Computadores

SEGUNDA-FEIRA 18 JULHO 2005 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

Os dez anos da
linguagem Java
Entrevista a James Gosling,
um dos seus principais
criadores na Sun
➜ pág. 3
O programa Exite,
iniciativa da IBM
Motivar as raparigas para
as carreiras técnicas da
engenharia é o objectivo
➜ pág. 7
PUB
A SIBS e a nova Creation Web ‘God of War’
segurança ‘on-line’ Studio Edition e ‘Tekken 5’
Uma solução mais forte e Um ‘shareware’ que é Dois jogos para uma acção
fiável para desenvolver alternativa mais simples grandiosa no visual e
o comércio electrónico para fazer páginas na Web envolvente no desenrolar
➜ pág. 4 ➜ pág. 9 ➜ págs.10/11

Os telemóveis de terceira geração

no pós-atentado de Londres
Os acontecimentos do passado gens captadas pelos telemóveis
ALEXANDER CHADWICK/AP

de terceira geração (3G). Apesar

dia 7 e as limitações à recolha
e publicação de imagens
pelos média projectaram um
novo jornalismo multimédia,
protagonizado pelos cidadãos.
Os telemóveis 3G forneceram a
tecnologia que suportou muita da
informação de primeira do que
acabara de suceder em Londres.
HAMARAM-LHE “o poder do ‘cidadão- tação das imagens que os média
de isso já se ter verificado, até
certo ponto, no funeral de João
Paulo II nas ou tempestades
tropicais, mostrados em cadeias
de televisão como as norte-ame-
ricanas ABC ou NBC, neste
caso o que tornou os filmes
mais procurados foi o reduzido
número de captações de imagem
e a dificuldade dos média em
obtê-las — em grande medida
porque os planos de emergência
traçados para estas eventualida-
des prevêem uma drástica limi-

C jornalista’.” Após os atentados em

Londres, no passado dia 7, não
foram os jornalistas os primeiros
a mostrar o que aconteceu — mas
dezenas de pessoas apenas com os seus tele-
móveis multimédia.
De forma diferente do “tsunami” do ano
passado, que varreu o Pacífico — em que
as pessoas tinham naturalmente câmaras
de filmar para registar as
férias —, em Londres foram PEDRO FONSECA
“dezenas de pessoas que não
eram repórteres a registar imagens notá-
veis do seu tormento e a partilharem-nas
através da televisão, dos jornais e de sítios um endereço de correio electrónico e solici-
na Web”, explicava o diário britânico “The
Guardian”.
Esta partilha marcou a primeira vez que
as televisões usaram exaustivamente ima-
podem colher e reproduzir. Ao
longo desse dia, a BBC recebeu
mais de mil imagens mas apenas
20 excertos de vídeo.
Sandy MacIntyre, director
de informação da Associated
Press Television News, instruiu
a sua equipa no sentido de pedir,
aos sobreviventes, imagens
captadas em tele-
móveis, enquanto
as televisões britâ-
nicas faziam o mesmo. Até os
investigadores policiais disponibilizaram — hoje já com câmaras com resoluções de Esta “desintegração das hierarquias dos
1,3 a 2 megapixels — e uma maior facili- média” levou a que, segundo Helen Boaden,
taram igualmente o seu envio. dade em colocar “on-line” as imagens, não a directora de informação da BBC, apenas
admira que muitos espaços pessoais na Web uma hora após as explosões a estação de
O progresso nos telemóveis tivessem mais imagens e mais cedo do que serviço público britânica já tivesse recebido
Com o progresso técnica dos telemóveis vários média tradicionais. mais de 50 imagens enviadas pelos

7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552

cidadãos. Sucedeu o mesmo nas cadeias
de televisão ITN e Sky News, bem como em
vários jornais, no Flickr (um serviço “on-line”
de armazenamento de imagens) e em inúme-
ros blogues.
Oito horas após as explosões, o sítio
Flickr já tinha mais de 300 fotografias sobre
os eventos e registava uma duplicação do seu
número normal de acessos.
O Technorati — um endereço na Web
que monitoriza a actividade de mais de 12,6
milhões de blogues — detectou um aumento
de 30 por cento na actualização destes espa-
ços “on-line” na tarde daquela quinta-feira e
9 dos 10 termos então mais pesquisados esta-
vam relacionados com as explosões.
A entrada sobre os eventos na enciclopé-
dia “on-line” Wikipedia, escrita e editada por
leitores, foi actualizada mais de 2800 vezes
no dia 8.
Provavelmente, a primeira imagem a
mostrar o interior do metropolitano e a cir-
cular “on-line” — um homem com um lenço
na cara — foi captada por Adam Stacey e
enviada para o seu amigo Alfie Dennen,
responsável do Moblog.co.uk, que a dispo-
nibilizou com autorização do autor para ser
distribuída com o seu nome incluído — tendo
sido depois registada na Picturephoning.com,
na Wikipedia, apresentada pela Sky News,
Associated Press, Ynet.co.il, BBC e impressa
no jornal diário “The Guardian”.
Mais perto que um jornalista
“Há sempre alguém mais perto da histó-
ria” do que um jornalista — sintetiza Helen
Boaden a propósito desta tendência. O pro-
blema reside na validação do que é ou não
verdadeiro, já que a Internet e as técnicas
digitais de manipulação gráfica facilitam o
aparecimento de imagens falsas, podendo
descredibilizar os meios noticiosos que as
disponibilizam ao público.
Por isso, muitos dos “sites” noticiosos
apresentavam igualmente ligações para
blogues onde se encontrava disponível o pri-
meiro filme da saída de pessoas do interior
de uma das carruagens do metropolitano — o
qual foi transmitido pela CNN após ter sido
validado como verdadeiro.
“Existia o ‘cliché’ de que os jornalistas
escrevem a primeira versão da história”,
explicava ao “New York Times” Dan Gillmor,
fundador do sítio Grassroots Media. “Hoje
penso que são estas pessoas quem escreve, de
alguma forma, a primeira versão da história
e isso constitui uma mudança importante.”
Mudança tão mais importante quanto, no
próprio dia 7, muitas pessoas só conseguiram
saber o que se passava através de blogues.
Vários sítios na Web dos média tradicionais
ingleses não suportaram o afluxo de um tão
elevado número de visitantes, como foi o caso
da BBC, da Sky News, da Reuters ou do
diário “Financial Times”.
“Calculamos que este terá sido o dia
com mais visitas da nossa história”, revelou
Aliança Digital concentra
esforços na Factura Electrónica
ÃO VÁRIAS as iniciativas alinhadas
S pela recém-constituída Aliança
Digital com o objectivo de promo-
ver a utilização da Factura Elec-
trónica. A iniciativa reúne já cerca
de 40 entidades, que mostram interesse
em promover este instrumento — conside-
rado essencial para a competitividade das
empresas.
A ideia de criar a Aliança Digital
surgiu de três fundadores: o jurista Manuel
Lopes Rocha, Alexandre Nilo da Fonseca,
com larga experiência no “marketing” de
várias empresas (como foi o caso do extinto
Submarino.com, um dos mais ambiciosos
computadores .2
Naomi Luland, porta-voz da BBC — cujo
sítio, nas horas de maior procura, disponibili-
zava 1,7 gigabytes de dados a cada segundo.
Nessa tarde, a Sky garantia ter 1,7 milhões
de visitantes únicos, o equivalente ao tráfego
mensal médio.
Saturação das redes
de telecomunicações
A meio da manhã daquela quinta-feira, as
redes de telemóveis e mesmo as do tradi-
cional telefone fixo tiveram problemas e as
operadoras de telecomunicações pediram aos
seus clientes para moderarem a utilização.
A polícia britânica escapou a este congestio-
namento pois dispõe de uma rede própria de
projectos portugueses de comércio electró-
nico) e João Rafael Nunes, editor da revista
da Unibanco. Qualquer destas pessoas têm
vindo a estar envolvidas na área das tecno-
logias de informação por diferentes razões
mas convergem no propósito de que é neces-
sário fornecer às empresas mais informação
e exemplos, através de casos de sucesso,
sobre a adopção da Factura Digital.
Manuel Lopes Rocha, advogado
especializado na área das tecnologias da
informação, lembra que foram já abolidas
legalmente as barreiras à adopção deste
modelo de factura nas empresas, através da
legislação. Anteriormente, era necessário
S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . J U L H O . 2 0 0 5
telecomunicações, pelo que não foi afectada.
A Internet sobrou, assim, como o meio
mais prático para contactar familiares ou
amigos. A empresa de filtragem de correio
electrónico MessageLabs afirma que o envio
de mensagens duplicou naquele dia na
Europa, com mais de 1 milhão de mensagens
por hora a transitarem nos seus servidores.
A empresa detectou também que, logo na
sexta-feira seguinte, começou a circular um
vírus informático disfarçado de um pequeno
vídeo das explosões, com o emissor a assi-
nar CNN. Quando activado, este “cavalo de
Tróia” procurava no computador a lista de
endereços de E-mail do utilizador, para os
quais passava a enviar “spam”. ●
obter uma autorização da parte das entida-
des fiscais para utilizar a Factura Electró-
nica. A partir da publicação da nova lei, as
empresas apenas têm de fazer uma comuni-
cação em relação a esta opção, que deixa de
ser necessária a partir do próximo ano.
Este advogado e co-fundador da Aliança
Digital deu ainda como exemplo da impor-
tância da aposta na Factura Digital o caso de
Espanha, onde esta área está contemplada
nos planos tecnológicos do Governo de Madrid
e que constitui um elemento crítico para a dis-
seminação do uso do comércio electrónico.
Alexandre Nilo Fonseca acredita que
ainda há muito pouca preparação por parte
STEPHEN HIRD/REUTERS
Terrorismo leva
a pôr em causa
a privacidade
As explosões do passado dia 7
obtiveram efeitos paralelos que
vão afectar muito mais do que os
londrinos.
Nos EUA, o sistema de transportes
entrava pouco depois em alerta
laranja mas, em Nova Iorque, as
autoridades responsáveis bloquearam
o acesso aos telemóveis em quatro
túneis do metropolitano a fim de
evitarem uma eventual activação
de bombas à distância. Os críticos
da medida expressaram o receio de
que tais medidas façam crescer o
sentimento de insegurança entre os
passageiros por não poderem efectuar
chamadas em caso de emergência.
Na Europa e também a partir de
Londres, o Governo britânico pediu de
imediato a introdução de legislação
nacional que facilite a retenção e
IVAN PEREDRUK/REUTERS
eventual posterior monitorização
de dados das conversas telefónicas,
das mensagens de SMS e de correio
electrónico. Também os dois principais
sindicatos da polícia espanhola
reclamaram a possibilidade de o
Governo autorizar a monitorização
desse tipo de comunicações.
A proposta britânica pretende que
todas as comunicações privadas
sejam registadas pelas operadoras
telefónicas e pelos fornecedores
de acesso à Internet por um prazo
entre 1 a 3 anos. Essa proposta foi
posteriormente apresentada pelo
ministro do Interior Charles Clarke
na recente reunião do Conselho
Europeu de ministros da Justiça e da
Administração Interna, na semana
passada.
A Grã-Bretanha já tentara impor esta
medida mas não obtivera o apoio
dos restantes Estados-membros da
União Europeia. Desta vez, os 25
Estados-membros anunciaram que
vão concluir a legislação sobre o
assunto até Outubro, para depois ser
aprovada. Esta não prevê o registo
dos conteúdos das mensagens
mas apenas de certos dados sobre
a sua realização (hora e local, por
exemplo).
Os membros do Parlamento Europeu
têm-se oposto à iniciativa devido
aos custos impostos aos operadores
— que teriam de passar a armazenar
quantidades fenomenais de dados por
longos períodos de tempo — e em
nome da defesa da privacidade dos
cidadãos. ● P.F.
da maioria das empresas portuguesas,
embora algumas estejam já muito avança-
das na utilização das facturas electrónicas.
Uma primeira avaliação realizada com a
Vector 21 indica que os responsáveis das
empresas desconhecem as vantagens da
Factura Electrónica e têm receio de que o
modelo não seja bem aceite por parte dos
respectivos fornecedores e clientes.
A Aliança Digital divulgou um mani-
festo para a utilização da Factura Electró-
nica, assim como um Guia que poderá servir
de apoio às empresas. Está ainda planeado
para Setembro a realização de seminário
dedicado ao tema.● F.C. / CDB
 A Sun celebra os dez
anos da linguagem Java
Aplicações para correrem
sobre todos os sistemas
operativos e em cima de
todos os microprocessado-
res — um sonho de univer-
salismo tornado realidade
pela empresa de Scott
McNealy e que hoje estão
bem visíveis em boa parte
dos telemóveis e dos com-
putadores de bolso usados
por esse mundo fora.
SUN MICROSYSTEMS tem
A
vindo a promover a celebra-
ção do décimo aniversário
da sua linguagem Java,
surgida em 1995 e de que
um dos grandes criadores foi James
Gosling (ver, ao lado, Uma Pergunta A)
e um dos grandes impulsionadores foi
Eric Schmidt, então “chief technology
officer” (CTO) da empresa — e que
depois viria a desempenhar funções
de “chief executive officer” (CEO) da
Novell, entre outras, até “desembarcar”
na Google.
A Java despertou, desde o início,
uma forte atenção entre as comunida-
des de programadores devido à leveza
do seu código e ao facto de as aplicações
com ela desenvolvidas poderem correr
em quase todas as plataformas de
“software” e arquitecturas de proces-
samento — e daí a Sun lhe chamar o
“esperanto tecnológico” da nossa era.
Como diz a própria Sun, os programas
escritos em Java não são directamente
executados pelo sistema operativo mas
no quadro daquilo que é designado por
Java Virtual Machine, um computador
virtual para Java — o que permite a
qualquer computador com uma Java
Virtual Machine instalada correr apli-
cações de Java.
É claro que tal flexibilidade e ubi-
quidade tinha um preço… e que o diga
a Corel, que meteu mãos à obra de rees-
crever em Java a sua “suite” de Office
(com o WordPerfect, etc.) e, quando
chegou ao fim, tinha um conjunto de
aplicações que corria tão lentamente
que não servia para nada.
Mas foi sobretudo nos jogos e outras
aplicações para dispositivos móveis que
a Java ganhou maior fama e popula-
ridade. E os fabricantes de telemóveis
bem como os operadores de telecomuni-
cações tentaram tirar o maior partido
deste sucesso entre os programadores,
permitindo-lhes oferecer aos seus clien-
tes modelos cada vez mais recheados
de jogos e outras aplicações de lazer
— para além daquelas que, como diz
James Gosling, fazem dos telemóveis
de hoje verdadeiros computadores.
Entretanto, a Sun foi compondo
um vasto instrumental de desenvolvi-
mento para a Java, que culminou nas
recentes edições de Java 2 em três edi-
ções: “standard”, “enterprise” e “micro”
— para além das ferramentas destina-
das ao desenvolvimento de aplicações
específicas para correrem a partir de
cartões inteligentes (ou seja, dotados
de um “chip”).
Pelo meio, neste dez anos e para
além do sucesso da Java, a Sun
também se viu a braços com dissabores,
tendo processado a Microsoft por esta
não estar a respeitar os termos do licen- 2002, na conferência JavaOne desse
ciamento da tecnologia. Com efeito, e a
pretexto de optimizar o funcionamento
das aplicações desenvolvidas em Java
a correrem sobre Windows, a Microsoft
introduziu novas especificações na
“sua” Java.
Mas os tribunais viriam a dar
razão à Sun e a Microsoft acabaria
por desistir de usar a Java e de tornar
os seus sistemas operativos e as suas
aplicações compatíveis
com esta linguagem. E, RUI JORGE CRUZ
em 2003, grandes nomes
dos computadores como a Dell e a
Hewlett-Packard (HP) — já então os
dois maiores fabricantes mundiais de
computadores pessoais e de servido-
res baseados na arquitectura da Intel
— acordaram passar a incluir no “sof-
tware” carregado nas suas máquinas a
versão oficial da Java. O compromisso
foi divulgado durante a oitava edição
da conferência JavaOne 2003, em San
Francisco, na Califórnia (EUA).
Nesta conferência, realizada num
momento decisivo para a afirmação da
Java tal como fora concebida pela Sun,
Scott McNealy, fundador, presidente e
CEO da empresa, afirmou que esta lin-
guagem era já, nessa altura, a “norma
de ouro” para a compatibilidade entre
os centros de dados e os dispositivos
móveis digitais — telemóveis, compu-
tadores de bolso, organizadores pesso-
ais, etc.
Nessa alocução de McNealy, tão
importante quanto o enaltecimento
das virtudes da Java foram ao ataques
à plataforma de desenvolvimento .Net,
da Microsoft — num certo sentido, a
S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . J U L H O . 2 0 0 5
grande concorrente da Java. Já em
ano, o CEO da Sun dissera da plata-
forma .Net que ela era um “do not”,
afirmando que a linguagem Java aca-
baria por ganhar a batalha com a .Net
graças à sua capacidade de funcionar
nos mais diversos sistemas operativos.
O acordo com a Dell e a HP cele-
brado em 2003 constituiu um impor-
tante impulso para a Java da Sun, pois,
até então, a maioria dos fabricantes
de computadores inclu-
íam nos seus produtos
a “versão” de Java da
Microsoft —a tal Java acrescida de
extensões destinadas a que as aplica-
ções tivessem um melhor rendimento
quando a correrem sobre Windows.
Esta ofensiva da Sun contra a
alegada “traição” da Microsoft aos
princípios básicos da Java prolongou-
se durante anos e levou a empresa de
Bill Gates a abandonar por completo
o suporte desta linguagem nos seus
sistemas operativos e nas suas apli-
cações, sob pena de ter que arrastar
pelos tribunais norte-americanos uma
infindável batalha judicial.
Apesar desta desistência da Micro-
soft, a Sun Microsystems não deixou de
instaurar contra ela um novo processo
judicial, na sequência da qual um juiz
de Maryland decidiu, em Dezembro
de 2002, intimar a Microsoft a voltar
a incluir o suporte à Java original
nos seus Windows. A Microsoft, natu-
ralmente, recorreu desta decisão, os
recursos e contra-recursos sucederam-
se mas a empresa de Bill Gates acabou
por, recentemente, pagar uma indem-
nização à Sun. ●
uma pergunta a
James Gosling
Vice-presidente, investigador e
“chief technology officer” (CTO)
da Sun Microsystems
Na sua condição de um dos principais
criadores da linguagem Java, que balanço faz
desta tecnologia ao cabo de dez anos do seu
lançamento no mercado? Em particular, como vê
a Java no contexto actual das telecomunicações
móveis: acha que a terceira geração (3G ou
o UMTS, como se quiser) é indispensável ao
progresso dos novos serviços ou que o GPRS
(um desenvolvimento do 3G) ainda tem muito
potencial para esse progresso?
A Java hoje
A
Java ocupa hoje uma posição bem desta-
cada no que respeita ao desenvolvimento
em larga escala de aplicações para as
infra-estruturas nucleares dos sistema de
informação que sustentam os “Web servi-
ces” bem como uma série de outras aplicações usadas
nos dispositivos que se encontram nos limites da rede
— como os telemóveis, por exemplo. Ao princípio, foram
sobretudo os programadores de jogos e de outras aplica-
ções dirigidas ao lazer que deram maior atenção à Java.
Hoje é diferente: já há desenvolvimento de aplicações
em Java para os utilizadores que investem e transaccio-
nam nas bolsas, para soluções de E-learning, de serviços
“on-line” na administração pública, etc.
Por exemplo, foi recentemente lançado no Brasil um grande
projecto público destinado ao sistema nacional de saúde
onde a Java contribuiu para o desenvolvimento de com-
ponentes-chave do sistema de informação. Este conta com
uma base de dados interactiva onde são guardados todos
os dados relativos a cada doente, a qual pode ser acedida
através dos mais variados tipos de dispositivos, sejam eles
computadores, telemóveis, etc. A primeira fase de concre-
tização já foi concluída e está em curso a segunda fase, no
Estado de S. Paulo. Mas a experiência já permite perceber
que os ganhos de eficiência são enormes: os dados dos
doentes e os resultados dos seus exames não se perdem
nem são trocados com os de outros, o impacto na prescrição
de medicamentos é enorme, nomeadamente no domínio
do combate à fraude neste campo. E também o Centro
Nacional para o Controlo das Doenças está a tirar partido
deste novo sistema: o médico deixou de escrever para uma
ficha em papel; agora escreve para um formulário informá-
tico e os novos dados são imediatamente centralizados
numa base de dados centralizada, permitindo às autorida-
des sanitárias ter uma visão mais exacta e em tempo real da
evolução das doenças na região.
Aliás, é muito curioso mas os telemóveis estão a tornar-se
nos computadores dos dias de hoje, da era da mobilidade. E
estamos apenas no início desta era, a qual nos trará aparelhos
mais inteligentes, também capazes de um uso mais inteli-
gente da rede, com recursos de diagnóstico remoto e capazes
de actualizarem automaticamente o seu “software” — e que,
ao mesmo tempo, aplicados aos novos automóveis e graças
à combinação com sistemas de geo-referenciação (como o
GPS), permitirão às pessoas meter gasolina ou estacionar os
seus carros com maior facilidade (e também encontrarem-
nos depois, quando quiserem ir-se embora…).
Quanto à questão do GPRS e do UMTS, creio que o GPRS
ainda proporciona uma largura de banda e débitos
suficientes para o desenvolvimento dos novos serviços
nesta fase — e até devido à vantagem de os operadores
de telecomunicações tenderem a cobrar preços bastante
menos elevados pelo uso das suas redes de GPRS que
pelo uso das suas redes de 3G…
Mas as aplicações da Java não se limitam aos computa-
dores, aos telemóveis ou aos automóveis futuristas! Há
já hoje desenvolvimentos muito interessantes na sua
utilização para a aviação moderna, cuja componente
de “software” é cada vez mais maior à medida que esta
indústria evolui dos sistemas electromecânicos para as
plataformas digitais. E a Java está já ser ensaiada em solu-
ções muitíssimo sofisticadas também nesta área, embora
ainda em projectos a nível de protótipo. ●
DEPOIMENTO COLHIDO POR RUI JORGE CRUZ
computadores .3
 da.net
Criar uma empresa só através
da Internet já em 2006…
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou na passada
quinta-feira em Coimbra que, em 2006, será lançado
o serviço que permitirá constituir empresas por via
electrónica, através da Internet.“É um passo muito
significativo de incentivo ao dinamismo empresarial”,
afirmou José Sócrates, ao anunciar que este novo serviço
será criado no primeiro semestre do próximo ano. O
primeiro-ministro presidia nesse dia ao lançamento da
iniciativa “Empresa na Hora”,na Conservatória do Registo
Comercial de Coimbra, cujo objectivo é criar empresas
de forma mais rápida — no próprio dia — e mais barata,
promover o investimento em Portugal, simplificando
procedimentos porque tudo é tratado num único balcão.
“É uma mudança simbólica: a administração pública
está preparada para mudar e ser aliada do crescimento
económico. Estamos a dar um bom sinal ao mundo
empresarial, de estímulo à iniciativa e ao espírito
empreendedor e ao mundo dos negócios”, sublinhou
José Sócrates, para quem, com a criação deste serviço,
“Portugal passa para a dianteira relativamente à
constituição de empresas”.“É um dia histórico para
os que sempre acharam que era necessário menos
burocracia e simplificar os procedimentos, e para os
que achavam que era preciso transformar a administração
pública”,afirmou José Sócrates. ●
… e num só dia em vez de 25 dias
A partir de agora, o processo Empresa na Hora está
disponível nas Conservatórias do Registo Comercial
de Coimbra, Aveiro, Moita e Barreiro e nos Centros de
Formalidades das Empresas de Aveiro e de Coimbra.“Vai
funcionar em regime experimental e, progressivamente,
será alargado a todo o país”,adiantou o primeiro-ministro,
que assistiu ainda à criação da primeira “empresa na hora”
constituída em Portugal — a qual fornecerá, no seu portal
na Internet (www.tera.pt), uma plataforma onde é possível
procurar produtos e serviços informáticos, de “forma
simples, cómoda, rápida e ao melhor preço”.De acordo com
estimativas da Secretaria de Estado da Justiça, o tempo
normal para criação de uma empresa em Portugal é de 25
dias (ou cerca de metade quando o processo é urgente).
A iniciativa Empresa na Hora é um projecto concertado
da Presidência do Conselho de Ministros e dos ministérios
das Finanças, da Justiça, da Economia e Inovação e do
Trabalho e Solidariedade Social.“Felicito a administração
pública e todos os funcionários envolvidos na concepção
deste serviço, desenvolvido num curto período de tempo”,
salientou ainda José Sócrates. ●
Inauguração da Biblioteca
Interactiva em Guimarães
Realizou-se, na manhã da passada sexta-feira, dia 15 de
Julho, a inauguração da Biblioteca Interactiva — ou B-in
— no Campus de Azurém da Universidade do Minho. Este
espaço, que ficará integrado na Biblioteca da Universidade
do Minho em Guimarães, foi concebido para constituir
um local dedicado à interactividade, à leitura informal de
jornais e revistas, ao estudo em grupo e às consultas na
Internet. Para tal, esta Biblioteca Interactiva dispõe de um
espaço equipado com quatro computadores mas, para
além disso, conta com uma rede sem fios (baseada na
tecnologia Wi-Fi) a fim de que estudantes e professores
possam usar os seus computadores portáteis para nele
acederem à Web enquanto estudam ou trabalham.
Pretenderam os promotores da Biblioteca Interactiva
que este local funcione também como interface entre a
biblioteca, a universidade e a própria cidade de Guimarães
através da realização de iniciativas diversas, tais como
exposições, debates e apresentações de livros, entre
outras. Para assinalar a abertura da B-in e em colaboração
com a Casa de Sarmento, abriu ao público no mesmo
dia a exposição “Tesouros de Sarmento”, vista como “uma
oportunidade única para apreciar algum do importante
computadores .4
SIBS reforça plataforma de
segurança no ‘homebanking’
Deverá arrancar em
Outubro um projecto-
piloto para os sistemas
de ‘homebanking’ base-
ado numa plataforma
de autenticação mais
robusta. O sistema está a
ser estudado pela SIBS e
pela banca portuguesa.
RANCISCO VELEZ ROXO, admi-
F
nistrador executivo da
Sociedade InterBancária
de Serviços (SIBS), pensa
que esta nova plataforma
permitirá ultrapassar os crescentes
problemas de segurança dos bancos,
dando um salto em frente em termos
de autenticação dos utilizadores face
aos sistemas de banca “on-line”. O
administrador da entidade que gere o
sistema Multibanco falava durante a
apresentação da Aliança Digital (ver
notícia na pág. 2), confessando acredi-
tar que o principal desafio dos próximos
anos é a segurança dos dados — uma
questão crucial para as empresas, para
o Estado e para os cidadãos.
Sem querer avançar grandes
pormenores, Francisco Velez Roxo
admitiu que o projecto deverá ser
apresentado publicamente em Setem-
bro, já que o modelo ainda está a ser
estudado com os bancos que partici-
pam na comissão de análise. Para já,
está garantido que a plataforma se
baseia nos princípios da “autentica-
ção forte”, assente na norma inter- quaisquer danos causados aos res- algumas transacções em “sites”
nacional EMV-CAP, que congrega pectivos clientes. da administração pública, avança
as empresas Visa e MasterCard. Para além dos sistemas de ainda Francisco Velez Roxo. O
Esta norma deverá ser “homebanking”, a administrador executivo da SIBS
adoptada na Europa e FÁTIMA CAÇADOR nova plataforma de afirma que o projecto já foi apresen-
é baseada na utilização / Casa dos Bits autenticação forte tado a entidades governamentais e
de um cartão dotado de poderá ainda ser utili- que esta é uma possibilidade de tirar
um “chip”, a partir do qual é utili- zada noutros serviços que exijam a ainda mais vantagens da plataforma
zado um sistema criptográfico para identificação do utilizador — como e do investimento previsto. ●
identificação do utilizador em redes
de máquinas ou terminais de Mul-
tibanco — as chamadas “automatic Cerca de 4 mil jovens já participaram no Exite
teller machines” (ATM).
Desde que foi criado, em 1999, o cada país. Em Manila (Filipinas), por
Soluções extensíveis programa Exite já proporcionou exemplo, as raparigas aprenderam
à administração pública uma semana dedicada à ciência e técnicas de agricultura inovadoras
A solução de autenticação forte será às tecnologias a 4 mil raparigas de com recurso às mais recentes
alargada à utilização do “home- todo o mundo. Neste ano, foram tecnologias de computação. Já no Rio
banking”, substituindo o actual organizados 48 campos — 17 nos de Janeiro (Brasil), a acção do Exite
sistema de “autenticação fraca”, base- EUA, 14 na Ásia, 8 na América Latina, realizar-se-á no Instituto Nacional
ado num “login” e numa “password”, 7 na Europa (um dos quais foi para a Educação de Surdos, onde será
por vezes conjugado com o uso de um Lisboa) e dois no Canadá. Ao todo, a ensinado como as tecnologias podem
outro cartão de identificação. organização desta iniciativa envolverá ser aplicadas na prevenção da surdez
Francisco Velez Roxo admite que a mobilização de 2 mil voluntários da e facilitar a comunicação entre as
IBM, dos quais 70 em Portugal. pessoas surdas e os seus familiares e
a introdução deste sistema em Portu-
O facto de a IBM Portugal ter amigos.
gal deverá conjugar-se com alguma
procurado organizar esta iniciativa O maremoto que varreu, entre
inovação no sistema bancário, já que em Lisboa resulta, entre outros outras, grandes áreas litorais do
são poucos os casos de utilização de
factores, do facto de o número de Sudeste Asiático em Dezembro de
autenticação forte em serviços de raparigas que optam por áreas 2004 é o tema do Exite realizado
“homebanking” na Europa. O modelo técnicas ser ainda bastante inferior em Banguecoque (Tailândia), onde
adoptado na Finlândia foi referido ao dos rapazes. De acordo com uma equipa da IBM especializada
pelo administrador da SIBS como dados de 2001, divulgados pelo na resposta a situações de crise — o
um dos exemplos a seguir. Ministério de Educação (a que então Crisis Response Team — explicará
O responsável da SIBS subli- estava ainda agregado o ensino como as tecnologias podem ajudar
nha que esta iniciativa constitui superior), o número de raparigas as entidades que prestam auxílio
um movimento de antecipação face a estudar engenharia e sistemas em casos de desastre e as que se
ao número crescente de ataques à de informação não ultrapassava os dedicam às tarefas de reconstrução.
segurança dos sistemas bancários 10 por cento nas universidades do A construção civil e a investigação
“on-line” — traduzidos, nos últimos Minho e de Aveiro, na Universidade ambiental são, por sua vez, os
tempos, em ataques de “phishing” Técnica de Lisboa e na Universidade temas escolhidos para o programa
que já afectaram grandes bancos, Técnica do Porto. proposto pelo Exite às jovens de San
como a Caixa Geral de Depósitos As acções do programa Exite são José, no Silicon Valley (Califórnia,
(CGD) e o Millennium BCP, sem organizadas de forma diferente em EUA). ● I.G.S.
que, no entanto, sejam conhecidos
S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . J U L H O . 2 0 0 5
Junta da Extremadura e Universidade
de Évora estreitam cooperação…
A Junta da Extremadura espanhola e a Universidade de
Évora (UE) assinaram na passada quinta-feira, nesta cidade
alentejana, um protocolo de cooperação no âmbito das
tecnologias de informação e comunicação (TIC) ao longo
de três anos. O acordo prevê a disponibilização, pela Junta
da Extremadura, de uma versão em português do LinEx,
uma versão localizada do sistema operativo Linux. O
protocolo pretende reforçar a cooperação entre a Junta da
Extremadura e a UE na partilha e difusão do conhecimento
no contexto da sociedade da informação — a qual vem já
desde 2004, quando a UE convidou a Junta da Extremadura
a participar num Encontro para Produtores e Utilizadores
de Software Livre. Está hoje em estudo a apresentação de
um projecto conjunto entre a Extremadura e o Alentejo
no âmbito do programa Interreg para a Sociedade de
Informação. O LinEx é um sistema operativo de uso isento
de licenciamento, que foi desenvolvido pela Junta da
Extremadura a partir de uma distribuição de Linux a fim de
reduzir os custos em licenças de “software” de um projecto
de introdução de computadores em todas as unidades do
sistema educativo extremenho. ●

… que visa também produzir

um Linux para as PME
O LinEx foi apresentado em 2002 e seria, mais tarde,
considerado o melhor projecto regional de Sociedade
de Informação na Europa — o que valeu à Junta da
Extremadura, em 2004, o Prémio Europeu de Inovação
Regional, atribuído pela Comissão Europeia a iniciativas
que contribuam para o desenvolvimento de uma estratégia
de e-Europe. Segundo Paulo Quaresma, presidente do
Departamento de Informática da UE,“este protocolo marca
o início de uma colaboração na área do ‘software’ livre,
permitindo à UE fazer a distribuição de um ‘software’ livre
nacional, denominado Alinex, junto das pequenas e médias
empresas”. E acrescentou este docente:“O acordo potencia
igualmente a candidatura que fizemos junto da Agência
de Inovação para a criação de um centro de excelência
em ‘software’ livre na Universidade de Évora, para o qual já
contamos com a parceria da Agência de Desenvolvimento
Regional do Alentejo (Adral) e com o interesse da Junta da
Extremadura em associar-se ao projecto”. ●

Ver e imprimir imagens de cheques

já possível no portal do BCP
O Millennium BCP fez saber que o seu portal de “Internet
banking” passou a dispor de “um serviço pioneiro e inovador”
que permite visualizar e imprimir imagens dos cheques
depositados. A imagem de cada cheque fica disponível
no portal Millenniumbcp.pt no prazo de quatro dias após
ter sido creditado. A nova funcionalidade permite ainda
a visualização e a impressão de cheques emitidos, para
além dos cheques depositados, proporcionando um maior
controlo de tesouraria aos clientes do banco, sejam eles
particulares ou empresas. De acordo com o comunicado
do Millennium BCP, a adesão dos clientes à consulta dos
cheques registou um crescimento de 17 por cento nos cinco
primeiros meses deste ano, tendo totalizado cerca de 400 mil
consultas. Entre Janeiro e Maio de 2005, foram efectuadas
mais de 11 mil visualizações por mês, num total de 60 mil, a
cheques emitidos e depositados. ●

S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . J U L H O . 2 0 0 5 computadores .5
 virose

OS VÍRUS DA SEMANA
Dia 18
WM/Eraser.A:Tw, VBS/SWVK.ow.gen,
‘Patches’ de segurança da Microsoft apontados como importantes W97M/Yous, W97M/Chameleon.a, W97M/
Alamat, W97M/Trugbar.a, W97M/Akuma,
Integrados na política de divulgação mensal de boletins de de tipos de letras. A falha afecta os Word 2000 e 2002, os Office W97M/Cobra.a1
segurança, a Microsoft disponibilizou, na terça-feira da semana que 2000 SP3 e XP SP3, e ainda as Works Suite 2000 até 2004. Esta
passou, três “patches” para falhas de segurança — classificados pela falha pode permitir a atacantes assumirem o controlo remoto de Dia 19
empresa como críticas, o nível de maior perigosidade. A grande computadores, instalar programas, ver, alterar ou apagar dados, ou W97M/Cobra.a1, W97M/Nebo, W97M/
novidade deste mês é que a própria Microsoft admite que, para criar contas de utilizador com direitos de administrador. Alamat, Tribute.A;B, W95/Firkin.worm,
duas das falhas já existe, a circular na Net, código que permite W97M/Yous, WM/Eraser.A:Tw, W97M/
explorá-las, dando a empresa especial relevo à necessidade de Nova falha de segurança no Windows XP Assilem.H
instalar os “patches” respectivos.
A falha mais importante é relativa ao Internet Explorer, residindo Entretanto, a empresa dinamarquesa de “software” de Dia 20
o problema na forma como o programa lida com o objecto JVIEW segurança Secunia divulgou a descoberta de JS/Gigger.a@MM, WM/Eraser.A:Tw, Gurre.A,
Profiler COM (javaprxy.dll), uma interface para a Microsoft Java mais uma falha a afectar o Windows XP Service AOS.A, X97M/Hopper.r, W97M/Mck.e,
Virtual Machine. Utilizando sítios na Web especialmente preparados Pack 2 (Home Edition e Professional). A Secunia W97M/Yous, VBS/Count, W97M/Erab,
para o efeito, eventuais atacantes podem explorar classificou a falha com moderadamente crítica por W97M/Bablas.aj, VBS/Baracu.A@mm,
esta falha para corromper a memória poder ser explorada remotamente. VBS/Loveletter.ar, WM/MDMA.C;D;H,
nos computadores vulneráveis, Esta falha, do tipo “denial of service” W32/Urick@MM, W97M/Alamat, X97M/
podendo depois executar código (DoS), é devida a um erro não Anis, VBS/Gaggle@MM, VBS/Zync, W97M/
mal-intencionado nessas mesmas especificado no “kernel” do Windows Cobra.a1
máquinas. e pode levar à desactivação de um
A outra falha mais importante, para computador. Segundo parece, a Microsoft Dia 21
a qual já há código a circular na Net, já está a trabalhar na sua solução, devendo W97M/Cobra.a1, W97M/Opey.bg, W97M/
encontra-se no módulo de gestão de disponibilizar um “patch” em Agosto. Alamat, WM/MDMA.C;D;H, W97M/Yous
cor do Windows — estando o problema Entretanto, a Secunia sugere aos utilizadores
na maneira como aquele módulo valida o que restrinjam o tráfico de entrada nos Dia 22
formato dos perfis de cor ICC (International computadores afectados de modo a W97M/Yous, WM/MDMA.C;D;H, W97M/
Color Consortium). Neste caso, os atacantes minimizar o risco. Alamat, VBS/Alphae, W97M/Cobra.a1
podem explorar a falha construindo um ficheiro
de imagem mal-intencionado, que poderia permitir Falhas colmatadas em programas Dia 23
a execução remota de código num computador da Mozilla Foundation W97M/Cobra.a1, W97M/Azrael, W97M/
se o utilizador visitasse um sítio na Web ou abrisse Alamat, TRASHER.D, WM/MDMA.C;D;H,
uma mensagem de correio electrónico especialmente Também na terça-feira passada, a Mozilla Foundation WM/NOMVIR.A;B, VBS/San@M, VBS/
preparadas para o efeito. disponibilizou actualizações para vários dos seus programas. Valentin@MM, W97M/Bablas.aj, WM/
Um intruso poderia assumir o controlo completo de um O Firefox 1.0.5 resolve uma dúzia de falhas, algumas das Niknat.A, W97M/Melissa.o@mm, WM/
computador se explorasse esta falha — a qual afecta as versões quais de elevado risco, que permitem a intrusos assumirem o ANGUS.A, WM/ANGUS.A
Windows 2000 SP4, Windows XP SP1 e SP2, Windows XP controlo remoto de computadores ou apropriarem-se de dados
Professional x64 Edition, Windows Server 2003 e SP1, Windows importantes. Dia 24
Server 2003 x64 Edition, Windows 98 original e Second Edition, e O programa-cliente de correio electrónico Thunderbird também foi WM/ANGUS.A, W97M/Bablas.aj, WM/
ainda o Windows ME. actualizado, pois partilha código com o Firefox — sendo, portanto, MDMA.C;D;H, W97M/Alamat, WM/
O terceiro boletim de segurança é relativo a uma falha crítica vulnerável ao mesmo tipo de falhas deste. Brevemente deverá CONCEPT.L;M, W97M/Cobra.a1, W32/
na maneira como certos programas interpretam os ficheiros ainda sair uma actualização da Mozilla Suite. ● JOSÉ DOUTIL Winur.worm.a, W32/Winur.worm.b

Terça, dia 19,

chegamos à
Revolução
Francesa

computadores .6 S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . J U L H O . 2 0 0 5
 A IBM à procura
das futuras engenheiras
O Programa Exite, com
iniciativas em 48 cida-
des de todo o mundo,
procura mostrar a rapa-
rigas dos 11 aos 13 anos
como a engenharia e as
tecnologias podem ser
aliciantes. E, neste ano,
Lisboa foi uma dessa
cidades
UNCA TINHAM pensado
N
em construir um robô
ou uma página na
Internet. Mas, quando
ouviram falar no pro-
grama Exite, promovido pela IBM,
acharam interessante passar uma
semana a experimentar as ciências
e as tecnologias. Para 30 raparigas
entre os 11 e os 13 anos, a semana
passada já não foi de aulas, mas
terá sido daquelas em que mais
aprenderam.
O programa Exite (uma espécie
de sigla para a expressão Exploring
Interests in Technology and Engi-
neering) foi lançado pela IBM em
1999 com o objectivo de motivar
as raparigas para a engenharia e
as novas tecnologias — áreas que
são sobretudo escolhidas pelos
rapazes. Neste ano, o programa
realiza acções em 48 cidades de todo anos e é filha de Rosário Duque,
o mundo, envolvendo cerca de 1500
jovens e foi a primeira vez que a
IBM Portugal nele participou.
Durante cinco dias, juntou 30
raparigas nas suas instalações e
propôs-lhes um programa didáctico
e divertido, que as
levou a construir um ISABEL GORJÃO SANTOS
robô com peças de
Lego, a visitar o Pavilhão do Conhe- amigos através da Internet, onde
cimento, no Parque das Nações (em
Lisboa) ou a organizar na Internet
uma festa de aniversário. Isto a par
dos testemunhos dos mais velhos,
que procuraram explicar-lhes que a
engenharia não é um “bicho de sete
cabeças” nem uma coisa só para
rapazes (ver caixa).
Cerca de 4 mil jovens já participaram no Exite
Desde que foi criado, em 1999, o
programa Exite já proporcionou
uma semana dedicada à ciência e
às tecnologias a 4 mil raparigas de
todo o mundo. Neste ano, foram
organizados 48 campos — 17
nos EUA, 14 na Ásia, 8 na América
Latina, 7 na Europa (um dos quais
foi Lisboa) e dois no Canadá. Ao
todo, a organização desta iniciativa
envolverá a mobilização de 2 mil
voluntários da IBM, dos quais 70 em
Portugal.
O facto de a IBM Portugal ter
procurado organizar esta iniciativa
em Lisboa resulta, entre outros
factores, do facto de o número de
raparigas que optam por áreas
técnicas ser ainda bastante inferior
ao dos rapazes. De acordo com
dados de 2001, divulgados pelo
30 jovens portuguesas
O grupo de jovens portuguesas
que participou no programa foi
composto por 15 alunas da Escola
Secundária D. Dinis, em Lisboa,
e da Escola Básica 2+3 Gaspar
Correia, em Loures, e ainda por
15 filhas de empregados da IBM.
Para além de terem participado
na semana de actividades que
compõe o programa, estas jovens
serão acompanhadas, ao longo do
próximo ano lectivo, por 30 funcio-
nárias da IBM, que irão esclarecer
dúvidas e dar sugestões para que
possam aprofundar os conhecimen-
tos que agora adquiriram.
No primeiro dia do Exite, a
azáfama era grande, tal como o
entusiasmo. Divididas em grupos
de três, as participantes apresen-
taram-se e formaram equipas. As
“Messengers”, talvez mais voltadas
para as conversas na Internet, as
“Girls Power” — determinadas a
vencer o desafio — ou as “Exite
Winners”, que já dariam o assunto
por resolvido, foram algumas das
equipas criadas. Como elas, outras
sete se formaram, com rostos mais
tímidos ou mais extrovertidos. E
não foram necessárias grandes
apresentações para descobrirem
que tinham em comum o facto de
serem, quase todas, fãs dos grupos
musicais Black Eyes Peas e D’zrt.
Madalena Santos tem 12
engenheira de sistemas na IBM
Portugal. Frequenta o 6º ano de
escolaridade na Escola Eugénio dos
Santos, em Lisboa, e confessa ser
utilizadora frequente do computa-
dor. Como grande parte das pessoas
da sua idade, gosta
de videojogos e de
conversar com os
passa, em média, cerca de meia
hora por dia.
Quando se lhe pergunta se
alguma vez pensou ser engenheira,
sorri e acena com a cabeça a dizer
que não. Mas a resposta à tradi-
cional questão “O que queres ser?”
está na ponta da língua e também
Ministério de Educação (a que então
estava ainda agregado o ensino
superior), o número de raparigas
a estudar engenharia e sistemas
de informação não ultrapassava os
10 por cento nas universidades do
Minho e de Aveiro, na Universidade
Técnica de Lisboa e na Universidade
Técnica do Porto.
As acções do programa Exite são
organizadas de forma diferente em
cada país. Em Manila (Filipinas), por
exemplo, as raparigas aprenderam
técnicas de agricultura inovadoras
com recurso às mais recentes
tecnologias de computação. Já
no Rio de Janeiro (Brasil), a acção
do Exite realizar-se-á no Instituto
Nacional para a Educação de
Surdos, onde será ensinado como
as tecnologias podem ser aplicadas
S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . J U L H O . 2 0 0 5
apesar de as suas notas
Caroline Garcia
nesta disciplina não
serem más.
Carolina Garcia
frequenta a Escola
Básica 2+3 Gaspar
Correia, em Loures,
e tem também 12
anos. No Exite Camp,
esperava aprender
“a mexer melhor nos
computadores e a
construir robôs”.
Tendo computador
em casa, Carolina
confessou que passa
muitas horas na
Madalena Santos
Internet e que até
já tem uma página
na Web, que cons-
truiu no âmbito de
um programa de
ocupação de tempos
livres, à parte das
aulas.
O que Carolina
Garcia quer escolher
Marisa Almeida
como profissão ainda
não está decidido:
dentista, médica e
jornalista são as três
hipóteses em que
pensa. “Também pode
ser engenheira”, dizia,
admitindo que uma
iniciativa como a da
IBM poderia ajudá-la a
decidir-se. Foi um pro-
fessor que a desafiou a
passa pelas ciências: bióloga mari- participar no Exite: “Sabia
nha, para juntar duas coisas de que que era uma coisa relacionada com
gosta, “os animais e o mar”. computadores mas mais nada”.
Como já estava de férias, achou
Divertir-se aprendendo que seria uma boa forma de ocupar
A ideia de participar no Exite foi-lhe o tempo.
apresentada pela mãe e acolhida
com muito interesse: “Achei que Promover as carreiras técnicas
seria divertido e espero aprender Aluna da Escola Secundária de D.
muitas coisas sobre informática”, Dinis, em Lisboa, Marisa Almeida
disse, no dia em que começou a sua foi outra das participantes no pro-
semana de “engenheira”. Madalena grama. Interrogada sobre o que
Santos dizia então esperar divertir- sabia de informática, escondeu um
se com os vários jogos propostos e riso envergonhado e respondeu:
o trabalho com computadores. A “pouca coisa”. No entanto, também
Matemática é uma disciplina de tem computador em casa e costuma
que não gosta muito, confessava, “navegar” na Internet, sobretudo
para conversar com as amigas e
as primas. “Sou boa aluna a Mate-
mática e a Ciências”, diz; aliás, a
Matemática é uma das áreas em
na prevenção da surdez e facilitar que pretende estudar, embora con-
a comunicação entre as pessoas sidere que o programa Exite poderá
surdas e os seus familiares e amigos. ser importante para se decidir.
O maremoto que varreu, entre “Com o Exite, procura-se pro-
outras, grandes áreas litorais do porcionar às jovens um olhar mais
Sudeste Asiático em Dezembro de profundo sobre as tecnologias, as
2004 é o tema do Exite realizado ciências e a engenharia através
em Banguecoque (Tailândia), onde de actividades lúdicas e práticas,
uma equipa da IBM especializada criando um entusiasmo que as leve
na resposta a situações de crise — o a ponderar e a optar, no futuro, por
Crisis Response Team — explicará uma carreira técnica” — explica
como as tecnologias podem ajudar José Joaquim de Oliveira, presi-
as entidades que prestam auxílio dente e administrador-delegado da
em casos de desastre e as que se IBM Portugal. Também Conceição
dedicam às tarefas de reconstrução. Zagalo, directora de comunicações
A construção civil e a investigação e programas externos da empresa,
ambiental são, por sua vez, os salienta a importância de “fazer com
temas escolhidos para o programa que as jovens compreendam que
proposto pelo Exite às jovens de San uma profissão ligada à tecnologia
José, no Silicon Valley (Califórnia, não é necessariamente aborrecida
EUA).● I.G.S. ou maçadora, mas que pode revelar-
se precisamente o contrário”. ●
computadores .7
 IOL e Sapo lançam soluções
de voz sobre IP
O IOL Talki e o Sapo Messen-
ger permitem agora conversar
como pelo telefone através da
Internet mas a custos bem
mais baixos
OIS FORNECEDORES de acesso à
Já o Talki Ibérico foi uma versão criada conversa só possa ter
a pensar nos utilizadores que frequente- lugar entre utilizadores
mente realizam chamadas para telefones do Sapo Messenger
fixos em Portugal e Espanha. Assim, e com — e, portanto, através
carregamentos mensais de 5,90 euros, tem- do computador —, este
se direito a 500 minutos de conversação serviço permite falar e
para os dois países. Com o Talki Internacio- ver quem está do outro
nal o conceito é o mesmo mas o preço é mais lado, pois proporciona
elevado: com um carregamento mensal de também a difusão de

D Internet — o IOL, da Media

Capital, e o Sapo, da Portugal
Telecom (PT) — acabam de
lançar serviços de voz sobre IP.
Um é o IOL Talki, que per-
mite ligar para qualquer
telefone fixo ou móvel a
9,90 euros pode-se conversar 500 minutos
para os telefones fixos de vários países,
como França, Bélgica, Luxemburgo, Reino
Unido, Itália, Alemanha, Suíça, Áustria,

ISABEL GORJÃO SANTOS

Holanda, Noruega, Dina-
marca, Suécia, Irlanda,
EUA e Canadá.
vídeo através da Net.
Para tal, basta ligar uma
“webcam” e um micro-
fone ao PC, e descarregar
o “software” necessário
em www.sapo.pt.
A solução de VoIP da
partir de um computador, enquanto o ser- Quando o utilizador deste serviço PT foi criada em parce-
viço do Sapo junta voz e vídeo ao sistema pré-pago ultrapassa os 500 minutos (ou ria com empresas como
de conversação “on-line” Sapo Messenger se possui o modelo Talki Flexível, sem soante os países. Para subscrever os novos a Jabber e a Xten (que desenvolveram a
mas só permite conversar através do com- chamadas incluídas), passa a pagar uma serviços IOL Talki, basta aceder ao “site” solução de voz sobre IP para o portal Yahoo)
putador. tarifa de 0,4 cêntimos por minuto em horá- www.iol.pt, descarregar o “software” e ligar e a Critical Software, que criou a interface.
Disponível desde a passada quarta- rio económico (a partir das 19 horas) ou uns auscultadores com microfone ao PC. “O lançamento dos serviços de VoIP e de
feira, o IOL Talki foi lançado em três dife- de 0,8 cêntimos em horário normal para a No serviço de voz sobre IP — também videochamada no Sapo Messenger insere-
rentes versões: Talki Flexível, Talki Ibérico rede fixa de Portugal e Espanha (mais 7,2 designado por “voice over IP” (VoIP) — lan- se na estratégia da PT de acrescentar cada
e Talki Internacional. O Talki Flexível é um cêntimos de preço inicial). Nas chamadas çado pela PT, as conversas podem ter lugar vez mais valor à sua oferta de banda larga
sistema pré-pago em que o utilizador pode para telemóveis de qualquer rede nacional, através do Sapo Messenger, o sistema de residencial e de promover o aumento da
efectuar carregamentos de 5 ou 10 euros, o preço é de 18,8 cêntimos por minuto em conversação “on-line” lançado há quatro penetração da banda larga em Portugal”,
os quais são válidos por um ou três meses, qualquer horário (mais 18,1 cêntimos de meses no portal Sapo e que é já usado por disse Zeinal Bava, administrador executivo
respectivamente. preço inicial). O tarifário difere depois con- cerca de 150 mil utilizadores. Embora a do grupo PT. ●

.com

Oracle cresceu 17 por cento na EMEA
A organização europeia (EMEA) da Oracle anunciou na passada
semana vendas de 4288 milhões de dólares no ano fiscal findo em
31 de Maio último. Tal montante significa um crescimento de 17 por
cento face ao ano anterior e um contributo de 36 por cento para
a facturação global
da empresa. Quanto
ao quarto trimestre
fiscal, o crescimento
foi de 26 por cento,
em boa parte graças
a um aumento das
vendas de aplicações
na ordem dos 52 por
cento, em parte graças
ao contributo das
adquiridas Retek, J.D.
Edwards e PeopleSoft
para o portfólio de
produtos da Oracle. Segundo Sergio Giacoletto, vice-presidente
executivo da Oracle EMEA, o desempenho da empresa nesta grande
região “nos mercados verticais de serviços públicos, financeiros,
telecomunicações e saúde, bem como o maior sucesso obtido a
nível dos sectores de engenharia e construção e no da manufactura
de média dimensão é resultado da concentração de esforços para
disponibilizar cada vez mais maior valor acrescentado aos clientes”.A
reorganização da empresa imposta pela conjuntura e pela aquisição
das três firmas referidas tem vindo a processar-se a nível mundial; na
Europa (e em Espanha e Portugal em particular), ela visa também
uma lógica de organização vertical por “clusters” sectoriais, capazes
ainda de uma mais íntima cooperação com a rede de parceiros de
forma a abordar com maior eficiência os potenciais clientes de média
dimensão, o chamado “midmarket”.●
Sony Ericsson vendeu
11,8 milhões de telemóveis
A Sony Ericsson apresentou os seus resultados do segundo trimes-
tre de 2005, tendo vendido 11,8 milhões de telemóveis, mais 14
por cento quando comparado com o período homólogo do ano
anterior. As vendas referentes ao trimestre foram de 1614 milhões
de euros, representando um crescimento de 7 por cento em relação
às vendas do ano transacto. Os lucros antes de impostos foram de 87
milhões de euros e os resultados líquidos depois de impostos cerca
de 75 milhões de euros, representando um crescimento anual de 26
milhões e 14 milhões de euros, respectivamente. A Sony Ericsson viu
as suas vendas aumentar logo que os novos modelos, lançados neste
ano, começaram a ser comercializados. O preço médio de venda uni-
tário da Sony Ericsson manteve-se estável. Para 2005, a Sony Ericsson
prevê um aumento do mercado mundial de telemóveis, cujo valor
total estima em 720 milhões de unidades.“Os novos terminais apre-
sentados no primeiro trimestre, tais como o ‘camera-phone’ K750i, o
3G K600i e o K300i, foram muito bem recebidos junto dos consu-
midores, contribuindo para os bons resultados apresentados neste
trimestre”,refere Miles Flint, presidente da Sony Ericsson. ●
Claranet adquire Via Net.Works
em Portugal
A Claranet e a Via Net.Works anunciaram a conclusão do processo de
venda do grupo Amen, assim como das operações da Via Net.Works
em Portugal, na Holanda e nos EUA, por 9,3 milhões de dólares. Com
mais de 180 mil clientes empresariais e 120 milhões de euros em
volume de negócios, a Claranet continua a fortalecer a sua posição
como fornecedor de serviços empresariais de comunicações. Com
esta aquisição, torna-se no sexto maior operador de serviços de
“hosting” na Europa. “Através desta aquisição, a Claranet continua a
crescer rapidamente e a reforçar a sua posição no mercado europeu”,
considerou Charles Nasser,“chief executive officer” (CEO) da Claranet.
António Miguel Ferreira, CEO da Via Net.Works Portugal, assegurou
que,“com a Claranet, todos os clientes da Via Net.Works não só man-
terão os serviços actualmente prestados, como terão também acesso
a um portfólio de soluções ainda mais abrangente, como novas solu-
ções de antivírus e ‘anti-spam’, serviços baseados na tecnologia VoIP,
entre outros”.Este acordo, disse, irá permitir à Via Net.Works Portugal
“reforçar a sua posição competitiva no segmento das pequenas e
médias empresas”.Criada em 1996, a Claranet adquiriu a Netscalibur
em 2003, a Via Net.Works UK em 2004 e agora as operações do grupo
Amen e da Via Net.Works em Portugal, na Holanda e nos EUA. ●
IBS e Quatro anunciam fusão
das operações
A IBS Ibéria anunciou a aquisição da Quatro, empresa especializada,
há duas décadas, no fornecimento de sistemas de informação, que
conta com 95 colaboradores e que, em 2004, registou um volume
de negócios de 9 milhões de euros. Magnus Wastenson, CEO do
grupo IBS, comentou a este propósito que “a aquisição da Quatro
está alinhada com a estratégia de crescimento e de conquista de
novos clientes da IBS, no que diz respeito quer à expansão da quota
de mercado na vertente de soluções de ‘supply chain management’
quer no que se refere ao aumento da presença do grupo em países
com um enorme potencial de mercado”.Para Wastenson, a aquisição
da Quatro “garante uma forte base de crescimento da actividade
da IBS em Portugal e Espanha, sobretudo em segmentos verticais
como a indústria farmacêutica, as publicações, o material eléctrico
e a alimentação, entre outros”.Richard Marques, director-geral da IBS
Ibéria, referiu o reforço da posição da empresa no mercado ibérico
como um dos principais motivos que conduziram a este processo
de aquisição, explicando ainda que “a Quatro detém uma forte
posição no mercado, contando com clientes de grande dimensão
como a Alliance Unichem, a Novartis, a Hilti, a Grundfos, a Cockburns,
a Madeira Wine, a Danone, a Ferrero Rocher e a Honda”.Após a fusão
das operações, a IBS Ibéria contará com cerca de 250 colaboradores
distribuídos pelos escritórios de Lisboa, Porto, Madrid e Barcelona e
uma base instalada de mais de 850 clientes. ●
Ricoh cresceu 1,9 por cento
A Ricoh anunciou os seus resultados relativos ao ano fiscal de 2004,
que terminou a 31 de Março deste ano, tendo registado vendas na
ordem dos 13.612 milhões de euros, o que representa um cresci-
mento de 1,9 por cento quando comparado com o ano anterior.
Os resultados líquidos da Ricoh foram de 623,668 milhões de euros,
sendo no mercado japonês que ocorrem grande parte das vendas
(53,6 por cento). O aumento das vendas deve-se, sobretudo, ao cresci-
mento das vendas de equipamentos de escritório, que no último ano
aumentaram 2,2 por cento. Noutras áreas, contudo, verificou-se um
decréscimo de 0,1 por cento. Os equipamentos de escritório repre-
sentam 88 por cento da facturação da empresa. A Ricoh tem vindo a
investir no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, tendo
lançado no mercado japonês uma nova tecnologia de impressão a
cores adequada a equipamentos de baixo custo, a Geljet, que pre-
tende constituir uma alternativa às impressoras a laser monocromá-
ticas ou a jacto de tinta. Uma nova gama de impressoras com essa
tecnologia deverá ser lançada na Europa no final deste ano. ●
Siebel prevê facturar 312 a 314 milhões
A Siebel apresentou os resultados preliminares relativos ao segundo
trimestre de 2005, que terminou no passado dia 30. As vendas da
empresa deverão situar-se entre os 312 e os 314 milhões de dólares,
enquanto as receitas relativas a licenças rondarão os 78 milhões de
dólares. A facturação relativa a serviços de suporte deverá rondar os
123 milhões de dólares e as receitas provenientes de outros serviços
situar-se-ão entre os 11 e os 113 milhões. A empresa deu também
início a um processo de reestruturação.“Apesar de termos registado
um crescimento sequencial em todas as áreas de vendas, e de termos
feito progressos em termos de contenção de custos, ficámos aquém
das nossas expectativas no que se refere às vendas de licenças e aos
lucros”,considerou George Shaheen, CEO da Siebel Systems. ●

computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . J U L H O . 2 0 0 5
 S H A R E WA R E FICHA

Uma ferramenta acessível

para criar páginas na Web Editor
O Creation Web Rui Jorge Cruz

Studio Edition é uma Redactores, colaboradores

e cronistas
alternativa mais Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
simples e económica ao André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
FrontPage, da Microsoft, Helena Viegas, Henrique Carreiro,
e ao Dreamweaver, Henrique Saias, Isabel Gorjão

da Macromedia, para Santos, João Cruz, José Antunes,

José Doutil, Luís Félix, Miguel
quem queira, de vez Crespo, Nuno Bernardo, Nuno
em quando, fazer a sua Vieira, Paulo Almeida, Pedro

página na Net. Fonseca (pedrof@journalist.com),

Rita Cruz, Rita Hasse Ferreira
Secretariado
Paula Dias
Paginação
páginas de HTML,

O
DESENHO DE PÁGINAS o servidor da Web onde as páginas Ana Carvalho, Ivone Ralha,
para a Web tornou- o programa oferece são disponibilizadas. Quem não Hugo Pinto, Jorge Guimarães
se, nos últimos anos, alguns utilitários- tiver acesso a nenhum servidor na Projecto Gráfico & Designer
uma tarefa acessível chave para que Web para publicação de conteúdos Luis Carlos Amaro/
a qualquer utilizador todo o processo de poderá recorrer a portais como o do Gráficos à Lapa
informático. Longe vão os tempos criação se realize Sapo ou o do Clix, que oferecem gra-
em que apenas os engenheiros e os dentro da aplica- tuitamente aos seus clientes espaço Computadores
programadores informáticos esta- ção, não exigindo nos seus servidores para publicação é publicado às segundas-feiras
vam habilitados a criar sítios para outras aplicações, de conteúdos não comerciais na
a Internet. Com o proliferar de fer- como um editor Web: páginas pessoais, de grupos, E-Mail
ramentas de interface simplificada de imagens, um associações ou meramente de lazer. computadores@publico.pt
que permitem o desenvolvimento programa-cliente Qualquer pessoa pode, assim, criar Tel. 21-0111168
de páginas sem ser necessário pro- de FTP (para colocar as páginas viamente editado no processador e manter o seu próprio sítio na Web Fax 21-0111008
gramar qualquer linha de código, num servidor da Internet) ou um de texto incluído no programa) e sem ter de despender qualquer
os utilizadores particulares pas- corrector ortográfico. adicionar imagens. quantia ou tempo. Assine Computadores
saram a poder criar e preparar os O Creation Web pode ser O programa inclui ferramentas O Creation Web está dispo-
seus próprios sítios na Web. obtido gratuitamente na sua para a criação simples de tabelas a nível em três versões: Personal, Assine o PÚBLICO
O conhecido FrontPage, da versão de “shareware” em http: fim de tornar mais simples a con- Business e Studio Edition. A pri- à segunda-feira e receba o jornal
Microsoft, e o Dreamweaver, da //www.introwizard.com/, sendo o sulta de informação. Para tornar o meira, mais barata, tem um custo em sua casa ou levante-o no seu
Macromedia, são duas das aplica- ficheiro de instalação de dimensão sítio mais sofisticado, o Creation de registo de pouco mais de 30 posto de venda habitual com os
ções mais populares bastante reduzida, Web inclui um módulo de “efeitos euros, enquanto a Studio já custa suplementos Computadores e
para a criação de NUNO BERNARDO pelo que demora especiais”, muito usados em sítios 120 euros. As diferenças entre Economia.
páginas em HTML, poucos minutos a ser profissionais — que permitem, estas duas versões não são muito
a linguagem mais usada para a copiado para o PC. Depois, é só por exemplo, alterar a imagem grandes, pelo que o utilizador que E-mail: assinaturas@publico.pt
criação dos sítios na Internet. Ofe- correr o instalador e, em dois minu- ou texto sempre que a pessoa que apenas pretenda desenvolver o seu Tel.: 808 200 095 (custo chamada
recem interfaces muito simples, tos, o Creation Web está pronto a acede à página passa com o rato sítio pessoal ou para o seu grupo de local)
que permitem aceder às centenas usar. Quem sabe editar um texto por cima de um botão. amigos ou associação ficará muito Fax: 210 111 017
de funções disponíveis para desen- no Word ou criar uma apresentação Se se pretender dar um aspecto bem servido com a versão Personal.
volver um sítio na Web de nível no Powerpoint, certamente não terá mais sofisticado ao sítio, o pro- A Studio apresenta como grande Assinatura semestral (26 exemplares):
profissional — e contra apenas dificuldades em usar o Creation grama permite que, além de texto vantagem o facto de permitir a Portugal €18.20
apresentam o seu preço, bastante Web. Quem tiver problemas, encon- e imagens, possam ser usadas importação de ficheiros em formato Europa €58.50
elevado para um uso doméstico tra ajuda no ficheiro que acom- animações em Flash, aplicações PSD para a criação personalizada Resto do Mundo €94.90
e esporádico. Por isso, se o leitor panha o programa, que tira todas de Java ou ficheiros de som e de de páginas-mestras.
pretender criar a sua própria as dúvidas e ajuda a aproveitar o vídeo. A Intro Wizard Technolo- Em qualquer das versões, o Assinatura anual (52 exemplares):
página pessoal e não quiser des- potencial do programa. gies oferece um outra ferramenta, Creation Web é um excelente Portugal €36.40
pender muito tempo, recomenda- A criação de uma página na o Flash4D, que permite a criação produto para todos aqueles que Europa €117.00
mos o Creation Web Studio. Web começa com a definição de simples de animações, menus ou pretendam criar, de forma sim- Resto do Mundo €189.80
Esta aplicação da Intro Wizard um estilo para a página. Para tal, vídeos de introdução em linguagem ples e económica, os seus próprios
Technologies oferece uma exce- o Creation Web inclui dezenas de Flash e que poderão ser adiciona- sítios Web mas querem, ao mesmo Desconto na assinatura anual
lente relação preço/qualidade, o estilos próprios — as chamadas dos a qualquer sítio na Web. tempo, manter uma apresentação para escolas e instituições de
que lhe tem permitido conquistar páginas-mestras ou “templates” Criado o sítio, chega o momento cuidada e profissional. O pro- solidariedade social. Preços
especiais para Macau, Timor, São
as atenções de milhares de utili- —, que podem ser usados como de o publicar na Internet, para o grama traz para o mercado domés-
Tomé e Guiné. Os preços incluem
zadores em todo o mundo. Para ponto de partida para uma página que o Creation Web inclui uma tico muitas das funcionalidades IVA à taxa legal em vigor.
além de incluir as ferramentas pessoal. Depois, é só ir introdu- aplicação-cliente de FTP; com ela, que se encontra nas aplicações
básicas para a criação simples de zindo texto (que pode ser pre- o utilizador copia o seu sítio para profissionais. ●

S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . J U L H O . 2 0 0 5 computadores .9
 JOGOS

O espectáculo da acção
HÁ JOGOS QUE, PELA SUA GRANDIOSIDADE VISUAL,
IMPRESSIONAM MESMO O JOGADOR MAIS INFORMADO.
E A PLAYSTATION 2 ESTÁ A RECEBER DOIS TÍTULOS QUE
MERECEM TODA A ATENÇÃO NESTE CAPÍTULO: “GOD OF
WAR”, POSSIVELMENTE A MELHOR SURPRESA DO ANO
(ATÉ AO MOMENTO), E A CONFIRMAÇÃO DE TUDO O
ESPERADO QUE SE CHAMA “TEKKEN 5”.
‘God of War’
É um jogo cheio de virtudes. Para começar, “God
of War” não é sequela de nada, o que, nos tempos
que correm, é de louvar. Depois porque se inspira
num dos períodos culturalmente mais ricos da
história da humanidade: a Grécia Antiga e a sua
mitologia. E, em terceiro, porque é um dos jogos
mais grandiosos que já viu a luz das consolas.
Mas não se pense que “God of War” é um jogo para
todos, pois ele explora a mitologia grega na sua face
mais negra e brutal, centrando-se nos confrontos
épicos entre mortais, semideuses e deuses.
Visualmente é impressionante, deixando qual-
quer jogador de boca aberta; é um jogo de acção em
que cada personagem (ou o seu opositor) tem a beleza
radical de uma obra plástica, em que os cenários são de
deixar o queixo caído e onde a fluidez é nota constante.
O som segue a nota e a história — centrada em Kratos,
um lutador — irá terminar com um confronto épico
com Ares, o deus da guerra.
Jogo de acção, tem como fulcro o combate, apre-
sentando confronto brutais com inúmeros golpes e
armas, cada uma mais espectacular e
eficaz que a anterior. Em conjugação,
existe uma componente de magia fun-
damental quando se confrontam deuses

Título “Tekken 5”
Estilo Combate 9
/10
Plataforma PS2
Produtor Namco
Distribuidor Sony
Edição Julho 2005

Título “God of War”

Estilo Acção-aventura 9
/10
Plataforma PS2
Produtor Sony
Distribuidor Sony
Edição Julho 2005

computadores .10 S E G U N D A - F E I R A . 1 8 . J U L H O . 2 0 0 5

e criaturas não humanas, sejam elas a Medusa, um
ciclope ou um minotauro. Mas o jogo, que leva o
jogador a (re)descobrir a mitologia grega, tem não só
obstáculos físicos mas também mentais, completando
a envolvência quase perfeita. Ao longo da história,
vai-se descobrindo quem é realmente o personagem e
também como conseguirá ele libertar-se da maldição
que o atormenta. Só como aperitivo, pode ficar a saber
que envolve a Caixa de Pandora.
Além do modo “difícil”, que é aquele por onde se
começa, existe um modo “deus”, que só é desbloqueado
após o final do jogo. Este leva tudo ainda
mais longe, sendo acompanhado por uma MIGUEL
série de bónus, como minijogos ou a apresen-
tação de partes do jogo que não ficaram na versão final.
E quem for totalmente masoquista e terminar o modo
“deus”, terá ainda mais bónus.
Em suma, o melhor jogo do momento no campo da
acção e aventura, estando a sua grande componente vio-
lenta perfeitamente integrada num ambiente irresistível.
‘Tekken 5’
Quase dispensa apresentação, pois “Tekken 5” é o novo
e renovado mais recente episódio de uma das sagas de
jogos de combate mais famosas de sempre. Quem possa
achar que o quarto da série, apesar de algumas altera-
ções controversas, era o expoente máximo, ficando para
sempre inultrapassado, este “5” vem provar que é possí-
vel ir ainda mais longe.
Como sempre aconteceu na história de Tekken,
em termos gráficos estamos no paraíso, com os perso-
nagens a terem um detalhe e uma fluidez ultra-rea-
listas. Da mesma forma, a variedade de movimentos
de ataque e defesa, e os “combos” possíveis são fora
de série, ultrapassando tudo o que seria de esperar.
Entre ninjas, pugilistas, assassinos e outros luta-
dores com poderes diferenciados, há
CRESPO 30 personagens a explorar, incluindo
os clássicos e os estreantes Feng Wei,
Raven e Asuka Kazama.
Em paralelo aos modos clássicos, há um modo de
história em que, no papel de Jin, se vai descobrir um
pouco mais sobre o universo e a ambiência “Tekken”.
Para aumentar a personalização, ganha-se dinheiro
com os combates, que pode ser aplicado na apresenta-
ção dos personagens, seja com novas roupas, alteração
de cores ou de items diversos.
Um bónus para os saudosistas é a inclusão dos três
primeiros jogos, algo engraçado de recordar mas que
sofre imenso com a comparação com o actual. Afinal, o
tempo não pára... ●
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dica
Criar blocos de texto
repetitivos no Word
No Word, da Microsoft, quando se pretende repetir
o mesmo bloco de texto em todas as páginas de
um documento longo, o mais natural é criá-lo como
cabeçalho ou rodapé. Mas o processo torna-se mais
complicado quando se quer pôr o texto numa zona
específica da página que não a sua parte superior ou
inferior — por exemplo, a meio da página do lado
direito.
Para conseguir um efeito destes, é preciso conjugar o
comando Cabeçalho e Rodapé com a Caixa de Texto.
Primeiro selecciona-se, no menu Ver, o comando
Cabeçalho e Rodapé, o que altera a forma de
visualização para uma pré-visualização da impressão
— com uma área identificada como Cabeçalho e
delimitada por um tracejado no topo da página e
um cursor de inserção a piscar no canto superior
esquerdo da mesma (aparecendo também uma barra
de ferramentas Cabeçalho e Rodapé).
No menu Inserir, escolhe-se Caixa de Texto, o que faz
aparecer um rectângulo com limite sombreado e a
frase “Criar aqui o desenho” a sobrepor-se à área do
cabeçalho, ao mesmo tempo que aparece a barra de
ferramentas Tela de Desenho. Carregando na tecla Esc,
tudo isto desaparece e o cursor do rato transforma-se
numa cruz que permite desenhar uma caixa de texto.
Clicando com o cursor em qualquer parte da página e
depois arrastando, pode-se desenhar a caixa no lugar
pretendido. Desenhada a caixa, surge (para além de
uma barra de ferramentas chamada Caixa de Texto),
dentro dela, o cursor de inserção de texto a piscar.
Escreve-se o texto pretendido, formata-se o texto (com
os comandos normais de formatação de texto do
menu Formatar) e a própria caixa. Para isso, dá-se um
clique com o botão direito do rato sobre o sombreado
delimitador da caixa e, no menu de contexto que surge,
escolhe-se o comando Formatar Caixa de Texto.
Surge, então, a caixa de diálogo, com o mesmo nome,
que se pode ver na imagem. No separador Cores e
Linhas, pode-se formatar o fundo e os limites da caixa
em termos de forma e cor. No separador Tamanho,
pode-se definir a dimensão da caixa e, no separador
Caixa de Texto, define-se as margens a deixar entre a
caixa e o texto dentro dela.
No separador Esquema (na imagem), escolhe-se o
modo como a caixa e respectivo texto vão interagir
com o texto do documento. Se se pretender que
funcione como selo que não interrompa o texto do
documento, escolhe-se uma das opções “Atrás do texto”
ou “À frente do texto”. Esta última opção tem que ser
usada com cuidado para não impedir a leitura do texto
do documento.
Se, por outro lado, se quiser que a caixa interrompa
o texto do documento, escolhe-se uma das opções
“Rectangular” ou “Justo”. No Alinhamento Horizontal,
mantém-se a opção Outros. No botão Avançado, pode-
se definir com rigor a posição da caixa na página.
Carregando no botão OK, fecha-se a caixa de diálogo
e a seguir carrega-se no botão Fechar da barra de
ferramentas Cabeçalho e Rodapé. Para visualizar a caixa
criada, escolhe-se o modo de visualização Esquema de
Impressão no menu Ver. ● JOSÉ DOUTIL
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