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Curso: Direito Administrativo


Administração Direta e Indireta

Professor: Jonatas Albino do Nascimento


Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas
Professor Jonatas Albino do Nascimento

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Olá, Pessoal!

Como vão os estudos? Sabemos que a vida de concurseiro é um tanto


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trabalhosa, mas pode ter certeza que não haverá arrependimentos no final,
pois tudo o esforço será recompensado.
Hoje vamos ter uma aula bem mais extensa que a anterior, pois iremos
aprofundar muito nosso estudo da Administração Pública. Também teremos
várias questões da nossa banca para resolver, pois essa parte da matéria é
bastante cobrada nos concursos.

Vamos começar?

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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Sumário
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1 – Organização da Administração Pública ....................................................................................4


1.1 – Características Gerais da Administração Pública.............................................................4
1.2 – Manifestação do Estado por meio dos agentes públicos ................................................7
1.3 – Órgãos Públicos .............................................................................................................9
1.3.1 – Classificação dos órgãos Públicos .............................................................................. 11
1.3.1.1 – De acordo com a Posição Estatal ............................................................................ 11
1.3.1.2 – De acordo com a Estrutura ..................................................................................... 12
1.3.1.3 – De acordo com a Atuação Funcional ......................................................................13
1.3.1.4 – Quanto à composição dos órgãos ........................................................................... 13
1.3.2 - Criação de Órgãos Públicos e Organização da APU ..................................................... 16
1.4 – Descentralização x Desconcentração ........................................................................... 18
2 – Administração Pública Direta ................................................................................................21
3 – Administração Pública Indireta (API) .....................................................................................21
3.1 – Características Gerais...................................................................................................22
3.2 – Autarquias ................................................................................................................... 23
3.3 – Fundações Públicas ......................................................................................................27
3.4 – Empresas Públicas .......................................................................................................30
3.5 – Sociedade de Economia Mista ..................................................................................... 33
4 – Questões Comentadas ...........................................................................................................36
5 – Lista de exercícios ..................................................................................................................72
6 – Gabarito.................................................................................................................................87
7 – Referencial Bibliográfico ........................................................................................................88

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1 – Organização da Administração Pública

1.1 – Características Gerais da Administração Pública

Vejamos alguns conceitos relevantes aplicáveis à Administração Pública


(APU): Responsabilidade Civil Objetiva, Imunidade Tributária Recíproca,
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Contrato de Gestão e Precatórios.

Responsabilidade Civil Objetiva


Grande parte da APU está submetida à responsabilidade civil objetiva do
Estado, de acordo com a CF/88 (Constituição Federal de 1988):
“art 37 (...) § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as
de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.”

Por esse princípio, todos os entes de direito público (inclusive os da


Administração Pública Indireta, a partir de agora também chamada de API)
respondem pelos danos que seus agentes causarem.
Este conceito de responsabilidade objetiva está associado ao fato de ser
independente de dolo (no mínimo assumir o risco de causar o dano) e culpa
(negligência, imprudência e imperícia). Caso dependesse de dolo/culpa
estaríamo diante responsabilidade subjetiva, que predomina no direito
privado. O termo objetivo nos remete a resultado, ignorando, a intenção do
agente responsabilizado.
Notem que:
 Esse princípio se aplica também às pessoas jurídicas de direito
privado prestadoras de serviços públicos. Aqui estão incluídos os
particulares delegatários e entidades da administração indireta de
direito privado.
 É utilizado o conceito de “agente”. Este é um conceito amplo que,
conforme explicado anteriormente, engloba todos aqueles que
desempenham função pública. A palavra “causarem” também é relevante,
pois tal tipo de responsabilidade somente se aplica aos prejuízos oriundos de
ações e não de omissões dos agentes públicos.

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Agente Público => Podemos definir agentes públicos como sendo


aqueles que exercem uma função pública, seja de forma
remunerada ou gratuita, permanente ou temporária. Notem que se
trata de um conceito amplo, segundo o qual até particulares em
colaboração com o Estado estão contidos. Agentes públicos são o gênero
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e os servidores públicos são uma das espécies. Veremos as demais


classes na aula referente aos servidores públicos.

 No artigo emprega-se o termo “nessa qualidade” ao se referir aos


agentes. Isso significa que só há responsabilidade do Estado quando o
agente está atuando no exercício da função pública.

PJ de direito público
ou
PJ direito privado
prestadora de
serviços públicos
Responsabilidade
civil objetiva do
Estado

Ações dos agentes

(PJ = pessoa jurídica)

Imunidade Tributária Recíproca


Segundo a CF/88, temos a seguinte vedação:
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
(...)
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; (...)”
Este princípio é restrito aos impostos sobre o patrimônio, renda e
serviços e tem como um de seus principais objetivos assegurar o pacto
federativo.

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Isso ocorre para impedir a influência da alteração da carga de tributária


de um ente no patrimônio ou finanças de outro, o que poderia representar
uma grande ameaça ao pacto federativo, segundo o qual os entes são
autônomos, não podendo um interferir de forma relevante no funcionamento
do outro.
Para que os entes políticos (União, Estados, Municípios e DF) gozem de
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verdadeira autonomia é necessário que tenham capacidade financeira para


implementar seus projetos e arcar com suas despesas. Logo, um ente não
pode indiscriminadamente impactar a situação financeira do outro por meio da
cobrança de impostos.1

Contrato de Gestão
O contrato de gestão ou acordo programa tem previsão constitucional
(CF, 37, §8º) como vemos abaixo:
“§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
órgãos e entidades da administração direta e indireta
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade,
cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho,
direitos, obrigações e Responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.”

Como se percebe, os órgão e entidades da APU estão contemplados com


a possibilidade de celebração do contrato de gestão. A ideia é dar maior
autonomia aos órgão e entidades da APU e, em troca, obter ganhos de
produtividade e eficiência por parte do setor público.
A celebração de contratos de gestão com o setor privado também
é possível, com as entidades chamadas de organizações sociais (que serão
abordadas futuramente). Por ora, devemos saber que nesse caso o que ocorre
é a restrição de autonomia dessas entidades.

01. (ESAF - SEFAZ CE/2007) A autonomia gerencial,


financeira e orçamentária dos órgãos e entidades da Administração direta e
indireta poderá ser ampliada mediante
1
A abordagem da Imunidade Tributária adotada no nosso curso é focada no Direito Administrativo. O
aprofundamento de tal questão é matéria do Direito Tributário e foge do objetivo do nosso curso.

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a) termo de parceria.
b) protocolo de intenções.
c) contrato de gestão.
d) convênio.
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e) consórcio.
Comentários: Questão simples para fixar o conceito do parágrafo anterior.
Gabarito Letra C

Precatórios
Neste momento, nos basta saber que o pagamento das dívidas do
Governo está previsto na CF/88 (art. 100). A redação do caput é a seguinte:
“Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença
judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos,
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.”

O que você precisa saber é que são englobadas, por esse instituto,
todas as pessoas jurídicas de direito público da Administração Pública.

1.2 – Manifestação do Estado por meio dos agentes públicos

Estudamos na aula passada que a Administração Pública é responsável por


implementar (executar) as políticas públicas definidas pelo Estado. Ocorre que
tal tarefa é realizada por meio dos agentes públicos (servidores, particulares
delegatários, empregados públicos e outros). Assim, alguns questionamentos
surgiram:
 A vontade desses agentes se confunde com a vontade do próprio
Estado?
 Qual seria a relação entre os agentes públicos e o Estado?
 Como justificar juridicamente que um agente, ao executar uma
determinada atividade, estará agindo apenas buscando exercer a
vontade do Estado?
 No caso da verificação de alguma irregularidade, quem deverá ser
responsabilizado? O agente ou o Estado?
Para responder esses e outros questionamentos, foram desenvolvidas as
teorias abaixo:

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 Teoria do Mandato: o agente público representará o Estado por


meio de um mandato. O mandato é um instituto do Direito Civil no qual o
mandante (que no nosso caso seria o próprio Estado), por meio de uma
procuração, outorgaria poderes a outros (agentes públicos) para a realização
de determinados atos, de acordo com suas competências. Esta teoria não é
mais aceita, pois não seria possível a responsabilização do Estado pelos
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atos cometidos pelos seus agentes (a responsabilidade recairia sobre o


mandatário – agente público – que atuou além das suas atribuições, por
exemplo). Além disso, não é explicado como o Estado (que não tem vontade
própria) poderia outorgador poderes aos agentes públicos.

 Teoria da representação: o Estado seria equiparado a um


incapaz, logo não teria condições de atuar diretamente sem a
participação de terceiros. Estes terceiros seriam os agentes públicos. Tal
teoria também não é aceita, pois o Estado como incapaz não poderia
outorgar poderes aos agentes públicos. Assim, como a Teoria do Mandato, não
seria possível responsabilizar o Estado pelas condutas de seus agentes por
ausência de capacidade daquele (Estado).

 Teoria do Órgão: É a teoria aceita atualmente. O Estado se


manifesta por meio dos órgãos que compõem a Administração Pública. Os
órgãos, por sua vez, exercem suas atribuições por meio do agente
público, cuja atuação é tida como sendo do próprio órgão. Assim, os atos
praticados pelos agentes públicos seriam imputados ao próprio órgão
(imputação volitiva). No caso da ocorrência de irregularidades por parte dos
agentes, tal conduta é atribuída ao próprio órgão e, por conseguinte, ao
Estado, que responderá por eventuais danos causados. Esta
responsabilidade é na modalidade do risco objetivo. Cabe ao Estado ação
regressiva contra o agente que der causa ao dano, se este tiver agido com
dolo ou culpa.

Teoria do Órgão

Responsabilidade Atualmente
Imputação Volitiva
objetiva aceita

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Funcionário de Fato X Usurpador de Função


Funcionário de fato é o agente público irregularmente investido
(mas ainda assim investido) em uma função pública. Situação em
que poderá ser responsabilizada a Administração, pois há vínculo entre
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o indivíduo e o ente estatal em questão.


Não é aceito pela doutrina a imputação ao Estado de atos
praticados pelos chamados usurpadores de função, pessoas sem
nenhum vínculo com a Administração que venham a prejudicar os
cidadãos.
Exemplo: Um Analista do Banco Central que tenha sido nomeado sem
o ensino superior, em que pese a exigência para o cargo, é um
funcionário de fato (irregularmente investido) e por isso seus atos
serão imputados à União. Já uma pessoa que se apresenta em uma
empresa como servidor, mas que na verdade não tem nenhum vínculo
com a Administração, não irá gerar nenhum ônus para o Estado.

1.3 – Órgãos Públicos

Para realizar sua finalidade, a Administração Pública precisa praticar


diversos tipos de atos, como a concessão de uma licença, uma fiscalização na
sede de uma empresa, a nomeação de servidores públicos, a realização de
uma licitação e muitos outros atos.
Devido a grande variedade de ações realizadas pela Administração
Pública, esta procura definir setores que cuidarão de áreas específicas de
atuação. Esta separação funcional (especialização) é realizada
geralmente através da criação de órgãos, o que é chamado de
desconcentração administrativa.
Segundo a definição do mestre Hely Lopes Meirelles, órgãos são:
“centros de competência instituidos para o desempenho de
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é
imputada à pessoa jurídica a que pertente.”.

Percebe-se que a definição acima emprega a Teoria do Órgão,


explicada anteriormente.

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Órgãos são, portanto, “compartimentos” dentro da própria


Administração Pública com funções específicas definidas. É importante
entendermos que o órgão é parte integrante da entidade que o criou, NÃO
tendo personalidade jurídica. Essa entidade que cria tais centros de
competência pode ser tanto um ente político (União, Estados, DF e Municípios)
quanto uma entidade da Administração Pública Indireta.
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Quando, por exemplo, um contribuinte discorda de algum ato da Receita


Federal, ele pode questioná-la no Judiciário. Caso o faça, o pólo passivo será
ocupado pela União, entidade política com personalidade jurídica, e não a
Receita Federal, órgão do Ministério da Fazenda. A Receita Federal e o próprio
Ministério da Fazenda não têm personalidade jurídica para responder por tais
atos.
Outra consequência da ausência de personalidade jurídica dos órgãos é
que os bens efetivamente empregados no desempenho de suas atividades
continuam pertencendo ao ente ao qual pertente o órgão.
Deve-se salientar que é reconhecido no direito pátrio a
prerrogativa de certos órgãos atuarem no Judiciário na defesa de suas
competências. Esta característica é restrita aos órgãos de estatura
constitucional que, obviamente, têm maior independência.
Um órgão pode ter sua atuação restrita tanto em termos funcionais (que
papel irá desempenhar) quanto em termos geográficos (onde irá atuar). Os
órgãos que atuam em todo o território nacional são chamados de
órgãos centrais enquanto que aqueles que exercem suas atribuições
apenas em parte do território nacional são chamados de órgãos locais.
Cabe salientar a possibilidade descrita no tópico anterior dos órgãos
públicos terem maior autonomia por meio da celebração de contratos
de gestão. Sofre severas críticas da doutrina tal possibilidade, uma vez que o
órgão não tem personalidade jurídica, logo não teria (a princípio) capacidade
para celebrar contrato com a própria Administração Pública (da qual faz
parte). De qualquer forma, por expressa previsão constitucional, devemos
entender que hoje isso é possível.
Podemos citar como exemplos de órgãos públicos a Secretaria da
Receita Federal e a Polícia Federal.

02. (ESAF - Ag Exec (CVM)/2010) São características dos


órgãos públicos, exceto:
a) integrarem a estrutura de uma entidade política, ou administrativa.
b) serem desprovidos de personalidade jurídica.
c) poderem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37, § 8º da
Constituição Federal.
d) resultarem da descentralização.

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e) não possuírem patrimônio próprio.


Comentário: A criação de órgão é feita por meio do instituto da
desconcentração e não da descentralização (que será explicada nos próximos
tópicos). Todos os demais itens foram explicados e fazem parte das
características dos órgãos públicos.
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Gabarito Letra D.

1.3.1 – Classificação dos órgãos Públicos

Os órgãos podem ser classificados de diversas formas. Estudaremos as


principais.

1.3.1.1 – De acordo com a Posição Estatal

 Órgão Independentes ou Primários


Esses órgãos têm sua competência originada da própria CF
(Constituição Federal da República Federativa do Brasil). Não estão
subordinados a nenhum outro órgão. Isso não quer dizer que estejam
livres de controle. Toda a Administração Pública está submetida ao controle
realizados pelos órgãos de controle, como o Ministério Público, Controladoria
Geral do União e Tribunal de Contas da União. Como exemplos, podemos citar
o Supremo Tribunal Federal, o Senado Federal, a Presidência da República e
as Governadorias dos Estados.

 Órgãos Autônomos
Estes órgãos estão situados logo abaixo dos órgãos independentes,
sendo submetidos ao controle hierárquico por parte desses últimos.
Possuem autonomia administrativa, financeira e técnica. Geralmente
têm funções diretivas. Exemplos: Ministérios e Secretárias de Fazenda dos
Estados.

 Órgãos Superiores
Atuam principalmente nas áreas de direção, controle e decisão, não
tendo, entretanto, autonomia administrativa e financeira. Estão sujeitos
ao controle realizado pelos níveis acima especificados. Como exemplos
podemos citar as Inspetorias e Delegacias da Receita Federal.

 Órgãos Subalternos
Têm baixo nível de autonomia, sem poder decisório e com funções de
mera execução. Como exemplos, podemos citar as seções de material.

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ÓRGÃOS INDEPENDENTES

ÓRGÃOS AUTÔNOMOS

ÓRGÃO SUPERIORES
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ÓRGÃOS SUBALTERNOS

03. (ESAF - DNIT/2013) Quanto à sua posição estatal, o


órgão que possui atribuições de direção, controle e decisão, mas que sempre
está sujeito ao controle hierárquico de uma chefia mais alta, não tem
autonomia administrativa nem financeira, denomina-se:
a) órgão subalterno.
b) órgão autônomo.
c) órgão singular.
d) órgão independente.
e) órgão superior.
Comentários: Questão simples, mas que pode pegar o candidato no detalhe.
A resposta é a letra E, mas vamos quebrar o texto para tirar o máxino de
revisão:
“Quanto à sua posição estatal”  Estamos falando da classificação entre
independente, autônomo, superior e subalterno. Letra C descartada.
“Possui atribuições de direção controle e decisão”  Obviamente não são os
órgãos subalternos. Letra A descartada.
“sempre está sujeito ao controle hierárquico de uma chefia mais alta”  Como
verificamos os órgãos independentes estão no topo da pirâmide e não se
submetem ao controle de nenhum outro órgão. Letra D descartada.
“não tem autonomia administrativa nem financeira”  Os órgãos autônomos,
apesar de estarem abaixo dos independentes, continuam tendo autonomia
administrativa e financeira. Letra B descartada.
Gabarito Letra E.

1.3.1.2 – De acordo com a Estrutura

 Órgãos Simples ou Unitários


São formados por um único centro de competência, não sendo
subdividos em outros órgãos.
 Órgãos Compostos

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Internamente são dividos em outros órgãos. Notem que um órgão


composto é formado por outros órgãos compostos e simples. Os últimos
órgãos da cadeia são sempre simples. Prestem atenção no desenho abaixo,
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ÓRGÃO COMPOSTO

ÓRGÃO COMPOSTO ÓRGÃO SIMPLES

ÓRGÃO SIMPLES ÓRGÃO SIMPLES

1.3.1.3 – De acordo com a Atuação Funcional

 Órgãos Singulares ou Unipessoais


São aqueles que têm apenas um agente público responsável pela
tomada de decisões. Notem que tal órgão pode ter diversos agentes, mas
somente um define o que deverá ocorrer. Como exemplo podemos citar a
Presidência da República.

 Órgãos Colegiados ou Pluripessoais


As decisões são tomadas por um conjunto de servidores, sendo a
decisão tomada por meioria. Um exemplo é o Tribunal de Contas da União.

1.3.1.4 – Quanto à composição dos órgãos

 Singulares
Composto por um único agente público. Como exemplo podemos citar
a Presidência da República.

 Colegiados

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Composto por vários agentes. Por exemplo a Delegacia da Receita


Federal de Manaus.
Em resumo, temos:

Classificação dos órgãos


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Competência originada da própria CF;


Independentes Não estão subordinados a nenhum outro
órgão.
Situados logo abaixo dos órgãos
independentes, sendo submetidos ao
controle hierárquico por parte desses
últimos;
Autônomos
Posição Estatal
Possuem autonomia administrativa,
financeira e técnica.
Principalmente nas áreas de direção,
Superiores controle e decisão, não tendo entretanto
autonomia administrativa e financeira.
Têm baixo nível de autonomia, sem
Subalternos poder decisório e com funções de mera
execução
Simples ou Um único centro de competência, não
Unitários sendo subdivido em outros órgãos
Estrutura
Internamente são divididos em outros
Compostos órgãos (são formados por outros órgãos
compostos e simples)
Singulares ou Apenas um agente público responsável
Unipessoais pela tomada de decisões
Atuação
Funcional Colegiados ou Decisões são tomadas por um conjunto de
Pluripessoais servidores
Composição Singulares Um único agente público
Estatal
Colegiados Vários agentes

04. (ESAF - Ag Exec - CVM/2010) Ao final de cada uma


das alternativas da coluna I insira o número constante da coluna II que
contemple a correspondência mais adequada. Após, assinale a opção que
apresenta a sequência correta para a coluna I.
Coluna I Coluna II
( ) São órgãos constituídos (1) Órgãos simples

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por um só centro de (2) Órgãos compostos


competência. Não (3) Órgãos singulares
são subdivididos em (4) Órgãos colegiados
sua estrutura interna,
integrando-se em órgãos
maiores.
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( ) São também denominados


unipessoais, são órgãos
em que a atuação ou as
decisões são atribuições
de um único agente.
( ) Reúnem em sua
estrutura diversos
órgãos, como resultado
da desconcentração
administrativa.
( ) São caracterizados por
atuarem e decidirem
mediante obrigatória
manifestação conjunta de
seus membros.
a) 1, 2, 3, 4
b) 1, 3, 2, 4
c) 3, 2, 1, 4
d) 3, 1, 4, 2
e) 4, 3, 2, 1
Comentários: Excelente questão de revisão. Vamos comentar a parte
relevante de cada item, em ordem:
( )”... um só centro de competência (...). Não são subdivididos em sua
estrutura interna ...” Descrição clara de órgão simples. 1
( ) “...unipessoais, ...atuação ou as decisões são atribuições de um único
agente” Só faltou saber que o sinônimo de unipessoais é singular. 3.
Notem que só ai já dá pra dizer que é letra B... numa situação de prova o
candidato tem que ficar de olho nisso... Mas vamos comentar os demais itens.
( ) “Reúnem em sua estrutura diversos órgãos, como resultado da
desconcentração administrativa.” Na mesma estrutura diversos órgãos - >
composto. 2
( ) “São caracterizados por atuarem e decidirem mediante obrigtória
manifestação conjunta de seus membros. “ Órgão colegiado. 4.
Gabarito letra B.

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Vamos resolver também uma questão da nossa banca: CESPE !

05. (CESPE/2013/TRT – 17ª Região (ES)/Analista


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Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador)

Considere que a União, mediante decreto, crie uma secretaria vinculada ao


Ministério dos Esportes, com prazo de extinção definido e com competência
para atuar nos grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil nos
próximos anos. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens
subsequentes.

A referida secretaria será considerada um órgão simples, em razão de seu


caráter transitório.

Resolução:

Os órgãos podem ser classificados de diversas formas, quanto à posição


estatal, estrutura, atuação funcional ou composição estatal.
Quanto à Estrutura a classificação é a seguinte:
Simples ou Um único centro de competência, não sendo
Unitários subdivido em outros órgãos.
Compostos Internamente são divididos em outros órgãos (são
formados por outros órgãos compostos e simples)

Não há nenhuma classificação quanto ao prazo de existência do órgão!

GABARITO: ERRRADO

1.3.2 - Criação de Órgãos Públicos e Organização da APU

A criação e extinção de Ministérios (que também é um órgão) e


órgãos públicos é de competência do Congresso Nacional (CF, 48, XI)2 e
depende de lei cuja iniciativa é de competência privativa do Presidente
(CF, 61, §1º, II,” e”).
“Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da
República, não exigida está para o especificado nos arts. 49, 51 e 52,
dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente
sobre:
(...)

2
Onde se está (CF, 48, XI) devemos ler: Constituição Federal, artigo 48, inciso XI.

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XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração


pública; (...)”

Essa regra de iniciativa, obviamente, só se aplica aos órgãos do


Poder Executivo. Não seria pertinente, por exemplo, o chefe do executivo
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iniciar o processo de criação de um órgão do Judiciário.

Criação de Órgãos e Competência do Congresso Nacional


entidades da APU
(Poder Executivo)
Lei de iniciativa do chefe do Executivo

Segundo jurisprudência do STF (ADI 3.254, rel. min. Ellen Gracie, j.


16-11-2005, P, DJ de 2-12-2005), por simetria o mesmo vale para os
demais entes da federação. Assim, a criação/extinção de órgãos estaduais
depende de lei de iniciativa dos governadores, chefes do Poder Executivo
estadual.
O chefe do executivo pode, alternativamente, organizar o
funcionamento da Administração Pública por meio de decretos
autônomos. Nesse caso, tal alteração não pode contemplar a
criação/extinção de órgão públicos nem o aumento de despesas (CF,
84, VI, “a”).

Decretos Autônomos. Esse tipo de decreto está previsto no artigo


84, inciso VI da CF. Por tal instituto, o chefe do executivo pode
dispor sem necessidade de lei sobre os seguintes assuntos:
 Organização da APU (desde que sem a criação/extinção
de órgãos públicos nem aumento de despesas)
 Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.

06. (ESAF - AFC – CGU /2006) Assinale, entre as hipóteses


abaixo, aquela que corresponde à competência legislativa do Congresso
Nacional, prevista na Constituição Federal, sobre a organização administrativa
do Poder Executivo.
a) Criação, extinção e atribuições de órgãos da Administração Pública.
b) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração Pública.
c) Criação e extinção de órgãos da Administração Direta.

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d) Criação, extinção e atribuições de Ministérios, órgãos e entidades da


Administração Pública.
e) Criação e extinção de órgãos e entidades da Administração Direta e
Indireta.
Comentários: Vamos comentar cada item:
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(a) Errado. Prever as atribuições dos órgãos da APU não é competência


do Congresso.
(b) Correto. Descrição literal do art. 48, XI da CF.
(c) Errado. Não é o que está previsto na CF. Aqui é colocado uma
competência mais restrita (Administração Direta), o que torna o item
errado.
(d) Errado. Novamente definição de atribuições não é competência do
Congresso, nem engloba as entidades (que têm personalidade
jurídica) da Administração Pública.
(e) Errado. Não é competência do Congresso a criação/extinção de
entidades da Administração Pública Indireta.
Gabarito Letra B.

1.4 – Descentralização x Desconcentração

Como vimos, a Administração Pública estabelece (cria) centros de


competências despersonalizados chamados de órgãos, com atribuições
próprias para realizar determinadas funções. Este processo de criação de
órgão dentro de uma pessoa jurídica chama-se desconcentração
administrativa.
Caso uma pessoa jurídica opte por não criar nenhum órgão e
realizar todas atividades diretamente, estaremos diante da concentração
administrativa.
Percebam que nos dois casos a pessoa jurídica responsável
continua sendo a mesma, ocorrendo apenas a divisão de tarefas
(especialização) com intuito de alcançar maior eficiência na gestão da
coisa pública. Os órgãos ficam subordinados ao órgão superior que os
controla, configurando o chamado controle hierárquico.
Há casos, entretanto, em que é importante que esses centros de
competências tenham maior autonomia, podendo inclusive responder por
danos eventualmente causados por seus agentes. Para que isso ocorra, tais
entidades precisam ter personalidade jurídica.
É por meio da descentralização que a Administração Pública
transfere parte de suas atribuições a outras entidades.

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Quando a Administração Pública cria entidades personalizadas (com


capacidade processual) para executar determinadas atividades com maior
autonomia, estamos diante da descentralização por outorga (ou por
serviço). Essas entidades continuam integrando a APU, mas fazem parte da
Administração Pública Indireta (API). Para isso, é necessária a edição de
uma lei. Nessa modalidade, a Administração Pública transfere a titularidade
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e execução da atividade.
Alternativamente, a Administração pode transferir certas atribuições
para o setor privado. Nesse caso, estamos diante da descentralização por
delegação (ou por colaboração). Esta delegação é realizada por um
contrato (no caso de concessão ou permissão de serviço público) ou ato
unilateral (autorização de serviços públicos). Aqui há a transferência apenas
da execução da atividade.
Temos também a descentralização territorial ou geográfica, na
qual é criado um território federal que, conforme jurisprudência, tem
natureza de autarquia territorial.

Criação de
Outorga
Entidades da API

Descentralização Delegação Atribuição à


Administrativa empresa privada

Descentralização Criação de
Geográfica Território Federal

Quando a Administração Pública desempenha suas atribuições sem a


criação de outras pessoas jurídicas, dizemos que ocorre a centralização
administrativa.

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novos entes têm


Criação de porsonalidade
Entidades da jurídica e
Descentralização Adm Pub autonomia
Indireta administrativa
Entes
Políticos
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Não têm
Criação de
Desconcentração personalidade
órgão
jurídica nem
autonomia

Notem que uma entidade da Administração Indireta pode também


criar órgão dentro de sua estrutura, realizando a chamada
desconcentração administrativa. Além disso, pode realizar todas as atividades
sem a criação de órgão, quando estará executando suas atribuições de forma
concentrada.
O Decreto-Lei nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967 (que estabelece
diretrizes para a Reforma Administrativa) detalha como é a estrutura básica
da Administração Pública em âmbito federal.
“Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços
integrados na estrutura administrativa da Presidência da
República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica
própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração
Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência
estiver enquadrada sua principal atividade.”

Esta estrutura foi mantida para os demais entes federativos.

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Autarquias

Fundações Públicas
Administração
Indireta
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Empresas Públicas

Administração
Pública Sociedades de Economia Mista

Administração Orgãos das pessoas políticas


Direta (U, E, DF, M)

Devemos salientar que também ocorre descentralização quando a


Administração Pública delega atividades aos particulares.

07. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

Em virtude do princípio da separação dos poderes, a administração pública


direta é exercida exclusivamente pelo Poder Executivo, o qual é incumbido da
atividade administrativa em geral.

Resolução:

O Decreto-Lei nº 200/67 dispõe sobre a organização do Poder Executivo


Federal. Como sabemos, todos os entes federados e os poderes têm órgãos
administrativos e, em consequência disso, exercem atividades administrativas.

Gabarito: Errado.

2 – Administração Pública Direta

A Adminisração Pública Direta corresponde a todos os órgão e agentes


que compõem as pessoas políticas (entes federados) do nosso país: União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.

3 – Administração Pública Indireta (API)

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3.1 – Características Gerais

A Administração Pública Indireta tem como papel desempenhar funções


que a Administração Pública Direta teria mais dificuldade para realizar, por
requerer certa autonomia da entidade.
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O conceito de descentralização está diretamente ligado à reforma


do Estado e à ideia de uma Administração Pública menos burocrática e
mais eficiente - Administração Gerencial.
As entidades da API (Administração Pública Indireta) gozam de
autonomia administrativa. Tais entidades continuam fazendo parte do
ministério que as criou, sem estarem subordinadas a esse. Dizemos que o
controle realizado pelos Ministérios sobre a API é um controle
finalístico (de desempenho), ou seja, se os objetivos definidos para aquela
entidade estão sendo devidamente alcançados. Há vinculação, para fins
finalísticos, sem presença de relação hierárquica.
Notem que todas as entidades da API possuem personalidade
jurídica (diferentemente dos órgãos) sendo, portanto, sujeitos de direitos e
obrigações. Esta personalidade pode tanto ser de direito público (autarquias
e fundações) quanto privado (empresas públicas, sociedade de economia
mista e fundações).
As entidades da API não possuem autonomia política, pois não têm
capacidade legislativa plena, ou seja, não podem definir leis (em sentido
estrito). A ideia é: A Administração Pública cria uma entidade da API para
executar certas atividades com maior autonomia. Essa entidade, apesar de
não estar subordinada ao ministério que a criou, está vinculada ao objetivo
para o qual foi criada, não podendo por vontade própria (por meio de leis)
alterar seus objetivos. Por isso, dizemos que tais entidade possuem
autonomia administrativa, mas não política. São chamadas de entidades
administrativas.
A criação de tais entidades tem previsão constitucional, como é
mostrado abaixo.
“Art. 37. (...)
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;”

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Criação Autarquias

Lei
Específica Fundações Públicas
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Autorização de
Empresas Públicas
criação

Sociedades de Economia Mista

3.2 – Autarquias

As autarquias são pessoas jurídicas administrativas de direito


público pertencentes a Administração Pública Indireta. Seu objetivo é
executar com maior autonomia atividades típicas de Estado, como a
fiscalização de setores da economia. Não é permitido que essas entidades
atuem diretamente no setor econômico como agente empresarial.
Como dito anteriormente, estão submetidas ao controle finalístico
realizado pelo Ministério que lhes deu origem.
É interessante observar o que dispõe o Decreto-Lei nº 200/1967 (que
estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa) sobre as autarquias:
“Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da Administração Pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.”

Possuem patrimônio próprio para realizar suas atividades e seus bens


são bens públicos para todos os efeitos legais.
A CF/88 detalha mais o item acima definindo que a sua criação
depende de lei específica (CF, 37, XIX). É pacífico na doutrina que a
personalidade jurídica das autarquias tem início com a vigência da lei
que a instituiu, não sendo necessário nenhum outro ato, como a inscrição na
junta comercial.
Devido ao princípio da simetria das formas, a extinção das autarquias
deve ser realizada também por meio de lei específica.
Tais leis (tanto de criação quanto de extinção) são de iniciativa
privativa do chefe do executivo (CF/88, 61, §1º, II, “e”):

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“Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a


qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-
Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
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§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:


(...)
II - disponham sobre:
(...)
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública,
observado o disposto no art. 84, VI;”

Observem que a CF/88 fala em “Presidente” (e não chefe do executivo)


e em “Ministérios e órgãos” (e não entidades da API). Ocorre que já é pacífico
na doutrina que esses dispositivos se aplicam a todos os Chefes do Poder
Executivo (no caso de quem cria) e às entidades da API (no caso dos entes a
serem criados).
Como exemplos de autarquias podemos citar o BACEN, INSS, SUSEP,
CADE e CVM.
Por atuar predominantemente em atividade típicas do Estado, as
autarquias possuem prerrogativas do Estado como:
 Submetem-se ao regime jurídico de direito público, no qual a Autarquia
se encontra em posição superior à do particular (relação verticalizada).
 Seus atos, via de regram atuam com o uso do poder de império.
 Seus bens são bens públicos e por isso gozam de certas
prerrogativas como a impenhorabilidade (não podem ser penhorados),
imprescritibilidade (não se sujeitam ao instituto da usucapião) e
inalienabilidade (não podem ser alienados).
 O pagamento de suas dívidas obedece ao regime de precatórios
previsto no art. 100 da CF.
 Possui prerrogativas típicas de Estado como a possibilide de usar
cláusulas exorbitantes nos seus contratos administrativos.
 Seus servidores devem ser contratados por concurso público.
 Estão sujeitas ao regime de licitação.
 Seus agentes são servidores públicos submetidos ao regime
estatutário.

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 Seus litígios são julgados na Justiça Federal (no caso de


autarquias federais). Há, entretanto, situações específicas que essa regra
pode ser excepcionada, como no caso de um litígio envolvendo acidentes de
trabalho de um funcionário regido pela CLT que, de acordo com a própria
CF/88, deve ser julgado na Justiça do Trabalho.
 Privilégios processuais – também aplicados aos entes políticos, que
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são:
- prazo em dobro para todas as manifestações processuais;
- desnecessidade de depósito prévio das despesas processuais;
- prescrição quinquenal para seus direitos e ações contra elas; e
- duplo grau de jurisdição obrigatório (remessa obrigatória) quando a
primeira sentença for contra a Administração.
A remessa obrigatória está prevista no novo CPC no artigo 496, onde
constam limites e exceções nos quais vale apena dar uma olhada:
“Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo
efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
(...)
§ 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o
proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior
a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas
autarquias e fundações de direito público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito
Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os
Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e
respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença
estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior
Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no
âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em
manifestação, parecer ou súmula administrativa.”

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 Estão sujeitas à responsabilidade civil objetiva.


 De acordo com o §2º do artigo 150 da CF/88 a imunidade tributária
recíproca é extensiva às autarquias, porém restrita às suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes.
 Por aplicarem recursos públicos, estão sujeitos ao controle dos
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órgãos com essa finalidade, como o realizado pelo TCU (Tribunal de


Contas da União), na esfera federal, pelos TCEs (Tribunais de Contas
Estaduais) na esfera estadual e pelo Poder Legislativo.
As autarquias podem ter maior autonomia administrativa, financeira e
gerencial, atuando em regimes especias. São as Agências Executivas e
Agências Reguladoras, que serão estudadas na nossa próxima aula. As
Autarquias que não têm tal tratamento atuam sob regime ordinário ou
comum.

Criadas por Lei Estatutários


Específica Servidores

Concurso Público

Patrimônio próprio - bens


Autarquias Personalidade de públicos
Federais direito público
Sujeita ao regime de
pagamento por precatórios

Justiça Federal

Responsabilidade Civil
Objetiva (regra)

08. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e


de Registros /ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

Embora as autarquias sejam pessoas jurídicas de direito público, elas


sujeitam-se à falência e não gozam de privilégios tributários.

Resolução:

Por ser uma pessoa jurídica de direito público ela não se sujeita à falência.
Além disso, por atuar predominantemente em atividade típicas do Estado, as
autarquias possuem prerrogativas do Estado como a imunidade tributária

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recíproca (§2º do artigo 150 da CF), restrita às suas finalidades essenciais ou


às delas decorrentes.

GABARITO: Errado.

3.3 – Fundações Públicas


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As fundações públicas têm por objetivo realizar, de forma


descentralizada, atividades de interesse público de cunho social. Não têm
finalidade lucrativa, sendo um conceito originado no direito civil, onde são
conhecidas também como sendo um patrimônio personalizado.
 Elementos:
 Criação inicial por meio de doação patrimonial do instituidor.
 Tem como objeto o exercício de atividades de interesse social.
 Ausência de finalidade lucrativa.
A função do Ministério Público de zelar pelas fundações, prevista no
Código Civil, não se aplica às fundações públicas da API.
Um bom exemplo de fundação pública é o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Podem ser criadas de duas formas:
 Por lei específica. Nesse caso caso as fundação públicas são espécies
de autarquias (“fundação autárquica”) e, portanto, gozam das
mesmas características descritas no tópico anterior, salvo por terem
uma atividade direcionada para o interesse social. Nesse caso, têm
personalidade de direito público e passam a existir a partir da
vigência da lei instituidora.
 Por escritura pública. Nessa situação, a criação da fundação pública é
autorizada por lei específica e sua existência tem início no
momento em que sua escritura de constituição é registrada no
Cartório de Registro de Civil de Pessoas Jurídicas. Possui personalidade
jurídica de direito privado.

Vejamos o que diz o decreto-lei da reforma gerencial federal:


“IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude
de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades
que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido
pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado
por recursos da União e de outras fontes.”

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Sei o que vocês estão pensando: “Mas você acabou de falar que as
fundações podem ter personalidade jurídica tanto de direito público quanto de
direito privado?”. Esse é o entendimento doutrinário e jurisprudencial (STF).
Temos que saber que o Decreto-Lei tem essa redação e então uma afirmativa
do tipo “segundo o Decreto-Lei nº 200/67, as fundações públicas têm
personalidade jurídica de direito privado...” deve ser considerada correta.
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Temos que estar preparados para o caso de o examinador cobrar o


entendimento literal do Decreto-Lei, mas também é possível que a cobrança
seja mais abrangente.
As fundações públicas devem ter sua área de atuação definida em lei
complementar (CF, 37, XIX).
Se tiver personalidade jurídica de direito privado teremos as seguintes
características:
 Criação/Extinção ocorre com a inscrição dos atos constitutivos.
 Sua criação é autorizada por lei específica.
 Em regra, pratica atos de direito privado sem poder de império.
 Se submetem ao regime de licitação (Lei 8.666/90).
 Seus bens não gozam das prerrogativas dos bens públicos – são tidos
como bens privados.
 Como todos os entes da API, fazem parte do ente político que as criou e
se submetem ao controle finalístico (vinculação).
 Seus agentes são celetistas (regidos pela CLT).
 Foro para litígios judiciais: Essa questão não é consensual na doutrina e
jurisprudência, existindo autores de renome que advogam em ambos os
sentidos. Recomendo que caso surja uma questão sobre esse item seja
adotado o posicionamento de que as fundações públicas de direito
privado federal tem foro na Justiça Federal, salvo os casos sujeitos à
Justiça especializada.
 De acordo com o §2º do artigo 150 da CF/88, a imunidade tributária
recíproca é extensiva às fundações públicas, independentemente
do regime, restrita às suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes
 Por aplicarem recursos públicos, estão sujeitos ao controle realizado
pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na esfera federal, pelos TCEs
(Tribunais de Contas Estaduais) na esfera estadual e pelo Poder
Legislativo.

Importante ainda algumas inovações trazidas pelo Novo CPC:

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 Prazos em dobro para manifestações processuais, conforme artigo 183


do NCPC;
 Duplo grau de jurisdição obrigatório, em obediência ao artigo 496,
também do NCPC; e
 Ausência de obrigatoriedade de adiantamento de custas processuais por
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manifestações realizadas pelo MP, Defensoria ou Fazenda Pública (artigo


91 do NCPC).

Criadas por lei específica

de Direito Público

Espécie de autarquias
Fundações
Públicas
Criação autorizada por Lei
específica
de Direito
Privado Adquire personalidade
Área de atuação jurídica com inscrição
definida em Lei dos atos constitutivos
Complementar

09. (CESPE/2015/FUB/Administrador)
A respeito da administração direta e indireta, julgue o item a seguir.
As fundações públicas, tanto as de direito público quanto as de direito privado,
são necessariamente criadas por lei, devendo estar o patrimônio delas
vinculado a um fim específico.

Resolução:

Segundo o inciso XIX do artigo 37 da CF/88: somente por lei


específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à
lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

O CESPE alterou o gabarito da questão de Certo (preliminar) para Errado


(definitivo) com a seguinte justificativa: "Há possibilidade de fundações serem
criadas por decreto".
Assim, as fundações podem ser criadas de duas formas:

 Por lei específica. Nesse caso as fundações públicas


são espécies de autarquias (“fundação autárquica”) e, portanto,
gozam das mesmas características destas, salvo por terem
uma atividade direcionada para o interesse social. Nesse caso têm

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personalidade de direito público e passam a existir a partir


da vigência da lei instituidora.
 Por escritura pública. Já nessa situação a criação da fundação pública
é autorizada por lei específica e sua existência tem início no
momento em que sua escritura de constituição é registrada no
Cartório de Registro de Civil de Pessoas Jurídicas. Possui personalidade
jurídica de direito privado. Para o CESPE, também podem ser criadas
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

por decreto, após autorização por lei específica, e passam a existir a


partir da vigência do decreto.

Gabarito: Errado

3.4 – Empresas Públicas

As Empresas Públicas são entidades da API que podem atuar tanto na


prestação de serviços públicos quanto na exploração de atividades
econômicas.
Têm invariavelmente personalidade jurídica de direito privado e
capital 100% público. Apesar disso, nada impede que mais de um ente
Federado participe da constituição de uma empresa pública.
Quando dizemos que uma entidade está sujeita ao regime jurídico
de direito privado, significa que, em que pese fazer parte da Administração,
não atuará com verticalidade em relação ao particular (estará em “pé de
igualdade”). No entanto, ainda assim estará sujeita aos controles atinentes à
Administração.
Outro ponto importante é que essas entidades (assim como as
Sociedades de Economia Mista) são regidas predominantemente pelas
regras de direito privado, havendo situações nas quais deve ser aplicado o
direito público. Por isso, também é dito que são regidas por um regime
híbrido (predomina o direito privado, mas também é aplicado o direito
público).
Além disso, os princípios que regem a APU (que estudaremos em
aulas futuras) são também aplicáveis às estatais, uma vez que essas
compõem a Administração Pública.
Podem adotar qualquer tipo societário (Sociedade Anônima,
Limitada, etc.). Segundo a Constituição Federal, temos os seguintes
dispositivos de maior relevância:
“Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será
permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em
lei. (...)”

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Perceba que a CF/88 deixou à iniciativa privada a condução da atividade


empresarial no país de forma geral. Apenas em setores estratégicos, como o
setor de energia, ainda vemos uma participação relevante do Estado.
“Art. 173 (...)
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem


atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela
sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas,
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e
alienações, observados os princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de
administração e fiscal, com a participação de acionistas
minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a
responsabilidade dos Administradores."

O estatuto previsto acima deveria dar mais flexibilidade às empresas


estatais, mas sem abrir mão do controle necessário para preservar o seu
patrimônio. Até o presente momento, esse estatuto ainda não foi publicado.
“Art. 173 (...)§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia
mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às
do setor privado.”
As estatais não podem ter acesso a benefícios estranhos ao setor
privado. Isso se dá pelo claro desequilíbrio que seria causado no mercado.
Imagine, por exemplo, a Caixa Econômica Federal, exemplo de empresa
pública (cuja autorização para instituição foi concedida pelo Decreto-Lei
759/69), explorando a atividade bancária sem incidência de quaisquer
tributos. Seria claro o desequilíbrio, pois os particulares que exploram essa
atividade não teriam condições de competir com o preço oferecido pela
empresa em questão.
Segundo o Decreto-Lei, da reforma administrativa no âmbito federal:
“II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital
exclusivo da União, criado por lei para a exploração de
atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por

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força de contingência ou de conveniência administrativa, podendo


revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.”

O Governo faz uso dessa entidade quando o setor privado não tem
interesse ou recursos para atuar numa dada área que é tida como
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

estratégica para o Estado. A Caixa Econômica Federal, conforme já citado, é


um excelente exemplo pois, além de atuar como banco privado, tem um papel
importantíssimo no setor habitacional do país.
Sua criação depende de lei específica autorizativa, mas só adquire
personalidade jurídica no momento da inscrição de seus atos constitutivos
na junta comercial ou no cartório de pessoas jurídicas (como qualquer outra
empresa do setor privado).
A criação de subsidiárias e a participação em empresas privadas
depende em cada caso de prévia autorização legislativa (CF/88, 37, XX).
Ocorre que, segundo o STF, a própria lei que autorizou a criação da
entidade pode prever antecipadamente a criação de subsidiárias.
Vamos fazer uma passagem pelas características das empresas
públicas.
 Personalidade jurídica de direito privado.
 Capital 100% Público.
 Agentes públicos são empregados regidos pela CLT e, portanto, não
adquirem estabilidade no serviço público, ainda que atuem em empresa
prestadora de serviço público.
 Não podem gozar de privilégios não extensíveis às empresas
privadas (CF/88, 173, §2º ).
 Apesar de não estar previsto expressamente na CF/88, o STF entende
que quando atuam na prestação de serviços públicos a
imunidade tributária recíproca é também aplicável às empresas
públicas.
 Sujeitas ao princípio da responsabilidade objetiva do Estado quando
tiver como objeto a prestação se serviços públicos.
 Submetem-se ao controle de desempenho (finalístico).
 Seus funcionários são empregados públicos concursados (salvo os
cargos em comissão de livre nomeação e exoneração).
 Devem obsevar os ditames da Lei das Estatais.
 Foro competente da Justiça Federal (para as EPs federais),
ressalvados os casos afeitos a áreas específicas (Justiça do Trabalho,
Justiça Eleitorial, etc).

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 Por aplicarem recursos públicos, estão sujeitas ao controle realizado


pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na esfera federal, pelos TCEs
(Tribunais de Contas Estaduais) na esfera estadual e pelo Poder
Legislativo.
 Seus bens não são bens públicos – são bens privados.
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Celetistas
Agentes
Concurso Público

Empresas
Patrimônio próprio - Bens Privados
Públicas

Personalidade Capital 100% Público


de direito
Criação é privado Justiça Federal
autorizada
por Lei
Responsabilidade Civil Objetiva
Específica
quando presta serviço público

Com relação ao último item, são válidas algumas observações. Segundo a


doutrina majoritária, somente os bens das pessoas jurídicas de direito público
são bens públicos.
Um detalhe importante é que, quando os bens estão sendo empregados
na prestação de serviços públicos (dizemos afetados), estes bens gozam
de certas prerrogativas dos bens públicos, como a inalienabilidade. Estas
características não alteram a natureza dos bens (que continuam sendo bens
privados) e só duram enquanto tais bens permanecem afetados à prestação
de serviços públicos.

3.5 – Sociedade de Economia Mista

São bastante semelhantes às empresas públicas, de forma que,


para facilitar o aprendizado, iremos explicar as diferenças.
Sua forma societária é a de Sociedade Anônima (S/A), sendo
formada tanto por capital público quanto privado. O detalhe importante é
saber que a maior parte do capital votante deve obrigatoriamente
pertencer ao setor público.

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Seu foro para julgamento de litígios é a Justiça Estadual (regra).


Deve-se salientar que a Súmula 517 do STF determina que, quando a União
intervier como assistente ou oponente, a competência será deslocada para a
Justiça Federal.
Vejamos como o Decreto-lei 200/1967 define as sociedades de
economia mista:
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“III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de


personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua
maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.”
Suas características Gerais são:
 Personalidade jurídica de direito privado.
 Sempre Sociedade Anônima.
 Capital público e privado.
 Criação autorizada por lei específica.
 Início da personalidade pela inscrição dos seus atos constitutivos.
 Não podem gozar de privilégios não extensíveis às empresas privadas
(CF, 173, §2º ).
 Apesar de não estar previsto expressamente na CF/88, o STF entende
que, quando atuam na prestação de serviços públicos, a
imunidade tributária recíproca é também aplicável às sociedades
de economia mista.
 Sujeitas ao princípio da responsabilidade objetiva do Estado quando
tiverem como objeto a prestação de serviços públicos.
 Submetem-se ao controle de desempenho (finalístico).
 Seus funcionários são empregados públicos concursados (salvo os
cargos em comissão de livre nomeação e exoneração).
 Seus agentes públicos são empregados regidos pela CLT e, portanto,
não adquirem estabilidade no serviço público, ainda que atuem em
empresa prestadora de serviço público.
 Devem obsevar os ditames da Lei das Estatais.
 Foro competente é a Justiça Estadual, ressalvados os casos afeitos à
áreas específicas (Justiça do Trabalho, Justiça Eleitorial, etc) e quando a
União intervier como assistente ou oponente, já que a competência será
deslocada para a Justiça Federal.
 Por aplicarem recursos públicos, estão sujeitos ao controle realizado
pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na esfera federal, pelos TCEs

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(Tribunais de Contas Estaduais) na esfera estadual e pelo Poder


Legislativo.
 Seus bens não gozam das prerrogativas dos bens públicos
(imprescritibilidade, impenhorabilidade, inalienabilidade).

Celetistas
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Agentes
Concurso Público

Sociedades de Patrimônio próprio - bens Privados


Economia Mista

Capital votante é
Personalidade majoritariamente Público
de direito
privado -
Sempre S.A. Justiça Estadual
Criação é
autorizada por
Lei Específica
Responsabilidade Civil Objetiva
quando presta serviço público

Da mesma forma que nas empresas públicas, o regime jurídico aplicado é


híbrido, havendo predomínio do direito privado. Mas continuam existindo
situações nas quais deve ser adotado o regime jurídico de direito público,
como no caso das licitações e concurso público obrigatório para os seus
agentes.

Sociedade de Economia Mista


Empresa Pública Federal
Federal

• Foro Justiça Federral • Foro Justiça Estadual


• Capital Totalmente Público • Capital Votante
• Qualquer Tipo Societário Majoritariamente Público
• Sempre S/A

10. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

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A criação de empresa pública e de sociedade de economia mista depende de


autorização legislativa, porém, o mesmo não ocorre às suas subsidiárias.

Resolução:

De acordo com o artigo 37 da Constituição Federal de 1988:


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como
a participação de qualquer delas em empresa privada;

Gabarito: Errado.

Por hoje é isso, pessoal. Não se esqueçam de exercitarem fazem


preferencialmente todos os exercícios abaixo listados. Apenas ler a teoria tem
pouca eficiência para o aprendizado se não houver prática. Qualquer dúvida,
faça o envio por meio do Forum.

4 – Questões Comentadas

01. (ESAF - SEFAZ CE/2007) A autonomia gerencial, financeira e


orçamentária dos órgãos e entidades da Administração direta e indireta poderá
ser ampliada mediante
a) termo de parceria.
b) protocolo de intenções.
c) contrato de gestão.
d) convênio.
e) consórcio.
Comentários: Questão simples para fixar o conceito do parágrafo anterior.
Gabarito: C

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02. (ESAF - Ag Exec (CVM)/2010) São características dos órgãos públicos,


exceto:
a) integrarem a estrutura de uma entidade política, ou administrativa.
b) serem desprovidos de personalidade jurídica.
c) poderem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37, § 8º da
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Constituição Federal.
d) resultarem da descentralização.
e) não possuírem patrimônio próprio.
Comentário: A criação de órgão é feita por meio do instituto da
desconcentração e não da descentralização (que será explicada nos próximos
tópicos). Todos os demais itens foram explicados e fazem parte das
características dos órgãos públicos.
Gabarito: D.

03. (ESAF - DNIT/2013) Quanto à sua posição estatal, o órgão que possui
atribuições de direção, controle e decisão, mas que sempre está sujeito ao
controle hierárquico de uma chefia mais alta, não tem autonomia
administrativa nem financeira, denomina-se:
a) órgão subalterno.
b) órgão autônomo.
c) órgão singular.
d) órgão independente.
e) órgão superior.
Comentários: Questão simples mas que pode pegar o candidato no detalhe.
A resposta é a letra E, mas vamos quebrar o texto para tirar o máxino de
revisão:
“Quanto à sua posição estatal”  Estamos falando da classificação entre
independente, autônomo, superior e subalterno. Letra C descartada.
“Possui atribuições de direção controle e decisão”  Obviamente não são os
órgãos subalternos. Letra A descartada.
“sempre está sujeito ao controle hierárquico de uma chefia mais alta”  Como
verificamos os órgão independente estão no topo da pirâmide e não se
submetem ao controle de nenhum outro órgão. Letra D descartada.
“não tem autonomia administrativa nem financeira”  Os órgãos autônomos
apesar de estarem abaixo dos independentes continuam tendo autonomia
administrativa e financeira. Letra B descartada.
Gabarito: E.

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04. (ESAF - Ag Exec - CVM/2010) Ao final de cada uma das alternativas da


coluna I insira o número constante da coluna II que contemple a
correspondência mais adequada. Após, assinale a opção que apresenta a
sequência correta para a coluna I.
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Coluna I Coluna II
( ) São órgãos constituídos (1) Órgãos simples
por um só centro de (2) Órgãos compostos
competência. Não (3) Órgãos singulares
são subdivididos em (4) Órgãos colegiados
sua estrutura interna,
integrando-se em órgãos
maiores.
( ) São também denominados
unipessoais, são órgãos
em que a atuação ou as
decisões são atribuições
de um único agente.
( ) Reúnem em sua
estrutura diversos
órgãos, como resultado
da desconcentração
administrativa.
( ) São caracterizados por
atuarem e decidirem
mediante obrigatória
manifestação conjunta de
seus membros.
a) 1, 2, 3, 4
b) 1, 3, 2, 4
c) 3, 2, 1, 4
d) 3, 1, 4, 2
e) 4, 3, 2, 1
Comentários: Excelente questão de revisão. Vamos comentar a parte
relevante de cada item, em ordem:
( )”... um só centro de competência(...)Não são subdivididos em sua estrutura
interna ...” Descrição clara de órgão simples. 1
( ) “...unipessoais, ...atuação ou as decisões são atribuições de um único
agente” Só faltou saber que o sinônimo de unipessoais é singular. 3.
Notem que só ai já dá pra dizer que é letra B... numa situação de prova o
candidato tem que ficar de olho nisso... Mas vamos comentar os demais itens.

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( ) “Reúnem em sua estrutura diversos órgãos, como resultado da


desconcentração administrativa.” Na mesma estrutura diversos órgãos - >
composto. 2
( ) “São caracterizados por atuarem e decidirem mediante obrigtória
manifestação conjunta de seus membros. “ Órgão colegiado. 4.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Gabarito: B.

05. (CESPE/2013/TRT – 17ª Região (ES)/Analista Judiciário – Oficial


de Justiça Avaliador)

Considere que a União, mediante decreto, crie uma secretaria vinculada ao


Ministério dos Esportes, com prazo de extinção definido e com competência
para atuar nos grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil nos
próximos anos. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens
subsequentes.

A referida secretaria será considerada um órgão simples, em razão de seu


caráter transitório.

Resolução:

Os órgãos podem ser classificados de diversas formas, quanto à posição


estatal, estrutura, atuação funcional ou composição estatal.
Quanto à Estrutura a classificação é a seguinte:
Simples ou Um único centro de competência, não sendo
Unitários subdivido em outros órgãos.
Compostos Internamente são divididos em outros órgãos (são
formados por outros órgãos compostos e simples)

Não há nenhuma classificação quanto ao prazo de existência do órgão!

GABARITO: Errado

06. (ESAF - AFC – CGU /2006) Assinale, entre as hipóteses abaixo, aquela
que corresponde à competência legislativa do Congresso Nacional, prevista na
Constituição Federal, sobre a organização administrativa do Poder Executivo.
a) Criação, extinção e atribuições de órgãos da Administração Pública.
b) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração Pública.
c) Criação e extinção de órgãos da Administração Direta.
d) Criação, extinção e atribuições de Ministérios, órgãos e entidades da
Administração Pública.

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e) Criação e extinção de órgãos e entidades da Administração Direta e


Indireta.
Comentários: Vamos comentar cada item:
(f) Errado. Prever as atribuições dos órgãos da APU não é competência
do Congresso.
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(g) Correto. Descrição literal do art. 48, XI da CF


(h) Errado. Não é o que está previsto na CF. Aqui é colocado uma
competência mais restrita (Administração Direta), o que torna o item
errado.
(i) Errado. Novamente definição de atribuições não é competência do
Congresso, nem engloba as entidades (que têm personalidade
jurídica) da APU
(j) Errado. Não é competência do Congresso a criação/extinção de
entidades da Administração Pública Indireta.
Gabarito: B.

07. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

Em virtude do princípio da separação dos poderes, a administração pública


direta é exercida exclusivamente pelo Poder Executivo, o qual é incumbido da
atividade administrativa em geral.

Resolução:

O Decreto-Lei nº 200/67 dispõe sobre a organização do Poder Executivo


Federal. Como sabemos, todos os entes federados e os poderes têm órgãos
administrativos e, em consequência disso, exercem atividades administrativas.

Gabarito: Errado.

08. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros


/ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

Embora as autarquias sejam pessoas jurídicas de direito público, elas


sujeitam-se à falência e não gozam de privilégios tributários.

Resolução:

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Por ser uma pessoa jurídica de direito público ela não se sujeita à falência.
Além disso, por atuar predominantemente em atividade típicas do Estado, as
autarquias possuem prerrogativas do Estado como a imunidade tributária
recíproca (§2º do artigo 150 da CF), restrita às suas finalidades essenciais ou
às delas decorrentes.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

GABARITO: Errado

09. (CESPE/2015/FUB/Administrador)
A respeito da administração direta e indireta, julgue o item a seguir.
As fundações públicas, tanto as de direito público quanto as de direito privado,
são necessariamente criadas por lei, devendo estar o patrimônio delas
vinculado a um fim específico.

Resolução:

Segundo o inciso XIX do artigo 37 da CF/88: somente por lei


específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à
lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

O CESPE alterou o gabarito da questão de Certo (preliminar) para Errado


(definitivo) com a seguinte justificativa: "Há possibilidade de fundações serem
criadas por decreto."
Assim, as fundações podem ser criadas de duas formas:

 Por lei específica. Nesse caso as fundações públicas


são espécies de autarquias (“fundação autárquica”) e, portanto,
gozam das mesmas características destas, salvo por terem
uma atividade direcionada para o interesse social. Nesse caso têm
personalidade de direito público e passam a existir a partir
da vigência da lei instituidora.
 Por escritura pública. Já nessa situação a criação da fundação pública
é autorizada por lei específica e sua existência tem início no
momento em que sua escritura de constituição é registrada no
Cartório de Registro de Civil de Pessoas Jurídicas. Possui personalidade
jurídica de direito privado. Para o CESPE, também podem ser criadas
por decreto, após autorização por lei específica, e passam a existir a
partir da vigência do decreto.

Gabarito: Errado

10. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

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Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

A criação de empresa pública e de sociedade de economia mista depende de


autorização legislativa, porém, o mesmo não ocorre às suas subsidiárias.

Resolução:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

De acordo com o artigo 37 da Constituição Federal de 1988:


XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como
a participação de qualquer delas em empresa privada;

Gabarito: Errado.

11. (CESPE/2014/ANTAQ/Cargos 5 e 6)

Com relação à administração pública e seus princípios fundamentais, julgue os


próximos itens.

Os órgãos administrativos são pessoas jurídicas de direito público que


compõem tanto a administração pública direta quanto a indireta.

Resolução:

Segundo a definição de Hely Lopes Meirelles órgãos são: “centros de


competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através
de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que
pertente.”.
Órgãos são “compartimentos” dentro da própria Administração Pública, com
funções específicas definidas. É importante entender que o órgão é parte
integrante da entidade que o criou e por isso NÃO tem personalidade
jurídica. Esse é o erro da questão. A pessoa jurídica de direito público possui
a personalidade jurídica e não o órgão, que pertence à pessoa jurídica.
A segunda parte da questão está correta, pois a entidade que cria tais centros
de competência pode ser tanto um ente político (União, Estados, DF e
Municípios) quanto uma entidade da Administração Pública Indireta.
Gabarito: Errado

12. (CESPE/2014/ANTAQ/Técnico Administrativo)

Professor Jonatas Albino do Nascimento 42 de 88


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Acerca da organização da administração pública, julgue o item seguinte.

A distribuição de competências entre os órgãos de uma mesma pessoa jurídica


denomina-se desconcentração, podendo ocorrer em razão da matéria, da
hierarquia ou por critério territorial.
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Resolução:

A Administração Pública estabelece (cria) centros de competências


despersonalizados, chamados de órgãos, com atribuições próprias para
realizar determinadas funções. Este processo de criação de órgão dentro de
uma pessoa jurídica chama-se desconcentração administrativa.
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (Direito Administrativo
Descomplicado - 23a Edição - 2015):
A doutrina costuma classificar a desconcentração, tomando por base
o critério utilizado pela administração para sua adoção, em:
(a) desconcentração em razão da matéria (Ministério da Saúde, da
Educação etc.);
(b) desconcentração em razão do grau ou da hierarquia (ministérios,
secretarias, superintendências, delegacias etc.);
(c) desconcentração pelo critério territorial (Superintendência
Regional da Receita Federal do Brasil em São Paulo, no Rio Grande do
Sul etc.).
Gabarito: Certo

13. (CESPE/2014/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo)

Com referência à cooperação na administração pública, julgue o próximo


item.

Embora os órgãos públicos sejam despersonalizados, meras repartições


internas de competência no âmbito de pessoas jurídicas, a eles é reconhecida
a capacidade para celebrar convênios.

Resolução:
Os órgãos têm capacidade para celebrar convênios. A Lei 8.666/93 determina:
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber,
aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos
congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.
§ 1o A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou
entidades da Administração Pública depende de prévia aprovação de
competente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual
deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: ...
Também possuem capacidade para celebrar contratos, conforme CF/88:
Artigo 37 - § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira
dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser

Professor Jonatas Albino do Nascimento 43 de 88


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ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o


poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o
órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: ...
GABARITO: Certo
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14. (CESPE/2013/STF/Analista Judiciário – Área Administrativa)

No que se refere à organização da administração pública, julgue os itens


subsecutivos.

O servidor da administração direta que, no exercício de sua função, causar


dano a particular não poderá ser pessoalmente demandado por este em ação
de reparação de danos; nesse caso, o particular terá de acionar juridicamente
o órgão ou departamento público em que trabalhe o servidor. Essa
peculiaridade da responsabilidade civil do Estado tem a ver com a teoria do
órgão mais aceita atualmente, de acordo com a qual os órgãos públicos,
desprovidos de vontade própria, são as unidades funcionais da organização
administrativa e os agentes públicos, mandatários do órgão.

Resolução:

De acordo com a Teoria do Órgão (aceita atualmente), o Estado se


manifesta através dos órgãos que compõem a Administração
Pública. Os órgãos por sua vez exercem suas atribuições através
dos agentes públicos, cuja atuação é tida como sendo do próprio
órgão. Sendo assim, os atos praticados pelos agentes públicos
seriam imputados ao próprio órgão (imputação volitiva).
No caso da ocorrência de irregularidades por parte dos agentes tal
conduta é atribuída ao própria órgão e por conseguinte ao Estado,
que responderá por eventuais danos causados. Esta
responsabilidade é na modalidade do risco objetivo. Cabe ao Estado
ação regressiva contra o agente que der causa ao dano, se este tiver
agido com dolo ou culpa.
GABARITO: Errado

15. (CESPE/2013/PCDF/Agente de Polícia)


Julgue o item subsequente, relativo à organização administrativa do Estado e
a atos administrativos.
A PCDF é órgão especializado da administração direta subordinado ao Poder
Executivo do DF.

Resolução:

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) é órgão integrante da Poder Executivo


do DF (Administração Direta). Assim, a PCDF é subordinada ao Poder
Executivo, que a controla mediante controle hierárquico.

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GABARITO: Certo

16. (CESPE/2013/TJ-BA/Titular de Serviços de Notas e de Registros –


Remoção/ADAPTADA)
Acerca dos órgãos públicos, julgue o item subsequente.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Embora não tenham personalidade jurídica própria e resultem da


desconcentração, os órgãos públicos possuem patrimônio próprio e podem
firmar contrato de gestão nos termos constitucionais.

Resolução: Mediante desconcentração são criados os órgãos públicos. Eles


não possuem personalidade jurídica própria e são subordinados ao ente que os
criou. Eles podem celebrar contratos e convênios. Porém, por não possuir
personalidade jurídica, os bens efetivamente empregados no desempenho de
suas atividades (patrimônio) continuam pertencendo ao ente ao qual pertente
o órgão.
GABARITO: Errado

17. (CESPE/2013/TJ-BA/Titular de Serviços de Notas e de Registros –


Remoção/ADAPTADA)
Acerca dos órgãos públicos, julgue o item subsequente.

São órgãos públicos independentes, segundo a CF, as secretarias de estados e


municípios.

Resolução:

Quanto à posição estatal, temos a seguinte classificação para os órgãos:

Independentes Competência originada da própria CF.


Não estão subordinados a nenhum outro órgão
Situados logo abaixo dos órgãos independentes, sendo
submetidos ao controle hierárquico por parte desses
últimos.
Autônomos
Possuem autonomia administrativa, financeira e
técnica
Superiores Principalmente nas áreas de direção, controle e
decisão, não tendo entretanto autonomia administrati
va e financeira
Subalternos Têm baixo nível de autonomia, sem poder decisório e
com funções de mera execução

São exemplos de órgãos independentes: o Supremo Tribunal Federal, o


Senado Federal, a Presidência da República e as Governadorias dos Estados.

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Já os Ministérios e Secretarias dos Estados são exemplos de órgãos


autônomos.

GABARITO: Errado
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

18. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros


/ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

Os órgãos públicos, dotados de personalidade jurídica própria, são exemplos


do instituto da descentralização administrativa.

Resolução:

De acordo com o instituto da desconcentração administrativa, a Administração


Pública cria centros de competência, chamados de órgãos, sem personalidade
jurídica própria.

GABARITO: Errado

19. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros


/ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

De forma a tornar mais eficiente a sua atuação, o Estado pode criar, mediante
lei, autarquias e fundações públicas, o que é realizado por desconcentração.

Resolução:

De acordo com o instituto da descentralização administrativa, a Administração


Pública cria entidades personalizadas para executar determinadas atividades
com maior autonomia. As entidades criadas continuam integrando a
Administração Pública, mas fazem parte da Administração Pública Indireta.
Para isso, é necessário a edição de uma lei. Nessa modalidade, a
Administração Pública transfere a titularidade e execução da atividade. É a
chamada de descentralização por outorga (ou por serviço).

GABARITO: Errado

20. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros


/ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

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As agências reguladoras — autarquias de regime especial com estabilidade e


independência em relação ao ente que as criou — são responsáveis pela
regulamentação, pelo controle e pela fiscalização de serviços públicos,
atividades e bens transferidos ao setor privado.

Resolução:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Muito cuidado com o termo: "independência em relação ao ente que as criou".


As leis instituidoras de algumas autarquias em regime especial informam que
possuem independência administrativa de maneira incorreta, pois sabemos
que a autarquia continua vinculada ao ente que a criou. Fique atento, caso
uma questão que sua prova repita essa informação!

GABARITO: Certo

21. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros


/ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

As empresas públicas exploradoras de atividade econômica não se sujeitam ao


controle externo realizado pelo Tribunal de Contas, haja vista que se
submetem às regras do setor privado.

Resolução:

Segundo a CF/88:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,


pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária.

GABARITO: Errado

22. (CESPE/2014/TJ-CE/Analista Judiciário - Execução de


Mandados/ADAPTADA)
A respeito de organização administrativa, julgue o item subsequente.

Tratando-se de órgão público, a competência é irrenunciável e intransferível.

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Resolução:

Veremos na nossa aula sobre atos administrativos que a competência


é irrenunciável (inderrogável), pois o agente não pode, mesmo que
voluntariamente, abrir mão da mesma. Quando um agente delega a
competência para realizar determinada atividade, tal delegação
é sempre precária e o agente delegante (quem possui
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

a competência definida nas leis) pode a qualquer tempo retirar a delegação.


Por isso, dizemos que a competência é intransferível, pois a titularidade
continua com a autoridade delegante.
GABARITO: Certo

23. (CESPE/2014/TJ-CE/Analista Judiciário - Execução de


Mandados/ADAPTADA)
A respeito de organização administrativa, julgue o item subsequente.

As autarquias são entidades criadas pelos entes federativos para a execução


atividades que requeiram gestão administrativa e financeira descentralizada,
porém, o ente federativo continuará a ser o titular do serviço, sendo
responsável, dessa forma, pelos atos praticados pela autarquia.

Resolução:

De acordo com o instituto da descentralização, quando a Administração


Pública cria entidades personalizadas para executar determinadas atividades
com maior autonomia, estamos diante da descentralização por outorga (ou
por serviço). É necessária a edição de uma lei e, assim, a Administração
Pública transfere a titularidade e execução da atividade.
GABARITO: Errado

24. (CESPE/2013/DEPEN/Especialista)
Um órgão administrativo e seu titular poderão delegar parte da sua
competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados.
Resolução:
A competência é irrenunciável (inderrogável), pois o agente não pode,
mesmo que voluntariamente, abrir mão da mesma. Quando um agente delega
a competência para realizar determinada atividade, tal delegação
é sempre precária e o agente delegante (quem possui
a competência definida nas leis) pode a qualquer tempo retirar a delegação.
Por isso, dizemos que a competência é intransferível, pois a titularidade
continua com a autoridade delegante.
A delegação de parte da competência para a outros órgãos e titulares pode ser
realizada ainda que estes não sejam subordinados.

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Gabarito: Certo

25. (CESPE/2013/MPOG/Todos os cargos)

No que diz respeito à administração pública, julgue os itens seguintes.


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Em regra, o órgão não tem capacidade processual, ou seja, não pode figurar
em quaisquer dos polos de uma relação processual.

Resolução:

É verdade que em regra, o órgão não tem capacidade processual, ou


seja, não pode figurar em quaisquer dos polos de uma relação processual.
Porém, há exceções que vocês devem saber (ou sejam órgãos que teriam
capacidade processual):

1. Para alguns autores, é reconhecido no direito pátrio a prerrogativa de


certos órgãos atuarem no judiciário na defesa de suas competências.
Esta característica é restrita entretanto aos órgãos de estatura
constitucional, que por óbvio têm maior independência. São os órgãos
classificados como independentes ou primários, de acordo com a
posição estatal.
2. Há também autores que entendem que os órgãos autônomos também
têm essa prerrogativa, pois estão situados logo abaixo dos órgãos
independentes, sendo submetidos ao controle hierárquico por parte
desses últimos.

Gabarito: Certo

26. (CESPE/2013/CPRM/Analista em Geociências - Direito)

Com relação à organização administrativa, julgue os itens que se seguem.

Órgão público é uma unidade organizacional sem personalidade jurídica,


composta de agentes e de competências.

Resolução:

Segundo a definição de Hely Lopes Meirelles, órgãos são: “centros


de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através
de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertente.”.
É importante entendermos que o órgão é parte integrante da entidade que o
criou, NÃO tendo personalidade jurídica.
GABARITO: Certo

27. (CESPE/2013/DPF/Delegado)

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No que se refere à classificação do órgão público e à atuação do servidor,


julgue o item seguinte.

Os ministérios e as secretarias de Estado são considerados, quanto à


estrutura, órgãos públicos compostos.

Resolução:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Quanto à estrutura os órgãos podem ser classificados em:


Simples ou Um único centro de competência, não
Unitários sendo subdivido em outros órgãos

Estrutura Compostos Internamente são divididos em outros


órgãos (são formados por outros órgãos
compostos e simples)

Os Ministérios e Secretarias são considerados órgãos compostos.

Gabarito: Certo

28. (CESPE/2013/TJ-DFT/Analista Judiciário – Área Judiciária)

No que se refere ao conceito de administração pública e à classificação dos


órgãos públicos, julgue os itens seguintes.

Os órgãos públicos classificam-se, quanto à estrutura, em órgãos singulares,


formados por um único agente, e coletivos, integrados por mais de um agente
ou órgão.

Resolução:

Quanto à estrutura, os órgãos são classificados:


Simples ou Um único centro de competência, não
Unitários sendo subdivido em outros órgãos

Estrutura Compostos Internamente são divididos em outros


órgãos (formado por outros órgãos
compostos e simples)

A questão informa a classificação quanto à composição estatal:

Composição Singulares Um único agente público


Estatal
Colegiados Vários agentes

Gabarito: Errado

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29. (CESPE/2013/TRF – 1ª Região/Juiz Federal/ADAPTADA)

No que se refere aos órgãos públicos, julgue o item seguinte.


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

No que se refere à atuação estatal, denomina-se singular o órgão dotado de


um único centro de competências ou atribuições.

Resolução:

No que se refere à estrutura, os órgãos são classificados da seguinte maneira:

Simples ou Um único centro de competência, não


Unitários sendo subdivido em outros órgãos.

Estrutura Compostos Internamente são divididos em outros


órgãos (são formados por outros órgãos
compostos e simples)

GABARITO: Errado.

30. (CESPE/2013/TRF – 1ª Região/Juiz Federal/ADAPTADA)

No que se refere às entidades da administração indireta, julgue o item


seguinte.

Tanto a criação quanto a extinção de autarquia só podem ocorrer por lei de


competência privativa do chefe do Executivo.

Resolução:

Tanto a criação quanto a extinção de autarquias são realizadas por leis


de iniciativa privativa do chefe do executivo (CF, 61, §1º, II, “e”):
“Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer
membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal,
aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na
forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
(...)
II - disponham sobre:
(...)
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública,
observado o disposto no art. 84, VI;”
Gabarito: Certo.

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31. (CESPE/2013/TRF – 1ª Região/Juiz Federal/ADAPTADA)

No que se refere às entidades da administração indireta, julgue o item


seguinte.
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As empresas públicas e as sociedades de economia mista só podem ser


instituídas mediante lei autorizativa; suas subsidiárias, entretanto, podem ser
criadas por ato administrativo.

Resolução:

A criação de EP e SEM depende de lei específica autorizativa, mas estas


só adquirem personalidade jurídica no momento da inscrição de seus atos
constitutivos na junta comercial ou no cartório de PJ (como qualquer outra
empresa do setor privado).
A criação de subsidiárias e a participação em empresas privadas
depende em cada caso de prévia autorização legislativa (CF, 37, XX).
Essa é a regra, que foi considerada na alternativa. O candidato deve ficar bem
atento quanto a esse assunto já que há uma situação, aceita pelo STF, em
que a criação de subsidiárias dispensa autorização legislativa quando
a própria lei que autorizou a criação da entidade pode
prever antecipadamente a criação de subsidiárias.
Gabarito: Errado.

32. (CESPE/2015/TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.

As autarquias são serviços autônomos, criados por lei, com natureza jurídica
de direito privado e personalidade jurídica própria.

Resolução:

As autarquias possuem natureza jurídica de direito público. Segundo


o decreto-lei nº 200/1967 (que estabelece diretrizes para a Reforma
Administrativa):
“Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei,
com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios,
para executar atividades típicas da Administração
Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada.”
Gabarito: Errado.

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33. (CESPE/2015/TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista são entidades com


natureza jurídica de direito privado e capital exclusivo do ente estatal que as
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instituir.

Resolução:

As duas entidades citadas na questão (EP e SEM) possuem natureza jurídica


de direito privado. Porém o capital do ente estatal é diferente:

 Empresas Públicas: capital 100% público. Apesar disso, nada


impede que mais de um ente Federado participe da constituição de uma
empresa pública.
 Sociedade de Economia Mista: é formada tanto por capital público
quanto privado, sendo que a maior parte do capital votante deve
obrigatoriamente pertencer ao setor público.

Gabarito: Errado.

34. (CESPE/2015/TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.

A administração direta compreende os entes federativos e as fundações


instituídas com personalidade jurídica de direito público.

Resolução:

O decreto-lei nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967 (que estabelece


diretrizes para a Reforma Administrativa) detalha como é a estrutura
básica da Administração Pública no âmbito federal.
“Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços
integrados na estrutura administrativa da Presidência da
República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica
própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.

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d) Fundações Públicas.
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração
Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência
estiver enquadrada sua principal atividade.”
Gabarito: Errado.
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35. (CESPE/2015/TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.

As fundações públicas e as empresas públicas são entidades da administração


indireta.

Resolução:

O decreto-lei nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967 (que estabelece


diretrizes para a Reforma Administrativa) detalha como é a estrutura
básica da Administração Pública no âmbito federal.
“Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços
integrados na estrutura administrativa da Presidência da
República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica
própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) Fundações Públicas.
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração
Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência
estiver enquadrada sua principal atividade.”
Gabarito: Certo.

36. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

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As empresas públicas e as sociedades de economia mista são integrantes da


administração indireta, independentemente de prestarem serviço público ou
de exercerem atividade econômica de natureza empresarial.

Resolução:

O Decreto-Lei nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967 (que estabelece diretrizes


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

para a Reforma Administrativa) detalha como é a estrutura básica da


Administração Pública no âmbito federal:
“Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços
integrados na estrutura administrativa da Presidência da
República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica
própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) Fundações Públicas.

Gabarito: Certo.

37. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

Toda pessoa integrante da administração indireta está vinculada a


determinado órgão da administração direta, fato que decorre do princípio da
especificidade.

Resolução:

Segundo o parágrafo único do artigo 4° do Decreto-Lei nº 200:


Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração
Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver
enquadrada sua principal atividade.”
A Administração Pública cria uma entidade da Administração Pública
Indireta para executar certas atividades com maior autonomia. Essa
entidade, apesar de não estar subordinada ao ministério que a criou,
está vinculada ao objetivo para o qual foi criada (esse é o princípio da
tutela, também conhecido como controle finalístico). A entidade não
pode por vontade própria (através de leis) alterar seus objetivos. Por
isso, dizemos que tais
entidade possuem autonomia administrativa, mas não política.
Gabarito: Errado.

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38. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

A criação de empresa pública e de sociedade de economia mista depende de


autorização legislativa, porém, o mesmo não ocorre às suas subsidiárias.

Resolução:

De acordo com o artigo 37 da Constituição Federal de 1988:


XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como
a participação de qualquer delas em empresa privada;

Gabarito: Errado.

39. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

Trata-se de administração indireta quando o Estado, a fim de obter maior


celeridade e eficiência, exerce algumas de suas atividades de forma
desconcentrada.

Resolução:

A Administração Indireta é resultado do instituto da descentralização. Veja o


esquema abaixo:

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Gabarito: Errado.

40. (ESAF - Pref. RJ/2010) Assinale a opção em que consta hipótese que
não é aplicável simultaneamente à autarquia e à empresa pública.
a) Observância do princípio do concurso público.
b) Natureza pública dos bens da entidade.
c) Componente da Administração Pública Indireta.
d) Portadora de personalidade jurídica.
e) Obediência à Constituição Federal.
Comentários:
(a) Verdadeiro. Todas as entidades da API se submetem ao princípio do
concurso público.
(b) Falso. Os bens das empresas públicas (mesmo das prestadoras de
serviços públicos) são bens privados.
(c) Verdadeiro. Dispensa comentários.
(d) Verdadeiro. Todas as entidades da API têm personalidade jurídica.
(e) Verdadeiro. Já imaginou uma entidade que não obedece a questão.
Qual o gabarito? Inicialmente a banca colocou letra A (que entendo ser o
correto), mas depois dos recursos anulou a questão, infelizmente sem motivá-
la. Acredito que seja a ideia de que os bens públicos afetados das empresas
públicas também teriam natureza de direito público, posição que entendemos
ser minoritária na doutrina.
Gabarito Preliminar: A.
Gabarito Definitivo: Anulada.

41. (ESAF - ATRFB/2006) As sociedades de economia mista, constituídas


com capitais predominantes do Estado, são pessoas jurídicas de direito

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privado, integrantes da Administração Pública Indireta, são regidas pelas


normas comuns aplicáveis às empresas particulares, estando fora do âmbito
de incidência do Direito Administrativo.
a) Correta esta assertiva.
b) Incorreta a assertiva, porque elas são pessoas jurídicas de direito público.
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c) Incorreta a assertiva, porque eles são de regime híbrido, sujeitando-se ao


direito privado e, em muitos aspectos, ao direito público.
d) Incorreta a assertiva, porque seus capitais são predominantes privados.
e) Incorreta a assertiva, porque elas são de regime público, regidas
exclusivamente pelo Direito Administrativo.
Comentários: Vamos avaliar cada item.
(a) Falso. Como as sociedades de economia mista fazem parte da API
são sim objeto de estudo do direito administrativo
(b) Falso. São PJ de direito privado.
(c) Verdadeiro. Como vimos, tanto as empresas públicas como as
sociedades de economia mista são regidas predominantemente pelo
direito privado, mas há situação onde vigora o direito público, daí
dizer que o regime é híbrido
(d) Falso. Seu capital é prodominantemente público
(e) Falso. Não são de regime público
Gabarito: C.

42. (ESAF - Anata MTUR/2014) Acerca dos Órgãos Públicos, assinale a


opção correta.
a) A teoria da representação é a tese atualmente adotada pela doutrina
brasileira para legitimar a atuação do agente público em nome da pessoa
jurídica administrativa.
b) Órgão pode integrar a estrutura de uma pessoa jurídica da Administração
Indireta.
c) Órgão público possui personalidade jurídica.
d) A criação de um órgão público exemplifica a prática de descentralização
administrativa.
e) Não há possibilidade de hierarquia entre órgãos públicos.
Comentários:
(a) Falso. A teoria atualmente aceita sobre a forma como o Estado se
manifesta através de seus agentes é a teoria do órgão e não da
representação

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(b) Verdadeiro. Os órgãos podem integrar tanto a APD quanto a API


(c) Falso. O órgão não possui personalidade jurídica.
(d) Falso. A criação de um órgão público exemplifica a prática de
desconcentração administrativa. Descentralização é a criação de
entidade personalizadas da Administração Indireta
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(e) Falso. Como vimos temos sim hierarquia (independente, autônomos,


superiores e subalternos.
Gabarito: B.

43. (ESAF - AFT/2006) A doutrina sempre considerou muito complexa a


figura das fundações no âmbito da Administração Pública brasileira. Em
verdade, foi constante, ao longo dos anos, a evolução dessa espécie
organizacional.
No atual estágio, assinale o conceito correto a respeito das diversas categorias
dessa entidade.
a) A fundação pública de direito público tem natureza autárquica e integra a
Administração Pública Direta.
b) A fundação de apoio às instituições federais de ensino superior tem
natureza de direito privado e integra a Administração Pública Indireta.
c) A fundação pública de direito privado vincula-se ao regime jurídico-
administrativo e integra a Administração Pública Indireta.
d) A fundação previdenciária tem personalidade jurídica de direito público e
vincula-se ao regime jurídico administrativo.
e) A fundação pública de direito privado equipara-se, em sua natureza
jurídica, à sociedade de economia mista.
Comentários:
(a) Falso. As fundações de direito público fazem parte da API e não da
APD. A APU – Administração Pública da União – engloba a
administração direta e indireta.
(b) Falso. As fundações de apoio não fazem parte da iniciativa privada.
Vemos isso com mais detalhes na próxima aula
(c) Falso. As fundações de direito privado vinculam-se ao regime da
Administração e não ao regime jurídico-administrativo, restrito às
entidades de direito público
(d) Falso. As fundações previdenciárias (entidades de previdência
privada) são regidas pelo direito privado, logo não estão englobadas
pelo regime jurídico-administrativo.

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(e) Correto. As Fundações públicas de direito privado são semelhantes


às empresas públicas e sociedades de economia mista.
Gabarito: E.

44. (ESAF - ATRFB /2006) A entidade da Administração Indireta, que se


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conceitua como sendo uma pessoa jurídica de direito público, criada por força
de lei, com capacidade exclusivamente administrativa, tendo por substrato um
patrimônio personalizado, gerido pelos seus próprios órgãos e destinado a
uma finalidade específica, de interesse público, é a
a) autarquia.
b) fundação pública.
c) empresa pública.
d) sociedade de economia mista.
e) agência reguladora.
Comentários: Pelo fato da questão falar em “pessoa jurídica de direito
público” eliminamos as letras c e d. Agëncia reguladora tem características
que não são colocadas na questão, como a celebração de contrato de gestão.
Eliminamos portanto a letra e. Para definir entre a letra a (autarquia) e b
(fundação pública) temos que analisar dois trechos do texto
 Patrimônio personalizado. Essa é a definição clássica de fundação
pública – patrimônio personalizado
 Finalidade específica de interesse pública. As autarquias desempenham
principalmente atividades típicas de Estado. Atividades de interesse
público são características das fundações públicas.
Gabarito: B.

45. (ESAF - AFRFB/2009) Quanto à organização administrativa brasileira,


analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta.
I. A administração pública federal brasileira indireta é composta por
autarquias, fundações, sociedades de economia mista, empresas públicas e
entidades paraestatais.
II. Diferentemente das pessoas jurídicas de direito privado, as entidades da
administração pública indireta de personalidade jurídica de direito público são
criadas por lei específica.
III. Em regra, a execução judicial contra o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA enquanto autarquia
federal está sujeita ao regime de precatórios previsto no art. 100 da
Constituição Federal, respeitadas as exceções.

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IV. A Caixa Econômica Federal enquanto empresa pública é exemplo do que se


passou a chamar, pela doutrina do direito administrativo, de desconcentração
da atividade estatal.
V. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS enquanto autarquia vinculada
ao Ministério da Previdência Social está subordinada à sua hierarquia e à sua
supervisão.
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a) Apenas os itens I e II estão corretos.


b) Apenas os itens II e III estão corretos.
c) Apenas os itens III e IV estão corretos.
d) Apenas os itens IV e V estão corretos.
e) Apenas os itens II e V estão corretos.
Comentários: Analisando os itens:
(I) Falso. Pessoal, as entidades paraestatais ainda serão explicadas,
mas de pronto pelo próprio nome sabemos que não fazem parte
da APU
(II) Verdadeiro. As entidades de direito público são as autarquias e
fundações públicas de direito público(espécies de autarquias) e
são criadas por lei específica.
(III) Verdadeiro. Os bens das autarquias são tidos como bens públicos
e por isso suas dívidas seguem o rito de pagamento dos
precatórios. O item fala de exceções que a própria CF preve e
cujo estudo foge do nosso interesse para o estudo do Direito
Administrativo. Notem que na prova vocë já poderia parar aqui,
pois só há um item que se enquadra (F,V, V...) Letra B.
Lembrem-se tempo é muito importante nas provas da ESAF.
(IV) Falso. A CEF é uma empresa pública e por isso exemplo de
descentralização adminsitrativa. Desconcentração é criação de
órgãos. O examinados adora confundir esses conceitos.
(V) Falso. Não há hierarquia, apenas vinculação.
Gabarito: B.

46. (ESAF - AFC - CGU /2006) Banco Central do Brasil é


a) um órgão autônomo da Administração Direita Federal.
b) um órgão do Ministério da Fazenda.
c) um órgão subordinado à Presidência da República.
d) uma entidade da Administração Indireta Federal.

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e) uma instituição financeira, sem personalidade jurídica própria, integrante


do Conselho Monetário Nacional
Comentários: O Banco Central é uma autarquia, logo pertence a API federal.
Gabarito: D.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

47. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2010) A SUSEP é uma


autarquia, atua na regulação da atividade de seguros (entre outras), e está
sob supervisão do Ministério da Fazenda. Logo, é incorreto dizer que ela:
a) é integrante da chamada Administração Indireta.
b) tem personalidade jurídica própria, de direito público.
c) está hierarquicamente subordinada a tal Ministério.
d) executa atividade típica da Administração Pública.
e) tem patrimônio próprio.
Comentários: Como é falado na própria questão a SUSEP é uma autarquiva,
logo é integrande da API, tem PJ de direito público, executa atividades típicas
da APU e tem patrimônio próprio. O controle realizados pelos ministérios sobre
suas autarquias é um controle finalístico, de desempenho, e não hierárquico.
Gabarito: C.

48. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2010) Para que uma


autarquia tenha existência regular, há a necessidade de observância dos
seguintes procedimentos:
a) criação diretamente por lei, com inscrição de seu ato constitutivo na
serventia registral pertinente.
b) criação diretamente por lei, sem necessidade de qualquer inscrição em
serventias registrais.
c) criação autorizada em lei, com inscrição de seu ato constitutivo na serventia
registral pertinente.
d) criação autorizada em lei, sem necessidade de qualquer inscrição em
serventias registrais.
e) criação diretamente por lei, ou respectiva autorização legal para sua
criação, sendo necessária a inscrição de seu ato constitutivo em serventias
registrais, apenas nesta última hipótese.
Comentários: Para ter início a personalidade da autarquia basta a publicação
e vigência de lei específica.
Gabarito: B.

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49. (ESAF – SUSEP - Administração e Finanças/2010) Em nossos dias,


embora sequer sejam citadas(os) pelo Decreto-Lei n. 200/1967, também
integram a administração indireta as(os):
a) Organizações Sociais de Interesse Público.
b) Organizações Não-Governamentais sem fins lucrativos.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

c) Organizações Sociais.
d) Consórcios Públicos com personalidade jurídica de direito público.
e) Parceiros Público-Privados sem fins lucrativos.
Comentários: Realmente os consórcios públicos não são citados pelo
Decreto-lei 200/1967, mas fazem sim parte da API com natureza de autarquia
ou empresa pública, a depender do regime adotados.
Gabarito: D.

50. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2006) As autarquias e


empresas públicas se equivalem, estruturalmente, no sentido de que elas são
a) pessoas jurídicas de direito público.
b) pessoas jurídicas de direito privado.
c) órgãos da Administração Direta.
d) entidades da Administração Indireta.
e) serviços sociais autônomos.
Comentários: Vamos comentar cada item.
(a) Falso. As empresas públicas têm PJ de direito privado
(b) Falso. As autarquias têm PJ de direito público
(c) Falso. São entidades e não órgãos
(d) Verdadeiro.
(e) Falso. Ainda estudaremos os serviços sociais autônomos mas eles
não têm nada a ver com as autarquias.
Gabarito: D.

51. (ESAF - Ag Exec - CVM) /2010) São regras de direito público que
obrigam às empresas estatais federais a despeito de sua natureza jurídica de
direito privado, exceto:
a) contratação de empregados por meio de concurso público.
b) submissão aos princípios gerais da Administração Pública.

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c) proibição de demissão dos seus empregados em razão da estabilidade que


lhes protege.
d) autorização legal para sua instituição.
e) sujeição à fiscalização do Tribunal de Contas da União.
Comentários:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

(a) Verdadeiro. Os empregados das estatais são contratados por concurso


público
(b) Verdadeiro. Por fazerem parte da APU, as estatais estão sim submetidas
aos princípios gerais da APU.
(c) Falso. Veremos isso com mais detalhes na aula referente aos agentes
públicos, mas apenas os servidores públicos, agentes regidos pelo regime
estatutário, adquirem estabilidade. Os funcionários públicos, empregados
regidos pela CLT não adquirem estabilidade.
(d) Verdadeiro. Vimos que a criação de empresa pública depende de lei
autorizativa
(e) Verdadeiro. Por utilizarem recursos públicos estão submetidas ao
controle do TCU.
Gabarito: C.

52. (ESAF - Ag Exec - CVM) /2010) Assinale a opção que contemple regras
aplicáveis tanto às pessoas jurídicas de direito público, quanto às pessoas
jurídicas de direito privado pertencentes à Administração Pública,
independentemente de seu objeto social.
a) Regime jurídico único para os seus servidores.
b) Inalienabilidade e impenhorabilidade de seus bens.
c) Prerrogativas processuais e de foro.
d) Concurso público e licitação.
e) Responsabilização pela teoria objetiva.
Comentários:
(a) Falso. O regime jurídico só se aplica as entidades de direito público.
(b) Falso. Apenas os bens das entidades de direito público gozam de tais
prerrogativas
(c) Falso. Como vimos as sociedades anônimas não gozam de prerrogativa
de foro.
(d) Verdadeiro. Os entes da APU devem se submeter às regras de licitação
e concurso público

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(e) Falso. As estatais que não prestam serviços públicos não têm
responsabilidade objetiva.
Gabarito: D.

53. (ESAF – CVM - Arquivologia/2010) São características comuns às


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

empresas públicas e às sociedades de economia mista, exceto:


a) estão sujeitas ao controle finalístico do ente da administração direta que as
instituiu.
b) podem ser exploradoras de atividades econômicas ou prestadoras de
serviços públicos.
c) criação autorizada por lei específica.
d) na composição do capital social, exige-se a participação majoritária do
poder público.
e) embora possuam personalidade jurídica de direito privado, o regime de
direito privado a elas aplicável é parcialmente modificado por normas de
direito público.
Comentários:
(a) Verdadeiro. Todas as entidades da API estão submetidas ao controle
finalístico
(b) Verdadeiro. Serviços públicos e atividades econômicas são os focos das
estatais.
(c) Verdadeiro. Todas as entidades da API de direito privado têm sua
autorização de criação realizada por lei específica
(d) Falso. Isso só se aplica às sociedades de economia mista. As empresas
públicas têm que ter 100% do seu capital público
(e) Verdadeiro. O regime jurídico predominante é o privado mas também se
aplica em certo caso o regime jurídico de direito público.
Gabarito: D.

54. (ESAF - Pref. RJ /2010) Não é considerada entidade da


Administração Pública Indireta:
a) a autarquia.
b) a sociedade de economia mista.
c) o órgão público.
d) a fundação pública.
e) a empresa pública.

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Comentário: Conforme vimos o órgão não tem personalidade jurídica e não


pode ser considerado uma entidade.
Gabarito: C.

55. (ESAF - Pref. RJ/2010) Assinale a opção na qual consta entidade da


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Administração Pública Indireta.


a) Órgão público
b) Autarquia
c) Serviço Social Autônomo
d) Ministério
e) Polícia militar
Comentário. Questão muito fácil
Gabarito: B.

56 . (ESAF - AFRE CE/2007) Assinale a opção que contemple o ponto de


distinção entre a empresa pública e a sociedade de economia mista.
a) Natureza jurídica.
b) Atuação na ordem econômica.
c) Regime do pessoal.
d) Natureza do patrimônio.
e) Formação do capital social
Comentários: Pessoal, como vimos uma das principais diferenças entre a
empresa pública e a sociedade de economia mista é exatamente a composição
do capital, para a primeira 100% público enquanto que para a segunda apenas
majoritariamente público, levando em conta o capital votante.
Gabarito: E.

57. (ESAF - AFC – STN - Contábil-Financeira/2008) O Banco do Brasil e a


Caixa Econômica Federal são, respectivamente, sociedade de economia mista
e empresa pública, cujos capitais votantes majoritários pertencem à União.
Quanto a estas espécies de instituições, analise os itens a seguir e marque
com V se a assertiva for verdadeira e com F se for falsa. Ao final, assinale a
opção correspondente.
( ) A constituição de sociedades de economia mista e de empresas públicas
decorre de um processo de descentralização do Estado que passa a exercer
certas atividades por intermédio de outras entidades.

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( ) Apesar de serem constituídas como pessoas jurídicas de direito privado, as


sociedades de economia mista e as empresas públicas estão submetidas
hierarquicamente à pessoa política da federação que as tenha criado.
( ) Somente por lei específica podem ser criadas sociedades de economia
mista e empresas públicas, bem como necessária autorização legislativa, em
cada caso, para a criação de suas subsidiárias.
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( ) As empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de


atividade econômica sujeitam-se ao regime próprio das empresas privadas,
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e
tributários.
( ) Quanto ao regime de compras, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista sujeitam-se aos princípios da administração pública e devem
observar procedimento licitatório.
a) V, V, F, V, F
b) V, F, F, V, V
c) F, F, V, F, V
d) F, V, V, F, F
e) V, F, F, V, V
Comentários:
(a) Verdadeiro. Descentralização é a criação de entidades da API
(b) Falso. Como vimos não há hierarquia entre as entidades da API e os
Ministérios que as criou, e sim vinculação.
(c) Falso. Quem é criada por lei específica é a autarquia. As EP e SEM são
autorizadas por lei específica
(d) Verdadeiro. Realmente é o que é dito da CF, entretanto sabemos que há
situações que não é bem assim. Quando as entidades da API prestam serviços
públicos, como os correios, o STF já decidiu que se aplica por exemplo a
Imunidade Tributária Recíproca. Temos que entender o que o examinado quer
cobrar. No caso o foco é a regra geral da CF.
(e) Verdadeiro. Todas as entidades da API devem obedecer os princípios da
APU.
Notem que o gabarito é a letra B.... ou seria letra E? A banca não anulou a
questão....
Gabarito: B.

58. (ESAF - Ana Sist. - Informática e Redes/2012) Nos termos de nossa


Constituição Federal e de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, depende de autorização em lei específica:

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a) a instituição das empresas públicas, das sociedades de economia mista e de


fundações, apenas.
b) a instituição das empresas públicas e das sociedades de economia mista,
apenas.
c) a instituição das autarquias, das empresas públicas, das sociedades de
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economia mista e de fundações, apenas.


d) a participação de entidades da Administração indireta em empresa privada,
bem assim a instituição das autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista, fundações e subsidiárias das estatais.
e) a participação de entidades da Administração indireta em empresa privada,
bem assim a instituição das empresas públicas, sociedades de economia
mista, fundações e subsidiárias das estatais.
Comentários:
(a) Verdadeiro. Segundo a CF: “Art. 37. (...) XIX – somente por lei
específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;”
(b) Falso. Conforme descrito acima também estão também englobadas as
fundações públicas.
(c) Falso. As autarquias são criadas e não utorizadas por lei específica
(d) Falso. Como vimos as autarquias não são autorizadas, mas sim criadas
por lei específica.
(e) Falso. A CF não fala em lei específica para a criação de subsidiárias nem
na participação das entidades da API em empresas privadas
Gabarito: A.

59. (ESAF – ATRFB /2012) Quanto às autarquias no modelo da organização


administrativa brasileira, é incorreto afirmar que
a) possuem personalidade jurídica.
b) são subordinadas hierarquicamente ao seu órgão supervisor.
c) são criadas por lei.
d) compõem a administração pública indireta.
e) podem ser federais, estaduais, distritais e municipais.
Comentários: Como já falamos as autarquias não tem subordinação mas sim
vinculação ao seu órgão (Ministério) que lhe deu origem
Gabarito: B.

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60. (ESAF – ATRFB - 2012) Não compõe a Administração Pública Federal


Direta
a) a Secretaria da Receita Federal do Brasil.
b) a Presidência da República.
c) o Tribunal Regional Eleitoral.
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d) o Ministério dos Esportes.


e) a Caixa Econômica Federal.
Comentários: A CEF é uma entidade da API e não da APD.
Gabarito: E.

61. (ESAF - ATA MF/2012) Acerca da organização do Estado e da


Administração, analise as afirmativas abaixo, diagnosticando se são
verdadeiras(V) ou falsas(F).
Ao final, assinale a opção que apresente a sequência correta.
( ) Entidades administrativas são as pessoas jurídicas que integram a
Administração Pública formal brasileira, sem dispor de autonomia política.
( ) Uma entidade administrativa recebe suas competências da lei que a cria ou
autoriza a sua criação. Tais competências podem ser de mera execução de leis
e excepcionalmente legislativas strito sensu.
( ) As entidades administrativas não são hierarquicamente subordinadas à
pessoa política instituidora.
( ) Entidades administrativas são pessoas jurídicas que compõem a
administração direta.
a) V, V, V, F
b) V, F, V, F
c) F, V, V, F
d) V, F, F, V
e) V, V, F, V
Comentários:
(I) Verdadeiro. Entidades adminsitrativas são as entidades da API. As
únicas entidades que possuem autonomia política são os entes federados.
(II) Falso. Somente os entes políticos possuem competência política, logo
nenhuma outra entidade possui competência legislativa plena.
(III) Verdadeiro.
(IV) Falso. Compõem a API

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Gabarito: B.

62. (ESAF - Proc DF/2007) Analise os itens a seguir:


I. Desconcentração é a distribuição de competências de uma para outra
pessoa, física ou jurídica;
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II. A Constituição Federal de 1988 dispõe que a área de atuação da empresa


pública deverá ser definida por lei complementar;
III. A Constituição Federal de 1988 dispõe que somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e fundação;
IV. As autarquias e fundações dependerão de autorização legislativa para
criarem suas subsidiárias, conforme disposto na Constituição Federal, não
sendo atingidas por essa exigência constitucional as sociedades de economia
mista e as empresas públicas;
V. Compete à Justiça Federal julgar as causas comuns em que é parte a
sociedade de economia mista no plano federal.
A quantidade de itens incorretos é igual a:
a) 1
b) 4
c) 3
d) 2
e) 5
Comentários: Vamos riscar os itens incorretos para facilitar.
(I) Falso. Desconcentração (Descentralização) é a distribuição de
competências de uma para outra pessoa, física ou jurídica;
(II) Falso. A Constituição Federal de 1988 dispõe que a área de atuação da
empresa (fundação) pública deverá ser definida por lei complementar,
(III) Falso. A Constituição Federal de 1988 dispõe que somente por lei
específica poderá ser criada autarquia e fundação;
(IV) Falso. As autarquias e fundações dependerão de autorização legislativa
para criarem suas subsidiárias, conforme disposto na Constituição Federal, não
sendo atingidas por essa exigência constitucional as sociedades de economia
mista e as empresas públicas;
(V) Falso. Compete à Justiça Federal (Estadual) julgar as causas comuns em
que é parte a sociedade de economia mista no plano federal.
Gabarito: E.

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63. (ESAF - AFT/2010) Tendo por base a organização administrativa


brasileira, classifique as descrições abaixo como sendo fenômenos: (1) de
descentralização; ou (2) de desconcentração. Após, assinale a opção correta.
( ) Criação da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
para prestar serviços oficiais de estatística, geologia e cartografia de âmbito
nacional;
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( ) Criação de delegacia regional do trabalho a ser instalada em


municipalidade recém emancipada e em franco desenvolvimento industrial e
no setor de serviços;
( ) Concessão de serviço público para a exploração do serviço de manutenção
e conservação de estradas;
( ) Criação de novo território federal.
a) 2/ 1 / 2 / 1
b) 1/ 2 / 2 / 1
c) 2/ 2 / 1 / 1
d) 1/ 2 / 1 / 1
e) 1/ 2 / 1 / 2
Comentários:
(I) Criação de Fundação -> Entidade da API - > Descentralização 1
(II) Criação de delegacia -> criação de órgão -> Desconcentração 2
(III) Concessão de serviço público - > Descentralização por delegação 1
(IV) Criação de novo território -> Descentralização Geográfica 1
Gabarito: D

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5 – Lista de exercícios

01. (ESAF - SEFAZ CE/2007) A autonomia gerencial, financeira e


orçamentária dos órgãos e entidades da Administração direta e indireta poderá
ser ampliada mediante
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a) termo de parceria.
b) protocolo de intenções.
c) contrato de gestão.
d) convênio.
e) consórcio.
02. (ESAF - Ag Exec (CVM)/2010) São características dos órgãos públicos,
exceto:
a) integrarem a estrutura de uma entidade política, ou administrativa.
b) serem desprovidos de personalidade jurídica.
c) poderem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37, § 8º da
Constituição Federal.
d) resultarem da descentralização.
e) não possuírem patrimônio próprio.
03. (ESAF - DNIT/2013) Quanto à sua posição estatal, o órgão que possui
atribuições de direção, controle e decisão, mas que sempre está sujeito ao
controle hierárquico de uma chefia mais alta, não tem autonomia
administrativa nem financeira, denomina-se:
a) órgão subalterno.
b) órgão autônomo.
c) órgão singular.
d) órgão independente.
e) órgão superior.
04. (ESAF - Ag Exec - CVM/2010) Ao final de cada uma das alternativas da
coluna I insira o número constante da coluna II que contemple a
correspondência mais adequada. Após, assinale a opção que apresenta a
sequência correta para a coluna I.
Coluna I Coluna II
( ) São órgãos constituídos (1) Órgãos simples
por um só centro de (2) Órgãos compostos
competência. Não (3) Órgãos singulares
são subdivididos em (4) Órgãos colegiados
sua estrutura interna,
integrando-se em órgãos

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maiores.
( ) São também denominados
unipessoais, são órgãos
em que a atuação ou as
decisões são atribuições
de um único agente.
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( ) Reúnem em sua
estrutura diversos
órgãos, como resultado
da desconcentração
administrativa.
( ) São caracterizados por
atuarem e decidirem
mediante obrigatória
manifestação conjunta de
seus membros.
a) 1, 2, 3, 4
b) 1, 3, 2, 4
c) 3, 2, 1, 4
d) 3, 1, 4, 2
e) 4, 3, 2, 1
05. (CESPE/2013/TRT – 17ª Região (ES)/Analista Judiciário – Oficial
de Justiça Avaliador)

Considere que a União, mediante decreto, crie uma secretaria vinculada ao


Ministério dos Esportes, com prazo de extinção definido e com competência
para atuar nos grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil nos
próximos anos. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens
subsequentes.

A referida secretaria será considerada um órgão simples, em razão de seu


caráter transitório.

06. (ESAF - AFC – CGU /2006) Assinale, entre as hipóteses abaixo, aquela
que corresponde à competência legislativa do Congresso Nacional, prevista na
Constituição Federal, sobre a organização administrativa do Poder Executivo.
a) Criação, extinção e atribuições de órgãos da Administração Pública.
b) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da Administração Pública.
c) Criação e extinção de órgãos da Administração Direta.
d) Criação, extinção e atribuições de Ministérios, órgãos e entidades da
Administração Pública.

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e) Criação e extinção de órgãos e entidades da Administração Direta e


Indireta.
07. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área
Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

descentralizada, julgue o item a seguir.

Em virtude do princípio da separação dos poderes, a administração pública


direta é exercida exclusivamente pelo Poder Executivo, o qual é incumbido da
atividade administrativa em geral.

08. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros


/ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

Embora as autarquias sejam pessoas jurídicas de direito público, elas


sujeitam-se à falência e não gozam de privilégios tributários.

09. (CESPE/2015/FUB/Administrador)
A respeito da administração direta e indireta, julgue o item a seguir.
As fundações públicas, tanto as de direito público quanto as de direito privado,
são necessariamente criadas por lei, devendo estar o patrimônio delas
vinculado a um fim específico.

10. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

A criação de empresa pública e de sociedade de economia mista depende de


autorização legislativa, porém, o mesmo não ocorre às suas subsidiárias.

11. (CESPE/2014/ANTAQ/Cargos 5 e 6)

Com relação à administração pública e seus princípios fundamentais, julgue os


próximos itens.

Os órgãos administrativos são pessoas jurídicas de direito público que


compõem tanto a administração pública direta quanto a indireta.

12. (CESPE/2014/ANTAQ/Técnico Administrativo)

Acerca da organização da administração pública, julgue o item seguinte.

A distribuição de competências entre os órgãos de uma mesma pessoa jurídica

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denomina-se desconcentração, podendo ocorrer em razão da matéria, da


hierarquia ou por critério territorial.

13. (CESPE/2014/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo)

Com referência à cooperação na administração pública, julgue o próximo


item.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Embora os órgãos públicos sejam despersonalizados, meras repartições


internas de competência no âmbito de pessoas jurídicas, a eles é reconhecida
a capacidade para celebrar convênios.

14. (CESPE/2013/STF/Analista Judiciário – Área Administrativa)

No que se refere à organização da administração pública, julgue os itens


subsecutivos.

O servidor da administração direta que, no exercício de sua função, causar


dano a particular não poderá ser pessoalmente demandado por este em ação
de reparação de danos; nesse caso, o particular terá de acionar juridicamente
o órgão ou departamento público em que trabalhe o servidor. Essa
peculiaridade da responsabilidade civil do Estado tem a ver com a teoria do
órgão mais aceita atualmente, de acordo com a qual os órgãos públicos,
desprovidos de vontade própria, são as unidades funcionais da organização
administrativa e os agentes públicos, mandatários do órgão.

15. (CESPE/2013/PCDF/Agente de Polícia)


Julgue o item subsequente, relativo à organização administrativa do Estado e
a atos administrativos.
A PCDF é órgão especializado da administração direta subordinado ao Poder
Executivo do DF.

16. (CESPE/2013/TJ-BA/Titular de Serviços de Notas e de Registros –


Remoção/ADAPTADA)
Acerca dos órgãos públicos, julgue o item subsequente.

Embora não tenham personalidade jurídica própria e resultem da


desconcentração, os órgãos públicos possuem patrimônio próprio e podem
firmar contrato de gestão nos termos constitucionais.

17. (CESPE/2013/TJ-BA/Titular de Serviços de Notas e de Registros –


Remoção/ADAPTADA)
Acerca dos órgãos públicos, julgue o item subsequente.

São órgãos públicos independentes, segundo a CF, as secretarias de estados e


municípios.

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18. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros


/ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

Os órgãos públicos, dotados de personalidade jurídica própria, são exemplos


do instituto da descentralização administrativa.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

19. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros


/ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

De forma a tornar mais eficiente a sua atuação, o Estado pode criar, mediante
lei, autarquias e fundações públicas, o que é realizado por desconcentração.

20. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros


/ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

As agências reguladoras — autarquias de regime especial com estabilidade e


independência em relação ao ente que as criou — são responsáveis pela
regulamentação, pelo controle e pela fiscalização de serviços públicos,
atividades e bens transferidos ao setor privado.

21. (CESPE/2014/TJ-DF/Titular de Serviços de Notas e de Registros


/ADAPTADA)
Acerca da administração pública, julgue o item subsequente.

As empresas públicas exploradoras de atividade econômica não se sujeitam ao


controle externo realizado pelo Tribunal de Contas, haja vista que se
submetem às regras do setor privado.

22. (CESPE/2014/TJ-CE/Analista Judiciário - Execução de


Mandados/ADAPTADA)
A respeito de organização administrativa, julgue o item subsequente.

Tratando-se de órgão público, a competência é irrenunciável e intransferível.

23. (CESPE/2014/TJ-CE/Analista Judiciário - Execução de


Mandados/ADAPTADA)
A respeito de organização administrativa, julgue o item subsequente.

As autarquias são entidades criadas pelos entes federativos para a execução


atividades que requeiram gestão administrativa e financeira descentralizada,
porém, o ente federativo continuará a ser o titular do serviço, sendo
responsável, dessa forma, pelos atos praticados pela autarquia.

24. (CESPE/2013/DEPEN/Especialista)

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Um órgão administrativo e seu titular poderão delegar parte da sua


competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam
hierarquicamente subordinados.
25. (CESPE/2013/MPOG/Todos os cargos)

No que diz respeito à administração pública, julgue os itens seguintes.


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Em regra, o órgão não tem capacidade processual, ou seja, não pode figurar
em quaisquer dos polos de uma relação processual.

26. (CESPE/2013/CPRM/Analista em Geociências - Direito)

Com relação à organização administrativa, julgue os itens que se seguem.

Órgão público é uma unidade organizacional sem personalidade jurídica,


composta de agentes e de competências.

27. (CESPE/2013/DPF/Delegado)

No que se refere à classificação do órgão público e à atuação do servidor,


julgue o item seguinte.

Os ministérios e as secretarias de Estado são considerados, quanto à


estrutura, órgãos públicos compostos.

28. (CESPE/2013/TJ-DFT/Analista Judiciário – Área Judiciária)

No que se refere ao conceito de administração pública e à classificação dos


órgãos públicos, julgue os itens seguintes.

Os órgãos públicos classificam-se, quanto à estrutura, em órgãos singulares,


formados por um único agente, e coletivos, integrados por mais de um agente
ou órgão.

29. (CESPE/2013/TRF – 1ª Região/Juiz Federal/ADAPTADA)

No que se refere aos órgãos públicos, julgue o item seguinte.

No que se refere à atuação estatal, denomina-se singular o órgão dotado de


um único centro de competências ou atribuições.
30. (CESPE/2013/TRF – 1ª Região/Juiz Federal/ADAPTADA)
No que se refere às entidades da administração indireta, julgue o item
seguinte.
Tanto a criação quanto a extinção de autarquia só podem ocorrer por lei de
competência privativa do chefe do Executivo.

31. (CESPE/2013/TRF – 1ª Região/Juiz Federal/ADAPTADA)

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No que se refere às entidades da administração indireta, julgue o item


seguinte.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista só podem ser


instituídas mediante lei autorizativa; suas subsidiárias, entretanto, podem ser
criadas por ato administrativo.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

32. (CESPE/2015/TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.

As autarquias são serviços autônomos, criados por lei, com natureza jurídica
de direito privado e personalidade jurídica própria.

33. (CESPE/2015/TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista são entidades com


natureza jurídica de direito privado e capital exclusivo do ente estatal que as
instituir.

34. (CESPE/2015/TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.

A administração direta compreende os entes federativos e as fundações


instituídas com personalidade jurídica de direito público.

35. (CESPE/2015/TJ-DFT/Juiz de Direito Substituto/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, julgue o item a seguir.

As fundações públicas e as empresas públicas são entidades da administração


indireta.

36. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista são integrantes da


administração indireta, independentemente de prestarem serviço público ou
de exercerem atividade econômica de natureza empresarial.

37. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

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Toda pessoa integrante da administração indireta está vinculada a


determinado órgão da administração direta, fato que decorre do princípio da
especificidade.

38. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

A criação de empresa pública e de sociedade de economia mista depende de


autorização legislativa, porém, o mesmo não ocorre às suas subsidiárias.

39. (CESPE/2014/TJ-CE/Técnico Judiciário – Área


Administrativa/ADAPTADA)

Acerca da administração pública direta e indireta, centralizada e


descentralizada, julgue o item a seguir.

Trata-se de administração indireta quando o Estado, a fim de obter maior


celeridade e eficiência, exerce algumas de suas atividades de forma
desconcentrada.

40. (ESAF - Pref. RJ/2010) Assinale a opção em que consta hipótese que
não é aplicável simultaneamente à autarquia e à empresa pública.
a) Observância do princípio do concurso público.
b) Natureza pública dos bens da entidade.
c) Componente da Administração Pública Indireta.
d) Portadora de personalidade jurídica.
e) Obediência à Constituição Federal.
41. (ESAF - ATRFB/2006) As sociedades de economia mista, constituídas
com capitais predominantes do Estado, são pessoas jurídicas de direito
privado, integrantes da Administração Pública Indireta, são regidas pelas
normas comuns aplicáveis às empresas particulares, estando fora do âmbito
de incidência do Direito Administrativo.
a) Correta esta assertiva.
b) Incorreta a assertiva, porque elas são pessoas jurídicas de direito público.
c) Incorreta a assertiva, porque eles são de regime híbrido, sujeitando-se ao
direito privado e, em muitos aspectos, ao direito público.
d) Incorreta a assertiva, porque seus capitais são predominantes privados.
e) Incorreta a assertiva, porque elas são de regime público, regidas
exclusivamente pelo Direito Administrativo.

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42. (ESAF - Anata MTUR/2014) Acerca dos Órgãos Públicos, assinale a


opção correta.
a) A teoria da representação é a tese atualmente adotada pela doutrina
brasileira para legitimar a atuação do agente público em nome da pessoa
jurídica administrativa.
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b) Órgão pode integrar a estrutura de uma pessoa jurídica da Administração


Indireta.
c) Órgão público possui personalidade jurídica.
d) A criação de um órgão público exemplifica a prática de descentralização
administrativa.
e) Não há possibilidade de hierarquia entre órgãos públicos.
43. (ESAF - AFT/2006) A doutrina sempre considerou muito complexa a
figura das fundações no âmbito da Administração Pública brasileira. Em
verdade, foi constante, ao longo dos anos, a evolução dessa espécie
organizacional.
No atual estágio, assinale o conceito correto a respeito das diversas categorias
dessa entidade.
a) A fundação pública de direito público tem natureza autárquica e integra a
Administração Pública Direta.
b) A fundação de apoio às instituições federais de ensino superior tem
natureza de direito privado e integra a Administração Pública Indireta.
c) A fundação pública de direito privado vincula-se ao regime jurídico-
administrativo e integra a Administração Pública Indireta.
d) A fundação previdenciária tem personalidade jurídica de direito público e
vincula-se ao regime jurídico administrativo.
e) A fundação pública de direito privado equipara-se, em sua natureza
jurídica, à sociedade de economia mista.
44. (ESAF - ATRFB /2006) A entidade da Administração Indireta, que se
conceitua como sendo uma pessoa jurídica de direito público, criada por força
de lei, com capacidade exclusivamente administrativa, tendo por substrato um
patrimônio personalizado, gerido pelos seus próprios órgãos e destinado a
uma finalidade específica, de interesse público, é a
a) autarquia.
b) fundação pública.
c) empresa pública.
d) sociedade de economia mista.
e) agência reguladora.

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45. (ESAF - AFRFB/2009) Quanto à organização administrativa brasileira,


analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta.
I. A administração pública federal brasileira indireta é composta por
autarquias, fundações, sociedades de economia mista, empresas públicas e
entidades paraestatais.
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II. Diferentemente das pessoas jurídicas de direito privado, as entidades da


administração pública indireta de personalidade jurídica de direito público são
criadas por lei específica.
III. Em regra, a execução judicial contra o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA enquanto autarquia
federal está sujeita ao regime de precatórios previsto no art. 100 da
Constituição Federal, respeitadas as exceções.
IV. A Caixa Econômica Federal enquanto empresa pública é exemplo do que se
passou a chamar, pela doutrina do direito administrativo, de desconcentração
da atividade estatal.
V. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS enquanto autarquia vinculada
ao Ministério da Previdência Social está subordinada à sua hierarquia e à sua
supervisão.
a) Apenas os itens I e II estão corretos.
b) Apenas os itens II e III estão corretos.
c) Apenas os itens III e IV estão corretos.
d) Apenas os itens IV e V estão corretos.
e) Apenas os itens II e V estão corretos.
46. (ESAF - AFC - CGU /2006) Banco Central do Brasil é
a) um órgão autônomo da Administração Direita Federal.
b) um órgão do Ministério da Fazenda.
c) um órgão subordinado à Presidência da República.
d) uma entidade da Administração Indireta Federal.
e) uma instituição financeira, sem personalidade jurídica própria, integrante
do Conselho Monetário Nacional
47. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2010) A SUSEP é uma
autarquia, atua na regulação da atividade de seguros (entre outras), e está
sob supervisão do Ministério da Fazenda. Logo, é incorreto dizer que ela:
a) é integrante da chamada Administração Indireta.
b) tem personalidade jurídica própria, de direito público.
c) está hierarquicamente subordinada a tal Ministério.
d) executa atividade típica da Administração Pública.

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e) tem patrimônio próprio.


48. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2010) Para que uma
autarquia tenha existência regular, há a necessidade de observância dos
seguintes procedimentos:
a) criação diretamente por lei, com inscrição de seu ato constitutivo na
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serventia registral pertinente.


b) criação diretamente por lei, sem necessidade de qualquer inscrição em
serventias registrais.
c) criação autorizada em lei, com inscrição de seu ato constitutivo na serventia
registral pertinente.
d) criação autorizada em lei, sem necessidade de qualquer inscrição em
serventias registrais.
e) criação diretamente por lei, ou respectiva autorização legal para sua
criação, sendo necessária a inscrição de seu ato constitutivo em serventias
registrais, apenas nesta última hipótese.
49. (ESAF – SUSEP - Administração e Finanças/2010) Em nossos dias,
embora sequer sejam citadas(os) pelo Decreto-Lei n. 200/1967, também
integram a administração indireta as(os):
a) Organizações Sociais de Interesse Público.
b) Organizações Não-Governamentais sem fins lucrativos.
c) Organizações Sociais.
d) Consórcios Públicos com personalidade jurídica de direito público.
e) Parceiros Público-Privados sem fins lucrativos.
50. (ESAF – SUSEP - Controle e Fiscalização/2006) As autarquias e
empresas públicas se equivalem, estruturalmente, no sentido de que elas são
a) pessoas jurídicas de direito público.
b) pessoas jurídicas de direito privado.
c) órgãos da Administração Direta.
d) entidades da Administração Indireta.
e) serviços sociais autônomos.
51. (ESAF - Ag Exec - CVM) /2010) São regras de direito público que
obrigam às empresas estatais federais a despeito de sua natureza jurídica de
direito privado, exceto:
a) contratação de empregados por meio de concurso público.
b) submissão aos princípios gerais da Administração Pública.
c) proibição de demissão dos seus empregados em razão da estabilidade que
lhes protege.

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d) autorização legal para sua instituição.


e) sujeição à fiscalização do Tribunal de Contas da União.
52. (ESAF - Ag Exec - CVM) /2010) Assinale a opção que contemple regras
aplicáveis tanto às pessoas jurídicas de direito público, quanto às pessoas
jurídicas de direito privado pertencentes à Administração Pública,
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independentemente de seu objeto social.


a) Regime jurídico único para os seus servidores.
b) Inalienabilidade e impenhorabilidade de seus bens.
c) Prerrogativas processuais e de foro.
d) Concurso público e licitação.
e) Responsabilização pela teoria objetiva.
53. (ESAF – CVM - Arquivologia/2010) São características comuns às
empresas públicas e às sociedades de economia mista, exceto:
a) estão sujeitas ao controle finalístico do ente da administração direta que as
instituiu.
b) podem ser exploradoras de atividades econômicas ou prestadoras de
serviços públicos.
c) criação autorizada por lei específica.
d) na composição do capital social, exige-se a participação majoritária do
poder público.
e) embora possuam personalidade jurídica de direito privado, o regime de
direito privado a elas aplicável é parcialmente modificado por normas de
direito público.
54. (ESAF - Pref. RJ /2010) Não é considerada entidade da Administração
Pública Indireta:
a) a autarquia.
b) a sociedade de economia mista.
c) o órgão público.
d) a fundação pública.
e) a empresa pública.
55. (ESAF - Pref. RJ/2010) Assinale a opção na qual consta entidade da
Administração Pública Indireta.
a) Órgão público
b) Autarquia
c) Serviço Social Autônomo
d) Ministério

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e) Polícia militar
56 . (ESAF - AFRE CE/2007) Assinale a opção que contemple o ponto de
distinção entre a empresa pública e a sociedade de economia mista.
a) Natureza jurídica.
b) Atuação na ordem econômica.
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c) Regime do pessoal.
d) Natureza do patrimônio.
e) Formação do capital social
57. (ESAF - AFC – STN - Contábil-Financeira/2008) O Banco do Brasil e a
Caixa Econômica Federal são, respectivamente, sociedade de economia mista
e empresa pública, cujos capitais votantes majoritários pertencem à União.
Quanto a estas espécies de instituições, analise os itens a seguir e marque
com V se a assertiva for verdadeira e com F se for falsa. Ao final, assinale a
opção correspondente.
( ) A constituição de sociedades de economia mista e de empresas públicas
decorre de um processo de descentralização do Estado que passa a exercer
certas atividades por intermédio de outras entidades.
( ) Apesar de serem constituídas como pessoas jurídicas de direito privado, as
sociedades de economia mista e as empresas públicas estão submetidas
hierarquicamente à pessoa política da federação que as tenha criado.
( ) Somente por lei específica podem ser criadas sociedades de economia
mista e empresas públicas, bem como necessária autorização legislativa, em
cada caso, para a criação de suas subsidiárias.
( ) As empresas públicas e as sociedades de economia mista exploradoras de
atividade econômica sujeitam-se ao regime próprio das empresas privadas,
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e
tributários.
( ) Quanto ao regime de compras, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista sujeitam-se aos princípios da administração pública e devem
observar procedimento licitatório.
a) V, V, F, V, F
b) V, F, F, V, V
c) F, F, V, F, V
d) F, V, V, F, F
e) V, F, F, V, V
58. (ESAF - Ana Sist. - Informática e Redes/2012) Nos termos de nossa
Constituição Federal e de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, depende de autorização em lei específica:

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a) a instituição das empresas públicas, das sociedades de economia mista e de


fundações, apenas.
b) a instituição das empresas públicas e das sociedades de economia mista,
apenas.
c) a instituição das autarquias, das empresas públicas, das sociedades de
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economia mista e de fundações, apenas.


d) a participação de entidades da Administração indireta em empresa privada,
bem assim a instituição das autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista, fundações e subsidiárias das estatais.
e) a participação de entidades da Administração indireta em empresa privada,
bem assim a instituição das empresas públicas, sociedades de economia
mista, fundações e subsidiárias das estatais.
59. (ESAF – ATRFB /2012) Quanto às autarquias no modelo da organização
administrativa brasileira, é incorreto afirmar que
a) possuem personalidade jurídica.
b) são subordinadas hierarquicamente ao seu órgão supervisor.
c) são criadas por lei.
d) compõem a administração pública indireta.
e) podem ser federais, estaduais, distritais e municipais.
60. (ESAF – ATRFB - 2012) Não compõe a Administração Pública Federal
Direta
a) a Secretaria da Receita Federal do Brasil.
b) a Presidência da República.
c) o Tribunal Regional Eleitoral.
d) o Ministério dos Esportes.
e) a Caixa Econômica Federal.
61. (ESAF - ATA MF/2012) Acerca da organização do Estado e da
Administração, analise as afirmativas abaixo, diagnosticando se são
verdadeiras(V) ou falsas(F).
Ao final, assinale a opção que apresente a sequência correta.
( ) Entidades administrativas são as pessoas jurídicas que integram a
Administração Pública formal brasileira, sem dispor de autonomia política.
( ) Uma entidade administrativa recebe suas competências da lei que a cria ou
autoriza a sua criação. Tais competências podem ser de mera execução de leis
e excepcionalmente legislativas strito sensu.
( ) As entidades administrativas não são hierarquicamente subordinadas à
pessoa política instituidora.

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( ) Entidades administrativas são pessoas jurídicas que compõem a


administração direta.
a) V, V, V, F
b) V, F, V, F
c) F, V, V, F
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d) V, F, F, V
e) V, V, F, V
62. (ESAF - Proc DF/2007) Analise os itens a seguir:
I. Desconcentração é a distribuição de competências de uma para outra
pessoa, física ou jurídica;
II. A Constituição Federal de 1988 dispõe que a área de atuação da empresa
pública deverá ser definida por lei complementar;
III. A Constituição Federal de 1988 dispõe que somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e fundação;
IV. As autarquias e fundações dependerão de autorização legislativa para
criarem suas subsidiárias, conforme disposto na Constituição Federal, não
sendo atingidas por essa exigência constitucional as sociedades de economia
mista e as empresas públicas;
V. Compete à Justiça Federal julgar as causas comuns em que é parte a
sociedade de economia mista no plano federal.
A quantidade de itens incorretos é igual a:
a) 1
b) 4
c) 3
d) 2
e) 5
63. (ESAF - AFT/2010) Tendo por base a organização administrativa
brasileira, classifique as descrições abaixo como sendo fenômenos: (1) de
descentralização; ou (2) de desconcentração. Após, assinale a opção correta.
( ) Criação da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
para prestar serviços oficiais de estatística, geologia e cartografia de âmbito
nacional;
( ) Criação de delegacia regional do trabalho a ser instalada em
municipalidade recém emancipada e em franco desenvolvimento industrial e
no setor de serviços;
( ) Concessão de serviço público para a exploração do serviço de manutenção
e conservação de estradas;

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( ) Criação de novo território federal.


a) 2/ 1 / 2 / 1
b) 1/ 2 / 2 / 1
c) 2/ 2 / 1 / 1
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d) 1/ 2 / 1 / 1
e) 1/ 2 / 1 / 2

6 – Gabarito

GABARITO
Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta Questão Resposta
1 C 2 D 3 E 4 B
5 E 6 B 7 E 8 E
9 E 10 E 11 E 12 C
13 C 14 E 15 C 16 E
17 E 18 E 19 E 20 C
21 E 22 C 23 E 24 C
25 C 26 C 27 C 28 E
29 E 30 C 31 E 32 E
33 E 34 E 35 C 36 C
37 E 38 E 39 E 40 Anulada
41 C 42 B 43 E 44 B
45 B 46 D 47 C 48 B
49 D 50 D 51 C 52 D
53 D 54 C 55 B 56 E
57 B 58 A 59 B 60 E
61 B 62 E 63 D

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7 – Referencial Bibliográfico

Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São


Paulo: Editora Método, 2014.

Bandeira de Melo, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo:


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Malheiros, 2010.

Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas,


2009.

Alexandre, Ricardo. Deus, João de. Direito Administrativo Esquematizado. São


Paulo: Editora Método, 2014.

Meirelles, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 22.ed. São Paulo, RT,
1997

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF, Senado, 1998.

Decreto-Lei nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967

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