.
Uma das principais causas da corrosão na caldeira, é a presença de oxigênio
dissolvido na água de alimentação, pois este faz com que o catodo de qualquer célula de
corrosão se despolarize, sustentando assim o processo de corrosão.
A corrosão devida ao oxigênio é normalmente encontrada na forma localizada, sendo
mais conhecida como "pitting". A concentração de oxigênio deve ser mantida a mais baixa
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AALBORG INDUSTRIES S.A. TRATAMENTO DE ÁGUA
possível na água de alimentação, podendo este vir a ser removido da água, mecanicamente
através do emprego de um desaerador, e/ou com a adição de produtos químicos conhecidos
como "seqüestrantes de oxigênio", que são adicionados normalmente no desaerador, em
complementação à remoção mecânica, ou no tanque de água da caldeira.
Os produtos químicos empregados com este fim são o sulfito de sódio e a hidrazina,
sendo o primeiro recomendado principalmente quando o vapor da caldeira entra em contato
direto com produtos alimentícios ou farmacêuticos.
Outra forma importante de corrosão que pode ocorrer no interior da caldeira, é a
devida ao baixo pH, ou seja, o ataque ácido. Este se dá de forma generalizada por todas as
superfícies internas, sendo entretanto agravado nas superfícies dos tubos e fornalha devido ao
efeito da alta temperatura aí existente. Assim o pH deve ser cuidadosamente controlado
devendo ser mantido sempre acima de 7,0 ou seja, alcalino.
Quedas bruscas do pH interno da caldeira, são normalmente devidas à contaminação
do condensado retornado por ácidos orgânicos ou minerais. O controle do pH é feito mediante
a adição de produtos químicos alcalinos, normalmente associados a outros empregados, por
exemplo, como anti-incrustantes. Outras formas de corrosão são:
• A corrosão sob os depósitos ou incrustações, devido a presença de sais de sódio
associados à alta temperatura;
• A corrosão cáustica, decorrente de um excesso de hidróxido de sódio que é
largamente empregado no tratamento de água de caldeiras;
• A corrosão sob tensão que torna o aço quebradiço devido ao efeito associado da
tensão e do ambiente corrosivo. É comum ocorrer esta forma de corrosão nos espelhos
e tubos, próximo a região de mandrilamento;
• Embora não seja uma forma de corrosão, a fragilidade cáustica pode ocorrer
principalmente na região de mandrilamento dos tubos, tendo a forma de trincas no
sentido circunferencial e é devida a concentração de alcalinidade hidróxida na fenda
formada pelo mandrilamento;
• Associada à existência de oxigênio dissolvido na água, pode também ocorrer a
corrosão devida à correntes elétricas residuais decorrentes dos motores e
equipamentos elétricos que compõem a caldeira. Um bom aterramento da caldeira faz
com que estas correntes fluam em direção à terra, eliminando o problema.
ARRASTE
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AALBORG INDUSTRIES S.A. TRATAMENTO DE ÁGUA
Quanto aos três primeiros, é fundamental o controle de seus níveis dentro da caldeira,
pois a alcalinidade promove a formação de espuma, dando condições para haver o arraste de
gotículas de água, contendo dissolvidos os sólidos totais e sólidos em suspensão.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. TRATAMENTO DE ÁGUA
alcalinos e tratamento externo. Os sólidos suspensos serão controlados por tratamento externo
com filtração, descargas e controle dos tratamentos à base de precipitação.
Em alguns casos, em decorrência da contaminação do condensado retornado, pode vir
a ser necessário a utilização de produtos químicos de características antiespumante, pois
modificações operacionais ou aumento de descargas não surtirão efeito sobre a formação de
espuma devido à água contaminada.
Ao serem introduzidos dentro da caldeira, esses antiespumantes têm como
características se insolubilizarem e se dirigirem para a superfície, devido ao efeito da
temperatura e do nível de eletrólitos. Na superfície irão atuar sobre as bolhas formadas,
alterando sua tensão superficial e dando condições para que estas se tornem maiores,
quebrando-se com mais facilidade e, assim, liberando o vapor.
É importante ressalvar que, ao se procederem análises do vapor gerado na caldeira,
deve-se ter em conta o título do mesmo, que corresponde à relação entre a massa de vapor
seco contido no vapor gerado e a massa total deste. O título do vapor gerado por nossas
caldeiras é da ordem de 0,95 à 0,98 ou seja, de cada quilograma de vapor gerado de 5 à 2% é
constituído de água saturada e não vapor, não sendo estes valores considerados como
arraste.
As exigências gerais quanto ao tratamento da água, dependem da pressão de operação
da caldeira e de sua forma construtiva. Quando revemos os últimos 50 anos de
condicionamento interno de água de caldeira, muitas mudanças podem ser observadas, tanto
no tipo de equipamento usado para geração de vapor, quanto no tipo de produtos químicos
aplicados para inibir depósitos e corrosão interna. Entre os avanços nos equipamentos,
citamos os seguintes:
• Mais ênfase no sistema de pré-tratamento para remover impurezas da água, antes
de ingressar na caldeira (troca de íons);
• Geração de vapor a maior pressão;
• Menor e mais eficiente equipamento de geração de vapor.
No campo dos produtos químicos, a indústria mudou do uso de produtos orgânicos
naturais para os fosfatos inorgânicos, para quelantes estequiométricos sintéticos e para os
mais avançados e estáveis produtos orgânicos sintéticos.
As caldeiras modernas estão transferindo calor em áreas muito menores. Padrões mais
rigorosos de água de caldeira são um resultado direto desse aumento na eficiência de geração
de vapor, pois um trabalho mais duro em cima das superfícies de troca de calor, torna
imperativo que se mantenham limpos tanto o lado da água quanto o lado do fogo. As
superfícies são menos acessíveis à inspeção e limpeza, o que confere uma importância maior
ao bom tratamento da água e à manutenção.
Após minuciosos estudos e pesquisa, foram delimitados os valores a serem mantidos
na água de alimentação de nossas caldeiras, conforme tabela a seguir. Em função de
características específicas tanto da água quanto do regime de operação, estes valores podem
vir a ser alterados pelo responsável do tratamento.
VALORES LIMITES
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AALBORG INDUSTRIES S.A. TRATAMENTO DE ÁGUA
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AALBORG INDUSTRIES S.A. TRATAMENTO DE ÁGUA
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AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
OPERAÇÃO DA CALDEIRA
13.3.5 Para efeito desta NR será considerado operador de caldeira aquele que
satisfizer pelo menos uma das seguintes condições:
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AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
Nota: Por ocasião do acendimento inicial da caldeira, a ATA, através do técnico enviado
para tal finalidade, fornece informações básicas inerentes à caldeira, de modo a familiarizar o
operador com o novo equipamento, o que, no entanto, não deve ser considerado como um
treinamento na acepção da NR-13.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
PRIMEIRO ACENDIMENTO
Notas importantes:
1. Somente deverá ser solicitada a presença do técnico após terminada toda a instalação,
feitas as verificações preliminares e providenciados os insumos necessários à operação da
caldeira: combustível, energia elétrica, água tratada, etc.
2. Não dar início à operação da caldeira, sem a presença do técnico, para não prejudicar a
garantia da mesma
1. Verificação geral:
• Abrir a válvula geral de entrada de água e ligar a chave geral de energia elétrica
para a caldeira. A bomba de água será automaticamente ligada, começando a
encher a caldeira com água;
• Enquanto a bomba estiver operando, observar cuidadosamente o nível de água no
tanque e, se este esvasiar-se, a chave deverá ser desligada, aguardando-se que o
mesmo se encha novamente para, então, tornar a ligar a chave geral.
• A bomba continuará operando, até que a caldeira atinja o nível máximo de água,
quando a válvula de entrada de água deverá ser fechada, para evitar que a
alimentação de água prossiga por gravidade.
• Após o primeiro enchimento da caldeira, é necessário abrir e limpar a válvula de
retenção da bomba, para retirar fragmentos soltos na água, que podem provocar o
retorno da água quente da caldeira, através da bomba, ao tanque de água.
• A alimentação de água com a caldeira fria deve ser feita com a válvula de suspiro
totalmente aberta, ou, na falta desta, providenciar outra maneira de eliminar o ar do
interior do costado.
• Neste primeiro enchimento com água, é também observado o funcionamento do
sistema de controle de nível de água.
3. Teste hidrostático:
• Antes do acendimento da caldeira e, ainda com água fria, deverá ser feito um teste
hidrostático na caldeira, a fim de detectar alguma anormalidade proveniente do
manuseio da unidade durante o transporte ou na instalação da mesma;
• Raquetear as válvulas de segurança ou removê-las e fechar os respectivos bocais,
na caldeira, com flanges cegos;
Nota: Nunca faça a vedação na própria válvula de segurança, por meio de aperto
do parafuso de ajuste, pois tal procedimento poderá danificar a sede e
contra-sede da válvula.
• Desconectar os pressostatos;
• Fechar a válvula de saída de vapor;
• Abrir as tampas das caixas de fumaça traseira e dianteira;
• Com o comando manual da bomba d’água, elevar lentamente a pressão da caldeira
até 1,5 (uma e meia) vez a PMTA, e efetuar uma rápida inspeção visual da caldeira;
92
AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
ROTINA DE PARTIDA
Toda vez que for dar início à operação da caldeira, o operador deve cumprir uma
rotina, conforme estabelecido a seguir. Estas providências são necessárias somente nos casos
em que a caldeira, após um certo tempo em funcionamento normal, tenha permanecido parada
por um período prolongado. Em caso de paradas normais durante o funcionamento, a partida
se dá automaticamente, sem necessidade da intervenção direta do operador.
• de água;
• de combustível principal (óleo combustível ou gás em cilindros);
• de combustível do piloto (óleo diesel ou querosene).
• de bloqueio manual do gás para o combustor (operação com óleo nas caldeiras
mistas);
• de bloqueio na instalação de suprimento de gás (operação com óleo nas caldeiras
mistas).
• do visor de nível;
• da rede de óleo combustível;
• do fluido externo de atomização;
• de bloqueio de gás para o piloto (operação a gás nas caldeiras a gás ou mistas);
• da rede de óleo diesel ou querosene para o piloto;
• de bloqueio manual do gás para o combustor (operação a gás nas caldeiras a gás ou
mistas);
• de bloqueio na instalação de suprimento de gás.
• Partindo-se a caldeira com água fria em nível normal, observa-se que, passado
algum tempo, o nível de água apresenta-se muito alto, possivelmente cobrindo todo
o visor, devido à dilatação volumétrica da água. Nestas condições, proceda à
descarga de fundo até restabelecer o nível normal.
• Ao atingir a pressão normal de trabalho, a válvula de saída de vapor deve ser aberta
muito lentamente, prevenindo-se golpe de ariete e choque térmico. Nas caldeiras
com atomização por fluido auxiliar, caso desejado, pode-se passar a fazer a
atomização com o vapor gerado pela própria caldeira. Para isso, a caldeira deve ser
desligada, a válvula de ar fechada e a válvula de vapor para atomização aberta,
tornando-se a acender a caldeira.
1. Após verificar que o tanque de serviço esteja devidamente abastecido, ligue seu
aquecimento elétrico;
2. Quando a temperatura atingir cerca de 60°C, o óleo combustível estará em condições de
ser bombeado. Com a válvula de bloqueio à entrada do queimador fechada e a válvula de
suspiro do aquecedor de óleo aberta, acione a bomba de óleo, e observe, em seguida, o seu
funcionamento, que não deve ser “forçado”. Caso haja o desligamento do motor da
bomba, devido a sobrecarga atuando o relé térmico, aguarde a temperatura do óleo no
tanque subir mais um pouco e verifique o esforço da bomba, girando-a manualmente.
Nota: A temperatura acima é válida para óleo combustível 1A ou 1B, podendo ser maior
para óleos mais viscosos,
3. Entrando a bomba de óleo em funcionamento, encherá o aquecedor de óleo. Ao começar a
sair óleo pelo suspiro, feche-o. Observe o manômetro até que acuse alguma pressão, o que
indicará que o tanque está completamente cheio de óleo. Desligue, então, a bomba de óleo.
Nota: Nunca deixe que a pressão ultrapasse 4 Kg/cm², caso em que a válvula de alívio se
abrirá. Se, no entanto, a válvula de alivio estiver avariada ou descalibrada, o aquecedor
poderá romper-se.
4. Ligue as resistências do aquecedor de óleo. O controlador de temperatura do aquecedor
desligará automaticamente as resistências, quando o óleo atingir a temperatura ajustada.
Ligue novamente a bomba de óleo, para que este circule na rede. Faça-o, porém, com a
atenção voltada para o manômetro, desligando-a se a pressão do óleo chegar ao limite
superior da faixa de operação (veja a tabela). Repita a operação de ligar e desligar, tantas
vezes quanto necessário, até que a pressão se estabilize na faixa de operação..
Nota: Somente energize as resistências do aquecedor de óleo após certificar-se de que este
esteja totalmente cheio, caso contrário elas se danificarão irremediavelmente.
5. À medida que o óleo circula através da rede, a temperatura gradualmente se estabiliza,
quando, então, abra a válvula manual de óleo, devendo esta permanecer aberta enquanto a
caldeira estiver em funcionamento. A partir deste instante, a caldeira está pronta para a
operação normal.
Nota: Periodicamente drene o aquecedor, recolhendo o óleo misturado à água, em um
recipiente apropriado.
OPERAÇÃO AUTOMÁTICA
ÓLEO COMBUSTÍVEL
95
AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
As caldeiras ATA, com traseira seca, requerem um aquecimento inicial (caldeira fria)
mais cuidadoso, para evitar choque térmico no refratário da câmara de reversão traseira. Para
isso, recomenda-se que após cada cinco minutos de funcionamento (manual), haja uma parada
da combustão, durante outros cinco minutos, repetindo-se a operação até que a pressão da
caldeira atinja 345 kPa (3,5 kgf/cm2 = 50 psig), conforme o gráfico.
96
AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
4,00
3,50
3,00
Pressão em kgf/cm2
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
0 5 10 15 20 25 30 35
Tem po em m in
acender
apagar
Gráfico de acendimento
GÁS COMBUSTÍVEL
Os gases combustíveis são normalmente mais leves que o ar, com exceção do GLP,
devendo, portanto, as instalações estar sempre bem ventiladas. Verifique diariamente se os
acessos e janelas da Casa de Caldeiras estão devidamente abertos e desobstruídos e se, nas
partes mais elevadas, onde há maior tendência de acúmulo de gases, não há equipamentos
elétricos inadequados, superfícies superaquecidas ou outro tipo de fonte de ignição.
97
AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
O gás é incolor, somente percebido pelo odor, e, portanto, requer cuidado, devendo
serem evitados serviços de solda elétrica, acendimento de maçarico, esmerilhamento e outros
que produzam faísca ou calor excessivo, dentro da Casa de Caldeiras, num raio mínimo de
cinco metros do equipamento.
O ponto de descarga do vent, quando houver, deve estar sempre livre e em local
seguro. Nenhum componente elétrico ou fonte de energia aberta deverá ser localizado em um
raio mínimo de três metros. Esse ponto deverá estar localizado obrigatoriamente fora da Casa
de Caldeiras e no mínimo três metros acima da cobertura desta.
2. Verificações iniciais:
Antes de liberar o equipamento para operação, deverá ser feita uma verificação geral
do sistema, a fim de eliminar quaisquer problemas que porventura possam afetar a partida da
caldeira. Abaixo, acham-se relacionados alguns itens que deverão ser observados antes de
admitir gás ao sistema.
• Verifique se não há possibilidade de vazamentos na rede de gás, caso o teste
pneumático não tenha sido feito.
• Faça um teste simulado no painel de comando, verificando se todas as fases de
programação estão sendo cumpridas, simulando chama na ocasião da entrada do
ignitor piloto para verificar o funcionamento da foto-célula ultravioleta e dar
continuidade à seqüência de programação. Nesta ocasião, deverá ser verificado o
funcionamento do ventilador e se a pré-purga e pós-purga estão sendo cumpridas
normalmente.
• Certifique-se de que todos os instrumentos e válvulas foram previamente
calibrados.
• Verifique se os pressostatos do gás e ar estão corretamente instalados.
• Onde for o caso, verifique o sentido de fluxo das válvulas do sistema.
98
AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
3. Procedimento de partida:
4. Funcionamento normal:
Caso ocorra uma concentração de gás no interior da Casa de Caldeiras, provocada por
um vazamento no sistema, as seguintes providências deverão ser tomadas:
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AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
Embora improvável, em certas situações pode ocorrer que haja defeito apenas na parte
de controle de nível de água e que a parte de segurança esteja operando normalmente. Isto
poderá ser verificado, procedendo-se a uma descarga da coluna de nível com a caldeira
pressurizada, o que fará com que soe o alarme, caso o dispositivo de segurança de nível
esteja atuando normalmente.
100
AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
Caso necessário, a caldeira a óleo combustível pode vir a operar utilizando como
combustível: óleo diesel, querosene ou misturas leves, que não requerem preaquecimento
para a atomização pelo queimador. Neste caso, deve-se tomar alguns cuidados, observando-
se o seguinte:
DESCARGA DE FUNDO
A caldeira, à medida que produz vapor vai concentrando os sólidos que ingressaram
com a água. A concentração pode ser mantida abaixo do limite máximo, a partir do qual há
precipitação que concorre para incrustação, arraste de partículas sólidas pelo vapor e
formação de espuma.
É a descarga da caldeira que mantém a concentração destes sólidos dentro dos limites
aceitáveis, além de arrastar o lodo que se acumula na parte inferior do costado.
101
AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
1. Antes de drenar, certifique-se de que não há pessoas por perto e de que não há
anormalidade na saída da descarga.
2. A fim de evitar uma flutuação na pressão do vapor, deve-se escolher o momento oportuno
para a descarga, não devendo ser feita quando a caldeira estiver em carga máxima.
3. Não descarregue a água da caldeira demasiadamente, até atingir o nível mínimo de água.
De preferência, essa operação deve ser realizada com duas pessoas, uma observando o
indicador de nível e a outra operando a descarga.
4. A quantidade de água a ser descarregada depende da freqüência com que é feita a descarga
e dos valores dos sólidos presentes na água de alimentação. Uma vez definido o intervalo
entre uma e outra descarga e a quantidade de água a ser drenada, uma forma prática para o
controle desta é efetuar-se marcas no indicador de nível para melhor controle e facilidade
de operação.
5. Abra rápida e totalmente a válvula de descarga para uma eliminação mais eficiente da lama
e conservação da válvula, pois os detritos arrastados podem danificar sua sede, caso a
válvula opere parcialmente fechada e os detritos venham a depositar-se na sede.
6. Ao terminar a operação de drenagem, certifique-se de que não exista vazamento nas
válvulas. Se encontrar vazamentos ou anormalidades, faça os reparos devidos.
7. Execute a descarga alternadamente em cada um dos pontos de descarga.
8. Caso possível, recomenda-se realizar a operação de descarga de fundo, com a pressão da
caldeira próxima de 207 kPa (2,1 kgf/cm2 = 30 psig). Em caldeiras com operação
contínua, em que não é possível executar a descarga em baixa pressão, recomenda-se a
instalação de válvulas do tipo descarga rápida, após as válvulas normais de bloqueio.
PARÂMETROS OPERACIONAIS
da caldeira ATA:
103
AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
Ocorre quando a água atinge o nível de segurança, devido, entre outras causas, a falta de
água do abastecimento e falha na bomba de alimentação. Em situação normal, o
intertravamento de segurança correspondente (vide item 4.3) fecha a válvula de
combustível, interrompendo a combustão, disparando simultaneamente o alarme e
sinalização. Entretanto, se a manutenção for deficiente, o sistema de segurança fica sujeito
a falhas e o nível de água poderá cair abaixo do nível de segurança, o que poderá acarretar
sérios danos à caldeira. No item 4.4 é descrito o procedimento necessário em caso de
parada de combustão por nível baixo de água.
RETROCESSOS DE CHAMA
Caso o operador perceba sinais de vazamento de tubos, seja através dos gases de
combustão que saem pela chaminé ou algum escorrimento de água para o exterior da
caldeira, deve programar o mais breve possível a abertura da caldeira, para uma inspeção
e avaliação dos danos. Se não existirem trincas nos tubos e no espelho, talvez um simples
remandrilamento resolva o caso. Porém, se os tubos estiverem trincados, estes devem ser
substituídos e se o espelho também apresentar trincas, ele deve ser reparado, antes da
colocação de novos tubos.
Do ponto de vista prevencionista, o acidente do trabalho pode ser definido como uma
ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo
normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ ou lesões nos trabalhadores e/
ou danos materiais.
CAUSAS DE ACIDENTES
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AALBORG INDUSTRIES S.A. OPERAÇÃO DA CALDEIRA
Os atos inseguros são evitados através de medidas educativas e disciplinares impostas aos
trabalhadores.
a) Emissão de gases
Além dos acidentes que obviamente podem afetar a saúde do operador, este está
sujeito também à poluição do ar causada pela caldeira. De fato, a queima de combustíveis
fósseis, utilizados como fonte de energia para caldeiras, gera emissões no ar, tais como:
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
A sua operação será segura e eficiente, desde que, entre outros cuidados, seja seguido
um esquema correto de manutenção. Na elaboração desse esquema, deverão ser seguidas as
recomendações abaixo discriminadas, resultado de muitos anos de pesquisa e experiência.
ROTINA DE MANUTENÇÃO
1. A Casa de Caldeiras deve ser conservada em perfeita ordem, tanto no interior como
no exterior, removendo-se os apetrechos desnecessários, que impeçam ou
dificultem a passagem, e acomodando-se os acessórios pertinentes, da melhor
maneira possível. As ferramentas e peças sobressalentes devem estar arrumadas e
limpas, prontas para serem usadas. O piso deve ser vistoriado e limpo, sempre que
apresentar riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias que o tornem
escorregadio.
2. Sempre que alguma falha for observada, o seu reparo deve ser providenciado, o
mais rapidamente possível, a fim de que se prolongue e acumule o seu efeito. Não
deve ser anulada a ação de válvulas, dispositivos automáticos, chaves magnéticas,
etc., usando tacos, pregos, palitos e objetos semelhantes, pois, assim procedendo,
parte da segurança do gerador de vapor estará sendo prejudicada.
3. Deverá haver, no mínimo, uma completa revisão semestral, com testes de todos os
sistemas de segurança, corrigindo-os, se necessário. Esse nível de manutenção
somente pode ser executado por elemento devidamente credenciado, de preferência
pelo fabricante.
4. O tratamento da água do gerador de vapor deve ser rigorosamente observado (vide
capítulo especial sobre o assunto), procedendo-se as descargas de fundo e da
coluna de nível, conforme o necessário.
5. Sempre que apresentarem vazamento, as válvulas devem ser reengaxetadas, terem
suas sedes retificadas ou , caso nenhuma dessas providências resultem satisfatórias,
devem ser inteiramente substituídas. Além disso, devem ser periodicamente
acionadas, para que não fiquem emperradas por falta de uso.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
Nota: Mantemos, em todo o território nacional, uma rede de assistência técnica, através de
filial e representantes, preparados para atender a todo e qualquer problema que não
possa ser solucionado pelo usuário.
b) procedimentos de execução;
c) procedimentos de controle de qualidade;
d) qualificação e certificação de pessoal.
13.4.1.1 Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deve ser
respeitada a concepção original da caldeira, com procedimento de controle do maior
rigor prescrito nos códigos pertinentes.
Se a caldeira, por algum motivo, tiver que permanecer parada , durante um certo
período, é necessário providenciar proteção adequada, para evitar a corrosão, principalmente
no interior da caldeira, no lado da água.
Há dois métodos para a proteção da caldeira parada, que são escolhidos, em função do
tempo previsto para a parada ou a necessidade de a caldeira ser mantida em disponibilidade
para entrar em funcionamento imediato, se necessário:
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
Deve-se, ainda, adicionar uma solução contendo 450 g de soda cáustica e 100 g de
sulfato de sódio para cada 1.000 litros de água contida na caldeira, mantendo-se o pH mínimo
de 11,0 e um teor mínimo de 100 ppm de SO3-2 para efeito seqüestrante de oxigênio.
Caso o período de parada seja maior que dois meses, é recomendável manter a
caldeira a seco.
Após a parada, o gerador de vapor deve ser completamente drenado, rigorosamente
limpo em ambos os lados - de fogo e da água - e todas as superfícies deverão ser secas.
Para eliminar a umidade e manter seco o interior da caldeira, coloca-se silica-gel, que
é um agente higroscópico de fácil manejo, na proporção de 1 kg/m3, em recipientes com
formato de prato, distribuindo-os em diversos locais.
Como a umidade é mais intensa durante mais ou menos um mês após o início do
processo de conservação, haverá necessidade de substituir-se a silica-gel, a cada uma ou duas
semanas. Após essa fase, deverá ser feita uma inspeção interna a cada mês e trocá-la, se
necessário.
O estado da silica-gel pode ser facilmente identificado, visto que sua cor muda ao
absorver a umidade. A silica-gel saturada é facilmente recuperada, aquecendo-se a mesma
por um período entre 2 a 4 horas, à temperatura de 180°C.
Para uma proteção mais rigorosa, deve-se manter juntamente com a silica-gel, no
interior da caldeira, lâmpadas continuamente acesas, dispostas uniformemente, ao longo de
todo o comprimento.
Este método deve também ser aplicado à fornalha, no caso de inatividade da caldeira
cheia de água.
Qualquer que seja a quantidade de refratário presente na caldeira, deve ser examinado,
a cada seis meses, quando da revisão geral, procedendo-se ao reparo, reforma ou substituição
do mesmo, caso necessário. Na substituição de refratários, deve ser utilizado sempre material
de boa qualidade, compatível com a aplicação.
Como critério geral, deve ser verificada a existência de trincas e erosão no refratário.
Trincas limpas, com espessura de até 3 mm, são aceitáveis. Elas permitem o alívio de tensões
quando o refratário se dilata. Trincas maiores devem ser preenchidas e peças quebradas ou
soltas devem ser substituídas.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
Por ocasião da abertura da caldeira para limpeza dos tubos, deve-se também aproveitar
para a limpeza da fornalha, espelhos e das câmaras de reversão de gases, que geralmente
apresentam depósitos de fuligem, cinzas e, até mesmo, crostas de óleo não queimado, no caso
das caldeiras a óleo.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
Pelo menos uma vez por semana, devem ser retiradas e limpas as telas de todos os
filtros. Nos filtros simples (vertical ou angular), deve-se em primeiro lugar bloquear a rede
que contém o mesmo e baixar a pressão até zero, para então proceder a abertura e retirada da
tela.
• Abra o filtro para retirar a tela. Faça-o cuidadosamente, evitando que o óleo
entorne dentro do corpo do filtro, pois os detritos nele contidos seguiriam para a
rede. Deixe apenas o óleo escorrer pela tela.
• Mergulhe a tela em óleo diesel, querosene ou outro solvente apropriado;
• Para retirar os detritos que se encontram nas malhas da tela, use jato de ar
comprimido.
Nota: Não use estopa para lavar ou secar a tela. Uns poucos fiapos que fiquem no
seu exterior, arrastados para o combustor, serão suficientes para entupi-lo parcial
ou totalmente.
Tenha em mente que a combustão é prejudicada com a falta de limpeza dos filtros.
Para a limpeza dos filtro da bomba d’água, retire o cesto e lave-o com água sob
pressão, no sentido inverso ao do fluxo normal, ou seja, de fora para dentro. Remova os
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
detritos encontrados dentro do cesto e evite utilizar ferramentas ou escovas para limpeza dos
filtros. Este procedimento aplica-se também a filtros de gás.
LUBRIFICAÇÃO
A maioria dos mancais empregados são do tipo de rolamentos. Estes devem ser
lubrificados, para evitar o contato metálico entre os corpos rolantes, pistas e gaiolas e também
para protegê-los contra corrosão e desgaste.
Os rolamentos podem ser lubrificados com graxa ou óleo e, em caso especial, com um
lubrificante sólido. A escolha do lubrificante depende basicamente da faixa de temperatura
de trabalho e das rotações atingidas.
As graxas à base de lítio são adequadas geralmente para temperaturas entre -30 e
+110°C. São praticamente insolúveis em água e não podem, por si mesmas, apresentar uma
boa proteção contra a corrosão. Devem, portanto, ser sempre aditivadas com inibidores.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
FABRICANTE MARCA
Texaco Multifak EP 2
Esso Beacon EP 2
Shell Alvania EP 2
Mobil Mobilex EP 2
BR Lubrax Ind. GMA - 2 EP
Castrol Castrol EPL-2 Grease
Atlantic Lubricant 54 EP 2
Ipiranga Isaflex EP 2
Entretanto, é possível que uma mistura de graxas compatíveis tenha uma consistência
menor que a das componentes, embora as propriedades lubrificantes, necessariamente, não se
alterem.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
O óleo utilizado deve ser um óleo hidráulico, com aditivo anti-desgaste e viscosidade
ISO VG 68. Entretanto, como não nos é possível calcular com exatidão a temperatura de
trabalho do rolamento, torna-se necessária a determinação experimental do tipo adequado de
óleo. Assim, ao notar-se uma temperatura demasiadamente alta no mancal, recomendamos
trocar o óleo por outro de menor viscosidade, ou seja, ISO VG 46. Apresentamos, a seguir,
uma tabela de equivalência das marcas de óleos por nós recomendados, sem ordem de
preferência.
FABRICANTE MARCA
Atlantic Duro AW 68
Esso Nuto H-68
Mobil DTE 26 (68)
Texaco Rando HD 68
Castrol Hyspin AWS 68
Ipiranga Ipitur AW 68
BR Lubrax Indl. HR-68 EP
Shell Tellus 68
Os rolamentos não podem trabalhar sem óleo, devendo-se verificar o nível antes de
operar o equipamento. Quando o equipamento estiver parado, o óleo deverá ter um nível um
pouco abaixo do centro da esfera que ocupar a posição mais baixa. Este nível é mantido
automaticamente pelo copo montado na lateral do mancal. Após o equipamento ser posto em
funcionamento, o nível sofrerá uma modificação de alguns milímetros.
Depois de um certo período, o óleo absorve uma série de impurezas tais como
umidade, partículas, poeira, etc., tornando-se impróprio para a lubrificação. Um dos fatores
que mais contribui para a diminuição das propriedades lubrificantes do óleo é a sua oxidação
pelo ar atmosférico, formando o que usualmente se chama “borra”. A velocidade de oxidação
de um óleo depende muito da temperatura de trabalho.
Existe, portanto, um intervalo de tempo, após o qual o óleo deve ser totalmente
substituído. Esses intervalos geralmente são determinados pela experiência prática. De uma
maneira geral, recomendamos a troca de todo o óleo lubrificante a cada seis meses. A
primeira troca deve ser efetuada após as primeiras 200 horas.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
13.1.2 Para efeito desta NR, considera-se “Profissional Habilitado” aquele que
tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades
referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção,
inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com
a regulamentação profissional vigente no País.
13.1.4 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
13.1.5 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem
visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
120
AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
13.5.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da
entrada em funcionamento, no local de operação, devendo compreender exame interno e
externo, teste hidrostático e de acumulação.
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AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
a) pelo menos uma vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca, em
operação, para caldeiras das categorias “B” e “C”;
b) desmontando, inspecionando e testando, em bancada, as válvulas flangeadas e,
no campo, as válvulas soldadas, recalibrando-as numa freqüência compatível
com a experiência operacional da mesma, porém respeitando-se como limite
máximo o período de inspeção estabelecido no subitem 13.5.3 ou 13.5.4, se
aplicável, para caldeiras de categorias “A” e “B”.
a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência capaz
de comprometer sua segurança;
b) quando a caldeira for submetida a alteração ou reparo importante capaz de
alterar suas condições de segurança;
c) antes da caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer
inativa por mais de 6 (seis) meses;
d) quando houver mudança de local de instalação da caldeira.
*******
123
AALBORG INDUSTRIES S.A. MANUTENÇÃO DA CALDEIRA
124
AALBORG INDUSTRIES S.A. CONDIÇÕES DE GARANTIA
CONDIÇÕES DE GARANTIA
GARANTIA MECÂNICA
1.3. Todo material, peça ou equipamento fornecido pela AALBORG e por esta
substituído, por motivos de garantia, passa a ser de sua propriedade. Essas peças
ou equipamentos terão de ser devolvidos à AALBORG, acompanhadas de nota
fiscal de devolução, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de serem faturadas ao
COMPRADOR.
1.4. A presente garantia não cobre qualquer dano que os equipamentos sofrerem no
percurso de transporte, já que a condição de entrega é FOB fábrica AALBORG,
correndo por conta do COMPRADOR, salvo acordo expresso em contrário, as
despesas de transporte e seguro.
- Juntas - Refratários
- Gaxetas - Fusíveis
- Vidros visores - Bobinas
- Eletrodos de ignição - Contatos elétricos
- Atomizadores - Lâmpadas
1.11. Os materiais refratários, isolantes, e outros, que, por sua natureza, têm prazo
definido para sua aplicação e / ou condições especiais de guarda, conservação ou
estocagem, não serão repostos por conta da AALBORG, caso ocorram atrasos na
sua aplicação e / ou não sejam armazenados ou conservados de acordo com as
normas aplicáveis ao caso, desde que tal atraso e / ou armazenamento não tenha
sido provocado por ato da AALBORG ou seu preposto.
126
AALBORG INDUSTRIES S.A. CONDIÇÕES DE GARANTIA
1.14. Nos termos dispostos no art. 1092 do Código Civil, a presente garantia não é
válida durante o tempo em que o COMPRADOR esteja em mora com a
AALBORG, não sendo a mesma prorrogada, em razão desta suspensão.
GARANTIA DE PERFORMANCE
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AALBORG INDUSTRIES S.A. CONDIÇÕES DE GARANTIA
LIMITE DE RESPONSABILIDADE
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AALBORG INDUSTRIES S.A. ASSISTÊNCIA TÉCNICA
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
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