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1ª Avaliação de Portugês Instrumental

Linguagem, língua e fala:

A comunicação é uma característica inerente a todos os seres, o que lhes permite viver em
sociedade, compartilhar experiências, interagir com as diferentes culturas e manifestar
sentimentos diversos. Em se tratando da linguagem, ela está diretamente ligada à capacidade
humana formada por leis combinatórias e signos linguísticos materializados pela mensagem.

Contudo, há também outras formas de manifestarmos a linguagem, ou seja, por meio de


gestos, por um olhar, pela música, dança, pelas obras de arte, como a cultura, escultura e pelos
símbolos. Quando nos referimos a eles, remetemo-nos à ideia da linguagem não verbal,
constituída pelos sinais gráficos, cuja interpretação requer do interlocutor, conhecimentos
linguísticos e conhecimentos adquiridos ao longo de sua existência.

De modo a tornar efetiva, a linguagem verbalizada, condiciona-se a dois fatores: à língua e à


fala. A língua é fator resultante da organização de palavras, segundo regras específicas e
utilizadas por uma coletividade. Como código social, a língua não pode ser modificada
arbitrariamente, em função destas regras preestabelecidas. Tal organização tende a corroborar
para que o enunciado seja manifestado de forma clara, objetiva e precisa.

Esta organização básica do pensamento, opiniões e ideias subsistem em uma capacidade


proferida por um modo mais individual. Tal afirmativa parte do pressuposto de que cada ser
humano é único e que, para ser compreendido, não precisa se expressar igual aos outros. Cada
um expõe seus sentimentos e revela sua maneira de ver o mundo de forma subjetiva,
caracterizando, desta forma, a fala. Enfim, todo este processo resulta no ato comunicativo
como sendo uma experiência cotidiana, pois estamos a todo o momento remetendo e
recebendo mensagens, as quais limitam-se a infinitas finalidades: informar, aconselhar,
persuadir, entreter, expor opiniões, dentre outras.

Comunição:

Para que haja comunicação, alguns elementos são essenciais. Muitas vezes não os notamos,
mas cada vez que estabelecemos contato com alguém de alguma forma, eles estão presentes.
Veja cada um e sua função, separadamente:

Emissor – é aquele que emite, ou seja, que pronuncia ou envia uma mensagem. Também é
chamado de remetente.

Receptor – é aquele que recebe a mensagem enviada pelo emissor. Como a mensagem é
destinada a ele, também é chamado de destinatário, denominação comum em envelopes de
correios.
Mensagem – é o conteúdo que é expedido, enviado.

Código – o modo como a mensagem é transmitida (escrita, fala, gestos, etc.).

Canal – é a fonte de transmissão da mensagem (revista, livro, jornal, rádio, TV, ar, etc.).

Contexto – situação que envolve emissor e receptor

Agora, você terá como identificar cada um dos elementos nos mais variados atos
comunicativos. Irá percebê-los toda vez que ler uma revista ou jornal, na conversa com um
amigo, quando assistir um canal de TV ou quando ouvir uma música no rádio.

É importante saber os elementos envolvidos na comunicação, pois dessa forma você consegue
saber, por exemplo, que tipo de linguagem o emissor está usando, conforme o canal utilizado
ou que tipo de texto um emissor escolheu para falar de determinado contexto e o porquê desta
escolha. Quem reflete sobre isso, tem mais capacidade de desenvolver seu lado crítico. Pois se
o indivíduo sabe a origem da comunicação (emissor), o público-alvo (receptor), o conteúdo e
a linguagem utilizada (mensagem e código), conseguirá relacionar essas informações com o
objetivo do ato comunicativo dentro do contexto, da situação vivenciada no momento!

Então, quanto mais se comunicar, mais reflexivo e crítico (construtivista) se tornará! E é fácil:
é necessário apenas que você usufrua dos subsídios comunicativos apontados acima!

Importante: ser crítico é diferente de ser opiniático. O primeiro tem uma posição formada a
partir de leituras diferentes e da reflexão sobre elas. O segundo apenas emite sua opinião sem
muito pudor.

Funções da linguagem:

A linguagem, uma eficiente forma de comunicação, é elemento fundamental para


estabelecermos comunicação com outras pessoas. Por ser múltipla e apresentar peculiaridades
de acordo com a intenção do falante, divide-se em seis funções:

Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados da


realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto
apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade.
A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que
está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos,
didáticos ou em correspondências comerciais.
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out.
2008.
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A
realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no
emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação,
interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a
subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas
ou narrativas de teor dramático ou romântico.
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério,
simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e
do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)

Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma


coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da
função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª
pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é
muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!

Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor


explica um código usando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se
fazer um poema, por exemplo. Veja:

“Pegue um jornal Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja
dar a seu poema. Recorte o artigo.”

Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema)
para explicar o próprio ato de fazer um poema.

Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato
para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está
entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e
dizemos “Oi” ou “Alô”.

Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que
podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de
elaborar novas possibilidades de combinações dos signos lingüísticos. É presente em textos
literários, publicitários e em letras de música.
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de
palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.

Níveis de linguagem:

Os níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e escrita em uma determinada situação
comunicativa. O emissor e o receptor devem estar em concordância para que haja
entendimento. Assim sendo, cada ocasião exige uma linguagem diferente.

Temos uma norma que rege a língua escrita que é a gramática. No entanto, a fala não se trata
de uma convenção, mas do modo que cada um utiliza esse acordo. Portanto, a língua falada é
mais desprendida de regras, e, portanto, mais espontânea e expressiva. Por este motivo, está
suscetível a transformações, diariamente. Assim, a mudança na escrita começa sempre a partir
da língua falada e, por este motivo, esta é tão importante quanto à língua escrita. Contudo, não
é toda alteração na fala que é reconhecida na escrita, mas somente aquelas que têm
significação relevante à sociedade.

O que determinará o nível de linguagem empregado é o meio social no qual o indivíduo se


encontra. Portanto, para cada ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário, um modo
de se falar, uma entonação empregada, uma maneira de se fazer as combinações das palavras,
e assim por diante.

A linguagem, por conseguinte, deve estar de acordo com o contexto em que o emissor da
mensagem e o destinatário se encontram. Claro, porque você não conversa com o vizinho da
mesma forma que conversa com o professor ou conversa com o representante de sala da
mesma forma que conversa com o diretor ou com este do mesmo jeito que com os pais.

Então, para cada situação linguística, há uma linguagem adequada.

Modalidades da língua:

Língua Falada e Língua Escrita

Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A
escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea,
abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo
tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é
apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma
vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.

No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da
língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:
Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da
região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há
variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre
a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do
interior do estado.

Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são


fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a
língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola.

Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos
encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos
se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.

Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas


de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm
uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da
área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.

Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como
idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se
em linguagem infantil e linguagem adulta.

Variações linguísticas:

A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a


oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos
assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao
convívio social.

E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são
basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade.

O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas


gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que
falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania
sobre as demais.

Quanto ao nível informal, este por sua vez representa a linguagem do dia a dia, das
conversas informais que temos com amigos, familiares etc.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades
linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais,
culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:

Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo.
Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a
palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem
dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.

Analisemos, pois, o fragmento exposto:

Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito
prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos
meses debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.

Variações regionais:
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões.
Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras
nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os
sotaques, ligados às características orais da linguagem.

Variações sociais ou culturais:


Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de
instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o
linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores
de rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico.
Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de
informática, dentre outros.

Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade

CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)

Interpretação de texto:

TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo


significativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de
CODIFICAR E DECODIFICAR).

CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO.
Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de
seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele
inicial.
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros
autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a


identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou
fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das
questões apresentadas na prova.

Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:

1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um


processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
tempo).

2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações


do texto.

3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a


respeito.

4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.

5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras.

EXEMPLO

TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES


A INTEGRAÇÃO DO MUNDO
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE
A UNIÃO DO HOMEM
HOMEM + HOMEM = MUNDO
"O HOMEM UNIDO ” A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)

CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR

Fazem-se necessários:

a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura


e prática;

b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico;


OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e
parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonimia, polissemia, figuras de linguagem,
entre outros.

c) Capacidade de observação e de síntese e

d) Capacidade de raciocínio.

INTERPRETAR x COMPREENDER

INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA


- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, - INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO
TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR. AO QUE REALMENTE ESTÁ ESCRITO.
- TIPOS DE ENUNCIADOS - TIPOS DE ENUNCIADOS:
• Através do texto, INFERE-SE que... • O texto DIZ que...
• É possível DEDUZIR que... • É SUGERIDO pelo autor que...
• O autor permite CONCLUIR que... • De acordo com o texto, é CORRETA ou
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao ERRADA a afirmação...
afirmar que... • O narrador AFIRMA...

ERROS DE INTERPRETAÇÃO

É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais


frequentes são:

a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.

b) Redução
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é
um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema
desenvolvido.

c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões
equivocadas e, consequentemente, errando a questão.

OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que
existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o
que o AUTOR DIZ e nada mais.
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases
e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome
relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta
entre o que se vai dizer e o que já foi dito.

OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do
pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do
seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um,
valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto
traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome
relativo adequado a cada circunstância, a saber:

QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS


DEPENDE DAS CONDIÇÕES DA FRASE.

QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR.

QUEM (PESSOA)

CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O OBJETO


POSSUÍDO.

COMO (MODO)

ONDE (LUGAR)

QUANDO (TEMPO)

QUANTO (MONTANTE)

EXEMPLO:

Falou tudo QUANTO queria (correto)


Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ).

• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos


(BARBARISMO, SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem expressões
que são mal empregadas, e, por força desse hábito cometem-se erros graves como:

- “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte.


- “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto oblíquo átono correto
éO.

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