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9 a luz das escrituras e da tradição, a fé da igreja inspirou a oração litúrgica, plasmou os gestos
sacramentais, tornou-se visível na iconografia e na arquitetura, audível nos cânticos e na musica
13 a liturgia é a acao da igreja em qe se torna presente Cristo, isto é, a acao salvifica de Cristo
na igreja, assumindo a fisionomia de acao ritual. O centro da liturgia é a pascoa de Cristo
14 ao nível teológico, o ergon da liturgia é teandrico- a obra divina do povo e, ao mesmo tempo,
a obra do povo de Deus.
Por conseguinte, não se entende por liturgia a parte exterior do culto ou o cerimonial religioso,
mas a celebração da fé, isto é o exercício do sacerdócio de Cristo e o culto publico integral.
16 podemos portanto dizer que a liturgia é a fé celebrada nos momentos mais sagrados; é a
bíblia rezada, a espiritualidade da igreja atuada e o vértice e a fonte de toda a ação pastoral da
igreja.
20 a liturgia é, com efeito, a acao salvifica de Cristo na igreja. A chave teológica é a historia da
salvação e o acontecimento pascal. Procura-se passar da anamnesis (memorial ou recordação)
a epiclesis (invocação a Deus para que envie o Seu Espírito). O específico da Liturgia é realizar o
Misterio da Salvacao na celebração concreta, em palavras e ações.
Não se pode estudar os padres da igreja sem a liturgia. Ao mesmo tempo não se pode estudar a
liturgia sem o conhecimento das palavras e dos ditos dos Padres da Igreja. Não se estuda como
um evocação arqueológica, mas voltando à fonte oficial da Igreja: a patrística e a escolástica que
foram uma lenta e longa gestação.
Na liturgia celebra-se pois a obra da redencao, ou seja, o plano histórico-salvifico realizado pelo
Pai, em Cristo, por obra do Espírito Santo em beneficio dos fiéis incorporados na Igreja.
Na liturgia brilha o mistério pascal, pelo qual o próprio Cristo nos atrai a si e chama a comunhão.
A beleza da liturgia reside neste mesmo mistério da páscoa, porque a beleza de Cristo se
manifesta na beleza da liturgia.
A igreja não só age, mas expressa-se também na Liturgia, vive da Liturgia e retira da Liturgia as
forças para a vida.
25 a liturgia refere-se ao ato litúrgico e este é a Igreja em Ato. A Liturgia é o lugar onde a Igreja
se apresenta tal como é “sacramento”, meio eficaz da comunhão intima com Cristo à qual todos
somos chamados.
A participação ativa não consiste só na atividade externa, mas numa participação interior e
espiritual, viva e frutuosa no Mistério de Cristo.
A liturgia exprime, por isso, plenamente tanto a função comum dos batizados, o seu sacerdócio
batismal, como a função dos ministros ordenados, a sacramentalidade própria do seu ser,
bispos, presbíteros e diáconos.
27 a liturgia é a igreja em oração. E porque, é o sacramento da unidade, as ações litúrgicas
pertencem a todo o corpo da igreja, é aberta a todos os homens. É sobretudo na liturgia que o
mistério da igreja se manifesta sob a forma de anuncio e é experimentado. Ser manifestação da
igreja é um dos constitutivos da Igreja. Uma paciente educação litúrgica continuará a fazer
compreender que a liturgia é a ação de todo o povo de Deus e é a grande escola da fé e do
grande sentido de pertença à Igreja.
PIO XII: A sagrada liturgia é, por conseguinte, o culto público que o nosso redentor tributa ao pai
como cabeça da Igreja, e o que a sociedade dos fiéis tributa ao seu fundador, e por meio d’Ele,
ao Eterno Pai: ou seja, o completo culto público do Corpo místico de Jesus Cristo, isto é, da
Cabeça e dos membros.
A unidade substancial do rito romano encontra-se expressa nos livros litúrgicos típicos
publicados sob a autoridade do Papa e nos livros litúrgicos correspondentes, aprovados pelas
conferencias episcopais dos respectivos países e confirmados pela sé.
29 a liturgia compõe-se de uma dupla realidade: uma invisível, imutável e eterna; e outra
humana, visível e suscetível de modificação
30 deve conservar-se o uso do latim nos ritos latinos, salvo o direito particular.
32 formar para a liturgia significa consentir a entrada no mistério cristão. A liturgia não é tanto
uma doutrina a compreender, mas uma fonte de luz e de vida para a inteligência e a experiência
do mistério.
33 Enfim, a formação litúrgica esta intimamente ligada a participação ativa dos fieis, e deve ser
realizada tendo em conta a idade, condição, gênero de vida e grau de cultura religiosa de cada
um.
38 séc I, II, III, é um período de luta, transformação e de contínuo desenvolvimento. Este período
é caracterizado como um tempo de improvisação e de criatividade. Deste período destaca-se a
Traditio Apostolica
A produção de textos acontece proprimanete no período que vai do séc V até o séc VIII, isto é,
o tempo em que a Igreja romane desenvolveu e formou o seu próprio culto. Mais tarde,
adquirirá um amadurecimento teológico mais rico, o qual em contato com outras formas
litúrgicas entrará em diálogo com os povos franco-germanicos e sofrerá algumas modificações.
Vários são os livros litúrgicos nascidos nesta época: o sacramentário, o lecionário, o antifonário,
os ordines romani, o missal e o ritual.
40 a partir do concilio vaticano II, os princípios da reforma liturcai foram: aumentar a vida crista,
adaptar as instituições eclesiais ao nosso tempo, promover a unidade dos cristãos, propor a
todos os homens o convite de entrar na igreja, realizar a nobre simplicidade e a clareza na
brevidade dos ritos.
45 a liturgia é composta por símbolos, sinais e ritos que se referem a criação, luz agua fogo, a
vida humana, lavar, ungir partir o pao, e a historia da salvação (ritos da pascoa). Inseridos no
mundo da fé e assumidos pela força do espírito santo, estes elementos cósmicos, estes ritos
humanos, estes gestos que recordam os grandes obras de Deus, tornam-se portadores da ação
salvadora e santificadora de Cristo. O significado destes símbolos, sinais e ritos baseia-se na obra
da criação e na cultura dos homens.
46 como qualquer grupo, a igreja identifica-se através dos seus símbolos, a começar pelo
formulário da confissão da fé, chamado “símbolo apostólico”, o Credo. Os elementos da
natureza tornam-se também mediadores da identidade cristã, como o pão e o vinho da
Eucaristia. A água do batismo, o círio pascal; a luz; o fogo; o óleo; o incenso. Também os objetos
criados pelo homem, como o altar; a cruz; o ícone; o ambao.
47 o rito pode definir-se como uma ação simbólica constituída por gestes e palavras com uma
estrutura pré-formada e institucionalizada de caráter tradicional, que favorece a participação
comum e a repetição. O rito corresponde, por isso, mais a ordem do fazer do que a ordem do
dizer, porque não diz simplesmente qualquer coisa, mas faz o que diz
Rito significa ordem, regra. Rito é um termo muito genérico com o qual se desgnam ações
humanas e religiosamente significantes na conformidade com módulos fixos tradicionais. Pode,
contudo, dizer-se que o rito parece ser uma ação que se repete segundo regras invariáveis, cuja
execução não produz efeitos uteis. A repetitividade é a característica sempre presente em cada
rito, que está conforme com a ordem.
Os elementos constantes do rito são: as palavras e as coisas: a formula sacramental, que sempre
denota os elementos materiais, como o pão e o vinho, agua e óleo etc; o ministro ou presidente
da celebração: um ministro ordenado que revela e atualiza o motivo e em nome de quem está
ritualmente reunido; a estrutura celebrativa essencial fundamental: a constante presença da
leitura das Escrituras e a proclamação da fé.
Por outro lado, os elementos variáveis do rito são: as ações gestuais e a linguagem não-verbal:
as varias posições do corpo (de joelho, em pé, sentados) e as posições de movimento como as
procissões e a dança; o disposição ecológico: distribuição do tempo e do espaço; os objetos: as
vestes, os objetos funcionais, a decoração da igreja; os atos de linguagem, como o uso diverso
de estilos no ler ou no rezar, o canto, o grito, a aclamação, a musica; os atores que são
protagonistas no interior do rito, como os que acolhem, os leitores, o diretor do canto.
Por meio dos ritos e das orações é que se realiza a eficácia simbólico-ritual da ação litúrgica. Os
sacramentos tem a sua origem na pascoa de Cristo. Do mistério pascal, e não do mistério da
encarnação enquanto tal, é necessário partir para compreender a sua eficácia simbólica e o seu
alcance. Por isso, a páscoa de Cristo torna-se páscoa da igreja.