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Gestão de Finanças

Públicas

Administração
Orçamentária
e Financeira

Márcio Medei ros


marcio.medeiros@financaspublicas.pro.br
Paulo Henrique Feijó
paulo.feijo@financaspublicas.pro.br

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Conteúdo
1 Introdução   4 Despesa  Orçamentária  

Conta  Única  
2 Lei  Orçamentária  Anual   5 Programação  Financeira  

3 Receita  Orçamentária   Execução  Orçamentária    


6 e  Financeira  

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Introdução    
MÓDULO I

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Instrumentos de Planejamento
•  Cons-tuição  Federal  
ü   PPA  -­‐  Plano  Plurianual  
ü   LDO  -­‐  Lei  de  Diretrizes  
Orçamentárias   Constituição Federal

ü   LOA  -­‐  Lei  Orçamentária  Anual  


•  Lei  de  Responsabilidade  Fiscal   Lei Complementar
LRF
de Finanças
ü   Reforça  vínculos  entre  PPA,  LDO  e  
LOA  
Ä   LOA  compaJvel  com  o  PPA  e  LDO  
PPA LDO LOA
Ä   Despesa  adequada  à  LOA  e  compaJvel  
com  PPA  e  LDO  

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O paralelo com a Família
Quais os nossos Quais serão as diretrizes
sonhos para os para realizar esses sonhos e
próximos 4 anos? quais as prioridades pro ano
seguinte?

Plano Plurianual Diretrizes para o Orçamento

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O paralelo com a Família
Agora vamos fazer o
orçamento da Família
incluindo todas as
receitas e despesas?

Orçamento

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O paralelo com a Família

O pai “governo” distribui os créditos


para os membros da família “órgãos”
com validade de UM ano
“princípio da anualidade” para seus
gastos programados anteriormente.

Os membros da família “passam” o


cartão na loja – Reserva parte do
orçamento ”Empenho”

Escolha da loja – Melhor proposta “Licitação”

Entrega da mercadoria e da
fatura – Verificação do serviço
“Liquidação”

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O paralelo com a Família

A filha ainda não recebeu a


A mãe já recebeu a mercadoria mercadoria “Não liquidado” e
“Liquidado”, mas ainda não pagou. ainda não pagou.
Final do ano

Restos a pagar
não processados

Pagamento da fatura
– Fim da obrigação Restos a pagar
processados
“Pagamento”

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Calendário do Ciclo de Gestão

Dez   Jan  
Nov   Fev  

Out   Ciclo   Mar   Encaminhamento  


Aprovação  pelo  
da  proposta  do    
LegislaXvo   de   ExecuXvo  
Dez
Set   Gestão   Abr  
Abr
PPA e LOA 22 15 PLDO (8,5 m)
Ago   Mai  
Jul Ago
LDO 17 Jul   Jun   31 PLPPA e PLOA (4 m)

Fev Jul Ago Dez


2 1º Período 17 1 2º Período 22
Jan Dez
1 Exercício Financeiro = Ano Civil 31

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Ciclo de Gestão - Competências

Discussão,
Elaboração
Elaboração Elaboração Votação e
e Revisão
do PLDO do PLOA Aprovação do
do PLPPA
PPA, LDO e LOA

MP MP Congresso
SPI SOF Nacional

Controle
Execução
e Avaliação Licitação e
Orçamentária
da Execução Contratação
e Financeira
Orçamentária

CGU MF MP
TCU STN SLTI

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Orçamento  
Lei  Orçamentária  
Anual  
MÓDULO II

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Exercício Financeiro

•  O  exercício  Financeiro  coincidirá  com  o  ano  civil.  


(art.  34  –  Lei  4.320)  

•  Pertencem  ao  Exercício  Financeiro  (Ar-go  35  –  Lei  


4.320/1964):  
ü As  receitas  nele  arrecadadas  
ü As  despesas  nele  legalmente  empenhadas  

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Princípio da Unidade
•   Unidade/Totalidade  (Ar-go  2º  da  Lei  
4.320/1964)  
ü “Art.  2º.  A  Lei  do  Orçamento  conterá  a  
discriminação  da  receita  e  despesa,  de  forma  a  
evidenciar  a  políXca  econômico-­‐financeira  e  o  
programa  de  trabalho  do  governo,  obedecidos  os  
princípios  da  unidade,  universalidade  e  
anualidade.”  (grifo  nosso)  

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Princípio da Universalidade
•   Universalidade  (Ar-gos  2º,3º  e  4º  da  Lei  
4.320/1964)  
ü “Art.  3º.  A  Lei  de  Orçamento  compreenderá  todas  as  
receitas,  inclusive  as  de  operações  de  crédito  
autorizadas  em  lei.”  
ü “Parágrafo  único.  Não  se  consideram,  para  os  fins  
deste  arXgo,  as  operações  de  crédito  por  antecipação  
da  receita,  as  emissões  de  papel-­‐moeda  e  outras  
entradas  compensatórias  no  aXvo  e  passivo  
financeiros.”  
ü “Art.  4º.  A  Lei  de  Orçamento  compreenderá  todas  as  
despesas  próprias  dos  órgãos  do  Governo  e  da  
administração  centralizada,  ou  que,  por  intermédio  
deles  se  devam  realizar,  observado  o  disposto  no  
arXgo  2º”  

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Créditos Adicionais - Características
•  Suplementar  
ü Dotação  insuficientemente  na  LOA  
ü Abertura:  
Ä Decreto  do  Poder  ExecuXvo  –  existência  de  autorização  na  
Lei  Orçamentária  Anual  
Ä Projeto  de  Lei  –  necessidade  de  autorização  do  Poder  
LegislaXvo  (excede  o  limite  autorizado  na  Lei  Orçamentária  
Anual).  
•  Especial  
ü Não  existe  na  LOA  dotação  específica  
ü Abertura  –  Somente  por  Projeto  de  Lei  
ü Execução:  Pode  ser  reaberto  no  exercício  seguinte  
(publicação  -­‐  quatro  úlXmos  meses)  

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Créditos Adicionais - Características
•  Extraordinário  
ü (CF  Art.  167,  §8º)  -­‐  somente  será  admiXda  para  atender  a  
despesas  imprevisíveis  e  urgentes,  como  as  decorrentes  de  
guerra,  comoção  interna  ou  calamidade  pública,  
observado  o  disposto  no  art.  62  
ü Art.  62.  Em  caso  de  relevância  e  urgência,  o  Presidente  da  
República  poderá  adotar  medidas  provisórias,  com  força  
de  lei,  devendo  submetê-­‐las  de  imediato  ao  Congresso  
Nacional.  
ü §  1º,  I,  d)  É  vedada  a  edição  de  medidas  provisórias  sobre  
matéria  relaXva  a  planos  plurianuais,  diretrizes  
orçamentárias,  orçamento  e  créditos    adicionais  e  
suplementares,  ressalvado  o  previsto  no  art.  167,  §  3º  
ü Abertura:  Medida  Provisória  
ü Execução:  Pode  ser  reaberto  no  exercício  seguinte  (crédito  
publicado  nos  úlXmos  quatro  meses)  

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Princípio da Anualidade
(ou Periodicidade)
•  Anualidade/Periodicidade  (CF  Ar-go  165,III;  e  
ar-gos  2º  e  34  da  Lei  nº  4.320/1964).  
ü CF,  Art.  165  “Leis  de  iniciaXva  do  Poder  ExecuXvo  
estabelecerão:  ...  III  -­‐  os  orçamentos  anuais.”  
ü “O  exercício  financeiro  coincidirá  com  o  ano  civil.”  (Lei  
nº  4.320  –  Art.  34)  
A  exceção  à  regra  (CF,  Art.  167,  §  2º)  
ü §  2º  -­‐  Os  créditos  especiais  e  extraordinários  terão  
vigência  no  exercício  financeiro  em  que  forem  
autorizados,  salvo  se  o  ato  de  autorização  for  
promulgado  nos  úlXmos  quatro  meses  daquele  
exercício,  caso  em  que,  reabertos  nos  limites  de  seus  
saldos,  serão  incorporados  ao  orçamento  do  exercício  
financeiro  subsequente.  

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Créditos orçamentários
 
  Superávit
Financeiro
CF  88  

Recursos
sem Excesso de
Arrecadação
Despesas

Fontes
de 4320/64  
Recursos
Reserva de Operações de
Contingência Crédito

Decreto  Lei  
Anulação de
200/67   Dotação

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Receita  Orçamentária  
MÓDULO III

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Receita Pública
Conceito:  
ü “É  um  conjunto  de  ingressos  financeiros  com  fonte  e  fatos  
geradores  próprios  e  permanentes  oriundos  da  ação  e  de  
atributos  inerentes  à  insXtuição,  e  que,  integrando  o  
patrimônio,  na  qualidade  de  elemento  novo,  produz-­‐lhe  
acréscimos,  sem  contudo  gerar  obrigações,  reservas  ou  
reinvidicações  de  terceiros.”  (Receita  –  J.  Teixeira  Machado)      
ü “É  a  entrada  que,  integrando-­‐se  ao  patrimônio  público  sem  
quaisquer  reservas,  condições  ou  correspondências  no  passivo,  
vem  acrescer  o  seu  vulto,  como  elemento  novo  e  posiXvo.  
(Aliomar  Baleeiro)  
ü “As  receitas  públicas  podem  ser  assim  genericamente  definidas  
como  qualquer  recurso  obXdo  durante  um  dado  período  
financeiro,  mediante  o  qual  o  sujeito  público  pode  saXsfazer  as  
despesas  públicas  que  estão  a  seu  cargo”.  
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Modalidades de Ingressos de Recursos

Receita Orçamentária

Dep. Div. Origens


(Passivos) Caixa

Estorno de Despesa

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Modalidades de Ingresso

Orçamentários
Estão previstos no orçamento anual onde estão
Ingressos
destacadas as Receitas Tributárias.
Ex. impostos, taxas e contribuição de melhoria

Extra-Orçamentários
Não estão previstos no orçamento e correspondem
a fatos de natureza financeira decorrentes da própria
gestão pública.
São valores que entram nos cofres públicos, mas
que serão restituídos em época própria, por decisão
administrativa ou sentença judicial.
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Receitas Classificação Econômica
(Art. 11 da Lei 4.320/64)
1.1. Receita tributária
1.2. Receita de contribuições
1.Receitas Correntes 1.3. Receita patrimonial
(7 – Intra-Orçamentária) 1.4. Receita Agropecuária
1.5. Receita Industrial
1.6. Receita de serviços
1.7. Transferências correntes (quando
destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes)
1.9. Outras Receitas Correntes

2.1. Operações de Crédito


2.2. Alienação de bens
2.3. Amortização de Empréstimos
2.Receitas de Capital
2.4. Transferências de capital (quando
(8 – Intra-Orçamentária) destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Capital)
2.5. Outras receitas de capital

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Pág. 180
Vinculação de Receita
•  O  que  é  Vincular  Receita?  
ü Vinculação  ≠  Despesas  Obrigatória  
ü Vinculação  ≠  Limite  mínimo  de  Gasto  
ü Vinculação  ≠  Qualidade  do  Gasto  

Vamos obrigar que os


governantes apliquem os
Não confiamos nos recursos em áreas
governantes do específicas..
futuro….

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Fonte: Destinação ou Origem ?
Origem: Fonte de Recursos
Natureza da Receita Visão da Receita:
Imposto de Renda Destinação

23.5% FPM

21.5% FPE

3% F. Constitucionais
18% Educação

20% DRU

Saldo: Recursos Livres

Cofins

80% Seguridade Social

20% DRU

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Fonte: Destinação ou Origem ?
Origem: Fonte de Recursos
Despesas
Natureza da Receita Visão da Despesa:
Imposto de Renda Origem

23.5% FPM

21.5% FPE

3% F. Constitucionais
18% Educação

20% DRU

Saldo: Recursos Livres

Cofins

80% Seguridade Social

20% DRU

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Especificação da Destinação de Recursos
Recursos do Tesouro Recursos Outras Fontes Recursos
(1) (2) Condicionados
(9)
Exercício Exercício
Corrente Corrente

64 13
Títulos da 75 Salário
Taxas por Educação
Dívida
Serviços 50
Agrária Recursos
Públicos
Próprios
55 Não
Contribuição Financeiros
Sobre
Movimentação
financeira 01
Transferências
do IR e IPI 86
39 Outras
94
Alienação Receitas
Doações
De Bens Originárias
Para Combate
Apreendidos
a Fome

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Estágios da Receita Orçamentária
Inclusão na Lei Orçamentária da previsão do montante
Previsão a ser arrecadado.

O Estado constitui (lança) o crédito tributário.


Por declaração
Lançamento De ofício
Por homologação

Arrecadação Contribuinte vai a Rede


Arrecadadora pagar o valor devido.

Rede arrecadadora
Recolhimento repassa os recursos à
Conta do Governo.

Pág.
220/
www.gestaopublica.com.br Exercícios 4.6 e 4.17 22528  
Despesa  Orçamentária:  
Conceito  e  Classificação  
MÓDULO IV

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Despesa Pública
•  Conceito:  

ü “..designa  o  conjunto  dos  dispêndios  do  Estado,  ou  de  


outra  pessoa  de  direito  público,  para  funcionamento  
dos  serviços  públicos...”  

ü “..a  aplicação  de  certa  quanXa,  em  dinheiro,  por  parte  


de  autoridade  ou  agente  público  competente,  dentro  
de  uma  autorização  legislaXva,  para  execução  de  fim  a  
cargo  do  governo”.  

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Modalidades de Saídas de Recursos

Despesa Orçamentária

Devolução de
DDO (Passivo)
Caixa

Restituição

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Modalidades de Dispêndios

Orçamentários
Dispêndios
Estão previstos no orçamento anual onde estão
destacadas as despesas correntes (Pessoal, Juros da
Dívida e Outras Correntes) e despesas de capital
(Investimento, Inversão Financeira e Amortização da
Dívida).

Extra-Orçamentários
Não estão previstos no orçamento e correspondem
a fatos de natureza financeira decorrentes da própria
gestão pública (devolução de depósitos).

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Esfera Orçamentária
A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o orçamento é fiscal (F), da
seguridade social (S) ou de investimento das empresas estatais (I), conforme
disposto no § 5º do art. 165 da Constituição:

Seguridade
Social
Investimento
Fiscal das Empresas
Estatais

Esfera
orçamentária

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Classificação Funcional
Classificação FUNCIONAL
EM QUE ÁREA?

08 122

FUNÇÃO
Assistência Social

SUBFUNÇÃO
Administração Geral

Trata-se de classificação independente dos programas


e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos
Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da
União, o que permite a consolidação nacional dos
gastos do setor público.

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Tabela de Funções e Subfunções
FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa
032 – Controle Externo
02 – Judiciária 061 – Ação Judiciária
062 – Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário
03 - Essencial à Justiça 091 – Defesa da Ordem Jurídica
092 – Representação Judicial e Extrajudicial
04 – Administração 121 – Planejamento e Orçamento
122 – Administração Geral
123 – Administração Financeira
124 – Controle Interno
125 – Normalização e Fiscalização
126 – Tecnologia da Informação
127 – Ordenamento Territorial
128 – Formação de Recursos Humanos
129 – Administração de Receitas
130 – Administração de Concessões
131 – Comunicação Social
05 - Defesa Nacional 151 – Defesa Aérea
152 – Defesa Naval
153 – Defesa Terrestre
06 - Segurança Pública 181 – Policiamento
182 – Defesa Civil
183 – Informação e Inteligência
07 – Relações Exteriores 211 – Relações Diplomáticas
212 – Cooperação Internacional
08 – Assistência Social 241 – Assistência ao Idoso
242 – Assistência ao Portador de Deficiência
243 – Assistência à Criança e ao Adolescente
244 – Assistência Comunitária
09 – Previdência Social 271 – Previdência Básica
272 – Previdência do Regime Estatutário
273 – Previdência Complementar
274 – Previdência Especial
10 – Saúde 301 – Atenção Básica
302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial
303 – Suporte Profilático e Terapêutico
304 – Vigilância Sanitária

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Estrutura Programática
Classificação PROGRAMÁTICA
O que fazer ? Para que fazer?

0750 2000 0001

PROGRAMA
Apoio Administrativo
AÇÃO (Projeto, Atividade e Operação Especial)
Administração da Unidade

LOCALIZADOR DO GASTO
Administração da Unidade - Nacional

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Lógica da Estrutura Programática
Objetivo + Indicadores

Problema Erradicação do trabalho


Trabalho infantil infantil (Reduzir de 9,74%
para 0%)

Ações
Causas
Publicidade de
Falta de conhecimento utilidade pública
sobre os direitos do
menor e do Distribuição de renda
adolescente
Desigualdade social

SOCIEDADE
(PESSOAS, FAMÍLIAS, EMPRESAS)

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Classificação Institucional
Classificação INSTITUCIONAL:
Quem é o Responsável?

55 1 01
ORGÃO
Ministério do Desenvolv. Social
TIPO ADMINISTRAÇÃO UO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e Agência
9 - Fundo
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome

Um órgão ou uma unidade orçamentária não corresponde


necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre,
por exemplo, com alguns fundos especiais e com os “órgãos”
“Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios”,
“Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de
Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária
Federal” e “Reserva de Contingência”.

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Natureza da Despesa
3 3 90 30 01

CATEGORIA ECONÔMICA
Despesa Corrente
ND
GRUPO DE DESPESA
Outras Despesas Correntes
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
Aplicação Direta
Na lei orçamentária, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza,
far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de
despesa e modalidade de aplicação. (Portaria Inter. 163, Art. 6º)

ELEMENTO DE DESPESA
Material de Consumo
SUBITEM DA DESPESA
Combustíveis e Lub. Automotivos

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Categoria Econômica
Categoria Econômica: identifica se o gasto vai contribuir
para formação ou aquisição de um bem de capital.
(Anexo da Portaria Interministerial 163/2001)

• Não contribui para formação


Corrente ou aquisição bem de capital.

• Contribui para formação ou


Capital aquisição de bem de capital.

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Grupo de Natureza da Despesa
ü  Entende-se por grupos de natureza de despesa a agregação de
elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto
ao objeto de gasto.(Art. 3º, §2º da Portaria STN/SOF 163/2001)

Categoria Econômica Grupo de Natureza da Despesa

1.Pessoal e Encargos Sociais


3.Despesas Correntes 2. Juros e Encargos da Dívida
3. Outras Despesas Correntes

4. Investimentos (obras, equipamentos e


material Permanente)

4.Despesas de Capital 5. Inversões Financeiras (aquisição de


imóveis, títulos de crédito, concessão de
empréstimos)
6. Amortização/Refinanciamento da Dívida
www.gestaopublica.com.br Capítulo 1041  
Modalidade de Aplicação
ü  A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial
denominada "modalidade de aplicação", a qual tem por finalidade indicar se
os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito
da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas
respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação
da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.(Art. 3º,
§1º da Portaria STN/SOF 163/2001)
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO
30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL
40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS
50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS
60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS
70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS
71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR
90 APLICAÇÕES DIRETAS
91 APLICAÇÃO DIRETA DECORRENTE DE OPERAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS, FUNDOS E
ENTIDADES INTEGRANTES DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL
99 A DEFINIR

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Elemento de Despesa
ü  O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de
gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de
consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções
sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios,
amortização e outros de que a administração pública se serve para a
consecução de seus fins. (Art. 3º, §3º da Portaria STN/SOF 163/2001)
ELEMENTOS DE DESPESA
01 Aposentadorias e Reformas
11 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil
14 Diárias - Civil
18 Auxílio Financeiro a Estudantes
23 Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária
30 Material de Consumo
36 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
41 Contribuições
42 Auxílios
43 Subvenções Sociais
71 Principal da Dívida Contratual Resgatado
81 Distribuição de Receitas

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Programação  
Financeira  
MÓDULO V

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Causas de Desajuste entre Planejamento e
Execução

Superestimativa
Subestimativa de Receitas
de Despesa

Decisão de
Gastos não
Programados

Ajustes na Execução
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Programação Financeira
Art. 8º da LRF
•  Art 8º Até trinta dias após a publicação
dos orçamentos, nos termos que
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias
Programação e observado o disposto na alínea c do
Financeira inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e
o cronograma de execução mensal de
desembolso.

•  Parágrafo único. Os recursos legalmente


vinculados a finalidade específica serão
Garantia da utilizados exclusivamente para atender o
Vinculação objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que
ocorrer o ingresso.

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Estabelecimento do Cronograma

Metas de Resultado Fiscais

Reestimativa das Receitas Demandas

Dotações da
Vinculação de Sazonalidades Prioridades do
LOA e Créditos
Recursos dos gastos Governo
Adicionais

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Limitação de Empenho (art. 9º da LRF)

O Que Significa •  não autorização para a realização


Limitação de de determinadas despesas
Empenho? previstas na lei orçamentária

•  sempre que verificado que a


Quando Deve realização da receita está inferior à
Ocorrer? prevista e não irá comportar o
cumprimento do resultado primário

•  estabelecer critérios para a


realização desta limitação, como,
O Que cabe à LDO?
por exemplo, quais as despesas
que não poderão sofrer limitação
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Limitação de Empenho (art. 9º da LRF)
Regras de Limitação de Empenho na LDO da União
•  Se  for  necessário  efetuar  a  limitação  de  empenho  e  movimentação  
financeira,  de  que  trata  o  art.  9º  da  LRF,  o  Poder  Execu-vo  apurará  o  
montante  necessário  e  informará  a  cada  um  dos  órgãos  referidos  no  art.  20  
daquela  Lei,  até  o  20º  (vigésimo)  dia  após  o  encerramento  do  bimestre,  
observado  o  disposto  no  §  4º  deste  ar-go.  
•  O  montante  da  limitação  a  ser  promovida  pelos  órgãos  referidos  no  caput  
deste  ar-go  será  estabelecido  de  forma  proporcional  à  par-cipação  de  cada  
um  no  conjunto  das  dotações  orçamentárias  iniciais  classificadas  como  
despesas  primárias  fixadas  na  Lei  Orçamentária,  excluídas  as:  
ü  I  -­‐  que  consXtuem  obrigação  consXtucional  ou  legal  da  União  integrantes  da  Seção  I  do  
Anexo  IV  desta  Lei;  
ü  II  -­‐  “Demais  Despesas  Ressalvadas”  da  limitação  de  empenho,  conforme  o  art.  9º,  §  2o,  da  Lei  
Complementar  no  101,  de  2000,  relacionadas  na  Seção  II  do  Anexo  IV  desta  Lei;  
ü  III  -­‐  relaXvas  às  aXvidades  dos  Poderes  LegislaXvo  e  Judiciário  e  do  MPU  constantes  do  
Projeto  de  Lei  Orçamentária  de  2011;  
ü  IV  -­‐  classificadas  com  o  idenXficador  de  resultado  primário  3;  e  
ü  V  -­‐  custeadas  com  recursos  de  doações  e  convênios.  

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Limitação de Empenho
Art. 9º da LRF

• Quando  há  limitação  de  empenho,  pode-­‐


se  restabelecer  o  valor  limitado  ?Existe  
algum  critério  a  seguir  ?  
 
No  caso  de  restabelecimento  da  receita  
prevista,  ainda  que  parcial,  a  recomposição  
das  dotações  cujos  empenhos  foram  limitados  
dar-­‐se-­‐á  de  forma  proporcional  às  reduções  
efeXvadas.  (§  1º,  art.  9º  da  LRF)  
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Limitação de Empenho
Art. 9º da LRF

• Quando  há  limitação  de  empenho,  pode-­‐


se  restabelecer  o  valor  limitado  ?Existe  
algum  critério  a  seguir  ?  
 
No  caso  de  restabelecimento  da  receita  
prevista,  ainda  que  parcial,  a  recomposição  
das  dotações  cujos  empenhos  foram  limitados  
dar-­‐se-­‐á  de  forma  proporcional  às  reduções  
efeXvadas.  (§  1º,  art.  9º  da  LRF)  
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Limitação de Empenho
Art. 9º da LRF
•  Caso  se  necessite  limitar  empenho,  pode-­‐
se  escolher  limitar  qualquer  despesa  ?  

Não  serão  objeto  de  limitação  as  despesas  que  


consXtuam  obrigações  consXtucionais  e  legais  
do  ente,  inclusive  aquelas  desXnadas  ao  
pagamento  do  serviço  da  dívida,  e  as  
ressalvadas  pela  lei  de  diretrizes  orçamentárias.  
(Anexo    V  da  LDO)  (§  2º,  art.  9º  da  LRF)  

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Visão Geral da PLOA 2013
Obrigações
89,7%

Despesas
discricionárias
10,3%

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ORÇAMENTO TOTAL – R$
$ 2,86 TRILHÕES
Õ
PLOA
Despesa União
primária 2015 – Orçamento Total
e financeira
(R$ 2,86 Tri) Demais Despesas
Obrigatórias
Transferências a Estados Demais Financeiras 3,0%
eM
Municípios
i í i 4 4%
4,4% Reserva de Contingência
8,0% Juros Primária
7,9% 0,3%
Pessoal e Encargos
Sociais
8,3%

Desp Discricionárias
Todos Poderes ç da Dívid
Amortização
10,3% 39,5%

Benefícios
Previdenciários e
Assistenciais
18,4%
16

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R$ 294,9 bilhões PLOA União 2015
Despesas Discricionárias
Ciência, (R$ 294,9 Bi)
Tecnologia e
D f
Defesa IInovação
ã
Demais 5,0% 2,6% Saúde
11,7%
, 32,4%
Saúde
Brasil sem 31,9%
Miséria
11,8% Educação PAC Demais
14% 20%

Educação
PAC
16,5%
23% 17

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Limitação de Empenho
Art. 9º da LRF
•  Pode  o  Poder  Execu-vo  promover  a  limitação  de  
empenho  nos  demais  Poderes  e  Ministério  
Público?    
 
No  caso  de  os  Poderes  LegislaXvo  e  Judiciário  e  o  
Ministério  Público  não  promoverem  a  limitação  no  prazo  
estabelecido  no  caput,  é  o  Poder  ExecuXvo  autorizado  a  
limitar  os  valores  financeiros  segundo  os  critérios  fixados  
pela  lei  de  diretrizes  orçamentárias.  (§  3º,  art.  9º  da  LRF)  
Julgado  Incons-tucional  por  ferir  a  independência  dos  
Poderes,  mas  na  prá-ca  funciona.  Cada  Poder  se  autolimita.  
IMPORTANTE
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Limitação de Empenho
Art. 9º da LRF
•  Demonstração  e  avaliação  do  cumprimento  das  
metas  fiscais  
 
Até  o  final  dos  meses  de  maio,  setembro  e  fevereiro,  o  
Poder  ExecuXvo  demonstrará  e  avaliará  o  cumprimento  
das  metas  fiscais  de  cada  quadrimestre,  em  audiência  
pública  na  comissão  referida  no  §  1º  do  art.  166  da  
ConsXtuição  ou  equivalente  nas  Casas  LegislaXvas  
estaduais  e  municipais...”  (§  4º,  art.  9º  da  LRF)  
União  /  Estados  /  Municípios    

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Execução Orçamentária X Execução Financeira

Execução Orçamentária
Execução Financeira
(PPA, LDO e LOA)
Previsão
Planejamento
Lançamento

Licitação Arrecadação

Recolhimento
Empenho
Programação financeira
Liquidação
Liberação Financeira

Pagamento

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Conta  Única  
MÓDULO VI

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Conta Única do Tesouro Nacional
•  Aspectos  Legais  
ü Lei  n.º  4.320,  de  17/03/1964    
Ä “Art.  56  O  Recolhimento  de  todas  as  receitas  far-­‐se-­‐á  
em  estrita  observância  ao  princípio  de  unidade  de  
tesouraria,  vedada  qualquer  fragmentação  para  criação  
de  caixas  especiais.”  
ü Decreto  Lei  n.º  200,  de  25/02/1967  
Ä “Art.  92  Com  o  objeXvo  de  obter  maior  economia  
operacional  e  racionalizar  a  execução  da  programação  
financeira  de  desembolso,  o  Ministério  da  Fazenda  
promoverá  a  unificação  dos  recursos  movimentados  
pelo  T.N.  através  de  sua  Caixa  junto  ao  agente  
financeiro  da  União.”    
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Conta Única do Tesouro Nacional
•  Cons-tuição  Federal  de  1988  -­‐  Ar-go  n.º  164,  §3  
ü “§  3º  -­‐  As  disponibilidades  de  caixa  da  União  serão  
depositadas  no  Banco  Central;  as  dos  Estados,  do  
Distrito  Federal,  dos  Municípios  e  dos  órgãos  ou  
enXdades  do  Poder  Público  e  das  empresas  por  ele  
controladas,  em  insXtuições  financeiras  oficiais,  
ressalvados  os  casos  previstos  em  lei.”  
•   MP  n.º  2.170-­‐34,  de  28/06/2001  
ü “Art.  1º  Os  recursos  financeiros  de  todas  as  fontes  de  
receitas  da  União  e  de  suas  autarquias  e  fundações  
públicas,  inclusive  fundos  por  elas  administrados,  
serão  depositados  e  movimentados  exclusivamente  
por  intermédio  dos  mecanismos  da  conta  única  do  
Tesouro  Nacional,  na  forma  regulamentada  pelo  
poder  ExecuXvo.”  

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Disponibilidade de Caixa na LRF
•   Art.  43.  As  disponibilidades  de  caixa  dos  entes  da  Federação  serão  depositadas  
conforme  estabelece  o  §  3º  do  art.  164  da  Cons-tuição.  
•  §  1º  As  disponibilidades  de  caixa  dos  regimes  de  previdência  social,  geral  e  
próprio  dos  servidores  públicos,  ainda  que  vinculadas  a  fundos  específicos  a  que  
se  referem  os  arts.  249  e  250  da  Cons-tuição,  ficarão  depositadas  em  conta  
separada  das  demais  disponibilidades  de  cada  ente  e  aplicadas  nas  condições  de  
mercado,  com  observância  dos  limites  e  condições  de  proteção  e  prudência  
financeira.  
•  Art.  249.  Com  o  obje-vo  de  assegurar  recursos  para  o  pagamento  de  proventos  
de  aposentadoria  e  pensões  concedidas  aos  respec-vos  servidores  e  seus  
dependentes,  em  adição  aos  recursos  dos  respec-vos  tesouros,  a  União,  os  
Estados,  o  Distrito  Federal  e  os  Municípios  poderão  cons-tuir  fundos  integrados  
pelos  recursos  provenientes  de  contribuições  e  por  bens,  direitos  e  a-vos  de  
qualquer  natureza,  mediante  lei  que  disporá  sobre  a  natureza  e  administração  
desses  fundos.  (Incluído  pela  Emenda  Cons-tucional  nº  20,  de  1998)  
•  Art.  250.  Com  o  obje-vo  de  assegurar  recursos  para  o  pagamento  dos  beneocios  
concedidos  pelo  regime  geral  de  previdência  social,  em  adição  aos  recursos  de  
sua  arrecadação,  a  União  poderá  cons-tuir  fundo  integrado  por  bens,  direitos  e  
a-vos  de  qualquer  natureza,  mediante  lei  que  disporá  sobre  a  natureza  e  
administração  desse  fundo.  (Incluído  pela  Emenda  Cons-tucional  nº  20,  de  1998)  

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Aplicação Financeira
•  Posso  aplicar?  
ü Autorização  legal  (Princípio  da  Legalidade)  
•  Onde  pode  aplicar?  
ü Regra  Geral  (MP  2.170/2001)  –  Veda  Órgãos,  
Autarquias,  Fundos  e  Fundação  de  aplicar  no  
mercado  –  Aplica  Conta  Única  (Exceto  FAT  e  
Fundos  Militares)  
ü   EED  podem  aplicar  no  Fundo  Extra  Mercado  e  na  
CUT  

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Aplicação de Disponibilidades de Caixa na
LRF
•  §  2º  É  vedada  a  aplicação  das  
disponibilidades  de  que  trata  o  §  1º  (RGPS/
RPPS)  em:  
ü I  -­‐  Jtulos  da  dívida  pública  estadual  e  municipal,  
bem  como  em  ações  e  outros  papéis  relaXvos  às  
empresas  controladas  pelo  respecXvo  ente  da  
Federação;  
ü II  -­‐  emprésXmos,  de  qualquer  natureza,  aos  
segurados  e  ao  Poder  Público,  inclusive  a  suas  
empresas  controladas.  

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Execução  
Orçamentária  e  
Financeira  da  Despesa  
MÓDULO VII

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Ordenamento Orçamentário e Financeiro
PPA → LDO → LOA

Programação Financeira e Cronograma de Desembolso

Declaração do Ordenador de Despesas + Impacto


Orçamentário e Financeiro

Processo Licitatório

Empenho → Contrato

Fornecimento dos Bens e Serviços → Liquidação

Retenção Tributária → Pagamento → Recolhimento

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Declaração do Ordenador
•  Regras  da  LRF  (Ar-go  15  e  16)  
ü a)  Serão  consideradas  não  autorizadas,  irregulares  e  lesivas  ao  
patrimônio  público  a  geração  de  despesa  ou  assunção  de  
obrigação  que  não  atendam  o  disposto  na  LRF.  
ü b)  A  criação,  expansão  ou  aperfeiçoamento  de  ação  
governamental  que  acarrete  aumento  da  despesa  será  
acompanhado  de:  
Ä I  -­‐  esXmaXva  do  impacto  orçamentário-­‐financeiro  no  exercício  em  que  
deva  entrar  em  vigor  e  nos  dois  subseqüentes;  
Ä II  -­‐  declaração  do  ordenador  da  despesa  de  que  o  aumento  tem  
adequação  orçamentária  e  financeira  com  a  LOA  e  compaXbilidade  
com  o  PPA  e  com  a  LDO.  
ü A  esXmaXva  será  acompanhada  das  premissas  e  metodologia  
de  cálculo  uXlizadas.  
ü Ressalva-­‐se  a  despesa  considerada  irrelevante,  nos  termos  em  
que  dispuser  a  LDO  (incisos  I  e  II  do  art.  24  da  Lei  no  
8.666/1993  –  Dispensa  de  Licitação).  

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Declaração do Ordenador
•  Regras  da  LRF  
ü adequada  com  a  lei  orçamentária  anual,  a  despesa  objeto  
de  dotação  específica  e  suficiente,  ou  que  esteja  
abrangida  por  crédito  genérico,  de  forma  que  somadas  
todas  as  despesas  da  mesma  espécie,  realizadas  e  a  
realizar,  previstas  no  programa  de  trabalho,  não  sejam  
ultrapassados  os  limites  estabelecidos  para  o  exercício;  
ü compaJvel  com  o  PPA  e  a  LDO.  
•  Cons-tuem  condição  prévia  para:  
ü empenho  e  licitação  de  serviços,  fornecimento  de  bens  ou  
execução  de  obras;  
ü desapropriação  de  imóveis  urbanos  a  que  se  refere  o  §  3º  
do  art.  182  da  ConsXtuição.  
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Licitação x Orçamento
•  Regras  da  Lei  8.666/1993  (Ar-go  7º  e  14)  
ü As  obras  e  os  serviços  somente  poderão  ser  licitados  
quando:  
Ä III  -­‐  houver  previsão  de  recursos  orçamentários  que  assegurem  o  
pagamento  das  obrigações  decorrentes  de  obras  ou  serviços  a  
serem  executadas  no  exercício  financeiro  em  curso,  de  acordo  
com  o  respecXvo  cronograma;  
Ä IV  -­‐  o  produto  dela  esperado  esXver  contemplado  nas  metas  
estabelecidas  no  PPA  de  que  trata  o  art.  165  da  ConsXtuição  
Federal,  quando  for  o  caso.  
ü E,  mais  adiante,  no  arXgo  14:  
Ä Nenhuma  compra  será  feita  sem  a  adequada  caracterização  de  
seu  objeto  e  indicação  dos  recursos  orçamentários  para  seu  
pagamento,  sob  pena  de  nulidade  do  ato  e  responsabilidade  de  
quem  Xver  lhe  dado  causa.  

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Empenho
•  Lei  4.320/1964  
ü O  empenho  de  despesa  é  o  ato  emanado  de  autoridade  competente  
que  cria  para  o  Estado  obrigação  de  pagamento  pendente  ou  não  de  
implemento  de  condição  (Art.  58).    
ü O  empenho  da  despesa  não  poderá  exceder  o  limite  dos  créditos  
concedidos  (Art.  59).    
Ä Ordinário  
Ä EsXmaXvo  (Cujo  montante  não  se  possa  determinar)  
Ä Global  (Sujeitas  a  Parcelamento)  
 
•  Decreto  93.872/1986  
ü Art  .  23.  Nenhuma  despesa  poderá  ser  realizada  sem  a  existência  de  
crédito  que  a  comporte  ou  quando  imputada  a  dotação  imprópria,  
vedada  expressamente  qualquer  atribuição  de  fornecimento  ou  
prestação  de  serviços,  cujo  custo  excede  aos  limites  previamente  
fixados  em  lei  (Decreto-­‐lei  nº  200/87,  art.  73).    
ü Art  .  25.  O  empenho  importa  deduzir  seu  valor  de  dotação  adequada  
à  despesa  a  realizar,  por  força  do  compromisso  assumido.    
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Empenho

•  Lei  4.320/1964  
ü  É  vedada  a  realização  de  despesa  sem  prévio  empenho  (Art.  60).  
ü  Em  casos  especiais,  previstos  na  legislação  específica,  será  dispensada  a  
emissão  da  nota  de  empenho  (§  1º,  Art.  60).  
ü  Para  cada  empenho  será  extraído  um  documento  denominado  "nota  de  
empenho",  que  indicará  o  nome  do  credor,  a  especificação  e  a  importância  
da  despesa,  bem  como  a  dedução  desta  do  saldo  da  dotação  própria  (Art.  
61).  

•  Decreto  93.872/1986  
ü  As  despesas  relaXvas  a  contratos,  convênios,  acordos  ou  ajustes  de  vigência  
plurianual,  serão  empenhadas  em  cada  exercício  financeiro  pela  parte  nele  a  
ser  executada  (Art.  27).  
ü  Em  caso  de  urgência  caracterizada  na  legislação  em  vigor,  admiXr-­‐se-­‐á  que  o  
ato  do  empenho  seja  contemporâneo  à  realização  da  despesa  (Parágrafo  
único,  Art.  27).  

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Empenho x Obrigação
•  O  empenho  é  uma  reserva  orçamentária  para  
determinado  gasto.    
ü Cria  para  o  Estado  uma  obrigação  de  pagamento,  mas  que  não  
é  uma  obrigação  de  natureza  contábil.  A  obrigação  que  o  
empenho  cria  não  é  absoluta,  não  é  eficaz,  não  é  líquida  e  
certa.    
ü É  uma  obrigação  do  ponto  de  vista  de  caixa,  tem  a  finalidade  
de  diminuir  o  superávit  financeiro  para  não  inviabilizar  o  
pagamento  quando  as  condições  forem  totalmente  realizadas.  
ü Visa,  dentro  de  um  bom  planejamento,  impedir  obrigação  sem  
disponibilidade  de  caixa.  
•   A  obrigação  registrada  pela  contabilidade  representa  a  
possibilidade  de  exigibilidade  por  parte  de  terceiros.  
Empenho, via de regra, não gera obrigação a pagar.

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Contratação
•  Decreto  93.872/1986  

ü  Art  .  30.  Quando  os  recursos  financeiros  indicados  em  cláusula  de  contrato,  
convênio,  acordo  ou  ajuste,  para  execução  de  seu  objeto,  forem  de  
natureza  orçamentária,  deverá  constar,  da  própria  cláusula,  a  classificação  
programáXca  e  econômica  da  despesa,  com  a  declaração  de  haver  sido  esta  
empenhada  à  conta  do  mesmo  crédito,  mencionando-­‐se  o  número  e  data  
da  Nota  de  Empenho  (Lei  nº  4.320/64,  Art.  60  e  Decreto-­‐lei  nº  2.300/86,  
art.  45,  V).    
ü  §  1º  Nos  contratos,  convênios,  acordos  ou  ajustes,  cuja  duração  ultrapasse  
um  exercício  financeiro,  indicar-­‐se-­‐á  o  crédito  e  respecXvo  empenho  para  
atender  à  despesa  no  exercício  em  curso,  bem  assim  cada  parcela  da  
despesa  relaXva  à  parte  a  ser  executada  em  exercício  futuro,  com  a  
declaração  de  que,  em  termos  adiXvos,  indicar-­‐se-­‐ão  os  créditos  e  
empenhos  para  sua  cobertura.    
ü  §  2º  Somente  poderão  ser  firmados  contratos  à  conta  de  crédito  do  
orçamento  vigente,  para  liquidação  em  exercício  seguinte,  se  o  empenho  
saXsfizer  às  condições  estabelecidas  para  o  relacionamento  da  despesa  
como  Restos  a  Pagar.    

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Liquidação
•  Lei  4.320/1964  e  Decreto  93.872/1986  
ü A  liquidação  da  despesa  consiste  na  verificação  do  direito  adquirido  
pelo  credor  ou  enXdades  beneficiárias  tendo  por  base  os  Jtulos  e  
documentos  comprobatórios  do  respecXvo  crédito  ou  habilitação  do  
benezcio  (Art.  63    da  lei  4.320/64  com  adaptações  do  Decreto  
93.872/86).  

ü Essa  verificação  tem  por  fim  apurar:  


Ä I  -­‐  a  origem  e  o  objeto  do  que  se  deve  pagar;  
Ä II  -­‐  a  importância  exata  a  pagar;  
Ä III  -­‐  a  quem  se  deve  pagar  a  importância,  para  exXnguir  a  obrigação.  

ü A  liquidação  da  despesa  por  fornecimentos  feitos  ou  serviços  


prestados  terá  por  base:  
Ä I  -­‐  o  contrato,  ajuste  ou  acordo  respecXvo;  
Ä II  -­‐  a  nota  de  empenho;  
Ä III  -­‐  os  comprovantes  da  entrega  de  material  ou  da  prestação  efeXva  do  
serviço.  
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Existe prazo para Liquidar?
•  Lei    8.666/1993  (Ar-go  73)  
ü  Executado  o  contrato,  o  seu  objeto  será  recebido:  
Ä I  -­‐  em  se  tratando  de  obras  e  serviços:  
a)  provisoriamente,  pelo  responsável  por  seu  acompanhamento  e  fiscalização,  mediante  
termo  circunstanciado,  assinado  pelas  partes  em  até  15  (quinze)  dias  da  comunicação  
escrita  do  contratado;  
b)  definiXvamente,  por  servidor  ou  comissão  designada  pela  autoridade  competente,  
mediante  termo  circunstanciado,  assinado  pelas  partes,  após  o  decurso  do  prazo  de  
observação,  ou  vistoria  que  comprove  a  adequação  do  objeto  aos  termos  contratuais,  
observado  o  disposto  no  art.  69  desta  Lei;  

ü  O  prazo  a  que  se  refere  a  alínea  "b"  do  inciso  I  deste  arXgo  não  poderá  ser  
superior  a  90  (noventa)  dias,  salvo  em  casos  excepcionais,  devidamente  
jusXficados  e  previstos  no  edital.    

ü  §  4º    Na  hipótese  de  o  termo  circunstanciado  ou  a  verificação  a  que  se  refere  
este  arXgo  não  serem,  respecXvamente,  lavrado  ou  procedida  dentro  dos  
prazos  fixados,  reputar-­‐se-­‐ão  como  realizados,  desde  que  comunicados  à  
Administração  nos  15  (quinze)  dias  anteriores  à  exaustão  dos  mesmos.  

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Liquidação
•  Liquidação  x  Ateste  x  “Liquidação  Contábil”  x  Despesa  Realizada  
ü  A  realização  da  despesa  se  caracteriza  com  o  cumprimento  por  parte  do  
fornecedor  das  aXvidades  contratadas  e  segundo  a  legislação  deve  estar  
amparada  por  empenho  prévio.  
ü  O  Ateste  é  a  verificação  da  administração,  por  servidor  designado  para  tal,  
de  que  o  serviço  ou  obra  contratado(a)  foi  executado(a)  segundo  as  
especificações.  
ü  Liquidação  é  ato  formal  da  administração  pública  que  verifica  o  direito  
adquirido  pelo  credor  com  base  nos  documentos  exigidos  pela  legislação  e  
pelo  contrato.  
ü  A  “Liquidação  Contábil”  se  caracteriza  pelo  registro  na  contabilidade  de  que  
a  despesa  foi  liquidada  e  a  depender  dos  controles  administraXvos  do  órgão  
pode  acontecer  em  momento  diferente  da  liquidação  formal  (ex.  Momento  
do  recebimento  da  nota  fiscal  ainda  sem  o  ateste).  

Empenho   Realização Nota  Fiscal   Ateste     Liquidação

Registro Contábil da Liquidação

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Existe prazo para o Pagamento?

•  Lei  8.666/1993  Art.  40.    O  edital  conterá  ........,  e  


indicará,  obrigatoriamente,  o  seguinte:  
Ä condições  de  pagamento,  prevendo:  
–  prazo  de  pagamento  não  superior  a  trinta  dias,  contado  a  parXr  
da  data  final  do  período  de  adimplemento  de  cada  parcela;  
(Redação  dada  pela  Lei  nº  8.883,  de  1994)  
–  cronograma  de  desembolso  máximo  por  período,  em  
conformidade  com  a  disponibilidade  de  recursos  financeiros;  
–  critério  de  atualização  financeira  dos  valores  a  serem  pagos,  
desde  a  data  final  do  período  de  adimplemento  de  cada  parcela  
até  a  data  do  efeXvo  pagamento;  (Redação  dada  pela  Lei  nº  
8.883,  de  1994)  
–  compensações  financeiras  e  penalizações,  por  eventuais  atrasos,  
e  descontos,  por  eventuais  antecipações  de  pagamentos;  

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Pagamento

•  Decreto  93.872/1986  (Ar-gos  42  e  43)  


ü O  pagamento  da  despesa  só  poderá  ser  efetuado  quando  ordenado  
após  sua  regular  liquidação  (Lei  nº  4.320/64,  art.  62).    
ü A  ordem  de  pagamento  será  dada  em  documento  próprio,  assinado  
pelo  ordenador  da  despesa  e  pelo  agente  responsável  pelo  setor  
financeiro.    
ü A  competência  para  autorizar  pagamento  decorre  da  lei  ou  de  atos  
regimentais,  podendo  ser  delegada.  
•  Regime  de  Adiantamento  (Lei  4.320/1964  -­‐  Ar-gos  65  e  68)  
ü O  pagamento  da  despesa  será  efetuado  por  tesouraria  ou  pagadoria  
regularmente  insXtuídos  por  estabelecimentos  bancários  
credenciados  e,  em  casos  excepcionais,  por  meio  de  adiantamento.  
ü O  regime  de  adiantamento  é  aplicável  aos  casos  de  despesas  
expressamente  definidos  em  lei  e  consiste  na  entrega  de  numerário  
a  servidor,  sempre  precedida  de  empenho  na  dotação  própria  para  o  
fim  de  realizar  despesas,  que  não  possam  subordinar-­‐se  ao  processo  
normal  de  aplicação.  
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Anulação de Despesa

•  Lei  4.320/1964  
ü Reverte  à  dotação  a  importância  de  despesa  anulada  no  
exercício;  quando  a  anulação  ocorrer  após  o  
encerramento  deste  considerar-­‐se-­‐á  receita  do  ano  em  
que  se  efeXvar  (Art.  38).  
•  Decreto  93.872/1986  (Art  .  16)  
ü Revertem  à  dotação  a  importância  da  despesa  anulada  no  
exercício,  e  os  correspondentes  recursos  financeiros  à  
conta  do  Tesouro  Nacional,  caso  em  que  a  unidade  
gestora  poderá  pleitear  a  recomposição  de  seu  limite  de  
saques;  quando  a  anulação  ocorrer  após  o  encerramento  
do  exercício,  considerar-­‐se-­‐á  receita  orçamentária  do  ano  
em  que  se  efeXvar  (Lei  nº  4.320/64,  art.  38).    
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Encerramento  do  
Exercício  e  Restos  a  
Pagar  
MÓDULO VIII

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Encerramento do Exercício
e Restos a Pagar

•  Lei  4.320/1964,  Art.  36  


ü Inscrevem-­‐se  em  restos  a  pagar  as  despesas  
empenhadas  e  não  pagas  até  31  de  dezembro  
Ä Não  Processados  
Ä Processados  

•  Antes  da  LRF  e  no  Período  Inflacionário  


ü PermiXdo  restos  a  pagar  acima  da  arrecadação  
ü Ajuste  pela  corrosão  inflacionária  
ü Acumulação  conJnua  do  volume  inscrito  anualmente  
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Restos a Pagar – Final de Exercício
•  APÓS  LRF  
Lei  Complementar  n.º  101/2000,  Art.  42  
Ä “É  vedado  ao  Xtular  de  Poder  ou  órgão  referido  no  art.  20,  
nos  úlXmos  dois  quadrimestres  do  seu  mandato,  contrair  
obrigação  de  despesa  que  não  possa  ser  cumprida  
integralmente  dentro  dele,  ou  que  tenha  parcelas  a  serem  
pagas  no  exercício  seguinte  sem  que  haja  suficiente  
disponibilidade  de  caixa  para  este  efeito.  
Ä Parágrafo  único.  Na  determinação  da  disponibilidade  de  
caixa  serão  considerados  os  encargos  e  despesas  
compromissadas  a  pagar  até  o  final  do  exercício.”  
Havendo  a  arrecadação  prevista,  não  há  impedimento  
Havendo  frustração  da  receita,  pode-­‐se  inscrever  até  o  
limite  do  saldo  de  caixa.  
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Em que momento se contrai a obrigação?

•   LDO  UNIÃO  
ü Para  efeito  do  disposto  no  art.  42  da  Lei  
Complementar  nº  101,  de  2000,  considera-­‐se  
contraída  a  obrigação  no  momento  da  formalização  do  
contrato  administraXvo  ou  instrumento  congênere.  

ü No  caso  de  despesas  relaXvas  à  prestação  de  serviços  


já  existentes  e  desXnados  à  manutenção  da  
Administração  Pública,  consideram-­‐se  
compromissadas  apenas  as  prestações  cujos  
pagamentos  devam  ser  realizados  no  exercício  
financeiro,  observado  o  cronograma  pactuado.  

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Lei 8.666/93 x LRF
Exemplo do último ano de mandato
Lei 8.666/93 Decreto-Lei 201/1967
“Art. 5.º ... devendo cada unidade..., “art. 1.º, inciso XII, considera crime de
no pagamento das obrigações ..., responsabilidade do Prefeito “antecipar
obedecer, para cada fonte
ou inverter a ordem de pagamento a
diferenciada de recursos, a estrita
ordem cronológica ...” credores do Município, sem vantagem
para o erário”.
A REGRA LEGAL É PARA O FINAL DE MANDATO, MAS RECOMENDA-SE
ADOTÁ-LA EM TODOS OS ANOS.

Saldo
Liquidação Liquidação
Caixa
1.000 1.000
1.000

1º Quadrimestre 2º Quadrimestre 3º Quadrimestre


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Encerramento do Exercício
e Restos a Pagar
•  Demonstra-vos  do  Úl-mo  Quadrimestre  (RGF)  
•  O  relatório  conterá  (LRF,  Art.  55)  :  
III  -­‐  demonstraXvos,  no  úlXmo  quadrimestre:  
Ä a)  do  montante  das  disponibilidades  de  caixa  em  trinta  e  
um  de  dezembro  
Ä b)  da  inscrição  em  Restos  a  Pagar,  das  despesas:  
1)  liquidadas;  
2)  empenhadas  e  não  liquidadas,  inscritas  por  atenderem  a  uma  
das  condições  do  inciso  II  do  art.  41;  
3)  empenhadas  e  não  liquidadas,  inscritas  até  o  limite  do  saldo  da  
disponibilidade  de  caixa;  
4)  não  inscritas  por  falta  de  disponibilidade  de  caixa  e  cujos  
empenhos  foram  cancelados;  

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A obrigação de despesa é anterior à inscrição em RAP

Pode lesar o
Não evita o patrimônio público,
Pode representar
descumprimento do Se lesar o credor de
fraude contábil
art. 42 boa fé (ocasiona
custas judiciais).

Cancelamento  de  Empenhos  

A regra não veda inscrição em restos a pagar, mas contrair


obrigação de despesa que não possa ser paga.
A LRF não autoriza, nem incentiva a quebra de contratos ou a
maquiagem contábil.

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Inscrição de Restos a Pagar
Lei 4.320/1964
Art. 36 Inscrevem-se em restos a pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de
dezembro.(Princípio da anualidade)
•  Não Processados
•  Processados

Liquidado
RP Processado

Não existe condição para inscrever em restos a pagar,


Empenho
Empenho pois já existe a dívida (o serviço já foi prestado).

Não liquidado RP Não Processado

Condições para a inscrição do RP não processado


• Disponibilidade de caixa;
Governo Federal
Decreto 93.872

•  Vigente o prazo do credor;


•  Interesse da Administração;
•  Destinar a atender transferências a instituições
públicas ou privadas;
•  Corresponder a compromissos assumido no exterior.

X1 X2
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Cancelamento de Restos a Pagar - União
•  Decreto  93.872/1986  
ü A  inscrição  de  despesas  como  restos  a  pagar  no  
encerramento  do  exercício  financeiro  de  emissão  da  
Nota  de  Empenho  depende  da  observância  das  
condições  estabelecidas  neste  Decreto  para  empenho  e  
liquidação  da  despesa  (Art.  68).  
ü A  inscrição  prevista  no  caput  como  restos  a  pagar  não  
processados  fica  condicionada  à  indicação  pelo  
ordenador  de  despesas  (§  1º,  Art.  68).    
ü §  2º    Os  restos  a  pagar  inscritos  na  condição  de  não  
processados  e  não  liquidados  posteriormente  terão  
validade  até  30  de  junho  do  segundo  ano  subsequente  
ao  de  sua  inscrição,  ressalvado  o  disposto  no  §  3º  (§  1º,  
Art.  68).            
(Incluído  pelo  Decreto  nº  7.654,  de  2011)  
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Exceção ao Cancelamento de Restos a Pagar - União

•   Decreto  93.872/1986  (§  3º  Art.  68)  


ü Permanecem  válidos,  após  a  data  estabelecida  no  §  
2º,  os  restos  a  pagar  não  processados  que:            
Ä refiram-­‐se  às  despesas  executadas  diretamente  pelos  
órgãos  e  enXdades  da  União  ou  mediante  transferência  ou  
descentralização  aos  Estados,  Distrito  Federal  e  Municípios,  
com  execução  iniciada  até  a  data  prevista  no  §  2º;  ou            
Ä sejam  relaXvos  às  despesas:            
a)  do  Programa  de  Aceleração  do  Crescimento  –  PAC;  
b)  do  Ministério  da  Saúde;  ou  
c)  do  Ministério  da  Educação  financiadas  com  recursos  da  
Manutenção  e  Desenvolvimento  do  Ensino.              
(Incluído  pelo  Decreto  nº  7.654,  de  2011)  
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O Que é Execução Iniciada?

•  Decreto  93.872/1986  (§  4º  Art.  68)  


ü Considera-­‐se  como  execução  iniciada  para  efeito  do  
inciso  I  do  §  3º:            
Ä I  -­‐  nos  casos  de  aquisição  de  bens,  a  despesa  verificada  pela  
quanXdade  parcial  entregue,  atestada  e  aferida;  e  
Ä II  -­‐  nos  casos  de  realização  de  serviços  e  obras,  a  despesa  
verificada  pela  realização  parcial  com  a  medição  
correspondente  atestada  e  aferida.    
 
(Incluído  pelo  Decreto  nº  7.654,  de  2011)  

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Bloqueio de Restos a Pagar
•  Decreto  93.872/1986  (§  5º  e  6º  Art.  68)  
ü a  Secretaria  do  Tesouro  Nacional  efetuará,  na  data  
(30/06),  o  bloqueio  dos  saldos  dos  restos  a  pagar  não  
processados  e  não  liquidados,  em  conta  contábil  específica  
no  SIAFI.            
ü §  6º    As  unidades  gestoras  executoras  responsáveis  pelos  
empenhos  bloqueados  providenciarão  os  referidos  
desbloqueios  que  atendam  ao  disposto  nos  §§  3º,  inciso  I,  
e  4º  para  serem  uXlizados,  devendo  a  Secretaria  do  
Tesouro  Nacional  do  Ministério  da  Fazenda  providenciar  o  
posterior  cancelamento  no  SIAFI  dos  saldos  que  
permanecerem  bloqueados.          
(Incluído  pelo  Decreto  nº  7.654,  de  2011)  

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Bloqueio de Restos a Pagar
•  Decreto  93.872/1986  
ü §  7º    Os  Ministros  de  Estado,  os  Xtulares  de  
órgãos  da  Presidência  da  República,  os  dirigentes  
de  órgãos  setoriais  dos  Sistemas  Federais  de  
Planejamento,  de  Orçamento  e  de  Administração  
Financeira  e  os  ordenadores  de  despesas  são  
responsáveis,  no  que  lhes  couber,  pelo  
cumprimento  do  disposto  neste  arXgo.      
(Incluído  pelo  Decreto  nº  7.654,  de  2011)  

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Cancelamento de Restos a Pagar
Se cancelado e o pagamento
vier a ser reclamado, poderá ser
atendido como despesas de
exercícios anteriores.

Liquidado
RP Processado
Bloqueia o
RP para Indicação do
Ordenador de Despesas
Empenho

Não liquidado RP Não Processado

Decreto 93.872/1986. Restos a


A inscrição prevista no Pagar não Processado válido até
caput como restos a 30/06 ou com execução iniciada.
pagar não processados Todo RP Processado passa e as
fica condicionada à exceções do Decreto
indicação pelo ordenador
de despesas.

X1 X2 X3
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Prescrição de Restos a Pagar
•  Decreto  93.872/1986  
ü Art  .  70.  Prescreve  em  cinco  anos  a  dívida  passiva  
relaXva  aos  Restos  a  Pagar  (CCB  art.  178,  §  10,  VI)  
ü §  10.    Em  5  (cinco)  anos:  
Ä VI  -­‐  As  dívidas  passivas  da  União,  dos  Estados  e  dos  
Municípios,  e  bem  assim  toda  e  qualquer  ação  contra  a  
Fazenda  Federal,  Estadual  ou  Municipal;  devendo  o  
prazo  da  prescrição  correr  da  data  do  ato  ou  fato  do  
qual  se  originar  a  mesma  ação.  

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Código Civil – Exemplos de Prescrição
•  Lei  10.406/2002  –  Novo  Código  Civil  
ü Art.  205.  A  prescrição  ocorre  em  dez  anos,  quando  a  lei  não  lhe  
haja  fixado  prazo  menor.  
ü §  3º  Em  três  anos:  
Ä I  -­‐  a  pretensão  relaXva  a  aluguéis  de  prédios  urbanos  ou  rúsXcos;  
Ä II  -­‐  a  pretensão  para  receber  prestações  vencidas  de  rendas  
temporárias  ou  vitalícias;  
Ä IV  -­‐  a  pretensão  de  ressarcimento  de  enriquecimento  sem  causa;  
Ä VIII  -­‐  a  pretensão  para  haver  o  pagamento  de  Jtulo  de  crédito,  a  
contar  do  vencimento,  ressalvadas  as  disposições  de  lei  especial;  
Ä IX  -­‐  a  pretensão  do  beneficiário  contra  o  segurador,  e  a  do  terceiro  
prejudicado,  no  caso  de  seguro  de  responsabilidade  civil  
obrigatório.  
ü §  4º  Em  quatro  anos,  a  pretensão  relaXva  à  tutela,  a  contar  da  
data  da  aprovação  das  contas.  
ü §  5º  Em  cinco  anos:  
Ä I  -­‐  a  pretensão  de  cobrança  de  dívidas  líquidas  constantes  de  
instrumento  público  ou  parXcular;  

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O Decreto que Regula
a Prescrição Quinquenal
Decreto  20.910/1932  
Art.  1º  -­‐  As  dívidas  passivas  da  união,  dos  estados  e  dos  municípios,  bem  assim  todo  e  
qualquer  direito  ou  ação  contra  a  fazenda  federal,  estadual  ou  municipal,  seja  qual  for  a  
sua  natureza,  prescrevem  em  cinco  anos  contados  da  data  do  ato  ou  fato  do  qual  se  
originarem.    
AgRg  no  REsp  1015571  /  RJ  
AGRAVO  REGIMENTAL  NO  RECURSO  ESPECIAL  -­‐  2007/0297724-­‐3  DJe  17/12/2008  
PROCESSUAL  CIVIL.  ADMINISTRATIVO.  RESPONSABILIDADE  CIVIL.  DANO  A  IMÓVEL  PÚBLICO.  ACIDENTE  
OCASIONADO  POR  VEÍCULO  PARTICULAR.  PRESCRIÇÃO.  APLICAÇÃO  DO  DECRETO  Nº  20.910/32.  
1.  O  art.  1º  do  Decreto  nº  20.910/32  dispõe  acerca  da  prescrição  quinquenal  de  
qualquer  direito  ou  ação  contra  a  Fazenda  Pública,  seja  qual  for  a  sua  natureza,  a  parXr  
do  ato  ou  fato  do  qual  se  originou.  
2.........  
3.  ....  
4.  Deveras,  a  lei  especial  convive  com  a  lei  geral,  por  isso  que  os  prazos  do  Decreto  
20.910/32  coexistem  com  aqueles  fixados  na  lei  civil.  
5.  Agravo  regimental  desprovido.  

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Requisitos para Reconhecimento da Dívida

§  Certeza  à  Existência  Indubitável  


É crédito existente aquele capaz de evidenciar com absoluta exatidão todos os
elementos caracterizadores da respectiva relação jurídica (sujeitos, vínculo
jurídico e prestação).
§  Liquidez  à  Pode-­‐se  calcular  o  valor  
Líquido é o crédito certo quanto à sua existência e determinado quanto ao seu
objeto.
A liquidez é um plus em relação à certeza (existência). Não há crédito líquido que
não seja certo. A determinabilidade pode-se evidenciar pela possibilidade de
cálculo do valor a ser cobrado mediante operações aritméticas".
§  Exigibilidade  à  Vencido  e  Não  Pago  
Exigível é todo crédito vencido e não pago. É característica daquele crédito cuja
eficácia não fica mais subordinada a qualquer condição, termo ou encargo.

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Despesas de Exercícios Anteriores
Ä  Lei 4.320/1964 – Decreto 93.872/1986 – Artigo 22 (Elemento de Despesa Orçamentária 92)
“Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos
reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagas à conta de
dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elemento, obedecida, sempre
que possível, a ordem cronológica”.

Despesas que não Compromissos


se tenham Despesas de
reconhecidos após o
processado na exercícios
encerramento do
época própria anteriores
exercício

Aquelas cujo empenho tenha sido A obrigação de pagamento criada em virtude de lei,
considerado insubsistente e anulado mas somente reconhecido o direito do reclamante
no encerramento do exercício após o encerramento do exercício correspondente;
correspondente, mas que, dentro do (Art. 22 – Dec. 93.872/1986)
prazo estabelecido, o credor tenha
cumprido sua obrigação; (Art. 22 –
Dec. 93.872/1986)
Restos a Pagar com
prescrição interrompida,

A despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas
ainda vigente o direito do credor; (Art. 22 – Dec. 93.872/1986)

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Muito Obrigado!!!

“ Se você pensa ou sonha que pode, comece.


Ousadia tem poder genialidade e mágica.
Ouse fazer e o poder lhe será dado”
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