Computadores

SEGUNDA-FEIRA 4 JULHO 2005 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

PUB
Supremo dos EUA As patentes Xerox prossegue JaBack para os Diversão estival
condena P2P de ‘software’ aposta na cor ‘backups’ diários no PC e na N-Gage
Serviço ‘peer-to-peer’ da Patenteabilidade das Novos modelos de Um programa de ‘shareware’ Dos polícias de ‘SWAT4’ e
Grokster condenado por Inovações sobe ao impressoras e multifunções, para as necessidades do ‘Close Combat: First to Fight’
violação das leis de autor Parlamento Europeu além de novos serviços utilizador consciente a ‘King of Fighters Extreme’
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‘Binóculos’ para reconhecer sons de aves

Percorrer os campos e reconhecer
o pio das diversas aves que os
povoam não está ao alcance de
todos os amantes da natureza.
Mas agora, com o Song Sleuth,
qualquer um pode começar
a gozar o prazer de olhar e
escutar as aves com um maior
conhecimento que só os manuais
O Song Sleuth é pouco maior que um
normal par de binóculos mas é bem mais
leve (pesando menos de 500 gramas),
apesar das pilhas que lhe fornecem a
energia necessária ao seu funcionamento.
A base de dados que está por trás da
aplicação pode conter informação acerca
dos sons produzidos por cerca de 60 das
espécies mais comuns em cada região dos
EUA, podendo acrescentar-se-lhe módulos
para outras 13 regiões norte-americanas
— as quais estão disponíveis para “down-
CRISTOPHE ARCHAMBAULT/AFP
disso, o Song Sleuth tem um conector
para ligar microfones externos de elevada
precisão, de forma a permitir a captação
de sons mais perto do local onde se encon-
tram as aves e sem que o utilizador tenha
de estar lá com o aparelho.
Disponível por apenas 490 dólares
no sítio da WildLife Acoustics na Web
(www.wildlifeacoustics.com), o Song
Sleuth apresenta uma precisão e uma
fglexibilidade geralmente só ao alcance
dos equipamentos mais sofisticados que
os ornitólogos profissionais têm à sua
disposição. De acordo com a empresa, o
Song Sleuth consegue fazer uma identi-
ficação correcta em cerca de 80 por cento
dos casos — o que fará assobiar muito
ornitólogo amador! — desde que os ruídos
de fundo ou simultâneos não excedam um
determinado nível. ● NYT CIRCUITS

load” da Internet por cerca de 25 dólares

não proporcionam. cada. Todos estes dados foram colhidos e
tratados pelo Laboratório de Ornitologia
da Universidade de Cornell e pela Biblio-
a piar atrás teca Macaulay.

O
QUE É QUE ESTARÁ
daquela árvore? E qual será a O Song Sleuth traz consigo uns auscul-
ave que está a cantar algures tadores que permitem ao utilizador escu-
naquelas sebes? Nós podere- tar com toda a nitidez e precisão os sons
mos não saber mas o Song captados pelo aparelho, e compará-los com
Sleuth é capaz de saber… a informação armazenada no(s) módulo(s)
O Song Sleuth é um aparelho desen- instalado(s). Além
volvido pela empresa WildLife Acoustics e
que dispõe, por um lado, de um conjunto
de microfones direccionais e, por outro, de
uma aplicação capaz de comparar os sons
captados e digitalizados com a informação
contida numa base de dados — a qual
contém os sons digitalizados normalmente
emitidos pelas aves de uma região.
Para já, o Song Sleuth está preparado
para reconhecer os sons de quase todas as
espécies de aves que povoam ou passam
pelo território continental norte-ameri-
cano — pelo que, captado um som, exibe
no pequeno ecrã, por ordem decrescente
de probabilidade, quais as espécies que
deverão ter emitido esse mesmo som.

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 ParaRede com
novos terminais
de pagamento
electrónico
A ParaRede está desde 2003
a desenvolver dois novos
terminais de pagamento
electrónico, os modelos Europa
e Sedna, “concebidos com a
mais avançada tecnologia de
mercado e certificados segundo
as mais exigentes normas
internacionais”. Encontrando-
se agora na fase final de
desenvolvimento e certificação,
os novos modelos respeitarão
várias normas nacionais e
internacionais “para que possam
ser instalados e operar na rede
portuguesa” e assegurar que
“terminais e cartões possam
interoperar entre sistemas
de pagamento diferentes”.
O terminal POS Europa é
um monobloco “standard” a
comercializar em três versões
(Countertop, DECT e GSM/GPRS),
destinando-se a primeira à
maioria dos estabelecimentos
comerciais e usando os meios
de comunicação assentes em
linha analógica. A versão DECT
visa a utilização em restaurantes,
aliando a mobilidade à
capacidade de comunicação
pela rede fixa. A versão GSM/
GPRS destina-se a ambientes
de maior mobilidade, como
feiras ou entregas ao domicílio,
usando as telecomunicações
móveis. ●
PT baixou em 9,8 por
cento as chamadas da
rede fixa
A Portugal Telecom (PT) reduziu
os preços das chamadas na
rede fixa em 9,8 por cento,
em média, e passou as
comunicações regionais para
locais desde 1 de Julho. O novo
tarifário prevê que passem a
ser consideradas chamadas
locais as comunicações feitas
num raio de 50 quilómetros de
distância, multiplicando por
cinco o limite de 10 quilómetros
antes em vigor. Desta forma,
acabou o tarifário regional
(dos 10 aos 50 quilómetros),
passando a haver apenas duas
zonas tarifárias: local, até 50
quilómetros, e nacional (para
mais de 50 quilómetros). O
preço das chamadas locais,
já no novo enquadramento,
baixou 6 por cento, enquanto
o das comunicações nacionais
caiu 25 por cento. No horário
económico — entre as 21h00
e as 9h00 nos dias úteis e nos
fins-de-semana —, a PT cobra
agora uma tarifa única (sejam
chamadas locais ou nacionais)
de 1 cêntimo por minuto (IVA
incluído). A redução do preço
por minuto das comunicações
nacionais em horário económico
ascende a 72 por cento face às
tarifas anteriores. Já o preço da
assinatura se mantém inalterado
e o “pacote” de comunicações
e assinatura foi reduzido, em
média, em 0,76 por cento — o
que representará uma quebra
real de 2,76 por cento tendo
em conta uma inflação de 2 por
cento. ●
computadores .2
Supremo dos EUA responsabiliza redes
P2P por violação de direitos de autor
A decisão do Supremo Tribunal dos EUA no caso da rede Groks-
ter — considerando que a sua actividade viola a legislação
vigente em matéria de direitos de autor — poderá abrir novos
precedentes na responsabilização das redes ‘peer-to-peer’ sobre
os conteúdos partilhados entre os utilizadores.
e encer-
D
EPOIS DA CONDENAÇÃO
ramento forçado do Napster
— que ditou a completa refor-
mulação deste serviço de música
“on-line”, pioneiro e o maior até
então —, a decisão do Supremo Tribunal
dos EUA, comunicada na passada semana,
é a primeira sentença judicial de relevo que
atribui responsabilidade às redes “peer-to-
peer” (P2P) sobre os conteúdos que os uti-
lizadores partilham. A posição de Supremo
Tribunal foi registada no caso MGM contra
Grokster mas o seu impacto poderá afectar
outros serviços, temendo-se até que venha a
prejudicar as vendas de dispositivos, como
os leitores de média.
Ao contrário do Napster — cujos con-
teúdos eram geridos centralmente —, o
Grokster e o Morpheus apenas estabelecem
a ligação entre os internautas, que detêm os
ficheiros de música e vídeo nos seus próprios
computadores. Esta diferença havia, até
agora, mantido estes serviços relativamente
salvaguardados de processos judiciais, já
que a indústria discográfica se
via limitada a dirigir os proces- FÁTIMA CAÇADOR
sos contra os utilizadores. Ora / C a s a d o s B i t s
os utilizadores são mais difíceis
de encontrar e os processos contra eles têm
menor impacto global, servindo de pouco
mais do que de campanha de “moralização”.
A presente decisão do Supremo Tribunal
norte-americano é, porém, esmagadora,
tendo-se registado um voto unânime a
favor da condenação do Grokster. Os nove
juízes determinaram que os serviços de
P2P encorajam as pessoas a fazerem o
“download” ilegal de filmes e de músicas,
violando direitos de autor. “Consideramos
que quem distribui um dispositivo com o
objectivo de promover a sua utilização para
violação de direito de autor, seja demons-
trado por expressões claras ou outros meios
que permitam essa infracção, é responsável
pelos actos resultantes dessa infracção”,
escreveu o juiz David Souter no veredicto
do tribunal.
Os juízes do Supremo Tribunal dos
EUA reverteram, assim, decisões anterio-
res tomadas em tribunais inferiores, que
tinham considerado não serem as redes
P2P responsáveis pelas acções ilegais dos
seus utilizadores. A decisão agora adoptada
considera que o Grokster não fez qualquer
esforço para impedir a troca ilegal de con-
teúdos e que se autopromove como uma
alternativa ao Napster (já anteriormente
condenado), para além de garantir as suas
receitas através da venda de publicidade,
potenciada pelo elevado nível de utilização
da sua rede.
Esta tomada de posição foi contestada
por muitos responsáveis de empresas que
operam na Internet, como Jim Pickrell, pre-
sidente da Brand X Internet, empresa com
sede em Santa Monica, na Califórnia (EUA).
Segundo Pickrell (na foto), em declarações
à agência AP, decisões judiciais como a da
passada semana trarão graves prejuízos à
sua pequena empresa e a serviços de parti-
lha como o da Grokster Inc e o da Stream-
Cast Networks Inc.”, pois vêm “desencorajar
empreendedores de tomarem iniciativas e
de criarem produtos que concorram direc-
tamente com os grandes conglomerados das
telecomunicações” e as indústrias cinemato-
S E G U N D A - F E I R A . 4 . J U L H O . 2 0 0 5
gráfica e discográfica, de certo modo simbo-
lizadas por Hollywood.
Impacto alargado
Para além das redes “peer-to-peer”, a deci-
são está também a preocupar o sector das
tecnologias de informação, que teme que as
posições dos tribunais contra as redes P2P
venham a ser usadas para justificar proces-
sos contra fabricantes de gravadores de CD,
leitores e gravadores de média, entre outros
dispositivos. Até agora, a jurisprudência
fundada na decisão no caso Sony-Betamax,
em 1984, garantira alguma protecção contra
acções judiciais — já que determinava que
os gravadores de vídeo e os seus fabricantes
não eram responsáveis pelo eventual uso
envolvendo violações dos direitos de autor
com a gravação de material protegido por
“copyright”.
As dúvidas da indústria produtora de
dispositivos baseiam-se no facto de a decisão
do Supremo Tribunal norte-americano não
ser muito clara em relação a equipamentos
de cópia, diferen-
ciando as redes P2P
do caso Sony-Betamax
mas deixando margem
de manobra para processos posteriores.
“Esta é uma decisão muito perigosa para
as tecnologias de informação e a inovação”,
afirmou Ed Black, director executivo da
associação norte-americana da indústria
de computadores e comunicações (CCIA),
numa declaração escrita. “Se pensarmos
que a decisão no caso Sony era um escudo
protector, temos receio que tenham sido
abertos alguns buracos.”
Para os utilizadores individuais que já
usam estas redes, a decisão terão pouco
impacto imediato — a menos que estas sejam
obrigadas a encerrar, o que poderá levar
algum tempo —, pois a partilha de conteúdos
vai certamente continuar, já que o facto de
ser considerada ilegal não conseguirá evitar
a proliferação de utilizadores.
O facto de a decisão afectar apenas
empresas norte-americanas poderá também
limitar os seus efeitos, dado que os editores
de “software” com sede fora dos EUA pode-
rão continuar a exercer a sua actividade, não
JAE C. HONG/AP
Música ‘legal’ beneficia
com processos judiciais
A vaga de processos judiciais levantados pela
RIAA contra utilizadores individuais garantiu
às lojas de música “on-line” — que vendem
conteúdos protegidos por direito de autor
— uma maior audiência. Com receio de
possíveis complicações, muitos utilizadores
recorrem mais assiduamente aos meios legais
para acederem a ficheiros de música; já nos
conteúdos de vídeo, a adesão à obtenção por
vias legais tem sido mais lenta, provavelmente
também pelo facto de estes “downloads” serem
ainda caros e demorados, mesmo para quem
tenha ligações por banda larga à Internet.
Segundo um relatório do Pew Internet &
American Life Project relativo ao primeiro
trimestre de 2005, 43 por cento dos
internautas inquiridos admitiu pagar pelos
seus ficheiros, face a apenas 24 por cento que
responderam positivamente no inquérito de
2004. O efeito sente-se também na Europa,
onde a loja iTunes, da Apple, está a registar
um grande sucesso. Só no primeiro ano de
actividade, celebrado recentemente, a loja
registou 50 milhões de “downloads” apesar
da grande concorrência de outros serviços
similares. ● F.C./CDB
existindo até agora processos noutros países
com resultados equiparáveis. “O ‘génio’ do
P2P saiu da garrafa de forma irreversível,
com o ‘software’ já instalado em centenas
de milhões de computadores”, lembram os
responsáveis pela associação de activistas
Electronic Frontier Foundation.
Do lado contrário da barricada, a RIAA,
a associação norte-americana da indústria
discográfica, emitiu já um comunicado
onde se congratula com a decisão. “Se
havia ainda alguma dúvida, agora não pode
restar nenhuma: os indivíduos que fazem
‘download’ de música sem permissão estão
a violar a lei”, afirma o presidente da RIAA,
Mitch Bainwol.
Esta associação lançara, ainda na
semana passada, mais um conjunto de pro-
cessos contra utilizadores do Grokster, do
Livewire e do Kazaa — mas a sua posição
fica agora claramente reforçada pela decisão
do Supremo Tribunal. A RIAA estava até
agora limitada a visar os utilizadores indivi-
duais destas redes, já que todos os processos
contra as empresas que mantinham serviços
P2P se tinham mostrado infrutíferos. ●
Jim Pickrell
Projecto da DGITA
e da ESRI premiado
O Prémio Fernandes Costa-Instituto de Informática 2004
foi atribuído à Direcção-Geral da Administração Pública e
Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA) pela
sua solução Sistema de Informação Geográfica do Imposto
Municipal sobre Imóveis (SIGIMI), projecto, realizado em
conjunto com a ESRI Portugal, escolhida pela DGITA para
desenvolver uma aplicação de SIG de suporte à execução
do zonamento do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI).
A reforma do sistema de tributação de património exigiu
a delimitação de zonas com uma valorização homogénea
em cinco níveis temáticos distintos: habitação, comércio,
indústria, serviços e terrenos. Para auxiliar os mais de 400
peritos avaliadores da DGITA no levantamento geográfico
em todo o território nacional, a ESRI Portugal desenvolveu
uma aplicação que disponibilizou todos os dados
cartográficos (através do servidor de mapas ArcIMS) numa
interface simples de trabalhar como a Internet. Segundo
Luís Vidigal, vogal do conselho de direcção do Instituto de
Informática e membro do júri, “tratou-se de uma solução
tecnologicamente avançada, nomeadamente na utilização
de ‘web services’ para aceder a informação geográfica”.“O
SIGIMI [http://www.e-financas.gov.pt/SIGIMI/default.jsp]
constitui um dos poucos exemplos de utilização de
informação geo-referenciada em aplicações de gestão e
caracterizou-se por um elevado pragmatismo, capaz de
ultrapassar as profundas limitações ainda existentes no
cadastro geográfico português.” Para Graciosa Delgado,
directora de Sistemas de Tributação e Gestão Declarativa
da DGITA, “a ESRI foi decisiva no sucesso deste projecto”:
“O empenho, a capacidade técnica dos consultores e
as capacidades do ‘software’ foram determinantes na
execução do projecto.” ●

Adobe anuncia novo

pacote de ‘software’ para
criativos e ‘designers’
A Adobe, empresa editora das conhecidas aplicações
Photoshop e Acrobat, apresentou na semana passada
um novo pacote de “software” para profissionais criativos
e “designers” que tem como principal novidade uma
aplicação que permite a completa integração dos
programas incluídos. Miguel Bada, seu director de
“marketing” ibérico, afirmou que o Adobe Bridge é uma
aplicação que permite o controlo e a integração dos
quatro programas contidos no pacote Adobe Creative
Suite: o Photoshop (tratamento de imagem), o Illustrator
(ilustração), o InDesign (paginação) e GoLive (criação de
páginas Internet), programas que vêm também em novas
versões. A empresa anunciou ainda o serviço Adobe Stock
Photo, que permite a compra de imagens digitais contidas
numa base de dados através da Internet. Miguel Bada disse
ainda que a sua empresa espera obter, no último trimestre
deste ano, a autorização para a aquisição da Macromedia
(anunciada a 4 de Abril), o que permitirá integrar a
aplicação Flash Player e apresentar “software” de criação de
conteúdos para diferentes suportes, como os telemóveis
e os computadores de bolso. Bada salientou ainda que os
analistas prevêem que, em 2006, os computadores ligados
à Internet representem já menos de metade do total de
dispositivos a ela ligados. ●

S E G U N D A - F E I R A . 4 . J U L H O . 2 0 0 5 computadores .3
 Patentes de ‘software’
no Parlamento Europeu
No próximo dia 6 de Julho
começará a ser discutida,
no Parlamento Europeu,
a Directiva sobre Paten-
teabilidade das Invenções
para Computador. Mas, à
semelhança do que tantas
vezes acontece com as
questões europeias, quem
vai à frente é o desconheci-
mento.
muito
A
QUESTÃO ESTÁ AINDA
longe de estar esclarecida
mas é já nesta semana que
a Directiva sobre Paten-
teabilidade das Invenções
Implementadas em Computador será
discutida no Parlamento Europeu.
Em Portugal, a proposta da Comissão
Europeia tem praticamente vivido no
anonimato, apesar de algumas enti-
dades já se terem manifestado contra
o conteúdo do documento. Em 2001 e
no plano institucional, a Associação
Nacional de Propriedade Industrial
(ANPI) chegou a desenvolver esfor-
ços no sentido da sua discussão e do
alcançar de um consenso favorável à
Directiva — só que, dois anos mais
tarde, muita coisa mudou.
Na semana passada, no quadro de
um périplo por outros países europeus,
esteve em Portugal para falar sobre a
proposta de directiva Mark MacGaan,
director-geral da European Informa-
tion & Communication Technology
Industry Association (EICTA), asso-
ciação que representa os interesses
das empresas europeias do sector de
electrónica, tecnologias da informa-
ção e telecomunicações. Para Mark
MacGann, “a grande conclusão a que
se chega, cinco anos depois de ter sido
delineada a estratégia de Lisboa, é
que esta não funcionou” — e, por isso,
torna-se obrigatório “repensar a ques-
tão das patentes”.
A favor da proposta
MacGann está convicto de que, com
esta proposta de directiva, “a Europa
estará a dar um passo em frente na
concretização da livre circulação de
pessoas, bens e serviços”, além de
“conseguir salvaguardar a liderança
europeia no domínio dos conteúdos e
das tecnologias digitais ao proteger a
propriedade intelectual
criada em espaço euro- BRUNO
peu”. Para este respon-
sável, a questão que se
coloca é muito simples: “Caso a legisla-
ção em discussão não seja aceite, quem
vai sofrer é o sector europeu de tecno-
logias e conteúdos digitais, à escala do
que aconteceu com o sector têxtil”.
Ou seja, por outras palavras, as
empresas europeias continuarão a
investir na inovação e as empresas
chinesas continuarão a copiar abu-
sivamente as tecnologias, ao mesmo
tempo que a venderão a preços mais
competitivos no mercado europeu:
“A Europa será o centro comercial do
mundo”, sintetizou o director-geral
da EICTA. Por isso, “a grande contro-
vérsia que a directiva tem gerado só
pode ser explicada como o resultado
da falta de informação e sobretudo
da desinformação” — pelo que apelou
computadores .4 S E G U N D A - F E I R A . 4 . J U L H O . 2 0 0 5
Uma proposta pouco explícita
O acordo político sobre a proposta
de Directiva sobre Patenteabilidade
das Invenções para Computador foi
alcançado, em Maio do ano passado,
pelos 25 países-membros da União
Europeia — e seria depois ratificado
pelo Conselho Europeu, a 7 de Março
de 2005, estando agora para discussão
no próximo plenário do Parlamento
Europeu. De acordo com a EICTA, a
proposta de directiva surge com o
objectivo de uniformizar as diferentes
legislações nacionais sobre a matéria
e clarificar o enquadramento legal das
patentes.
O documento baseia-se nos princípios
gerais da legislação europeia de patentes
— e, em concreto, na norma segundo a
qual uma invenção, para ser patenteável,
deverá conter uma contribuição técnica
inovadora ou constituir um passo
aos deputados europeus para lerem e
analisarem com atenção o documento
em discussão.
Mark MacGann admitiu “não ter
qualquer ideia sobre o que acontecerá
no próximo dia 6 de Julho” mas confes-
sou estar decepcionado pelo facto de a
grande maioria dos Estados-membros
da União Europeia nem
COELHO ter debatido a questão. “A
desinformação e a igno-
rância ou o desconheci-
mento têm levado os Estados-membros
a não debaterem estas questões, o que é
muito preocupante porque, por um lado,
ficamos sem saber o que acontecerá no
Parlamento Europeu; e, por outro lado,
porque percebemos que ainda há uma
enorme falta de conhecimento sobre o
que está em causa”, afirmou MacGann.
Na Europa, os governos de Itália, Bél-
gica e Áustria abstiveram-se, enquanto
o Governo espanhol rejeitou a proposta
de Directiva.
A EICTA representa 51 grandes
empresas multinacionais e 32 asso-
ciações empresariais de 24 países
europeus, que empregam mais de 2
milhões de pessoas e geram anual-
mente uma facturação superior a 200
mil milhões de euros.
inventivo. Ou seja, deste âmbito ficam,
alegadamente, excluídos o “software”
puro, os algoritmos e os métodos de
negócios, uma vez que são aplicações
triviais de patentes.
No entanto, é neste último aspecto que a
proposta de directiva mais polémica tem
criado. Para algumas entidades, como
a ANETIE e a Assoft, a realidade é que,
como os termos “contribuição técnica” e
“passo inventivo” não estão definidos no
documento, é impossível limitar o que é
patenteável ou não. O que significa que,
à semelhança do que tem acontecido
no Gabinete Europeu de Patentes, serão
atribuídas muitas patentes a métodos de
negócios e a “software”.
Apesar de a proposta ter debate
marcado para dia 6 de Julho, o processo
de aprovação ou rejeição do documento
poderá durar alguns meses. ● B.C.
Portugal sem posição oficial
A proposta de Directiva que estará em
discussão no Parlamento Europeu tem
gerado pouco interesse em Portugal
mas duas entidades houve que toma-
ram posições públicas sobre o assunto.
Foram elas a Associação Nacional das
Empresas de Tecnologias de Informa-
ção e Electrónica (ANETIE) e a Assoft,
que já deram a conhecer a sua posição
contrária à presente proposta de legis-
lação europeia (ver caixa).
Quanto à posição estatal portu-
guesa, em 2001, a Associação Nacional
de Propriedade Industrial (ANPI)
chegou a formar um consenso nacional
a favor da Directiva, através de uma
consulta por carta a 19 directores
de empresas portuguesas — à qual
apenas três responderam.
Contudo, em 2003, o cenário
mudou: num encontro organizado pela
eurodeputada Ilda Figueiredo com
representantes de algumas empresas
portuguesas de “software”, foi possível
verificar que havia um largo consenso
contra as patentes de “software”, pelo
que a ANPI decidiu reabrir a consulta
pública. Até ao momento, no entanto,
não há uma posição oficial portuguesa
sobre esta matéria. ●
 A aprendizagem do português
pela Internet ao alcance de todos
Uma plataforma de E-lear-
ning permitirá, a partir de
Outubro, aos luso-descenden-
tes de todo o mundo — e a
todos mais que o pretendam
— aprenderem a língua por-
tuguesa através da Inter-
net. A base tecnológica foi a
‘escola virtual’ da Porto Edi-
tora e o projecto tem a certifi-
cação científica e pedagógica
da Universidade Aberta e da
Fundação Minerva.

JOVENS luso-descendentes

O
S
no estrangeiro vão ter acesso
a “aulas virtuais” de portu-
guês através de uma plata-
forma electrónica de ensino
apresentada há cerca de uma semana
em Lisboa — e que, numa primeira fase,
pretende abranger 11 mil alunos. Prevista
como estando funcional a partir de Outu-
bro, o projecto disponibilizará para já, na
Internet, os programas curriculares do 9º
ao 12º ano, prevendo-se que, em 2007, os
alunos tenham acesso aos programas dos
restantes anos de escolaridade.
A plataforma electrónica de ensino —
uma iniciativa do Ministério dos Negócios
Estrangeiros (MNE) através da secretaria
de Estado das Comunidades Portugue-
sas — tem ainda como parceiros a Caixa
Geral de Depósitos (CGD), a Porto Edi- de E-learning, o ministro dos Negócios correctamente a várias questões. “O duzir folhetos de divulgação da iniciativa
tora, a Universidade Aberta, a Fundação Estrangeiros, Freitas do Amaral, desta- Ministério da Educação, em cooperação junto dos potenciais interessados. “É uma
Minerva, a RTP e a RDP. Conforme notí- cou o significado “social” da iniciativa, com o MNE, vai disponibilizar uma bolsa nova forma de ensinar e de aprender”,
cia do PÚBLICO da passada quarta-feira, considerando tratar-se de um exemplo de professores que darão resposta às dúvi- afirmou Vasco Teixeira, da Porto Editora,
tal plataforma baseou-se num projecto da aposta do Governo na “renovação tec- das dos alunos.” acrescentando que estarão disponíveis no
desenvolvido pela Porto Editora e que já nológica”. Por seu turno, o secretário de Aos interessados serão distribuídos programa “aulas, exercícios, vídeos, peças
conta com cerca de 10 mil utilizadores. De Estado das Comunidades, António Braga, cartões que permitem criar uma conta de de teatro e declamações de poemas”, entre
agora em diante, o protocolo entretanto sublinhou a importância utilizador, através da qual outras funcionalidades.
firmado permitirá alargar esta “escola deste projecto de E-learning MIGUEL CRESPO terão acesso às aulas. Para Por seu lado, a Fundação Minerva e a
virtual” a cerca de novos 11 mil alunos na consolidação da aprendi- já, serão distribuídos 11.000 Universidade Aberta vão avaliar a qua-
das comunidades portuguesas. Especial- zagem da língua portuguesa. cartões, válidos por um ano e que podem lidade dos conteúdos e certificar o nível
mente dirigida aos luso-descendentes e O titular da pasta da Emigração ser activados até Agosto de 2007. O custo de aprendizagem dos alunos. A RTP e a
portugueses residentes no estrangeiro, a explicou que, através desta plataforma das “aulas virtuais” para os alunos não foi RDP colaborarão através da divulgação
“escola virtual” estará também acessível tecnológica, os alunos — que disporão de ainda divulgado. “regular e permanente” das “aulas virtu-
a qualquer cidadão interessado em apren- professores para esclarecer dúvidas — vão Os recursos de aprendizagem “on-line” ais”, enquanto a Caixa Geral de Depósitos
der a língua portuguesa. trabalhar num sistema de auto-apren- das disciplinas de Português e Língua “assegurará a cobertura financeira do pro-
Presente na cerimónia de assinatura dizagem, onde só lhes será permitido Portuguesa serão disponibilizados pela jecto”, orçado em cerca de 100 mil euros. ●
do protocolo de criação desta plataforma avançar de nível depois de responderem Porto Editora, a quem caberá ainda pro- R.J.C. com Lusa

S E G U N D A - F E I R A . 4 . J U L H O . 2 0 0 5 computadores .5
 virose
Microsoft reconhece nova falha no Internet Explorer
Na sequência da divulgação, por parte de uma empresa de
segurança austríaca — a SEC Consult — da existência de
mais uma falha de segurança no Internet Explorer, a Microsoft
publicou um aviso de segurança confirmando a existência da
mesma no seu “browser” e informando quer está a investigá-
la. Como a empresa ainda não conseguiu produzir um “patch”
para esta falha, sugere aos utilizadores que configurem as
zonas de segurança da Internet e da intranet local num nível
de segurança elevado antes de executarem controlos de
ActiveX.
Segundo o relatório da SEC Consult, a falha permite que
intrusos possam fazer com que o Internet Explorer feche
e execute código arbitrário. A versão afectada pela
falha é a 6.0 a correr no sistema operativo Windows
2000 com os Service Pack 1, 3
e 4, e no Windows XP com os
Service Pack 1 e 2.
Falhas afectam o
Acrobat para MacOS
A empresa de segurança
dinamarquesa Secunia divulgou
a existência de duas falhas de
segurança no Adobe Reader e no
Acrobat para o sistema operativo
MacOS, da Apple. As falhas podem
permitir a intrusos assumir o controlo de
computadores e neles correrem código por
si inoculado.
Um erro não especificado pode ser explorado
de modo a executar programas arbitrários já instalados
num computador através de documentos em formato PDF
contendo código de JavaScript e especialmente preparados
para o efeito.
Uma falha de segurança no programa de actualização faz
com que as permissões da pasta sejam alargadas a todos os
utilizadores enquanto são descarregadas as actualizações.
Estas falhas afectam as versões 7.0 e 7.0.1 para o MacOS. A
Terça, dia 5,
chegamos à
conquista
da América
computadores .6
Dia 4
OS VÍRUS DA SEMANA
WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.C;D;E, W97M/Alamat,
VBS/Aqui
Dia 5
Adobe já disponibilizou, entretanto, a versão 7.0.2, que contém VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Irvine@MM, VBS/Alphae,
correcções para ambas as falhas. W32/Winur.worm.a, W32/Winur.worm.b, W97M/
Alamat, X97M/Anis, W32/Urick@MM, W32/
Kedebe vem em falsos boletins noticiosos Supova.d.worm, W32/Supova.e.worm, W32/
Supova.f.worm, X97M/Hopper.r, W97M/Jackal.A,
Um novo “worm” distribuído através de correio electrónico, o WM/Eraser.A:Tw, WM/HELPER.F;G;H, AOS.A, VBS/
Kedebe-F, surge a coberto de falsos boletins noticiosos sobre as Count, JS/Gigger.a@MM
supostas prisões do autor do “worm” MyDoom, de Osama bin
Laden, ou a alegada morte de Michael Jackson e sobre teorias Dia 6
da conspiração em torno da morte do Papa João Paulo II. WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.C;D;E, WM/KOMPU.A,
A mensagem sobre este último tópico W97M/Alamat, VBS/Aqui
apresenta o seguinte texto: “Someone sent me
this document which is stolen from a secret Dia 7
government body and deals about John Paul’s VBS/Aqui, W97M/Alamat, WM/Alliance.A, W32/
death. It says he was killed by two ‘doctors’ who Supova.f.worm, W32/Supova.e.worm, W32/
were hired by some government bodies. The text Supova.d.worm, WM/Eraser.A:Tw, WM/ERASER.H
attached contains all the story behind his death and
who these doctors are.” Dia 8
Este “worm” tenta desactivar os WM/Eraser.A:Tw, VBS/San@M, VBS/Valentin@MM,
programas de segurança dos WM/KOMPU.A, W97M/Alamat, VBS/Aqui, W97M/
computadores infectados. Tolu
Mais falsos boletins de segurança Dia 9
da Microsoft VBS/Aqui, VBS/Alphae, VBS/Inself, W97M/Alamat,
TRASHER.D, WM/Eraser.A:Tw, Acid.A (intended),
Na passada semana surgiu mais um W97M/Jackal.A
falso boletim de segurança da
Microsoft. Trata-se de mais um Dia 10
ataque de “spam” através de correio X97M/Hopper.r, W97M/Nono.A, WM/Helper.B,
electrónico, em que as mensagens AOS.A, WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.A;B, VBS/
tentam convencer os utilizadores a Loveletter.ar, W97M/Alina.a@mm, W97M/
descarregarem um novo “patch”. A mensagem Melissa.ao@mm, W97M/Hope.p, VBS/Baracu.A@mm,
passa por conter o boletim de segurança MS05-039. VBS/Count, VBS/Godzilla@M, W97M/Alamat,
Mais uma vez a Microsoft voltou a alertar para o facto de os X97M/Anis, W32/Urick@MM, VBS/Zync, VBS/Aqui,
seus departamentos nunca enviarem mensagens de correio JS/Gigger.a@MM, VBS/IISDel.worm
electrónico aos utilizadores contendo boletins de segurança,
nem incluir nas suas mensagens ligações directas para o
descarregamento de ficheiros — só o fazendo para sítios
localizados no próprio www.microsoft.com. ● JOSÉ DOUTIL
agenda
8th International Conference Local: Le Méridien Montparnasse, Paris
on Technology Policy (França)
and Innovation E-mail: infoevents@idc.com
“Value-Added Partnering In a Changing Tel.: +39 (02) 2022-6259
World” Fax: +39 (02) 2022-6213
Data: 6-07-2005 A 8-07-2005 Organização: IDC EMEA Conference Group
Local: Lodz, Polónia
URL: in3.dem.ist.utl.pt/lodz2005/ Connected@Home
Fiber-to-the-Home
Interspeech’2005 – Eurospeech Conference&Expo
9th European Conference Data: 3-10-2005 e 5-10-2005
on Speech Communication Local: Mandalay Bay Resort and Casino
and Technology Convention Center, Las Vegas, Nevada
Data: 4-09-2005 e 8-09-2005 (EUA)
Local: Centro Cultural de Belém (CCB), Contacto: David Dern
Lisboa E-mail: dern@caba.org
E-mail: info@interspeech2005.org Tel.: +1 (613) 993-6760
Contacto em Portugal: Isabel Trancoso Organização: Continental Automated
(Inesc) Buildings Association (CABA)
Organização: International Speech E-mail: caba@caba.org
Communication Association (ISCA).
URL: http://www.interspeech2005.org/ Networkers Forum 2005
Data: 9-11-2005 a 10-11-2005
15th IDC European Forum Local: Centro Cultural de Belém, Lisboa
“IT Innovation and Business Organização: HanseCom Media &
Transformation” Communication
Data: 26-09-2005 e 27-09-2005 URL: www.hansecom.net
WWW.PUBLICO.PT
S E G U N D A - F E I R A . 4 . J U L H O . 2 0 0 5
 Xerox lança novas impressoras
e multifunções para levar a cor
a todos os escritórios
A empresa apresentou
novos equipamentos e ser-
viços que juntam a manu-
tenção e os consumíveis, e
permitem pagar de acordo
com o número de páginas
impressas.
XEROX COLOCOU no mer-
A
cado um conjunto de
novos equipamentos
destinados às empresas,
entre os quais se encon-
tram novos modelos das gamas
WorkCentre, DocuColor e Phaser. A
apresentação das impressoras serviu
também para a empresa explicitar
a sua estratégia no que se refere à
relação com os seus parceiros e aos
novos serviços — sendo um dos objec-
tivos levar a impressão a cores e todo a impressão a cores
o tipo de organizações.
A apresentação dos novos equipa-
mentos e da estratégia da Xerox teve
lugar em Sevilha há umas semanas,
onde a empresa juntou algumas cen-
tenas de pessoas num evento a que
chamou “Go for Gold”. A importância
que o uso da cor pode ter para as
empresas, os novos serviços — em
que os clientes não têm que se pre-
ocupar com a substituição de con-
sumíveis e pagam pelo
uso, ou seja, consoante ISABEL GORJÃO SANTOS*
o número de impressões
realizadas — e os novos equipamen-
tos foram os temas principais da
conferência.
Entre os modelos agora lançados
estão os CopyCentre, WorkCentre e
WorkCentre Pro 232, 238, 245, 255,
265 e 275. Destinados a pequenos
ou médios grupos de trabalho, estes
novos equipamentos permitem
imprimir entre 32 ou 75 páginas por
minuto (ppm), consoante o modelo.
A memória integrada nestes equi-
pamentos varia entre os 128 e os
640 MB. A Xerox não divulgou quais
são os processadores dos modelos
da linha CopyCentre mas os Work-
Centre e os WorkCentre Pro vêm
equipados com um processador da
Advanced Micro Devices (AMD) à
frequência de relógio de 1 GHz e um
disco rígido de 80 GB. A resolução
das impressões varia entre os 600
x 600 e os 1200 x 1200 pontos por
polegada (ppp), consoante se trate
de um WorkCentre ou WorkCentre
Pro. Este último permite digitalizar
documentos e enviá-los, por exemplo,
para um endereço de correio electró-
nico.
Pesos-pesados para
Para os escritórios onde frequente-
mente se imprimem documentos a
cores, a Xerox lançou a DocuColor
250, uma impressora e copiadora
cuja resolução é de 2400 x 2400
ppp. Através de um ecrã táctil, o
utilizador pode facilmente “nave-
gar” pelo menu e seleccionar as
funcionalidades pretendi-
das — copiar, digitalizar
ou imprimir. A veloci-
dade de
impres-
são é de
50 páginas por minuto,
a cores, ou de 65 pági-
nas em modo monocro-
mático. A DocuColor
250 é, sobretudo, indi-
cada para um volume de
trabalho mensal na
ordem das 200 mil
páginas. A memória
é de 256 MB e o disco
rígido integrado é de 80
GB.
Entre os novos modelos da Xerox
estão também as Phaser 8500 e 8550,
duas impressoras a jacto de tinta
com uma velocidade de 24 e 30 pági-
nas por minuto, respectivamente.
Estas impressoras integram um
processador a 600 MHz, destinam-se
a grupos com um volume de trabalho
na ordem das 85 mil páginas por mês
S E G U N D A - F E I R A . 4 . J U L H O . 2 0 0 5
e uma resolução que pode ser de
1200 ou 2400 ppp, dependendo
do modelo. A Phaser 8500 possui
um disco rígido de 20 GB e inte-
gra a tecnologia FinePoint, con-
cebida para apurar a qualidade
da impressão.
Quanto às Phaser 6300 e
6350, são impressoras a laser
que possuem um processador a
800 MHz e imprimem 35 páginas
por minuto em modo monocro-
mático ou 25 páginas a cores (no
caso da Phaser 6300). O volume de
trabalho indicado para estes equipa-
mentos oscila entre as 100 e as 120
mil páginas mensais, a resolução
máxima é de 2400 dpi e a memória
pode ser de 256 ou 512 MB, depen-
dendo do modelo.
Do catálogo da Xerox faz agora
parte o WorkCentre C226, equipa-
mento multifuncional com funções
de impressora, copiadora, digitaliza-
dora e fax. Ao imprimir numa única
passagem, este modelo permite obter
17 páginas por minuto a cores ou 26
a preto e branco, com uma resolução
de 600 x 600 ppp. Um processador de
400 MHz e 1 GB de memória susten-
tam as funcionalidades e
o desempenho propor-
cionados por este
novo modelo.
Também
para peque-
nos grupos
de trabalho
A com-
pletar o rol
de novidades
da Xerox, em
termos de
equipamen-
tos, está o
WorkCentre
C2424, um
multifunções para
pequenos ou médios grupos de traba-
lho que está já disponível por um preço
recomendado de 2999 euros. A sua
velocidade de impressão é de 24 pági-
nas por minuto e a memória é de 256
ou 512 MB, dependendo do modelo.
Entretanto, a Xerox apresentou
também novidades no que se refere a
“software” e lançou a versão 4 da apli-
cação baseada na Web para gestão
de documentos — a DocuShare —,
a qual facilita a criação, alteração,
aprovação e publicação de documen-
tos ao longo de todo o seu ciclo de
utilização.
Através do Xerox Alliance Par-
tner Program, a Xerox pretende
também reforçar a sua relação com
os parceiros e disponibilizar serviços
como o PagePack, através do qual
é estabelecido um contrato com
o cliente para a manutenção dos
equipamentos — o qual assenta no
pagamento por número de páginas
impressas e engloba a substituição
dos consumíveis e a manutenção
das máquinas. Actualmente, 90 por
cento do negócio da Xerox é realizado
através de parceiros, os quais são
cerca de 8 mil em todo o mundo.●
* Computadores esteve em Sevilha
a convite da Xerox Portuguesa
da.net
Anacom considera inoportuno
obrigar PT a alienar a rede de cabo…
A Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom)
considerou inoportuno obrigar neste momento à
separação da rede de cabo da Portugal Telecom (PT),
detida pela TV Cabo — isto apesar de defender que
esta será uma medida estrutural incentivadora de
investimento. Na deliberação, divulgada no passado dia
28, o órgão regulador do sector das telecomunicações
reitera que existe posição dominante do grupo PT no
fornecimento grossista de acesso à Internet em banda
larga (ver última notícia desta coluna) e considera, por
isso, que uma “medida estrutural, como a separação da
rede de distribuição por cabo, será mais incentivadora de
investimento do que a imposição de uma obrigação de
acesso”.No entanto, a Anacom “entende não ser oportuno,
nas actuais circunstâncias, avançar para essa opção”
— decisão decorrente do facto de “terem sido tomadas
medidas recentes” para incentivar a concorrência no
acesso à Internet por banda larga e das quais se aguardam
resultados. ●
… mas não exclui tal possibilidade
As empresas do grupo PT estão sujeitas a várias
obrigações, como a obrigação de acesso em vários pontos
da rede, a transparência na publicação de informações,
a não discriminação na oferta de acesso e a interligação,
controlo de preços e custos. Estas obrigações, refere a
Anacom, assim “como a melhoria que se tem registado
na oferta grossista da rede de ADSL da PT, garantem um
conjunto de condições concorrenciais mais favoráveis,
pelo que o regulador defende que não se justifica,
para já, a imposição de novas obrigações de acesso,
designadamente à rede de cabo”.A Anacom adianta, no
entanto, que “não exclui esta possibilidade, ou de outras
medidas, se o actual enquadramento não se revelar
suficiente para promover a concorrência no mercado de
acesso por banda larga”.A deliberação refere ainda que as
ofertas lançadas pelo grupo PT na rede de cabo terão de
ser acompanhadas pelo lançamen to de ofertas idênticas
na oferta grossista da rede de ADSL da PT de modo a
poderem ser replicadas pelos outros operadores. ●
PT intimada a alterar oferta
grossista de banda larga
A PT tem dez dias para introduzir as duas alterações
feitas pela Anacom na sua oferta grossista de banda
larga. A Anacom explica que as alterações introduzidas
pretendem “facilitar o processo de migração dos
clientes de banda larga entre os vários prestadores do
serviço”.“Para tornar mais fácil a mudança de clientes
entre operadores, o regulador pretende que a PT altere
a sua oferta grossista de banda larga no sentido de
desencadear o processo de migração do cliente logo
que recebe o pedido do operador para o qual o cliente
deseja migrar”. Hoje, a PT faz a migração quando recebe
o pedido de cessação do prestador do qual o utilizador
final quer migrar.“Face à perspectiva de perder o cliente,
é normal que o operador acabe por deixar arrastar o
processo”, afirma a Anacom.“A inversão de papéis que o
regulador pretende consagrar, fazendo com o processo
de migração se inicie quando o operador que vai ganhar
o cliente entrega o pedido de provisão à PT, facilitará o
processo de migração de clientes entre operadores.” Com
a alteração que a Anacom quer introduzir, a denúncia do
contrato de fornecimento do serviço deve ser entregue
pelo utilizador final ao operador para o qual quer
migrar no momento em que expressa a sua vontade de
contratar com esse prestador. ●
computadores .7
 A visão ‘tridimensional’
da Unisys
O conceito de ‘real-time infrastructure’ abrange os processos de adaptados de forma dinâmica e automá-
tica às necessidades do negócio”.
negócio, as aplicações e a infra-estrutura tecnológica das empresas A Business Continuance SafeGuard
30m permite recuperar os sistemas (nome-
ISPONIBILIZAR UMA infra-estru- 7000, desenvolvidos pela Unisys.

D
adamente as aplicações da Microsoft que
tura tecnológica que agregue Steve Rawsthorn salientou que, nele se encontram instaladas) em menos
as várias componentes do enquanto os “chief executive officers” de 30 minutos sem a deslocação física dos
negócio e se ajuste às neces- (CEO) das empresas se ocupam sobretudo administradores ao local do incidente,
sidades das empresas é um do crescimento e a flexibilidade das empre- pois tudo pode ser efectuado remotamente
dos objectivos da Unisys. É também essa sas, os “chief information officers” (CIO) e de forma menos dispendiosa.
a origem do conceito de Real-Time Infras- têm como principais preocupações a visi- Entretanto, a Unisys está também a
tructure (RTI), tema de um seminário que bilidade da informação nas mais diversas investir em infra-estruturas baseadas no
a empresa organizou, na semana passada, áreas de negócio. A optimização dos custos, sistema operativo Linux, tendo firmado
em Saint Paul de Vence, no Sul de França. o crescimento e a gestão dos riscos consti- recentemente uma parceria com a Novell,
Steve Rawsthorn (na foto), vice-presi- tuem o triângulo com que todas as empre- a empresa que se tornou conhecida pelo
dente da Unisys para a área de vendas e sas se deparam, do qual deve resultar um seu sistema operativo Netware e pelas
“marketing” na região da Europa, Médio elevado nível de colaboração entre os vários soluções para redes mas que, recente-
Oriente e África (EMEA), define o conceito intervenientes no processo de negócio. mente, intensificou a sua aposta no Linux
de RTI como uma plataforma que permite E, procurando precisar melhor o con- através da aquisição da SuSe Linux.
olhar para o negócio das ceito de RTI, Rawsthorn No início de Junho, a Unisys e a Novell
empresas de forma tridi- ISABEL GORJÃO SANTOS explicou que se trata inauguraram um centro de migração para
mensional, ou seja, como em Saint Paul de Vence de “uma visão a longo Linux em Amesterdão (Holanda) a fim de
uma moldura que agrega (FRANÇA)* prazo para uma infra- tende disponibilizar. A primeira dessas ajudar as empresas que pretendem tirar
a visão do negócio, os estrutura optimizada”, soluções foi a Business Continuance Safe- partido do Linux e de uma plataforma
processos, as aplicações usadas e a infra- conceito onde cabem preocupações como a Guard 30m, para a recuperação dos siste- baseada em “software” de código-fonte
estrutura tecnológica propriamente dita. normalização da infra-estrutura e a conti- mas em caso de desastre de forma rápida aberto. Trata-se de um centro especiali-
Assim, o RTI abrange os clientes, as nuidade do negócio. e através de um acesso remota. zado, que ajuda os clientes a migrarem
unidades de negócio e as aplicações, per- Leo Daiuto, presidente da Unisys para de soluções baseadas no sistema operativo
mite impulsionar o negócio das empresas Recuperação de sistemas a área de sistemas e tecnologias, explicou Solaris, da Sun, para plataformas com-
através de soluções orientadas e acordos O objectivo de disponibilizar soluções em comunicado que o conceito de RTI “foi postas por servidores ES700, da Unisys,
de prestação de serviços, automatizando integradas — compostas por infra-estru- evoluindo ao longo do tempo, com diferen- com processadores da Intel e a correr o
um conjunto de operações. No tocante a tura e serviços de tecnologias de informa- tes nomes e a partir de diferentes fontes, sistema operativo Novell SuSe Enterprise
tecnologias, o RTI é também um conceito ção — adaptadas ao conceito de RTI fora mas sempre baseado nos mesmos princí- Server. ●
transversal, que abrange as aplicações, as anunciado pela Unisys no passado mês de pios”. “Para os CIO e os administradores
bases de dados, os sistemas operativos e Abril. Desde então, a empresa tem vindo a de sistemas de TI, é como ter um conjunto * COMPUTADORES VIAJOU ATÉ SAINT PAUL DE VENCE
os servidores empresariais, como os ES divulgar o conceito e as soluções que pre- de recursos computacionais partilhados, A CONVITE DA UNISYS PORTUGAL

.com

Symantec compra Veritas
Os accionistas da Symantec aprovaram já a aquisição da Veritas
Software por mais de 10 milhões de dólares, o que proporcionará à
Symantec reforçar a sua oferta para as grandes empresas. A inten-
ção de comprar a Veritas fora anunciada em Dezembro e da sua
concretização resultará a quarta maior empresa só de “software”
em vendas, logo a seguir à Microsoft, à Oracle e à SAP. De início, o
negócio enfrentou algum cepticismo de diversos investidores, que
questionaram a ligação entre as áreas da segurança e do armaze-
namento. John Thompson, presidente e CEO da Symantec, deverá
manter o seu cargo na nova empresa e adiantou já que a primeira
fase de integração, que inclui os planos de desenvolvimento de
novos produtos, deverá ficar concluída em Dezembro ou Janeiro.
Este negócio surge numa altura em que a Microsoft tem vindo a
investir também na área da segurança mas Thompson recusou esta
ideia: “O negócio nada tem a ver com a Microsoft mas sim com a
estratégia da empresa”. ●
Autodesk comprou C-plan
A Autodesk concluiu a aquisição da C-plan por cerca de 18 milhões
de dólares. A C-plan é um dos principais fornecedores de sistemas
de informação geográfica na Europa Central e, ao adquiri-la, a
Autodesk reforça a sua posição enquanto fornecedora de soluções
que abarcam dados geo-referenciados para uso pela administração
local, por empresas de serviços básicos e de engenharia. Com escri-
tórios na Suíça e na Alemanha, a C-plan desenvolve, vende e instala
soluções de gestão de informação geoespacial. ●
Adobe facturou 496 milhões de dólares
A Adobe registou, no segundo trimestre fiscal de 2005, receitas na
ordem dos 496 milhões de dólares — um recorde para a empresa
e um aumento significativo face aos 410,1 milhões registados no
mesmo período de 2004 e aos 472,9 milhões no primeiro trimes-
tre do ano, e valores que representam um crescimento de 21 por
cento face ao ano anterior.“O desempenho da Adobe no segundo
trimestre traduz-se no terceiro trimestre consecutivo de recorde de
receitas, demostrando um cumprimento contínuo da nossa estraté-
gia”, declarou Bruce Chizen, CEO da empresa.“A aquisição planeada
da Macromedia aumentará ainda mais a nossa capacidade de for-
necer uma plataforma de tecnologia líder da indústria e permitirá
à Adobe oferecer uma gama mais vasta de soluções aos clientes e
indústrias em todo o mundo”, concluiu. Os resultados operacionais
da Adobe foram de 182,2 milhões de dólares no segundo trimestre
do ano fiscal de 2005, montante superior aos 141,8 milhões regista-
dos no segundo trimestre do ano fiscal de 2004, e aos 170,7 milhões
no primeiro trimestre de 2005. ●
Alcatel e Polycom em parceria
A Alcatel e a Polycom estabeleceram uma parceria estratégica
para o fornecimento de soluções de colaboração convergentes.
Juntando os sistemas de videoconferência da Polycom e os pro-
dutos para comunicações da Alcatel, a parceria pretende fornecer
às empresas soluções de colaboração integradas, abrangendo voz,
vídeo e conferências através da Web. Usando o controlo de presen-
ças, em tempo real, através do PC e do telefone, a solução conjunta
permite contactar outras pessoas e grupos de trabalho através
de mensagens instantâneas ou do telefone, convocando-os para
sessões de trabalho que podem incluir transmissão de vídeo. Os
utilizadores poderão passar de uma forma de comunicação para
outra com apenas um toque, adicionando vídeo a uma chamada
telefónica ou áudio e vídeo a uma mensagem instantânea. “Estas
soluções de comunicações têm a capacidade de alterar e melhorar
a forma como as pessoas, grupos e empresas interagem”,considerou
Bern Elliot, vice-presidente da Gartner. “A convergência da voz, da
Web, das conferências de vídeo e da colaboração representa uma
pedra angular para o fornecimento de uma solução completa,
contribuindo para uma melhor integração entre canais de comu-
nicação e processos empresariais”. ●
Tecnidata aumenta capital social
A Tecnidata, “holding” do grupo Tecnidata, aumentou o seu
capital social em 4200 mil euros, através da subscrição de
11.722.900 novas acções. Esta medida, anunciada na altura da
fusão com a All2IT, foi aprovada em assembleia geral no pas-
sado dia 29.“Nesta fase inicial, encontramo-nos particularmente
satisfeitos com a forma como a fusão tem decorrido, quer pela
perfeita integração das pessoas e soluções, quer pela excelente
aceitação que os nossos clientes e o mercado em geral têm
demonstrado sobre esta nova realidade”, disse António Maria de
Mello, presidente da Tecnidata. Fundada em 1985, a Tecnidata é
uma empresa de capitais nacionais que tem desenvolvido todo
o seu portfólio e especialização na área das TI, estando também
presente nos mercados espanhol e angolano. O grupo Tecni-
data é composto pelas empresas All2IT, Roff, Ncit, Tecnidata BC,
Tecnidata SI, Eb-Focus e Tecnisuporte, e detém participações na
Threatconn, Ad Tech, All2IT Espanha e Dinovang. ●
CBE facturou 10.211 milhões de euros
O grupo CBE, que opera na área de engenharia e construção de
infra-estruturas de telecomunicações, anunciou os resultados finan-
ceiros de 2004, tendo registado um volume de negócios de 10.211
milhões de euros mais 50 por cento face a 2003. Os resultados
líquidos cresceram 100 por cento para 281.727 euros. Carlos Bar-
roqueiro, presidente do grupo CBE, considerou que este resultado
“é fruto da estratégia de crescimento, diversificação e consolidação
traçado há já alguns anos”. O grupo CBE revelou também que, no
primeiro semestre deste ano, crescera 35 por cento face a igual
período de 2004. Nos últimos meses, o grupo investiu cerca de 3
milhões de euros na construção de uma nova sede e também já
neste ano, a CBE adquiriu a Drivetel, empresa que registou em 2004
um volume de negócios na ordem dos 500 mil euros. A CBE prevê,
para 2005, um aumento no volume de negócios na ordem de um
milhão de euros, exclusivamente por via da aquisição e integração
da Drivetel. ●
Grupo Sage adquire Logic Control
O grupo Sage, que desenvolve “software” de contabilidade e
gestão para as PME, chegou a acordo para a aquisição da Logic
Control, empresa espanhola de “software” de gestão, por cerca
de 83 milhões de euros. A aquisição deverá estar terminada
no final deste mês. A Logic Control disponibiliza soluções de
“software” de gestão para as PME, incluindo as áreas de contabi-
lidade, salários e produtos específicos para empresas de conta-
bilidade. O volume de negócios da Logic Control, no ano fiscal
que terminou a 31 de Dezembro de 2004, foi de 42 milhões de
euros e os resultados operacionais ascenderam a 5,7 milhões de
euros. A aquisição da Logic Control expande significativamente a
cobertura da Sage no mercado espanhol das PME. A Logic Con-
trol traz para o portfólio da Sage novas soluções para os clientes
do segmento médio em Espanha, complementando desta forma
a oferta de soluções para pequenas empresas da SP, a subsidiária
do Grupo Sage no mercado espanhol. ●

computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 4 . J U L H O . 2 0 0 5
 S H A R E WA R E FICHA

JaBack é mais uma solução para

as cópias de segurança regulares
A grande maioria dos utilizadores de computadores faz-se de forma bastante simples.
É só introduzir os CD-ROM onde
não tem por hábito realizar cópias de segurança dos
foram guardados os documentos
seus documentos e ficheiros — os ataques informáticos importantes e seleccionar a opção
e os problemas com vírus ou com o equipamento só restaurar. Em poucos segundos,
os documentos apagados ou dani-
acontecem aos outros. Mas só quando o azar nos bate ficados, são substituídos pelas
à porta e perdemos ficheiros importantes, é que nos cópias completas e funcionais.
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,

lembramos das tão importantes cópias de segurança, Outra possibilidade reside em o
utilizador seleccionar uma opção
os chamados ‘backups’. de restauro para outra directoria,
não substituindo documentos que
se pense que se encontram altera-
dos ou danificados. O JaBack per-
ainda não teve os utilizadores menos experientes
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
Henrique Saias, Isabel Gorjão
Santos, João Cruz, José Antunes,
José Doutil, Luís Félix, Miguel
Crespo, Nuno Bernardo, Nuno
Vieira, Paulo Almeida, Pedro

S
E O LEITOR mite que cada ficheiro ou arquivo Fonseca (pedrof@journalist.com),
o azar de perder os seus a definir as suas tarefas básicas protegido possa ser catalogado Rita Cruz, Rita Hasse Ferreira
documentos em resultado — como a definição de quais as directamente com um nome defi- Secretariado
de um problema qualquer pastas e directorias que deverão nido pelo utilizador — com a data Paula Dias
com o seu PC e quer pre- ser alvo de uma cópia de segu- dessa operação, por exemplo. Paginação
caver-se contra qualquer “azar”, rança, e qual o tipo de ficheiros O JaBack é uma daquelas apli- Ana Carvalho, Ivone Ralha,
neste artigo vai encontrar uma a arquivar. Finda esta fase, resta cações que devem estar presentes Hugo Pinto, Jorge Guimarães
aplicação que lhe permite resolver definir a periodicidade com que em qualquer computador. Para Projecto Gráfico & Designer
esta lacuna com pouco esforço. as cópias de segurança devem ser quem disponha de um gravador Luis Carlos Amaro/
O JaBack é uma aplicação efectuadas. de CD-ROM, esta é a aplicação de Gráficos à Lapa
que permite aos seus utilizadores Ao definir o horário de cada que necessita para realizar cópias
a criação de cópias de segurança tarefa, está a criar um conjunto de segurança dos seus ficheiros Computadores
dos conteúdos mais importantes de processos que serão executados mais importantes. Ao cabo de é publicado às segundas-feiras
ou da totalidade de ficheiros guar- pelo computador na sua ausência algumas utilizações, verificar que
dados no disco rígido. — por exemplo, ao o processo não custa nada: é só E-Mail
O produto, como é NUNO BERNARDO final do dia. Para tal, programar o temporizador para computadores@publico.pt
desenvolvido em lin- apenas necessita de Tel. 21-0111168
guagem Java, é compatível com os introduzir um CD, um disco Zip Fax 21-0111008
sistemas operativos Windows, da ou uma disquete no leitor selec-
Microsoft, MacOS X, da Apple ou cionado para realizar as cópias Assine Computadores
a maior parte das distribuições de de segurança. Pelas suas carac-
Linux. A gravação dos arquivos de terísticas e pelo seu baixo preço, Assine o PÚBLICO
segurança pode ser realizada em aconselha-se o uso de discos CD- à segunda-feira e receba o jornal
CD-ROM ou CD Regravável, ou RW para as cópias de segurança em sua casa ou levante-o no seu
mesmo em DVD. periódicas (nomeadamente, as Várias opções posto de venda habitual com os
Este produto da Hitek diárias e as semanais). Se o leitor de restauro suplementos Computadores e
Software está disponível na possuir já um gravador de DVD O programador de Economia.
Web para “download” — http: (cujo preço baixa de dia para dia), tarefas permite ao
//www.hiteksoftware.com/jaba/ pode também usá-lo para fazer utilizador definir E-mail: assinaturas@publico.pt
index.htm — e teste gratuitos cópias de segurança de ficheiros qualquer tipo de ope- Tel.: 808 200 095 (custo chamada
durante 30 dias. O custo de registo de grandes dimensões. ração de segurança. local)
do programa cifra-se nos 25 euros, Por outro lado, para arquivo Pode, por exemplo, Fax: 210 111 017
valor que não se pode considerar definitivo de ficheiros e documen- definir que, todos
elevado dadas as suas funcionali- tos — para guardar documentos os dias, o programa Assinatura semestral (26 exemplares):
dades. O JaBack vai já na sua sexta e removê-los do disco rígido —, deverá guardar cópias Portugal €18.20
edição, o que lhe garante alguma aconselha-se a utilização de um dos ficheiros alterados Europa €58.50
estabilidade e uma extensa lista CD-ROM. Todos os meses, pode- ao longo desse dia de Resto do Mundo €94.90
de prémios nas principais revistas se guardar o trabalho realizado trabalho. Qualquer
e sítios dedicados à análise de pro- ao longo desse período em discos tarefa pode, inclusive, Assinatura anual (52 exemplares):
dutos de “shareware”. CD-ROM, removendo do disco tornar-se num ícone Portugal €36.40
rígido documentos que não se guardado na área de Europa €117.00
Fácil de instalar usa no quotidiano. Assim, estar- trabalho do sistema Resto do Mundo €189.80
A instalação do JaBack no com- se-á a libertar espaço em disco e operativo, de modo a
putador processa-se sem grandes a criar um “arquivo morto” com ser desencadeada com um simples gravar num CD todos os ficheiros Desconto na assinatura anual
problemas e, no final deste pro- documentos importantes. A qual- clique do rato. A informação será alterados ao longo do dia e intro- para escolas e instituições de
cesso, é possível correr o programa quer momento, poder-se-á sempre depois arquivada de forma com- duzir um CD-RW no seu gravador solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
e começar logo a definir quais repor esses documentos no disco, pactada num arquivo do tipo Zip. no final de cada dia de trabalho
Tomé e Guiné. Os preços incluem
os documentos e as pastas mais bastando para tal introduzir o No caso de qualquer coisa — um processo simples e que IVA à taxa legal em vigor.
importantes a proteger. O JaBack CD respectivo no leitor e repor o correr mal com o computador, a pode evitar muitos dissabores no
inclui um assistente que auxilia ficheiro no disco. reposição de ficheiros e de arquivos futuro. ●

S E G U N D A - F E I R A . 4 . J U L H O . 2 0 0 5 computadores .9
 JOGOS

Manobras de diversão
OS FÃS DA ACÇÃO MILITAR QUE QUEIRAM PÔR EM PRÁTICA Para reforçar o realismo, tal como na vida real, basta um erro Título “SWAT 4”
OS SEUS DOTES SEM SE ALISTAREM TÊM NOS VIDEOJOGOS A
e um tiro adversário em cheio, e… missão terminada.
Como é da praxe, aqui o objectivo é o inverso de matar
Estilo Acção táctica 9
/10

FORMA MAIS SIMPLES DE EXERCITAR A SUA TÁCTICA — E, AO Plataforma PC

tudo que se mexe. Há que ser o mais discreto possível e evitar
o confronto a todo o custo. Aliás, só se pode disparar em auto- Produtor Sierra
MESMO TEMPO, DE ENTRAREM DIRECTAMENTE NO COMBATE.
defesa, nunca para atacar… Por exemplo, é fundamental Distribuidor Infocapital
E, PARA ISSO, PODEM RECORRER A ‘SWAT 4’, ‘CLOSE orquestrar uma táctica para, perante um suspeito, o colocar Edição Maio 2005
COMBAT: FIRST TO FIGHT’ OU ‘KING OF FIGHTERS EXTREME’. de forma a que, face à ordem para se render, ele não tenha
outra hipótese a não ser baixar as armas e entregar-se. Título “Close Combat: First to Fight”
Algo de interessante é o grau de incerteza quanto à Estilo Acção táctica 7
/10
‘SWAT 4’ reacção dos adversários, que tanto podem entregar-se como Plataforma PC
“SWAT”, que agora chega à sua quarta reencarnação, é um ripostar ou até detonar bombas! Além do próprio desafio das Produtor 2K Games
dos jogos mais famosos dedicados à chamada acção táctica, missões, a “inteligência” dos adversários é outro ponto posi- Distribuidor Infocapital
jogos de guerra em que o jogador é posto, na primeira pessoa, tivo do jogo. Edição Junho 2005
no calor das batalhas. Como seria natural, a SWAT tem ao seu dispor uma
Como o nome indica, o jogo baseia-se na acção das famo- grande variedade de armas — e não apenas de fogo. Explo- Título “King of Fighters Extreme”
sas forças paramilitares Special Weapons and Tactics, pondo
o jogador, com visão na primeira pessoa, a con-
sivos, como o C2 (ideal para rebentar fechaduras), gás
lacrimogéneo, vários tipos de granadas e até
Estilo Acção 7
/10
Plataforma N-Gage
trolar uma brigada especial de cinco agentes. MIGUEL CRESPO um “taser” (que imobiliza os adversários com
Baseado num grande realismo na forma de agir um choque eléctrico) podem ser escolhidos Produtor Nokia
da SWAT, o jogo não aposta tudo em grandes efeitos visuais, para equipar os membros da brigada. Antes de cada missão, Distribuidor Nokia
mas sim num rigor a toda a prova na construção das missões. há que repetir o procedimento, pois é necessário adequar a Edição Junho 2005

computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 4 . J U L H O . 2 0 0 5

táctica para cada elemento. Durante a missão, é fácil dar
instruções aos colegas, bem como ir avançando no terreno e
resolvendo as situações que surgem.
Estranhamente, não há uma história mas, sim,
inúmeras missões sem ligação entre si — o que até tem
algumas vantagens, pois permite que se encontrem os
cenários mais diversificados. Os modos multijogador são
igualmente desafiantes e variados, podendo prolongar o
prazer por muito tempo.
“SWAT 4” é muito difícil, mas não seria de esperar
outra coisa de um jogo que tenta simular a vida real… de
um agente especial.
‘Close Combat: First to Fight’
Exactamente o mesmo tipo de lógica serve de base a “Close
Combat: First to Fight” — só que, aqui, os heróis são “mari-
nes” norte-americanos. O jogo é baseado num programa de
treino real das forças armadas dos EUA e situa a acção em
Beirute, em 2006. Com visão na primeira pessoa, o jogador
tem por missão liderar um grupo de quatro “marines” a fim
de restabelecer a paz.
Os comandos são dados de forma simples, individual-
mente ou em grupo, e as acções disponíveis variam consoante
o contexto. A inteligência artificial (IA) é relativamente eficaz,
com os soldados a disporem-se de forma eficaz no terreno na
maioria das vezes, o que quer dizer que cobrem bem os ângu-
los de fogo e se abrigam o melhor possível. Pelo lado contrário,
a suposta inteligência dos adversários é tudo menos isso, com
as tendências suicidas a competirem com a apatia em busca
do título de reacção mais disparatada. Por outro lado, a falta
de diversidade dos adversários é atroz, com vários “clones” a
chegarem a surgir em simultâneo.
Para fugir ao habitual “stress” destes jogos, foram criados
alguns sistemas de amenização da dificuldades — como os
“checkpoints” a meio das missões — mas essa vantagem não
torna o jogo mais apelativo. Na vertente multijogador, há
modos de cooperação interessantes e os habituais coopera-
tivos; mas, em geral, este “First to Fight” tem demasiadas
falhas e insuficiências para sair da mediania.
‘King of Fighters Extreme’
Não encaixando nesta lógica, “King of Fighters Extreme” é
um interessante jogo de combate para levar para todo o lado.
Novo desenvolvimento de uma série de boa memória noutras
plataformas, este jogo tem gráficos surpreendentemente
definidos, comandos muito intuitivos e uma grande dose de
diversão, em especial se jogado a dois via Bluetooth.
O modo História leva o jogador a enfrentar combate
atrás de combate — até chegar ao sempre ansiado “boss”
— e o modo de Sobrevivência é similar mas só dura até o
jogador ser atirado ao tapete. Interessante é que, em vez de
apenas uma combatente, o jogador pode ter uma equipa de
três, recorrendo aos suplentes sempre que necessário.
Como cada personagem tem uma grande diversidade de
golpes, este jogo de luta apresenta uma durabilidade razoá-
vel e é uma excelente forma de descarregar adrenalina. ●
S E G U N D A - F E I R A . 4 . J U L H O . 2 0 0 5
dica
Criar comando Nova Pasta
no Explorador do Windows
Contrariamente ao que acontece nas caixas
de diálogo dos programas de Abrir, Guardar
e Guardar Como, o Explorador do Windows
não apresenta nenhum botão na barra de
ferramentas para Criar Nova Pasta. Para criar
novas pastas dentro de outras, tem que se
usar o comando Novo/Pasta no menu Ficheiro
— ou, então, o atalho Novo/Pasta no menu de
contexto (dando um clique com o botão direito
do rato dentro da janela da pasta aberta).
Pode-se acrescentar um comando Nova Pasta
ao menu de contexto de uma pasta, para
aparecer junto aos comandos Explorar e Abrir.
Para o fazer, abre-se o Explorador do Windows
e, no menu Ferramentas, abre-se as Opções
de Pastas. Na janela que se abre então, clica-se
sobre o separador Tipos de Ficheiros. Na área
“Tipos de ficheiros registados”, procura-se o
tipo “Pasta”, selecciona-se e carrega-se no botão
Avançadas, na parte de baixo da janela.
Isto faz abrir outra janela: Editar Tipo de Ficheiro
(que se pode ver na imagem). Aí, carrega-se
no botão Novo, o que faz abrir a janela Nova
Acção, que também aparece na nossa imagem.
No campo Acção, escreve-se Nova Pasta e, no
campo “Aplicação utilizada para executar a
acção”, escreve-se o seguinte: “CMD.EXE /C MD
“%1Nova Pasta”. Carrega-se em OK nas duas
primeiras janelas e em Fechar na última para
aplicar esta nova acção.
A partir daí, quando se selecciona uma pasta
dentro do Explorador do Windows e se
carrega no botão direito do rato, no menu de
contexto surge, logo em cima (a seguir aos
comandos Explorar e Abrir), o novo comando
Nova Pasta. Escolhendo este comando, abre-
se muito rapidamente uma janela da Linha de
Comandos e, a seguir, aparece, dentro da pasta
seleccionada, uma pasta chamada Nova Pasta.
Para remover este novo comando, é preciso
editar o Registo do Windows. Nunca é demais
lembrar que a edição deste obriga a grandes
cuidados, nomeadamente a fazer cópias de
segurança dele no seu todo ou, pelo menos, dos
ramos onde se pretende fazer alterações.
Em Iniciar/Executar, escreve-se “regedit”, o
que faz abrir o Editor de Registo. No painel da
esquerda procura-se a chave HKEY_CLASSES_
RootFolderShell e carrega-se no sinal + à
esquerda de Shell; selecciona-se a subchave
Nova_Pasta e manda-se apagar. Depois de
confirmar a eliminação da chave e de fechar o
Registo, o comando deixa de existir. ● JOSÉ DOUTIL
computadores .11
ANUÁRIO DA SUSTENTABILIDADE 2005

O Anuário aborda temas relacionados com o Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social Empresarial,
faz um balanço do ano de 2004 em matéria de Ambiente, com destaque para as questões dos resíduos, ruído, educa-
ção ambiental, transportes, legislação, entre outros temas.
A edição que se apresenta traduz-se numa ferramenta e num manual de apoio a todas as organizações.

Dia 5 de Julho por apenas mais 10€

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