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y WY UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA — UEPB U E PB CAMPUS Il —- CENTRO DE HUMANIDADE DISCIPLINA: LIBRAS PROFESSORA: FRANCYLLAYANS KARLA unapeTemAticar — (énter(ppy. , mas Ce Prof U stials Ko. INTRODUCAO ‘A hist6ria da educagio dos surdos € cheia de controvérsias ¢ descontinuidades. A primeira noticia que temos & do século XII, quando os surdos nao eram considerados humanos, nfo tinham direito & heranga, nfo frequentayam nenhur meio social e eram proibidos de se casarem. Até o séc. XV onde os surdos eram vistos como pessoas sem alma, amaldigoadas, Guarinello (2007, pag. 19,20) relata que: “os suidos eram considerados seres castigados pelos deuses. Na Idade Média, com o feudaligmo, os surdos comegaram a ter aten¢io diferenciada pelo clero (Igreja), que estava muito preocupado com o que tais pessoas faziam ¢ por que no vinham se confessar. Por quase toda a Idade Média se pensava due 0s surdos nao fossem educdveis, ou que fossem incapazes. (Guarinello,2007) afirma que para 0 filosofe 384-322 aC.) diz que,para atingir a consciéncia humana, tudo deveria penetrar por um dos érgiios do sentido, sendo para ele a audigao o sentido mais importante. Aristételes afirmava que os surdos nao podiam ser treimaveis perdurando esse posicionamento por longos anos. ‘As pessoas nfo iam se confessar porque néo apreseatayam uma Vingua estruturante para seu pensamento. Mas a igreja também estava muito preocupada, pois nasciam muitos surdos nos castelos dos nobres, devido a frequéncia dos casamentos consanguineos, comuns na época, visto que a nobreza nao queria dividir sua heranca > entre primos, sobrinhas, tios e até irmBos. com outras familias ¢ acabavam casando-s ‘Como nos mosteiros da Igreja havia padres, monges e frades que utilizavam de uma lingua gestual rudimentar, porque nesses ambientes existia.o voto do siléncio esses ses castelos com a miss S surdos _ religiosos foram deslocados para _dos nobres em troca de grandes fortunas. No inicio do século XVI os estudiosos comegam admitir que os deficientes auditivos poderiam aprender por meio de metodologias de ensino, Virios pedagog0s se propuseram a trabalhar com pessoas surdas, apresentando diferentes resultados obtidas dade era encontrar um meio no qual os suidos com essa pratica pedagogica. A finals Thudessem se desenvoiver intelectualmente, adguirindo uma maneira de comunicass® com o mundo ouvinte. ‘Com isso, imaginaram que 2 melhor maneira de fazé-lo seria Jevar o surdo a adquirir a lingua falada, sendo uma das alternativas para oralizé-lo. Em uma familia nobre quando nascia um filho surdo, os pais contratavam professores para que 0 filho nfo fosse privado da fala. O espanhol Pedro Ponce de Leon, ous monge beneditino que em geral era reconhecido como 0 primeiro professor de surdos, ensinava geralmente filhas de nobres, as alunas eram ensinadas a fala, ler © eserever, jf {que sem a fala eram proibidas de receber herangas sendo perante a8 Jeis desprovidas de direitos. Na tentativa de educar o deficiente auditivo, x alfabeto digital. Leon, para alcangar 0 seu objetivo recorria aos outros sentidos, a tatos € ‘a visio, além da leitura e da escrita. Os gestualistas, por sua vez, eram mais tolerantes diante das dificuldades dos surdos com a lingua falada ¢ foram capazes de ver que eles desenvolviam uma linguagem que, ainda que diferente da oral era mais eficaz para a comunicagao O francés e abade Charles M. De LE, representante import dos gestualistas foi o primeiro_a_estudar uma lingua de_sinais usada_por_surdos, com caracteristicas linguisticas. O seu ponto de partida foi as observagbes feitas analisando ‘grupos de surdos, percebendo que cles desenvolviam um tipo de comunicagio amparada no canal viso-gestual, assim L°EPée buscou desenvolver um método educacional apoiado na linguagem de sinais da comunidade de surdos ‘A proposta educativa defendia que o educador aprendesse tais sinais para que se comunicasse com os surdos, e, por meio desta forma de comunicagio, os ensinasse @ Iingua falada e escrita _Para Del L’Epée, a linguagem de sinais era concebida como a lingua natural dos surdos sendo o veiculo mais adequado para desenvolver_o pensamento_¢_sua comunicagdo, e o dominio de uma lingua oral ou gestual era concebido como um instramento para 0 sucesso de seus objetivos ¢ ndio como um fim em sim mesmo. Havia diferenga enire a linguagem e a fala, ¢ a necessidade de um desenvolvimento pleno de linguagem para 0 desenvolvimento normal dos sujeitos. Em 1878 foi realizado em Paris, o Congresso Intemacional sobre a instrugao € a forma de educacio do surdo, sendo debatido a ideia de que falar era melhor do que os -Sinais, porém os sinais eram importantes para as criangas poder se comunicar, nesse congresso 0 surdo passou a ter direitos de assinar documentos, mais a verdadeira integragio social ainda estava distante da realidade. Mais de dez anos se passaram ¢ em 1880, foi realizado o Il Congresso Internacional, em Mildo, sendo considerando um marco historico, devido @ reviravolta nna educagdo para os surdos. © congresso foi preparado por uma maioria oralista com 0 firme propésito de dar forgas de lei 4s suas proposigies no que dizia respeito a surdez 4 educacao de surdos. Assim _ ficou estabelecido que o melhor método para a educagao € adquirir a s, tinha suas maos amarradas para unicago do surdo era 0 oralista onde os surdos precisavam A partir dai as criangas surdas, muitas vez tras e eram obrigadas a sentarem em cima das mios ao irem para a escola, para que nao usassem a lingua de sinais. Tal opresso perdurou por mais de um século, trazendo uma série de consequéncias sociais € educacionais negativas. Com o-decorrer dos anos, nada mudava diante da proposta educativa para @ pessoa surda, prevalecia @ educagio oralista. Entretanto, com 0 desagrado com a tendéncia oralista, surgiram novas. propostas pedagdgicas, ¢ quase um século depois eee ae nos anos 70 do séoulo XX: a_Comunicasio Total Es pete ae el conte onartnca em ‘orofacial, amplificagé eee Para que os estudantes surdos pudessem se expressar do jeito que . © Possibilitar as criangas o desenvolvimento de uma comunicagao real com seus familiares e professores. Depois da Comunicagdo Total, surgiu & educacdo bilingue, proposta que defende @ ideia de que a lingua de sinais era lingua natural dos surdos, que, mesmo sem ouvir, o surdo pode desenvolver uma lingua viso-gestual, aprofundaremos nessa Proposta de ensino decorrer dos nossos estudos. Estudos destacam que o surdo necessita de ser bilingue, para viver ¢ exercet 0S seus direitos com cidado, e que ele deve aprender e ser proficiente em duas linguas distintas. Porém Santana (2007) enfatiza que nfo ha necessidade ter proficiente em duas linguas nem em todos os contextos. Hé, assim, sob essa perspectiva, definigao mais abrangente, tanto com relacdo a segunda lingua quanto 4 competéncia para se bilingue. rasil, a primeira lei_que viabiliza o uso da Lingua Brasi como a primeira Kingua dos surdos foi assinada em novembro de 2002 pela Presidente _Femando Henrique Cardoso. Entende-se como Lingua Brasileira de Sinais Libras a forma de comunicagio e expresso, em que o sistema linguistico de natureza visual- motora, com estrufura gramatical propria, constitui um esquema linguistico das comunidades de pessoas surdas no Brasil. Por fim o Decreto N° 5626, DE 22 De Dezembro de 2005. Regulamenta a Lei 10.436, de 24 de Abril de 2002, que Dispoe Sobre a Lingua Brasileira de Sinais - Libras, ¢ 0 Artigo 18 da Lei 10.098, de 19 de Dezembro de 2000. A SURDEZ De acordo com Moura (1997), a deficiéncia auditiva pode acontecer antes, ento do individuo. Antes do nascimento (pré-natal) a mae arceiro, visto que pode ocorrer um jossémicas & durante e depois do nascim deve fazer um mapeamento genético do seu p casamento consanguineo, além de questdes hereditérias, anomalias crom enziméticas, doencas infecciosas, como sifilis, toxoplasmose, herpes vaginal € rubéola, a principal causadora de casos de surdez. ‘As causas perinatais correspondem a falta de oxigenagao no parto,, traumatismo infecgdes como sarampo. meningite, caxumba, encefalite, exposi¢ao ade, A importancia de saber os tipos € causas de ara que se faga um e suspeita craniano, prolongada a tons de elevada intensid: surdez estA em permitir que ocorra uma detecgao precoce, pi diagnéstico 0 mais cedo possfvel. Sao muito comuns os casos em que a m que seu filho tenha algo diferente apenas quando é dado o resultado de algum exame, quando se percebe que a crianga tem uma perda auditiva. Pode demorar trés, quatro anos para que a mie perceba e busque ajuda o que significa perder um longo tempo no qual esta crianga poderia ter sido estimulada. Sabe- se a diferenga que existe-entre uma crianga receber estimulagio precoce e ser estimulada tardiamente.

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