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SUMÁRIO

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE .....................................................................................................3


A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE NO BRASIL .................................................................................6
ENTENDENDO A CONTABILIDADE ................................................................................................6
CLASSIFICAÇÃO DA CONTABILIDADE ...........................................................................................8
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS........................................................................................................ 12
PLANO DE CONTAS .....................................................................................................................14
REGISTROS CONTÁBEIS ...............................................................................................................17
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS............................................................................................17
DÉBITO E CRÉDITO .......................................................................................................................19
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL ...........................................................................................................19
LIVRO DIÁRIO ..............................................................................................................................20
LIVRO RAZÃO ...............................................................................................................................22
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO .......................................................................................................24
ÍNDICES DE LIQUIDEZ ...................................................................................................................26
INDICADORES DE RENTABILIDADE ................................................................................................31

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A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

A história da contabilidade é tão antiga quanto à própria história da civilização. Está


ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à
posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de
que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.

Deixando a caça, o homem voltou-se à


organização da agricultura e do pastoreio. A
organização econômica acerca do direito do uso
do solo acarretou na separatividade, rompendo a
vida comunitária, surgindo divisões e o senso de
propriedade.

Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.


Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não
era dissolvido, mas passado como herança aos
filhos ou parentes. A herança recebida dos pais
denominou-se patrimônio. O termo passou a ser
utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes
não tivessem sido herdados.

A origem da contabilidade está ligada a


necessidade de registros do comércio. Há indícios
de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio
não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da antiguidade.

A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o


acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada.
As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre
o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas,
embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo
governo de seu país no ano 2000 a.C.

À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores,


preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de
aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização e quanto
maior volume de informações mais necessário se fez os registros.

Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de
que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de
produção, etc.

Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade


de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se
pudesse prestar conta da propriedade ou bem administrado.

É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as


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compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de
árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro
(papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente
o registro de informações sobre negócios.

Na medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle


se refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam
receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas
nos itens salários, perdas e diversões.

No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por


governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.
Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:

 Contabilidade do Mundo Antigo: período que se inicia com as primeiras


civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da
autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
 Contabilidade do Mundo Medieval: período que vai de 1202 da Era Cristã até
1494, quando apareceu o Tratactus de
Computis et Scripturis (Contabilidade por
Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo,
publicado em1494, enfatizando que à
teoria contábil do débito e do crédito
corresponde à teoria dos números
positivos e negativos, obra que contribuiu
para inserir a contabilidade entre os ramos
do conhecimento humano.
 Contabilidade do Mundo Moderno:
período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità
Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco
Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da
Contabilidade.
 Contabilidade do Mundo Científico: período que se inicia em 1840 e continua
até os dias de hoje.

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FREI LUCA PACIOLI

Escreveu "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas


Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do
crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.

Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista


entre outras profissões. Deixou muitas
obras, destacando-se a "Summa de
Aritmética, Geometria, Proportioni et
Proporcionalitá", impressa em Veneza, na
qual está inserido o seu tratado sobre
Contabilidade e Escrituração.

Pacioli, apesar de ser considerado o pai da


Contabilidade, não foi o criador das
Partidas Dobradas. O método já era
utilizado na Itália, principalmente na
Toscana, desde o Século XIV. O tratado
destacava, inicialmente, o necessário ao
bom comerciante. A seguir conceituava inventário e como fazê-lo.

Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação


deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre
contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e
perdas, que na época, eram "Pro" e "Dano"; sobre correções de erros; sobre
arquivamento de contas e documentos, etc.

Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia
adaptada: "Per”, mediante o qual se reconhece o devedor; "A", pelo qual se
reconhece o credor. Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o
credor, prática que se usa até hoje.

A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na


Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de
Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, como também abriu precedente que
para novas obras pudessem ser escritas sobre o assunto. É compreensível que a
formalização da Contabilidade tenha ocorrido na Itália, afinal, neste período
instaurou-se a mercantilização sendo as cidades italianas os principais interpostos
do comércio mundial.

Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um


indivíduo qualquer. O governo passou a somente reconhecer como contadores,
pessoas devidamente qualificadas para o exercício da profissão.

A importância da matéria aumentou com a intensificação do comércio internacional e


com as guerras ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que consagraram numerosas

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falências e a conseqüente necessidade de se proceder à determinação das perdas e
lucros entre credores e devedores.

A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE NO BRASIL

No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial,


exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados
– um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro
Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de
Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor,
um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda
a arrecadação, distribuição e administração financeira e
fiscal.

Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao


âmbito meramente fiscal, tornando-se, num mercado de
economia complexa, vital para empresas informações mais
precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores.

O profissional vem ganhando destaque no mercado em Auditoria, Controladoria e


Atuarial. São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e, para atuários,
um profissional raro, há a especialização em estimativas e análises; o mercado para
este cresce em virtude de planos de previdência privada.

ENTENDENDO A CONTABILIDADE

“A contabilidade tem como seu objetivo principal controlar e também prestar


informações sobre o patrimônio de uma empresa e também aos diversos usuários
das informações contábeis.

A contabilidade pode estar bem definida como o registro de todos os fatos que
ocorrem na empresa, como por exemplo: compras, vendas, pagamentos,
recebimentos, entre outros, ou seja, tudo o que
movimenta o patrimônio da empresa

Contabilidade é a ciência que estuda, interpreta e


registra os fenômenos que afetam o patrimônio de
uma entidade. O nome deriva do uso das contas
contábeis. De acordo com a doutrina oficial
brasileira (organizada pelo Conselho Federal de
Contabilidade - CFC), a contabilidade é uma
ciência social, da mesma forma que a Economia e a Administração (esta por vezes
considerada um ramo da Sociologia).

Mas é comum autores refutarem essa condição científica, colocando-a como técnica
ou arte. Nessas acepções alternativas, por exemplo, há quem a defina numa
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conotação tradicionalmente jurídica, como a arte de organizar os livros comerciais ou
de escriturar contas.
No Brasil, os profissionais de contabilidade são chamados de contadores (bacharéis)
ou contabilistas. Aqueles que se formam ou concluem os cursos de nível superior de
Ciências Contábeis recebem o diploma de bacharel em Ciências Contábeis.

Existe também o título técnico de contabilidade aos que têm formação a nível
técnico. Em Portugal o termo "contador" tornou-se arcaico, sendo sempre utilizado o
termo contabilista, independentemente do nível acadêmico. Existe no entanto
distinção na classificação profissional entre técnicos oficiais de contas (TOC) e
revisores oficiais de contas (ROC).

Até a primeira metade da década de 70 o profissional do ofício técnico também era


conhecido como guarda-livros (correspondente do inglês bookkeeper), mas o termo
com o passar do tempo deixou de ser utilizado.

UMA EMPRESA NECESSITA DE RECURSOS PARA DESENVOLVER SUAS


ATIVIDADES

O capital inicial que os proprietários entregam para a constituição de uma empresa e


seus acréscimos superiores formam os seus recursos próprios. No entanto
geralmente as empresas necessitam de outros recursos para dar andamento em
seus trabalhos, sendo preciso muitas vezes se utilizar de recursos de terceiros,
porém geralmente estes recursos a empresa terá que restituir ou pagar e cabe a
contabilidade controlar a aplicação destes recursos. Um exemplo de recursos de
terceiros é o financiamento bancário, ou seja, empréstimos adquiridos de terceiros.

Vejamos a seguir o esquema que resume as aplicações de uma empresa:

Recursos Próprios
+ = Aplicação da Empresa
Recursos de Terceiros

- Recursos Próprios são os valores investidos pelos sócios da empresa, o capital


social integralização no momento da constituição da empresa;
- Recursos de Terceiros são financiamentos, empréstimos obtidos de terceiros;

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CLASSIFICAÇÃO DA CONTABILIDADE

Para entendermos melhor a contabilidade devemos saber que ela está dividida em
seis partes que são elas:
Bens
Direitos
Obrigações
Patrimônio Líquido
Receitas
Despesas

É nestes itens que a contabilidade se divide vejamos agora intensivamente cada um


deles:

BENS

São considerados bens tudo o que possui valor econômico e


que pode ser convertido em dinheiro, sendo utilizado na
realização do objetivo principal de seu proprietário. Portanto
são as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades
das pessoas e das empresas. Os bens classificam-se em:
Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Tangíveis e Bens
Intangíveis. Os bens pertencem ao Ativo da empresa.

Os Bens Móveis: são os bens passíveis de remoção sem dano, seja por força
própria ou por força alheia, ou seja, são objetos concretos, palpáveis, físicos, que
não são fixos ao solo. Por exemplo, o dinheiro, veículos, móveis, utensílios,
máquinas, estoques, entre outros.

Bens Imóveis: são imóveis os bens que não podem ser retirados de seu lugar natural
(solo e subsolo) sem destruição ou dano, ou seja, aqueles bens que, para serem
deslocados, terão de ser total ou parcialmente destruídos (pois são fixos ao solo).
Por exemplo, edifícios, terrenos, construções, entre outros.

Os Bens Tangíveis: também são chamados de bens corpóreos e bens materiais, são
os bens que constituem uma forma física, bens concretos, que podem ser tocados.
Por exemplo, veículos, terrenos, dinheiro, móveis e utensílios, estoques, entre
outros.

Os Bens Intangíveis: também são chamados de bens incorpóreos e bens imateriais,


são intangíveis os bens que não constituem uma realidade física e que não podem
ser tocados. Por exemplo, nome comercial (marca), patente de invenção, ponto
comercial, o domínio de internet, software, cartela de clientes, entre outros.

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DIREITOS

São os recursos que a empresa tem a receber e que gerarão benefícios presentes
ou futuros, ou seja, é o poder de exigir alguma coisa.
Pode ser, por exemplo, o valor que uma empresa
receberá decorrente de uma venda a prazo. O
comprador já levou a mercadoria, porém ainda não
pagou então a empresa tem o direito de receber o valor
correspondente. Os direitos fazem parte do Ativo da
empresa. E são exemplos de direitos: duplicatas a
receber, salários a receber, aluguéis a receber, contas a
receber títulos a receber, entre outros.

OBRIGAÇÕES

São dívidas, valores a serem pagos a terceiros (empresa ou


pessoa física). As obrigações fazem parte do passivo da
empresa.
Quando se compra um bem a prazo, ele integra-se ao
patrimônio a partir do momento que o fornecedor o entrega.
Como foi uma venda a prazo, a empresa passa a ter uma
obrigação com o fornecedor, representada por uma conta a pagar equivalente ao
preço do bem. Assim como aumenta de um lado o Ativo (bem) da empresa, de outro
lado aumenta o Passivo (obrigação) da empresa.
Exemplos de Obrigações: salários a pagar, aluguéis a pagar, contas a pagar,
Fornecedores ou Duplicatas a pagar (referente a compra de mercadorias a prazo),
impostos a pagar (ou impostos a recolher), etc.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

A Situação Patrimonial
Líquida também faz parte
do passivo (obrigações),
mas contém uma natureza
especial, onde também
fazem parte das obrigações
os direitos dos acionistas,
sócios ou titular da empresa
individual em relação ao
patrimônio da pessoa
jurídica.
Representa aquilo que, de
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fato, a pessoa tem. Isto é, sua riqueza efetiva, o que lhe sobra depois de pagar
todas as suas dívidas.
O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores do ativo (+) e do passivo (-) de
uma entidade em determinado momento, ou seja, se a empresa tem um Ativo (bens
+ direitos) de R$100.000,00 e um Passivo (obrigações) de R$40.000,00 o Patrimônio
Líquido dessa entidade será de R$60.000,00.

A seguir uma tabela que representa o exemplo citado acima:


Ativo Passivo
100.000,00 40.000,00
Patrimônio Líquido
60.000,00
Ativo Total 100.000,00 Passivo Total 100.000,00

Sendo assim o Ativo sempre será igual ao Passivo + o Patrimônio Líquido, se houver
divergência nestes valores você deve rever o balanço patrimonial, porque existe
algum erro no mesmo.

O Patrimônio Líquido também figura no lado do Passivo em virtude do capital ou das


reservas, pertencerem aos proprietários da empresa (sócios, acionistas) e não deixa
de ser uma obrigação da empresa pessoa jurídica para com os proprietários (pessoa
física).
Em resumo, os bens, direitos e obrigações podem ser chamados de componentes
patrimoniais, sendo o patrimônio representado da seguinte forma:
PATRIMÔNIO
Ativo Passivo
Bens Obrigações
e
Direitos Patrimônio
Líquido

DESPESAS

São os valores que a empresa gasta no decorrer de suas atividades, estes são
necessários para dar andamento às atividades.

Apesar de também serem muito confundidas com obrigações as despesas não


geram lucro a empresa, ao contrário das obrigações, apesar de não fornecerem
lucros à empresa elas são de grande importância para o funcionamento da empresa.

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Vale destacar que muitas vezes as despesas da empresa são confundidas com os
custos. Vejamos a seguir o conceito de custo e de despesa:

Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para a aquisição, conversão e


outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e
localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou
produção, de modo a colocá-los em condições de serem vendidos, transformados,
utilizados na elaboração de produtos ou na prestação de serviços que façam parte
do objeto social da entidade.

Desta forma, custo é o valor gasto com bens e serviços para a produção de outros
bens e serviços. Exemplos: matéria prima, energia aplicada na produção de bens,
encargos do pessoal da produção, entre outros.

Despesa é o valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade


da empresa, bem como aos esforços para a obtenção de receitas através da venda
dos produtos. Exemplos: Materiais de escritório, salários da administração, energia
elétrica, água, aluguel, telefone (estes voltados ao setor administrativo ou vendas,
não é relacionado à produção), entre outros.

Então Como diferenciar Despesas de Custos?

Os custos têm a capacidade de serem atribuídos ao produto final, despesas são de


caráter geral, de difícil vinculação aos produtos obtidos.

Se ainda restar dúvida proponho a seguinte pergunta para esclarecimento da


natureza do gasto:

Se hipoteticamente eu eliminar este gasto a produção ou obtenção de estoques


seria diretamente afetada?

Se a resposta for afirmativa trata-se de um custo, pois está vinculado a produção,


caso contrário temos uma despesa.

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RECEITAS

Receitas são consideradas como o dinheiro que a empresa recebe ou tem direito a
receber, proveniente das operações da mesma.

A seguir alguns exemplos de receitas:

- Receita de serviços prestados;


- Receita de aluguel;
- Receita de juros;
- Receita de vendas.

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

Uma empresa pode ter três tipos de variações patrimoniais que podem variar de
acordo com o seu saldo. Vejamos agora os tipos de variações patrimoniais:

Variação Patrimonial Líquida Negativa: esta situação ocorre quando a soma de


BENS e DIREITOS for menor do que a soma das OBRIGAÇÕES da empresa.
Desta forma a empresa não tem dinheiro disponível para cumprir com os seus
compromissos financeiros.

Variação Patrimonial Líquida Positiva: esta situação ocorre quando a soma dos
BENS e DIREITOS de uma empresa são maiores do que as OBRIGAÇÕES da
empresa. Neste caso a empresa tem dinheiro suficiente sim, para cumprir com seus
compromissos financeiros.

Variação Patrimonial Líquida Nula: esta situação ocorre quando a soma dos
BENS e DIREITOS for igual à soma das OBRIGAÇÕES da empresa. Neste caso
demonstra a inexistência de recursos próprios, pois tudo o que a empresa tem, ela
deve, dessa forma a empresa só tem capacidade para cumprir com seus
compromissos financeiros existentes, ou seja, liquidar as dívidas existentes, mas
não novas dívidas que possam surgir.

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CONTAS CONTÁBEIS

As contas contábeis são as representações escrituradas de bens, direitos,


obrigações, capital, reservas, etc. de uma entidade.

A finalidade das contas é registrar as movimentações incorridas na empresa no


livro diário, expressando-se monetariamente. Cada fato contábil é transcrito para as
respectivas contas, com sua data, histórico e valor.

As contas de uma empresa estão divididas em dois setores, as contas patrimoniais


e as contas de resultado.

Porém estes dois setores (patrimonial e de resultado) se dividem em partes, por


exemplo, as contas PATRIMONIAIS se dividem em: contas de ATIVO e PASSIVO.
E as contas de RESULTADO se dividem em contas de RECEITAS e contas de
DESPESAS. Vejamos agora a fundo as definições destas contas:

As contas ativas registram bens e direitos, como numerário (caixa), valores


bancários (contas de movimento), clientes (duplicatas a receber), imóveis (terrenos e
edificações), etc.

As contas passivas registram as obrigações e os recursos de capital, como contas


a pagar (fornecedores), empréstimos tomados (instituições financeiras), capital
social, reservas de lucros, etc.

Cada conta tem um título que represente, de forma adequada, o conjunto de


movimentações que ocorrem e também ocorrerão.

Vejamos agora os itens que compõem as contas de resultado de uma empresa.

As contas de Resultado não representam o patrimônio da empresa e sim aquilo que


provoca variação em seu patrimônio, através de suas atividades poderá verificar se
houve lucro ou prejuízo

Como já citado as contas de resultados se dividem em dois tipos de contas,


DESPESAS e RECEITAS.

As contas de despesas são aquelas que não estão ligadas ao processo produtivo,
porém são altamente necessárias para que este seja concluído, ou seja, as contas
de despesas não geram nenhum lucro a empresa, porém sem elas seria impossível
a empresa realizar seu processo produtivo.

As contas de receitas geralmente correspondem à venda de mercadorias ou


prestação de serviços, ou seja, é uma conta resultante das atividades que a
empresa exerce. Uma receita também pode estar derivada de juros obtidos através
de aplicações. Todas as receitas obtidas tornam-se parte do patrimônio da empresa.

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Vejamos a seguir o organograma que representa a classificação das contas
contábeis:

Ativo (bens
Contas e direitos)
Patrimonais Passivo
Contas (obrigações)
Contábeis
Receitas
Contas de
Resultado
Despesas

PLANO DE CONTAS

O Plano de contas é constituído pelo conjunto de normas e procedimentos utilizados


em uma empresa para uma boa utilização das contas do sistema contábil, tendo
como finalidade principal servir de guia para o lançamento desses fatos.

É a estrutura ordenada de uma empresa, onde nela deverão prever todos os tipos
de transações que ocorrem dentro de uma empresa. Será a adoção dos códigos
contábeis a serem usados obrigatoriamente na empresa.

Através do plano de contas podemos codificá-las de tal maneira que possa nos
facilitar a aplicação dos códigos em documentos da empresa, ou seja, códigos
contábeis é uma técnica a qual são atribuídos códigos para codificar as contas.

Desta forma através de um código poderá se observar a que grupo cada conta
pertence, vejamos agora os códigos contábeis utilizados em uma empresa.

A seguir o modelo simplificado de um plano de contas.

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CONTAS PATRIMONIAIS
1 ATIVO 2 PASSIVO

1.1 ATIVO CIRCULANTE 2.1 CIRCULANTE


1.1.1 Caixa 2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher
1.1.1.01 Caixa Geral 2.1.1.01 Simples a Recolher
1.1.2 Bancos C/Movimento 2.1.1.02 INSS
1.1.2.01 Banco Alfa 2.1.1.03 FGTS
1.1.3 Contas a Receber 2.1.2 Contas a Pagar
1.1.3.01 Clientes 2.1.2.01 Fornecedores
1.1.3.02 Outras Contas a Receber 2.1.2.02 Outras Contas
1.1.3.09(-) Duplicatas Descontadas 2.1.3 Empréstimos Bancários
1.1.4 Estoques 2.1.3.01 Banco A - Operação X
1.1.4.01 Mercadorias
1.1.4.02 Produtos Acabados 2.2 NÃO CIRCULANTE
1.1.4.03 Insumos 2.2.1 Empréstimos Bancários
1.1.4.04 Outros 2.2.1.01 Banco A - Operação X

1.2 NÃO CIRCULANTE 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO


1.2.1 Contas a Receber 2.3.1 Capital Social
1.2.1.01 Clientes 2.3.2.01 Capital Social Subscrito
1.2.1.02 Outras Contas 2.3.2.02 Capital Social a Realizar
1.2.2 INVESTIMENTOS 2.3.2. Reservas
1.2.2.01 Participações Societárias 2.3.2.01 Reservas de Capital
1.2.3 IMOBILIZADO 2.3.2.02 Reservas de Lucros
1.2.3.01 Terrenos 2.3.3 Prejuízos Acumulados
1.2.3.02 Construções e Benfeitorias 2.3.3.01 Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores
1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas 2.3.3.02 Prejuízos do Exercício Atual
1.2.3.04 Veículos
1.2.3.05 Móveis
1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada
1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada
1.2.4 INTANGÍVEL
1.2.4.01 Marcas
1.2.4.02 Softwares
1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada

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CONTAS DE RESULTADO
3 CUSTOS E DESPESAS 4 RECEITAS

3.1 Custos dos Produtos Vendidos 4.1 Receita Líquida


3.1.1 Custos dos Materiais 4.1.1 Receita Bruta de Vendas
3.1.1.01 Custos dos Materiais Aplicados 4.1.1.01 De Mercadorias
3.1.2 Custos da Mão-de-Obra 4.1.1.02 De Produtos
3.1.2.01 Salários 4.1.1.03 De Serviços Prestados
3.1.2.02 Encargos Sociais 4.1.2 Deduções da Receita Bruta
4.1.2.01 Devoluções
3.2 Custo das Mercadorias Vendidas 4.1.2.02 Serviços Cancelados
3.2.1 Custo das Mercadorias
3.2.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas 4.2 Outras Receitas Operacionais
4.2.1 Vendas de Ativos Não Circulantes
3.3 Custo dos Serviços Prestados 4.2.1.01 Receitas de Alienação de Investimentos
3.3.1 Custo dos Serviços 4.2.1.02 Receitas de Alienação do Imobilizado
3.3.1.01 Materiais Aplicados
3.3.1.02 Mão-de-Obra
3.3.1.03 Encargos Sociais

3.4 Despesas Operacionais


3.4.1 Despesas Gerais
3. 4.1.01 Mão-de-Obra
3.4.1.02 Encargos Sociais
3.4.1.03 Aluguéis

3.5 Perdas de Capital


3.5.1 Baixa de Bens do Ativo Não Circulante
3.5.1.01 Custos de Alienação de Investimentos
3.5.1.02 Custos de Alienação do Imobilizado

Dica: este plano que disponibilizamos é um modelo simples de plano de contas, se


você deseja verificar o plano de contas completo e referencial acesse o site da
Receita (Sped – Sistema Público de Escrituração Digital), onde irá encontrar o plano
completo.

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REGISTROS CONTÁBEIS – ESCRITURAÇÃO
A técnica utilizada para registros dos fatos contábeis é chamada de escrituração. A
escrituração visa acima de tudo controlar o patrimônio da empresa, mas também
visa à apuração do resultado da empresa, ou seja, verificar se houve lucro ou
prejuízo. E também prestar informações aos outros usuários da informação contábil
que podem ser os escritórios de contabilidade que tem a função de analisar os
lucros da empresa e com base nisso calcular a quantidade de impostos que a
empresa terá que pagar, assim como os investidores, sócios, bancos, entre outros.

A escrituração dos fatos contábeis na empresa pode ser feita tanto de forma
cronológica como de forma sistemática, de
forma cronológica os fatos vão sendo lançados
á medida que os mesmos vão acontecendo e
na forma sistemática, ou seja, colocando os
fatos de acordo com sua natureza contábil.

É importante lembrar que quando estamos


falando em registros contábeis estamos
falando dos atos que movimentam a
contabilidade de uma empresa que podem ser
basicamente: vendas, compras, pagamentos, recebimentos, entre outros. Ou seja,
tudo aquilo que movimenta a contabilidade de uma empresa.

Os registros são denominados também como lançamentos, os quais são lançados


nos livros contábeis da empresa que são o livro DIÁRIO e o LIVRO RAZÃO, além de
outros livros que auxiliam a contabilidade.

Os lançamentos efetuados seguem o método universalmente utilizado, que é o


MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS, este método funciona da seguinte forma:
para cada débito efetuado em uma conta sempre haverá um crédito no mesmo valor
afim de que o total debitado seja igual ao total creditado.

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS

As partidas dobradas não são substituídas por nenhum outro método de


escrituração, isso por serem tradicionais e também por até hoje não existir um outro
método eficiente que possa a substituir.

O conceito de dualidade frequentemente utilizado para justificar as partidas


dobradas apenas exige para que sejam reconhecidos os dois lados de cada
transação. Isto poderia ser com igual facilidade feita numa única coluna, usando
sinais positivos e negativos, mas a forma utilizada é duas colunas com débitos e
créditos.

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Por exemplo, ao se usar caixa para adquirir estoque, por que não simplesmente
colocar um número positivo na coluna estoque e um número negativo na coluna
caixa numa planilha? Por que falar de debitar uma conta e creditar outra? Por que
toda essa maquinaria complexa?

O fato curioso é o de que, embora os inventores da contabilidade dispusessem de


conceitos tais, como moeda capital próprio e despesas, não dispunham de números
negativos! Havia a noção de números negativos, mas, ainda em 1544, matemáticos
como o alemão Michael Stifel os consideravam absurdos e fictícios.

Na verdade, não foram utilizados em matemática antes do século XVII. As contas


em forma de T (razonetes) foram desenvolvidas, portanto, para indicar aumentos de
um lado e reduções de outro. O saldo era obtido por uma tércnica de “subtração por
oposição”, ou, como dizia Pacioli, verificando-se “se o crédito foi superado pelo seu
débito”. Em outras palavras, toda a maquinaria de débitos e créditos é uma solução
engenhosa para um problema inexistente! (Fonte: HENDRIKSEN; BREDA, 1999, p. 44)

As partidas dobradas são usadas para estabelecer um nível entre débitos e créditos
de uma conta. Mas porque a utilizamos? Na verdade ate hoje não foi comprovado
outro método que possa ser melhor do que o método das partidas dobradas. Para
entendermos melhor vamos utilizar a seguinte situação:

Uma empresa realiza uma compra de mercadorias no valor de R$ 6.000,00 a prazo,


por exemplo, desta forma se gerou um fato contábil que pertencerá a conta do
passivo de uma empresa por se tratar de uma dívida, não é mesmo? Porém,
devemos observar que esta dívida nos gerou outro fato contábil na empresa que foi
a entrada de mercadorias na empresa, ou seja, uma conta de ativo por se tratar de
um bem para empresa. Então podemos entender que sempre quando gera um
débito na empresa sempre haverá um crédito no mesmo valor. A seguir o exemplo
do lançamento no livro diário deste lançamento.

Débito – CONTA ESTOQUE – 6.000,00


Crédito – CONTA FORNECEDOR – 6.000,00

A mercadoria entrou no estoque então gerou o débito de 6.000,00 (Ativo) e o valor a


ser pago ao fornecedor também é de 6.000,00 o qual fica a crédito (Passivo).

A seguir uma breve explicação sobre as partidas dobradas.

18
DÉBITO E CRÉDITO

Em consequência do método de partidas dobradas e do funcionamento das contas,


que foram vistas anteriormente, se desenvolveu o mecanismo de débito e crédito,
cuja compreensão é de fundamental importância para lançar corretamente os fatos
contábeis.

Para registrar os fatos contábeis que geram aumentos e reduções fazem-se os


lançamentos a débito e crédito das respectivas contas, conforme o mecanismo de
débito e crédito apresentados a seguir:

Para o lançamento correto dos fatos contábeis de uma empresa é essencial que
sejam seguidos os procedimentos passo a passo como veremos a seguir.

Sempre quando nos deparamos com um fato contábil devemos agir da seguinte
forma:

1º Identificar as contas envolvidas (sempre serão pelo menos duas contas), tais
como caixa, capital, estoque, água, luz, telefone, cliente, fornecedor, entre outras.2ï
passo
2º Identificar a que grupo cada conta pertence, uma conta só poderá pertencer a
apenas um grupo (ativo, passivo ou patrimônio líquido).

3º Identificar qual é o efeito do fato em cada conta envolvida , ou seja, qual elemento
contábil aumenta ou diminui com este fato. Sendo assim saberá o que será débito e
o que será crédito.

4º Efetuar o lançamento segundo o mecanismo de débito e crédito.

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

É chamado de lançamento contábil o registro de apenas um fato contábil, que pode


ser uma compra, venda, entre outros. O conjunto destes registros é chamado
escrituração contábil. A escrituração só é considerada completa quando nela
constarem todos os lançamentos do exercício social da entidade.

19
A escrituração contábil possui duas funções, uma é a função histórica , que consiste
nos registros dos fatos contábeis em ordem cronológica, ou seja, é realizado o
registro na medida em que os fatos contábeis ocorrem, sendo estes registrados no
livro Diário.

Outra função é a sistemática que consiste em organizar os fatos contábeis de acordo


com sua natureza, ou seja, cada um em sua respectiva conta, esses registros são
realizados no livro Razão.

LIVRO DIÁRIO

O livro diário é muito importante para a escrituração contábil, pois ele é o registro
básico e nele devem constar os lançamentos dia a dia, todos os atos ou operações
que possam modificar o Patrimônio da empresa.

A seguir exemplos de lançamentos no livro diário:

1. Lançamento
(dd/mm/aaaa) Constituição da empresa, o capital subscrito no contrato social é de
R$ 150.000,00. Os sócios integralizaram todo o capital em dinheiro.
Data Conta Débito Crédito
Caixa R$ 120.000,00 ---------
dd/mm/aaaa Capital subscrito --------- R$ 120.000,00

Histórico: integralização de capital realizada pelos sócios da empresa

2. Lançamento
(dd/mm/aaaa) Abertura de uma conta corrente em nome da empresa para realizar
sua movimentação, foi realizado o depósito de R$ 50.000,00 em dinheiro valor
retirado do caixa da empresa e depositado na conta corrente.
Data Conta Débito Crédito
Banco (conta corrente) R$ 50.000,00 ---------
dd/mm/aaaa Caixa --------- R$ 50.000,00

Histórico: valor referente a transferência do caixa para a conta corrente

3. Lançamento
(dd/mm/aaaa) Pagamento em dinheiro da despesa com aluguel do mês no valor de
3.500,00.
Data Conta Débito Crédito
Despesa com aluguel R$ 3.500,00 ---------
dd/mm/aaaa Caixa --------- R$ 3.500,00

Histórico: valor referente ao pagamento de aluguel do mês de janeiro

20
4. Lançamento
(dd/mm/aaaa) A empresa comprou dois computadores e uma escrivaninha, cujo
valor foi R$ 8.000,00 e o pagamento foi à vista com cheque.
Data Conta Débito Crédito

Equipamentos de informática e escritório R$ 8.000,00 ---------


dd/mm/aaaa Banco (conta corrente) --------- R$ 8.000,00

Histórico: valor referente a compra de material para escritório

5. Lançamento
(dd/mm/aaaa) A empresa comprou cadeiras para uso da empresa, pagou à vista em
dinheiro R$ 1.000,00.
Data Conta Débito Crédito

Móveis e utensílios R$ 1.000,00 ---------


dd/mm/aaaa Caixa --------- R$ 1.000,00

Histórico: valor referente a compra de móveis e utencílios

6. Lançamento
(dd/mm/aaaa) A empresa comprou mercadorias para revender, a compra foi a prazo
no valor de R$ 25.000,00.
Data Conta Débito Crédito

Estoque de mercadorias R$ 25.000,00 ---------


dd/mm/aaaa Fornecedores --------- R$ 25.000,00

Histórico: compra de mercadorias para revenda

7. Lançamento
(dd/mm/aaaa) A empresa vendeu parte do seu estoque no valor de R$ 10.000,00 à
vista em dinheiro. E o CMV (custo das mercadorias vendidas foi de R$ 7.000,00)
Data Conta Débito Crédito

Caixa R$ 10.000,00 ---------


dd/mm/aaaa Receita da venda de mercadorias --------- R$ 10.000,00

Histórico: venda à vista de mercadorias

Data Conta Débito Crédito


CMV – Custo das mercadorias vendidas R$ 7.000,00 ---------
dd/mm/aaaa Estoque de mercadorias --------- R$ 7.000,00

Histórico: atualização do estoque e custo das mercadorias vendidas

Obs: o lançamento 7 vai ter dois lançamentos, pois ele vai atuar em 4 contas, o caixa, a receita (conta
de resultado) o estoque e o CMV (conta de resultado).

21
LIVRO RAZÃO

O livro razão também pode ser conhecido como fichas ou razonetes, ele é utilizado
para resumir e também totalizar em cada conta os lançamentos efetuados no livro
diário, desta forma o livro razão reflete exatamente aquilo que foi lançado no livro
diário, mas de uma forma mais individualmente, ou seja, separando todas as contas.

Este livro é de grande importância para a escrituração contábil, pois ao contrário do


livro diário ele traz a totalização das contas mostrando os totais tanto a débito como
a crédito. Mesmo sendo produzido o livro razão de forma sistemática ele também
deve seguir certa ordem cronológica, sempre levando em conta as datas em cada
tipo de conta.

Vejamos agora alguns exemplos de livro razão.


Obs. os lançamentos efetuados nos razões abaixo são referentes aos lançamentos
que vimos anteriormente como exemplo no livro diário.

1. Lançamento
(dd/mm/aaaa) Constituição da empresa, o capital subscrito no contrato social é de
R$ 150.000,00. Os sócios integralizaram todo o capital em dinheiro.

2. Lançamento
(dd/mm/aaaa) Abertura de uma conta corrente em nome da empresa para realizar
sua movimentação, foi realizado o depósito de R$ 50.000,00 em dinheiro valor
retirado do caixa da empresa e depositado na conta corrente.

3. Lançamento
(dd/mm/aaaa) Pagamento em dinheiro da despesa com aluguel do mês no valor de
3.500,00.

4. Lançamento
(dd/mm/aaaa) A empresa comprou dois computadores e uma escrivaninha, cujo
valor foi R$ 8.000,00 e o pagamento foi à vista com cheque.

5. Lançamento
(dd/mm/aaaa) A empresa comprou cadeiras para uso da empresa, pagou à vista em
dinheiro R$ 1.000,00.

6. Lançamento
(dd/mm/aaaa) A empresa comprou mercadorias para revender, a compra foi a prazo
no valor de R$ 25.000,00.

7. Lançamento
(dd/mm/aaaa) A empresa vendeu parte do seu estoque no valor de R$ 10.000,00 à
vista em dinheiro. E o CMV (custo das mercadorias vendidas foi de R$ 7.000,00)

22
Lançamentos no Razão

CONTA: CAIXA
Data Nº Histórico Débito Crédito Saldo D/C
dd/mm/aaaa 1 Integralização 120.000,00 - 120.000,00 D
dd/mm/aaaa 2 Transf. De valor - 50.000,00 70.000,00 D
Despesa de
dd/mm/aaaa 3 aluguel - 3.500,00 66.500,00 D
Aquisição de
dd/mm/aaaa 5 Móveis - 1.000,00 65.500,00 D
Venda de
dd/mm/aaaa 7 mercad. 10.000,00 - 75.500,00 D

CONTA: CAPITAL
Data Nº Histórico Débito Crédito Saldo D/C
dd/mm/aaaa 1 Integralização - 120.000,00 120.000,00 C

CONTA: BANCO
Data Nº Histórico Débito Crédito Saldo D/C
dd/mm/aaaa 2 Transf. De valor 50.000,00 - 50.000,00 D
Aquisição de
dd/mm/aaaa 4 Equip. - 8.000,00 42.000,00 D

CONTA: ALUGUEL
Data Nº Histórico Débito Crédito Saldo D/C
Despesa de
dd/mm/aaaa 3 aluguel 3.500,00 - 3.500,00 D

CONTA: EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA ESCRITÓRIO


Data Nº Histórico Débito Crédito Saldo D/C
Aquisição de
dd/mm/aaaa 4 Equip. 8.000,00 - 8.000,00 D

CONTA: MÓVEIS E UTENSÍLIOS


Data Nº Histórico Débito Crédito Saldo D/C
Aquisição de
dd/mm/aaaa 5 Móveis 1.000,00 - 1.000,00 D

CONTA: ESTOQUE
Data Nº Histórico Débito Crédito Saldo D/C
Compra de
dd/mm/aaaa 6 mercad. 25.000,00 - 25.000,00 D
Atualizar
dd/mm/aaaa 7 estoque 7.000,00 18.000,00 D

CONTA: FORNECEDORES
Data Nº Histórico Débito Crédito Saldo D/C
Compra de
dd/mm/aaaa 6 mercad. - 25.000,00 25.000,00 C

23
CONTA: RECEITA DE VENDA DE MERCADORIAS
Data Nº Histórico Débito Crédito Saldo D/C
Venda de
dd/mm/aaaa 7 mercad. - 10.000,00 10.000,00 C

CONTA: CMV - Custo das Mercadorias Vendidas


Data Nº Histórico Débito Crédito Saldo D/C
Atualizar
dd/mm/aaaa 7 estoque 7.000,00 - 7.000,00 D

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

O balancete de verificação é conhecido por ser um demonstrativo contábil que reúne


todas as contas em movimento na empresa e seus respectivos .
Através do balancete é possível chegar a vários resultados importantes para a
Contabilidade da empresa durante o exercício, bem como elaborar outros
demonstrativos contábeis importantes, como a Demonstração do Resultado (DR
antiga DRE - demonstração do resultado do exercício) e Balanço Patrimonial (BP).
O balancete é responsável pela relação de Contas extraídas do livro Razão
(razonetes) da empresa, ou seja, é o conjunto de todas as contas (patrimonias e de
resultado) dos razonetes com seus respectivos saldos finais. O saldo de cada conta
é representado de acordo com sua natureza (devedora ou credora), e não apenas
de acordo com o grupo a que pertence.
Dessa forma, para elaborar um balancete, cada Conta será transferida do razão para
ele, com seu respectivo saldo final. Assim, se a Conta no razão apontar saldo final
devedor (lado esquerdo), este saldo será transportado para a coluna do saldo
devedor do balancete. Se a Conta apresentar no razão saldo final credor (lado
direito), este saldo será transportado para a coluna do saldo credor do balancete.
A soma dos saldos devedores deve ser igual à soma dos saldos credores. Se
houver desigualdade, é sinal de que há erros na Contabilidade da empresa.
A seguir um modelo de balancete de verificação, realizado com base nos
lançamentos do razão feito anteriormente:

24
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Data: dd/mm/aaaa Empresa: NOME DA EMPRESA
Conta Débito Crédito
Caixa 75.500,00 -
Banco 42.000,00 -
Estoque 18.000,00 -
Aluguel 3.500,00 -
Equip. de Informática 8.000,00 -
Móveis e utensílios 1.000,00 -
Fornecedor - 25.000,00
Capital - 120.000,00
Receita de Venda - 10.000,00
CMV 7.000,00 -
Saldo Final 155.000,00 155.000,00

Então como o resultado obtido foi de 155.000,00 de débito e 155.000,00 a crédito


podemos nos certificar que nossos lançamentos estão corretos, pois o resultado foi
igual. Dessa forma você percebe que o balancete de verificação é bem simples para
ser realizado, você vai apenas passar os resultados, ou seja, os saldos finais que
foram feitos no livro razão ou nos razonetes (forma manual).

Essa é a forma concreta de verificar se os lançamentos estão corretos ou não, pois


havendo qualquer erro no lançamento, desde o diário e consequentemente do
razão, vai aparecer aqui no balancete, pois não irão ficar iguais os valores do débito
e crédito. Ocorrendo a diferença no saldo final, a dica é voltar ao início, conferir
todos os lançamentos e identificar o erro.

25
INDICES DE LIQUIDEZ

Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente a


suas obrigações. Sendo de grande importância para a administração dar
continuidade nas tomadas de
decisão empresa, pois as
variações destes índices devem
ser motivos de estudos para os
gestores.

As informações para o cálculo


destes índices são retiradas
unicamente do Balanço
Patrimonial, demonstração
contábil que evidencia a posição
patrimonial da entidade,
devendo ser atualizadas
constantemente para uma
correta análise.

Essa liquidez vai decorrer de uma série de fatores como:


- A capacidade que a empresa apresenta para ser lucrativa;
- A maneira como seu ciclo financeiro é administrado;
- As decisões estratégicas tomadas em relação aos financiamentos e investimentos
feitos na mesma.

Um ponto importante a ser ressaltado com relação aos índices de liquidez diz
respeito ao ciclo financeiro já que, quanto maior e mais longo for o ciclo, maiores
serão os índices de liquidez exigidos para que a empresa possa ter uma boa
capacidade de pagamento.

Os índices de liquidez que normalmente são utilizados são:


 Índices de Liquidez Geral (ILG)
 Índices de Liquidez Corrente (ILC)
 Índices de Liquidez Seca (ILS)
 Índices de Liquidez Imediata (ILI)

A seguir veremos cada um dos índices citados acima:

26
ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL

O índice de liquidez geral é utilizado para se verificar a saúde financeira a curto e a


longo prazo da empresa, através da comparação do ativo circulante (que
compreende as disponibilidades, os direitos realizáveis no exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte) mais
o realizável a longo prazo (direitos realizáveis após o término do exercício seguinte),
com o passivo circulante (compreendendo as obrigações vencíveis no exercício
social seguinte) mais o exigível a longo prazo (que compreende as obrigações
vencíveis após o término do exercício social seguinte, isto é, num prazo superior a
um ano). A seguir a fórmula da liquidez geral:

(Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo)


Liquidez Geral =
(Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo)

A Liquidez geral é um indicador que determina que se a empresa fosse encerrar


suas atividades naquele momento, teria ou não condições de honrar seus
compromissos com suas disponibilidades, mais os seus realizáveis a curto e a longo
prazo, sem precisar utilizar o seu ativo permanente.

Podem haver situações em que o índice de liquidez geral, poderá mostrar uma
situação falsa da empresa, como por exemplo, a não constituição de provisão para
férias que causará um aumento dos resultados e uma diminuição das exigibilidades.

Deve-se salientar também o fato de que no passivo circulante pode haver


compromissos já vencidos, inclusive impostos atrasados. Bem como valores
recebíveis, como as duplicatas a receber, quando de prazos longos, podem na
verdade apresentar valores nominais menores do que figura no balanço.

ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE

O índice de liquidez corrente demonstra a capacidade de pagamento da empresa


em curto prazo, ele nasce da confrontação de quanto a empresa possui no ativo
circulante com as dívidas existentes no passivo
circulante, ou seja, se a empresa possui recursos
suficientes no ativo circulante para cobrir suas dívidas
de curto prazo.

O crescimento exagerado das contas a receber,


principalmente quando ocasionado por aumento de
inadimplência, ou ainda inchaço dos estoques
ocasionado por falhas em linhas de produção ou
obsolescência, devem ser deixados de lado do cálculo
desses índices.

Ele é utilizado como instrumento comparativo entre empresas de mesmo porte, que
executem atividades afins e que estejam na mesma região geográfica. Calculada a
27
partir da razão entre os direitos a curto prazo da empresa (caixas, bancos, estoques,
clientes) e a as dívidas a curto prazo (empréstimos, financiamentos, impostos,
fornecedores).

No Balanço estas informações são evidenciadas respectivamente como ativo


circulante e passivo circulante.

A seguir a fórmula da liquidez corrente:

Ativo Circulante
Liquidez Corrente =
Passivo Circulante

A partir do resultado obtido podemos fazer a seguinte análise:

Resultado da Liquidez Corrente:

Maior que 1: resultado que demonstra que a empresa tem o valor necessário
disponível para uma possível liquidação das obrigações a curto prazo.

Se igual a 1: os valores dos direitos e obrigações a curto prazo são equivalentes.

Se menor que 1: não haveria disponibilidade suficientes para quitar as obrigações a


custo prazo se fosse necessário.

ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA

Este índice apresenta uma situação mais adequada para a situação de liquidez, uma
vez que dele são eliminados os estoques que são considerados como fontes de
incertezas.

Com a retirada dos estoques, a


liquidez da empresa passa a não
depender dos elementos não
monetários, suprindo assim a
necessidade do esforço de “venda”
para quitação das obrigações de
curto prazo.

Há casos em que nem sempre os


estoques que a empresa possui
podem ser convertidos em dinheiro, por exemplo, a empresa tem um estoque de
tomate que estragou, mas a contabilidade não tomou conhecimento e, portanto não
baixou do estoque então, nesse caso tem-se uma falsa ideia de que se tem um
produto conversível monetariamente, ou seja, uma falsa ideia de liquidez.

A seguir a fórmula do índice de Liquidez Seca:

28
(Ativo Circulante - Estoques)
Liquidez Seca =
Passivo Circulante

ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA

Este índice é usado para medir, a capacidade da empresa em honrar seus


compromissos a curto prazo com o que possui de disponibilidades, ou seja, quanto a
empresa tem imediatamente disponível para pagar suas obrigações.

Este índice elimina a necessidade de “cobrança” para honrar as obrigações. Com o


desenvolvimento do mercado de crédito, esse índice passou a ter pouca relevância
a maior parte das empresas. Na atual conjuntura, não á aconselhável manter
disponibilidades muito elevadas, deixando de investir na própria atividade.

Embora no geral os indicadores de liquidez sejam avaliados em quanto maior


melhor, com relação ao índice de liquidez imediata isso não é conveniente uma vez
que, um índice elevado pode significar ociosidade de recursos.

A seguir a fórmula do índice de Liquidez Imediata:

Disponível
Liquidez Imediata =
Passivo Circulante

Para uma ampla e correta análise de liquidez da empresa é aconselhável o estudo dos
quatro índices de forma simultânea e comparativa, sempre observando quais são as
necessidades da empresa, qual o ramo do mercado em que ela está inserida e quais
as respostas que os gestores procuram ao calcular estes índices.

Um balanço patrimonial bem estruturado com a correta classificação das contas pela
contabilidade irá gerar índices de qualidade para uma melhor tomada de decisão dos
gestores.

29
Calculando os índices de liquidez

A seguir iremos realizar os cálculos práticos dos quatro índices de liquidez


estudados. Vamos fazer as análises com base nos resultados apresentados pelo
balanço patrimonial abaixo.

Índice de liquidez geral

(Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo)


Liquidez Geral =
(Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo)

Liquidez Geral = (15.000,00 + 10.000,00)


(10.000,00 + 10.000,00)
Liquidez Geral = 25.000,00 = 1,25
20.000,00
Análise: essa empresa tem sua liquidez geral de 1,25 isso significa que para cada 1,00 real
que ela tem em débito a curto e longo prazo ela tem 1,25 para quitar o débito. Dessa forma
a empresa encontra-se em uma situação confortável segundo o índice de liquidez geral.

Índice de liquidez
Ativo Circulante
Liquidez Corrente =
Passivo Circulante

Liquidez Corrente = 15.000,00 / 10.000,00 = 1,50


Análise: O resultado foi maior que 1 (ILC>1) isso faz com que o resultado demonstre que a
empresa tem o valor necessário disponível para uma possível liquidação das obrigações a
curto prazo.

30
Índice de Liquidez Seca
(Ativo Circulante - Estoques)
Liquidez Seca =
Passivo Circulante
Liquidez Seca= (15.000,00 – 2.000,00) = 1,30
10.000,00
Análise: este resultado de 1,30 demonstra que a empresa está com a liquidez seca positiva,
ou seja, para cada 1,00 de débito que a empresa tem, ela tem 1,30 para liquidação a curto
prazo.

Índice de Liquidez Imediata


Disponível
Liquidez Imediata =
Passivo Circulante
Liquidez Imediata = 10.000,00 = 1,00
10.000,00
Análise: Visto que a empresa tem o resultado de liquidez imediata de 1,00 é positivo, pois se
ela precisasse no momento quitar os débitos existentes ela teria o valor exato. Lembrando
aqui que as disponibilidades neste exercício são compostas pelo caixa 7.000,00 e pelas
aplicações financeiras 2.000,00. As disponibilidades são os valores que estão em imediata
disposição da empresa, ou seja, se ela precisar agora ela pode pegar este valor do caixa e
também das aplicações.

INDICADORES DE RENTABILIDADE

Os indicadores de rentabilidade são usados nas análises financeiras de empresas,


estes indicadores permitem avaliar os
lucros da empresa em relação a um
dado nível de vendas, de ativos e de
capital investido.

Dentre os indicadores mais usados


estão: retorno sobre patrimônio líquido,
retorno sobre ativos e retorno sobre
vendas (ou margem líquida). São
habitualmente expressos no formato de
percentual (%).

A rentabilidade mostra quanto o capital investido rendeu, indicando assim qual a


situação econômica da empresa. São índices de rentabilidade:

a) giro do ativo;
b) margem líquida;
c) margem bruta;
d) margem operacional;
e) rentabilidade do ativo;
f) rentabilidade do patrimônio líquido.

Os índices de rentabilidade são de interesse dos sócios que, através deles, verificam
a remuneração do capital aplicado. Também os bancos e fornecedores têm
31
interesse na rentabilidade da empresa, uma vez que medem a capacidade de
pagamentos de dívidas assumidas.

Quando comparamos lucro com ativo, ou lucro com patrimônio líquido, devemos
considerar dois aspectos:

1º muitos conceitos de lucro poderão ser utilizados: lucro líquido, lucro operacional,
lucro bruto, etc. É imprescindível que o numerador seja coerente com o
denominador. Se utilizarmos o lucro líquido no numerador, utilizaremos o ativo total
no denominador. Utilizando o lucro operacional no numerador, utilizaremos ativo
operacional no denominador.

2º tanto o ativo como o patrimônio líquido, utilizados no denominador para cálculo da


taxa de retorno, deverão ser o médio:

ATIVO MÉDIO = ATIVO INICIAL + ATIVO FINAL

PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO = PL INICIAL + PL FINAL

A razão é que nem o ativo final nem o ativo inicial geraram o resultado, mas a média
do ativo utilizado no ano. Sendo o mesmo para o patrimônio líquido.

a ) Giro do Ativo

Este quociente mede o volume de vendas em relação ao investimento total.


Quanto maior for o giro do ativo pelas vendas, maior deverá ser a taxa de lucro.
Por isso é aconselhável manter o ativo a um mínimo necessário. Ativos ociosos,
grandes investimentos em estoques, elevados valores de duplicatas a receber
prejudicam o giro do ativo e, consequentemente, a rentabilidade.
A seguir a fórmula para cálculo do giro do ativo:

GIRO DO ATIVO = VENDAS LÍQUIDAS ATIVO TOTAL MÉDIO


32
Lembrando que o valor das vendas líquidas é encontrado da seguinte forma:
Vendas totais (à vista e a prazo)
(-) Impostos sobre as vendas
(-) Descontos/abatimentos
(-) Devoluções/cancelamentos
(-) PIS sobre o faturamento
(-) COFINS
= Vendas líquidas

A obtenção de uma lucratividade satisfatória depende do volume de vendas


efetuadas, que servirão para cobrir os custos e despesas e, ainda, proporcionar uma
boa margem de lucro. Portanto, quanto maior for o giro do ativo melhor para a
empresa.

b) Margem Líquida

A margem líquida indica a lucratividade obtida pela empresa em função do seu


faturamento líquido. Quanto maior for este quociente maior será a lucratividade da
empresa, pois ele indica quanto à empresa ganhou em cada real de vendas líquidas
realizadas.
A margem líquida é encontrada usando-se a fórmula:

MARGEM LÍQUIDA = LUCRO LÍQUIDO


VENDAS LÍQUIDAS

c) Margem Bruta

Margem Bruta Este quociente revela o percentual remanescente da receita líquida,


após a dedução do custo das mercadorias vendidas; assim sendo, quanto maior se
apresentar este índice, melhor para a empresa.
A margem bruta é determinada pela fórmula:

MARGEM BRUTA = LUCRO BRUTO


VENDAS LÍQUIDAS

Lembrando que o lucro bruto é determinado da seguinte forma:


Vendas totais (à vista e a prazo)
(-) deduções sobre vendas
(=) vendas líquidas
(-) custo das mercadorias vendidas
(=) Lucro bruto

ou pode utilizar:
RCM (resultado da conta mercadorias) =
Vendas líquidas – CMV (custo das mercadorias vendidas)

33
d) Margem Operacional

Este coeficiente identifica o desempenho operacional da empresa, medido


exclusivamente em função das operações normais da mesma. Vale salientar que tal
coeficiente corresponde ao ganho puro, não sendo computadas despesas e receitas
financeiras. Sendo assim, quanto maior a margem operacional melhor para a
empresa, pois melhor será seu desempenho. A margem operacional é determinada
através da fórmula:

MARGEM OPERACIONAL = LUCRO OPERACIONAL VENDAS LÍQUIDAS

O lucro operacional corresponde ao


seguinte valor:
Lucro bruto
(-) despesas com vendas
(-) despesas administrativas
(-) despesas financeiras
= Lucro operacional

e) Rentabilidade do Ativo

Este índice procura mostrar quanto à empresa obtém de lucro líquido em relação ao
ativo.
Se o resultado da rentabilidade do ativo for:
Superior a 1, indica que a lucratividade superou as aplicações do ativo.
Sendo inferior a 1, indica que a lucratividade não foi à altura para cobrir o valor
investido na empresa.
A rentabilidade do ativo é encontrada através da fórmula:

RENTABILIDADE DO ATIVO = LUCRO LÍQUIDO


ATIVO TOTAL MÉDIO

f) Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL)

Este índice mostra qual a taxa de rendimento do capital próprio. O resultado pode
ser comparado com outros rendimentos do mercado financeiro como: poupança,
ações, etc.
A rentabilidade do patrimônio líquido é encontrada através da fórmula:

RPL = LUCRO LÍQUIDO PATRIMÔNIO


LÍQUIDO MÉDIO

Lembrando que o PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO = PL INICIAL + PL FINAL / 2

34

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