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Apresentação em tema: "NOVOS PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS"—

Transcrição da apresentação:

1 NOVOS PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS


MORIN teoria da complexidade SANTOS conhecimento científico CAPRA nova física
MATURANA árvore do conhecimento LÉVY hipertexto MACHADO conhecimento em rede
DEMO aprendizagem não linear DAMASIO neurociência PROFA. LUCILA PESCE

2 Características do conhecimento científico pós-moderno:


SANTOS Características do conhecimento científico pós-moderno: 1. Unidualidade entre as
ciências naturais e as sociais. 2. Conhecimento local é também global. 3. Conhecimento como
auto-conhecimento. 4. Conhecimento científico e senso comum. PROFA. LUCILA PESCE

3 Características do conhecimento científico pós-moderno:


SANTOS Características do conhecimento científico pós-moderno: 1. Unidualidade entre as
ciências naturais e as sociais: - devido aos avanços da Física e da Biologia - revalorização dos
estudos humanísticos: “o que antes era a causa do maior atraso das ciências sociais é hoje o
resultado do maior avanço das ciências naturais” (SANTOS, 1997, p. 43) - auto-regulação
também manifesta em sistemas pré-celulares de moléculas - novos conceitos para ambas as
ciências: historicidade, processo, liberdade, auto-determinação, consciência, interdependência
entre consciência e matéria PROFA. LUCILA PESCE

4 - Durkeim às avessas: fenômenos naturais compreendidos como sociais:


SANTOS - Durkeim às avessas: fenômenos naturais compreendidos como sociais: * Prigonine
e Haken: comportamento das partículas explicado com conceitos das ciências sociais (ex:
democracia nuclear) * Capra: relação entre Física e Psicanálise - “padrões da matéria e padrões
da mente concebidos como reflexos uns dos outros” (ibid., p. 41) - Alguns teóricos do novo
paradigma: * Prigogine - teoria das estruturas dissipativas * Haken - teoria sinergética * Bohm
- teoria da totalidade indivisa * Jung - inconsciente coletivo * Capra - nova física * Habermas
- situação comunicativa * Popper - teoria das incertezas PROFA. LUCILA PESCE
5 Características do conhecimento científico pós-moderno:
SANTOS Características do conhecimento científico pós-moderno: 2. Conhecimento local é
também global: - crítica à excessiva especialização do conhecimento científico. - “Ao contrário
do que se sucede no paradigma atual, o conhecimento avança à medida que o seu objeto se
amplia, ampliação que, como a da árvore, procede pela diferenciação e pelo alastramento das
raízes em busca de novas e mais variadas interfaces” (ibid., p. 47). - pluralidade metodológica
e composição transdisciplinar, no trabalho científico. PROFA. LUCILA PESCE

6 3. Conhecimento como auto-conhecimento:


SANTOS 3. Conhecimento como auto-conhecimento: - unidualidade entre sujeito e objeto - “o
objeto é a continuação do sujeito por outros meios” (ibid., p. 52) - a pesquisa científica é
histórica e culturalmente datada - há estreita relação entre a pesquisa e a vida do pesquisador
(trajetória de vida pessoal e coletiva, crenças, valores...): “No paradigma emergente, o caráter
autobiográfico e auto-referenciável da ciência é plenamente assumido” (ibid., p. 53) - incerteza
do conhecimento como chave de entendimento do mundo - ciência mais contemplativa que
ativa (controle) - criação científica como próxima da literária ou artística (intuição, criatividade,
emotividade...) - conhecimento ressubjetivado: ensina a viver e traduz-se em saber prático
PROFA. LUCILA PESCE

7 Características do conhecimento científico pós-moderno:


SANTOS Características do conhecimento científico pós-moderno: 4. Conhecimento científico
e senso comum: - valorização do senso comum, na ciência pós-moderna. Por quê? - vê o mundo
pautado na criticidade e na responsabilidade individual - é prático e pragmático (privilegia a
ação que não produza rupturas com o real) - está aliado à trajetória de vida - é indisciplinar e
imetódico “Deixado a si mesmo, o senso comum é conservador e pode legitimar prepotências,
mas interpenetrado pelo conhecimento científico pode estar na origem de uma nova
racionalidade” (ibid., p. 56) PROFA. LUCILA PESCE

8 SANTOS “A ciência pós-moderna, ao sensocomunicar-se, não despreza o


conhecimento que produz tecnologia, mas entende que, tal como o conhecimento se deve
traduzir em auto-conhecimento, o desenvolvimento tecnológico deve traduzir-se em sabedoria
de vida” (ibid., p. 57) SANTOS TECNOLOGIA PROFA. LUCILA PESCE
9 Tecnologia: novos vôos para a educação?
PROFA. LUCILA PESCE

10 MORIN - TEORIA DA COMPLEXIDADE:


OBJETIVIDADE? BIOANTROPOLOGIA DO CONHECIEMNTO FACES DO
CONHECIMENTO CONHECIMENTO SOCIOCULTURAL COMO PENSAMOS?
ESFERAS DO CONHECIMENTO PROFA. LUCILA PESCE

11 Teoria da Complexidade:
MORIN Teoria da Complexidade: Crise dos fundamentos do conhecimento científico moderno,
pautado na coerência lógica das teorias, que se fundam nos dados objetivos. Objetividade -
definida como “último produto de um consenso sociocultural e histórico da comunidade
científica” (1996, p. 16). Objetividade entre parênteses - porque sempre ligada à
intersubjetividade. Abarca o sujeito individual, a cultura e a sociedade. O fenômeno observado
o é pelo observador / conceptor. - Complexidade na objetividade, pois necessita de consenso e
de antagonismo. PROFA. LUCILA PESCE

12 - Crítica ao paradigma da simplificação:


MORIN - Mesmo no seio das teorias científicas há aspectos não científicos (sentido estrito):
interesses, curiosidade, imaginação, subjetividade... - Crítica ao paradigma da simplificação:
“O paradigma da simplificação não permite pensar a unidade, a unitas multiplex, só permite ver
unidades abstratas ou diversidades também abstratas, porque não coordenadas” (ibid., p. 31). -
Anel epistemológico: “O problema não está em que cada um perca a sua competência. Está em
que a desenvolva o suficiente para a articular com outras competências que, ligadas em cadeia,
formariam o anel completo e dinâmico, o anel do conhecimento do conhecimento” (ibid., p. 33)
PROFA. LUCILA PESCE

13 Condições bioantropológicas do conhecimento:


MORIN Condições bioantropológicas do conhecimento: - O ser vivo é auto-eco-organizador,
pois organiza-se por si mesmo, a partir da troca com o meio. - Ação como vínculo primeiro do
conhecimento cerebral. - Conhecimento na complexidade: trabalha com redundâncias
(repetições, regularidade, princípios de ordem) e ruídos (aleatoriedades, incertezas, princípios
caóticos). - Teoria complexa da organização e as faces do conhecimento: “Aqui é necessário
compreender a noção de emergência em função de uma teoria complexa da organização: um
todo emerge a partir de elementos constitutivos que interagem, e o todo organizador que se
constitui retroage sobre as partes que o constituem. Esta retroação faz com que estas partes só
possam funcionar graças ao todo” (ibid., p. 23). PROFA. LUCILA PESCE

14 MORIN As faces do conhecimento: ORGANIZACIONAL BIOLÓGICA


PSÍQUICA
(aparelho neurocerebral) BIOLÓGICA (cérebro - órgão biológico) PSÍQUICA (humanidade do
conhecimento: atividades, idéias, linguagem e consciência) PROFA. LUCILA PESCE

15 - Hipercomplexidade cerebral (unitas multiplex):


MORIN Como pensamos? Mediante... Atividades analíticas: disjunções, distinções e
inferências (raciocínio indutivo: do particular para o geral). Atividades sintéticas: articulações,
associações e deduções (raciocínio dedutivo: do geral para o particular). - Hipercomplexidade
cerebral (unitas multiplex): * o cérebro lida com complementaridade e antagonismo entre o
hemisfério esquerdo (abstração e análise) e direito (apreensão global e criatividade). *
organização harmônica (predomínio de um sobre outros. Ex: imaginação, como predomínio da
pulsão sobre a razão). * cérebro: reptilíneo (agressão), mamífero (afetividade) e neocórtex
humano (inteligência lógica e conceptual). PROFA. LUCILA PESCE

16 Condições socioculturais do conhecimento:


MORIN Condições socioculturais do conhecimento: - Conhecemos o mundo dos fenômenos
mediante teorias cultural e socialmente datadas. - Há uma inscrição histórica e sociocultural do
conhecimento. No processo de construção do conhecimento há uma tecitura conjunta entre o
determinismo estrutural e a autonomia cognitiva do sujeito. PROFA. LUCILA PESCE

17 ESFERAS DO CONHECIMENTO SIMBÓLICO-MÍTICO-MÁGICA


MORIN ESFERAS DO CONHECIMENTO RACIONAL-EMPÍRICA SIMBÓLICO-
MÍTICO-MÁGICA PROFA. LUCILA PESCE

18 MATURANA - A ÁRVORE DO CONHECIMENTO:


CONCEITOS-CHAVE CRÍTICA AO INSTRUCIONISMO LINGUAGEM OBSERVADOR
VISÃO SISTÊMICA DA VIDA PROFA. LUCILA PESCE
19 A árvore do conhecimento:
MATURANA A árvore do conhecimento: - Crítica ao instrucionismo, na discussão sobre
aprendizagem, com bases biológicas - dinâmica não linear da epistemologia. - Fenômenos
sociais: fundados no acoplamento lingüístico. Circularidade biológico-hermenêutica da
linguagem: a linguagem implica consenso e coordenação de ações. - Conhecimento humano:
vivido numa tradição cultural. PROFA. LUCILA PESCE

20 - Cognição: garante a autogeração e a autoperpetuação das redes vivas.


MATURANA Expansão do conceito de cognição: relativa aos processos vitais (percepção,
emoção e comportamento, para além da dimensão racional). - Cognição: garante a autogeração
e a autoperpetuação das redes vivas. - Foco na circularidade cognitiva: autopoiese do ser em
relação ao meio no qual está inserido. - Seres autopoiéticos, porque abertos ao fluxo de matéria
e energia, mas fechados em sua dinâmica estrutural. PROFA. LUCILA PESCE

21 - Duplo papel da linguagem:


MATURANA - Duplo papel da linguagem: * gerar regularidades próprias do acoplamento
estrutural social (pólo da reprodução), * construir a dinâmica recursiva do acoplamento
socioestrutural (reflexividade, criatividade, pólo da reconstrução). - Amor como elemento
fundante do social: conhecemos o mundo com o outro. “Biologicamente, sem amor, sem a
aceitação do outro, não há fenômeno social” (1995, p. 264). PROFA. LUCILA PESCE

22 MATURANA AÇÃO MENTE VIDA CÉREBRO CONHECIMETNO


(matéria / estrutura) VIDA ASPECTOS COMPLEMENTARES DO FENÔMENO DA VIDA
COGNIÇÃO CÉREBRO (processo) CONHECIMETNO PROFA. LUCILA PESCE

23 MATURANA - Ontologia do observador: inexistência de um mundo objetivo,


independente do observador (observador reconstrutivo). - Multiverso: há tantas realidades
quantos forem os domínios explicativos - noções de responsabilidade e ética. “...nossas certezas
não são provas de verdade [...] nosso ponto de vista é resultado de um acoplamento estrutural
dentro de um domínio experiencial tão válido como o de nosso oponente, ainda que o dele nos
pareça menos desejável” (ibid., p. 262). PROFA. LUCILA PESCE
24 TEORIA DA AUTOPOIESE - CONCEITOS-CHAVE:
“A palavra autopoiese surgiu à mente de MATURANA (1997), na tentativa de sintetizar, numa
expressão, a dinâmica constitutiva da organização circular dos seres vivos e sua relação com o
operar cognitivo” (OLIVEIRA, 2000, p. X). * sistema autopoiético: sofre mudanças estruturais
contínuas, ao mesmo tempo em que conserva seu padrão de organização em teia. * organização:
mantém-se graças às alterações das estruturas do ser. * estruturas: por serem cambiantes, na
relação com o meio, garantem a manutenção da organização do ser. Mudam a partir das
influências ambientais e como resultado da dinâmica interna do sistema. Tais mudanças são
atos de cognição. PROFA. LUCILA PESCE

25 TEORIA DA AUTOPOIESE - CONCEITOS-CHAVE:


* acoplamento estrutural: congruência entre organismo e meio, gerador das mudanças
estruturais do ser. * determinismo estrutural: não é a realidade externa que se impõe ao sujeito.
A realidade não é reproduzida, mas construída a partir de correlações internas ao ser. O que
vem de fora pode desencadear a aprendizagem, mas não determiná-la. O ser é livre para aceitar
ou não as perturbações do meio. O meio pode desencadear alterações no ser, mas tais alterações
são disparadas a partir do determinismo estrutural do ser. * motivação endógena: do ser para
com o conhecimento (conhecimento como componente biológico vital à evolução do ser).
PROFA. LUCILA PESCE

26 - Caráter reconstrutivo político do conhecimento e da aprendizagem.


DEMO - Epistemologias pós-modernas: sob a ótica de uma realidade complexa, dinâmica, não
linear. - Caráter dialético da complexidade não linear: tessitura não linear da dinâmica da
realidade e de sua captação, em sentido ambíguo e ambivalente. - Caráter reconstrutivo político
do conhecimento e da aprendizagem. - A complexidade é: * dinâmica * não linear *
reconstrutiva * um processo dialético evolutivo * irreversível * intensa * ambígua / ambivalente
- Princípios do hipertexto. PROFA. LUCILA PESCE

27 Modo persistente de ser Modo inovador de vir a ser


DEMO A complexidade é dinâmica: - “Não pode ser complexo o que não for campo de forças
contrárias, em que eventual estabilidade é sempre rearranjo provisório” (2002, p. 13). - Ordem
subjacente ao caos aparente. ORDEM Modo persistente de ser CAOS Modo inovador de vir a
ser PROFA. LUCILA PESCE
28 A complexidade não é linear:
DEMO A complexidade não é linear: - A não linearidade também abarca a linearidade. - TIC e
linearidade: * computador: segue apenas as seqüências lógicas; armazena e processa
informação = perspectiva sintática (linear, fixo). * memória humana: não linear, pois maneja as
ambivalências (ex: ironias); cria imaginação = perspectiva semântica (não linear, instável). -
Computador: máquina sofisticada complicada, mas não complexa. PROFA. LUCILA PESCE

29 A complexidade é reconstrutiva: - permanece a mesma, mudando sempre;


DEMO A complexidade é reconstrutiva: - permanece a mesma, mudando sempre; - relacionada
à aprendizagem: a aprendizagem é reconstrutiva, pois existe em devir, refazendo-se sempre. -
relacionada à autonomia: autonomia como negociação (carece de complemento para atualizar-
se) e não como conclusão (estar apto a incomunicar-se). - link com autonomia relativa de
MORIN PROFA. LUCILA PESCE

30 A complexidade é um processo dialético evolutivo:


DEMO A complexidade é um processo dialético evolutivo: - a criatividade (atributo humano)
ampliada para a natureza (Prigogine). - a trajetória evolucionária tem sua lógica complexa: há
um nível de aprendizagem que não é apenas lógico. PROFA. LUCILA PESCE

31 A complexidade é irreversível:
DEMO A complexidade é irreversível: “Não se pode passar do depois para o antes, nem o
depois é igual ao antes” (ibid., p. 17). Irreversibilidade sinalizando o caráter evolutivo histórico
da natureza. Meu - irreversível: Referente à trajetória de vida; Progressiva atribuição de
significado à realidade; Reconhecimento e valorização das próprias raízes; Erguido pelos laços
afetivos. Meu - reversível: Revisão; Reorganização do já vivido; Formação da memória, por
processos simbólicos (lingüísticos e imagéticos). PROFA. LUCILA PESCE

32 A complexidade é intensa:
DEMO A complexidade é intensa: - Fenômeno de intensidade e causalidade linear: * O tufão
não é reproduzido a partir do esvoaçar da borboleta, mas sobretudo produzido, reconstruído,
criado. * O mesmo pode ser dito sobre os tissunamis que ocorrem em ilhas do pacífico, em
virtude de geleiras que se desprendem no Alaska (ondas de 20 cm. ou catástrofe). - O caráter
intenso do fenômeno introduz dimensões produtivas imprevisíveis e incontroláveis. PROFA.
LUCILA PESCE

33 A complexidade é ambígua e ambivalente:


DEMO A complexidade é ambígua e ambivalente: - ambigüidade: relativa à estrutura; -
ambivalência: relativa à dinâmica. - Freire percebe a ambivalência da aprendizagem:
reprodução x reconstrução (libertação). PROFA. LUCILA PESCE

34 Tecnologia em Educação:
DEMO Tecnologia em Educação: Tecnologia como entidade de ordem instrumental para a
educação: não substitui “o ambiente pedagógico da aprendizagem reconstrutiva política, mas
pode potencializá-la significativamente” (ibid., p. 180). A interatividade não está na máquina,
mas no usuário, que pode comunicar-se de forma mais participativa através dela. - Não há
software educativo: o educativo está no educador e no educando. PROFA. LUCILA PESCE

35 Tecnologia em Educação:
DEMO Tecnologia em Educação: Hipertexto como fenômeno não linear e complexo? Foco no
humano: a interatividade não é propriedade tecnológica, mas hermenêutica. - Interatividade:
palavra originária da Física, foi incorporada à sociologia. Indica bidirecionalidade, co-autoria,
intervenção da recepção na emissão. PROFA. LUCILA PESCE

36 Aportes decisivos sobre a tecnologia na educação:


DEMO Aportes decisivos sobre a tecnologia na educação: - Manejo da presença virtual: em
complemento ao presencial, permite acessos. - Acesso a ambientes ricos de informação
(Internet): ênfase do professor reconstrutivo sobre o reprodutivo. - Aprimoramento de
ambientes formativos: desmistificar os poderes mágicos da tecnologia. - Superação da
tendência instrucionista da teleducação; vislumbrar sua potencialidade para a aprendizagem, na
via do aprimoramento da estratégia de pesquisa e elaboração própria. PROFA. LUCILA PESCE

37 Aportes decisivos sobre a tecnologia na educação:


DEMO Aportes decisivos sobre a tecnologia na educação: - Reconhecimento da virtude
motivacional da tecnologia aliada à função da educação de ‘educar’ a mídia (não deixá-la à
mercê dos abusos mercadológicos). - Revisão do conceito de inteligência: * Artefatos
tecnológicos ampliam a capacidade de processamento e armazenamento de dados em
velocidade crescente. * Inteligência como saber pensar, incluindo a autocrítica. * “As virtudes
da digitalização são cruciais para o raciocínio lógico, mas inteligência complexa não linear vai
muito além, desbordando a referência sintática algorítmica para atingir o horizonte caótico da
semântica” (ibid., p. 181). PROFA. LUCILA PESCE

38 EDUCAÇÃO, TELEMÁTICA E NOVOS ENCONTROS?


PROFA. LUCILA PESCE

39 CARACTERÍSTICAS GROUPWARE HIPERTEXTO PRINCÍPIOS


CURIOSIDADES
LÉVY - CARACTERÍSTICAS GROUPWARE HIPERTEXTO PRINCÍPIOS
CURIOSIDADES PROFA. LUCILA PESCE

40 Princípios do hipertexto:
LÉVY Princípios do hipertexto: metamorfose: rede em constante construção, negociação,
transformação; heterogeneidade: diversidade das conexões, nós e conexões heterogêneos, em
sua multiplicidade, envolvendo lógica, afeto, sensações etc. (questionamento do foco
lingüístico-lógico-matemático, na construção do conhecimento); * organização fractal:
multiplicidade e encaixe das escalas, todo nó pode ser desdobrado em rede ulterior
indefinidamente; PROFA. LUCILA PESCE

41 Princípios do hipertexto:
LÉVY Princípios do hipertexto: exterioridade: permanente abertura da rede hipertextual (e do
conhecimento em construção), rede sem unidade orgânica, nem motor interno; sua manutenção
depende de interferência externa (relativizar distinções como: conhecimento escolar e
teórico,senso comum e conhecimento científico); topologia: funcionamento por proximidade
semântica, vizinhança - a rede não está no espaço, é o espaço; mobilidade dos centros:
inexistência de centro único, possui de modo simultâneo e permanente diversos centros
(currículo e ação docente incorporando a multiplicidade e mobilidade dos centros de interesse).
(também DEMO, 2002, p. 171 e MACHADO, 1995, p.145 – 150). PROFA. LUCILA PESCE
Machado Demo
42 Hipertexto - curiosidades históricas:
LÉVY Hipertexto - curiosidades históricas: * Vanevar Bush, artigo As we may think, 1945. *
Theodore Nelson, idéia de escrita e leitura não linear em um sistema de informática, anos 60.
Computador e livro: * impressão: possibilitou uma relação com o texto diferente da existente
no manuscrito - “possibilidade de exame rápido do conteúdo, acesso não linear e seletivo do
texto, de segmentação do saber em módulos, de conexões múltiplas a uma infinidade de outros
livros graças às notas de rodapé” (1997, p. 34). * livro e computador tornaram-se mais populares
quando atingiram tamanho e preço menores. PROFA. LUCILA PESCE

43 Hipertexto - algumas características: - pesquisa por palavras-chave;


LÉVY Hipertexto - algumas características: - pesquisa por palavras-chave; - links: princípio da
não linearidade, pela rápida passagem de um nó a outro (metáforas - navegação, internautas); -
dinâmico, em constante movimento; - um metatexto de geometria variável; - sistema móvel das
relações de sentido. PROFA. LUCILA PESCE

44 - Sujeito cognitivo - redes de conversação:


LÉVY GROUPWARE: - Usuário coletivo: contribuição do hipertexto ao trabalho em equipe -
raciocínio, argumentação, discussão, criação, organização, planejamento... - Sujeito cognitivo
- redes de conversação: “Todos os membros da organização participam da criação e da
manutenção deste processo de comunicação. Portanto , não são meras informações que
transitam na rede de conversação, mas sim atos de linguagem, que comprometem aqueles que
os efetuam frente a si mesmos e aos outros” (ibid., p. 65). - Representação gráfica da rede de
argumentos como instrumento para o diagnóstico da estrutura lógica da argumentação em
andamento. PROFA. LUCILA PESCE

45 GROUPWARE - Nova geometria da comunicação:


LÉVY GROUPWARE - Nova geometria da comunicação: * rede de argumentação passível de
ser manipulada a qualquer instante; * escrita coletiva, dessincronizada, sempre disponível,
ordenada e objetivada sobre a tela; * hipertexto como materialização do saber comum; * o texto
é o mesmo para todos, mas o hipertexto (rede de relações) varia; * groupware: reunir não
somente os textos, como também o hipertexto (rede de associações e anotações). PROFA.
LUCILA PESCE
46 GROUPWARE E CONTEXTO COMPARTILHADO
PROFA. LUCILA PESCE Escher, Drawing Hands

47 TECNOLOGIA E NATUREZA HUMANA TECNOLOGIA E CULTURA


CAPRA VISÃO SISTÊMICA CULTURA TECNOLOGIA TECNOLOGIA E NATUREZA
HUMANA TECNOLOGIA E CULTURA PROFA. LUCILA PESCE

48 Nova Física: engloba uma compreensão sistêmica da vida.


CAPRA Nova Física: engloba uma compreensão sistêmica da vida. Compreensão sistêmica da
vida biológica e da vida social. Compreensão sistêmica da realidade social: forma, matéria,
processo e significado. Análise sistêmica e padrão de organização: sistemas vivos como redes
autogeradoras. Padrão de organização em rede: básicos de todo sistema vivo (das células aos
ecossistemas). Cada componente contribui para a formação dos demais. Rede social: padrão
não linear de organização (surgimento espontâneo – emergence). PROFA. LUCILA PESCE

49 Significado histórico: antiguidade: cultivo (de cereais).


CAPRA CULTURA Significado histórico: antiguidade: cultivo (de cereais). século XVI:
cultivo da mente humana. século XVIII: modo de vida particular de um povo. Dimensão não
linear da cultura: “A cultura nasce de uma dinâmica complexa e altamente não linear. É criada
por uma rede social dotada de múltiplos elos de retroalimentação, através dos quais os valores,
crenças e regras de conduta são continuamente comunicados, modificados e preservados. A
cultura nasce de uma rede de comunicações entre indivíduos; e, à medida que nasce, impõe
limites às ações desses mesmos indivíduos” (2002, p. 98). PROFA. LUCILA PESCE

50 Significado histórico:
CAPRA TECNOLOGIA Significado histórico: do grego techne (arte): discurso sobre as artes.
século XVII: discussão sistemática sobre as artes aplicadas (ofícios). século XX: inclui
ferramentas e máquinas, como também métodos e técnicas não materiais. Portanto, aplicação
sistemática de qualquer uma dessas técnicas. Mais antiga que a ciência: remonta ao homo
habilis. PROFA. LUCILA PESCE
51 TECNOLOGIA E NATUREZA HUMANA
CAPRA TECNOLOGIA E NATUREZA HUMANA LINGUAGEM CONSCIÊNCIA
REFLEXIVA CONSTRUÇÃO DE UTENSÍLIOS PROFA. LUCILA PESCE

52 VALORES CULTURAIS E TECNOLOGIA – ERAS DA CIVILIZAÇÃO


CAPRA VALORES CULTURAIS E TECNOLOGIA – ERAS DA CIVILIZAÇÃO IDADE
DA PEDRA IDADE DO BRONZE IDADE DO FERRO ERA INDUSTRIAL ERA DA
INFORMAÇÃO / INFORMÁTICA PROFA. LUCILA PESCE

53 Conhecimento como rede de significados. Processos cognitivos.


MACHADO Conhecimento como rede de significados. Processos cognitivos. Da cadeia à rede.
Rede e hipertexto. Metáfora e ação docente. Metáfora como processo. PROFA. LUCILA
PESCE

54 Conhecimento como rede de significados:


MACHADO Conhecimento como rede de significados: Lúria: campo semântico como redes de
associações através das quais o significado de uma palavra é construído (1987). Ullmann: o
campo associativo de uma palavra é formado por uma intrincada rede de associações (1964).
Ciências cognitivas: conexionismo – o cérebro funciona a partir de esquemas de articulações
não lineares. PROFA. LUCILA PESCE

55 Dinâmica dos processos cognitivos:


MACHADO Dinâmica dos processos cognitivos: compreender é aprender o significado;
aprendizado do significado de um objeto ou de um acontecimento na percepção de suas relações
com outros objetos ou acontecimentos; significados como feixes de relações; as relações
articulam-se em teias, redes, construídas social e individualmente e em permanente estado de
atualização; conhecer como enredar. PROFA. LUCILA PESCE

56 Ex: de organização curricular não linear - Projeto Lixão.


MACHADO Da cadeia à rede: Cadeia: encadeamento lógico, ordenação, linearidade na
construção do conhecimento (pré-requisitos, seriações, planejamentos e avaliações); Rede: não
linearidade, não hierarquização (ruptura com práticas escolares ligadas à idéia de conhecimento
em cadeia). Ex: de organização curricular não linear - Projeto Lixão. PROFA. LUCILA PESCE
57 Redes – o hipertexto como paradigma:
MACHADO Redes – o hipertexto como paradigma: Texto: do latim textus (tecido) – textura,
tecer, teia, entrançamento de palavras. Lévy e a constituição dos universos de significados
(1997): Círculo – oralidade; Reta – escrita; Rede – multimídia hipertextual (conjunção de
diversos signos semióticos – escrita, imagem, som, animação – em múltiplas conexões). -
Princípios do hipertexto. PROFA. LUCILA PESCE

58 Redes – a metáfora e as ações docentes:


MACHADO Redes – a metáfora e as ações docentes: Educação escolar como construção de
uma rede de significados. Fixação de pontos de partida e de ordenações para a construção de
conhecimento? Linearidade, rigidez, pré-requisitos, percursos proibidos entre nós da rede
cognitiva? Planejamento didático e conhecimento como rede de significados. PROFA.
LUCILA PESCE

59 Redes – a metáfora e as ações docentes:


MACHADO Redes – a metáfora e as ações docentes: Temas: pretextos; seu valor deve ser
estimado a partir das possibilidades de articulação. Conhecimento como rede de significados x
disciplinaridade: percepção de relações interdisciplinares. Conhecimento como rede de
significados x avaliação: avaliador – não um técnico em medidas, mas um intérprete de indícios,
a partir dos quais manifesta juízos de valor. PROFA. LUCILA PESCE

60 Redes – a metáfora como processo:


MACHADO Redes – a metáfora como processo: Metáfora: de natureza semântica, capacidade
de associar significativamente objetos ou temas situados em contextos aparentemente
desconexos. - Jogos como recursos pedagógicos: construções alegóricas com interesses
cognitivos – envolvimento, participação, valorização do trabalho em equipe, desenvolvimento
da capacidade de projetar estratégias de ação, emulação construtiva condutora da auto-
superação, compreensão plena das regras, análise crítica das interconexões. PROFA. LUCILA
PESCE

61 Redes – a metáfora como processo:


MACHADO Redes – a metáfora como processo: Ação docente: “...prover uma compreensão
global da dinâmica das inter-relações nodais, enquanto se ‘navega’ na rede de significados que
constitui o conhecimento” (1995, p. 162). Conhecimento como rede - metáfora como
“instrumento cognitivo deflagrador de processos associativos” (ibid., p. 163): eleger as
metáforas adequadas para a construção dos novos significados, a partir da rede de significados
preexistente do alunos. PROFA. LUCILA PESCE

62 Uma das principais obras: O erro de Descartes.


DAMÁSIO Neurologista (Iowa) Uma das principais obras: O erro de Descartes. Estuda o papel
das emoções na atividade cognitiva dos indivíduos. Emoção e sentimento: indispensáveis à
racionalidade, favorecem tomada de decisões, também devem ter um satatus de atributo
cognitivo. Ter conhecimento das próprias emoções gera a possibilidade de se interferir em
situações, de modo mais adequado. Corpo e mente como mesma realidade orgânica. PROFA.
LUCILA PESCE

63 A VIA DA COMPLEXIDADE E OS PROJETOS EDUCATIVOS DE CUNHO


PROGRESSISTA
O aluno não é passivo no processo de construção de conhecimento. A relação ensino-
aprendizagem é complexa e só se efetiva como fruto da compatibilidade entre objetivos,
emoções, conteúdos e projetos compartilhados pelos atores sociais envolvidos. Aluno como
sistema autônomo: abertura e fechamento, princípios da identidade, da intercomunicação e da
incerteza. PROFA. LUCILA PESCE

64 A VIA DA COMPLEXIDADE E OS PROJETOS EDUCATIVOS DE CUNHO


PROGRESSISTA
O processo de ensino-aprendizagem apóia-se no processo de comunicação, pela linguagem.
Cidadania plena dos aprendizes: ênfase na interação entre formandos e formadores, bem como
entre pares (formandos). Aspecto formativo da avaliação. Flexibilidade do planejamento: o
tempo da aprendizagem é esfera do sujeito. A reciprocidade deve ser ativada nos processo de
ensino-aprendizagem (a voz do outro). PROFA. LUCILA PESCE

65 A VIA DA COMPLEXIDADE E OS PROJETOS EDUCATIVOS DE CUNHO


PROGRESSISTA
Oferecimento de ampla gama de atividades didáticas, variadas e provocativas, porque o sujeito
da aprendizagem requer um meio cada vez mais alargado. Se o processo de ensino-
aprendizagem é complexo, a saída está no trabalho interdisciplinar e coletivo, capazes de
ancorar uma visão menos mutiladora e encaminhamentos mais promissores. PROFA. LUCILA
PESCE

66 NOVO PARADIGMA EPISTEMOLÓGICO


Questões para discussão: 1. Quais as principais convergências entre Damásio, Maturana, Morin
e Lévy? 2. Que visão de Ciência pode ser percebidas no trecho do filme Patch Adams e que se
coaduna com estes novos cenários dos estudos da cognição? 3. Que contribuições o novo
paradigma epistemológico pode trazer à reflexão sobre sua atuação como profissional de EaD?
4. Que contribuições o novo paradigma epistemológico pode trazer à reflexão sobre o
desenvolvimento de cursos em EaD? PROFA. LUCILA PESCE

67 Referências bibliográficas:
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