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ConseLHo NACIONAL Do MintstéRIO PUBLICO, RESOLUCAO N° 161, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2017. Altera os artigos 7° ¢ 13 da Resolugao n.° 13, de 02 de outubro de 2006, ¢ os artigos 6° € 7° da Resolugo n2 23, de 17 de setembro de 2007. © CONSELHO NACIONAL DO MINISTERIO PUBLICO, no exercicio da competéncia fixada no artigo 130-A, §2°, inciso I, da Constituigao Federal, com fundamento nos artigos 147 e seguintes de seu Regimento Interno, ¢ na decisao plendria proferida nos autos da Proposigao n.° 1,00580/2016-19, julgada na 4* Sessio Ordinaria, realizada no dia 21 de fevereiro de 2017, Considerando 0 disposto no art, 5°, LX, da Constituigao Federal, que instituiu no ordenamento juridico brasileiro o principio da publicidade dos atos processuais, no sentido de que “a lei sé poderd restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou 0 interesse social o exigirem”; Considerando que a Lei Federal n.° 13.245/2016 (que alterou 0 Estatuto da OAB) disciplinou a possibilidade de amplo acesso aos autos pelo Defensor, ressalvadas as hipdteses que envolvem sigilo, e 0 direito do Defensor de acompanhar e auxiliar seu cliente durante interrogat6rio ou depoimento no curso da investigagao, podendo apresentar razbes e quesitos; Considerando que 0 mencionado diploma legal nfo tém © condio de afastar a natureza inquisitorial das investigagdes preliminares, mas sim de outorgar um viés mais garantista a investigagao, buscando assegurar os direitos fundamentais do investigado; Considerando que a disciplina adequada do acesso aos autos ¢ a participagao nas investigagdes sio ferramentas indispensaveis ao Defensor, sem as quais nfo ha que se falar em exercicio do direito de defesa dos cidadios; Considerando que tais matérias precisam ser incorporadas as Resolugdes CNMP no 13/2006 e 23/2007, que disciplinam, respectivamente, os Procedimentos Investigatérios Piblico; Considerando a necessidade de evitar a ocorréncia de nulidades em processos istrativos oriundos dos Orgaos Ministeriais, RESOLVE: Criminais e os Inquéritos Civis no Ambito do Minist. admini ConseLHo NACIONAL DO MINISTERIO PUBLICO Art. 1° artigo 7° da Resolugaio n.° 13, de 02 de outubro de 2006, passa a vigorar com a seguinte redagiio: “Art. 7° O autor do fato investigado sera notificado a apresentar, querendo, as informagGes que considerar adequadas, facultado 0 acompanhamento por defensor. §1° O defensor poderé, mesmo sem procuragdo, examinar autos de investigagSes findas ou em andamento, ainda que conclusos & autoridade, podendo copiar pegas ¢ tomar apontamentos, em meio fisico ou digital. §2° O defensor constituido nos autos poderd as: stir 0 investigado durante a apuragao de infragdes, sob pena de nulidade absoluta do seu interrogatério e, subsequentemente, de todos os elementos investigatérios € probatérios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuragilo, apresentar razdes ¢ quesitos, §3°No exame de autos sujeitos a sigilo, deve o defensor apresentar procurago. §4° O presidente do procedimento investigatério criminal poder delimitar, de modo fundamentado, 0 acesso do defensor identificagao do(s) representante(s) ¢ aos elementos de prova relacionados a diligéncias em andamento e ainda nfo documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiéneia, da eficdcia ou da finalidade das diligéncias.” Art. 2° O artigo 13, parégrafo tnico, inciso II, da Resolugao n.° 13, de 02 de outubro de 2006, passa a vigorar com a seguinte redagao: “Art. 13 (...) Pargrafo iinico. A publicidade consistiré: ( II — no deferimento de pedidos de vista ou de extragio de cépias, desde que realizados de forma fundamentada pelas pessoas referidas no inciso I, pelos seus procuradores com poderes especificos ou por defensor, mesmo sem procuragiio independentemente de fundamentagao, para estes iltimos, ressalvadas as hipéteses de sigilo;” Art, 3° O artigo 6° da Resolugao n.° 23, de 17 de setembro de 2007, fica acrescido do §11, 0 qual terd a seguinte redagao: “Art. 6°(...) §11. O defensor constituido nos autos poderd assistir 0 investigado durante a apuragdo de infragdes, sob pena de nulidade absoluta do seu depoimento e, subsequentemente, RESOLUGAO N° 161, DE21 DE FEVEREIRO DE 2017 ‘ConseLHo NACIONAL Do MinistéRIo PuBLico de todos os elementos investigatérios e probatérios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuragaio, apresentar razdes quesitos. Ait. 4° O artigo 7° da Resolugdo n.° 23, de 17 de setembro de 2007, fica acrescido dos § 6°, 7°e 8°, os quais terdo as seguintes redagdes: “Art. 7°.) §6° O defensor poderé, mesmo sem procuragao, examinar autos de investigagdes findas ou em andamento, ainda que conclusos & autoridade, podendo copiar pegas e tomar apontamentos, em meio fisico ou digital. §7° Nos autos sujeitos a sigilo, deve 0 advogado apresentar procuragiio para 0 exercicio dos direitos de que trata o § 6°. §8° O presidente do inquérito civil podera delimitar, de modo fundamentado, © acesso do defensor a identificagdo do(s) representante(s) ¢ aos elementos de prova relacionados a diligéncias em andamento e ainda nao documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiéncia, da eficdcia ou da finalidade das diligéncias. Art. 5° Os Mi stérios Piblicos dos Estados e o Ministério Publico da Unifio deverio adequar seus atos normativos internos A presente Resolugao. Art. 6° Esta Resolugdo entra em vigor na data de sua publicagao. Brasilia-DF, 21 de fevereiro de 2017. RODRIGO JANOT MONTEIRO DE BARROS Presidente do Conselho Nacional do Ministério Publico RESOLUGAO N’ 161, DE21 DE FEVEREIRO DE 2017 38

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