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LÓGICA PARA

COMPUTAÇÃO

Professora Me. Edvania Gimenes de Oliveira Godoy

GRADUAÇÃO

Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi

NEAD - Núcleo de Educação a Distância


Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
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Direção de Operações
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Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
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Direção de Desenvolvimento
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Direção de Relacionamento
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Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de conteúdo
Fabiana de Lima
Design Educacional
Paulo Victor Souza e Silva
Iconografia
Amanda Peçanha dos Santos
183 p. Ana Carolina Martins Prado
“Graduação - EaD”.
Projeto Gráfico
1. Lógica. 2. Computação. 3. Matemática. 4. EaD. I. Título. Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
ISBN 978-85-459-0245-4
Arte Capa
CDD - 22 ed. 511.3 Arthur Cantareli Silva
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Editoração
Bruna Marconato
Daniel Fuverki Hey
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Qualidade Textual
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Hellyery Agda
Keren Pardini
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade,
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil:
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba,
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades
de todos. Para continuar relevante, a instituição
de educação precisa ter pelo menos três virtudes:
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
promover a educação de qualidade nas diferentes
áreas do conhecimento, formando profissionais
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quando
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou
profissional, nos transformamos e, consequentemente,
transformamos também a sociedade na qual estamos
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com
os desafios que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita.
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe
de professores e tutores que se encontra disponível para
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
AUTORA

Possui mestrado em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá


(2001). Atualmente é professora assistente da Fundação Faculdade de
Filosofia Ciências e Letras de Mandaguari.
APRESENTAÇÃO
LÓGICA PARA COMPUTAÇÃO

SEJA BEM-VINDO(A)!

Prezados acadêmicos, é com satisfação que apresento a vocês o livro para a disciplina Lógica
para Computação. Esta disciplina está baseada no que chamamos de Matemática Discreta,
que é uma parte da Matemática que trata de situações em que as estruturas matemáticas são
baseadas em conjuntos contáveis, finitos ou infinitos. Dessa forma, os conteúdos abordados na
Matemática Discreta aplicam-se perfeitamente ao ambiente computacional, visto que a maioria
dos conceitos computacionais pertencem ao dom´ınio discreto.

Os objetivos principais da disciplina são desenvolver o raciocı́nio lógico-matemático e oferecer


instrumentos para que vocês desenvolvam um vocabulário preciso, com recursos para notação
matemática e abstrações. Assim, será possı́vel aplicar os conceitos de Matemática D di screta
como uma ferramenta para investigações e aplicações na área de Computação.

Este livro está dividido em cinco unidades. A primeira trata de noções de Lógica Matemática,
que é básica para qualquer estudo em computação e informática. O principal objetivo dessa
unidade será introduzir, resumidamente, os principais conceitos e a terminologia de lógica
matemática. Veremos como utilizar a notação simbólica para as lógicas proposicional e de
predicados para simbolizar argumentos, bem como determinar sua validade por meio das re-
gras de inferência.

A segunda unidade é dedicada ao estudo da Teoria dos Conjuntos. O conceito de conjunto é


fundamental, pois praticamente todos os conceitos desenvolvidos em computação são baseados
em conjuntos ou construções sobre conjuntos. Com as noções primitivas de conjunto e per-
tinência, que são aceitas sem definição, iniciaremos o estudo de conjuntos definindo elementos,
subconjuntos e tipos de conjuntos, bem como suas representações por descrição, propriedade
ou diagrama. Em seguida, estudaremos as operações sobre conjuntos, que são agrupadas em
não reversı́veis (união e interseção) e reversı́veis (complemento, conjunto das partes e produto
cartesiano). Será estabelecida também a relação entre álgebra de conjuntos e lógica.

As unidades III e IV são dedicadas ao estudo de relações e funções, respectivamente. Relações


são muito usadas em todas as áreas teóricas e práticas da computação. Além do conceito formal
de relação, diversos conceitos correlatos serão estudados: relação dual, composição de relações
e tipos de relações. Veremos como representar relações por meio de diagramas, matrizes ou
grafos, e para o caso de uma ordem parcial de tarefas relacionadas por pré-requisitos, discu-
tiremos sobre a representação em diagrama PERT.
APRESENTAÇÃO

Uma função é um caso particular de relação binaria e, assim como as relações, descreve
diversas situações reais. Abordaremos o conceito de função, destacando seu domı́nio, imagem e
repre-sentação gráfica, bem como as propriedades de funções e as definições de funções
compostas e inversas.

Por fim, na unidade V, faremos uma retomada das unidades anteriores apresentando
aplicações na área de Computação. Sobre lógica proposicional e teoria dos conjuntos, veremos
aplicações em linguagens de programação conhecidas como procedurais (no caso, linguagem
Pascal). Sobre lógica de predicados, apresentaremos uma linguagem de programação
conhecida como declar-ativa (Prolog), em que os programas reúnem uma série de dados e
regras e as usam para gerar conclusões. O item Relações será retomado no estudo de caminho
crı́tico em um diagrama Pert, para determinar o tempo mı́nimo de conclusão de uma
sequência de atividades ordenadas em uma tarefa a ser realizada. Também em bancos de
dados relacional, que é um banco de dados cujos dados são conjuntos (representados como
tabelas) que são relacionados com outros conjuntos (tabelas), veremos a aplicação dos
conceitos de conjuntos e relações. E, finalmente, será destacada a aplicação dos conceitos de
relações e funções em autômatos finitos.

Gostaria de destacar que não pretendemos realizar estudo detalhado de conceitos especı́ficos
de computação, mas apenas dar uma noção sobre a forte relação entre a matemática estudada
com outras disciplinas do curso.

Em cada unidade, são propostas atividades sobre o conteúdo estudado. A realização dessas
atividades é muito importante para a fixação dos conceitos e verificação de aprendizagem.

Desejo a todos um bom estudo!


09

SUMÁRIO

UNIDADE I

LÓGICA MATEMÁTICA

15 Introdução

16 Lógica Proposicional

16 Proposições e Valores Lógicos

17 Conectivos Lógicos

25 Tabela-Verdade

26 Tautologias e Contradições

28 Equivalências Lógicas

31 Implicações Lógicas

32 Método Dedutivo

35 Quantificadores e Predicados

38 Negação de Sentenças Quantificadas

39 Considerações Finais
SUMÁRIO

UNIDADE II
TEORIA DOS CONJUNTOS

47 Introdução

47 Conceitos Primitivos

48 Descricão de Conjuntos

50 Igualdade de Conjuntos

50 Tipos de Conjuntos

51 Subconjuntos

53 Conjunto das Partes

54 Diagramas de Venn-Euler

58 Produto Cartesiano

59 Relação Entre Lógica e Álgebra dos Conjuntos

60 Princípio da Inclusão e Exclusão

64 Considerações Finais

UNIDADE III
RELAÇÕES

73 Introdução

73 Relação Binária

76 Tipos de Relações Binárias

77 Propriedades das Relações

78 Representação das Relações


11

SUMÁRIO

82 Relação de Ordem

85 Diagrama de Hasse

87 Diagrama PERT

89 Relações Duais

89 Composição de Relações

91 Consideração Finais

UNIDADE IV
FUNÇÕES

101 Introdução

101 Funções

103 Domínio, Contradomínio e Imagem de uma Função

105 Igualdade de Funções

105 Gráfico de Funções

108 Função Piso e Função Teto

109 Propriedades de Funções

112 Função Composta

114 Funções Inversas

115 Técnicas para Obtenção da Inversa de uma Função

117 Considerações Finais


SUMÁRIO

UNIDADE V
APLICAÇÕES À COMPUTAÇÃO

125 Introdução

125 Álgebra dos Conjuntos nas Linguagens de Programação

132 PROLOG

139 Caminho Crítico no Diagrama PERT

144 Autômatos Finitos

150 Relações e Banco de Dados

159 Considerações Finais

165 Conclusão
167 Referências
169 Gabarito
Professora Me. Edvania Gimenes de Oliveira Godoy

I
UNIDADE
LÓGICA MATEMÁTICA

Objetivos de Aprendizagem
■ Desenvolver o raciocínio lógico matemático.
■ Usar os símbolos formais da lógica proposicional.
■ Encontrar o valor-verdade de expressões em lógica proposicional.
■ Reconhecer tautologias e contradições.
■ Usar a lógica proposicional para provar a validade de um argumento
na língua portuguesa.
■ Identificar/reconhecer símbolos quantificados.
■ Determinar o valor-verdade de uma proposição predicativa em uma
dada interpretação.
■ Representar sentenças da língua portuguesa usando a lógica de
predicativos.
■ Determinar a negação de sentenças quantificadas.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Lógica Proposicional.
■ Conectivos Lógicos
■ Tabelas- Verdade
■ Tautologias e Contradições
■ Equivalências Lógicas
■ Implicações Lógicas
■ Método Dedutivo
■ Quantificadores e Predicados
■ Negação de Sentenças Quantificadas
INTRODUÇÃO
A lógica formal fornece base para o modo de pensar organizado e cuidadoso que caracteri-
za qualquer atividade racional. Ela é considerada base de todo raciocı́nio matemático e do
raciocı́nio automatizado, tendo aplicações diretas em Ciência da Computação, em grau variado
de complexidade. Considera-se que o estudo da Lógica teve inı́cio na Grécia Antiga, sendo
sistematizado por Aristóteles (384a.C.-322a.C.), com a formulação de leis gerais de encadea-
mentos de conceitos e juı́zos que levariam à descoberta de novas verdades (Lógica Clássica).
Entretanto, os argumentos formulados em linguagem natural como em português, por exemplo,
são muitas vezes de difı́cil avaliação, devido a ambiguidades nas frases e construções confusas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Os matemáticos da atualidade entenderam então que, para uma matéria ser estudada com o
caráter cientı́fico necessário, era preciso introduzir-se uma linguagem simbólica.
A Lógica Simbólica ou Lógica Matemática utiliza sı́mbolos de origem matemática para for-
mular os argumentos. Nessa lógica, as várias relações entre proposições são representadas por
fórmulas cujos significados estão livres de ambiguidades tão comuns à linguagem corrente, e
essas fórmulas podem ser “operadas” segundo um conjunto de regras de transformação for-
mal. Outra vantagem de seu uso refere-se à facilidade de entendimento e brevidade para obter
resultados.
O moderno desenvolvimento da Lógica iniciou-se com a obra de George Boole (1815-1864)-
“Álgebra Booleana”- e de Augustus De Morgan (1806-1871), e foi consolidado pelo filósofo
e matemático alemão Gottlob Frege (1848-1895) - “Regras de Demonstração Matemática.”
Como a Lógica Simbólica tem sua própria linguagem técnica, é um instrumento poderoso para
a análise e a dedução dos argumentos, especialmente com o uso do computador. Na computação,
ela é utilizada para representar problemas e para obter suas soluções. O algoritmo, que seria
o conjunto finito de instruções a serem executadas para obter a solução de um problema, é
construı́do com base na lógica matemática.
Nessa unidade vamos estudar os principais conceitos e a terminologia da lógica matemática,
que envolve proposições, conectivos, tabelas-verdade e tautologias para chegar a conclusões a
partir de proposições dadas, bem como o estudo dos quantificadores e predicados. Os conteúdos
estudados serão utilizados em disciplinas futuras e fornecerão ferramentas para investigações e
aplicações precisas em sua área de atuação.

Introdução
16 UNI D ADE

Lógica Proposicional

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Proposições e Valores Lógicos

Proposição é uma sentença declarativa que é verdadeira ou falsa, mas não ambas. Dito de outra
maneira, proposição é toda expressão que encerra um pensamento de sentido completo e pode
ser classificada como V (verdadeira) ou F (falsa).

Exemplos:
1. 17 é́ um número par.
2. O gato é um mamífero.

3. O 136º dı́gito da expansão decimal de 11 é́ 2.
4. Está chovendo agora.
5. Todo quadrado é́ um retângulo.
6. 100 + 100 = 300

Observamos que todas essas sentenças são proposições, pois: (2) e (5) são verdadeiras e (1)
é́ falsa; a veracidade ou falsidade de (4) depende do momento em que a proposição é́ feita; e
apesar de não sabermos o valor do dı́gito solicitado na afirmação (3), ele será igual a 2 ou não
será 2, ou seja, a sentença será verdadeira ou falsa.

Introdução
Como exemplos de frases que não são proposições, podemos citar:

1. Feliz aniversário!!! (Sentenç̧a exclamativa)


2. Onde está a chave? (Sentença interrogativa)
3. Vire à esquerda. (Sentença imperativa)
4. x+y = 6. (sentença aberta; pode ser verdadeira ou falsa dependendo dos valores de x e y)

O valor lógico de uma proposição se refere a um dos dois possı́veis juı́zos que atribuiremos
a uma proposição: verdadeiro, denotado por V (ou 1), ou falso, denotado por F (ou 0).

Princí́pios Bá́sicos das Prosições:

I) Princípio da não contradiç̧ão: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa simultane-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

amente.

II) Princípio do terceiro excluı́do: Toda proposição ou é verdadeira ou é́ falsa; não existe um
terceiro valor lógico.

Classificaç̧ão das Proposicções:


As proposições podem ser classificadas em simples e compostas:

Proposiç̧ões simples: aquelas que vêm sozinhas, desacompanhadas de outras proposições


Exemplos:
* A impressora está ligada.
* O novo papa é́ argentino.

Proposiç̧ões compostas: aquelas formadas pela combinaç̧ão de proposiç̧ões simples.


Exemplos:
* Joã̃o é mé́dico e Pedro é́ dentista.
* Se fizer sol, entã̃o irei ao clube.

Conectivos Ló́gicos
Proposições simples podem ser combinadas para for-
mar proposições mais complexas: as proposições com-
postas. As palavras ou sı́mbolos usados para formar
novas proposições a partir de proposições dadas são
chamados de conectivos.

©shutterstock

Introdução
UNID ADE

conectivos fundamentais da Ló́gica Matemática são:

Conectivo Sı́mbolo
1) não; não é verdade que ∼ Negaç̧ão ou modificador
2) e ∧ Conjunção
3) ou ∨ Disjunção
4) se ... então → Condicional
5) se, e somente se ↔ Bicondicional
Descrição: Tabela dividida em três colunas e cada uma contem cinco linhas. A primeira coluna está intitulada Conectivo, a segunda
está intitulada Símbolo e a terceira não possui titulação. A primeira linha da primeira coluna está a informação não; não é verdade
que. A primeira linha da segunda coluna está a representação do sinal gráfico til. A primeira linha da terceira coluna está a
informação negação ou modificador. A segunda linha da primeira coluna está a informação e. A segunda linha da segunda coluna
está a representação do numeral cinco em números romanos invertido. A segunda linha da terceira coluna está a informação
conjunção. A terceira linha da primeira coluna está a informação ou. A terceira linha da segunda coluna está a representação do
numeral cinco em números romanos. A terceira linha da terceira coluna está a informação disjunção. A quarta linha da primeira
coluna está a informação se... então. A quanta linha da segunda coluna está a representação de uma seta simples indicando para o
lado direto. A quarta linha da terceira coluna está a informação condicional. A quinta linha da primeira coluna está a informação se, e
somente se. A quinta linha da segunda coluna está a representação de uma seta bilateral. A quinta linha da terceira coluna está a
informação bicondicional.

Dadas as proposições simples p e q, podemos com o uso de conectivos formar novas


proposições a partir de p e q. Assim temos:

1) A negação de p ∼p não p
2) A conjunção de p e q p∧ q peq
3) A disjunção de p e q p∨ q p ou q
4) A condicional de p e q p→ q se p, então q
5) A bicondicional de p e q p↔ q p se, e somente se, q

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Descrição: Tabela dividida em três colunas e cada uma contem cinco linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação
a negação de p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação til p. Na primeira linha da terceira coluna está a informação
não p. Na segunda linha da primeira coluna está a informação a conjunção de p e q. Na segunda linha da segunda coluna está a
informação p e lógico q. Na segunda linha da terceira coluna está a informação p e q. Na terceira linha da primeira coluna es tá a
informação a disjunção de p e q. Na terceira linha da segunda coluna está a informação p ou lógico q. Na terceira linha da terceira
coluna está a informação p ou q. Na quarta linha da primeira coluna está a informação a condicional de p e q. Na quarta linha da
segunda coluna está a informação p seta para a direita q. Na quarta linha da terceira coluna está a informação se p, então q. Na quinta
linha da primeira coluna está a informação a bicondicional de p e q. Na quinta linha da segunda coluna está a informação p seta
bilateral q. Na quinta linha da terceira está a informação p se, e somente se, q.
Exemplo:
Dadas as proposições p: 2 é um número par e q: 6 é múltiplo de 3, faça as traduções para
a linguagem corrente para as seguintes proposições:

a) ∼ p 2 não é um número par. (ou: 2 é um número ı́mpar.)


b) ∼ p ∨ q 2 não é par ou 6 é múltiplo de 3.
c) ∼ q → p Se 6 não é múltiplo de 3, então 2 é par.
d) ∼ p ↔ q 2 é ı́mpar se, e somente se, 6 é múltiplo de 3.
e) ∼ (p ∧∼ q) Não é verdade que 2 é par e 6 não é um múltiplo de 3.
Descrição: Tabela dividida em duas colunas e cada uma contem cinco linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação
não lógico p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação dois não é um número par. Abre parêntese ou: dois é um
número ímpar fecha parêntese. Na segunda linha da primeira coluna está a informação não lógico p ou lógico q. Na segunda linha da
segunda coluna está a informação dois não é um número par. (ou: dois é um número ímpar.) Na segunda linha da segunda coluna
está a informação dois não é par ou seis é múltiplo de três. Na terceira linha da primeira coluna está a informação não lógico q s e...
então p. Na terceira linha da segunda coluna está a informação. Se seis não é múltiplo de três, então dois é par. Na quarta linha da
primeira coluna está a informação não lógico p se, e somente se q. Na quarta linha da segunda coluna está a informação dois é ímpar
se, e somente se, seis é múltiplo de três. Na quinta linha da primeira coluna está a informação não lógico abre parêntese p e lógico
não lógico q fecha parêntese. Na quinta linha da segunda coluna está a informação não é verdade que dois é par e seis não é múltiplo
Introdução
de três.

Dis

Descrição: Tabela dividida em duas colunas e cada uma contem três linhas. A primeira coluna intitulada Conectivo lógico e a
segunda coluna intitulada Símbolo. A primeira linha da primeira coluna aparece a informação negação. Na primeira linha da segunda
coluna está informação de um símbolo separador p ponto e vírgula p apostrofo. A segunda linha da primeira coluna aparece a
informação conjunção. Na primeira segunda da segunda coluna está informação p ponto q. A terceira linha da primeira coluna
aparece a informação disjunção. Na terceira linha da segunda coluna está informação p símbolo de mais q.

Introdução
omo

not
and
Dis

Bicondicional
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

O valor ló́gico de uma proposição composta (verdadeiro ou falso) depende do valor lógico das
proposições simples que a compõem e da maneira como elas são combinadas pelos conectivos.
Conhecendo-se os valores lógicos de duas proposições p e q, vamos definir os valores lógicos
das proposições: ~ p; p ∧ q; p ∨ q; p → q e p seta bilateral q.
1. Negação (~)

Dada uma proposição p, a negação de p será indicada por ~ p (Lê-se não


” p”). O valor
verdade da proposição ~ p será o oposto do valor verdade de p.

Em resumo:
Negação: se V(p) = V então V(~ p) = F e se V(p) = F então V(~ p).= V

Essas possibilidades para os valores lógicos podem ser colocadas em uma tabela, denomi-
nada tabela-verdade. Uma tabela verdade é uma tabela que contém as proposições nas colunas
e as possibilidades de valores-verdade nas linhas. É comum expressar os resultados de uma
proposição composta por meio de tabelas- verdade, que permitem analisar seus valores-verdade.

Tabela-verdade para a negação de p:

p ∼p
V F
F V
Descrição: Tabela dividida em duas colunas e cada uma contem três linhas. A primeira linha da primeira coluna está a informação p.
A primeira linha da segunda coluna está a informação não lógico p. A segunda linha da primeira coluna está a informação V. A
segunda linha da segunda coluna está a informação F. A terceira linha da primeira coluna está a informação F. A terceira linha da
segunda coluna está a informação V.

Introdução
20 UNID ADE

Conjunção (∧)
O operador conjunção “∧” representa intuitivamente o papel análogo ao conectivo “e” da
Lı́ngua Portuguesa. Por exemplo, se p: “7 < 0” e q: “11é ímpar, entãoo p ∧ q é́ a proposição
“7 < 0 e 11 é ímpar”. Neste caso, sabemos que (p ∧ q) é falsa, pois falha a proposição p
Dadas duas proposições p e q, chama-se “conjunção de p e q” a proposição “p ∧ q” (lê-se
q. p e
q). A conjunção p ∧ q será verdadeira quando p e q forem ambas verdadeiras e será falsa nos
outros casos.
Em resumo: V(p ∧ q) = V somente quando V(p) = V(q) = V.
Tabela-verdade para a conjunção p ∧ q

p q p∧q
V V V

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
V F F
F V F
F F F
Descrição: Tabela dividida em três colunas e cada uma contem cinco linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação
p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação q. Na primeira linha da terceira coluna está a informação p e lógico q. Na
segunda linha da primeira coluna está a informação V. Na segunda linha da segunda coluna está a informação V. Na segunda linha
da terceira coluna está a informação v. Na terceira linha da primeira coluna está a informação V. Na terceira linha da segunda coluna
está a informação f. Na terceira linha da terceira coluna está a informação f. Na quarta linha da primeira coluna está a informação f.
Na quarta linha da segunda coluna está a informação V. Na quarta linha da terceira coluna está a informação f. Na quinta linha da
primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda coluna está a informação f. Na quinta linha da terceira coluna está a
informação f.
3) Disjunção (∨)
Dadas duas proposições p e q, chama-se “disjunção de p e q” a proposição “p ∨ q” (lê-se
p ou q). A disjunção p ∨ q será verdadeira se pelo menos uma das proposições (p ou q) for
verdadeira e será falsa apenas no caso em que as duas (p e q) forem falsas.
Em resumo: V(p ∨ q) = F somente quando V(p) = V(q) = F.
Exemplos:
a) Se p: 3 + 4 > 5 e q: 3 + 1 = 2, a composta P(p, q) formada ao usar o conectivo “∨” é
P:p ∨ q, que se lê P: 3 + 4 > 5 ou 3 + 1 = 2.

b) A frase: “O aluno tem celular ou notebook” é uma disjunção de duas proposições simples:
[O aluno tem celular] ∨ [O aluno tem notebook].
O concetivo ∨ também é chamado de “ou inclusivo”, pois ele admite as duas frases ver-
dadeiras. A frase do exemplo acima é verdadeira se o aluno tiver somente celular, somente
notebook, ou celular e notebook.
Em resumo: V(p ∨ q) = F somente quando V(p) = V(q) = F.

Introdução
Tabela-verdade para a disjunção p ∨ q.

p q p∨q
V V V
V F V
F V V
F F F
Descrição: Tabela dividida em três colunas e cada uma contem cinco linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação
p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação q. Na primeira linha da terceira coluna está a informação p ou lógico q. Na
segunda linha da primeira coluna está a informação V. Na segunda linha da segunda coluna está a informação v. Na segunda linha da
terceira coluna está a informação v. Na terceira linha da primeira coluna está a informação V. Na terceira linha da segunda coluna
está a informação f. Na terceira linha da terceira coluna está a informação v. Na quarta linha da primeira coluna está a informação f.
Na quarta linha da segunda coluna está a informação V. Na quarta linha da terceira coluna está a informação v. Na quinta linha da
primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda coluna está a informação f. Na quinta linha da terceira coluna está a
informação f.
3.1) Disjunção Exclusiva: (∨ sublinhado)

Chama-se disjunção exclusiva de duas proposições p e q a proposição representada por “p ∨


sublinhado q” ou p pequeno circulo com duas linhas dividindo, sendo uma na vertical e
uma horizontal q, que se lê: “ou p ou q” ou “p ou q, mas não ambos”, cujo valor lógico é a
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

verdade (V) somente quando p é verdadeira ou q é verdadeira, mas não quando p e q são ambas
verdadeiras, e a falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas.

Em resumo: V( p∨ sublinhado q ) = F quando V(p) = V(q).

Na disjunção exclusiva, as duas proposições não podem ocorrer ao mesmo tempo.

Exemplos:
a) p: x é par ; q: x é ímpar. x pode ser par ou ímpar, mas x não pode ser par e ímpar ao
mesmo tempo. A composta “p ou q” é simbolizada por P(p, q) = (p∨ sublinhado q).

b) Arnaldo é alagoano ou pernambucano.

c) O documento foi enviado por malote ou pelo correio.


Tabela-verdade da disjunção exclusiva p∨ sublinhado q.

p q p∨q
V V F
V F V
F V V
F F F
Descrição: Tabela dividida em três colunas e cada uma contem cinco linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação
p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação q. Na primeira linha da terceira coluna está a informação p ou lógico
sublinhado q. Na segunda linha da primeira coluna está a informação V. Na segunda linha da segunda coluna está a informação v. Na
segunda linha da terceira coluna está a informação f. Na terceira linha da primeira coluna está a informação V. Na terceira linha da
segunda coluna está a informação f. Na terceira linha da terceira coluna está a informação v. Na quarta linha da primeira coluna está
a informação f. Na quarta linha da segunda coluna está a informação v. Na quarta linha da terceira coluna está a informação v. Na
quinta linha da primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda coluna está a informação f. Na quinta linha da
terceira coluna está a informação f.
4. Condicional (−→)

Sejam p e q proposições. A proposição “se p, então q” , que será denotada por p → q,


é chamada de condicional ou implicação. A proposição p → q assume o valor falso somente
Introdução
22 UNI D ADE

quando p for verdadeira e q for falsa.

Resumindo: V(p → q) = F somente quando V(p) = V e V(q) = F.

Ilustremos inicialmente uma interpretação do conectivo → através da sentença:


“Se Ana conseguir o emprego, então fará uma festa.”
Definindo-se:
p: “Ana consegue o emprego” e q: “Ana faz uma festa”, então (p → q) representa a
promessa de Ana.

Vamos analisar quando a promessa será cumprida:

1) Digamos que ela consiga a vaga de emprego (p é V). Pode acontecer que ela faça a festa

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(q é V), cumprindo a promessa (p → q é V). Por outro lado, Ana pode não fazer a festa,
descumprindo a promessa (p → q é F).

2) Digamos que Ana não consiga o emprego (p é F). Neste caso, independente de fazer ou
não uma festa (q é V ou F), a promessa não será descumprida (p → q é V).

Observamos que a única possibilidade de p → q ser falsa é quando p é V e q é F.

Tabela-verdade da condicional p → q.

p q p→ q
V V V
V F F
F V V
F F V
Descrição: Tabela dividida em três colunas e cada uma contem cinco linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação
p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação q. Na primeira linha da terceira coluna está a informação p seta para direita
q. Na segunda linha da primeira coluna está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a informação v. Na segunda
linha da terceira coluna está a informação v. Na terceira linha da primeira coluna está a informação v. Na terceira linha da segunda
coluna está a informação f. Na terceira linha da terceira coluna está a informação f. Na quarta linha da primeira coluna está a
informação f. Na quarta linha da segunda coluna está a informação v. Na quarta linha da terceira coluna está a informação v. Na
quinta linha da primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda coluna está a informação f. Na quinta linha da
terceira coluna está a informação v.
Na condicional p → q, a proposição p é chamada de hipótese, premissa ou antecedente,
enquanto a proposição q é denominada tese, conclusão ou consequente.

Em Português, o uso do condicional estabelece uma relação de causa e efeito entre a hipótese
e a conclusão. Entretanto, na condicional lógica p → q, não é necessário existir uma relaç̧ão
causal entre a hipótese p e a tese q.
Por exemplo, a condicional:
“Se laranja são azuis então 2 é par”
é destituída de “sentido” na língua portuguesa, mas como a hipótese é falsa, temos
que a condicional é verdadeira, mesmo não existindo relação de causa e efeito entre as
proposições envolvidas.

Introdução
23

Proposições Associadas a uma Condicional:

Consideremos as proposições:

p: O quadrilá́tero Q é um quadrado.

q: O quadrilátero Q é um rerângulo.

e a condicional
p → q : “Se o quadrilátero Q é́ um quadrado, então é um retângulo.”

Temos as seguintes proposições associadas à condicional p → q :

• Contrapositiva ~ q → ~ p : “Se o quadrilátero Q não é um retângulo, então Q não é um


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

quadrado.”

• Recíproca q → p : “Se o quadrilátero Q é um retângulo, então é um quadrado.”

• Inversa ~ p →~ q : “Se o quadrilátero Q não é um quadrado, então Q não é um


retângulo.”

5. Bicondicional (seta bilateral)

Se p e q são duas proposições, a proposição “p, se e somente se q”, que será indicada por
“p ↔ q” é chamada de bicondicional. A proposição bicondicional será verdadeira quando p e q
forem ambas verdadeiras ou ambas falsas, e será falsa nos demais casos.

Resumindo: V (p seta bilateral q) = V quando V(p) = V(q).

Tabela-verdade da bicondicional p seta bilateral q.

p q p↔ q
V V V
V F F
F V F
F F V
Descrição: Tabela dividida em três colunas e cada uma contem cinco linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação
p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação q. Na primeira linha da terceira coluna está a informação p seta bilateral q.
Na segunda linha da primeira coluna está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a informação v. Na segunda linha
da terceira coluna está a informação v. Na terceira linha da primeira coluna está a informação v. Na terceira linha da segunda coluna
está a informação f. Na terceira linha da terceira coluna está a informação f. Na quarta linha da primeira coluna está a informação f.
Na quarta linha da segunda coluna está a informação v. Na quarta linha da terceira coluna está a informação f. Na quinta linha da
primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda coluna está a informação f. Na quinta linha da terceira coluna está a
informação v.

A bicondicional p seta bilateral q também se lê de uma das seguintes maneiras:

• P é condição necessária e suficiente para q.

• Q é condição necessária e suficiente para p.

Introdução
24 UNID ADE

Exemplo:
“Respiro se, e somente se, estou vivo”.

Percebemos pelo exemplo que respirar é condição necessária e suficiente para estar vivo,
assim como estar vivo é condição necessária e suficiente para respirar.

Prioridades de Operações Lógicas


Em uma operação que usa dois ou mais operadores lógicos, como p ∧ r ∨ q → r, a ordem em
que eles aparecem é muito importante. Em geral, usam-se parênteses para indicar a ordem e
agrupamento das operações lógicas. Mas assim como na Álgebra, existe uma convenção sobre
a ordem de precedência para os conectivos, que estabelecem uma ordem de aplicação, mesmo
na ausência de parênteses.

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OPERADOR PRIORIDADE
∼ 1
∧ 2
∨ 3
→ 4
↔ 5
Descrição: Tabela dividida em duas colunas e cada uma contem cinco linhas. Na primeira coluna está intitulada Operador e a
segunda coluna está intitulada Prioridade. Na primeira linha da primeira coluna está a informação til. Na primeira linha da segunda
coluna está a informação 1. Na segunda linha da primeira coluna está a informação e lógico. Na segunda linha da segunda coluna
está a informação 2. Na terceira linha da primeira coluna está a informação ou lógico. Na terceira linha da segunda coluna está a
informação 3. Na quarta linha da primeira coluna está a informação seta para a direita. Na quarta linha da segunda coluna está a
informação 4. Na quinta linha da primeira coluna está a informação seta bilateral. Na quinta linha da segunda coluna está a
informação 5.

Exemplo:
Seja a sentença em linguagem natural:
“Você não pode andar de montanha russa se você tiver menos do que 1,20 metros de altura, a
menos que você tenha 16 anos de idade.”

Podemos fazer a tradução dessa sentença em proposições compostas da seguinte maneira.


Consideremos as primitivas:

• q: Você pode andar de montanha russa.

• r: Você tem menos do que 1,20 m de altura.

• s: Você tem mais de 16 anos de idade.

Então, a sentença em linguagem natural pode ser traduzida em proposições lógicas como:
r ∧ ~ s →~ q, ou ainda ~ r ∨ s → q, que devem ser consideradas como [(r ∧ (~ s)) → (~ q)],
ou ainda ((~ r) ∨ s) → q.

Introdução
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 25

Tabela-Verdade
Dadas várias proposiç̧ões simples p, q, r, s, ..., podemos combiná-las para formar novas proposições
compostas. O valor-verdade dessas novas proposições fica completamente determinado pelos
valores das proposições componentes e pela natureza dos conectivos envolvidos. Uma maneira
de determinar o valor lógico de proposições compostas é pela construção de tabelas-verdade.

Exemplos:

1) Construir a tabela-verdade da proposição ~ (p ∧ q).

Observemos que como existem duas proposições simples envolvidas, p e q, então existem 4
possibilidades de combinar os valores-verdade de p e q: VV; VF; FV e FF. Dessa forma, a
tabela-verdade terá 2² = 4 linhas.

p q p ∧ q ∼ (p ∧ q)
V V V F
V F F V
F V F V
F F F V
1 1 2 3
Descrição: Tabela dividida em quatro colunas e cada uma contem seis linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação
p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação q. Na primeira linha da terceira coluna está a informação p e lógico q. Na
primeira linha da quarta coluna está a informação til p abre parêntese e lógico q fecha parêntese. Na segunda linha da primeira
coluna está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a informação v. Na segunda linha da terceira coluna está a
informação v. Na segunda linha da quarta coluna está a informação f. Na terceira linha da primeira coluna está a informação v. Na
terceira linha da segunda coluna está a informação f. Na terceira linha da terceira coluna está a informação f. Na terceira linha da
quarta coluna está a informação v. Na quarta linha da primeira coluna está a informação f. Na quarta linha da segunda coluna está a
informação v. Na quarta linha da terceira coluna está a informação f. Na quarta linha da quarta coluna está a informação v. Na quinta
linha da primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda coluna está a informação f. Na quinta linha da terceira
coluna está a informação f. Na quinta linha da quarta coluna está a informação v. Na sexta linha da primeira coluna está a informação
1. Na sexta linha da segunda coluna está a informação 1. Na sexta linha da terceira coluna está a informação 2. Na sexta linha da
quarta coluna está a informação 3.

Tabela-Verdade
2) Construir a tabela-verdade da proposição (p∨ ~ q) → q.

p q ∼ q p∨∼ q (p∨∼ q) → q
V V F V V
V F V V F
F V F F V
F F V V F
Descrição: Tabela dividida em cinco colunas e cada uma contem cinco linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a
informação p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação q. Na primeira linha da terceira coluna está a informação til q.
Na primeira linha da quarta coluna está a informação p ou lógico til q. Na primeira linha da quinta coluna está a informação abre
parêntese p ou lógico til q fecha parêntese seta para a direita q. Na segunda linha da primeira coluna está a informação v. Na segunda
linha da segunda coluna está a informação v. Na segunda linha da terceira coluna está a informação f. Na segunda linha da quarta
coluna está a informação v. Na segunda linha da quinta coluna está a informação v. Na terceira linha da primeira coluna e stá a
informação v. Na terceira linha da segunda coluna está a informação f. Na terceira linha da terceira coluna está a informação v. Na
terceira linha da quarta coluna está a informação v. Na terceira linha da quinta coluna está a informação f. Na quarta linha da
primeira coluna está a informação f. Na quarta linha da segunda coluna está a informação v. Na quarta linha da terceira coluna está a
informação f. Na quarta linha da quarta coluna está a informação f. Na quarta linha da quinta coluna está a informação v. Na quinta
linha da primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda coluna está a informação f. Na quinta linha da terceira
coluna está a informação v. Na quinta linha da quarta coluna está a informação v. Na quinta linha da quinta coluna está a informação
f.

Tabela-Verdade
26

Fonte: a autora.

Um outro modo de se construir a tabela-verdade de uma proposição composta é dado


da a
seguir, onde colocamos todos os elementos envolvidos na proposição composta e numeramos as

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
etapas; a solução será a última etapa:

3) Encontrar a tabela-verdade da proposição composta S = (p∨ ~ q) → (p ∧ q seta bilateral r).

p q r (p ∨ ∼ q) → (p ∧ q ↔ r)
V V V V V F V V V V V V
V V F V V F F V V V F F
V F V V V V F V F F F V
V F F V V V V V F F V F
F V V F F F V F F V F V
F V F F F F V F F V V F
F F V F V V F F F F F V
F F F F V V V F F F V F
1 1 1 1 3 2 6 1 4 1 5 1
Descrição: Tabela dividida em doze colunas e cada uma contem dez linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informaç ão
p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação q. Na primeira linha da terceira coluna está a informação r. Na primeira
linha da quarta coluna está a informação abre parêntese p. Na primeira linha da quinta coluna está a informação ou lógico. Na
primeira linha da sexta coluna está a informação til q fecha parêntese. Na primeira linha da sétima coluna está a informação seta para
a direita. Na primeira linha da oitava coluna está a informação abre parêntese p. Na primeira linha da nona coluna está a informação
e lógico. Na primeira linha da décima coluna está a informação q. Na primeira linha da décima primeira coluna está a informação
seta bilateral. Na primeira linha da décima segunda coluna está a informação r fecha parêntese. Na segunda linha da primeira coluna
está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a informação v. Na segunda linha da terceira coluna está a informação
v. Na segunda linha da quarta coluna está a informação v. Na segunda linha da quinta coluna está a informação v. Na segunda linha
da sexta coluna está a informação f. Na segunda linha da sétima coluna está a informação v. Na segunda linha da oitava coluna está a
informação v. Na segunda linha da nona coluna está a informação v. Na segunda linha da décima coluna está a informação v. Na
segunda linha da décima primeira coluna está a informação v. Na segunda linha da décima segunda coluna está a informação v. Na
terceira linha da primeira coluna está a informação v. Na terceira linha da segunda coluna está a informação v. Na terceira linha da
terceira coluna está a informação f. Na terceira linha da quarta coluna está a informação v. Na terceira linha da quinta coluna está a
informação v. Na terceira linha da sexta coluna está a informação f. Na terceira linha da sétima coluna está a informação f. Na
terceira linha da oitava coluna está a informação v. Na terceira linha da nona coluna está a informação v. Na terceira linha da décima
coluna está a informação v. Na terceira linha da décima primeira coluna está a informação f. Na terceira linha da décima segunda
coluna está a informação f. Na quarta linha da primeira coluna está a informação v. Na quarta linha da segunda coluna está a
informação f. Na quarta linha da terceira coluna está a informação v. Na quarta linha da quarta coluna está a informação v. Na quarta
linha da quinta coluna está a informação v. Na quarta linha da sexta coluna está a informação v. Na quarta linha da sétima coluna
está a informação f. Na quarta linha da oitava coluna está a informação v. Na quarta linha da nona coluna está a informação f. Na
quarta linha da décima coluna está a informação f. Na quarta linha da décima primeira coluna está a informação f. Na quarta linha da
décima segunda coluna está a informação v. Na quinta linha da primeira coluna está a informação v. Na quinta linha da segunda
coluna está a informação f. Na quinta linha da terceira coluna está a informação f. Na quinta linha da quarta coluna está a informação
v. Na quinta linha da quinta coluna está a informação v. Na quinta linha da sexta coluna está a informação v. Na quinta linha da
sétima coluna está a informação v. Na quinta linha da oitava coluna está a informação v. Na quinta linha da nona coluna está a
informação f. Na quinta linha da décima coluna está a informação f. Na quinta linha da décima primeira coluna está a informação v.
Tabela-Verdade
Na quinta linha da décima segunda coluna está a informação f. Na sexta

linha da primeira coluna está a informação f. Na sexta linha da segunda coluna está a informação v. Na sexta linha da terceira coluna
está a informação v. Na sexta linha da quarta coluna está a informação f. Na sexta linha da quinta coluna está a informação f. Na
sexta linha da sexta coluna está a informação f. Na sexta linha da sétima coluna está a informação v. Na sexta linha da oitava coluna
está a informação f. Na sexta linha da nona coluna está a informação f. Na sexta linha da décima coluna está a informação v. Na
sexta linha da décima primeira coluna está a informação f. Na sexta linha da décima segunda coluna está a informação v. Na sétima
linha da primeira coluna está a informação f. Na sétimo linha da segunda coluna está a informação v. Na sétimo linha da terceira
coluna está a informação f. Na sétimo linha da quarta coluna está a informação f. Na sétimo linha da quinta coluna está a informação
f. Na sétima linha da sexta coluna está a informação f. Na sétima linha da sétima coluna está a informação v. Na sétimo linha da
oitava coluna está a informação f. Na sétimo linha da nona coluna está a informação f. Na sétimo linha da décima coluna está a
informação v. Na sétimo linha da décima primeira coluna está a informação v. Na sétimo linha da décima segunda coluna está a
informação f. Na oitava linha da primeira coluna está a informação f. Na oitava linha da segunda coluna está a informação f. Na
oitava linha da terceira coluna está a informação v. Na oitava linha da quarta coluna está a informação f. Na oitava linha da quinta
coluna está a informação v. Na oitava linha da sexta coluna está a informação v. Na oitava linha da sétima coluna está a informação
f. Na oitava linha da oitava coluna está a informação f. Na oitava linha da nona coluna está a informação f. Na oitava linha da décima
coluna está a informação f. Na oitava linha da décima primeira coluna está a informação f. Na oitava linha da décima segunda coluna
está a informação v. Na nona linha da primeira coluna está a informação f. Na nona linha da segunda coluna está a informação f. Na
nona linha da terceira coluna está a informação f. Na nona linha da quarta coluna está a informação f. Na nona linha da quinta coluna
está a informação v. Na nona linha da sexta coluna está a informação v. Na nona linha da sétima coluna está a informação v. Na nona
linha da oitava coluna está a informação f. Na nona linha da nona coluna está a informação f. Na nona linha da décima coluna está a
informação f. Na nona linha da décima primeira coluna está a informação v. Na nona linha da décima segunda coluna está a
informação f. Na décimo linha da primeira coluna está a informação 1. Na décimo linha da segunda coluna está a informação 1. Na
décimo linha da terceira coluna está a informação 1. Na décimo linha da quarta coluna está a informação 1. Na décimo linha da
quinta coluna está a informação 3. Na décimo linha da sexta coluna está a informação 2. Na décimo linha da sétima coluna está a
informação 6. Na décimo linha da oitava coluna está a informação 1. Na décimo linha da nona coluna está a informação 4. Na
décimo linha da décima coluna está a informação 1. Na décimo linha da décima primeira coluna está a informação 5. Na décimo
linha da décima segunda coluna está a informação 1.

4) Construir a tabela-verdade de (p ∧ q)∨ ~ (p → q).

(p ∧ q) ∨ ∼ (p → q)
V V V V F V V V
V F F V V V F F
F F V F F F V V
F F F F F F V F
1 2 1 5 4 1 3 1
Descrição: Tabela dividida em oito colunas e cada uma contem seis linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informa ção
abre parêntese p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação e lógico. Na primeira linha da terceira coluna está a
informação q fecha parêntese. Na primeira linha da quarta coluna está a informação ou lógico. Na primeira linha da quinta coluna
está a informação til. Na primeira linha da sexta coluna está a informação abre parêntese p. Na primeira linha da sétima coluna está a
informação seta para direita. Na primeira linha da oitava coluna está a informação q fecha parêntese. Na segunda linha da primeira
coluna está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a informação v. Na segunda linha da terceira coluna está a
informação v. Na segunda linha da quarta coluna está a informação v. Na segunda linha da quinta coluna está a informação f. Na
segunda linha da sexta coluna está a informação v. Na segunda linha da sétima coluna está a informação v. Na segunda linha da
oitava coluna está a informação v. Na terceira linha da primeira coluna está a informação v. Na terceira linha da segunda coluna está
a informação f. Na terceira linha da terceira coluna está a informação f. Na terceira linha da quarta coluna está a informação v. Na
terceira linha da quinta coluna está a informação v. Na terceira linha da sexta coluna está a informação v. Na terceira linha da sétima
coluna está a informação f. Na terceira linha da oitava coluna está a informação f. Na quarta linha da primeira coluna está a
informação f. Na quarta linha da segunda coluna está a informação f. Na quarta linha da terceira coluna está a informação v. Na
quarta linha da quarta coluna está a informação f. Na quarta linha da quinta coluna está a informação f. Na quarta linha da sexta
coluna está a informação f. Na quarta linha da sétima coluna está a informação v. Na quarta linha da oitava coluna está a informação
v. Na quinta linha da primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda coluna está a informação f. Na quinta linha da
terceira coluna está a informação f. Na quinta linha da quarta coluna está a informação f. Na quinta linha da quinta coluna está a
informação f. Na quinta linha da sexta coluna está a informação f. Na quinta linha da sétima coluna está a informação v. Na quinta
linha da oitava coluna está a informação f. Na sexta linha da primeira coluna está a informação 1. Na sexta linha da segunda coluna
está a informação 2. Na sexta linha da terceira coluna está a informação 1. Na sexta linha da quarta coluna está a informação 5. Na
sexta linha da quinta coluna está a informação 4. Na sexta linha da sexta coluna está a informação 1. Na sexta linha da sétima coluna
está a informação 3. Na sexta linha da oitava coluna está a informação 1.

Tautologias e Contradições
Uma tautologia é uma proposição composta que é sempre verdadeira, quaisquer que sejam os
valores lógicos das proposições simples que a compõem, ou seja, a coluna de resultado de sua

Tabela-Verdade
27

tabela-verdade contém somente valores lógicos verdadeiros (V). Por outro lado, uma proposição
composta que é sempre falsa é chamada de contradição. Uma proposição composta que não é
uma tautologia nem uma contradição é denominada contingência.

Exemplos:

1) A proposição composta p ∧ q → q é uma tautologia.

p ∧ q → q
V V V V V
V F F V F
F F V V V
F F F V F
1 2 1 3 1
Descrição: Tabela dividida em cinco colunas e cada uma contem seis linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação
p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação e lógico. Na primeira linha da terceira coluna está a informação q. Na
primeira linha da quarta coluna está a informação seta para a direita. Na primeira linha da quinta coluna está a informação q. Na
segunda linha da primeira coluna está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a informação v. Na segunda linha da
terceira coluna está a informação v. Na segunda linha da quarta coluna está a informação v. Na segunda linha da quinta coluna está a
informação v. Na terceira linha da primeira coluna está a informação v. Na terceira linha da segunda coluna está a informação f. Na
terceira linha da terceira coluna está a informação f. Na terceira linha da quarta coluna está a informação v. Na terceira linha da
quinta coluna está a informação f. Na quarta linha da primeira coluna está a informação f. Na quarta linha da segunda coluna está a
informação f. Na quarta linha da terceira coluna está a informação v. Na quarta linha da quarta coluna está a informação v. Na quarta
linha da quinta coluna está a informação v. Na quinta linha da primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda
coluna está a informação f. Na quinta linha da terceira coluna está a informação f. Na quinta linha da quarta coluna está a informação
v. Na quinta linha da quinta coluna está a informação f. Na sexta linha da primeira coluna está a informação 1. Na sexta linha da
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

segunda coluna está a informação 2. Na sexta linha da terceira coluna está a informação 1. Na sexta linha da quarta coluna está a
informação 3. Na sexta linha da quinta coluna está a informação 1.

2) A proposição composta (p ∧ q)∧ ∼ (p ∨ q) é uma contradição.

(p ∧ q) ∧ ∼ (p ∨ q)
V V V F F V V V
V F F F V
F V V F
F F V F V
F F V V
F F F F V F F F
1 2 1 5 4 1 3 1
Descrição: Tabela dividida em oito colunas e cada uma contem seis linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informa ção
abre parêntese p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação e lógica. Na primeira linha da terceira coluna está a
informação q fecha parêntese. Na primeira linha da quarta coluna está a informação e lógico. Na primeira linha da quinta coluna está
a informação til. Na primeira linha da sexta coluna está a informação abre parêntese. Na primeira linha da sétima coluna está a
informação ou lógico. Na primeira linha da oitava coluna está a informação q fecha parêntese. Na segunda linha da primeira co luna
está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a informação v. Na segunda linha da terceira coluna está a informação
v. Na segunda linha da quarta coluna está a informação f. Na segunda linha da quinta coluna está a informação f. Na segunda linha
da sexta coluna está a informação v. Na segunda linha da sétima coluna está a informação v. Na segunda linha da oitava coluna está
a informação v. Na terceira linha da primeira coluna está a informação v. Na terceira linha da segunda coluna está a informação f. Na
terceira linha da terceira coluna está a informação f. Na terceira linha da quarta coluna está a informação f. Na terceira linha da
quinta coluna está a informação f. Na terceira linha da sexta coluna está a informação v. Na terceira linha da sétima coluna está a
informação v. Na terceira linha da oitava coluna está a informação f. Na quarta linha da primeira coluna está a informação f. Na
quarta linha da segunda coluna está a informação f. Na quarta linha da terceira coluna está a informação v. Na quarta linha da quarta
coluna está a informação f. Na quarta linha da quinta coluna está a informação f. Na quarta linha da sexta coluna está a informação f.
Na quarta linha da sétima coluna está a informação v. Na quarta linha da oitava coluna está a informação v. Na quinta linha da
primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda coluna está a informação f. Na quinta linha da terceira coluna está a
informação f. Na quinta linha da quarta coluna está a informação f. Na quinta linha da quinta coluna está a informação v. Na quinta
linha da sexta coluna está a informação f. Na quinta linha da sétima coluna está a informação f. Na quinta linha da oitava coluna está
a informação f. Na sexta linha da primeira coluna está a informação 1. Na sexta linha da segunda coluna está a informação 2. Na
sexta linha da terceira coluna está a informação 1. Na sexta linha da quarta coluna está a informação 5. Na sexta linha da quinta
coluna está a informação 4. Na sexta linha da sexta coluna está a informação 1. Na sexta linha da sétima coluna está a informação 3.

Tautologias e Contradições
Na sexta linha da oitava coluna está a informação 1.

3) A proposição composta q →~ q é uma contingência.

q → ∼q
V F F
F V V
Descrição: Tabela dividida em três colunas e cada uma contem três linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação q.
Na primeira linha da segunda coluna está a informação seta para direita. Na primeira linha da terceira coluna está a informação til q.
Na segunda linha da primeira coluna está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a informação f. Na segunda linha
da terceira coluna está a informação f. Na terceira linha da primeira coluna está a informação f. Na terceira linha da segunda coluna
está a informação v. Na terceira linha da terceira coluna está a informação v.

As tautologias e contradições têm fundamental importância em métodos de prova, e é através


das tautologias que podemos simplificar expressões lógicas.

Tautologias e Contradições
28

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Equivalências Lógicas
Duas proposições compostas P e Q são chamadas logicamente equivalentes se suas tabelas
-verdade são idênticas, ou melhor, se, e somente se, P seta bilateral Q for tautologia.

Notações: P três linhas sobrepostas na horizontal Q ou P seta bilateral dupla Q.

Podemos verificar que duas proposições são logicamente equivalentes por meio da construção
de suas tabelas-verdade.

Exemplos:

1) Verificar que p três linhas sobrepostas na horizontal ~ (~ p).

p ∼ p ∼ (∼ p) p↔∼ (∼ p)
V F V V
F V F V
1 2 3 4
Descrição: Tabela dividida em quatro colunas e cada uma contem quatro linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a
informação p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação til p. Na primeira linha da terceira coluna está a informação til
abre parêntese til p fecha parêntese. Na primeira linha da quarta coluna está a informação p seta bilateral til abre parêntese til p fecha
parêntese. Na segunda linha da primeira coluna está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a informação f. Na
segunda linha da terceira coluna está a informação v. Na segunda linha da quarta coluna está a informação v. Na terceira linha da
primeira coluna está a informação f. Na terceira linha da segunda coluna está a informação v. Na terceira linha da terceira coluna está
a informação f. Na terceira linha da quarta coluna está a informação v. Na quarta linha da primeira coluna está a informação 1. Na
quarta linha da segunda coluna está a informação 2. Na quarta linha da terceira coluna está a informação 3. Na quarta linha da quarta
coluna está a informação 4.

Tautologias e Contradições
2) Verificar que p → q seta bilateral dupla ~ p ∨ q.

p q ∼ p p → q ∼ p ∨ q p → q ↔∼ p ∨ q
V V F V V V
V F F F F V
F V V V V V
F F V V V V
1 1 2 3 4 5
Descrição: Tabela dividida em seis colunas e cada uma contem seis linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a informação p.
Na primeira linha da segunda coluna está a informação q. Na primeira linha da terceira coluna está a informação til p. Na primeira
linha da quarta coluna está a informação p seta para direita q. Na primeira linha da quinta coluna está a informação til p ou q. Na
primeira linha da sexta coluna está a informação p seta para direita q seta bilateral til p ou q. Na segunda linha da primeira coluna
está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a informação v. Na segunda linha da terceira coluna está a infor mação
f. Na segunda linha da quarta coluna está a informação v. Na segunda linha da quinta coluna está a informação v. Na segunda linha
da sexta coluna está a informação v. Na terceira linha da primeira coluna está a informação v. Na terceira linha da segunda coluna
está a informação f. Na terceira linha da terceira coluna está a informação f. Na terceira linha da quarta coluna está a informação f.
Na terceira linha da quinta coluna está a informação f. Na terceira linha da sexta coluna está a informação v. Na quarta linha da
primeira coluna está a informação f. Na quarta linha da segunda coluna está a informação v. Na quarta linha da terceira coluna está a
informação v. Na quarta linha da quarta coluna está a informação v. Na quarta linha da quinta coluna está a informação v. Na quarta
linha da sexta coluna está a informação v. Na quinta linha da primeira coluna está a informação f. Na quinta linha da segunda coluna
está a informação f. Na quinta linha da terceira coluna está a informação v. Na quinta linha da quarta coluna está a informação v. Na
quinta linha da quinta coluna está a informação v. Na quinta linha da sexta coluna está a informação v. Na sexta linha da primeira
coluna está a informação 1. Na sexta linha da segunda coluna está a informação 1. Na sexta linha da terceira coluna está a
informação 2. Na sexta linha da quarta coluna está a informação 3. Na sexta linha da quinta coluna está a informação 4. Na sexta
linha da sexta coluna está a informação 5.

Tautologias e Contradições
29

Equivalências Lógicas Importantes

p, q, r proposições
Notações V: tautologia
F: contradição

Propriedade Equivalência Lógica


p∧V≡p
p∨F≡p
Identidades p↔V ≡p
p∨F ≡ p
Dominação p ∨ V ≡V
p ∧ F ≡F
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Leis da idempotência p∨p≡p


p∧p≡p
Dupla negação ∼ (∼ p) ≡ p
p∨q ≡ q∨p
Comutativa p∧q ≡ q∧p
p↔q≡q↔p
(p ∨ q) ∨ r ≡ p ∨ (q ∨ r)
Associativa (p ∧ q) ∧ r ≡ p ∧ (q ∧ r)
(p ↔ q) ↔ r ≡ p ↔ (q ↔ r)
Negação ou Inversa p∨∼ p ≡ V
p∧∼ p ≡ F
Leis da implicação (p → q) ≡ (∼ p ∨ q) ≡∼ (p∧∼ q)
∼ (p → q) ≡ (p∧∼ q)
Leis da equivalência (p ↔ q) ≡ (p → q) ∧ (q → p)
∼ (p ↔ q) ≡ (p ↔∼ q) ≡ (∼ p ↔ q)
Distributiva p ∨ (q ∧ r) ≡ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
p ∧ (q ∨ r) ≡ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
Leis de De Morgan ∼ (p ∨ q) ≡∼ p∧∼ q
∼ (p ∧ q) ≡∼ p∨∼ q
Absorção p ∨ (p ∧ q) ≡ p
p ∧ (p ∨ q) ≡ p
Lei da contrapositiva (p → q) ≡ (∼ q) → (∼ p)
Lei da redução ao absurdo p → q ≡ (p∧∼ q) → F
Descrição: Duas tabelas, sendo a primeira dividida em duas colunas e uma linha. Na primeira coluna está a informação
Notações. Na segunda coluna as informação estão distribuídas em três linhas. Na primeira linha está a informação p, q, r
proposições. Na segunda linha está a informação v: tautologia. Na terceira linha está a informação f: contradição. A segunda tabela
está dividida em duas colunas e quatorze linhas. A primeira coluna está intitulada propriedade e a segunda coluna está intitulada
equivalência lógica. Na primeira linha da primeira coluna está a informação identidades. A primeira linha da segunda coluna está
dividida em quatro linhas. Na primeira linha está a informação p e lógico v três linhas sobrepostas na horizontal p. A segunda linha
está a informação p ou lógico f três linhas sobrepostas na horizontal p. A terceira linha está a informação p seta bilateral v três linhas
sobrepostas na horizontal p. A quarta linha está a informação p ou lógico sublinhado f três linhas sobrepostas na horizonta l p. Na
segunda linha da primeira coluna está a informação dominação. A segunda linha da segunda coluna está dividida em duas linhas. Na
primeira linha está a informação p ou lógico v três linhas sobrepostas na horizontal v. A segunda linha está a informação p e lógico f
três linhas sobrepostas na horizontal f. Na terceira linha da primeira coluna está a informação leis da idempotência. A terceira linha da

Equivalência Lógicas
segunda coluna está dividida em duas linhas. Na primeira linha está a informação p ou lógico p três linhas sobrepostas na horizontal p.
A segunda linha está a informação p e lógico p três linhas sobrepostas na horizontal p. Na quarta linha da primeira coluna está a
informação dupla negação. A quarta linha da segunda coluna está a informação til abre parêntese til p três linhas sobrepostas na
horizontal p. Na quinta linha da primeira coluna está a informação comutativa. A quinta linha da segunda coluna está dividida em
três linhas. Na primeira linha está a informação p ou lógico q três linhas sobrepostas na horizontal q ou lógico p. A segunda linha está a
informação p e lógico q três linhas sobrepostas na horizontal q e lógico p. A terceira linha está a informação p seta bilateral q três linhas
sobrepostas na horizontal q seta bilateral p. Na sexta linha da primeira coluna está a informação associativa. A sexta linha da segunda
coluna está dividida em três linhas. Na primeira linha está a informação abre parêntese p ou lógico q fecha parêntese ou lógico r três
linhas sobrepostas na horizontal p ou lógico abre parêntese q ou lógico r fecha parêntese. A segunda linha está a informação abre
parêntese p e lógico q fecha parêntese e lógico r três linhas sobrepostas na horizontal q e lógico p ou lógico abre parêntese q ou lógico r
fecha parêntese. A terceira linha está a informação abre parêntese p seta bilateral q fecha parêntese seta bilateral r três linhas sobrepostas
na horizontal p seta bilateral abre parêntese q seta bilateral r fecha parêntese. Na sétima linha da primeira coluna está a informação
negação inversa. A sétima linha da segunda coluna está dividida em duas linhas. Na primeira linha está a informação p ou lógico til p
três linhas sobrepostas na horizontal v. Na segunda linha está a informação p e lógico til p três linhas sobrepostas na horizontal f. Na
oitava linha da primeira coluna está a informação leis de implicação. A oitava linha da segunda coluna está dividida em duas linhas.
Na primeira linha está a informação abre parêntese p seta para direita q fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal abre
parêntese til p ou lógico q fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal til abre parêntese p e lógico til q fecha parêntese. Na
segunda linha está a informação til abre parêntese p seta para direita q fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal abre
parêntese p e lógico til q fecha parêntese. Na nona linha da primeira coluna está a informação leis da equivalência. A nona linha da
segunda coluna está dividida em duas linhas. Na primeira linha está a informação abre parêntese p seta bilateral q fecha parêntese
três linhas sobrepostas na horizontal abre parêntese p seta para direita q fecha parêntese e lógico abre parêntese q seta par a direita p fecha
parêntese. Na segunda linha está a informação til abre parêntese p seta bilateral q fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal
abre parêntese p seta bilateral til q fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal abre parêntese til p seta bilater al q fecha
parêntese. Na décima linha da primeira coluna está a informação distributiva. A décima linha da segunda coluna está dividida em
duas linhas. Na primeira linha está a informação p ou lógico abre parêntese q e lógico r fecha parêntese três linhas sobrepostas na
horizontal abre parêntese p ou lógico q fecha parêntese e lógico abre parêntese p ou lógico r fecha parêntese. Na segunda linha está a
informação p e lógico abre parêntese q ou lógico r fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal abre parêntese p e lógico q
fecha parêntese ou lógico abre parêntese p e lógico r fecha parêntese. Na décima primeira linha da primeira coluna está a informação
Leis de De Morgan. A décima primeira linha da segunda coluna está dividida em duas linhas. Na primeira linha está a informação til
abre parêntese p ou lógico q fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal til p e lógico til q. Na segunda linha está a informação
til abre parêntese p e lógico q fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal til p ou lógico til q. Na décima segunda linha da
primeira coluna está a informação Absorção. A décima segunda linha da segunda coluna está dividida em duas linhas. Na primeira
linha está a informação p ou lógico abre parêntese p e lógico q fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal p. Na segunda
linha está a informação p e lógico abre parêntese p ou lógico q fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal p. Na décima
terceira linha da primeira coluna está a informação Lei da contrapositiva. Na décima terceira linha da segunda coluna está a
informação abre parêntese p seta para direita q fecha parêntese três linhas sobrepostas na horizontal abre parêntese til q fecha parêntese
seta para direita abre parêntese til p fecha parêntese. Na décima quarta linha da primeira coluna está a informação Lei da redução ao
absurdo. Na décima quarta linha da segunda coluna está a informação p seta para direita q três linhas sobrepostas na horizontal abre
parêntese p e lógico til q fecha parêntese seta para direita f.

Para estudos desenvolvidos em técnicas digitais, as diversas portas lógicas são expressas em
termos de ~ e ∧. É importante então expressar qualquer um dos conectivos usando somente ~ e
∧.

Equivalência Lógicas
30 UNID ADE

Exercício: Prove, usando tabela-verdade, a equivalência dos conectivos estudados com as


expressões que envolvem somente ~ e ∧:
a) Disjunção: p ∨ q três linhas sobrepostas na horizontal ~ (~ p∧ ~ q).
b) Condicional: p → q três linhas sobrepostas na horizontal ~ (p∧~ q)
c) Bicondicional: p seta bilateral q três linhas sobrepostas na horizontal ~ (~ (p ∧ q)∧~ (~ p∧~ q))

Conectivos Lógicos e Programação

De acordo com Gersting (2004, p.9), podemos exemplificar uma aplicação da Lógica Matemática
na computação:

Os conectivos lógicos E (AND), OU (OR) e NÃO (NOT)(correspondendo,


respectivamente, a ∧, ∨ e ~) estão disponíveis em muitas linguagens de

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
programaç̧ão, assim como em calculadoras gráficas programáveis. Esses
conectivos, de acordo com as tabelas-verdade que definimos, agem em
combinações de expressões verdadeiras ou falsas para produzir um valor
lógico final. Tais valores lógicos fornecem a capacidade de tomada de decisão
fundamental ao fluxo de controle em programas de computadores. Assim, em
uma ramificação condicional de um programa, se o valor lógico da expressão
condicional for verdadeiro, o programa executará a seguir um trecho de seu
código; se o valor for falso, o programa executará um trecho diferente de
seu código. Se a expressão condicional for substituída por outra expressão
equivalente mais simples, o valor lógico da expressão, e portanto, o fluxo de
controle do programa, não será afetado, mas o novo código será mais fácil de
ser entendido e poderá ser executado mais rapidamente.

Exemplo: Vejamos o seguinte comando na linguagem de programação Pascal:

if(( x > y) and not ((x > y) and (z < 1000)))


then Faça isso (um procedimento)
else Faça aquilo (outro procedimento).

Aqui a expressão condicional tem a forma A∧ ~ (A ∧ B), em que A: x > y e B: z < 1000.
Essa expressão pode ser simplificada utilizando uma condicional simplificada:

A∧~ (A ∧ B) três linhas sobrepostas na horizontal A ∧ (~ A∨~ B) (Leis de De Morgan)


três linhas sobrepostas na horizontal (A∧~ A) ∨ (A∧~ B)
uitividade) (distributividade)
três linhas sobrepostas na horizontal F ∨ (A∧ ~ B) (F denota contradição)
três linhas sobrepostas na horizontal (A∧~ B) ∨ F (comutatividade)
três linhas sobrepostas na horizontal (A∧~ B) (identidade)

Equivalência Lógicas
O comando pode então ser reescrito como:
if ((x > y) and not (z < 1000))
then Faça isso (um procedimento)
else Faça aquilo (outro procedimento).

Implicações Lógicas
Sejam p e q duas proposições. Dizemos que p implica logicamente q se p → q é uma tautologia.
Denotaremos que p implica logicamente em q por “p seta dupla para direita q”.
As implicações lógicas também podem ser chamadas de “inferências lógicas”. As regras de
inferência são, na verdade, formas válidas de raciocínio, isto é, são formas que nos permitem
concluir o consequente, uma vez que consideremos o antecedente verdadeiro; em termos textu-
ais, costumamos utilizar o termo “logo” (ou seus sinônimos: portanto, em consequência, etc.)
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para caracterizar as Regras de Inferência; a expressão p seta dupla para direita q pode então ser lida: “p;
logo, q”.

Listamos a seguir algumas regras de inferências importantes, sendo p, q e r proposições quais- quer:
Regras de Inferência

1. p ⇒ p ∨ q
2. p ∧ q ⇒ p
p∧q ⇒q
3. (p → q) ∧ p ⇒ q
4. (p → q)∧∼ q ⇒∼ p Modus Tollens
5. (p ∨ q)∧∼ p ⇒ q

7. p → F ⇒∼ p De
Descrição: Tabela nomeada regras de inferência dividida em duas colunas e sete linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a
informação p seta dupla para direita p ou lógico q. Na primeira linha da segunda coluna está a informação lei de adição. A segunda
linha da primeira coluna está dividida em duas linhas. Na primeira linha está a informação p e lógico q seta dupla p. Na segunda
linha está a informação p e lógico q seta dupla para direita q. Na segunda linha da segunda coluna está a informação leis de
implicação. Na terceira linha da primeira coluna está a informação abre parêntese p seta para direita q fecha parêntese e lógico p seta
dupla para direita q. Na terceira linha da segunda coluna está a informação modus ponens. Na quarta linha da primeira coluna está a
informação abre parêntese p seta para direita q fecha parêntese e lógico til q seta dupla para direita til p. Na quarta linha da segunda
coluna está a informação modus tollens. Na quinta linha da primeira coluna está a informação abre parêntese p ou lógico q fecha
parêntese e lógico til p seta dupla para direita til q. Na quinta linha da segunda coluna está a informação silogismo disjuntivo. Na
sexta linha da primeira coluna está a informação abre parêntese p seta para direita q fecha parêntese e lógico abre parêntese q seta
dupla para direita r fecha parêntese seta dupla para direita abre parêntese p seta para direita r fecha parêntese. Na sexta linha da
segunda coluna está a informação silogismo hipotético. Na sétima linha da primeira coluna está a informação p seta para direita f
seta dupla para direita til p. Na sétima linha da segunda coluna está a informação demonstração por absurdo.

Implicações Lógicas
32 UNID ADE

Exemplo:
“Se é gato, então mia. É gato, portanto mia.”
Essa frase exemplifica a regra de inferência Modus Ponens (p → q) ∧ p seta dupla para direita q.
Provemos sua veracidade:
p q p → q (p → q) ∧ p [(p → q) ∧ p] → q
V V V V V
V F F F V
F V V F V
F F V F V
Descrição: Tabela dividida em cinco colunas e cada uma contem cinco linhas. Na primeira linha da primeira coluna está a
informação p. Na primeira linha da segunda coluna está a informação q. Na primeira linha da terceira coluna está a informação p seta
para direita q. Na primeira linha da quarta coluna está a informação abre parêntese p seta para direita q fecha parêntese e lógico p. Na
primeira linha da quinta coluna está a informação abre colchete abre parêntese p seta para direita q fecha parêntese e lógico p fecha
colchete seta para direita q. Na segunda linha da primeira coluna está a informação v. Na segunda linha da segunda coluna está a
informação v. Na segunda linha da terceira coluna está a informação v. Na segunda linha da quarta coluna está a informação v. Na
primeira linha da quinta coluna está a informação v. Na terceira linha da primeira coluna está a informação v. Na terceira linha da
segunda coluna está a informação f. Na terceira linha da terceira coluna está a informação f. Na terceira linha da quarta coluna está a
informação f. Na terceira linha da quinta coluna está a informação v. Na quarta linha da primeira coluna está a informação f. Na
quarta linha da segunda coluna está a informação v. Na quarta linha da terceira coluna está a informação v. Na quarta linha da quarta
coluna está a informação f. Na quarta linha da quinta coluna está a informação v. Na quinta linha da primeira coluna está a
informação f. Na quinta linha da segunda coluna está a informação f. Na quinta linha da terceira coluna está a informação v. Na
quinta linha da quarta coluna está a informação f. Na quinta linha da quinta coluna está a informação v.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exercı́cio: Verificar cada uma das inferências acima usando tabela-verdade.

Método Dedutivo
Argumentos
Um argumento é uma sequência de proposições na qual uma delas deriva das demais.
Usualmente, a proposição derivada é chamada conclusão, e as demais, premissas. Dito de
outra maneira, chama-se argumento a afirmação de que de um dado conjunto de proposições
P1 , P2 , ...Pn , chamadas premissas, decorre uma proposição Q, chamada conclusão.

Implicações Lógicas
33

Exemplo:
se é aluno de Engenharia de Software precisa estudar Lógica. (premissa)
Todo
Leonardo é aluno de Engenharia de Software. (premissa)
Logo, Leonardo precisa estudar Lógica. (conclusão)

Um argumento é considerado válido se a conjunção das hipóteses implica na tese. As pre-


missas são consideradas provas evidentes da verdade da conclusão.

Exemplos:

1) Se é mamífero, então é vertebrado.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A baleia é um mamífero.
Logo, a baleia é um vertebrado.
Argumento válido, em que as premissas e a conclusão são verdadeiras.

2) Fernando Collor foi presidente do Brasil.


Se é presidente do Brasil, então sofre impeachemnt.
Logo, Collor sofreu impeachment no mandato como presidente.
Argumento válido, com uma das premissas falsa, mas conclusão verdadeira.

3) Se é cobra, tem asas.


A sucuri é uma cobra.
Logo, a sucuri tem asas.
Argumento válido com uma das premissas falsa, e conclusão falsa.

Se a conclusão não decorre das premissas, dizemos que o argumento é inválido ou sofisma.

Exemplos:

1) Se o número é múltiplo de 4, então é múltiplo de 2. O número é múltiplo de 2. Logo,


também é́ múltiplo de 4.

2) Se é́ pássaro, é́ mortal.
Eu sou mortal. Portanto, eu sou um pássaro.

A validade do argumento depende exclusivamente do relacionamento lógico entre as premissas


e a conclusão. A Lógica não se ocupa de verificar se as premissas são verdadeiras; o objetivo da
Lógica é́ verificar se o argumento é́ estruturado de forma tal que, independentemente dos valores
lógicos das proposições simples envolvidas, a veracidade das premissas implica na veracidade
da conclusão.

Método Dedutivo
34 UNI D ADE

Para provar que um argumento é́ vlido, devemos verificar que P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q é


uma tautologia. Isso pode ser feito por meio das tabelas-verdade, mas o processo ficaria de-
masiadamente longo se um grande número de proposições simples estiver envolvido. Podemos
então recorrer ao método dedutivo, que consiste em obter a conclusão a partir das premissas e
de uma cadeia de equivalências e inferências que atuam sobre as hipóteses, criando novas
proposições até que se obtenha a tese, provando o resultado.

Exemplos: Verificar se os seguintes argumentos são válidos, usando o método dedutivo.

a) Se não terminar o trabalho, então durmo mais cedo. Se dormir mais cedo, descansarei.
Não descansei. Logo, terminei o trabalho.

Podemos reescrever o argumento acima na forma da lógica proposicional da seguinte forma:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
~ p→ q (hipotese 1)
q→r (hipotese 2)
~r (hipotese 3)
p (Tese)

Onde:
p : Termino o trabalho.
q : Durmo mais cedo.
r : Descanso.

Devemos provar que (~ p → q) ∧ (q → r)∧ r seta dupla para direita p

1. ~p→q (hipótese)
2. q→r (hipótese)
3. ~r (hipótese)
4. ~q (2, 3, Modus Tollens)
5. ~ (~ p) (1, 4, Modus Tollens)
6. p (5, Dupla negação)

b) [Gersting, 2004, p.26] Se o programa é eficiente, ele executará rapidamente. Ou o pro-


grama é eficiente ou ele tem um erro. No entanto, o programa não executa rapidamente.
Portanto o programa tem um erro.
E: o programa é́ eficiente.
R: o programa executa rapidamente.
B: o programa tem um erro.

(E → R) ∧ (E ∨ B)∧~ R seta dupla para direita B

Método Dedutivo
35

1. E→R (hipótese)
2. E∨B (hipótese)
3. ~R (hipótese)
4. ~E (1, 3, Modus Tollens)
5. B (2, 4, tautologia E ∨ B ∧ ~ E seta dupla para direita B )

c) [Gersting, 2004, p.26] Rússia tinha um poder superior e, a França não era forte ou
Napoleão cometeu um erro. Napoleão não cometeu um erro, mas se o exército não tivesse
falhado, a França seria forte. Portanto, o exército falhou e a Rússia tinha um poder superior.
R: A Rússia tinha um poder superior.
F: A França era forte.
N: Napoleão cometeu um erro.
E: O exército falhou.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

O argumento é́ portanto: [R ∧ (~ F ∨ N )]∧ ~ N ∧ (~ E → F ) seta dupla para direita E ∧ R.

1. R ∧ (~ F ∨ N ) (hipótese)
2. ~ N (hipótese)
3. ~E→F (hipótese)
4. R (1, Lei de simplificação )
5. ~F ∨N (1, Lei de simplificação)
6. ~F (5, 2, silogismo disjuntivo)
7. ~ (~ E) (3, 6, Modus Tollens)
8. E (7, dupla negação)
9. E∧R (8, 4, conjunç̧ão)

Quantificadores e Predicados
A Lógica proposicional não é suficiente para simbolizar qualquer tipo de sentença, pois tem
uma possibilidade limitada de expressões.
Por exemplo:

• “Para todo x, y, x + y > 3”

• “Existem crianças que não gostam de chocolate.”

• “Todo computador do Laboratório 2 está com vírus.”

Método Dedutivo
36

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Não é possível simbolizar tais sentenças adequadamente usando apenas variáveis proposi-
cionais, parênteses e conectivos lógicos, pois elas contêm elementos novos (“para todo”, “para
cada”, “para algum”) que são ligados ao conceito de predicados e quantificadores, que definire-
mos posteriormente.

Uma sentença aberta é́ uma expressão que depende de uma ou mais variáveis. O valor
verdade dessas sentenças só fica determinado quando os valores das variáveis forem identifica-
dos. (Logo, sentenças abertas não são proposições).

Uma sentença aberta também pode ser denominada proposição aberta ou função proposi-
cional.

Exemplos:

a) y + 2 é maior que 5.

b) x é um número ímpar.

c) O computador x do Laboratório 1 está funcionando adequadamente.

d) O quadrado de y é 81.

Observamos que a sentença do exemplo (a) será verdadeira se y for um número maior que
3, mas será falsa se y ≤ 3.

Chamamos conjunto universo (U) ou domínio de interpretação o conjunto de objetos dos


quais a variável pode ser escolhida. Para os exemplos acima, o conjunto universo do item (c)
são os computadores do Laboratório 1, e o conjunto universo para o item (d) são números

Método Dedutivo
37

inteiros.

Numa sentença aberta, a propriedade ou relacionamento entre objetos (ou variáveis) é


chamada predicado. Denotaremos um predicado qualquer associado a uma variável x por
P (x).
Por exemplo, na sentença “P (x) = x é número primo”, a propriedade da variável x é “ser
primo”. Temos que P(7) é verdadeira e P(18) é falsa, pois 7 é um número primo e 18 não.

Chama-se Conjunto-Verdade (VP ) de uma sentença P (x) o conjunto de valores da variavel


no Universo para os quais a sentença é verdadeira, ou seja,

VP = {a ∈ U | V [P (a)] = V }

Por exemplo, seja U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} e a expressão “x é́ par” representada por P(x).


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Temos então VP = {0, 2, 4, 6}.

Para predicados que envolvem mais variáveis, a ordem em que as variáveis aparecem é im-
portante. Por exemplo, se P(x,y) indica que x é predador de y, não podemos dizer que y é
predador de x (ou seja, que vale P(y,x)).

Uma outra maneira de transformar sentenças abertas em proposições é́ por meio da uti-
lização de quantificadores. Quantificadores são frases do tipo “para todo”, “para cada” ou
“para algum”, isto é́, frases que dizem “quantos objetos” apresentam determinada propriedade.

A área da Lógica que estuda predicados e quantificadores é́ denominada de cálculo de


predicados.

Quantificador Universal: é simbolizado por “∀” e lê-se “para todo”, “para qualquer” ou
“para cada”. Uma proposição do tipo “Para todo x, P (x) ” é simbolicamente representada por
(∀x)(P (x)).

Quantificador Existencial: simbolizado por “∃”, é lido como “existe um”; “há pelo menos
um”; “para ao menos um”; “para algum”. Uma proposição do tipo “Existe um x tal que P (x)”
pode ser escrita simbolicamente como (∃x)(P (x)).

Exemplos:
Simbolizar as proposições:

a) Para todo x, existe um y tal que x + y < 0:

(∀x)(∃y)(x + y < 0)

Método Dedutivo
38 UNID ADE

b) Existe um x e existe um y tal que x.y é racional: (onde x.y indica o produto de x por y)

(∃x)(∃y)[(x.y) ∈ Q]

c) Para todo x, se x é́ negativo, então existe y positivo tal que x + y = 0:

(∀x)[x < 0 → (∃y)(y > 0 ∧ x + y = 0)]

d) Somente os médicos podem solicitar exames.


Indicando por M(x): x é́ médico e E(x): x pode solicitar exames, a sentença pode ser
reescrita como:

Para todo x, se x pode solicitar exames, então x é médico: (∀x)(E(x) → M (x)).

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e) Todo dia que é ensolarado não é chuvoso.
Considerando os símbolos predicados D(x): x é um dia; E(x): x é ensolarado e C(x): x é
chuvoso, então podemos reescrever a proposição como:

(∀x)[D(x) ∧ E(x) →~ C(x)]

Negação de Sentenças Quantificadas


Consideremos a seguinte sentença: “Todos os insetos têm asas”. Sua negação será “Não é
verdade que todos os insetos têm asas”, ou “Alguns insetos não têm asas”, ou ainda, “Existem
insetos que não têm asas”.
A negação de “Existem crianças obesas” é “Nenhuma criança é obesa”, ou “Toda criança
não é obesa”, ou “Qualquer criança não é obesa.”

Resumindo:

~ [(∀x)(P (x))] três linhas sobrepostas na horizontal (∃x)(~ P (x))


e
~ [(∃x)(P (x))] três linhas sobrepostas na horizontal (∀x)(~ P (x))

Exemplo: Considere a sentença “Dados x, y ∈ R, se x < y, então x2 < y 2 .”

Método Dedutivo
39

a) Com o uso de símbolos predicados e quantificadores apropriados, escrever simbolicamente


a sentença:
(∀x)(∀y)(x < y → x2 < y 2 ).
b) Escrever, simbolicamente e em linguagem usual, a negação da sentença dada.

~ ((∀x)(∀y)(x < y → x2 < y 2 )) três linhas sobrepostas na horizontal (∃x) ~ ((∀y)(x < y → x2 < y 2 )
três linhas sobrepostas na horizontal (∃x)(∃y) ~ ((x < y → x2 < y2))
três linhas sobrepostas na horizontal (∃x)(∃y) (x < y ∧ ~ (x2 < y2))
três linhas sobrepostas na horizontal (∃x)(∃y) (x < y ∧ (x2 ≥ y2))

“Existem x e y, com x < y e (x2 ≥ y2)”.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Considerações Finais

O desenvolvimento de software é uma atividade de crescente importância na sociedade atual, e a


necessidade de soluções computadorizadas surgem nas mais diversas áreas do conhecimento
humano.
Ao iniciar o curso, o aluno é́ preparado para resolver pequenos problemas por meio da
programação e da estrutura de dados, para posteriormente tratar de problemas mais complexos,
o que exigirá maiores conhecimentos e habilidades. Para isso, o raciocínio lógico deve ser
desenvolvido, pois facilita a busca por uma solução que seja coerente, efetiva e eficaz, o que
geralmente não é tão simples.
Sendo a Lógica o estudo dos mecanismos do pensamento, é́ natural que ela ocupe um papel
de destaque na Computação, tendo aplicação em diversas áreas tais como banco de dados;
circuitos integrados; inteligência artificial; sistemas computacionais (hardware e software) e
sistemas distribuídos. Como a Lógica possui uma linguagem simbólica própria, torna-se possível
a utilização de recursos computacionais no tratamento de enunciados e argumentos, visto que
os computadores digitais se mostram bastante adequados à manipulação de símbolos, enquanto
apresentam extrema dificuldade no tratamento de linguagem natural. Nesta unidade fizemos
estudo dos conectivos lógicos “e”, “ou” e “não”, oferecidos pela maioria das linguagens de
programação, e observamos que os valores-verdade de proposições compostas dependem dos
valores de seus componentes e dos conectivos usados. Também foi exemplificado como as
implicações e equivalências lógicas auxiliam na simplificação de expressões mais complexas,
permitindo que um código se torne mais simples de ser entendido e executado em menor tempo.
As linguagens de programação são constituídas em função da lógica de predicados, e a lógica
formal é essencial para o curso, daí a importância do estudo dos tópicos dessa unidade.

Considerações Finais
1) Sabendo que p é uma proposição verdadeira, determine se as afirmações abaixo são ver-
dadeiras (V) ou falsas (F):

a) p ∧ q é́ verdadeira, qualquer que seja q;


b) p ∨ q é́ verdadeira, qualquer que seja q.
c) p ∧ q é verdadeira só se q for verdadeira.
d) p → q é falsa, qualquer que seja q.
e) p → q é verdadeira, quaisquer que sejam p e q.
f) p ↔ q é verdadeira só se q for verdadeira.

2) Sabendo que os valores lógicos das proposições p, q, r e s são respectivamente F, V, V e


F, determinar o valor lógico (V ou F) das seguintes proposições compostas:

a) (p ∧ (~ q → q))∨~ ((r seta bilateral ~ q) → (q∧~ r)).


b) (p ∧ q)∨~ s →~ (q seta bilateral ~ r).
c) (p ∧ q −→ r) ∨ (~ p seta bilateral q∨~ r).
d) ~ (r → (~ r → s)).

3) Determine o valor lógico (V ou F) de cada uma das seguintes proposições, justificando a


resposta:

a) (p seta bilateral q)∧ ~ r ; sabendo que V (p) = V e V (r) = V .


b) p ∧ q → p ∨ r ; sabendo que V (p) = V e V (r) = F .
c) (p →~ q) ∧ (~ p∧ ~ r) ; sabendo que V (q) = F e V (r) = V .

4) Um conectivo muito muito importante para projetos de circuitos lógicos é o operador não
-e ou nand, que denotaremos por x, definido por p x q = ~ (p ∧ q). De maneira análoga,
temos o operador não-ou ou nor, que denotaremos por *, definido por p * q = ~ (p ∨ q).
Construa as tabelas-verdade dos operadores x e *.

5) Dê a negação das seguintes proposições:


a) Linux é um software livre e Pascal é uma linguagem de programação.
b) Todos os homens são bons motoristas.
c) Se T é um trapézio, então T é um quadrilátero.
d) O processador é rápido, mas a impressora é lenta.
e) Se o processador é rápido, então a impressora é lenta.
f) Existem números pares que não são múltiplos de 2.

Considerações Finais
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g) É suficiente cantar para estar vivo.

h) Toda solução de x2 − 6 = 0 é positiva.


i) Alguns inteiros são pares ou divisíveis por 5.
j) Windows é um editor de textos e Pascal é uma planilha eletrônica.

6) Determine o valor-verdade (V) ou (F) de cada uma das seguintes proposições, con-
siderando R como conjunto universo:
a) (∀x)(∀y)(x + 6 < y + 10).
b) (∀x)(∃y)(x.y não é par).
c) (∃x)(∀y)(x2 > y).
d) (∀x)(∃y)(x2 > y).

7) Use lógica proposicional para provar a validade dos seguintes argumentos, indicando as
proposições envolvidas:

a) (Gersting, 2004 p.23) “Se segurança é um problema, então o controle será aumentado. Se
segurança não é um problema, então os negócios na Internet irão aumentar. Portanto, se
o controle não for aumentado, os negócios na Internet crescerão.”

b) “Se o produto é bom, ganha o concurso. Se o produto não é bom, o líder do grupo
é culpado. Se o produto ganha o concurso, a equipe fica contente. A equipe não está
contente. Logo, o líder é culpado.”
O que é Lógica? Aristóteles, na Grécia Antiga, foi um dos pioneiros da chamada lógica for-
mal, apresentando regras para que um raciocı́nio esteja encadeado corretamente, chegando a
conclusões verdadeiras a partir de premissas verdadeiras.
No entanto, no século XIX, alguns matemáticos e filósofos - dentre eles George Boole (1815-
1864), Augustus De Morgan (1806-1871), Gottlob Frege (1848-1925), Bertrand Russell (1872-
1970) e Alfred North Whitehead (1861-1947) - começaram a perceber que a lógica formal era
insuficiente para alcançar o rigor necessário no estudo da matemática, pois essa se apoiava
na linguagem natural - aquela que utilizamos no cotidiano, como a lı́ngua portuguesa -, que é
bastante imprecisa e tornaria a lógica vulnerável a erros de deduções. Começaram, então, a criar
a lógica simbólica, formada por uma linguagem estrita e universal, constituı́da por sı́mbolos
especı́ficos.
Entendemos por linguagem um conjunto de sı́mbolos (geralmente visuais ou sonoros) que,
dependendo da maneira como são dispostos em sequência, apresentam significado
signicados distintos.
Por exemplo, um idioma pode ser visto como duas linguagens: uma em que os sı́mbolos usados
são sons (a linguagem falada) e outra em que os sı́mbolos são visuais (a linguagem escrita).
Mas na linguagem escrita, por exemplo, nem todo agrupamento de letras forma uma palavra
existente, assim como nem todo agrupamento de palavras forma uma frase bem estruturada. Se
alguém domina a lı́ngua escrita de um determinado idioma, é capaz de compreender quando um
agrupamento de letras forma uma palavra, e quando um agrupamento de palavras forma uma
frase gramaticalmente correta. Mas isso não será suficiente para qualquer forma de comunicação
se não houver nessas frases outro fator essencial na linguagem: o significado.
Percebemos, então, que toda linguagem é constituı́da de dois elementos. A sintaxe consiste
no conjunto de sı́mbolos usados e nas regras de formação de palavras e frases a partir desses
sı́mbolos. A semântica de uma linguagem é a forma como esses sı́mbolos, palavras e frases
adquirem um significado, uma interpretação em algum universo definido. Estabelecer uma lin-
guagem adequada e bem estruturada é fundamental para resolvermos e entendermos problemas
dos mais variados objetos de estudo.
43

A lógica surgiu basicamente com dois propósitos: o de formalizar as “leis do pensamento”


(essa expressão foi utilizada por outro pioneiro da lógica: George Boole), que utilizamos cons-
tantemente para argumentar e chegar a conclusões corretas a partir de premissas dadas, e o
de estabelecer uma linguagem mais apropriada para a matemática e a filosofia, para evitar as
armadilhas de uma linguagem imprecisa.
Para alcançar esse propósito, a formação de “palavras” e “frases” na lógica deve seguir
regras objetivas, para que possamos limitar a linguagem ter controle sobre ela. Isto é, para
que possamos estudar propriedades gerais sobre as sentenças lógicas, o que é muito difı́cil de se
conseguir na linguagem natural. Dizemos, então, que a lógica possui uma sintaxe controlada,
livre de contexto, e por isso tem um poder expressivo muito inferior à linguagem natural.
Ela é insuficiente para descrevermos sentimentos e outros pensamentos mais complexos, e
por esse motivo não pode substituir a linguagem cotidiana.
Por outro lado, quando estudamos assuntos mais restritos, com menos complexidade, porém
com maior exigência de rigor - como é o caso da matemática - a lógica faz-se necessária.
A linguagem natural ganha em expressividade, e a lógica ganha em rigor. A linguagem
natural é útil para a visão panorâmica, e a lógica é útil para a visão detalhada.

Fonte: Fajardo. Lógica Matemática (online).


MATERIAL COMPLEMENTAR

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Acesso em: 16 mar. 2015.

Autor: Edgard de Alencar Filho


Editora: Nobel
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