Professional Documents
Culture Documents
II
184
do serviço, caberá, a instauração do procedimento de revisão tarifário, com garantia
da estabilidade do contrato.
III
Nos termos do art. 12 da Lei n° 9.074/95 a venda de energia elétrica por produtor
independente poderá ser feita a concessionário de serviço público ou diretamente a
consumidores avulsos. Daí porque, constitua uma relação jurídica paralela ao sistema
integrado de direito público, não corresponde a uma venda regida pelo direito comer-
cial, como pondera MARÇAL JUSTEN FILHO (Concessões de Serviço Público,
1997, p. 420). Trata-se de uma relação complementar constituída entre o produtor
independente e os usuários específicos.
A fonte geradora de energia tanto poderá utilizar um bem público concedido
como emanar de instalações autônomas de direta propriedade do produtor inde-
pendente.
O produtor independente distingue-se, em suma, do auto-produtor na medida em
que enquanto este último (como caracteriza sua designação) dispende a energia em
consumo próprio, o produtor ind,ependente é o veículo de energia fornecida a tercei-
ros, segundo preços sujeitos a critérios gerais fixados pelo poder concedente (art. 12,
n° V, da Lei 9.074/95).
IV
185
tegrar o patrimônio da União, mediante indenização dos investimentos ainda não
amortizados.
No caso de usinas termelétricas, ao produtor independente fica assegurado remo-
ver as instalações, não sendo, porém, devida indenização dos investimentos realiza-
dos (Decreto n° 2.003/96, art. 20, caput e § 2°).
Admite-se a encampação dos bens e instalações do produtor independente, me-
diante prévia indenização (Decreto n° 2.003/96, art. 21).
186