Computadores

SEGUNDA-FEIRA 13 JUNHO 2005 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

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A PS3 será a Portugal melhora Fotos, direitos e A IBM Software Cinco jogos para
melhor consola no ‘ranking’ motores de busca Expo 2005 um Verão quente
James Armstrong, homem- O uso ilegal de ‘software’ a Duas histórias de queixas Uma conferência da Big Blue De ‘Championship Manager
forte do lazer da Sony nível empresarial tem vindo de pessoas que se sentem em Lisboa para exaltar as 5’ a ‘ESPN NBA 2K5’ e ‘Roland
na Península Ibérica a diminuir no nosso país violadas na sua privacidade virtudes do ‘middleware’ Garros [também] 2005’
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Os Mac passarão a usar

processadores da Intel em 2006 TONY AVELAR/REUTERS
A Apple dirá adeus ao PowerPC sistema operativo MacOS X a correr num “Estamos mui-
no ano seguinte, em 2007, e já computador com processador da Intel. tíssimos satisfei-
E o CEO da Apple apressou-se a anun- tos por passarmos
disponibilizou um Developer ciar a disponibilização em breve de um a contar, entre os
Transition Kit para refazer Developer Transition Kit, um conjunto de nossos clientes,
ferramentas de programação para refazer com a empresa
ou construir de raiz aplicações ou construir de raiz aplicações capazes mais inovadora no
capazes de correrem tanto sobre de correrem tanto em computadores com fabrico de compu-
os actuais processadores como processadores PowerPC como noutros tadores pessoais”,
baseados em processadores da Intel. disse Paul Otellini,
sobre os da Intel “O nosso objectivo é proporcionar aos presidente e CEO
nossos utilizadores os melhores compu- da Intel. “A Apple
TEVE JOBS anunciou formalmente tadores possíveis a nível mundial; e, se

S
deu um importante
na passada semana aquilo que olharmos em frente, é a Intel quem, de contributo para o
já era voz corrente desde há longe, dispõe do mais forte ‘roadmap’ aparecimento da
meses: a Apple abandonará em de microprocessadores”, declarou Steve indústria dos PC e,
2006 a fidelidade absoluta aos Jobs. “Foi já há dez anos que fizemos a ao longo dos anos,
processadores PowerPC e passará a usar nossa transição para os processadores tem-se distinguido
os da Intel em certos modelos dos seus PowerPC e hoje pensamos que a tec- pelas ideias e
computadores Macintosh. O presidente e nologia da Intel nos ajudará a criar os pelas abordagens
“chief executive officer” (CEO) da Apple melhores computadores pessoais para os novas. Esperamos
(na foto) fez esta afirmação na conferência próximos dez anos.” poder fornecer as
mundial de programadores e produtores Com efeito, foi em 1995 que a Apple nossas tecnolo-
de aplicações para Macintosh, realizada adoptou uma arquitectura de proces- gias avançadas de
em San Francisco, na Califórnia. samento RISC, co-desenvolvida pela semicondutores
De acordo com o calendário de transi- IBM e pela Motorola, e os processadores e colaborar em
ção apontado por Jobs, no final de 2007 a PowerPC então disponibilizados para novas iniciativas
Apple já não deverá vender computadores os computadores pessoais Macintosh a fim de ajudar a
— de secretária ou portáteis — baseados da Apple puderam exibir os ganhos de Apple a apresen-
em processadores PowerPC, assentando desempenho proporcionados pelos primei- tar produtos ino-
todos os seus modelos em processadores ros “chips” RISC produzidos a pensar nos vadores nos anos
da Intel. A notícia deixou perplexos ou pequenos computadores. vindouros.”
mesmo insatisfeitos muitos utilizadores Mas havia muito tempo que a Apple se O anúncio
amantes dos Macintosh, que associam os debatia com problemas de falta de desem- colheu ainda o
processadores da Intel ao Windows e à penho nos PowerPC. Esta arquitectura apoio de editores
Microsoft. acabou por mostrar uma curva de evolu- de “software”
Ora a arquitectura de processamento ção demasiado curta para as expectativas tão importantes
da Intel — partilhada pela AMD no que — as quais foram ainda acentuadas pelas — para a Apple
aos 32 bits diz respeito — é usada por pla- limitações da Motorola em proceder aos mas não só — como
taformas tão diversificadas como diversos grandes investimentos exigidos pelo necessidades da Apple — tanto em qua- a Adobe, cujo CEO, Bruce Chizen, classifi-
Unix (como o Solaris, da Sun, uso de novos processos de lidade como mesmo em volume em certos cou a decisão como “inteligente” por parte
por exemplo) e mesmo a quase RUI JORGE CRUZ fabrico, capazes de permi- momentos — obrigou a empresa de Steve da Apple e anunciou que a sua empresa
totalidade das distribuições de tirem a produção de proces- Jobs a virar-se para a IBM em termos de lançará em breve uma nova versão da
Linux, onde, aliás, este sistema operativo sadores com frequências de relógio mais produção mas também para a AMD, cuja sua Creative Suite para Macintosh
regista os melhores desempenhos. elevadas. Daí também que a Apple tenha mais moderna fábrica, na Alemanha, tem capaz de correr em ambas as platafor-
Mas, voltando a Jobs e à Worldwide sido o primeiro fabricante de computado- vindo a produzir milhões de processado- mas. Também Roz Ho, director-geral da
Developer Conference da Apple, o co-fun- res pessoais a lançar modelos com dois res PowerPC para a Apple ao longo dos unidade de negócio da Microsoft que se
dador da empresa apresentou mesmo aos processadores. últimos anos. Mas os dias da arquitectura dedica às aplicações para Mac, fez saber
cerca de 3800 programadores presentes A incapacidade da divisão de semicon- PowerPC, pelo menos, para computadores que não tardará uma versão do Office com
uma demo da nova versão Tiger do seu dutores da Motorola de corresponder às pessoais, estavam contados. idêntica capacidade. ●

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 da.net
Estudo sobre as câmaras na Net mostra
que ainda há muito a fazer…
Dezasseis por cento das câmaras municipais de Portugal
não tinham página na Internet e mais de metade (54
por cento) só disponibilizava conteúdos informativos,
classificando-se no nível mais baixo de maturidade
“on-line”. Estas conclusões e outras são de um estudo
realizado em 2003 e divulgado no final da semana
passada, encomendado pela Agência para a Sociedade
do Conhecimento ao Instituto Superior do Trabalho e das
Ciências de Empresa (ISCTE) e à Universidade do Minho.
O objectivo foi aferir a maturidade da presença das
câmaras municipais na Internet. Cerca de 20 por cento
das câmaras disponibilizavam pelo menos um formulário
para “download” relativo aos serviços oferecidos aos
cidadãos ou às empresas, classificando-se no nível 3,
sendo o mais baixo o nível 4. O estudo concluiu ainda
que 1 em cada 10 câmaras possibilitava, em 2003, o
preenchimento “on-line” de pelo menos um formulário
ou a consulta de processos via Internet (o que lhes
granjeou o nível 2). Os responsáveis pelo estudo não
encontraram qualquer câmara no nível mais elevado
(1), que permitiria transacções ou a integração total de
serviços. ●
… para estreitar os laços electrónicos
entre munícipes, empresas e autarquias
Este nível 1 de classificação implicava a possibilidade
de requisitar pelo menos um serviço “on-line” sem
necessidade de recorrer a qualquer outra forma de
interacção, incluindo o pagamento electrónico. O
nível máximo exige também a digitalização total
dos processos de suporte aos serviços, “implicando
muitas vezes profundas reorganizações internas”
— razão por que não foi encontrada qualquer
autarquia neste patamar, conclui o estudo. Os
responsáveis pela análise dos “sites” destacam
igualmente que metade das câmaras já responde
a uma questão simples colocada por um munícipe
através de correio electrónico. As câmaras municipais
mais bem classificadas neste “ranking” de maturidade
são as de Loulé, Palmela, Covilhã, Lisboa, Grândola,
Peniche, Chaves, Águeda, Porto e Cantanhede. O
estudo recomenda ainda a implantação de serviços
transaccionais e integrados a fim de estreitar o
relacionamento dos cidadãos e das empresas com a
administração pública através da Internet. ●
Moradores de S. Facundo convidados
para ‘viagem pela Internet’
Os alunos da escola de primeiro ciclo de S. Facundo
(Abrantes), onde funciona um projecto-piloto na área
da informática, anunciaram que, no passado fim-de-
semana, iriam abrir as portas à comunidade “para
uma viagem pela Internet”. Numa nota divulgada pela
agência Lusa, a autarquia dava conta da realização
de uma série de actividades de “animação colectiva”
na freguesia de S. Facundo, envolvendo os alunos
da EB1, as associações culturais e desportivas e a
população. Designado “Diz e Tal”, o programa contempla
a mobilização dos alunos da escola de primeiro ciclo,
onde tem estado a funcionar o “Mocho”, um projecto
de aprendizagem com recurso à informática, que visa
mostrar à população “que o acesso às novas tecnologias
pode estar ao alcance de todos”. Um passeio pedestre
para observação de aves, na localidade de Esteveira, a
realização de jogos tradicionais, um torneio de futsal
e uma sessão de “karaoke” são outras actividades
englobadas no programa. A iniciativa é da escola
do primeiro ciclo de S. Facundo, da Casa do Povo, da
Associação Cultural, Recreativa e Desportiva “O Vale” e
da Associação Recreativa e Desportiva de Barrada, com
apoio da Câmara Municipal de Abrantes, da Junta de
Freguesia de S. Facundo e do Agrupamento de Escolas
D. Miguel de Almeida. S. Facundo é uma freguesia rural,
situada na parte sul do concelho de Abrantes e com
cerca de 1400 habitantes. ●
computadores .2
Google e Yahoo! criticados por não
protegerem direitos individuais
Os principais motores de
busca na Internet estão a
ser processados ou, pelo
menos, criticados por não
defenderem os interesses de
quem não quer ver ‘on-line’
um passado menos próprio
ou que já não corresponda à
realidade.
SINAL DE alarme foi dado
O
no final de Maio quando
Cecilia Barnes processou
a empresa detentora do
Yahoo! em 3 milhões de
dólares, alegando que este portal não
removera imagens dela nua disponibi-
lizadas pelo seu ex-namorado.
As imagens — que Cecilia Barnes
declara terem sido feitas sem o seu
conhecimento — foram reveladas em
Dezembro último, acompanhadas do
seu endereço de correio electrónico e
do seu número de telefone profissional.
Ela descobriu o que se estava a passar
quando começou a receber, no seu
emprego, telefonemas de homens, vindo
a descobrir que um seu antigo com-
panheiro frequentava vários sítios de
conversa electrónica na Web (“chats”)
do Yahoo! — mas fazendo-se passar por
ela e indicando endereços da Web onde
se encontravam as referidas imagens.
A queixa, citada pelo diário londrino
“The Times”, afirma que, devido a esta
exposição pública, “homens desconhe-
cidos se dirigiam, sem contacto prévio,
ao emprego da queixosa esperando ter
relações sexuais com ela”.
Em Janeiro, Barnes enviou uma
carta para a Yahoo! afirmando não ser
a autora dos endereços, pelo que estes
deveriam ser removidos. A empresa não
respondeu à carta nem correspondeu ao
pedido, apesar da renovação do mesmo
ao longo dos meses seguintes. A quei-
xosa afirma ter falado em Março com
uma responsável da empresa, que lhe
garantiu a remoção das imagens — o
que não terá acontecido logo.
A enorme memória acumulada pelo Google
Um motor de busca é um manancial
de memórias, do que se pesquisou
num dia ou do que se acedeu noutro.
O agrupamento de serviços e registos
no Google levou várias vozes a
questionarem as suas regras sobre a
privacidade individual. Sendo dados
digitais, quaisquer imagens, textos
ou outros tipos de ficheiros podem
ficar armazenado nos sistemas de
informação de uma empresa como a
do Google.
Com 19 milhões de utilizadores
diários, ela é apresentada
como o exemplo típico para as
potencialidades do abuso: regista
quem usa e como são utilizados os
seus serviços, seja no conhecido motor
de busca, nos blogues (de que detém
o maior serviço, o Blogger) ou no
correio electrónico, através do Gmail
— onde especifica aos interessados
em aderir que, por exemplo, regista
os endereços de E-mail de quem
envia e para quem são remetidas as
mensagens, e os incentiva a guardar
as mensagens durante o tempo que
quiserem (excepto as apagadas, que
S E G U N D A - F E I R A . 1 3 . J U N H O . 2 0 0 5
Seguiu-se a queixa judicial, que não
visou os conteúdos mas a quebra da tal
garantia fornecida pela responsável do
Yahoo! de que as imagens seriam reti-
radas. Ao abrigo da lei norte-americana
— o “Communications Decency Act”,
de 1996 —, os fornecedores de acesso à
Internet (os chamados ISP) ou qualquer
utilizador dos mesmos estão protegidos
relativamente a conteúdos disponibi-
lizados por terceiros (neste caso, o ex-
namorado).
Este exemplo não é único pois, no
início deste mês, outra mulher contou
a história da evolução “on-line” das
suas fotografias num outro motor de
busca, o Google. A jornalista Stephanie
Rosenbloom explicou no
diário norte-americano PEDRO
“New York Times” que, no
Inverno de 1996, um fotógrafo lhe tirara
uma foto numa audição para um musi-
cal universitário — e que esta fotografia
continua a ser a “imagem definitiva”
que a Web guarda dela quase dez anos
depois, apesar de o seu aspecto e a sua
são eliminadas ao fim de um mês mas
que são armazenadas nos servidores
do Gmail, sem que muitos utilizadores
saibam, apesar das condições de
serviço o declararem).
O Google guarda não só para si esta
informação como, perante intimação
judicial, poderá fornecer estes dados
às autoridades. Para alguns defensores
da privacidade individual, como
explicava a agência noticiosa Reuters,
a empresa “devia limpar os seus
registos após algum tempo a fim de
proteger os seus utilizadores”, como
sucede com os dados de tráfego na
Europa.
“Se não se tem uma razão para
guardar um monte de dados, é
talvez mais prudente livrar-se
deles”, refere o advogado Stewart
Baker, afirmando que a Yahoo! ou a
America Online (AOL) não guardam
os dados de utilização durante mais
de um mês. Mas a Google reclama
que os registos a ajudam a “melhorar
os seus serviços, a lutar contra
a fraude e a desenvolver novos
produtos”. ● P.F.
carreira terem mudado
radicalmente.
E como soube ela
disto? Através de uma
pesquisa no Google, que
associou essa imagem
a mais de uma centena
de artigos que escreveu
depois dessa audição
— imagem que continu-
ava acessível na semana
passada.
A jornalista contactou
a empresa responsável
pelo Google, que lhe
explicou que várias pes-
soas requerem a remoção
dos seus nomes do motor
de busca mas que os indi-
víduos que não detenham
os direitos sobre os conte-
údos — ao contrário do
que sucede com as empre-
sas — devem contactar os
responsáveis dos sítios na
Web onde esse material
está armazenado.
“Não temos forma de a identificar”,
explicou Marissa Mayer, responsável
do Google pelos produtos na Web para
consumidores. “Não podemos eliminar
conteúdo de um responsável de sítio na
Web com base num pedido cuja autenti-
cidade não conseguimos confirmar”.
O problema de Barnes e de Rosen-
bloom é o mesmo: não conseguem elimi-
nar material verdadeiro mas de que não
detêm os direitos (embora pudessem
alegar violação do direito de autor) nem
a propriedade do local na Web onde
estão albergados.
A solução passa, segundo a jorna-
lista, pela desistência de eliminar esse
material e, pelo contrário, tomar a ini-
ciativa de criar conteúdos
FONSECA próprios. No primeiro
caso, dada a replicação
quase imediata de muitos conteúdos
(como quando se trata de pessoas
famosas), a tarefa de os apagar é quase
impossível. Elimina-se num lado mas já
surgiram noutro devido à própria estru-
tura da Internet, que replica ficheiros
em vários servidores como garantia
do funcionamento da rede. Exemplo
disso foi quando um tribunal francês
proibiu a disseminação “on-line” de um
livro sobre a filha “secreta” do antigo
presidente Mitterrand: é que ele já
tinha sido copiado para servidores em
todo o mundo, pelo que a determinação
judicial não teve qualquer efeito e ele
continuou disponível na Net.
Nestes casos polémicos, é fácil colo-
car conteúdos proibidos num país para
um servidor da Web situado noutro país
onde essa proibição não tenha efeito.
Também por isso, o melhor para quem
não quer ser perseguido por memórias
virtuais incómodas é ter imenso cui-
dado com o que disponibiliza “on-line”.
Na opção pela estratégia “pró-
activa”, a pessoa procura a liderança
nas pesquisas efectuadas nos motores
de busca e inviabilizar o acesso aos con-
teúdos indesejados e impossíveis de eli-
minar sobre si no “on-line”. Isto implica
um endereço na Web com o nome pró-
prio ou um blogue onde a sua verdade
seja tornada pública no mundo virtual.
O algoritmo de pesquisa do Google ten-
derá a colocá-lo em primeiro lugar nas
buscas desde que existam suficientes
“links” para esses endereços ou que
quem “linka” tenha alguma reputação
por também ser bastante “linkado”. ●
 Pirataria global de ‘software’
ronda os 35 por cento
Assoft apresentou estudo sobre uso ilegal de
“software” em 87 países, onde Portugal já
figura no terço ‘mais bem comportado’
pirataria de “software” nas empresas
Os prejuízos foram também elevados na China euros relativos ao IVA do “software” que deixou de ser
(3565 milhões de dólares), na França — 2928 milhões vendido — estimativa referida por Manuel Cerqueira,
de dólares de prejuízo para uma taxa de pirataria de presidente da Assoft, que salientou durante a apresen-
45 por cento — e na Alemanha: 2186 milhões de dóla- tação do estudo a necessidade de “juntar esforços para
res e uma pirataria de 29 por cento. combater a pirataria” e a colaboração
Em Portugal, as empresas de ISABEL GORJÃO SANTOS que tem sido estabelecida entre a Asso-
“software” terão perdido cerca de 82 ciação e as autoridades policiais. “Com o

A
TAXA DE
portuguesas é de cerca de 40 por cento. A nível milhões de dólares (67 milhões de euros) e deixaram volume de pirataria que aparece no mercado, esse com-
global, essa taxa ronda os 35 por cento. A de ser cobrados pelo Estado cerca de 12,3 milhões de bate é muito difícil”, salientou Manuel Cerqueira. ●
pirataria de “software” tem vindo a diminuir,
embora de forma ténue, de acordo com o estudo
anual realizado pela Business Software Alliance (BSA) e
pela consultora International Data Corporation (IDC). O
estudo, divulgado na semana passada pela Assoft-Associa-
ção Portuguesa de Software, abrange 87 países e conclui
que, apesar de a taxa de pirataria ter diminuído 1 por
cento a nível global, para 35 por cento, existem muitos
países onde a pirataria continua a crescer e o uso ilegítimo
de “software” é muito elevado.
A pirataria diminuiu em 37 países mas aumentou em

34. A média global é de 35 por cento porque alguns países

têm valores bastante abaixo disso, mas em 24 países a
taxa de pirataria é superior a 75 por cento. Só um terço dos
países — entre os quais Portugal — apresenta uma taxa
de pirataria abaixo dos 50 por cento.
Portugal integra a lista dos 20 países com menores
taxas de pirataria, embora em último lugar. Essa lista é
liderada pelos EUA, seguidos da Nova Zelândia, da Áus-
tria, da Suécia, do Reino Unido e da Dinamarca, todos com
uma taxa inferior a 28 por cento.
A contrastar com esta lista está a dos países onde a
pirataria é maior. O Vietname lidera essa lista, com uma
taxa de 92 por cento, seguido da Ucrânia, da China, do
Zimbabwe, da Indonésia e da Rússia, todos com valores
acima dos 87 por cento.
Portugal e a Irlanda integraram neste ano a lista dos
países com menor taxa de pirataria, enquanto a Venezuela
entrou para o rol de países em que a pirataria é mais
elevada. A América Latina é a região com maior taxa, na
ordem dos 66 por cento (mais 3 por cento face a 2003), e a
América do Norte é a região onde a pirataria tem menos
expressão — 22 por cento — graças ao índice de uso ilegí-
timo de “software” nos EUA, o mais baixo de todos.
O estudo da BSA e da IDC aponta ainda as perdas
causadas pela pirataria, que ascendem a 32.695 milhões
de dólares (26.707 milhões de euros), em termos globais.
Só na União Europeia, esse prejuízo foi de 12.151 milhões
de dólares (9926 milhões de euros).
Apesar de serem as regiões onde a pirataria é maior, as
perdas foram menores na América Latina (1546 milhões
de dólares), na Europa de Leste (2313 milhões) ou no
Médio Oriente e África (1239 milhões), por se tratar de
regiões em que o investimento em tecnologias de informa-
ção é, por norma, inferior. E o contrário também é verdade,
uma vez que os EUA, apesar de serem o país com menor
taxa de pirataria, foram aquele em que o uso ilegal de “sof-
tware” causou maior impacto: um prejuízo de 6645 milhões
de dólares.

S E G U N D A - F E I R A . 1 3 . J U N H O . 2 0 0 5 computadores .3
‘Choque’ tecnológico deverá privilegiar
soluções capazes de crescerem
O IBM Software Expo
2005 acolheu 600 parceiros
e clientes, a quem a Big
Blue procurou convencer
a investir na integração e
no ‘middleware’, e em e em
soluções que possam crescer ao
longo do tempo
ERCA DE 600 pessoas, entre
trou-se satisfeito pelo facto de a IBM — tem registado um
Software Expo ter contribuído para forte crescimento,
explicar essa estratégia. bem como toda a
Sérgio Aniceto considera que nem vertente de suporte
sempre as mensagens associadas às ao ciclo de desen-
tecnologias de informação serem fáceis volvimento de “sof-
de transmitir. “O ‘software’ é o elemento tware”, baseada na
integrador na relação que existe entre tecnologia da Ratio-
um fornecedor e um cliente final”, come- nal, empresa que
çou por referir o responsável da IBM, a IBM adquiriu há
que depois salientou o facto de os clien- pouco mais de um
tes não serem fidelizados através do ano. Outra das apos-
“hardware”, pois, nessa área, as empre- tas da IBM é a solu-
sas trocam facilmente de fornecedor. “O

C
ção Workplace, que
clientes e parceiros da IBM, ‘software’ é o que realmente junta os a empresa apresen-
participaram na IBM Sof- interesses do fornecedor e do cliente. tou recentemente
tware Expo 2005, que na É algo que é impossível mudar de uma e permite agregar,
passada semana decorreu forma simples.” numa plataforma
no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. O Na área do “software”, a aposta central, tudo o que
investimento no “middleware” e na inte- da IBM centra-se no chamado “midd- são funcionalidades
gração foram as tónicas do evento, que leware”, ou seja, o “software” que, de colaboração.
contou também com a apresentação de entre outros aspectos, permite inte- “As empresas necessitam de inte- Com o On Demand Workplace, as apli-
casos de clientes e uma área de demons- grar as várias aplicações existentes grar as suas aplicações — da SAP ou da cações — como o Powerpoint, por exemplo
tração das soluções. numa empresa. “Existe o ‘middleware’ Siebel, por exemplo — com as aplicações — são pagas consoante a sua utilização.
A IBM Software Expo constou de e a componente aplicacional. A IBM que elas próprias desenvolveram. Hoje, “Sabemos quem usou, quanto usou, e
apresentações sobre as vantagens do mantém-se fiel à componente de ‘midd- o que as empresas pretendem é, sobre- paga-se aquilo que se usa”, explica Sérgio
“middleware”, de manhã, e os casos leware’ porque não concorre com os seus tudo, reduzir os custos e aumentar a Aniceto. Para além disso, o Workplace,
práticos do seu uso por clientes como a parceiros” do seu canal de negócio, para competitividade e os níveis de serviço. A que foi lançado há um ano mas que agora
Caixa Geral de Depósi- quem tradicionalmente única forma de conseguir isso é consoli- começa a ser adoptado por várias empre-
tos ou o Banco Português sempre deixou o desenvolvi- dar o que as empresas já têm, de forma sas, pode ser usado em sistemas baseados
de Negócios, na parte da mento das aplicações que os a torná-las mais competitivas”, referiu no sistema operativo Linux, “que é outra
tarde. Para além disso, clientes usam. Sérgio Aniceto. Ou seja, “a IBM pre- das grandes apostas da IBM”.
uma dúzia de parceiros A oferta da IBM abrange tende ser a cola envolvente que permite O tema da inovação e da adopção de
da IBM apresentaram as a criação da chamada ‘juntar as peças’ das empresas”. soluções de tecnologias de informação
soluções que desenvolve- “fábrica de ‘software’” e a A estratégia da IBM traduz, por parte das empresas tem marcado
ram com base nas ferra- componente de gestão de também, o reconhecimento de que o os discursos políticos desde que o actual
mentas da Big Blue. sistemas. Inclui, ainda, a mercado de “software” não governo anunciou que
“Foi um evento muito área das bases de dados e se encontra por explorar e ISABEL GORJÃO SANTOS iria apresentar um
interessante, no qual a vertente designada por de que as empresas já pos- “plano tecnológico”
um grupo especializado “business intelligence”, que suem as suas aplicações e pretendem como uma das suas prioridades. Sérgio
de pessoas apresentou a permite conferir um melhor rentabilizá-las. “O mercado é dinâmico Aniceto considera que o chamado
estratégia de ‘software’
Sérgio Aniceto uso da informação através e existem empresas que lutam muito “choque tecnológico” não deverá passar
da IBM”, referiu Sérgio Aniceto, direc- da análise de dados e dos processos para não se afundarem. Muitas vezes, por desincentivar as empresas a inves-
tor da divisão de “software” da IBM em das empresas. “Temos todo o ‘software’ não é necessário reduzir o número de tirem em tecnologia, mas sim por
Portugal (na foto). Aniceto considerou, necessário para fazer o que as empresas funcionários mas é preciso reduzir a dizer-lhes: “Façam investimentos mas
inclusive, que a estratégia relacionada mais necessitam: integração”, considera ineficácia”, considera Sérgio Aniceto. façam-no bem, em empresas que não
com o “software” é uma mensagem o director da divisão de “software” da A área de integração — nomeada- apresentem riscos e em soluções que
“pesada e difícil de transmitir”, e mos- IBM em Portugal. mente através da solução WebSphere possam crescer ao longo do tempo”. ●

Concluída a Rede de Transferência de Conhecimento

e Tecnologia entre Bragança e Zamora
Duas escolas politécnicas de
zonas raianas puseram mãos
à obra e aproveitaram um
programa comunitário de apoio
às regiões fronteiriças, ligando-
se em rede para trocarem
informação e partilharem
recursos
INSTITUTO POLITÉCNICO de Bra-
— revelou na passada quinta-feira a ins-
tituição portuguesa à agência Lusa. Com
efeito, o IPB desenvolveu ao longo dos
últimos cinco anos com a Escola Politéc-
nica de Zamora, na província de Castela
e Leão, uma Rede de Transferência de
Conhecimento e Tecnologia, financiada
pelo programa comunitário de apoio às
regiões fronteiriças Interreg.
A concretização do projecto termi-
nará no final do corrente mês de Junho
mas as bases que estabeleceu vão dar
continuidade à colaboração das duas
entidades, nomeadamente ao nível do
regras do Tratado de Bolonha e de
aceitação mútua de qualificações no
espaço da União Europeia. Além destes
aspectos, os estudantes de ambas as
instituições vão também ter acesso a
uma pós-graduação em Tecnologias e
Sistemas de Informação.
Com um investimento inferior a 400
mil euros nos dois lados da fronteira,
cada parceiro neste projecto adquiriu
também equipamentos e novas tecno-
logias — como é o caso do laboratório
multimédia instalado no Instituto Poli-
técnico de Bragança. Outro exemplo é o
A sessão de encerramento do projecto
realizou-se na passada quinta-feira,
dia 9, na Escola Politécnica de Zamora
— que dista de Bragança mais de 100
quilómetros — mas foi seguida em tempo
real no Instituto Politécnico de Bragança
graças aos novos estúdios de videoconfe-
rência nele instalados no âmbito desta
iniciativa transfronteiriça.
Segundo Paulo Leitão, vice-presi-
dente da Escola Superior de Tecnologia
e Gestão do Instituto Politécnico de Bra-
gança, esta infra-estrutura vai também
estar aberta à comunidade — nomea-

O gança (IPB) criou uma rede

com a Escola Politécnica de
Zamora, em Espanha, que lhe
permite antecipar algumas
reformas no ensino superior português e
dotar-se de novos meios de investigação
ensino e da investigação. Uma das esco-
las do Instituto Politécnico de Bragança
— a Escola Superior de Tecnologia e
Gestão — e a sua congénere de Zamora
reformularam o currículo do Curso de
Informática de Gestão à luz das novas
equipamento para análise e estudo do
esforço e desgaste de pavimentos rodo-
viários instalado no IP4, cujos resulta-
dos serão partilhados com os parceiros
espanhóis e vice-versa, nesta e noutras
áreas da investigação.
damente para acções de telemedicina,
podendo ser utilizada por médicos para
trocarem impressões e diagnósticos com
colegas de especialidades fisicamente
localizados noutras zonas do país ou
mesmo no estrangeiro.● Lusa

computadores .4 S E G U N D A - F E I R A . 1 3 . J U N H O . 2 0 0 5
 agenda
2005 Design Automation Conference (DAC)
Data: 13-06-2005 a 17-06-2005
Local: Anaheim Convention Center, Califórnia (EUA)
Tel.: +1 (303) 530-4333
Fax: +1 (303) 530-4334
URL: www.dac.com

Service & Content Delivery Conference

Data: 13-06-2005 e 14-06-2005
Local: Mortimer House, Londres (Reino Unido)
Contacto: Helen Robinson
E-mail: helen.robinson@informa.com
Tel.: +44 (0)20-7017-4837
Organização: Informa – Telecoms & Media
URL: www.telecomsacademy.com

Best Practices in Wireless New Product Development

Data: 14-06-2005
Local: Holiday Inn Kensington, Londres (Reino Unido)
Organização: Informa – Telecoms & Media
Tel.: +44 (0) 20-7017-5506
E-mail: telebookings@informa.com
URL: www.telecoms.com/wirelessnpd

Seminar on Using Film Financing Methods to Fund

Mobile Content Creation
Data: 14-06-2005
Local: Earl’s Court, Londres (Reino Unido)
Organização: Informa – Telecoms & Media
URL: www.mem05.com

MEM’2005 – Mobile Entertainment Market

Data: 15-06-2005 e 16-06-2005
Local: Earls Court, Londres (Reino Unido)
Organização: Informa – Telecoms & Media
Tel.: +44 (0) 20-7017-5506
E-mail: telebookings@informa.com
URL: www.mem05.com; www.informatm.com;
www.telecoms.com

Driving Mobile Data Profits

Data: 15-06-2005 e 16-06-2005
Local: Earls Court, Londres (Reino Unido)
Organização: Informa – Telecoms & Media
Tel.: +44 (0) 20-7017-5506
E-mail: telebookings@informa.com
URL: www.telecoms.com/roaming

Wireless Communication Symposium 2005

Data: 21-06-2005
Local: Centro Cultural de Belém, Lisboa
Organização: HanseCom - Media & Communication
Tel.: +351 (22) 616-8098
Fax. +351 (22) 616-8099
E-mail: info@hansecom.net ; reserva@hansecom.net
URL: www.wcs2005.com/port/contacto.php

CNIC - 14th International Scientific Congress

“40 Years at the Service of Science and Technology”
Data: 27-06-2005 a 30-06-2005
Local: Havana, Cuba
Organização: National Center for Scientific Research
E-mail: seminario@cnic.edu.cu
URL: www.cnic.edu.cu/14Congreso/Bienvenida.htm

8th International Conference on Technology Policy

and Innovation “Value-Added Partnering
In a Changing World”
Data: 6-07-2005 A 8-07-2005
Local: Lodz, Polónia
URL: in3.dem.ist.utl.pt/lodz2005/

15th IDC European Forum

“IT Innovation and Business Transformation”
Data: 26-09-2005 e 27-09-2005
Local: Le Méridien Montparnasse, Paris (França)
E-mail: infoevents@idc.com
Tel.: +39 (02) 2022-6259
Fax: +39 (02) 2022-6213
Organização: IDC EMEA Conference Group
www.publico.pt
Networkers Forum 2005
Data: 9-11-2005 a 10-11-2005
Local: Centro Cultural de Belém, Lisboa
Organização: HanseCom Media & Communication
URL: www.hansecom.net

S E G U N D A - F E I R A . 1 3 . J U N H O . 2 0 0 5 computadores .5
 virose
Falha com 7 anos ressurge no Firefox
Foi descoberto na passada semana que a última versão
do Firefox, um dos mais recentes navegadores para a Web,
é afectada por uma falha de segurança de que já se tinha
conhecimento havia sete anos. Trata-se de uma falha que
permite a um intruso colocar conteúdos mal-intencionados
em sítios da Web classificados como sendo de confiança
(“trusted”).
Esta falha — que também afecta outros programas da
empresa criadora do Firefox, a Mozilla Foundation — reside
na maneira como o programa manipula as “frames” de uma
página da Web. Mais concretamente, os programas não
verificam se o conteúdo das “frames” em janelas isoladas é
originário do mesmo “site”. Os programas afectados são o
Firefox 1.x, o Mozilla 1.7.x e o Camino 0.x.
Para que a falha possa ser explorada
é preciso que a vítima tenha, pelo
menos, duas janelas abertas: uma
com um sítio “trusted” na Web
e outra com o sítio da Web
preparado pelo
“atacante”. Ao dar
um clique sobre
uma ligação no sítio
mal-intencionado, faria
abrir no sítio “trusted” uma
“frame” fabricada pelo intruso. Segundo
parece, esta falha no Firefox ainda não fora explorada.
Últimas variantes do Mytob com novo truque
Os últimos ataques do “worm” Mytob enviam mensagens de
E-mail que contêm um URL falso, o qual aponta para um sítio
na Web onde existe o código do “worm”. Este novo método
substitui o anterior, em que o código é enviado como ficheiro
anexo das mensagens — processo que ó mais utilizado no
“phishing”.
As mensagens das últimas variantes do “worm” vêm
Terça, dia 14,
chegamos ao
Renascimento
computadores .6
Dia 13
OS VÍRUS DA SEMANA
W97M/Cobra.a1, VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Alphae, WM/
BADBOY.A;B;C, Twno.A, W97M/Rapmak.a, WM/BOOM.A;B,
W97M/Alamat, W97M/Yous, W97M/Digma, WM/FRIDAY.A,
WM/Envader.A (Intended), WM/CVCK1.B;E, WM/Eraser.A:
mascaradas de mensagens legítimas do departamento Tw, WM/Goldsecret.B:Int, WM/FRIDAY.D, W97M/Idea.A,
de informática dos utilizadores, sendo dito a estes que foi W97M/BackHand.A, WM/SHOWOFF.G
encontrado um problema de segurança na respectiva conta e
Dia 14
pedindo para clicar numa ligação incluída na mensagem.
W32/SoftSix.worm, W97M/Class.B, W97M/Class.D,
Eis um exemplo destas novas mensagens, cujo W97M/Class.Q, WM/Eraser.A:Tw, WM/PHARDERA.C ;D
assunto pode ser: (INTENDED), W97M/Este, VBS/San@M, W97M/Yous, VBS/
“*IMPORTANT* Please Confirm Your Account”. E o texto: “Dear Valentin@MM, W97M/Alamat, W97M/Ekiam, VBS/Aqui,
Valued Member, W97M/Cobra.a1
According to our site policy you will have
to confirm your account by the following Dia 15
link or else your account will be suspended W97M/Cobra.a1, W32/Winur.worm.b, W32/Winur.worm.a,
within 24 hours for security reasons. VBS/Alphae, VBS/Zync, VBS/Aqui, W97M/Alamat,
http://www.<domain name>/confirm.php?e X97M/Anis, W32/PetLil@MM, W32/Urick@MM,
mail=<recipient’s email address> Tribute.A;B, W97M/Yous, VBS/Count, W97M/Courage.a,
Thank you for your attention to WM/Theatre.A, WM/Eraser.A:Tw, AOS.A, Habir.A,
this question. We apologize for W97M/Jackal.A, X97M/Hopper.r, W97M/Class.ed, JS/
any inconvenience. Gigger.a@MM, W97M/Fifteen.a
Sincerely,<company name> Security
Department Assistant.” Dia 16
XM/Laroux.IC, WM/ERASER.H, WM/Eraser.A:Tw, W97M/
Vírus propaga-se a coberto de ‘suicídio’ Yous, Tribute.A;B, WM/Concept.F;G;J, W97M/Alamat,
de Michael Jackson W97M/Cobra.a1, W97M/Cash, W97M/Akuma
Dia 17
Foi lançada no fim da semana passada uma
W97M/Akuma, W97M/Cobra.a1, W97M/Alamat,
campanha de “spam” encoberta por mensagens a W97M/Yous, VBS/Mantie.ow, W97M/Serpent, WM/
referir uma suposta tentativa de suicídio de Michael Jackson. Eraser.A:Tw, Acid.A (intended), W97M/Jackal.A, W32/
O assunto da mensagem pode ser “Re: Suicidal aattempt”, Mypics.worm.25600
acompanhada do seguinte texto: “Last night, while in his
Neverland Ranch, Michael Jackson has made a suicidal Dia 18
attempt. They suggest this attempt follows the last claim was WM/Eraser.A:Tw, VBS/SWVK.ow.gen, W97M/Yous, W97M/
made against the king of pop. 46 years old Michael has left Chameleon.a, W97M/Alamat, W97M/Trugbar.a, W97M/
pre-suicid note which describes and interpretes some of his Akuma, W97M/Cobra.a1
sins. Read more...”
Quando o utilizador clica sobre uma ligação existente na Dia 19
mensagem, é redireccionado para um sítio na Web mal- W97M/Cobra.a1, W97M/Nebo, W97M/Alamat, Tribute.A;B,
intencionado, que tenta instalar o “cavalo de Tróia” Borobt-Gen W95/Firkin.worm, W97M/Yous, WM/Eraser.A:Tw, W97M/
no computador da vítima. ● JOSÉ DOUTIL Assilem.H
S E G U N D A - F E I R A . 1 3 . J U N H O . 2 0 0 5
 ‘A PlayStation 3 vai ser a melhor
máquina de jogos de sempre’
uem o diz é James Armstrong,
Q
o responsável ibérico da área de
videojogos da Sony. A família,
as mulheres e o entretenimento
— eis o alvo futuro da Sony
Computer Entertainment (SCE), o braço do
gigante japonês dos jogos para computador.
E aquele que é também administrador-dele-
gado e vice-presidente da SCE para Portugal
e Espanha promete, ainda, não esquecer os
jogadores regulares, que numa década deram
à Sony a liderança incontestada do mercado
das consolas domésticas. Afável mas profis-
sional de ‘marketing’ nas respostas, James
Armstrong (que é também administrador
da Sony Pictures Home Entertainment para
Portugal e Espanha) não se esquivou às
perguntas mais difíceis mas deixou muitas
questões em aberto.
COMPUTADORES — Após um
sucesso estrondoso com a PlaySta-
tion original, depois ultrapassado
pelo da PlayStation 2 (PS2), será
que a PS3 — a lançar na Primavera
de 2006 — será um novo marco no
mercado dos videojogos?
JAMES ARMSTRONG — A PlayStation
3 vai ser tão bem sucedida, como as ante-
riores consolas. Mas é preciso não esquecer
que, na Europa, a nossa quota de mercado
é muito grande, maior que nos EUA ou no
Japão. Em Portugal, temos 85 por cento do
mercado; por isso, é difícil fazer previsões.
Mas qual o valor previsto?
Com 70 por cento, seria feliz. Mas a PS3
é mais do que uma fantástica máquina de
jogos. O negócio da Sony é entretenimento,
em todas as áreas, e aqui não é excepção. A
PS3 permite ligação à Internet e muito mais.
É uma máquina de entretenimento familiar.
Tendo todos os fabricantes anunciado
já novas consolas, isso não vai afectar
as vendas das actuais? Como vão con-
vencer os consumidores a comprar
uma PS2 quando vem aí uma consola
muito mais avançada?
Acreditamos que isso não tem grande
influência. A consola está a meio do seu ciclo
de vida — e não no final. Temos um bom
preço (149 euros), os melhores jogos e uma
nova versão, muito pequena e bonita. Sabe-
mos que muitas das PS2 pequenas são com-
pradas por pessoas que tinham a “grande”.
Por outro lado quem está ansioso por ter a
PS3 são os jogadores regulares… e esses já
têm uma PS2. Os ocasionais ainda estão a
tempo de comprar a consola actual.
Ainda há margem para baixar mais o
preço da PS2?
Os lucros, como toda a gente sabe, são
nos jogos e não nas consolas; mas vendemos
bem e, por isso, não devemos
baixar o preço. As nossas MIGUEL
previsões são vender 140 mil
unidades da PS2 em Portugal
neste ano e quase outro tanto em 2006, tanto
da versão preta como da série especial prate-
ada (já disponível por mais 20 euros). E, para
a época de Natal, vamos ter pacotes muito
apetecíveis por 169 ou 179 euros.
Qual é o segredo da Sony para, numa
década, ter conseguido o domínio no
mercado das consolas de jogos?
Há vários factores. Temos uma plata-
forma amigável, o consumidor considera a
marca de qualidade, as mulheres gostam
dos nossos produtos, pensamos sempre em
entretenimento... A PlayStation original
era mais pensada para o jogador regular.
Nós defendemos sempre os jogadores mas
queremos mais público, mais pessoas a usar
os nossos produtos. Em Portugal, 20 por
ções e tecnologias inovadoras, como
discos Blu-ray (com até 54 GB), um
processador revolucionário (Cell) ou
imagem de alta definição da norma
1080p, a mais complexa existente. Isso
não será um risco muito grande?
Temos a certeza de que vamos vender
mais PS3 no primeiro ano do que se ven-
deram leitores de DVD em quatro anos. As
pessoas vão perceber que, além da melhor
máquina de jogos de sempre, será um bom
investimento para muitos anos. A indús-
tria vai criar ainda mais conteúdos, mais
interessantes, para públicos mais velhos,
mais novos, mais femininos. É certo que a
Sony Pictures vai editar filmes em Blu-ray e
espero que outros estúdios os façam.
Para explorar as novas possibilidades
técnicas, os produtores de jogos vão
ter de criar equipas ainda maiores,
demorar mais tempo a desenvolver
os jogos e gastar mais dinheiro. Actu-
almente, muitos já se queixam de ser
incomportável andar dois ou três
anos a produzir um jogo com mais de
uma centena de pessoas a trabalhar.
tainment garante que os jogos europeus A PS3 não vai aumentar exponencial-
funcionem nessas máquinas, nem que elas mente tais custos?
cumpram as normas da legislação europeia. É um risco… e calculamos que vai demo-
Mas a PSP não é só para jogar… e os con- rar dois a três anos até alguém conseguir
sumidores vão querer, por exemplo, ter os explorar todas as capacidades da PS3 mas,
filmes na sua língua. De qualquer forma, o com jogos melhores e mais realistas, vai
número é muito pequeno, porque as grandes haver ainda mais público. Por isso, a questão
cadeias sabem que não podem arriscar-se a do investimento crescerá de acordo com o
vender produtos que não possuem todas as retorno.
garantias legais. Não existe, então, o risco de ter de se
No próximo Natal, a Microsoft vai ter aumentar o preço de venda dos jogos
a Xbox 360 à venda e a Sony não vai ao público (hoje entre os 60 e os 70
poder oferecer ainda a sua PS3. Como euros)?
é que vão manter-se competitivos? O objectivo é manter o preço actual.
cento dos lares têm uma PlayStation e isso Não estamos preocupados. Sabemos que Isso não quer dizer que não gostássemos
só é possível se as pessoas virem as nossas os jogadores regulares vão comprar a Xbox de vendê-los mais baratos… Mas, se fizer-
consolas como algo que é para a família. Para 360 mas depois também comprarão a PS3… mos um pouco de história, eles quase não
crescer, temos de apelar a novos jogadores. Eles compram todas as consolas. Mas há aumentaram na última década. Por isso,
Por enquanto, esta é uma indústria muito muitos que também vão comprar a PSP e com a inflação, estão mais baratos agora que
masculina; mas talvez, com conteúdos mais a PS2 vai continuar a vender muito bem no há dez anos. E, se compararmos o tempo de
educativos ou que captem as mulheres, mercado generalista. prazer oferecido por um jogo com o de um
possamos torná-la tão “mainstream” como Nesta altura, já se sabem as defini- filme, vemos que o jogo acaba por ser entre-
o cinema ou a música. Mas vamos tornar as ções técnicas da PS3, cheia de solu- tenimento muito mais barato!! ●
consolas mais “sexys”, simples e de entrete-
nimento.
O adiamento do lançamento da pri-
meira consola da Sony na Europa
aumentou ainda mais a expectativa
criada. Agora, a decisão de só lançar
a PS3 em 2006 tem a ver com falta de
capacidade de produção ou apenas
com ‘marketing’?
Se tivéssemos consolas suficientes,
podem ter a certeza de que já estaria à
venda. O problema é a capacidade de pro-
dução do “chip”. Mas a Europa é complicada,
porque cada país tem as suas
CRESPO características próprias. É
preciso mais tempo que para
um lançamento nos EUA e
precisamos de ter muito mais máquinas.
Quantas consolas vão ser postas à
venda no ‘day one’ europeu, em 1 de
Setembro?
As suficientes... [risos] Mas vamos
vender muitos milhões. Em Portugal, quere-
mos vender 135 mil até ao final do ano fiscal
(31 de Março de 2006) e, na Europa, cinco
milhões.
Como a PSP não tem limitações de
região, há muitas lojas a importar
a consola dos EUA ou do Japão e
a vendê-la na Europa. Como é que
lidam com a situação?
O mercado é livre… Mas as consolas
de outros continentes não têm garantia
na Europa nem a Sony Computer Enter-
S E G U N D A - F E I R A . 1 3 . J U N H O . 2 0 0 5 computadores .7
 .com
Sonaecom apresentou queixas contra
a PT e o Estado em Bruxelas…
A Sonaecom entregou à Comissão Europeia duas queixas,uma contra a
Portugal Telecom (PT) por abuso de posição dominante e outra contra
o Estado por ajudas ilegais à operadora. Paulo Azevedo, presidente da
“holding” de telecomunicações da
Sonae (na foto), explicou que a queixa
sobre abuso de posição dominante res-
peita ao mercado da banda larga e, com
ela, a Sonaecom pretende a separação
das redes de cobre e cabo da PT.“A Sona-
ecom recorreu às instâncias comunitá-
rias depois da acção da regulação se ter
mostrado insuficiente”, adiantou Paulo
Azevedo, que salientou o facto de a PT
ter “72 por cento do mercado de banda
larga no cabo e 90 por cento do mercado
na rede fixa”.Na outra queixa, a Sonaecom pretende que o Estado seja
ressarcido do valor que terá recebido a menos da PT na venda da rede
básica de telecomunicações.A empresa aponta a ausência de um con-
curso público e acusa o Estado de vender a rede abaixo do valor de
mercado: em Dezembro de 2001, a rede valeria 2300 milhões de euros,
de acordo com a Sonaecom mas o Estado vendeu-a em 2002 à PT por
365 milhões de euros — e, no valor pago pela PT, foi ainda incluída a
renda da concessão de 2002, cerca de 18 milhões de euros. ●
… e a France Telecom entra no seu capital
A France Telecom (FT) vai entrar no capital social da Sonaecom, com
uma participação de 23,7 por cento, no âmbito de um acordo de par-
ceria estratégica entre as empresas. Em comunicado à entidade regu-
ladora do mercado de capitais (CMVM), a Sonaecom adiantou que a
entrada será feita através de um aumento de capital a subscrever pela
FT. A operadora francesa irá subscrever o aumento através da entrega
das participações que actualmente detém em três empresas do grupo:
Optimus, Novis e Clix. A operação terá de ser aprovada em assembleia
geral extraordinária de accionistas e também pelo ministro da Econo-
mia, como determina a licença de comunicações móveis detida pela
Sonaecom.Esta parceria estratégica tem a validade de três anos (sendo
renovável por mútuo acordo entre as partes) e,nela,a FT compromete-
se a fornecer apoio às empresas de telecomunicações da Sonaecom,
em particular no desenvolvimento de serviços de“roaming”e interliga-
computadores .8
ção,passando a Optimus a ser membro da aliança de empresas ligadas
à FT, a Open Seamless Alliance. A Optimus passa ainda a ter acesso a
produtos e serviços da Orange,operadora de comunicações móveis da
FT,bem como ao programa desta para a aquisição de telemóveis junto
dos respectivos fabricantes. ●
Benq fica com telemóveis da Siemens…
A Siemens alienou a sua unidade de telemóveis à Benq, negócio que
transforma esta última numa empresa com um volume de negócios na
ordem dos 10.000 milhões de dólares e no quarto maior fabricante de
telemóveis. A Siemens converte-se em accionista da Benq, investindo
50 milhões de euros em acções, e dedicará cerca de 250 milhões de
euros aos investimentos no futuro do negócio.A aquisição deverá ficar
concluída no final de Setembro,depois de submetida à aprovação dos
accionistas e dos organismos reguladores.A sede central da unidade de
negócios de telemóveis da Benq será em Munique, ficando esta com
as fábricas de telemóveis da Siemens em Kamp-Lintfort (Alemanha) e
Manaus (Brasil), e com os centros de investigação e desenvolvimento
em Munique, Ulm e Kamp-Lintfort (Alemanha), Pequim (China) e Aal-
borg (Dinamarca). A empresa deverá também ficar com 8,4 por cento
de participação no consórcio Symbian, que desenvolve o sistema
operativo homónimo para telemóveis. ●
… e com direito a usar as suas tecnologias
A Siemens cederá à Benq uma parte significativa da sua proprie-
dade intelectual na área dos telemóveis, tal como patentes essen-
ciais relativas a GSM, GPRS e 3G. A Benq terá, também, acesso livre
às patentes de telemóveis da Siemens. Desta forma, passa a deter
um património, em termos de propriedade intelectual, compará-
vel ao dos principais fabricantes do sector. A marca Siemens, em
telemóveis, poderá continuar a ser usada pela Benq durante 18
meses após a conclusão do acordo e durante cinco anos poderá
também ser usada a submarca Benq-Siemens. No rol de clientes
da Siemens, que passarão para a Benq, estão alguns dos princi-
pais operadores de comunicações móveis: Vodafone, T-Mobile,
O2, Orange, Telefónica, Telenor e Telecom Itália Mobile. A quota
de mercado da Siemens, em termos de telemóveis, foi de 9 por
cento em 2004. Clemens Joos, CEO da unidade de negócios de dis-
positivos móveis da Siemens, passará a liderar o negócio de redes
e comunicações da Benq e também os funcionários da divisão de
telemóveis da Siemens transitarão para a Benq. ●
S E G U N D A - F E I R A . 1 3 . J U N H O . 2 0 0 5
McAfee adquire Wireless Security
A McAfee, fornecedora de soluções de antivírus e de prevenção de
intrusão e gestão de risco, anunciou a aquisição da Wireless Security,
empresa que cria soluções de segurança para as redes Wi-Fi dos uti-
lizadores domésticos e de pequenas empresas. A McAfee adquiriu
todo o capital da Wireless Security, incluindo os bens e as tecnologias
por ela detidas.“A McAfee está empenhada em providenciar soluções
inovadoras e globais que protejam os clientes de ameaças à segurança
em todos os pontos de acesso”, disse George Samenuk, presidente e
CEO da McAfee.“O mundo em que vivemos tornou-se cada vez mais
‘wireless’; contudo, a maior parte dos utilizadores não tem a segurança
apropriada disponível nem protecção adicional instalada para ter a sua
rede sem fios. Esta aquisição reforça a nossa tecnologia de segurança
actual e permite-nos proteger ainda mais o ambiente ‘wireless’ em
constante crescimento.”De acordo com um estudo recente da McAfee
junto de 60 mil utilizadores de redes sem fios, 47,9 por cento dessas
redes encontram-se desprotegidas. ●
TMN aumenta investimento na rede UMTS
A TMN vai aumentar em 20 a 40 milhões de euros o investimento
a realizar neste ano na rede de terceira geração (UMTS) para mas-
sificar o serviço, tal como anunciou na semana passada Iriarte
Esteves, presidente da comissão executiva da operadora móvel.
A TMN previa investir inicialmente cerca de 70 milhões de euros
na rede UMTS, de um investimento total de 180 milhões de euros
destinado à infra-estrutura, explicou Iriarte Esteves. A operadora
prevê ainda gastar 40 a 60 milhões de euros na migração e aqui-
sição de clientes de terceira geração (nomeadamente através da
subsidiação de telemóveis 3G) e 15 a 20 milhões de euros em
custos relacionados com a expansão da rede. No final deste ano,
a TMN espera que a rede de UMTS sirva 65 por cento da popula-
ção e cubra 30 por cento do território nacional, ou seja, todas as
cidades com mais de 5 mil habitantes. O gestor admitiu que, neste
ano, o investimento na rede de segunda geração ainda será grande
mas espera reduzi-lo já no próximo ano.“Além do investimento na
manutenção da cobertura geográfica da rede de segunda geração
(GSM), enquanto todo o território não for coberto por UMTS, a TMN
está a estudar novas situações, como cobrir as áreas dos metropo-
litanos e dos caminhos-de-ferro”.Os custos da infra-estrutura UMTS
são cerca de metade dos da rede GSM, o que significa que, “em
termos monetários, o investimento pode não parecer significativo
mas é-o em termos de volume”. ●
 S H A R E WA R E FICHA

Lexa Organizer 3.5

para quem não tem um PDA
A fotografia digital tem vindo, nos últimos anos, a
conquistar a preferência dos consumidores. Por isso, Editor
Rui Jorge Cruz
para muita gente, tirar uma fotografia em película Redactores, colaboradores
e depois revelar e imprimir parece já uma coisa do e cronistas

passado. Mas certos problemas não desapareceram

Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
com o digital e um deles é da menor qualidade das fotos Casa dos Bits, Fernando Santos,

tiradas com pouca luz. Helena Viegas, Henrique Carreiro,

Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
ERA em que as que não existe qualquer margem

N
UMA
pessoas necessitam
de organizar conve-
nientemente o seu
tempo para conse-
guirem realizar todas as tarefas
que se propõem, quer a nível
profissional quer a nível pessoal,
as agendas electrónicas têm
ganho a preferência de milhares
e milhares de utilizadores. Estes
aparelhos — também conhecidos
por organizadores pessoais (ou
PDA) — permitem arquivar todos
os contactos, as tarefas a realizar e www.lexasoftware.com/, instalado
a agenda pessoal em sincronismo
directo com o seu computador. O
objectivo é ter o dia-a-dia sempre
organizado e toda a informação
e contactos permanentemente
disponíveis, a qualquer hora e em
qualquer lugar.
Mas nem todas as pessoas
necessitam de um grau tão
grande de sofisticação: o compu-
tador de bolso sincronizado com
a agenda do Microsoft Outlook
em ligação directa
ao telemóvel. Para NUNO BERNARDO
quem quer manter
o seu dia-a-dia organizado mas
não se quer tornar dependentes
das agendas electrónicas, a Lexa
Software criou um simples pro-
grama para gestão de tarefas: o
Lexa Organizer 3.5. Para quem
está habituado à sofisticação do
Outlook e às suas possibilidades
de notificação e tarefas vai achar o tarefas “pessoais”, “profissionais”,
programa muito rudimentar, pois
quase todas as funções do produto
da Microsoft estão ausentes deste
organizador pessoal.
A falta de muitas funcionalida-
des existentes em aplicações simi-
lares é um dos pontos fortes do
programa. Mas como? Os criadores
do Lexa Organizer dedicaram-se a
criar um programa muito simples
e que se centra-se no básico: gerir
tarefas e alertar o seu utilizador.
Por isso, a utilização desta apli-
cação é tão simples e imediata
para erro. A grande vantagem
é que o utilizador não se perde
— nem perderá a sua informação
— nas centenas de opções em que
se desdobram as mais modernas
agendas electrónicas. Em poucos
cliques, conseguirá introduzir-se
e consultar a informação que pre-
tende, bem como ser alertado para
as tarefas a realizar nas próximas
horas ou dias.
O Lexa Organizer pode ser
copiado gratuitamente de http://
no PC e usado livre-
mente durante 15 dias.
Ao correr o programa, o
utilizador depara-se com
o menu principal, onde
é possível ver a lista
das tarefas pendentes,
prazos de execução e
adicionar novas tarefas.
Toda a interface gráfica é alte-
rável ao gosto do utilizador — atra-
vés de máscaras, que podem ser
copiadas da Internet
ou criadas de raiz. No
sítio da Lexa na Web,
poderão os utilizadores encontrar
vários endereços que disponibi-
lizam máscaras adicionais para
adaptarem o programa aos seus
gostos pessoais.
Usar o Lexa Organizer é tão
simples como criar categorias
para as suas tarefas, por tipo de
ou por projectos. Criadas as cate-
gorias — sendo possível associar
um ícone a cada categoria —, o
utilizador deve adicionar as tare-
fas identificando o seu título, des-
crição, prioridade e definir se deve
ou não ser “disparado” um alarme.
O utilizador pode mesmo confi-
gurar quais os sons que pretende
usar para os diferentes tipos de
alarme. Depois, quando expirar o
prazo para execução dessa tarefa,
o alarme irá disparar e notificar
o utilizador para o fim do prazo.
Quem for
muito criativo
pode adicionar
efeitos sonoros
muito diver-
tidos e, assim, chamar a atenção
dos seus colegas de trabalho.
Um dos pontos fortes do pro-
grama é o seu sistema de impres-
são de tarefas e pendências. Para
quem gosta de ter cópias em papel
da sua agenda e tarefas, esta é a
melhor forma de conseguir criar
um “dossier” com tudo o que tem
para fazer, quando e com os con-
tactos a usar. Esta função é impor-
tante para quem não tem um
organizador pessoal (ou não gosta
de o usar), porque permite levar
a “agenda” para qualquer lugar
— será pouco amiga do ambiente
mas existem pessoas que ainda
têm alguma relutância em usar as
novas tecnologias no seu pleno.
O utilizador pode configurar a
forma e o tipo de informação que
pretende imprimir de forma a
ajustar os relatórios ao tipo de por-
menor que pretende: uma página
com a lista das tarefas e das datas;
ou um relatório com a descrição de
cada tarefa por página impressa.
O Lexa Organizer é uma
aplicação com funcionalidades
muito básicas e que irá apelar aos
utilizadores menos sofisticados
dos computadores, ou seja, que
procuram soluções simples para
resolver o seu problema. O pro-
grama está disponível para com-
putadores baseados nos sistemas
operativos Windows, da Microsoft,
e requer recursos mínimos para
executar. Distribuído em regime
de “shareware”, o programa pode
ser usado livremente durante 15
dias; findo este prazo, requer o
pagamento de um registo, que
ronda os 15 euros.
Tendo em conta as funcionali-
dades oferecidas e a concorrência,
este valor pode ser considerado
exagerado tendo em conta aquilo
que oferece. Apenas indicado para
quem pretende um gestor de tare-
fas simples e sem grandes funcio-
nalidades, ou para quem tem um
PC já algo obsoleto e não possui
muitos recursos. ●
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Nuno
Vieira, Paulo Almeida, Pedro
Fonseca (pedrof@journalist.com),
Rita Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
Paula Dias
Paginação
Ana Carvalho, Ivone Ralha,
Hugo Pinto, Jorge Guimarães
Projecto Gráfico & Designer
Luis Carlos Amaro/
Gráficos à Lapa
Computadores
é publicado às segundas-feiras
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Tel. 21-0111168
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para escolas e instituições de
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especiais para Macau, Timor, São
Tomé e Guiné. Os preços incluem
IVA à taxa legal em vigor.

S E G U N D A - F E I R A . 1 3 . J U N H O . 2 0 0 5 computadores .9
 JOGOS

Desporto para ar condicionado

COM O CALOR QUE JÁ INVADIU PORTUGAL, A PRÁTICA DE a Liga de Honra portuguesas, tornando-o muito mais Título “Championship Manager 5”
DESPORTO CANSA SÓ DE PENSAR. POR ISSO, E PARA NÃO acessível.
Com algumas novidades visuais — como a inclinação
Estilo Gestão 7
/10
PERDER A FORMA, O MELHOR É FICAR EM ESPAÇOS COM AR na visão do campo, em vez de ser apenas vertical — e
Plataforma PC
Produtor Eidos
CONDICIONADO E APOSTAR NOS DESPORTOS VIRTUAIS, QUE técnicas (mais variedade táctica, novo sistema de treino),
Distribuidor Ecofilmes
PODEM IR DESDE A GESTÃO FUTEBOLÍSTICA ATÉ À ACÇÃO NOS “CM5” não é verdadeiramente um passo em frente mas
um recomeçar de uma nova série de êxitos. Edição Maio 2005
CAMPOS DE BASQUETEBOL, AO RINGUE DE HÓQUEI NO GELO
OU AOS “COURTS DE TÉNIS”. E AS NOSSAS SUGESTÕES DESTA Título “ESPN NBA 2K5”
SEMANA SÃO: ‘CHAMPIONSHIP MANAGER 5’, ‘ESPN NBA
‘ESPN NBA 2K5’ Estilo Desporto 8
/10
A conhecida série de simuladores desportivos da Sega Plataforma PlayStation 2
2K5’, ‘ESPN NHL 2K5’, ‘ROLAND GARROS 2005’ E chega agora até nós com o “carimbo” da ESPN, a cadeia Produtor Global Star
‘SSX OUT OF BOUNDS’ televisiva norte-americana especializada em desporto. Distribuidor Infocapital
No caso de “NBA 2K5”, descobre-se um bom simulador Edição Abril 2005
de basquetebol, centrado na melhor liga do mundo. Em
termos gráficos, há apenas uma ténue evolução, o mesmo Título “ESPN NHL 2K5”
‘Championship Manager 5’ acontecendo na forma de jogar, embora haja alguns Estilo Desporto 8
/10
Começando pelo futebol, é de assinalar o regresso de melhoramentos nas movimentações de ataque e novas Plataforma PlayStation 2
“Championship Manager”, agora em versão 5 e também possibilidades de defesa. Produtor Global Star
como nova equipa de produção a assegurar a continui- O resto são possibilidades paralelas, que vão desde a Distribuidor Infocapital
dade do jogo de gestão futebolística mais criação de um jogador personalizado a desa- Edição Abril 2005
popular de sempre. O objectivo foi manter MIGUEL CRESPO fios 1-2-1 entre estrelas da actualidade e gló-
tudo de bom que vinha sendo feito pela rias do passado. É pena é que as animações Título “Roland Garros 2005”
Sports Interactive, o que foi parcialmente conseguido.
A nível de interface, é como jogar em casa; a nível
nem sempre sejam perfeitas — mas, a favor, está ainda o
preço menos elevado que a média.
Estilo Desporto 7
/10
Plataforma PlayStation 2
visual continua a ser tão minimalista como simples; e, a
Produtor Namco
nível de dados técnicos e estatísticos, tem informação que ‘ESPN NHL 2K5’ Distribuidor Sony
nunca mais acaba — embora seja fundamental instalar o
“patch” disponível. Para os fãs de hóquei em patins — modalidade que conti- Edição Junho 2005
Em “Championship Manager” (“CM5”), a fiabilidade nua a ter grande força em Portugal —, os jogos de hóquei
e a actualidade dos dados é uma das dificuldades deste no gelo continuam a ser a única experiência virtual pos- Título “SSX Out of Bounds”
tipo de jogo — e se, globalmente, está tudo bem, há sível. Sem entrar no jogo das diferenças e parecenças, o Estilo Desporto 7
/10
pequenas falhas que podem deixar os mais exigentes “NHL 2K5” é descendente de outra série, mas aqui conse- Plataforma N-Gage
um pouco irritados. Mas, para o jogador comum, há guindo estar no patamar do melhor da sequência. Produtor Electronic Arts
muito para evoluir e aprender. Como é habitual, o jogo Fácil de jogar, mesmo para quem não conhece na ple- Distribuidor Nokia
está totalmente em português e integra a Superliga e nitude as “nuances” do hóquei no gelo, “NHL 2K5” é muito Edição Junho 2005

computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 1 3 . J U N H O . 2 0 0 5
 dica

O Service Pack 2
do Windows XP (5)
Outra novidade em termos de segurança
do Service Pack 2 do sistema operativo
Windows XP é a gestão de suplementos (os
chamados “add-ons”) do Internet Explorer,
também da Microsoft. Estes suplementos
adicionam funcionalidades — tais como
barras de ferramenta adicionais, ponteiros
do rato animados, cotações da bolsa e
bloqueadores de janelas de “pop-up”
(do tipo gelosia) — ao “browser” com o
objectivo de tornar a navegação mais
eficiente ou divertida.
Muitos destes suplementos provêm da
Internet, requerendo a permissão do
utilizador antes de serem transferidos
e instalados no seu computador.
Mas acontece que alguns podem ser
transferidos sem conhecimento do
utilizador. Uma das razões para isto é o
facto de o utilizador já anteriormente
ter dado permissão para todas as futuras
transferências efectuadas a partir de um
sítio na Web específico.
Como alguns destes suplementos podem
causar problemas — nomeadamente,
provocar o encerramento do “browser” se
o suplemento tiver pouca qualidade ou
tiver sido criado para uma versão anterior
do Internet Explorer — ou ser utilizados
para a instalação de “spyware”, é bom que o
utilizador assegure que poderá gerir a sua
utilização.
Para chegar ao gestor de suplementos,
abre-se, no Internet Explorer, o menu
Ferramentas e escolhe-se o comando
Gerir Suplementos (o que faz abrir a
fluído, permitindo jogos aguerridos e altamente competi- janela com o mesmo nome que se pode
tivos. Os comentários são muito bons, a acompanharem ver na imagem). Logo em cima, na janela,
movimentos de câmara interessantes e variados. há um menu de desenrolar que permite
A inclusão de vários minijogos é não apenas uma escolher o tipo de visualização pretendida.
brincadeira mas uma mais-valia, pois estão muito bem Por omissão, aparecem os suplementos
conseguidos e são tão viciantes como o jogo principal. activados, mas também se pode optar
O facto de se irem sendo desbloqueadas novas opções e por ver todos os “Suplementos que foram
equipamentos é igualmente interessante, servindo quase
utilizados pelo Internet Explorer”.
como modo de apresentação da história da modalidade.
Na tabela situada por baixo deste menu,
são mostrados os suplementos com
‘Roland Garros 2005’ algumas informações adicionais como o
Os fãs do ténis que já estejam cansados de “Smash Court Editor e qual o tipo de suplemento, bem
Tennis” podem agora fazer um “update” com “Roland como o nome do ficheiro respectivo.
Garros 2005”, que parte da base do famoso simulador Seleccionando um suplemento nesta
e leva o jogador até aos famosos “courts” franceses, tabela, pode-se activá-lo ou desactivá-lo
recriados na perfeição. Junte-se a isso 15 jogadores reais na área Definições (em baixo, à esquerda
licenciados… e há um novo motivo para pegar na raquete na janela) ou, no caso de se tratar de um
virtual. Em termos de jogabilidade, é do melhor que há (e
suplemento baseado em ActiveX, poder-se-
ainda existem uns minijogos curiosos…) mas este é niti-
damente um bom jogo que não tem grandes novidades.
á actualizá-lo. ● JOSÉ DOUTIL
“Match point”?

‘SSX Out of Bounds’

Quem seja mais dado a desportos radicais e quiser levar o
jogo consigo pode optar por “SSX Out of Bounds”, a adap-
tação da famosa série de “snowboard” da Electronic Arts
para a N-Gage, da Nokia. Apesar de perder a espectacu-
laridade visual característica da série, mantém intacta
toda a facilidade de jogar e até todo o sistema de jogo. É
para fãs do género, que queiram experimentar todo o tipo
de corridas e acrobacias em cima da prancha, sempre com
diversão garantida. ●

S E G U N D A - F E I R A . 1 3 . J U N H O . 2 0 0 5 computadores .11
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