Professional Documents
Culture Documents
1 de setembro • SERMÃO 1
O GANHADOR DE AMIGOS........................................................3
8 de setembro • SERMÃO 2
A PRIMEIRA MISSIONÁRIA....................................................... 12
15 de setembro • SERMÃO 3
UM APOIADOR DA MISSÃO ................................................... 18
22 de setembro • SERMÃO 4
MISSÃO TAMBÉM É SERVIR...................................................... 26
29 de setembro • SERMÃO 5
OS FAZEDORES DE TENDAS.................................................... 33
O GANHADOR DE AMIGOS
Mateus 9:9-13
INTRODUÇÃO
O mês de setembro é um tempo que nós, promessistas,
dedicamos à reflexão sobre missões e as formas de nos en-
volvermos na obra missionária. Além disso, estamos na fase
final do Projeto 100 dias de Oração, em que temos pedido a
Deus que traga um avivamento e nos encha de seu poder para
proclamarmos o evangelho de Cristo. Por isso, nos sábados de
setembro, vamos ter uma série de sermões intitulada: “VIDAS
MISSIONAIS: Pessoas comuns que fizeram a diferença”. Vamos
tratar sobre as histórias de cinco personagens que fizeram a
diferença na evangelização através de ações simples. O obje-
tivo é que sejamos motivados a seguir o exemplo deles. Hoje,
vamos começar trtando sobre Mateus, o ganhador de amigos.
A história do chamado de Mateus está registrada nos três
primeiros evangelhos (Mt 9:9-13; Mc 2:14-17; Lc 5:27-32), mas
usaremos como base o para esta mensagem o Evangelho de
Mateus, capítulo 9:9-13. Levi, ou Mateus, era filho de Alfeu
(Mc 2:14) – um nome bem comum naqueles dias –; trabalhava
como cobrador de impostos (publicano), na cidade de Cafar-
naum, às margens do mar da Galileia. Conforme sabemos, Ca-
farnaum foi uma cidade estratégica no ministério de Cristo (Mt
Sermões de setembro | 3
9:1; Mc 2:1). Como morador dessa cidade, Mateus teve a opor-
tunidade de testemunhar os vários milagres que Jesus realizou
ali. Até que, um dia, enquanto ia passando pela coletoria, Jesus
o viu assentado e lhe fez um convite: Segue-me!.
De forma direta, o texto diz que ele “se levantou e o seguiu”.
Possivelmente, o impacto de tudo o que Mateus ouviu sobre Je-
sus, em Cafarnaum, o influenciou em sua decisão de abandonar
tudo para seguir a Cristo. Depois de sua decisão, ele não perdeu
tempo: apresentou Jesus aos seus amigos. Entrou para a his-
tória como alguém que fez a diferença e se tornou, para todos
nós, um exemplo de vida missional. É exatamente sobre esse
episódio que trataremos nesta mensagem. Gostaríamos de lhe
desafiar, hoje, a tomar a mesma atitude: anunciar Jesus aos
seus amigos. O que aprendemos com o exemplo de Mateus?
1. DeBarros (2006:114)
2. ibidem, p. 116
3. Champlin (1983:350)
4. idem
Sermões de setembro | 5
em constante atitude de gratidão, sempre. E por que isso é im-
portante para a questão de ganhar nossos amigos para Cristo?
Simplesmente porque ninguém que esteja com o coração cheio
de gratidão pela salvação consegue compartilhar o evangelho
com os perdidos. Somente quem é indizivelmente feliz pela
salvação que recebeu em Cristo é capaz de mostrar a outros a
maravilhosa graça de Deus. A alegria e gratidão transbordam
do coração de quem é salvo e, inevitavelmente, respingam nos
amigos a sua volta. O oposto também pode ser dito, ou seja,
aquele que não compartilha o evangelho com seus amigos tal-
vez não possua um coração repleto de gratidão pela salvação, o
mais poderoso impulso para alcançar nossos colegas.
5. Vine et al (2009:652)
Sermões de setembro | 7
ras. O certo é que precisamos de tempo para estar com os ami-
gos e amigas não-cristãos para que haja possibilidades reais de
eles serem alcançados. “Precisamos de mais ‘tempo tranquilo’
para que as conversas se aprofundem em questões importan-
tes e pessoais da vida”.9 A grande lição de Mateus para todos
nós é: Precisamos encontrar meios de alcançar nossos amigos.
Mateus ofereceu um banquete. E você, vai fazer o quê?
9. ibidem, p.138
Sermões de setembro | 9
tar a todo mundo que você é cristão, que encontrou o melhor
amigo de todos. Seus amigos também precisam de Jesus. A ex-
periência da conversão deve ser partilhada. Você acha que é
bom ser cristão? Quantas pessoas que você ama que ainda não
são cristãs? Em vez de ser intolerante, partilhe a mensagem do
evangelho com essas pessoas. Jesus veio a este mundo para
salvá-las, assim como salvou você. Que tal começar a pensar
em abrir as portas de sua casa para a pregação do evangelho?
Que tal fazer do seu lar um lugar onde Jesus é anunciado? Seus
amigos servirão a Cristo, se forem à sua casa e conseguirem per-
ceber que Jesus comanda a vida de quem mora ali. Pense nisso.
CONCLUSÃO
Estamos apenas começando este mês em que nos dedica-
remos a refletir sobre Vidas missionais, Pessoas comuns que
fizeram a diferença. Falamos, hoje, sobre Mateus, o ganhador
de amigos. Aprendemos que ele fez a diferença na vida de seus
colegas não-cristãos, apresentando-lhes o Salvador Jesus, sim-
plesmente porque: 1) estava cheio de gratidão pela salvação
que havia recebido, 2) criou meios para alcançá-los, através de
um banquete e 3) não destruiu os vínculos relacionais de ami-
zade que nutriu, por muito tempo, com aqueles publicanos. No
momento certo, ele colocou seus amigos diante do salvador do
mundo, Jesus Cristo.
Os evangelhos testemunham que muitos publicanos estive-
ram perto de Jesus, em seu ministério. Seriam eles os amigos
de Mateus? Podemos acreditar que sim. E quem os levou a Je-
sus? O próprio Mateus, o ex-publicano. Você também foi salvo
pela graça de Jesus; também tem amigos que precisam de um
salvador. Apresente Jesus aos seus amigos. Diga-lhes que você
encontrou o maior de todos os amigos. Deixe Jesus, que é mé-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HYBELS, Bill. Cristão contagiante. Tradução: Cecília Eller Nasci-
mento. 2 ed. São Paulo: Vida, 2012.
Sermões de setembro | 11
8 DE SETEMBRO
SERMÃO 2
A PRIMEIRA MISSIONÁRIA
João 4:7-10
INTRODUÇÃO
1. Hendriksen (2004:215)
Sermões de setembro | 13
não usam os mesmos jarros que os samaritanos”.2 Na mente de
um judeu, seria improvável Deus recrutar um samaritano, um
povo impuro e indigno, para uma missão.
O segundo motivo é a reputação imprópria da samaritana.
Jesus mostrou o pecado dela, ao dizer-lhe: ... e o homem com
quem agora vive não é seu marido (v.18). A samaritana tinha
problemas graves na área relacional. Estava em pecado. Mas é
Deus quem escolhe e chama as pessoas certas para cada etapa
do trabalho missionário. Deus confia nos improváveis, quan-
do os comissiona. É o Senhor quem transforma aqueles com
quem tem um encontro gracioso.
Se você conhece o Messias, não se esquive da missão de
Deus. Não se esconda, nem fuja da responsabilidade. Você é
valioso para a missão divina. Do mesmo modo, confie em Deus
quando ele chamar aquela pessoa que, aos seus olhos, é im-
provável. Deus nunca erra em suas escolhas. Ele não se equi-
vocou ao chamar você!
Em favor da missão, Deus usa pessoas improváveis. Essa
é a primeira verdade que comprova a ação de Deus em pre-
parar as pessoas certas para atuarem em situações estraté-
gicas. Vamos à segunda.
2. Wiersbe (2006:385).
Sermões de setembro | 15
3. EM FAVOR DA MISSÃO, DEUS USA PESSOAS COERENTES
Se há uma afirmação que podemos expressar com pesar é a de
que existem muitos cristãos que afirmam crer em Jesus, mas que
vivem como se ele não existisse. Se a Bíblia diz que devemos ser o
sal da terra, este tipo de cristão mais parece com o sal insípido, que
para nada mais serve, senão, para ser lançado fora (Mt 5:13). Esse,
porém, não era o caso da mulher Samaritana. Ao conhecer Jesus,
ela passou a viver o cristianismo com intensidade e verdade.
Veja o que diz o texto de João 4:39: Muitos samaritanos
daquela cidade creram nele por causa do seguinte testemu-
nho dado pela mulher: “Ele me disse tudo o que tenho feito”.
A missão é coerente e os que dela cuidam também devem ser.
Muitos acreditaram em Jesus porque viram a coerência nas pa-
lavras da mulher samaritana. A vida dela se tornou um teste-
munho incontestável. Ela não falou do que não conhecia, mas
do que viveu: Ele me disse tudo o que tenho feito, enfatizou.
A nossa vida deve ser um testemunho inconteste da trans-
formação que Jesus pode fazer nas pessoas. Contudo, jamais
seremos autênticos, se não tivermos experiência de intimidade
com Deus. A mulher samaritana ouviu Deus falar. É preciso ou-
virmos Deus falar; é necessário estarmos atentos à orientação
divina; a sua presença deve ser almejada e buscada. Chega de
demagogia, de palavras sem credibilidade e fervor sem unção.
Chega de professarmos uma fé que não vivemos. Que as pes-
soas conheçam Jesus por meio do nosso testemunho de vida.
Quando somos coerentes, não trazemos pessoas para nós
mesmos, mas as levamos a Cristo; não trabalhamos para elas
se tornem dependentes de nós, mas as conduzimos a uma ex-
periência pessoal com Jesus. Nós plantamos e regamos, mas
somente Deus pode dar o crescimento ao novo convertido. É
o que ocorre no v.42: E disseram à mulher: “Agora cremos não
somente por causa do que você disse, pois nós mesmos o ou-
CONCLUSÃO
A mulher samaritana foi uma pessoa comum que fez a dife-
rença através de sua vida missional. Você também pode fazer a
diferença. Hoje, vimos que Deus usa pessoas improváveis para
cumprir a sua missão. Ele usa os mais cultos, mas não menospre-
za os simples. Deus recebe a oferta missionária dos que têm mais
recursos, mas também ama a contribuição daqueles que pouco
têm, quando estes e aqueles ofertam com alegria para a causa
do reino. Deus usa a sua vida, sendo você judeu ou gentio. Deus
trabalha com os improváveis porque é ele quem os capacita. O Se-
nhor pode usar a sua vida com poder, no cumprimento da missão.
Deus usa pessoas dispostas em sua obra; pessoas que abrem
mão de regalias para ajudar os outros a se encontrarem com Jesus;
pessoas que, ao invés de optarem por viver a vida cristã no banco
da igreja, se dispõem a atuar fora das quatro paredes do templo,
onde os pecadores agonizam em seus pecados. Deus usa pessoas
coerentes, que tenham experiências de intimidade com o Cristo.
Busque viver o evangelho intensamente. Viva a missão de Deus.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. Tradução: Elias
Dantas e Neuza Batista. São Paulo: Ed. Cultura Cristã, 2004.
Sermões de setembro | 17
15 DE SETEMBRO
SERMÃO 3
UM APOIADOR DA MISSÃO
Atos 11:19-24
1. Stott (2008:120)
Sermões de setembro | 19
aliviar a pobreza do outro. É pertinente vivermos a palavra que
nos disse João: Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem
de língua, mas por obra e em verdade (1 Jo 3:18). Pense em um
recurso de que você dispõe e pode doar a alguém necessitado.
Mas, além disso, será que nós estamos investindo financei-
ramente tudo o que poderíamos investir na obra missionária?
Há irmãos que fazem suas ofertas missionárias uma vez ao ano
e pensam que isso é suficiente. Esquecem-se de que os missio-
nários que estão no campo precisam receber seus salários to-
dos os meses e que eles e suas famílias precisam comer todos
os dias. Não faça o que não está ao seu alcance, mas não deixe
de fazer o que você pode. Se você acredita nesse projeto divino
de salvar o mundo, deve investir nele. Siga o exemplo de Bar-
nabé! Apoie essa obra investindo nela. Veja, agora, a segunda
maneira de apoiar a evangelização.
2. ibidem, p.230
3. Marshall (1991:192)
4. Lopes (2012:248)
5. Sttot, op. cit., p.241
Sermões de setembro | 21
nada daquilo.6 Todavia, Barnabé, ao contrário de Paulo, atuou
para que João Marcos voltasse a cumprir sua missão. Você co-
nhece alguém que está desanimado na igreja, que desistiu de
um cargo, que abandonou o ministério pastoral, que parou de
evangelizar? Seja um “Barnabé” para essa pessoa. Incentive-o
a não desistir. Dê uma nova chance. Não desista dessa pessoa.
Trate as suas feridas. Não deixe o soldado ferido morrer.
O fato de Barnabé dar nova chance a João Marcos teve um
custo. Isso fez que Barnabé se separasse de Paulo. Mais tarde,
porém, Paulo mudou sua opinião em relação a João Marcos,
pois “o chama de cooperador (Fm 23,24), recomenda-o à igre-
ja de Colossos (Cl 4.10) e roga a Timóteo que o leve a Roma,
(...) pois lhe era útil para o ministério (2 Tm 4.11)”.7 Há muitas
pessoas valiosas que, para não desistirem, precisam apenas de
um incentivo. Você sabia que muitos missionários que estão
em campos distantes ou em outros países pensam em desis-
tir porque se sentem sozinhos e abandonados? Sabia que eles
sentem muita saudade de seu país e que basta um e-mail, uma
mensagem no WhatsApp ou Facebook, ou até mesmo uma car-
ta sua para se sentirem motivados ao trabalho?
Barnabé apoiava a evangelização, incentivando os irmãos
a se envolverem nessa obra e a não desistirem dela. Há outra
maneira de apoiarmos a evangelização.
Sermões de setembro | 23
na escola, no trabalho, com a turma dos esportes e onde Deus
nos permitir falar. Contudo, é também possível que o Espírito
Santo queira levar-nos aos confins da Terra e queira que leve-
mos a Palavra de Deus aonde ela ainda não chegou, entre tribos
e povos não-alcançados. Neste caso, devemos seguir o exemplo
de Barnabé e colocar-nos à disposição do Senhor.
CONCLUSÃO
O fato de Barnabé ter um comportamento evangelístico se
devia a ele ser uma pessoa bem agradável, cheia do Espírito
Santo, e muito forte na fé (At 11:24 – BV). O fato de ser alguém
preenchido por Deus tornava-o mais envolvido com os interes-
ses do céu do que com os da terra. Por isso, ele investiu seus
recursos na obra de Deus e na vida dos necessitados. Também
incentivou Saulo e João Marcos a proclamar e ensinar Jesus, a
participar da evangelização do mundo.
Como diz Lopes8 sobre Barnabé: “Sua motivação é ajudar as
pessoas e demonstrar a elas o amor de Cristo. Sua fé era de-
monstrada por obras”. Deus nos convoca a nos entregarmos de
maneira integral a sua obra. Não apenas uma parte, mas todas
as nossas ações devem mostrar Cristo Jesus ao mundo. Seja
nas nossas ofertas missionárias, seja nas nossas postagens no
Facebook, seja ao falarmos com alguém em algum lugar, seja
em um pequeno grupo: anunciemos a Jesus! Sejamos apoiado-
res da evangelização! Sejamos missionais!
Sermões de setembro | 25
22 DE SETEMBRO
SERMÃO 4
INTRODUÇÃO
1. Keener (2004:364)
2. Wiersbe (2006:574)
Sermões de setembro | 27
diam de Dorcas, que confeccionara numerosas túnicas e outras
peças de vestuário e lhes dera”.1
Diante daquela realidade de miséria que Dorcas constatava
em sua sociedade, ela não esperou que outras pessoas ou gru-
pos caridosos amparassem aquelas viúvas. Não ficou esperan-
do das autoridades uma solução. Ela não ficou julgando ou co-
brando de outras pessoas atitudes em prol daqueles necessita-
dos. Ela decidiu fazer algo. Havia viúvas pobres que precisavam
de ajuda. Como discípula do Senhor Jesus, Dorcas se moveu
em direção à necessidade com que se deparava.
Certamente, Dorcas se lembrava de que, segundo Jesus,
amar o próximo tem a ver com servir aquele que necessita de
ajuda, que o próprio Jesus veio a este mundo para servir e nos
enviou com o mesmo propósito (Lc 10:25-35; Jo 20:21). Assim,
Dorcas nos ensina a ter uma atitude de pro-atividade, a tomar
a iniciativa de fazer algo por aqueles que estão ao nosso redor
e precisam de nossa ajuda. Ao servir as pessoas de nossa socie-
dade, estamos nos engajando na missão de Deus, manifestando
seu reino, em meio às trevas espirituais em que o mundo se en-
contra (Mt 5:13-16). Que atos de serviço você pode fazer em seu
bairro, sua escola, seu trabalho, sua faculdade e sua sociedade,
de forma geral? Quais são as necessidades que o rodeiam? Pen-
se nisso. Outra lição que Dorcas nos ensina é a seguinte:
1. Kistemaker (2006:474)
Sermões de setembro | 29
3. UMA VEZ QUE MISSÃO TAMBÉM É SERVIR,
DEVEMOS ESTAR CIENTES DE QUE NÃO EXISTE ATO
SIMPLES DEMAIS, QUANDO É FEITO ÀS PESSOAS
Por gentileza, observe o versículo 41 do texto de Atos. Quan-
do Pedro ressuscitou Dorcas, pelo poder de Deus, levantou-a;
e, chamando os santos, especialmente as viúvas, apresentou-a
viva. Lucas destaca que Pedro trouxe Dorcas especialmente às
viúvas, que eram ajudadas pela discípula de Jesus. Por quê?
Bem, aquelas pessoas a amavam, porque Dorcas fazia a dife-
rença em suas vidas. Isso nos faz questionar: Você faz a dife-
rença na vida das pessoas com as quais convive?
Você é alguém de quem sentiriam falta? As pessoas que es-
tão perto de você são tocadas por seus atos de serviço? Dorcas
fazia a diferença entre aqueles com os quais convivia com seu
serviço abnegado. Dorcas nos ensina que não existe ato sim-
ples demais, quando é feito em direção ao próximo. Ela entrou
para a história. Uma simples mulher. Foi e é conhecida por mi-
lhares de pessoas, hoje.
Você sabe quais são os livros mais conhecidos e traduzidos no
mundo? Temos a Odisseia, de Homero, com pouco mais 250 tra-
duções; O Pequeno Príncipe, mais ou menos, com 250 traduções
também; Robinson Crusoe, com pouco mais que 100; Alice no
País das Maravilhas, com 97; Harry Potter, com 67. As Escrituras,
contudo, estão disponíveis para mais de 2.935 idiomas. Se lem-
brarmos que a Bíblia é o livro mais traduzido da história da huma-
nidade, chegamos à conclusão de que a história de Dorcas é mais
famosa que Homero, O Pequeno Príncipe, Robinson Crusoe, Alice
no País das Maravilhas e Harry Potter. Como ela fez essa façanha?
Ela simplesmente serviu as pessoas com o que tinha.
Nenhum ato é simples demais, quando feito ao próximo:
fazer uma refeição a quem tem fome; dar um agasalho a quem
tem frio; ajudar o seu vizinho em uma dificuldade corriqueira;
CONCLUSÃO
Estamos em um mês dedicado a missões. Estamos apren-
dendo sobre: Vidas missionais, Pessoas comuns que fizeram a
diferença. Hoje, falamos sobre Dorcas. Aprendemos que mis-
são também é serviço, ou seja, que cada cristão deve engajar-se
na missão de Deus, neste mundo, através de atos de serviço às
pessoas. Aprendemos que: 1) devemos ter a iniciativa de nos
mover em direção às necessidades das pessoas; 2) usar quem
somos e o que temos para servi-las; 3) estar conscientes de que
não existe ato simples demais, quando é feito às pessoas.
Não importa o valor de sua oferta missionária, pois Deus
fará, a partir dela, algo extraordinário. Não importa quão sin-
gelos sejam seus atos de serviço aos seus vizinhos; creia que o
Espírito Santo os usará para convencê-los acerca do evangelho.
Acredite que sua ajuda àqueles que precisam e que estão em
seu ambiente profissional, familiar ou acadêmico será um po-
deroso testemunho do amor e da misericórdia de Deus.
Sermões de setembro | 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OS FAZEDORES DE TENDAS
Atos 18:1-3
INTRODUÇÃO
Sermões de setembro | 33
sos e meios que tiverem disponíveis para obra missionária.
Com base no exemplo deste casal, temos aqui alguns con-
selhos. Vamos ao primeiro.
1. Champlin (2001:247)
Sermões de setembro | 35
habilidades profissionais se tornassem uma maneira de cola-
borar com a obra de Deus. De fato, “os ‘fazedores de tendas’
têm se tornado populares. A expressão descreve mensageiros
transculturais do evangelho, que se sustentam com sua própria
atividade profissional, ao mesmo tempo que se envolvem com
missões”.2 Mas esses mensageiros podem também ser nacio-
nais, isto é, missionários em sua pátria, cidade, bairro etc.
Podemos ser missionários enquanto exercermos nossa pro-
fissão. Que tal usarmos nossas habilidades profissionais para
servirmos voluntariamente a uma comunidade carente, mos-
trando, desse modo, o amor de Cristo? Isso é ser missional! A
segunda lição é que, por meio do nosso ofício, nós podemos
patrocinar o trabalho missional. O casal em questão colocou
seus bens a serviço do Senhor; abriu as portas da sua casa para
hospedar não somente o homem de Deus, mas também a obra
do Senhor (At 18:3; 1Co 16:19).
Áquila e Priscila patrocinaram a causa de Cristo com seus
recursos e com sua vida. Usemos as bênçãos da prosperida-
de que Deus nos concede, por meio da nossa profissão, para
sermos generosos com a obra missionária. Quanto mais con-
tribuirmos financeiramente para missões, mais condições te-
remos de alcançar vidas, por meio da pregação do evangelho.
Se nosso coração estiver voltado à obra de Jesus, certamente,
os nossos recursos também estarão, pois onde estiver o seu
tesouro, aí também estará o seu coração (Mt 6:21).
Use o seu ofício como suporte missional. Esse é o segundo
conselho analisado, no tocante ao uso de nossos recursos em
favor da missão. Vamos, portanto, ao terceiro e último.
2. Stott (2008:334)
3. Kistemaker (2006:207).
4. ibidem, p.208
Sermões de setembro | 37
Além de preparar, é necessário encorajar os cristãos mis-
sionais. Após Áquila e Priscila instruírem Apolo, os irmãos o
encorajaram a ir para a Acaia. Depois de receber o prepa-
ro teórico, o missionário partiu para a prática. Às vezes, as
pessoas só precisam de encorajamento para fazer a obra de
Deus. Incentivemos uns aos outros ao engajamento na obra
missionária. Se houver algum projeto missional em execução,
participe e instigue outros a fazer o mesmo. Chame a respon-
sabilidade para si e estimule os demais. O encorajamento faz
a diferença na missão.
CONCLUSÃO
Áquila e Priscila foram cooperadores de Paulo, não apenas
na fabricação de tendas, mas na atuação em favor da obra de
Deus, apesar dos riscos evidentes. Chegaram a Corinto após
sofrerem perseguição por parte de Cláudio, uma autoridade
romana, e não hesitaram em hospedar, em sua casa, o após-
tolo Paulo, homem que havia feito não poucos inimigos, por
defender o evangelho de Jesus.
Seja um cooperador do evangelho, a despeito da persegui-
ção e da oposição. O seu lar pode ser usado para levar o co-
nhecimento de Deus às pessoas. A sua profissão pode ser um
importante apoio no sustento da missão e a sua experiência
pode aparelhar adequadamente outros cristãos para a ativida-
de missional. Cristo alcançou a sua vida, por meio do trabalho
missional desenvolvido ao longo dos anos, e, através de você,
ele pretende salvar muitas almas. Creia nisso e diga ao Senhor
de coração: “Eis me aqui! Envia-me!”.
Sermões de setembro | 39